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Patologia dos linfonodos

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Patologia dos linfonodos 1
🔬
Patologia dos linfonodos
Prof. Valéria
➯ Diagnósticos difícies e desafiadores, pois os padrões histológicos muito se 
sobrepõe
O reconhecimento de neoplasias de natureza linfoide muitas vezes se sobrepõe 
a aspectos proliferativos reacionais
Um material de boa qualidade é necessário para se ter sucesso no diagnóstico
Estrutura de um linfonodo:
O reconhecimento da estrutura de um linfonodo normal auxilia muito para que se reconheça a natureza dos processos proliferativos
Cápsula do linfonodo
Folículos linfoides na zona capsular cortical
Seio subcapsular e os cordões de histiócitos que compõe a região medular do linfonodo
Cada um desses locais pode se apresentar com aspectos variados dependendo do estímulo antigênico, infeccioso que esse linfonodo se 
a presenta
A manutenção da arquitetura linfonodal descrita sempre vai favorecer um processo reacional, uma hiperplasia e não uma 
neoplasia
⚠ Neoplasias: tendem a apagar a estrutura do tecido, não respeita limites, histologia, vai proliferando, infiltrando e destruindo
Existem muitos aspectos reacionais que se sobrepõe a aspectos neoplásicos, são muito semelhantes
Linfonodo com sua estrutura preservada
Em detalhe a capsula, o seio, o folículo linfoide e a região parafolicular
Patologia dos linfonodos 2
Métodos de obtenção de tecido linfóide
1. PAAF (punção aspirativa de agulha fina): usado em casos 
que se tenha ideia de processos reacionais, linfadenopatias 
reacionais, processos infecciosos e pesquisa de metástase
É um método de citologia aspirativa
Coloca-se uma agulha no linfonodo suspeito e realiza-se a 
aspiração das células
A análise é realizada em lâminas
2. Biópsia excisional: sempre que houver suspeita de linfoma 
tem que retirar todo o linfonodo
3. Biópsia incisional por agulha: é realizada em locais de 
difícil acesso (mediastino, abdômem e retroperitônio) e para 
estadiamento
Realizada também, para avaliar doença residual, 
resposta ao tratamento e em casos de contraindicação 
cirúrgica
� ➯ Uma dificuldade grande do patologista é a 
dificuldade do material, o tecido linfoide é bastante 
sólido, compacto, uma célula do lado da outra e essas 
células são pequenas, a penetração do fixados 
(formalina) se faz de uma forma dificultada pela 
natureza do tecido
É importante que se saiba que ele tem um pobre 
estroma, altamente suscetível a artefatos de 
esmagamento, quer dizer que se pinçar o linfonodo se 
perde aquela área de estudo
Se não for propiciado uma adequada fixação desse 
tecido, a autólise se fará de uma maneira bastante 
intensa
Imuno-histoquímica
Técnica que auxilia muito nos diagnósticos em geral, 
sobretudo na classificação dos linfomas
Ele possibilita a confirmação da natureza reacional 
de alguns processos (se é linfócitos T ou B…)
Orienta o tratamento e estabelecer o prognóstico
Fecha o diagnóstico de maliginidade
1. Linfadenopatias reacionais
Quando se tem um processo infeccioso a resposta do linfonodo é uma 
linfadenite
LINFADENITE: no caso de um processo bacteriano se pode ter uma resposta 
inflamatória aguda, com exsudação neutrofílica, necrose, congestão e 
edema
Quando se tem uma estimulação antigênica do linfonodo se tem um processo de 
HIPERPLASIA LINFONODAL
E conforme essa resposta imunitária, se pode ter um padrão folicular, uma 
hiperplasia folicular quando a zona estimulada é a zona B, sobretudo folículos 
linfoides
Enquanto na zona T é a parafolicular 
Resposta histiocítica se tem um padrão sinusal
Painel para detecção de antígenos utilizando técnica de imuno-histoquímica em caso 
suspeito de linfoma difuso de grandes células B, um tipo frequente de LNH.
Hiperplasia folicular
Patologia dos linfonodos 3
1.1 Padrão folicular (estímulo da Zona B)
Os folículos são aumentados, de diferentes tamanhos
Mantem a arquitetura, com a zona do manto preservada
O folículo linfoide tem uma área mais clara (centroblasto) e uma 
área mais escura ( entrócitos) → PADRÃO BIFÁSICO
Esse padrão é encontrado em algumas situações como: 
Linfadenopatia associada ao HIV
Toxoplasmose
Artrite reumatoide
Síndrome de Sjogren
Doença de Castleman
Proliferação folicular acentuada → os linfonodos adquirem grandes tamanhos → aspecto sugestivo de LINFOMA, mas é inespecífica
A importância é que existe um padrão de linfoma dito folicular → isso quer dizer que reproduz folículos linfoides → Arranjo 
nodular, linfoma nodular ou linfoma folicular
Aqui se tem uma sopreposição de padrões histológicos com dificuldade no diagnóstico 
Hiperplasia folicular vs linfoma folicular?
Essa dúvida deve ser sanada pela imuno-histoquímica para definir a natureza clonal da neoplasia
1.2. Padrão Parafolicular (estímulo da Zona T)
É observado sobretudo em estimulação de linfócito T
Pode ser observado nas:
Mononucleose: infecciosa, caracteriza-se por uma linfadenomegalia, 
podendo ser generalizada
Pós-vacinal: não se observa mais isso, pois era comum com a vacina da 
varíola, que foi erradicada
Hipersensibilidade à determinadas drogas: exemplo é a difenil-
hidantoína; 
Inespecífica
Padrão histológico: os linfonodos T ficam no córtex entre os folículos 
linfoides,
1.3. Padrão Sinusal (histiocítico)
Constituída por histiócitos na região medular
Quase sempre inespecífica
Costuma ser observadas em áreas de:
Drenagem de neoplasias;
Drenagem de lipídios exógenos
Folículos linfoides de variados tamanhos, a zona de pequenos 
linfócitos (zona do manto) preservada, não sofrem fusionamento e 
é um aspecto que diferencia do linfoma nodular.
Patologia dos linfonodos 4
Doença de Whipple → doença infecciosa que apresenta quadro de má absorção 
intestinal, é causada pelo Tropheryma whippeli;
Doença de Rosai-Dorfman de causa idiopática → em pacientes jovens, em um 
percentual comum os pacientes são portadores de tireoidite imunológica
Neoplasias Linfoides
➯ Definições:
Leucemia: se tem uma proliferação neoplásica do tecido linfoide, presente medula óssea, que acaba liberando as células neoplásicas 
para o sangue, e, portanto, não forma massas
Linfoma: se tem uma proliferação maligna de células linfoides, formando massa tumoral
Geralmente, a maioria dos linfomas surgem nos gânglios linfáticos, mas podem estar em outros locais, extranodais (40%)
Muitas vezez, mesmo em locais extranodais costuma entar associado a tecido linfoide → ex.: no trato gastrointestinal (principal 
localização dos linfomas extranodais)
Linfoma
7,5% de todos os cânceres em homens
6,4% nas mulheres
No brasil, em 2014, 10 mil casos foram de Linfoma não Hodgkin e dois mil casos de linfoma de Hodgkin
Etiopatogênese:
Pouco conhecida
Existe uma diversidade de circunstâncias que favorecem o seu 
desenvolvimento
Síndromes herdadas: ataxia telangiectasia, síndrome de down 
(maior propensão de desenvolver linfoma)
Doenças infecciosas virais: Epstein-Barr, o herpes vírus tipo 8 e o 
HTLV-1
Distúrbios da imunidade: sejam adquiridos ou não
Imunodeficiência congênita;
Doenças autoimunes: tireoidite de hashimoto; síndrome de 
Sjogren;
Processos infecciosos crônicos também tem associação com o 
desenvolvimento de linfoma, como a gastrite pelo helicobacter (a 
erradicação do helicobacter determina a regressão do linfoma).
Infecção pelo HIV;
Morfologia:
O linfonodo tende a aumentar de tamanho, pelo 
aumento do número de células prolifera
Processo lento e indolor (diferente da lindadenite 
infecciosa)
Podem ser com crescimento isolado ou 
disseminado, várias cadeias acometidas, ou um 
único linfonodo ou uma única cadeia de linfonodos
Essas cadeias ou linfonodo podem ser 
superficiais ou profundos
 No processo neoplásico a proliferação acaba por 
acometer a capsula, tecidos perinodais e 
promovendo fusionamento de linfonodos
Massa de linfonodos fusionados → sugestivo 
de malignidade 
OBS: não patognomônico, processos 
infecciosos 
também podem provocar fusionamento
padrão característico de proliferação do 
linfonodo
Patologia dos linfonodos 5
Imunossupressão iatrogênica: os próprios tratamentos paraalgumas malignidades como a radioterapia e quimioterapia são 
fatores de risco
Pela escassez de estroma se tem um aspecto de um 
tecido macio, homogêneo, pardo claro, assumindo 
esse padrão de “carne de peixe”
Aspectos clínicos:
A maioria dos linfomas são “B”, portanto importante os aspectos clínicos relacionados com esse subtpo:
Febre vespertina sem outra causa aparente;
Sudorese noturna abundante;
Perda de peso, mais de 10% em 6 meses, sem causa evidente.
Classificação OMS
➯ Essa classificação vem se modificando ao 
longo dos últimos anos, conforme os 
conhecimentos foram sendo agregados
➯ Essa é uma classificação bem definida, bem 
estabelecida, com pouquíssimas alterações ao 
longo dos anos
➯ Classificação atual:
Neoplasias de células B precursoras: neoplasias de células B imaturas
Neoplasias de células B periféricas: neoplasias de células B maduras
Neoplasias de células T precursoras: neoplasias de células T imaturas
Neoplasias de células T e NK periféricas: neoplasias de células T e NK maduras
Linfoma de Hodgkin: neoplasia de células Reed-Sternberg e suas variantes
Linfoma de Hodgkin
➯ Neoplasia de origem linfoide caracterizada pela proliferação de células 
atípicas, denominadas Reed-Sternberg (RS) ou suas variantes, imersas 
em um fundo de células inflamatórias
A célula RS libera fatores quimiotáticos, que atraem e recrutam 
células reacionais não neoplásicas de natureza inflamatória
➯ 1/3 de todos os linfomas são linfoma de Hodgkin
➯ A natureza dessa célula RS é uma célula de linhagem B imatura
➯ Predileção por adultos jovens e tem um segundo pico etário em idosos
� A classificação dos LH era: esclerose nodular; 
celularidade mista; depleção linfocítica; rico 
em linfócitos.
Quando se introduziu a imunofenotipagem 
dessas células tumorais, viu-se que tinham 
outras categorias, que foi dita categoria de 
linfoma não clássico e que é chamada hoje de 
Predominância Linfocítica Nodular
Essa foi a única alteração nas últimas décadas 
com relação ao LH
➯ Célula de Reed-Sternberg perfil imuno-
histoquímico clássico:
CD15 +
CD30 +
CD45 - (antígeno comum leucocitário)
➯ Célula de Reed-Sternberg perfil imuno-histoquímico não clássico 
(predominância linfocítica glandular):
CD15 -
CD30 -
CD45 + (antígeno comum leucocitário)
Patologia dos linfonodos 6
 Marcadores de Células B -
Marcadres de Células T - 
Marcadores de Células B+
Marcadores para Células T -
➯ Uma clássica célula RS, “olho de coruja”, ela é:
binucleada
apescto de imagem espelhada (uma metade é parecida com a outra)
tem inclusões intranucleares muito grande
acidofílicas
Uma das variantes que existe é a mononuclear, que é a dita célula de 
Hodgkin
Tipos de linfoma da forma clássica:
1. Linfoma de Hodgkin do Tipo Esclerose Nodular: 
mais comum (60-70%)
nome se dá porque ele tem uma faixa fibrótica que insula 
parte do linfonodo, então ficam nódulos de tecido linfoide 
circundado por tecido fibroso
predileção entre os sexos é equilibrada, sobretudo em 
adolescentes e adultos jovens
acomete preferencialmente as cadeias cervical inferior, 
supraclavicular e mediastinal
presenças de células lacunares que é uma mononuclear 
da Célula Reed-Sternberg
Prognóstico é excelente (diferente do LNH)
2. Linfoma de Celularidade Mista: 
segundo mais frequente, de 20 a 30% dos casos
ele tem a células Reed-Sternberg clássica e variantes em 
abundância
possui uma taxa de infecção pelo vírus Epstein Barr em 
cerca de 70%
pico etário é em homens mais velhos e o sexo mais 
acometido é o masculino
frequentes sintomas sistêmicos daquele tipo clássico do 
linfoma B (febre vespertina, sudorese noturna e perda de 
peso)
diagnóstico costuma ser em estágio mais avançados e o 
prognóstico é muito bom
3. LH tipo rico em linfócitos: 
uma forma rara
predomina linfócitos reativos
células Reed-Sternberg e variantes são frequentes
o prognóstico é de muito bom a excelente
4. LH tipo depleção linfocitária: 
variante mais agressiva, mas rara
tem uma escassez de linfócitos, mais facilmente se 
identificam as células RS e as suas variantes
infecção por vírus Epstein Barr em mais de 90%
o estágio no momento do diagnóstico costuma ser 
avançado
são frequentes os sintomas sistêmicos
prognóstico menos favorável, mas ao mesmo tempo é o 
que tem a forma mais rara
5. LH tipo Predominância Linfocítica: 
forma não clássica, incomum
células RS são escassas, o tipo de célula predominante é 
a variante LH tipo pipoca
tem um padrão nodular típico, sem associação com 
vírus Epstein Barr
mais em homens, menores de 35 anos
sobretudo cadeia cervical e axilar
excelente prognóstico
Linfoma Não Hodgkin
Célula “olho de coruja”
Patologia dos linfonodos 7
➯ Essa classificação foi incorporada pela OMS em 2008, 
➯ Considera aspectos:
a. Mrfológicos
b. Moleculares 
c. Imunofenotípico
d. Comportamental.
➯ É uma classificação mais complexa, com +30 subtipos
➯ Separados em grupos, são:
1. Indolentes: 
acomete sobretudo idosos, com um curso arrastado
podem sofrer leucemização frequentemente
possui uma resposta terapêutica pobre
pouco agressivo porque se desenvolve a doença ao longo dos anos e a resposta ao tratamento é baixa
pois os tratamentos para neoplasia maligna tendem a atingir sobretudo nas células que estão no ciclo celular
portanto quando a doença tem poucas células se proliferando, ele tem um curso arrastado e pobre resposta 
terapêutica
dependendo da idade do paciente, nem se trata, pois não haverá benefício
pacientes vão ao óbito no final de muitos anos
Exemplos: 
Linfoma linfocítico
Linfoma folicular
Linfoma de malt
Linfoma das células do manto (mais agressivo)
2. Agressivos: 
desenvolvem-se mais em adultos, mas pode estar presente em qualquer idade
curso mais agressivo, se se não tratado ele evolui rapidamente
a leucemização e o comprometimento da medula óssea são incomuns
a resposta a uma quimioterapia agressiva se dá em cerca da metade dos casos, podendo levar a cura
Exemplos: 
Linfoma difuso de células B (a grande maioria dos LNH)
Linfoma anaplásico
Linfomas de células T
3. Muito agressivos: 
 ocorrem predominantemente em crianças
curso bastante agressivo
comprometimento de medula óssea e leucemização
pode acometer o SNC
Patologia dos linfonodos 8
cerca da metade dos casos pode obter a cura com a terapia
Exemplos: 
Linfoma de Burkitt
Linfoma ou leucemia linfoblástica de células B ou T

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