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A ATUACAO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO CE

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HOME > SOCIOLOGIA > A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO
ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
A ATUAÇÃO
PROFISSIONAL DO
ASSISTENTE SOCIAL NO
CENTRO DE REFERÊNCIA
DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O trabalho do assistente social,
política nacional de assistência
social e centros de referências.
O texto publicado foi
encaminhado por um usuário
do site por meio do canal
colaborativo Monografias. O
Brasil Escola não se
responsabiliza pelo conteúdo
do artigo publicado, que é de
total responsabilidade do
autor. Para acessar os textos
produzidos pelo site, acesse:
http://www.brasilescola.com.
ÍNDICE
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
3. TRAJETÓRIA DA PESQUISA
3.1
DESENVOLVIMENTO/METODOLOGIA
DA PESQUISA
4. PERFIL DAS INTERLOCUTORAS
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 O  SERVIÇO  SOCIAL  COMO 
EIXO IMPORTANTE DA
PESQUISA
5.2 A  ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
BRASIL.
5.3 POLÍTICA NACIONAL DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL - PNAS.
5.4 PROGRAMAS SOCIAIS
VINCULADOS À POLÍTICA DE 
ASSISTÊNCIA
5.5 O DESMONTE DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
PROJETO NEOLIBERAL
6. APROFUNDAMENTO DA
PESQUISA
6.1 O  TRABALHO DO
ASSISTENTE SOCIAL E SUAS
DEMANDAS
6.2 O DESAFIO ATUAL DE
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
DO ASSISTENTE SOCIAL NA
INSTITUIÇÃO CRAS
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS 
 BIBLIOGRÁFICAS
9. APÊNDICE A:
10. APÊNDICE B– Termo de
Consentimento Livre e
Esclarecido.
1. RESUMO
O trabalho do Assistente Social
sempre foi uma das dimensões
discutidas pela profissão, tendo
em mente a Política Nacional de
Assistência Social na qual
permite a sua inserção nos
vários espaços ocupacionais,
destacando-se os Centros de
Referência de Assistência Social
(CRAS).
Diante disto este estudo de
cunho teórico-prático de caráter
qualitativo foi desenvolvido
objetivando conhecer o papel do
profissional  do Serviço Social
dentro dos Centros de
Referência de Assistência Social.
Seu objetivo específico é
descrever como se dá a
intervenção dos profissionais do
Serviço Social nesses espaços.
As categorias que nortearam
esse estudo foram Serviço
Social e Assistência Social.
Contudo as estratégias  voltadas
para as políticas sociais vem
sofrendo diversas mudanças na
qual há o aumento do risco de
maiores vulnerabilidades sociais
onde já haviam sido contornadas
anteriormente, cabendo assim
ao Assistente Social o escopo
perante os anseios sociais.
Palavras-chaves: Assistência,
Social, Políticas.
ABSTRACT
The work of the Social Worker
has always been one of the
dimensions dis- covered by the
profession, bearing in mind the
National Policy of Social
Assistance in which it allows its
insertion in the various
occupational spaces,
highlighting the Social
Assistance Referral Centers
(CRAS ).
In view of this, this theoretical-
practical study of a qualitative
nature was developed aiming at
knowing the role of the Social
Service professional within the
Reference Centers of Social
Assistance. Its specific objective
is to describe how the
intervention of Social Service
professionals occurs in these
spaces. The categories that
guided this study were Social
Work and Social Assistance.
However, social policy strategies
have undergone several
changes in which there is an
increased risk of greater social
vulnerabilities where they had
previously been circumvented,
thus giving the Social Worker the
scope for social desires.
Keywords: Assistance, Social,
Policies.
2. INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) surgiu
como uma exigência do Curso
de Serviço Social da Faculdade
Cearense, para obtenção do
titulo de Bacharel em Serviço
Social, visando discutir,
aprofundar e apresentar
proposições acerca da atuação
dos profissionais do Serviço
Social no Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS).
O CRAS é uma unidade pública
estatal descentralizada da
política de Assistência Social
criado em 2004 com o objetivo
de prevenir a ocorrência de
situações de vulnerabilidades e
riscos sociais e intra-familiar nos
territórios de abrangência, com
intuito de desenvolvimento de
ações potencialmente para
fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários e da
ampliação do acesso aos
direitos de cidadania. A partir da
Constituição Federal de 1988 a
assistência social passou a ser
direito do cidadão e dever do
Estado. Entretanto o que se tem
percebido ao longo dos anos foi
a contínua redução do
investimento nas políticas
sociais(MDS, 2009).
De acordo com MIOTO E
NOGUEIRA (2013), no Brasil o
debate instaurado em torno da
profissão, e sobre a relação
visceral entre Serviço Social e
política social, floresceu e
aprofundou-se
significativamente ao longo das
duas últimas décadas do século
20 e consolida-se no início do
século 21 dando impulso para
conquistarem cada vez mais um
amplo espaço para desenvolver
seus trabalhos.
A presença dos assistentes
sociais no CRAS, enquanto
profissionais que buscam
efetivar a garantia de direitos aos
usuários, apresenta-se como
elemento de fundamental
importância, pensando no
acesso destes usuários à politica
de Assistência Social.
Entretanto, durante o percurso
histórico da referida politica
muitos desafios incidem no
processo de trabalho dos
profissionais de Serviço Social no
CRAS, dentre eles, podemos
citar: o primeiro- damismo[1]; a
falta de insumos e recursos
humanos; a má administração,
mediante a gestão municipal e
também na própria instituição;
como também os obstáculos
enfrentados por esses
profissionais no seu cotidiano de
rotina de trabalho e; a forma de
contratação dos profissionais,
pois uma parte considerável
trabalha sob o regimento de
seleções publicas e até mesmo
cargos comissionados.
No âmbito politico as
perspectivas são de
adensamento dos desafios
apresentados acima para os
próximos anos, principalmente,
considerando os impactos da
PEC 55/2016 aprovada
em15/12/2016 tendo segundo o
Senado Federal o apelido de
Novo regime fiscal, PEC do teto
dos gastos públicos que
congelou os recursos destinados
para os investimentos públicos
em politicas sociais por vinte
anos. Com o advento do
Governo Bolsonaro, o escopo se
apresenta ainda mais
preocupante com o discurso de
Estado Mínimo[2], defesa de
terceirização[3] e reformas em
áreas estratégicas.
(GONCALVES, 2018).
O objetivo geral desta pesquisa
consiste em compreender como
se dá a atuação dos profissionais
do Serviço Social no CRAS Praia
do Futuro. Por sua vez, tem
como objetivos específicos:
identificar como as assistentes
sociais do CRAS Praia do Futuro
lidam com os desafios propostos
no seu cotidiano de trabalho e;
analisar quais os principais
fatores que interferem na
atuação dos referidos
profissionais.
A aproximação do tema se deu
através da vivência de estágio
supervisionado em Serviço
Social no CRAS Dendê, entre
fevereiro de 2015 a julho de
2016, no qual obtive
considerável conhecimento
sobre a importância dos
assistentes sociais na execução
da politica de assistência social
no CRAS, com intuito de
resolução dos problemas que
afetam, principalmente, as
pessoas mais vulneráveis.
A pesquisa que embasa o
presente trabalho foi realizado
no CRAS Praia do Futuro.
Inicialmente a proposta era
desenvolver a pesquisa no CRAS
Dendê, em decorrência da
aproximação mencionada
anteriormente, porém o referido
equipamento foi realocado para
outro bairro do município de
Fortaleza.
Iniciei meu estágio no CRAS
Dendê, porém, de inicio não
tinha muita afinidade pelo
referido espaço, existia em
mente a questão da
estigmatização por parte de
muitos colegas, fui aos poucos
desmistificando as ideias de que
na região onde estava inserido
havia um certo grau de perigo.
De inicio sabemos que o
estagiário vai para uma
instituição munido de muitas
dúvidas, muitas são as
indagações de como realmente
funciona um CRAS,
principalmente porque vamos
com a orientação de que
seremos somente observadores
das práticas profissionais. Um
semestre foi um tempo propicio
para observar as realidades dainstituição, de acordo com os
limites, criar possibilidades de
uma possível intervenção como
acadêmico de Serviço Social.
Nisso vieram minhas possíveis
inquietações; como criar um
projeto de intervenção diante de
tantas demandas?  Seria mesmo
possível executar tal projeto? E
com muita persistência e
cuidado consegui criar um mini
projeto onde tive o privilégio de
acompanhar um  grupo de
idosos por nome de Patriolino
Ribeiro.
Fiz todo um trabalho primeiro de
acompanhamento com os
idosos para depois lançar a
proposta de projeto interventivo
numa realidade da comunidade
idosa, foram feitos encontros
semanais onde de levavam
temas diferentes de acordo com
a proposta escolhida, sendo por
sinal muito proveitoso. A 
escolha pelo CRAS Praia do
Futuro se deu pelo melhor
acesso e como também por
ambos terem realidades
semelhantes.
A pesquisa que deu base a este
ensaio monográfico foi realizada
com duas interlocutoras,
assistentes sociais do CRAS
Praia do Futuro. O estudo é de
cunho qualitativo. Para a
consecução dos objetivos
traçados, lancei mão da técnica
de entrevista estruturada com
formato de depoimento oral.
Com base no exposto estruturei
o presente trabalho em três
capítulos. No primeiro, busco
apresentar o percurso
metodológico empregado para
realização deste estudo e
apresento o perfil das
protagonistas deste trabalho. Já
o segundo capítulo remete as
principais construções teóricas e
discussões realizadas
historicamente acerca das
categorias de pesquisa do
presente estudo: Serviço Social
e  Assistência Social.
No terceiro capítulo, remeto às
falas dos entrevistados para
tentarmos compreender como
se dá a atuação dos assistentes
sociais no CRAS. Também
pretende-se identificar como as
assistentes sociais do CRAS
Praia do Futuro lidam com os
desafios propostos no seu
cotidiano de trabalho e analisar
quais os principais fatores que
interferem na atuação dos
referidos profissionais.
Por fim, nas considerações finais,
retomo os objetivos da pesquisa,
apresento as principais
compreensões e aponto
possíveis contribuições que este
trabalho poderá trazer para
discussões posteriores a
respeito da atuação dos
assistentes sociais no CRAS.
3. TRAJETÓRIA DA
PESQUISA
3.1.
DESENVOLVIMENTO/METODOLOGIA
DA PESQUISA
Como acadêmico, do Curso
Serviço Social sempre tive o
interesse de querer saber mais
sobre a atuação dos profissionais
do serviço social principalmente
no CRAS com intuito ter
conhecimento de como era o
trabalho desenvolvido no
cotidiano deste profissional. Para
atingir e atender aos objetivos a
que este trabalho se propôs, foi
feito um estudo descritivo, com
a realização de entrevistas com
os profissionais do serviço social
residentes no CRAS e,
sobretudo, se aprofundar no
referencial teórico presente
nesta pesquisa, adotará como
categorias; Assistência Social no
âmbito de atender a
vulnerabilidade no CRAS;
Serviço social a respeito de
alguns pontos de reflexos ao
exercício profissional; E as
condições adotadas no CRAS,
para contribuir no decorrer da
pesquisa. Sendo o objetivo geral
pesquisar como se dá a atuação
profissional do Assistente Social
no CRAS; e o Objetivo específico
analisar como se dá a
intervenção dos profissionais do
Serviço Social neste espaço-
CRAS, e por fim identificar quais
os principais fatores que
interferem na sua atuação
profissional.
Trata-se de uma pesquisa
descritiva com abordagem
qualitativa  na qual se preocupa,
com as ciências sociais, com um
nível de realidade que não pode
ser quantificado. Ou seja, ela
trabalha com o universo de
significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o
que corresponde a um espaço
mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que
não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis
(MINAYO, 2001). O referido
trabalho configura-se como uma
avaliação da atuação dos
profissionais do serviço social
diante da assistência na
instituição (CRAS). Com o intuito
da incorporação de troca de
saberes para uma ampliação de
conhecimentos entre ambas as
partes. A referida instituição
situa-se na Rua - Comandante
Marcelo Teixeira nº 6430 -Bairro:
Praia do futuro- Fortaleza Ceará.
De acordo com MINAYO (2011), a
pesquisa qualitativa se divide em
partes. A primeira parte consiste
na análise da compreensão e
internalização dos termos
filosóficos e epistemológicos
que fundamentam a
investigação e, do ponto de vista
prático, desde quando se inicia a
definição do objeto. Na segunda
parte, discorre-se sobre o
processo da análise
propriamente dito. Na terceira
parte, dirigir-se informalmente
ao cenário de pesquisa,
buscando observar os processos
que nele ocorrem.  A quarta
parte consiste em ir a campo
munido de teoria e hipóteses,
mas aberto para questioná-las. A
quinta parte é preciso imergir na
realidade empírica na busca de
informações previstas ou não
previstas no roteiro inicial. Por
fim, na sexta parte, cabe ordenar
e organizar o material
secundário e o material empírico
e impregnar-se das informações
e observações de campo.
Através disso, já tendo um
apanhado de conteúdo vindo do
campo de estágio sendo este
meu primeiro contato com a
pratica do Serviço Social, parti
para uma busca ativa onde 
desenvolvi uma temática a ser
discutida com profissionais
atuantes na área, através de uma
ferramenta chave (Roteiro de
entrevista) para guiar uma
entrevista com estes tendo
como objetivo a compreensão
de como se dá a atuação do
Assistente Social no CRAS.
No primeiro momento pude
entrar em contato pessoalmente
SOCIOLOGIA
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/
http://www.brasilescola.com/
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_4
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_7
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_8
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_9
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_10
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_11
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_13
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#indice_indice_14
entrar em contato pessoalmente
com a Secretaria do
Desenvolvimento Social- SETRA
visando conseguir autorização
para desenvolver este estudo
nesta instituição CRAS, sendo
este desenvolvido no período de
Agosto a Novembro de 2017 na
qual esta ultima findou o marco
de resposta positiva da SETRA
para poder seguir a diante com a
pesquisa. Subsequente a isso
por meio de tecnologias
consegui entrar em contato com
a Coordenadora da instituição na
qual buscava fazer acontecer
meu trabalho de pesquisa, onde
esta também se enquadrava
como profissional do Serviço
Social.
Logo após o contato com esta
obtive um feedback positivo e
data provável para 8 de
novembro de 2017 às 10hs da
manhã, na qual ocorreu de
forma dinâmica onde as
profissionais de Serviço Social
desta referida instituição se
mostraram abertas a
conversação e troca de
experiências relacionadas ao
tema proposto.          
Para que o trabalho pudesse ser
realizado de forma eficaz foi
articulado um roteiro de
entrevista de forma
“estruturadas sendo estas
elaboradas mediante
questionáriototalmente
estruturado, ou seja, é aquela
onde as perguntas são
previamente formuladas e tem
se o cuidado de não fugir a elas.
O principal motivo deste zelo é a
possibilidade de comparação
com o mesmo conjunto de
perguntas e que as diferenças
devem refletir diferenças entre
os respondentes e não diferença
nas perguntas (LODI, 1974 apud
LAKATOS, 1996)” e individual, e a
medida que fossem
respondendo as perguntas feitas
por mim, havia um gravador
sonoro para fixação das
respostas, junto ao roteiro
desenvolvi um termo de
consentimento livre e
esclarecido (VER EM ANEXO)
afim de resguardar a integridade
de cada entrevistada e para que
me permitissem a gravação
destas informações na qual cada
entrevista durou em média
4omin .  
As entrevistas cujo objetivo era
fornecer ao entrevistador uma
fundamentação holística para o
andamento das entrevistas, com
a precaução de evitar o risco de
influenciar o entrevistado a
fornecer qualquer informação
que não fosse de livre e
espontâneo interesse. Durante o
período de novembro de 2017
foram agendadas 02 entrevistas
com assistentes sociais do CRAS
Praia do Futuro para serem
entrevistados com intuito pré-
definidos, conforme seu perfil.
4. PERFIL DAS
INTERLOCUTORAS
Ao chegar ao CRAS Praia do
Futuro percebeu-se que havia
apenas duas profissionais. Após
a apresentação da proposta de
pesquisa se disponibilizaram a
fazer parte como entrevistadas e
iniciamos a entrevista de forma
precisa onde cada uma
conseguiu expor suas
experiências e seus
conhecimentos conforme o
seguimento do roteiro
estruturado da entrevista.
Visando preservar suas
identidades foi escolhido nomes
fictícios que lembram e
remetem a nomenclatura de
Pedras naturais, devido ao valor
que estas trazem e suas
características como solidez,
resistências relacionando isso a
suas praticas diárias e
peculiaridades como Assistentes
Sociais. Seguindo o perfil destas
da seguinte maneira:
Esmeralda: Assistente Social,
formada na Universidade
Estadual do Ceará, no ano de
1992. Esteve, enquanto técnica,
no CRAS da Praia do Futuro
entre 2009 e 2010, retornando
em 2015, como coordenadora do
referido equipamento. Sua
primeira experiência profissional
na política de Assistência Social
se deu em 2009/2010 no CRAS
Praia do Futuro, depois se
transferiu para o CRAS do
Pirambu e da Barra do Ceará.
Sua contratação se deu por meio
de cargo comissionado.
Rubi: Assistente Social formada
na Universidade Estadual do
Ceará-UECE, atua na área desde
1983, apresentando vasta
experiência de atuação nos
Centros de Referência de
Assistência Social, onde se
encontra como funcionária da
instituição desde o ano de 2014,
sua contratação se deu por meio
de regime de seleção pública.
Sua colaboração neste CRAS se
dá apenas em período de 6hs
diárias contemplando a carga
horária do Assistente Social de
30 horas semanais.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
Este capitulo tem como
finalidade de referenciar a
fundamentação teórica que
servirá como base para este
estudo. Os conceitos descritos a
seguir serão utilizados para
análise desta pesquisa sobre o
problema em questão. Assim,
durante a pesquisa pôde-se
explorar a revisão bibliográfica e,
além dos resultados colhidos na
pesquisa em campo, onde se
buscou a teoria para contribuir
na conclusão do presente
trabalho. Ademais, conceitua-se
acerca da atuação dos
profissionais do Serviço Social no
CRAS, onde serão abordados
para identificar os processos de
análise perante os objetivos
escolhidos.
5.1. O  SERVIÇO  SOCIAL 
COMO  EIXO IMPORTANTE
DA PESQUISA
O Serviço Social é uma profissão
que de acordo com CARVALHO
(2009), surgiu como uma forma
de resposta as expressões da
questão social em um
determinado período histórico.
Já o significado social deve ser
analisado perante o processo de
produção e reprodução das
relações, sociais como um todo
e, sua institucionalização como
profissão é explicada através das
condições vivenciadas nos
processos sociais entre as
classes antagônicas ou sejas
pessoas que vivem em grupos
diferentes.
Ainda de acordo com
CARVALHO (2009) o surgimento
da profissão se deu com a
emergência da sociedade
burguesa que, com o
desenvolvimento do capitalismo,
trouxe como consequência o
aumento das desigualdades
sociais e o acirramento das
expressões da questão social. É
uma profissão que nasce
articulada com um projeto de
hegemonia do poder burguês
gestada sob o manto de uma
grande contradição que
impregnou suas estranhas pois,
produzidas pelo capitalismo
industrial, buscou afirmar-se
historicamente na sua própria
trajetória se revelando como
uma pratica humanitária,
sancionada pelo o Estado e
protegida pela a igreja, com uma
mistificada ilusão de servir.
(MARTINELLI, 2011, p. 66).
Segundo YAZBEK (2009), dessa
forma, gradativamente, o Estado
vai impulsionando a
profissionalização do assistente
social e ampliando seu campo
de trabalho em função das
novas formas de enfrentamento
da  questão social. Esta 
vinculada com as política sociais
vai interferir também no perfil da
população-alvo para a qual se
volta a seção do serviço, que se
amplia e alcança grandes
parcelas de trabalhadores; o 
principal foco será nas ações
assistenciais do Estado.
Décadas depois, o movimento
de reconceituação do serviço
Social objetivou construir a
critica da profissão, aos seus
pressupostos ideológicos,
teóricos e metodológicos e as 
práticas profissionais vinculadas
à caridade e ao positivismo.  “A
partir da crítica buscava-se uma
referência distinta da qual
orientava a profissão até então,
desde sua emergência, de
cunho conservador, com
objetivo de orientar e
redimensionar o exercício
profissional do Serviço Social”.
(KONNO, 2005, p. 7).
Segundo NETTO (2009), no
Brasil, o esforço em rever as
bases da profissão teve três
vertentes distintas: a perspectiva
Modernizadora que propôs
algumas modificações no
trabalho profissional, mas que na
verdade assumiu um viés
conservador, buscando manter a
ordem vigente adequando os
indivíduos a ela. A perspectiva
de Reatualização do
Conservadorismo, que propôs
restaurar os elementos da
tradição conservadora e ainda
carregava elementos da
ideologia da Igreja Católica. E
fim, por fim, a perspectiva de
Intenção de Ruptura, a mais
significativa, pois, ao contrario
das outras duas, buscou romper
com o conservadorismo
tradicional que a profissão vinha
carregando ao longo dos anos e
propôs melhorias para a atuação
profissional, com  mudanças na
orientação teórica.
Segundo BARROCO E TERRA
(2012), o Código de Ética atual é
um resultado do projeto ético
político que nos últimos anos
tem alavancado a hegemonia no
Serviço Social brasileiro, no
interior de um desenvolvimento
de oposição e luta entre
pensamentos e projetos
profissionais e sociais. O ideário
socialista, que marca a sua
gênese e representa o seu polo
profissional mais crítico, é
representado no Código de Ética
de 1993 nessa forma: “Opção por
um respectivo projeto
profissional ligado ao processo
de construção de uma nova
ordem societária, que não tenha
dominação e nem exploração”.
Diante do discorrido é sabido
que o código de ética respalda
os profissionais Assistentes
Sociais através de atribuições
privativas deste, intrínseco a isso,
vale ressaltar que durante o
percurso de desenvolvimento
deste estudo foi percebido por
intermédio das profissionais que
na qual se disponibilizaram a
realização da conduta e objetivo
deste, onde já foram citadas a
cima, expondo assim as
atribuições que resguarda a
profissão, sendo estas: I-
coordenar, elaborar, executar e
avaliar estudos, pesquisas,
planos, programas e projetos na
área de Serviço Social; II-
Planejar, organizar e administrar
programas e projetos em
Unidades de Serviço Social; III-
Assessoria  e consultoria a
órgãos da administração pública
direta e indiretamente, empresas
privadas e outras entidades, em
matéria de ServiçoSocial; IV-
Realizar vistorias, perícias
técnicas, laudos periciais,
informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social; V-
Assumir no magistério de
Serviço Social tanto a nível de
graduação quanto a pós-
graduação, disciplinas e funções
que exijam conhecimentos
próprios e adquiridos em curso
de formação regular; VI-
treinamento, avaliação e
supervisão direta de estagiários
de Serviço Social; VII- Dirigir e
coordenar Unidades de Ensino e
cursos de Serviço Social, de
graduação e pós-graduação;
VIII- dirigir e coordenar
associações, núcleos, centros de
estudos e de pesquisas em
Serviço Social; IX- elaborar
provas, presidir e compor bancas
de exames e comissões
julgadoras de concursos ou
outras formas de seleção para
Assistentes Sociais, ou onde
sejam aferidos conhecimentos
inerentes ao Serviço Social; X-
coordenar seminários, encontros,
congressos e eventos
assemelhados sobre assuntos
de serviço social; XI- fiscalizar o
exercício profissional através dos
conselhos Federal e Regionais;
XII- dirigir serviços técnicos de
serviço Social em entidades
públicas ou privadas; XIII- ocupar
cargos e funções de direção e
fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades
representativas da categoria
profissional; tais atribuições
amparam a categoria profissional
de forma a viabilizar a tomadas
de condutas adequadas
inerentes à possíveis situações, o
que caracteriza esta como
generalista.
Os fundamentos do trabalho do
Serviço Social são entendidos
aqui na perspectiva das
diretrizes curriculares (ABEPSS,
1996), ao consolidarem que a
intervenção do assistente social
deve ser composta de três
dimensões: teórico-
metodológica, ético-político e
técnico-operativo. As referidas
dimensões apresentam níveis
diferenciados de apreensão da
realidade da profissão, porém
são indissociáveis entre sí,
formando uma unidade, apesar
de suas possíveis
particularidades (GUERRA,
2000).
A competência teórico-
metodológica, técnico-operativo
e ético-político são requisitos
primordiais que permite ao
profissional colocar-se diante
das situações com as quais se
defronta, vislumbrando com a
compreensão os projetos
societários, seus vínculos de
classe, e seu próprio processo e
trabalho. Os fundamentos
históricos, teóricos e
metodológicos são de suma
importância para aprender a
formação cultural do trabalho
profissional e, em particular, as
formas de pensar dos
assistentes sociais (ABEPSS,
1996, p.7)    
5.2. A  ASSISTÊNCIA SOCIAL
NO BRASIL.
Ao longo dos anos a história da
política de assistência social teve
uma trajetória marcada por
várias contradições,
principalmente, em relação ao
modelo de assistência de forma
caritativa de solidariedade
religiosa, sendo direcionada aos
pobres, doentes e incapazes de
se manterem. Na perspectiva
caritativa a pobreza não era
considerada um problema
social, mas sim um problema
individual. Com a Constituição
Federal de 1988 e a
promulgação da Lei Orgânica de
Assistência Social (LOAS) (LEI
8.742/93) , a Assistência Social 
passa a ser um dos
componentes fundamentais nas
lutas para concretização das
praticas de igualdade e de
justiça estabelecidas na
Seguridade Social [i][3]
(CARVALHO,  2008).
Considerando o percurso
histórico da política, em 1942 foi
criada a primeira grande
instituição Federal de
Assistência Social no Brasil,
conhecida como a Legião
Brasileira de Assistência Social,
(LBA). O presidente Getúlio
Vargas cria esta instituição como
forma de legitimar seu governo
através da tática do
assistencialismo como um
mecanismo de dominação
política. Ao colocar sua esposa
Darcy Vargas no comando dessa
instituição, colaborou para que a
assistência social passasse a ser
associada ao primeiro-damismo
[4] .Esse ato assegurou
estatutariamente à presidência
da LBA às primeiras-damas da
República, ocorrendo a junção
entre iniciativa privada e pública
conformando assim a relação
entre classes subalternas e
Estado. Porém, neste período, a
Assistência Social como sendo
considerada ação social
propriamente dita torna-se um
ato de vontade e não de direito
de cidadania. Com objetivo de
abrangê-la também às famílias
que sofrem em decorrência de
calamidades, vinculou-se as
situações de emergência à
Assistência Social, que perdura
até os dias de hoje (SPOSATI,
2002) (TORRES, et al. 2002).
Entretanto, de maneira geral, até
a Constituição Federal de 1988, a
questão social era controlada
através da coerção e da
violência, os conflitos sociais são
reprimidos severamente, sendo
vistos como caso de polícia.
Nesse contexto, a demanda
social passa a ser atendida pelo
binômio repressão x assistência,
onde as ações assistenciais
passam a ser utilizadas pelo
aparato estatal como forma de
amenizar o estado de
empobrecimento da população,
em nome da segurança
nacional, evitando que os
trabalhadores realizassem
alguma mobilização. Com isso o
Estado procurou aliança com as
elites, para ampliar a ação
assistencial através de
programas, benefícios e
serviços. Outro fator a ser
observado é que as condições
de vida população continuaram
as mesmas, a pauperização e a
desigualdade social ainda era
grande, o que fez com que os
trabalhadores e a sociedade de
forma geral começassem a lutar
por melhores condições de vida,
como também buscarem seus
direitos cidadãos e  burocráticos
(FERREIRA, 2010 )
5.3. POLÍTICA NACIONAL DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL -
PNAS.
A primeira Política Nacional de
Assistência Social foi aprovada
em 1998, após cinco anos de
regulamentação da LOAS, mas
apresentou-se de forma
insuficiente. Somente passadas
duas décadas da aprovação da
LOAS (LEI ORGÂNICA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL) é que a
Política Nacional de Assistência
Social foi efetivamente aprovada
em 2004 (YAZBEK e  RACHELIS, 
2010).
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/a-atuacao-profissionalassistente-social-no-centro-referencia.htm#_edn1
2010).
Em dezembro de 2003 por conta
do CNAS (Conselho Nacional de
Assistência Social) foi realizada
em Brasília/DF a IV Conferência
Nacional de Assistência Social.
Nela se aprovou uma nova
agenda política no que diz
respeito ao ordenamento da
gestão participativa e
descentralizada de assistência
social no Brasil. A Política
Nacional de Assistência Social
tem como princípios: A
supremacia do atendimento às
necessidades sociais sobre as
exigências de rentabilidade
econômica; Universalização dos
direitos sociais, a fim de tornar o
destinatário da ação assistencial
alcançável pelas demais
políticas públicas.
Esta política pública  explicita as
diretrizes que vão efetivar a
assistência social como direito
de cidadania e responsabilidade
de Estado, possuindo um
modelo de gestão
compartilhada, tendo suas
atribuições e competências
realizadas nas três esferas do
governo. Ela reafirma a
necessidade de articulação com
outras políticas e indica que as
ações a serem realizadas devem
ser feitas de forma integrada
para enfrentamento da questão
social (COUTO, YAZBEK e
RAICHELIS,  2010).  
As supracitadas autoras, afirmam
ainda que a intersetorialidade foi
um dos pontos mais importantes
trazidos na PNAS, pois através
da sua articulação com as
demais políticas visa-se o
desenvolvimento de ações
conjuntas destinadas ao
enfrentamento das
desigualdades sociais existentes
e identificadas em determinadas
áreas, além de realizar a
proteção básica dos usuários.
Com a junção entre as políticas
em torno de objetivos comuns
passa-se a orientar a construção
das redes municipais. Observa-
se a ampliação dos usuários da
política de assistência social,
englobando agora não somente
os usuários considerados
tradicionais, como também as
pessoas mais pauperizadas, e
pessoas que estão
desempregadas, ou  que se
encontram no mercado informal
de trabalho, pessoas em
situação de drogadição, entre
outros.
Segundo TEIXEIRA (2009), a
matricialidade sociofamiliar se
dá na atenção àfamília e seus
membros, a partir do seu
território de vivência com
prioridade àquelas mais
vulnerabilizadas, sendo esta
uma estratégia efetiva contra a
setorialização, segmentação e
fragmentação  dos
atendimentos, levando em
consideração o contexto familiar
geral como unidade de
intervenção; além do caráter
preventivo da proteção social, 
visando fortalecer os laços e
vínculos sociais de
pertencimento entre seus
membros, de modo a romper
com o caráter de atenção
emergencial e pós esgotamento
das capacidades protetivas das
famílias.
5.4. PROGRAMAS SOCIAIS
VINCULADOS À POLÍTICA
DE  ASSISTÊNCIA
Partindo do ponto de vista da
matricialidade sociofamiliar e do
impacto que este termo traz
para a sociedade, é possível
firmar questões e reaver
conceitos, visto que se referido
historicamente o Brasil de modo
geral vem perpassando por
situações de altos índices de
vulnerabilidade, na qual fez-se
necessário intervenções do
Estado para possíveis reversão
desta situação.  
Sabendo desta realidade
presente no quadro de
vulnerabilidade social, intrínseco
às mudanças que acometeram a
população por meio do tempo e
de forma governamental,
surgiram programas e
estratégias para harmonizar ou
mesmo tentar subverter o
ambiente criado através da
problematização política que a
própria crise construiu.
Surgindo assim, através da ONG
Instituto Cidadania liderada por
Luiz Inácio Lula da Silva no ano
de 2001 o Projeto Fome Zero na
qual foi elaborado por uma
equipe de especialistas e
discutidas em âmbito nacional, e
contou com a contribuição de
centenas de especialistas por
mais de seis meses. Mas
somente entrou em vigor como
política pública em 2003 no ano
subsequente à posse da
presidência do então presidente
da República;
O Projeto Fome Zero partiu de
um diagnóstico de que o Brasil
não teria, até então, uma política
geral de segurança alimentar e
que a vulnerabilidade à fome
atingiria um contingente de 44
milhões de brasileiros isto é
27,8% da população. A priori, o
Projeto Fome Zero buscava
reverter o problema de a
insegurança alimentar a partir da
melhoria do nível de renda da
população considerada pobre o
que fez emergir a distribuição de
renda, uma vez que o problema
da fome no Brasil está muito
mais relacionado com a
insuficiência de renda do que,
propriamente, com a falta de
oferta ou escassez de alimentos
(MDS, 2010,  p.54).
O Fome Zero é também o
Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) e o seu
complementar, o Programa
Nacional de Aquisição de
Alimentos da Agricultura Familiar
(PAA). É o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), a
criação dos Restaurantes
Populares e as cozinhas
comunitárias. Engloba, também,
a construção de cisternas de
captação de água da chuva nas
regiões do semiárido. Do Fome
Zero faz parte, ainda, a iniciativa
de estabelecer as bases para
uma legislação específica para o
setor que preserve e permita
ampliar as conquistas. Essa é a
importância da Lei Orgânica de
Segurança Alimentar e
Nutricional (LOSAN), promulgada
no ano do centenário de Josué
de Castro e que instituiu o
Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN)
(LULA, 2010).
Atrelado a este programa surgiu
em outubro de 2003 o Bolsa
Família programa de caráter
assistencialista que tinha como
objetivo o combate à pobreza e
a desigualdade social, tendo
como característica forte a
transferência de renda
condicionada sob a Medida
Provisória 132 de 20 de outubro
de 2003 e convertida em lei e 9
de janeiro de 2004. Sua
funcionalidade se deu da
seguinte forma todos os meses,
as famílias atendidas pelo
Programa recebem um benefício
em dinheiro, que é transferido
diretamente pelo governo
federal. Esse eixo garante o
alívio mais imediato da pobreza,
mas para que fosse possível o
desenvolvimento deste as
famílias deveriam cumprir alguns
compromissos
(condicionalidades), que têm
como objetivo reforçar o acesso
à educação, à saúde e à
assistência social. Esse eixo
oferece condições para as
futuras gerações quebrarem o
ciclo da pobreza, graças a
melhores oportunidades de
inclusão social (MDS, 2015).
A gestão do Bolsa Família é
descentralizada, ou seja, tanto a
União, quanto os estados, o
Distrito Federal e os municípios
têm atribuições em sua
execução. Em nível federal, o
Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) é o responsável
pelo Programa, e a Caixa
Econômica Federal é o agente
que executa os pagamentos
(MDS, 2015).
Devido ao êxito do programa
Bolsa Família houve um
esquecimento por parte dos
governantes a respeito do
programa Fome Zero que aos
poucos deixou de existir.
Em meio a vulnerabilidade social
faz-se necessário um sistema
que assegure o direito social dos
indivíduos, sendo estas básicas e
ou avançadas estando
relacionada à  Política de
Assistência Social(PNAS).
E em 2005, é instituído o Sistema
Único de Assistência Social –
SUAS descentralizado e
participativo, que tem por função
a gestão do conteúdo específico
da Assistência Social no campo
da proteção social brasileira
(MDS, 2015)
Consolida o modo de gestão
compartilhada, o co-
financiamento e a cooperação
técnica entre os três entes
federativos que, de modo
articulado e complementar,
operam a proteção social não
contributiva de seguridade
social[4] no campo da
assistência social. Em 6 de julho
de 2011, a Lei 12.435 é
sancionada, garantindo a
continuidade do SUAS.
O Sistema organiza as ações da
assistência social em dois tipos
de proteção social. A primeira é
a Proteção Social Básica, que
viabiliza à prevenção de riscos
sociais e pessoais, através da
oferta de programas, projetos,
serviços e benefícios a
indivíduos e famílias em situação
de vulnerabilidade social. A
segunda é a Proteção Social
Especial, destinada a famílias e
indivíduos que já se encontram
em situação de risco e que
tiveram seus direitos violados
por ocorrência de abandono,
maus-tratos, abuso sexual, uso
de drogas, entre outros aspectos
destacando esta como proteção
social de média complexidade,
de outro modo encontra-se a
Proteção Social Especial de alta
complexidade garantindo
direitos de proteção integral –
moradia, alimentação,
higienização e trabalho
protegido para famílias e
indivíduos que se encontram em
situação de violação de direitos.
Este avante dado à família na
Política de Assistência Social é
justificada pelo reconhecimento
da responsabilidade estatal de
proteção social às famílias,
apreendida como “núcleo social
básico de acolhida, convívio,
sustentabilidade, autonomia e
protagonismo social e espaço
privilegiado e insubstituível de
proteção e socialização primária
de seus entes” (MDS, 2009, p.12)
o que viabilizou ao governo a
oportunidade de criação de
programas e órgãos que
pudessem dar esse auxilio para
tais grupos. 
Dentro disso a Norma
Operacional Básica –NOB-
SUAS/2005 que fundamenta e
norteia princípios para a criação
do SUAS, conceitua como
detalhamento as novas lógicas
de organização, gestão e
provisão no campo das ações
continuadas de Assistência
Social. Dentre os elementos
essenciais dessa formulação,
evidencia-se o território como
base de organização do sistema,
cujos serviços devem obedecer
à lógica de proximidade do
cidadão e localizar-se em
territórios de incidência de
vulnerabilidade e riscos para a
população (BRASIL, 2005, p. 43)
Diante deste contexto o território
passa a ser considerado como
base de organização do 
SUAS/2005, mas não basta tal
constatação. Faz-se necessário
problematizar como esse
conceito é compreendido,
problematizado e utilizado não
apenas na Norma, mas em
outros documentos oficiais que a
subsidiam. Desta forma, por
exemplo, é possível extrair da
seguinte citação, encontrada em
um documento destinado a
difundir a Norma e a capacitar
gestores de diferentes níveis de
gestão do  SUAS, uma primeira
visão sobre como o território
vem sendo pensado:
O territóriorepresenta muito
mais do que o espaço
geográfico. Assim, o Município
pode ser considerado um
território, mas com múltiplos
espaços intraurbanos que
expressam diferentes arranjos e
configurações socioterritoriais.
Os territórios são espaços de
vida, de relações, de trocas, de
construção e desconstrução de
vínculos cotidianos, de disputas,
contradições e conflitos, de
expectativas e de sonhos, que
revelam os significados
atribuídos pelos diferentes
sujeitos (BRASIL, 2008, p. 54)
Tendo em mente todo esse
arrojo conceitual que foram
supracitados, pode-se deferir
que as Políticas Sociais
representam uma forte razão
para que estas sejam viáveis
para todos os grupos sociais,
veiculando direitos e
assessorando uma construção
de uma sociedade bem mais
assistida.
5.5. O DESMONTE DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
PROJETO NEOLIBERAL
Para que seja possível um
debate sobre o quadro atual que
se encontra o país mediante a
Política Nacional de Assistência
Social, é preciso que seja
avaliado o desenvolvimento do
capitalismo, o papel do estado e
das classes.
O ordenamento jurídico que
sustenta a política de assistência
social como direito
constitucional está intrínseco a
um contexto de avanços do
ideário neoliberal que reduz
gastos na área social que
objetiva o desenvolvimento
econômico. O Estado, como pilar
fundamental de sustentação do
capital, assume a condução do
processo de redução dos
direitos com a subordinação das
políticas sociais à lógica de
estabilização econômica
(FREITAS E SOUSA, 2019).
A Constituição Federal de 1988
reconheceu a assistência social
como um direito fundamental. O
artigo 203 determina que “a
assistência social será prestada
a quem dela necessitar,
independentemente de
contribuição à seguridade social”
(BRASIL, 1988). No artigo 204
encontram-se duas diretrizes da
política de assistência social,
relacionadas à descentralização
político-administrativa e à
participação da população e
controle social.
O ideário neoliberal no Brasil tem
sido responsável pela redução
dos direitos sociais e
trabalhistas, manifestada no
acirramento do desemprego
estrutural, na precarização das
relações e condições de
trabalho, e no desmonte dos
serviços sociais. No final da
década de 1980 já podem ser
observados no país os primeiros
“sinais” do projeto neoliberal,
com implicações no modo de
produzir e viver (FREITAS E
SOUSA, 2019).
Partindo disso se estabelecem
mecanismos de subordinação
do Estado ao mercado. Neste
sentido, há uma ênfase na
criação de elos do Estado com a
sociedade civil. Isso acaba
refletindo nos princípios e na
qualidade dos serviços e
programas prestados aos
utentes, além de promover o
desmonte da participação social
nos espaços de controle social.
Na concepção de SPOSATI
(2005) sobre a realidade
brasileira há “uma regulação
social tardia e frágil na
efetivação dos direitos sociais,
principalmente pela vivência de
processos ditatoriais agravados
pela sua duração e travamento
da maturação democrática da
sociedade” (p. 508).
Nos governos de Luiz Inácio Lula
da Silva e Dilma Rousseff é
importante salientar que houve
uma redução expressiva da
desigualdade social e avanços
sociais com a criação de alguns
programas como o Bolsa Família.
Entretanto, os fatores de
continuidade da política
neoliberal vistos nos anos 1990
permaneceram (MOTA, 2012). Ao
abordar a política
neodesenvolvimentista desses
governos, afirma que ao mesmo
tempo em que cumpre tarefas
democráticas, “A pobreza
aparece distanciada dos
debates estruturais e é
transformada num objeto
técnico em si”. ( p. 181).
Com o golpe de estado de 2016,
que culmina na destituição da
presidenta Dilma, o Presidente
interino Michel Temer, na
intenção de manter níveis
econômicos satisfatórios, para
mencionar alguns dos
retrocessos, aprova a Emenda
Constitucional do Teto dos
Gastos (PEC nº 95/2016), que
limita, por 20 anos a ampliação
dos gastos na área social, com o
objetivo de garantir a “[…]
conservação e modernização da
ordem capitalista”. (MOTA, 2012,
p. 23).
Com a evolução da extrema
direita, a expectativa de o Estado
cumprir sua responsabilidade de
investir e ampliar os programas
sociais se torna cada vez mais
distante. As medidas propostas
pelo novo governo Bolsonaro
possibilita a ascensão dos
interesses do capital e do
empresariado, o que significará
retrocessos do ponto de vista
social dificultando a
concretização de serviços
públicos de qualidade que
possam atender as reais
necessidades da população, no
que levará a um progressivo
retorno das desigualdades
econômicas e sociais (FREITAS E
SOUSA, 2019).
A Síntese de Indicadores Sociais
(SIS), do IBGE, divulgados no fim
de 2018, mostram que, entre
de 2018, mostram que, entre
2016 e 2017, a proporção de
pessoas pobres no Brasil subiu
de 25,7% para 26,5% da
população: um aumento de 2
milhões. Já o grupo dos
extremamente pobres cresceu
de 6,6% da população em 2016
para 7,4% em 2017, passando de
13,5 milhões para 15,2 milhões
(IBGE, 2018) .
Nesse contexto, é notório que as
necessidades sociais não tem
sido prioridade da atuação
estatal, e que se faz necessário
propostas eficazes para a
solução de problemas
econômicos e sociais. Baseado
nisso, a institucionalização da
política de austeridade fiscal e o
corte de gastos no orçamento
público para áreas sociais,
impactam a forma como as
pessoas se relacionam no
mundo do trabalho e no seu
acesso a direitos.
Partindo desse pressuposto da
viabilização ao mercado de
trabalho vale ressaltar pontos
chaves sobre a terceirização do
trabalho na qual interfere no
âmbito das relações humanas,
econômicas, demográficas e
sociais, além de dividir opiniões.
O mundo do trabalho traz
consigo lutas e memórias para
que na atualidade hajam direitos
e deveres iguais para os
servidores afim de que a mão de
obra seja fácil e barata.
Neste contexto, a estratégia
administrativa da terceirização
do trabalho é definida como a 
transmissão de determinada
quantidade de atividades que
não são ligadas ao objeto social
da instituição e que poderiam
ser executados diretamente
pelos trabalhadores contratados,
mas são direcionados para outra
empresa que irá prestar serviços
especializados. Merece
destaque que não existe
nenhum vínculo trabalhista entre
a empresa locatória e os
trabalhadores terceirizados
(DIEESE, 2003; GIOSA, 1997).
Embora as justificativas para
empreender tal processo sejam
várias (ganhos de eficiência,
flexibilidade e maior
competitividade), observa-se
que o único parâmetro utilizado
é a redução de custos. Por outro
lado, as consequências para o
trabalhador são diversas:
arrefecimento dos encargos
trabalhistas e previdenciários,
redução de direitos,
invisibilidade social e condições
precárias de emprego (DRUCK;
BORGES, 2002; LEIRA; SARATT,
1995; SILVA; PREVITALI, 2013).
Tão logo iniciou o movimento do
Governo em regulamentar a
terceirização do trabalho no
Brasil, inúmeros estudos
mostram que os projetos criados
estão longe de atender os
debates sociais e principalmente
os interesses dos trabalhadores,
que são os mais prejudicados
com a precarização da labuta
terceirizada (SEKIDO, 2010).
Diante disto, faz-se necessário
expor fatos para ampliar e
atualizar o debate acerca da
terceirização do trabalho,
mesmo quando se relaciona
classes distintas em termos
espaciais, econômico,
demográfico e social. Contudo,
observa-se que o momento é
extremamente oportuno para tal
elencamento, visto que constitui
assunto polêmico no cenário
recente do Brasil.                    
6. APROFUNDAMENTO DA
PESQUISA
Neste capítulo, serão descritos
os dados referentes aos
resultados da pesquisa e sua
análise inicialmente, descreve os
dados relativos ao questionário
peculiar ao trabalho  do
Assistente Social do CRAS.  E a
importância dos relatos dos
profissionais do Serviço Social no
qual se faz presente no decorrer
da pesquisa.Em seguida, apresentam-se as
categorias temáticas, onde se
buscou conhecer, através das
falas dos assistentes sociais
entrevistados, quais eram os
cuidados que eles realizavam
para minimizar os problemas dos
usuários. Nesse sentido,
emergiram desenvolvimento das
perguntas expostas aos
entrevistados:
O Serviço Social foram
implementado de acordo com
os momentos históricos vividos
durante século para se obter
sucesso e terem campo para
adaptar-se com as políticas
publicas que são direcionadas
ao profissional do Serviço
publico. Onde amparados pelas
leis sociais, que ficaram
definitivamente frente às
condições de pessoas
vulneráveis de maior existência
ao meio Social. (
CARVALHO,2014, P.134).
Diante do exposto foi iniciado a 
entrevista na qual questões já
formuladas foram lançadas para
que pudesse ser guiada e atingir
pontos que se almejavam
discutir, e ao ser lançado a
pergunta de partida que
compreendia –Como se dá a
atuação do Assistente Social no
Centro de Referência Assistência
Social (CRAS)? Foi possível obter
a seguinte afirmação segundo a
entrevistada ESMERALDA:    
Então, falar sobre a importância
do serviço social implementado
no CRAS Praia do Futuro, ele foi
criado em junho de 2008, é um
Centro de Referência da
Assistência Social, uma política
pública onde nós atendemos:
Cidade 2000, Manoel Dias
Branco, Cocó, Praia do Futuro I e
II, esse é o nosso território. Nós
aqui atendemos hoje aqui no
CRAS eu tenho mais de 900
famílias inscritas, mas em
atendimento e
acompanhamento eu tenho 140.
(ESMERALDA, Assistente Social)
Tendo como importância geral o
CRAS, equipamento considerado
a “porta de entrada” desse novo
modelo de assistência social, a
cerca das reflexões e
questionamentos do
atendimento disponibilizado às
famílias beneficiárias. Onde há
importância de uma visão
holística sobre a visibilidade e à
subjetividade das famílias
atendidas, a fim de que elas
próprias avaliem os
atendimentos que recebiam.
Porém o quadro de pobreza,
miséria e exclusão social no
Brasil deve produzir permanente
preocupação, e obriga-nos a
refletir sobre suas influências na
sociedade e na atuação dos
psicólogos. (FLORES, et.al. 201,
MORAIS e ANDRADE, 2016).
Segundo Paula (2015), a questão
do trabalho do psicanalista na
instituição do CRAS, enfatiza
principalmente a importância da
prática aplicada ao sujeito, seja
ele o pobre, ou vitima de abuso
social e familiar com intuito de
colocar cada sujeito a dimensão
da responsabilidade subjetiva
quanto ao seu posicionamento
no laço social. Em 2004 ocorre a
aprovação da Política Nacional
de Assistência Social (PNAS) –
Resolução Nº78, de 22 de junho
de 2004.
Quando falado da demanda na
qual o referido CRAS possui foi
obtido tal resposta, frente à
realidade da tal:
“Já que o CRAS tenho que falar a
respeito dessa instituição que
nós temos o Serviço de
Convivência que abranger de
maneira geral ao adolescente, e
também ao Serviço de
Convivência para Idoso, para
haja redução de idoso
abandonados nas ruas por
familiares não estruturados
psicologicamente com o
processo envelhecer juntos um
cuidando do outro, sobre o
assunto de criança eu atendo de
6 a 14, e adolescente de 14 a 17 e
os idosos a partir de 60”.
(ESMERALDA,  Assistente Social).
Sabemos que cada instituição
segue uma ordem de rotina, na
qual serve para poder organizar
o serviço que a instituição
fornece para a população,
sabendo disso foi lançado a
seguinte pergunta: Como é
organizado o trabalho do
assistente social na instituição?
Onde podemos expôr a seguir a
afirmativa da entrevistada em
questão:
A realidade vivenciada pelos os
usuários atualmente nas
instituições principalmente no
CRAS, onde os profissionais
relatam que hoje diz que equipe
dela: eu só tenho uma Assistente
Social, um educador social pela
seleção pública e eu como
coordenadora, quer queira, quer
não, eu faço o atendimento pela
manhã. Hoje a equipe é
composta por três codificadores,
um assistente social, o
codificador é aquele trabalha no
cadastro único, uma assistente
social, eu como coordenadora,
um educador social, dois
porteiros diurnos, uma
manipuladora de alimentos que
é a nossa cozinheira e um
serviço gerais. Antigamente eu
tinha uma arte facilitadora, tinha
uma psicóloga, mas ai com a
seleção vai acabando o prazo vai
expirando o prazo e vão vindos
outros profissionais, eu estou
com a RUBI desde 2014, mas eu
só cheguei aqui em 2015, era
outra coordenadora que atendia
com a Rubi assim ela quis ser
chamada.
6.1. O  TRABALHO DO
ASSISTENTE SOCIAL E SUAS
DEMANDAS
Segundo as entrevistadas, os
mesmo apontam dificuldades
diante os insumos disponíveis
para trabalharem de maneira
coerente e com qualidade na
instituição que enfrentam cada
dia com os usuários que o
procuram para resolver seus
problemas de forma rápida e
dando a garantia da organização
de segmentos ao serviço.
Partindo disso podemos ter tal
arrojo sobre as demandas do
CRAS em questão, na qual está
explicito adiante segundo RUBI:
O trabalho do assistente social
aqui, ele trabalha com a
demandas espontâneas e as
demandas encaminhadas. Nós
articulamos com a rede, hoje a
rede que eu tenho mais próxima,
é o colégio, o posto de saúde, a
creche, é um complexo que se
dá aqui na região II. A Regional II,
tem 04 CRAS, que é o Serviluz
Mucuripe, Praia do Futuro e o
Lagamar. Então as nossas
demandas são o Cadastro Único,
BPC deficiente, BPC idoso para
encaminhar para o INSS, são as
demandas espontâneas, como
atendimento de cadastro,
atendimentos das condicionais
idades da educação e saúde,
pessoas que estão com seus
benefícios
bloqueados/cancelados. E ai a
gente faz todo um levantamento
para que essa família não seja
prejudicada. Outra demanda
apresentada espontânea para o
CRAS, os benefícios eventuais
que são as cestas básicas,
auxilio funeral, kits enxovais. Nós
temos grupos, além do Serviço
de Convivência, nós temos o
Programa de Atendimento
Integrado a Família, que é o PAIF,
que é o carro chefe dos CRAS, é
o PAIF. Que é o Programa de
Atendimento Integrada a Família.
(RUBI, Assistente Social)
De acordo com IAMAMOTO
(2016), o Serviço Social no
mundo contemporâneo no
Brasil, é representado pela a
formulação, e planejamento para
a execução de políticas publicas
voltada a questão social e
técnica do trabalho como: ação
sócioeducativo na prestação de
serviço social voltado aos
direitos violados do cidadão. A
lei n. 8.662 de 07 de junho 1993,
que regulamenta a profissão,
referente aos artigos  4º e 5º
sobre as competências e
atribuições, privativas a
assistência social.
Outras demandas citadas pela
Esmeralda relata que há outros
serviços do cadastro, destinado
para o Bolsa Família, para o BPC
deficiente, para o BPC idoso,
para carteira do idoso, para
carteira do deficiente, Minha
Casa Minha Vida, são todos
aqueles benefícios que
compõem o cadastro único.
Baixa Renda da Coelce, apesar
de encaminhados do cadastro
para o Serviço Social, são
inúmeros problemas, né. Como
Violência contra mulher,
documentação civil, insegurança
alimentar, documentação para o
uso da casa própria. Seja
encaminhada para Habitafor, ou
seja, o CRAS ele é um mundo.
Ambas concordam que o CRAS
não se limita só no atendimento
individualizado, atende o
individualizado e o coletivo. E
afirma que há vínculos externos
para viabilizar o atendimento:
“Temos parceria com posto de
saúde para as questões do
público diabéticos, gestantes,
encaminhamos para
documentação, para o
atendimento também no posto
para o atendimento com
psicólogo, enfim, o CRAS ele é
muito abrangente, ele abrange
muitas, e outras áreas. Como as
intersetoriais, que nós
encaminhamos para o psicólogo,
para defensoria pública,
atendemos  também pessoas
que prestam Benefícios de
Prestação Continuada, a PSC
que são aqueles infratores, nós
acompanhamos esses adultos
infratores, enfim”.
Segundo Rubi “o serviçode
proteção e atendimento integral
a família-(PAIF), acontece duas
vezes durante o mês, são com
as famílias em
acompanhamento, então desde
o acompanhamento das datas
comemorativas, como os
atendimentos as
vulnerabilidades que acontece
dentro das famílias que são
acompanhadas. Nós trazemos
geralmente, as palestras, as
convivências diante dos
problemas que nós
acompanhamos. Se eu tenho
uma família, se meu maior
problema na família é
insegurança alimentar, eu vou
trabalhar a questão da
alimentação saudável dentro
daquelas famílias, da
insegurança alimentar. Se eu
tenho famílias com problemas
de violência doméstica, eu vou
trabalhar aquelas famílias das
palestras ou enfim, acompanhar
aquelas famílias dentro da
vulnerabilidade que nós mais
atendemos CRAS: Objetivo do
PAIF, que já está dizendo que é
um Programa de
Atendimento/Acompanhamento
Integrado a Família”.
Segundo Rubi  “existem também
fora o Serviço de Convivência,
aqui nós trabalhamos com os
percursos, quem sou eu, pacto
de convivência, alusão ao
Outubro Rosa, alusão ao
Novembro Azul, em alusão ao
dia do livro, do meio ambiente,
então, nós trabalhamos
determinadas datas
comemorativas, como outras.
Violência contra o idoso, direito
do idoso, Estatuto do Idoso,
Estatuto da Criança e do
Adolescente, enfim. O CRAS ele
abrange toda essa política
pública e voltada também ao
atendimento e
encaminhamentos”.
6.2. O DESAFIO ATUAL DE
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO DO ASSISTENTE
SOCIAL NA INSTITUIÇÃO
CRAS
Há um relato por parte da
ESMERALDA sobre a rotina de
organização do trabalho de RUBI
estando explicito adiante:  “Ela é
a nossa assistente social, só
trabalha 6h, como você sabe
que foi regulamentado, né. E ela
entra de 11 e saí as 17. Ela tem o
atendimento para a demanda
encaminhada, para a demanda
espontânea e para os
atendimentos dos PAIF
individualizados e coletivos,
certo? Sem contar com trabalho
do cadastro, visita domiciliar,
visita institucional, visita do
cadastro, concessão dos
benefícios eventuais, esse é o
trabalho do assistente social.
Sem contar com as orientações,
né ?  Por que o assistente social
ele abrange essa demanda não
só voltada para o CRAS, mas
voltada para extra CRAS, e faz
esse acompanhamento dos
acompanhamentos que nós
encaminhamos individualizados
ou coletivos”.
Segundo, IAMAMOTO (2016) diz
que o trabalho do Serviço do
Social nem sempre foram
centralizado e nem atingiu
resultados múltiplos em suas
demanda. E que são
diferenciadas nas demais
especializações do trabalho
social útil que corresponde às
necessidades sociais
existenciais.
Segundo ESMERALDA que fala
sobre as demandas do CRAS em
questão é possível deferir de sua
fala pontos importantes para o
desenvolvimento do estudo,
sendo este um trecho :
“Atualmente então, nós estamos
com uma demanda muito
grande com relação à orientação
ao BPC idoso e ao BPC
deficiente, por quê?  Por que
esses idosos eles não tinham
cadastro único, e agora para que
se mantenha o benefício do BPC
que é o Benefício de
Participação Continuada, ele tem
que está no Cadastro Único, e
isso aí é feito na acolhida, é feito
nos mutirões que nós fazemos
das demandas do CRAS. Como
agora mesmo nós vamos ter um
plantão tira dúvidas dentro da
comunidade dos Barreiros, por
que nós atendemos aqui a
comunidade Barreiros, do
Gengibre, dos Cocos, e do
Arimatéia, e do Embratel. É
programado. Nós vamos ter esse
plantão dia 23 com os Barreiros.
Vai ser voltado, o Ananias que é
o líder comunitário veio nos
solicitar, ai vai ser voltado para o
solicitar, ai vai ser voltado para o
BPC idoso e deficiente. Vamos
fazer esse plantão tira dúvidas
com a comunidade”.
Sabemos que para que ocorra
um bom desenvolvimento do
trabalho é preciso uma
dinamicidade entre o profissional
e ferramentas para que haja seu
bom desempenho frente aos
usuários e de maneira geral,
diante disso foi formulado e
lançado a pergunta: Quais os
instrumentos e técnicas de
trabalho utilizados por você para
a realização do seu exercício
profissional? E através desta foi
obtido tal resultado de discurso:
“Nós temos essas inúmeras
partes ai, são todos esses
instrumentais que eu posso te
dar uma cópia de cada um,
dizendo qual é o objetivo de
cada instrumental desse. Ele não
foi criado, não só pelo assistente
social aqui pra facilitar nosso
trabalho, como foi também
encaminhado pela Secretaria.
Nós não trabalhamos com
nenhum instrumental que não
seja visto pela nossa gestora e
pela nossa Proteção Social
Básica ou pelo GESUAS.
Trabalhamos também com o
Prontuário SUAS que esse ai foi
implantado, a gente já está
começando as demandas e as
famílias serem acompanhadas
por esse instrumental”
(EMERALDA, ASSISTENTE
SOCIAL).
As atribuições do Assistente
Social é respaldada pelo código
de ética da profissão, diante
disso foi desenvolvido uma
questão também lançada para
as entrevistadas, objetivando
obter conhecimento partindo
desse pressuposto, logo que a
questão compreendia o
seguinte: Qual o referencial
teórico e político que norteiam
suas ações? E segundo
ESMERALDA E RUBI, obtive a
seguinte resposta: “Bom, nós
trabalhamos dentro da ética
profissional do assistente social,
trabalhamos dentro da NOBRH
que é política pública dentro da
tipificação também e dentro do
nosso conhecimento teórico/
metodológico que nós
costumamos ter nossa ética
profissional dentro do contexto
do Serviço Social”.
A dinâmica do trabalho dentro
da instituição faz a diferença no
decorrer de cada estratégia
analisada eticamente para
solucionar os problemas
apresentados.  Porém permite
que abstração do trabalho em
equipe trouxesse resultados
positivos, que o caráter social
entre trabalho realizados com
responsabilidades por parte
deste profissional respeitando as
particularidades de cada um.
(COLMÁN,  2013).
Partindo desse pressuposto
sabemos da dinâmica dentro da
setorialidade do trabalho, o que
não difere do trabalho no CRAS,
visto isso foi tentado entender
como se dava essa dinâmica
junto com a autonomia e poder
de resolutividade dos
profissionais, através disso foi
construída a questão: Como
você percebe sua autonomia
dentro do CRAS? E segundo
ESMERALDA:
“Quanto aos assistentes socais a
gente tem que ter um norte, por
que a gente também não pode
fazer a coisa, mas eu também
acredito que em quanto
assistente social a gente tem
que algumas autonomias sim,
dentro da nossa política pública
que é da Assistência, mas eu
creio que poderia fazer muito
mais, poderíamos fazer muito
mais, né? Bom, assim, enquanto
coordenadora, graça a Deus, a
PSP a SETRA ela nos dá
autonomia para fazer e
acontecer realmente quem está
na ponta, como nós estamos
aqui na ponta. Então assim, a
PSP e a SETRA em si, ela confia
no nosso trabalho, sabe? Ela
aposta no nosso trabalho. A
STDS acredita nas nossas
decisões, enquanto profissional,
o fazer e acontecer. Graça a
Deus em relação a isso, a gente
tem determinadas autonomias
pra que o trabalho realmente
aconteça.”
Assim como toda e qualquer
área de atuação tem suas
limitações não seria diferente
com o Serviço Social, visto isso
foi formulada uma questão
chave que mostra as formas
articuladas de lidar com essas
situações perante o CRAS, que
remete a seguinte ideia : Diante
dos limites impostos ao seu
exercício profissional, quais as
possibilidades que você
encontra para realizar seu
trabalho nessa instituição? E
podemos deferir a seguinte
resposta:
Diante dos limites no exercício
profissional e sua possibilidades,
mas, acho que em toda profissão
tem o seu limite, mas eu creio
que dentro do conhecimento
que nós temos enquanto
assistentes socais, dentro da
nossa profissão, dentro das
demandas, dentro do Serviço
Social eu acho que nós fazemos
acontecer sim. Principalmente
quando nós encaminhamos que
nós queremos resultados. Eu
acho que é um desafio enquanto
assistente social e sair aqui uma
família com um
encaminhamento,e a gente
realimente ter essa parceria com
a política pública externa, das
intersetoriais, por que nós não só
trabalhamos com o sócio
assistencial, também com a
intersetorial. E ai, realmente uma
defensoria pública, uma
delegacia da mulher, enfim, um
CREAS, outro CRAS, realmente
eles abraçam essas demandas
encaminhadas e realmente a
gente consegue fazer acontecer,
por que tem que fazer
acontecer, por que se não o
usuário sai daqui insatisfeito. Ai a
gente procura remover
montanha mesmo! É ligar, é ser
dinâmico, é proativo, é investigar,
é acontecer
(RUBI, ASSISTENTE SOCIAL).
Segundo RUBI “Pra que o nosso
usuário saia daqui satisfeito. Eu
acho que essa é o maior desafio
do assistente social. Serve pra
mim, serve pra você que está
começando agora e ir buscar
mesmo. Se não tenho uma
alternativa aqui por essa via, a
gente corre por outra. Às vezes a
gente fica um pouco
decepcionado, por que acontece
de realmente não acontecer,
não ser correspondido, mas a
gente tem ir atrás”.
Sabemos que muitas vezes pra
que seja desenvolvido um
trabalho de tamanha eficácia e
respaldo é preciso que haja uma
burocratização do serviço
empregado, sendo esta
designada como uma
organização ou estrutura
organizativa caracterizada por
regras e procedimentos
explícitos e regularizados,
divisão de responsabilidades e
especialização do trabalho,
hierarquia e relações impessoais.
Cientes disso, foi desenvolvido
uma nova questão a saber: Hoje
uma das dificuldades
encontradas pelos profissionais
do Serviço Social é questão da
burocratização do seu trabalho,
de que forma isso rebate no seu
exercício profissional nesta
instituição? obtivemos a partir
desta a seguinte afirmação:
Questão burocrática ela vai ter
que existir realmente. Isso ai a
gente não pode fugir, por que
nós dependemos de outras
organizações, de outras
instituições, da própria
secretaria. E realmente ela tem
um tramite, a gente tem que
respeitar as hierarquias, mas
enquanto assistente social o que
a gente pode fazer pra
descentralizar, eu acho que esse
é o exercício. Realmente existe
aquela burocracia. Por exemplo,
uma carteira do idoso eu não
posso só chegar, olha emite ai
uma carteira do idoso. Não! Eu
tenho que todo um tramite, tem
que passar pelo cadastro, tem
ver como está à condição
daquele cadastro, encaminhado.
Então, existe a burocracia. Você
não chega no banco, eu quero
abrir uma conta porque eu quero
abrir uma conta, existe toda uma
burocracia, de documentos,
ordem de chegada, se você está
no perfil, se você tem condições
de abrir aquela conta, se
realmente você tem um valor x
especifico para abrir aquela
conta, enfim.
(RUBI, ASSISTENTE SOCIAL) 
Ainda sobre a burocratização
RUBI cita situações e mostra a
questão da importância da
burocratização na realização dos
serviços, destacando-se assim:
Então, o Serviço Social e as
demais profissões têm que ser.
Você não chega em uma  UPA e
chega pra ser logo atendido,
existe toda aquela, você vai
passar pela triagem, vai passar
pelo acolhimento, vai passar
pela assistente social, enfim.
Mas, a gente tem que fazer
acontecer apesar da burocracia,
você não pode ficar naquela do
comodismo, de ficar
acomodada. Você vai entra com
as questões, seus documentos,
mas ai você tem que ser eu
costumo dizer que o assistente
social ele é insistente, insistente
social. Ai realmente tem que
acontecer. Incomoda, mas
estamos ali para o exercício da
profissão aconteça realmente. É
delicado, as vezes a gente fica
um pouco frustrado com as
coisas que nós queremos que
aconteça, mas a gente não pode
desanimar, não foi à toa que nós
escolhemos a profissão. Eu acho
que o assistente social ele é
guerreiro, ele é batalhador, ele é
insistente mesmo, ele é criativo,
proativo. Pelo menos eu tento
passar isso para minhas
estagiarias. Não se deixar abater
por alguma frustração, o outro
dia só pertence realmente a
Deus e nós pra ir buscarmos, se
não, não acontece.
O clientelismo é uma realidade
no nosso país, sendo este um
subsistema de relação política,
com uma pessoa recebendo de
outra a proteção em troca do
apoio político. Também é
chamado política do favor, visto
isso podemos visar que em meio
as vulnerabilidades e
fragilidades  das normas
envolvidas em nosso meio.
Sabendo disso foi desenvolvida
a ultima questão do roteiro de
entrevista a saber: Você como
assistente social percebe que
existem práticas clientelistas na
instituição na qual está inserida?
Como se dão essas práticas? 
Este questionamento mostrou
segurança para tais
responderem, e pode-se deferir
de suas respostas o trecho a
seguir:
É aquilo que eu te falei já no
início, aqui eu fazemos o que?
Que o usuário saia satisfeito. Eu
costumo dizer nas nossas
reuniões aqui, que a política, a
PNAS a Política Nacional da
Assistência Social, a gente tem
que fazer acontecer. A clientela
ela vai existir sempre, as
dificuldades elas vão existir
sempre. Essa questão da prática
institucional a gente tem que
fazer acontecer realmente. E
desburocratizar, pra a gente não
possa cair no comodismo. E é
isso, sabe? É muito complexa
essa questão do assistente
social, só quem sabe é quem
vivencia a prática. Prática e
teoria elas caminham juntas, as 
vezes um pouco com
dificuldade ou outra, mas elas
tem caminhar juntas. Eu não
posso ter uma teoria, sem que
eu tenha a prática para aquela
teoria. Ela caminham  juntas e
vice-versa.
 (RUBI, ASSISTENTE SOCIAL).
RUBI assim como ESMERALDA
expressou suas limitações e as
demandas tanto para si como
assistente social, como para o
CRAS que na qual ela trabalha,
sendo assim foi extraído uma
parte de suas citações e citados
abaixo:
São muito diversificadas. Assim,
de um modo mais objetivo, a
principal demanda que eu
identifico é a questão do
trabalho e renda, a questão da
qualificação profissional,
também muito deficiente. E
alguma situação de moradia,
como o próprio Gengibre, como
você deve conhecer. Também
algumas áreas de aterramento
pelo vento, pela areia que ainda
pega a Praia do Futuro. Que isso
é muito comum lá no território
do outro CRAS, no Serviluz. Mas,
aqui na Praia do Futuro ainda
tem algumas situações assim.
Pessoal que mora na beira da
praia, do mar, né? Na beira do
mar bem dizer. Bom, ai a
questão da droga, da violência
urbana, na questão do
afastamento da escola por
adolescente é muito comum
também. Enfim, ai tem a questão
do idoso que mora só, ou que
mora com uma pessoa que não
tem muita condição de
acompanhar. Que a gente
identifica alguns casos, enfim, eu
acho que é decorrente dessas
que falei que a gente tem
atendido com mais frequência.
(RUBI, ASSISTENTE SOCIAL)
Sobre  vivência e a rotina das
entrevistadas ambas forneceram
respostas semelhantes, onde
pude destacar um pouco sobre
o que foi relatado, segue adiante
um trecho da entrevista na qual
saliente isso:
Bom, a gente tem dois dias da
semana no CRAS onde se
disponibiliza de um carro, na 
qual eu faço visitas domiciliares
no território. Então, tem um dia
que eu destino a essas visitas,
sendo estas visitas e
acompanhamento, tem a visita
de averiguação, fiscalização que
são relativas ao Cadastro Único.
Que também tomam muito do
nosso tempo, inclusive
prejudicam um pouquinho do
acompanhamento PAIF. Que
essas famílias poderiam ser
muito melhor acompanhadas. E
tem esse dia para as visitas. E
tem um dia na semana pra
organização de instrumentais, de
material que foi produzido, pra
organização de pastas, para
atualização de algumas
questões que foram incluídas de
acompanhamento no mês, mais
burocráticas mesmo, pra incluir
na listagem de famílias
acompanhadas. Pra ver quais
são desligadas, para fazer
relatórios técnicos, geralmente à
gente dedica as sextas à tarde
pra isso. E os demais momentos
são mais destinados a
atendimento de questões ou
proveniente do cadastro. Ou que
seja, a partir de uma demanda
mesmo, vinda diretamente ou
espontaneamentedo usuário.
Pra que a gente faça algumas
orientações, muitas vezes
orientações, mas outros
encaminhamentos pra rede.
Tanto a sócio assistencial, como
das outras políticas que são
complementares a nossa. Assim,
o meu referencial teórico
fundamental mesmo, que
conduz que orienta minha
pratica. Sempre foi uma
abordagem mais dialética, mais
marxista, mais voltada pra essa
perspectiva. Esses princípios que
norteiam essa prática mais
questionadora e inclusiva
também, voltada pra questão da
justiça social na perspectiva de
inclusão do usuário, na
efetivação dos direitos que lhes
competem.
(ESMERALDA E RUBI,
ASSISTENTES SOCIAS)
7. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Remetendo às práticas do
Assistente Social embasadas no
código de ética que respalda
suas atribuições, é possível que
se tenha uma noção satisfatória
de campos de atuação deste,
principalmente quando se
enfatiza o Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS),
onde se viabiliza um
atendimento prático e que visa a
maximização e expansão dos
direitos alheios à comunidade
em geral.
Através deste estudo foi possível
averiguar a realidade presente
no CRAS e atingir os objetivos
iniciais nas quais impulsionaram
o desenvolvimento deste, visto
para que se possa pôr em
prática o papel do Assistente
Social é preciso que se tenha um
montante de características que
facilitem tal feito como a
autonomia, proatividade, visão
holística e determinação, isso
são pontos fortes para que o
profissional tenha êxito diante da
realização de suas atribuições.
Em meio a Política Nacional da
Assistência Social (PNAS) e o
Sistema Único de Assistência
Social (SUAS) podemos
compreender que o trabalho do
Assistente Social está inserido
dentro de um amplo aspecto de
saberes inerentes ao contexto
geral de políticas públicas que
permeiam os saberes
socioculturais, estando esse
subordinado aos mesmos.
Partindo do ponto de vista da
pergunta de partida trazida no
contexto inicial deste trabalho, e
através da fala importante das
Assistentes Sociais que se
fizeram figuras necessárias para
o desenvolvimento deste, pode-
se dizer que a atuação do
Assistente Social no CRAS é
bem mais que apenas ser um
executor  de políticas públicas, é
conseguir avaliar, monitorar,
realizar visitas técnicas,
assessorar, administrar, é estar
intrínseco a um conjunto de
ações que flutuam por todas as
suas possíveis atribuições como
Assistente Social, em um
contexto geral é ser um
viabilizador de direitos.    
Este estudo carreia informações
importantes o que lhe fornece
uma característica peculiar, o
que me leva a dar-lhe uma
acreditação para possível
publicação em revistas voltadas
1º A importância do lúdico na
educação infantil
2º Centro Cultural
3º Oferta e Procura
4º Alexandre Magno
5º História da Moeda
para o Serviço Social, ou ser
utilizada em âmbito de
residência e  mestrado, pois
tendo em mente seu complexo
grau de relevância levando em
consideração que esta é uma
pesquisa de campo que traz a
tona a realidade do CRAS em
locais de vulnerabilidade e
possibilita o enriquecimento a
nível de conteúdo de quem o
dispuser.          
Contudo, foi percebido que este
estudo conseguiu alcançar os
objetivos propostos e pode-se
observar que diante de todas as
vulnerabilidades sociais em que
se inserem nos espaços sócio
ocupacionais dos  CRAS, é
necessário reafirmar que o
Assistente Social sendo este de
caráter propositivo viabiliza
muito mais que acervos
técnicos, busca ativamente a
manutenção  da ordem vigente
sempre em consonância com o
projeto ético-político, técnico-
operativo e teórico-
metodológico da profissão.
[1] Primeiro-damismo: É o nome
dado ao papel que as esposas
dos presidentes da republica
são colocadas no Brasil, desde
os anos 1940. ( Caridade e
responsabilidade do Governo)
(Disponível em:
https://gz.diarioliberdade.org/brasil/item/78642-
primeiro-damismo-e-
sororidade.html)
[2] 1]Estado Mínimo: É um tipo de
sistema de Estado que intervêm
minimamente possível na
economia do país, visando a
maximização da prosperidade e
do progresso do país (CARLOS,
2008)
[3] Terceirização:  É um
mecanismo de contenção de
custos do trabalho por permitir
que as empresas transfiram a
outras empresas a
responsabilidade de contratação
(SILVA, 2017)    
[4] Seguridade Social: consiste
num conjunto de políticas sociais
cujo fim é amparar e assistir o
cidadão e a sua família em
situações como a velhice, a
doença e o desemprego(SILVA,
2017) .
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Referência de Assistência Social
– CRAS. 1° ED. Brasília: 2009.
9. APÊNDICE A:
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De acordo com o seu
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