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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 1 Cresciment� n� Infânci� CRESCIMENTO aumento físico do corpo como um todo ou em partes, se deve a multiplicação e aumento do tamanho das células. O primeiro sinal de algumas patologias importantes podem ser alterações no crescimento. A evolução física e mental deve ser rotina do pediatra. Fatores de risco para restrição do crescimento infantil Alto risco - baixo peso ao nascer RNBP simétrico (problema no início, peso e comprimento baixos), baixo comprimento ao nascer (<46cm), nível socioeconômico muito baixo (renda familiar menor que 0,25 smpc), irmão portador de baixa estatura ou desnutrição, morte de irmão menos < 5 anos, ambos os pais com baixa estatura Médio risco - baixo peso ao nascer RNBP assimétrico (problema no final gestação, baixo peso ao nascer, mas comprimento > 46cm), peso insuficiente ao nascer (2.500-2.999g), comprimento insuficiente ao nascer (46-49cm), nível socioeconômico baixo (renda familiar entre 0,25 e 0,5 smpc) e um dos pais com baixa estatura. Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo de condições que são submetidos, desde a concepção até a vida adulta. Fatores extrínsecos - alimentação; condições maternas: nutrição, uso de droga, infecções, condição placentária; condição pessoais: atividade física, doenças crônicas; condições psíquicas: afeto, autoestima, relação familiar Fatores intrínsecos - herança genética, endócrinos: hormônio do crescimento, insulina Herança Genética - diferentes partes do corpo apresentam diferentes velocidades de crescimento. Fatores neuroendócrinos - hormônios do crescimento, tireoidianos, insulina Meio ambiente - fatores bioticos e abioticos (atmosfera, solo, clima) Nutrição - alimentação adequada, com adequado aporte calórico para idade e consumo de proteínas, minerais como Ca, P, Mg, K, Fe, Iodo e Zn Estimulação psicossocial - carinho, afeto, formação de vínculo, estimulação; crianças sujeitas a rejeição e indiferença por suas famílias podem apresentar desaceleração do crescimento. Atividade física na criança é brincar - o crescimento pode sofrer alteração tanto pela falta de atividade física, quanto pelo excesso Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 2 VELOCIDADE DE CRESCIMENTO (VC) Fase Intrauterina - período de maior velocidade do crescimento, mais vulnerável - depende de fatores genéticos, embrionários, nutricionais e hormonais - pico da VC em comprimento = 20 semanas, e em peso = 34 semanas (características antropométricas diferentes a depender da época da gestação onde ocorreu alteração no crescimento) - quando crescimento uterino não ocorre dentro do esperado, altera a dinâmica de crescimento pós natal (curto e longo prazo) Fase Lactente - ainda elevado, mas começa a desacelerar - média de 20-25cm no 1o ano e 12cm no 2o ano - atinge canal de crescimento compatível com potencial genético (9-18 meses) e previsão de estatura de mais ou menos 9 cm. Em meninas = Emae + (Epai - 13cm)/2 e em meninos = Epai + (Emae + 13cm)/2. Fase pré puberal - crescimento mais lento e constante (5-7 cm/ano) Fase puberal - esteróides sexuais e GH - VC 8cm/ano para meninas e 10 cm/ano para meninos Fase puberal final - crescimento lento de 1-1,5 cm/ano com duração médias de 3 anos Aproximadamente, a estatura média ao nascimento = 50 cm. Com 1 ano alcança 75cm. Com 4 anos, duplica estatura do nascimento: 1m em média. Um RN pré termo sadio AIG têm a mesma VC e alcançam o crescimento de AIG a termo entre 18-24 meses. Crianças Pequeno Idade Gestacional PIG (simétrico, todo pequeno, estatura e peso - restrimento logo no início gestação): 35% anormalidades genéticas; 70% fatores maternos e/ou placentários. Maioria normaliza crescimento por volta de 2 anos 10-15% mantém crescimento deficiente (ambiente inadequado x ambiente adequado). AO NASCIMENTO Classificação do peso ao nascimento - peso normal: > 2.500 e < 4000 - peso baixo: < 2.500 - muito baixo peso: < 1.500 - extremo baixo peso: < 1.000 - peso elevado: > 4.000 Média ao nascimento - peso: 3300g - estatura: 50cm - perímetro cefálico: 35cm Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 3 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO A avaliação do crescimento na rotina de atenção à criança visa a três aspectos fundamentais - detectar precocemente o que está afetando o crescimento do paciente para inferir e obter a sua recuperação - identificar as variações da normalidade, tranquilizar a criança e a familia evitando possíveis intervenções prejudiciais - identificar problemas que não podem ser curados, mas que possam ser minimizados, e promover apoio ao paciente e à familia ao lidar com as dificuldades. Perda ponderal até 10% na primeira semana. Recuperação do peso em torno do 10o dia. Ganho ponderal médio no primeiro ano de vida: - 1o trimestre: 30g/dia - 2o trimestre: 25g/dia - 3o trimestre: 20g/dia Pré escolar: 2kg/ano Escolar: 3-3,5kg/ano Dobram o peso de nascimento com 4 meses de vida, triplicam peso com 1 ano. Não passar para a mãe a informação dos 30g/dia, não preocupação com peso. Médias antropométricas - peso - estatura: comprimento deitado < 2 anos, altura em pé > 2 anos - perímetro cefálico: primeiros 2 anos - IMC - informações complementares: medidas dos segmentos (inferior e superior) e sua relação, envergadura, pregas cutâneas, perímetros (torácico e abdominal) e indicadores maturacionais CURVAS DE CRESCIMENTO Curvas NCHS (1977): crianças norte americanas, a maioria brancas e de classe média, a maioria não amamentadas com LM, percentil Curvas OMS (2006): multicêntrica, crianças amamentadas, metodologia adequada, Z score (desvio padrão). Índices Antropométricos - peso para idade (P/I); estatura para idade (E/I); peso para estatura (P/E); perimetro cefálico para idade (PC/I) e IMC para idade (IMC/I) FAIXA ETÁRIA 0-5 INCOMPLETOS 5-10 INCOMPLETOS ADOLESCENTES 10-19 peso p/ idade peso p/ idade - ÍNDICE ANTROPOMÉTRICO peso p/ estatura - - IMC p/ idade IMC p/ idade IMC p/ idade estatura p/ idade estatura p/ idade estatura p/ idade Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 4 não existe muito alto para idade até 5 anos -> risco de sobrepeso. > 5 anos, acaba esse risco -> já sobrepeso mesmo. Onde era sobrepeso -> obesidade e onde era obesidade -> obesidade grave. Adolescentes usamos mais o IMC e estatura para idade (pico crescimento puberdade) Crianças pré termo - usar curva de idade gestacional corrigida até 64 semanas (gráfico específico para prematuro) - após 64 semanas, usar idade corrigida (em gráfico normal para idade): corrigir a idade cronológica subtrai tempo que faltou para completar 40 semanas - usar idade corrigida até 2 anos MONITORANDO O CRESCIMENTO Avaliação dinâmica do crescimento linear: - processo sequencial de medidas - o diagnóstico de crescimento satisfatório (curva ascendente) ou insatisfatório (curva retificada ou descendente não é feito a partir de um único ponto, e sim, de como a criança cresce); tangencia o intervalo CURVAS DE CRESCIMENTO Perímetro cefálico Nascimento: 33 a 35 cm - 1o trimestre: 2cm/mês - 2o trimestre: 1 cm/mês - 3o trimestre: 0,5 cm/mês - 4o trimestre: 0,5 cm/mês 1 ano: 10-12cm, levando a um PC de 47cm 2 ano: menos de 2 cm/ano, levando a um PC de 49 cm PC adulto médio 54cm Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 5 CRESCIMENTO métodos subsidiários para avaliar o crescimento: - idade óssea (acompanhar desenvolvimento ósseo x idade) - bioimpedância - maturação sexual (tanner) Etapas maturação sexual são: estágio 1 pré puberal; estágio 2 de 11 anos (9 a 13 anos); estágio 3 de 12 anos (10 a 14 anos); estágio 4 de 13 anos (10 a 15 anos) e estágio 5 é o adulto.
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