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DIREITO 
CONSTITUCIONAL
 
1 
 
SUMÁRIO 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 .................................................................. 10 
CONSTITUCIONALISMO ........................................................................................................................... 10 
O DIREITO CONSTITUCIONAL - A CONSTITUIÇÃO........................................................................................ 11 
PRINCIPAIS FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL ................................................................................... 12 
ESTADO .................................................................................................................................................... 12 
POVO ....................................................................................................................................................... 12 
TERRITÓRIO ............................................................................................................................................. 13 
SOBERANIA .............................................................................................................................................. 13 
PREÂMBULO .................................................................................................................................................... 13 
TÍTULO I ........................................................................................................................................................... 13 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................................... 13 
PRINCÍPIO FEDERATIVO ........................................................................................................................... 15 
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES .............................................................................................. 17 
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS (CHECKS AND BALANCES) ............................................................ 18 
PRESIDENCIALISMO ................................................................................................................................. 19 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ........................................................ 20 
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL .................................................... 20 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ......................................................................................................... 20 
ORIGEM ................................................................................................................................................... 20 
FORMA ..................................................................................................................................................... 21 
MODO DE ELABORAÇÃO ......................................................................................................................... 22 
CONTEÚDO .............................................................................................................................................. 22 
EXTENSÃO ................................................................................................................................................ 23 
ALTERABILIDADE / ESTABILIDADE ........................................................................................................... 23 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 28 
TÍTULO II .......................................................................................................................................................... 30 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ............................................................................................ 30 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 30 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................. 31 
TITULARIDADE E DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS .................................. 32 
PODER CONSTITUINTE ..................................................................................................................................... 33 
TITULARIDADE E EXERCÍCIO..................................................................................................................... 33 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ................................................................................. 34 
DIREITO À VIDA ............................................................................................................................................ 37 
DIREITO À IGUALDADE OU ISONOMIA ........................................................................................................ 37 
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2 
 
DIREITO À LIBERDADE .................................................................................................................................. 39 
DIREITO À PROPRIEDADE ............................................................................................................................. 42 
DIREITO À SEGURANÇA ............................................................................................................................... 47 
TRIBUNAL DO JÚRI ................................................................................................................................... 56 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ..................................................................................................................... 64 
HABEAS CORPUS ...................................................................................................................................... 64 
HABEAS DATA .......................................................................................................................................... 65 
MANDADO DE SEGURANÇA .................................................................................................................... 66 
MANDADO DE INJUNÇÃO ........................................................................................................................ 68 
AÇÃO POPULAR ....................................................................................................................................... 69 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 70 
FORÇA NORMATIVA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ................................. 73 
DIMENSÃO DE DIREITOS .............................................................................................................................. 75 
CAPÍTULO II .................................................................................................................................................. 77 
DOS DIREITOS SOCIAIS ............................................................................................................................. 77 
DIREITOS SOCIAIS TRABALHISTAS................................................................................................................ 79 
GARANTIAS DO TRABALHADOR ............................................................................................................... 82 
SALÁRIO MÍNIMO .................................................................................................................................... 82 
DIREITO DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS ........................................................................................ 85 
DIREITOS COLETIVOS TRABALHISTAS...................................................................................................... 86 
PRINCÍPIO DA UNIDADE SINDICAL ........................................................................................................... 86 
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO .................................................................................................................... 87 
ESTABILIDADE SINDICAL .......................................................................................................................... 87 
DIREITO DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ................................................................................................ 87 
DIREITO DE GREVE ................................................................................................................................... 87 
DIREITO DE PARTICIPAÇÃO ...................................................................................................................... 88 
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO CLASSISTA ................................................................................................ 88 
CAPÍTULO III ................................................................................................................................................. 88 
DA NACIONALIDADE ................................................................................................................................ 88 
CAPÍTULO IV................................................................................................................................................. 94 
DOS DIREITOS POLÍTICOS ........................................................................................................................ 94 
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS ................................................................................................................. 94 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ............................................................................................................... 96 
CAPÍTULO V.................................................................................................................................................. 99 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS ....................................................................................................................... 99 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 103 
TÍTULO III ....................................................................................................................................................... 105 
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3 
 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................................................. 105 
CAPÍTULO I ............................................................................................................................................. 105 
COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS ...................................................................................................... 105 
CLASSIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS ....................................................................... 106 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ................................................................................... 107 
TIPOS DE FEDERALISMO ........................................................................................................................ 109 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS ............................................................................................................... 110 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA DO ESTADO ......................................................................... 111 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 111 
DA UNIÃO .............................................................................................................................................. 111 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 118 
DOS ESTADOS FEDERADOS .................................................................................................................... 118 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE .................................................................................. 118 
PODER CONSTITUINTE DIFUSO .............................................................................................................. 119 
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL .............................................................................................. 119 
CAPÍTULO IV............................................................................................................................................... 123 
DOS MUNICÍPIOS ................................................................................................................................... 123 
CAPÍTULO V................................................................................................................................................ 129 
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS .......................................................................................... 129 
CAPÍTULO VI............................................................................................................................................... 131 
DA INTERVENÇÃO .................................................................................................................................. 131 
INTERVENÇÃO............................................................................................................................................ 132 
REGRA GERAL ........................................................................................................................................ 133 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ................................................................... 135 
ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO ................................................................................................................... 135 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ................................................................... 137 
HIPÓTESES DE CABIMENTO ................................................................................................................... 137 
CONTROLE POLÍTICO DO CONGRESSO NACIONAL ................................................................................ 138 
CAPÍTULO VII.............................................................................................................................................. 142 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................................................................... 142 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................ 142 
DIREITO DE GREVE ................................................................................................................................. 143 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ...................................................................................................................... 144 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE .............................................................................................................. 145 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE .................................................................................................................... 152 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE .................................................................................................................... 152 
SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO ............................................................................153 
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4 
 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA ........................................................................................................................ 154 
DIREITOS SOCIAIS DOS SERVIDORES PÚBLICOS ........................................................................................ 155 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................ 162 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO .................................................................................................. 163 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO ........................................................................................ 163 
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE ............................................................................................. 163 
CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................................ 164 
AUTOTUTELA ......................................................................................................................................... 164 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 166 
TÍTULO IV ....................................................................................................................................................... 168 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................................................. 168 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 168 
PODER LEGISLATIVO – ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO ............................................................................ 168 
SISTEMA PROPORCIONAL ...................................................................................................................... 169 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL ..................................................................................... 171 
CONTROLE LEGISLATIVO – “VETO LEGISLATIVO” .................................................................................. 171 
DECRETOS LEGISLATIVOS .......................................................................................................................... 172 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS .............................................................................................................. 173 
RESPONSABILIDADES DOS MINISTROS .................................................................................................. 174 
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES .................................................................................................... 175 
PERDA DO MANDATO ............................................................................................................................ 179 
NÃO PERDE O MANDATO ...................................................................................................................... 180 
PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................................... 181 
DAS REUNIÕES ....................................................................................................................................... 181 
SESSÃO CONJUNTA ................................................................................................................................ 181 
SESSÃO PREPARATÓRIA ......................................................................................................................... 182 
SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA ............................................................................................... 182 
DAS COMISSÕES .................................................................................................................................... 183 
MESAS .................................................................................................................................................... 183 
DO PROCESSO LEGISLATIVO ...................................................................................................................... 186 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 186 
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO ...................................................................................................................... 188 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO ...................................................................................................... 188 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO ......................................................................................................... 189 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR ................................................................................ 189 
INICIATIVA DE LEI TRIBUTÁRIA .............................................................................................................. 199 
MEDIDAS PROVISÓRIAS ......................................................................................................................... 200 
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5 
 
PROCESSO LEGISLATIVO ............................................................................................................................ 205 
PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO ....................................................................................................... 205 
LEI COMPLEMENTAR ............................................................................................................................. 209 
EMENDAS CONSTITUCIONAIS .................................................................................................................... 210 
PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................................. 211 
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ............................................................. 211 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ......................................................................................................... 211 
COMPETÊNCIA CONSULTIVA ................................................................................................................. 212 
COMPETÊNCIA FISCALIZADORA............................................................................................................. 212 
COMPETÊNCIA INFORMATIVA ............................................................................................................... 213 
COMPETÊNCIA CORRETIVA.................................................................................................................... 213 
COMPETÊNCIAS – ATRIBUIÇÕES DO TCU .............................................................................................. 216 
TRIBUNAIS DE CONTAS DOS ESTADOS, DO DF E DOS MUNICÍPIOS ...................................................... 217 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 217 
DO PODER EXECUTIVO .......................................................................................................................... 217 
FUNÇÕES TÍPICAS .................................................................................................................................. 217 
SISTEMA DE GOVERNO - PRESIDENCIALISMO ....................................................................................... 218 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................................................................... 219 
POSSE .....................................................................................................................................................220 
VACÂNCIA E IMPEDIMENTO .................................................................................................................. 221 
SUBSTITUTOS EVENTUAIS OU LEGAIS ................................................................................................... 222 
VACÂNCIA – MANDATO TAMPÃO ......................................................................................................... 222 
MANDATO E REELEIÇÃO ........................................................................................................................ 223 
AUSÊNCIA DO PAÍS ................................................................................................................................ 223 
PERDA DO MANDATO ............................................................................................................................ 223 
PODER EXECUTIVO .................................................................................................................................... 224 
FUNÇÕES ................................................................................................................................................ 224 
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .......................................................................................... 225 
RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.......................................................................... 230 
DOS MINISTROS DE ESTADO ................................................................................................................. 232 
ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................................................... 232 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 235 
DO PODER JUDICIÁRIO .......................................................................................................................... 235 
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................................... 235 
CARREIRA DA MAGISTRATURA .................................................................................................................. 238 
QUINTO CONSTITUCIONAL .................................................................................................................... 241 
JUIZADOS ESPECIAIS E JUSTIÇA DE PAZ ................................................................................................. 246 
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6 
 
GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................................... 247 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .................................................................................................................. 253 
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO .............................................................................................................. 253 
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS .............................................................................................................. 253 
CONTROLE CONCENTRADO ....................................................................................................................... 254 
CONCEITO E ORIGEM ............................................................................................................................. 254 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ADI ............................................................................... 256 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF .......................................... 262 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - CONCENTRADO ....................................................................... 275 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ........................................................................................ 275 
LEGITIMIDADE ATIVA ............................................................................................................................. 278 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO .................................................................... 279 
OBJETO .................................................................................................................................................. 288 
PARÂMETRO DE CONTROLE .................................................................................................................. 289 
PRINCÍPIO DO PEDIDO ........................................................................................................................... 290 
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ........................................................................................................... 294 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ............................................................................................................. 302 
JUSTIÇA DO TRABALHO ............................................................................................................................. 312 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ..................................................................................................... 313 
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS ........................................................................................................ 320 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ........................................................................................................... 321 
JUSTIÇA MILITAR ........................................................................................................................................ 334 
ESTRUTURA ............................................................................................................................................ 334 
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ................................................................................................................. 335 
CONSELHOS DE JUSTIÇA MILITAR .......................................................................................................... 338 
CONTROLE CONCENTRADO NOS ESTADOS ........................................................................................... 341 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ........................................................................................................ 349 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ......................................................................................................................... 349 
OBJETO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ............................................................................. 349 
PARÂMETRO DE CONSTITUCIONALIDADE – BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE ................................ 350 
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE ............................................................................................... 351 
MOMENTO DE CONTROLE......................................................................................................................... 353 
CONTROLE PREVENTIVO ........................................................................................................................ 353 
CONTROLE REPRESSIVO ......................................................................................................................... 353 
SISTEMAS DE CONTROLE ....................................................................................................................... 355 
SISTEMAS OU MODELOS DE CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE ................................... 356 
VIAS DE AÇÃO ........................................................................................................................................ 356 
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7 
 
CONTROLE DIFUSO ....................................................................................................................................357 
CONCEITO E ORIGEM ............................................................................................................................. 357 
ESPÉCIES DE AÇÕES JUDICIAIS ............................................................................................................... 358 
OBJETO DO CONTROLE DIFUSO ............................................................................................................. 358 
COMPETÊNCIAS ..................................................................................................................................... 358 
SENADO FEDERAL .................................................................................................................................. 360 
SÚMULA VINCULANTE ........................................................................................................................... 361 
REQUISITOS ........................................................................................................................................... 363 
DELIBERAÇÃO ........................................................................................................................................ 363 
EFICÁCIA ................................................................................................................................................ 363 
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL .......................................................................................................... 364 
CAPÍTULO IV............................................................................................................................................... 367 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA........................................................................................................ 367 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ...................................................................................................................... 368 
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL ................................................................................................... 370 
CONSELHO NACIONAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO – CNMP ................................................................... 377 
DA ADVOCACIA PÚBLICA ....................................................................................................................... 382 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 388 
TÍTULO V ........................................................................................................................................................ 391 
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ................................................................ 391 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 391 
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO .................................................................................... 391 
ESTADO DE DEFESA ................................................................................................................................... 392 
HIPÓTESES DE DECRETAÇÃO ................................................................................................................. 392 
CONTROLE ............................................................................................................................................. 396 
CONTROLE JURISDICIONAL .................................................................................................................... 397 
CONTROLE POLÍTICO ................................................................................................................................. 401 
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................. 402 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 404 
DAS FORÇAS ARMADAS ......................................................................................................................... 404 
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO ........................................................................................................... 413 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 413 
MILITARES DOS ESTADOS .......................................................................................................................... 413 
DA SEGURANÇA PÚBLICA ...................................................................................................................... 414 
ÓRGÃOS ...................................................................................................................................................... 415 
SEGURANÇA VIÁRIA ............................................................................................................................... 425 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 427 
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8 
 
TÍTULO VI ....................................................................................................................................................... 430 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO ......................................................................................................... 430 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 430 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL .................................................................................................... 430 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 445 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS ...................................................................................................................... 445 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 456 
TÍTULO VII ...................................................................................................................................................... 458 
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA ................................................................................................... 458 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 458 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA .......................................................................... 458 
OBRIGATORIEDADE DE LICITAR ............................................................................................................. 460 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 464 
DA POLÍTICA URBANA ............................................................................................................................ 464 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 465 
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA ......................................................... 465 
CAPÍTULO IV............................................................................................................................................... 467 
DO SISTEMAFINANCEIRO NACIONAL .................................................................................................... 467 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 468 
TÍTULO VIII ..................................................................................................................................................... 470 
DA ORDEM SOCIAL .................................................................................................................................... 470 
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................. 470 
DISPOSIÇÃO GERAL ................................................................................................................................ 470 
CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL ................................................................................................. 471 
DA SAÚDE .............................................................................................................................................. 476 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ....................................................................................................................... 480 
CAPÍTULO III ............................................................................................................................................... 487 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO ..................................................................................... 487 
CAPÍTULO IV............................................................................................................................................... 501 
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ................................................................................................... 501 
CAPÍTULO V................................................................................................................................................ 504 
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ................................................................................................................... 504 
CAPÍTULO VI............................................................................................................................................... 506 
DO MEIO AMBIENTE .............................................................................................................................. 506 
CAPÍTULO VII.............................................................................................................................................. 515 
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO ............................................... 515 
CAPÍTULO VIII............................................................................................................................................. 522 
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9 
 
DOS ÍNDIOS ............................................................................................................................................ 522 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 527 
TÍTULO IX ....................................................................................................................................................... 529 
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS .......................................................................................... 529 
CONSTITUIÇÃO - ADCT DE 1988 .................................................................................................................... 534 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS ........................................................................... 534 
PODER CONSTITUINTE ............................................................................................................................... 534 
 
 
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10 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL DE 1988 
Olá!
Sejam bem-vindos ao estudo da Constituição da República Federativa do
Brasil (CRFB) de 05 de outubro de 1988. Este material foi pensado para atender estudantes 
que desejam alcançar sua aprovação em concurso público, nas principais bancas do País.
O intuito é ser completo e com uma linguagem de fácil compreensão, sem deixar de lado 
a qualidade e a complexidade necessárias para acertar todas as questões de sua prova que 
contenham essa matéria.
Vamos lá? 
 NOÇÕES GERAIS
O QUE É UMA CONSTITUIÇÃO?
Trata-se de um complexo de regras que dispõem sobre a organização do Estado, origem
e organização dos Poderes, organização das Liberdades Públicas (direitos fundamentais) e 
competências estatais.
A Constituição Federal é a norma mais importante de todo o ordenamento jurídico 
brasileiro!
Ela é um pacto social e político, dotado de força jurídico-normativa.
Antes, porém, de mergulhar no estudo dos artigos propriamente ditos, é necessário,
como em toda aula de legislação, estudarmos alguns conceitos e definições que acompanharão 
você por todo estudo, por isso aconselhamos que se dedique ao máximo. Essa matéria de 
inicialização é importantíssima para compreendermos bem todo o contexto da nossa Carta 
Magna.
É UM PACTO SOCIAL E POLÍTICO, DOTADO DE FORÇA JURÍDICO-NORMATIVA. 
CONSTITUCIONALISMO
Sabemos que a sociedade se organiza por meio do Estado, que contém os seguintes 
elementos: povo, território e soberania1.
Todo Estado tem uma Constituição, que é como se define a organização do Estado.
Apesar de todos os Estados terem uma Constituição, foi apenas com o surgimento das
Constituições escritas que se passou a estudar efetivamente o surgimento das Constituições.
O movimento (jurídico, político e ideológico) de criação de uma Constituição escrita,
criada como documento fundamental e supremo na organização e estruturação do Estado, e 
que tem como traço principal a limitação do poder político é que se chama de 
Constitucionalismo.
Doutrinariamente tem-se o início do Constitucionalismo com a Constituição Americana 
(1787) e com a Constituição Francesa (1791). São Constituições marcadas pelas ideias 
iluministas do século XVIII e pelo Liberalismo, valorizando as liberdades e garantias 
individuais.
Com a evolução do Estado, o Constitucionalismo avança para aspectos democráticos e
sociais.
NÃO ESQUEÇA: CONSTITUCIONALISMO = limitação, pelo Direito, da 
ingerência do Estado nas relações privadas.
 
1 Alguns doutrinadores mais modernos acrescentam ainda como elemento do Estado a finalidade, ou seja, a 
organização do Estado deve ser orientada para atingir um conjunto definido de finalidades. 
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11 
 
O DIREITO CONSTITUCIONAL - A CONSTITUIÇÃO 
➢ Conceito 
O Direito Constitucional surge com o Constitucionalismo, é considerado como um ramo 
do Direito Público, que tem por objeto o estudo da Constituição. De acordo com José Afonso 
da Silva2: 
É um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a 
forma do Estado, a forma do seu governo, o modo de aquisição e o exercício do 
poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos 
fundamentais do homem e as respectivas garantias. Em síntese, a Constituição é o 
conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. 
Podemos dizer ainda que o Direito Constitucional é a base, a origem de toda a ordem 
jurídica, ou seja, é do Direito Constitucional que se derivam os demais ramos do Direito. 
Nas lições de José Afonso da Silva, apesar de a Constituição ser um conjunto uno, que 
trata de vários assuntos, a doutrina classifica a Constituição em 5 elementos: 
 
Elementos Orgânicos: são as normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder. 
Ex.: Títulos da Organização do Estado e dos Poderes.Elementos limitativos: são as normas que estabelecem limites ao Estado, como, por 
exemplo, os direitos individuais, nacionalidade, políticos. 
Elementos socioideológicos: são normas que asseguram direitos com viés sociológico, 
intervencionais. Por exemplo, os direitos sociais, o título da Ordem Social, e mesmo o título da 
Ordem Econômica. 
Elementos de estabilidade constitucional: são normas que visam assegurar uma 
solução para situações de conflito e instabilidade, por exemplo, o título da Defesa do Estado e 
das Instituições democráticas, o Art. 34 a 36 que tratam da intervenção. 
Elementos formais de aplicabilidade: normas que estabelecem regras de aplicação da 
Constituição. Por exemplo: preâmbulo; Art. 5º parágrafo 1º; ADCT. 
SENTIDO SOCIOLÓGICO - FERDINAND LASSALE 
Na concepção sociológica, a Constituição deve representar a soma dos fatores reais do 
poder que formam e regem um determinado Estado, ou seja, das forças sociais que 
constituem o poder. Para Ferdinand Lassale, representante dessa doutrina, a Constituição só 
teria validade se correspondesse à realidade social, caso contrário não passaria de uma mera 
“folha de papel”. 
 
 
2 Curso de Direito Constitucional Positivo, Pg. 38. 
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12 
 
SENTIDO POLÍTICO - CARL SCHMITH 
Na concepção política, encabeçada por Carl Schmitt, a Constituição é uma decisão 
política realizada pelo titular do Poder Constituinte, resultado de uma vontade política, que 
podem apresentar normas materialmente e formalmente constitucionais. Assim, podemos 
estabelecer uma diferença entre: 
Constituição em sentido material: são normas com conteúdo propriamente 
constitucional (organização do poder, direitos fundamentais, organização do Estado, etc.) 
Constituição em sentido formal: na acepção formal, consideram-se como norma 
constitucional aquelas previstas na Constituição, independentemente do seu conteúdo. 
SENTIDO JURÍDICO - HANS KELSEN 
Na concepção jurídica, defendida por Hans Kelsen, é uma norma hipotética fundamental, 
que deve ser utilizada como fundamento de validade de todas as demais normas. Estabelece 
um distanciamento entre a norma jurídica e os valores sociais. 
A Constituição estabelece um mundo do DEVER-SER e não efetivamente do ser, sendo o 
resultado de uma vontade racional do ser humano, e não das leis naturais. 
SS OCILÓGICO = LA SS ALE 
POLÍ TT ICO = SCHMI TT 
JURÍDI K O = K ELSEN 
 
PRINCIPAIS FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL 
• Constituição Federal; 
• Doutrina Constitucional; 
• A Jurisprudência, em especial a do STF – que é o guardião da Constituição. 
 
ESTADO 
ESTADO: Sociedade política dotada de características próprias, elementos essenciais, 
que a diferenciam das demais sociedades, quais sejam: 
POVO 
ELEMENTO HUMANO do Estado; determina as pessoas que mantêm vínculo jurídico-
político com o Estado, e se tornam parte dele – conceito jurídico-político. 
 
• População – conjunto de pessoas que se encontram em determinado território 
de um Estado – nacionais ou estrangeiros – conceito numérico. 
• Nação – conjunto de pessoas ligadas que formam uma comunidade unida por 
laços históricos e culturais – conceito sociológico. 
 
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13 
 
TERRITÓRIO 
• ELEMENTO MATERIAL do Estado – espaço sobre o qual o Estado exerce de 
modo efetivo e exclusivo o poder de império, sua supremacia sobre pessoas e 
bens. Ex.: embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro. Trata-se de um conceito JURÍDICO. 
 
SOBERANIA 
• ELEMENTO FORMAL do Estado: Poder de autodeterminação plena, não 
condicionado a nenhum outro poder, externo ou interno. Supremacia na ordem 
interna e independência na ordem externa. 
 
PREÂMBULO 
O legislador constituinte originário formulou um conjunto de enunciados que veicula os 
objetivos, a origem, a justificativa, os valores e os ideais de maneira preliminar ao texto. Sendo 
assim, serve como vetor imperativo. Porém não tem força de lei, ou seja, não constitui norma 
central de acordo com o que foi pacificado. 
(ADI 2.076, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 15-8-2002, 
Plenário, DJ de 8-8-2003.) 
 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o 
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade 
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e 
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das 
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO 
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
TÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
Define a nossa FORMA DE ESTADO. 
CONCEITO DE ESTADO 
Estado é uma sociedade política dotada de características próprias, elementos 
essenciais, que o diferenciam das demais sociedades, quais sejam: 
POVO: ELEMENTO HUMANO do Estado determina as pessoas que mantêm vínculo 
jurídico-político com o Estado, tornando-se parte dele – conceito jurídico-político, são aqueles 
que detêm a nacionalidade. 
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14 
 
População – Conjunto de pessoas que se encontram em determinado território de um 
Estado – nacionais ou estrangeiros – conceito numérico. 
Nação – conjunto de pessoas ligadas que formam uma comunidade unida por laços 
históricos e culturais – conceito sociológico. 
TERRITÓRIO: ELEMENTO MATERIAL do Estado – Espaço sobre o qual o Estado exerce 
de modo efetivo e exclusivo o poder de império, sua supremacia sobre pessoas e bens. É um 
conceito JURÍDICO. 
SOBERANIA ou Governo Soberano. ELEMENTO FORMAL do Estado: Poder de 
autodeterminação plena, não condicionado a nenhum outro poder, externo ou interno. 
Supremacia na ordem interna e independência na ordem externa. 
 
FORMAS DE ESTADO: 
Simples ou Unitário: O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações 
impostas por outra fonte do poder. Uma unidade de poder político interno, exercício 
centralizado. 
Composto ou Federação: Formado por mais de um poder político (pluralidade de 
poderes políticos internos), nesse modelo há uma repartição de poderes autônomos. 
 
O BRASIL adota a forma de Estado Federativa! 
 
CONCEITO DE FEDERALISMO: 
Federalismo é uma aliança (União) entre Estados-Membros para a formação de um 
Estado Federal, em que as unidades federadas (os Estados) preservam autonomia política, 
enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal. 
 
O Federalismo nasceu com a Constituição norte-americana de 1787. No Brasil a forma 
federal de Estado foi adotada em 1889, junto com a Proclamação da República, mas foi 
consolidada com a Constituição Republicana de 1891. 
 
 
 
 
 
 
O modelo federativo de Estado encontra-se previsto no Art. 1º da CF/88: 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: (grifo nosso) 
 
Contudo, esse dispositivo deve ser analisado conjuntamente com o Art. 18 da CF, que 
define a organização político-administrativa do Estado brasileiro: 
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15 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
República Federativa do Brasil é o Estado Federal dotado de Soberania - pessoa jurídica 
de Direito Público internacional. 
União, Estados, Municípios e DF: entes federados dotados de autonomia - pessoas 
jurídicas de Direito Público interno. 
Dizer que os entes que compõem uma federação são dotados de autonomia significa 
afirmar que eles possuem capacidade de: auto-organização, autoadministração, autogoverno, 
autolegislação e autonomia financeira. 
 
Ascaracterísticas decorrentes da autonomia política serão mais bem estudadas no 
tópico “Organização do Estado”. 
Não há hierarquia entre os entes! 
 
 
 
 
A CF/88, em seus artigos Arts. 1º ao 4º, apresenta os chamados princípios fundamentais, 
são eles: 
PRINCÍPIO FEDERATIVO 
FEDERALISMO: é uma Aliança de Estados para a formação de um Estado único, em que as unidades 
federadas preservam autonomia política, enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal. 
PACTO FEDERATIVO – indissolubilidade do vínculo federativo. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
 
I - a soberania; 
 
II - a cidadania 
 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide 
Lei nº 13.874, de 2019) 
 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
 
16 
 
 
 
SO CI DI VA PLU 
 
➢ O FEDERALISMO no Brasil é classificado como sendo um federalismo: 
• POR DESAGREGAÇÃO (segregador); 
• TRIPARTIDA ou de 3º GRAU (CESPE) – autonomia dos Municípios; 
• MOVIMENTO CENTRÍFUGO. 
 
➢ Princípio Federativo: está presente no nome do nosso país, e representa a forma 
de Estado adotada no Brasil, revelando como o poder político está distribuído no 
país. 
Esta distribuição pode ser de duas formas, UNITÁRIA e COMPOSTA. 
 
• Na forma de Estado SIMPLES ou UNITÁRIA - o poder político está centralizado 
nas mãos de uma pessoa. 
 
• Na forma de Estado COMPOSTA ou COMPLEXA – o poder político está 
descentralizado nas mãos de várias pessoas. 
 
Logo: a Forma de estado FEDERATIVA é uma espécie de Estado COMPOSTA, tendo 
como característica a descentralização política. 
 
Nos concursos, cobra-se o seguinte: Quais pessoas têm poder político no Brasil? 
 
São pessoas jurídicas de Direito Público interno... ainda podem ser chamadas de 
“entes federativos” ou “pessoas políticas”. 
 
Resposta: União / Estado / Distrito Federal e Municípios... 
 
Observação importante: não existe hierarquia entre os entes políticos. 
 
As pessoas políticas independentes entre si não possuem soberania, porém a 
SOBERANIA é da FEDERAÇÃO. 
 
 
Forma de Estado
• Unitário
• Composto 
(Federação)
Forma de Governo
• Monarquia
• República
Sistema de 
Governo
• Presidencialismo
• Parlamentarismo
Regimes Políticos
• Democráticos
• Não democráticos
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17 
 
A palavra certa é AUTONOMIA: ou seja: 
• A União tem sua própria autonomia; 
• Os Estados, cada um tem sua própria autonomia; 
• O Distrito Federal tem sua própria autonomia; 
• Os Municípios têm sua própria autonomia. 
 
Essa autonomia dos ENTES FEDERATIVOS é verificada sob algumas formas: 
 
I. Uma forma é o AUTOGOVERNO - no autogoverno cada ente tem sua própria estrutura 
de poderes, ou seja: Legislativo, Executivo, e Judiciário – quando estivermos falando da 
tripartição dos poderes (voltaremos a tocar neste assunto). 
 
II. Outra forma de manifestação de autonomia do “princípio federativo” é a AUTO-
ORGANIZAÇÃO: ou seja, 
• A União tem sua Constituição Federal; 
• Os Estados têm cada um a sua Constituição Estadual; 
• Os Municípios e o Distrito Federal têm suas Leis Orgânicas. 
III. A outra forma que apresentamos é a AUTOLEGISLAÇÃO, que consiste em cada ente ter 
sua própria legislação. Isso faz parte de uma autonomia do Poder Legislativo. 
 
IV. Alguns doutrinadores citam também a AUTOADMINISTRAÇÃO. 
 
De acordo com o que foi apresentado, conclui-se que a diferença entre os Entes 
Federativos é aquilo que cada um pode fazer, ou seja, competência. 
FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO 
1. Estados federais autônomos 1. Estados confederados soberanos 
2. Pacto federativo formalizado em 
Constituição 
2. Pacto confederativo em um tratado 
internacional 
3. Não existe direito de secessão 3. Existe o direito de secessão 
 
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES 
TRIPARTIÇÃO DOS PODERES 
O PODER É UNO E INDIVISÍVEL; o que se divide são as funções estatais básicas. 
OBJETIVO: preservar a liberdade individual, combatendo a concentração de poder, isto 
é, a tendência absolutista de exercício de poder político pela mesma pessoa ou grupo de 
pessoas. 
 
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18 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
É cláusula pétrea 
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS (CHECKS AND BALANCES) 
A separação dos Poderes ainda estabelece um mecanismo de fiscalização e 
responsabilização recíproca dos Poderes estatais, é o chamado “sistema de freios e 
contrapesos”. 
Condicionam a competência de um Poder à apreciação de outro Poder de forma a 
garantir o equilíbrio entre os Poderes. 
Dessa forma, além do exercício de funções típicas, cada órgão exerce também outras 
duas funções atípicas dos demais órgãos. 
 
Contudo, isso não significa que essa separação de funções do Estado é rígida, isso porque 
pelo sistema de freios e contrapesos é possível o exercício de forma atípica de um Poder por 
outro Poder. 
 
A separação dos Poderes, nesse modelo, estabelece um mecanismo de fiscalização e 
responsabilização recíproca dos Poderes estatais. 
 
Condicionam a competência de um Poder à apreciação de outro Poder de forma a garantir o 
equilíbrio entre os Poderes. 
 
 
PRINCÍPIO REPUBLICANO 
Determina a nossa FORMA DE GOVERNO, ou seja, o modo como se organiza a Chefia de 
Estado em um País. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
CON GA ERR PRO 
 
O objetivo fundamental que consagra a ideia de se criar uma sociedade livre, justa e 
solidária também é chamado de princípio da solidariedade. 
A redução das desigualdades sociais e regionais visa assegurar o princípio da igualdade 
material. 
Art. 79 (ADCT). 
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19 
 
Art. 235, Código Penal Militar. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO REPUBLICANO! - Não é cláusula Pétrea. 
 
 
 
PRESIDENCIALISMO 
Define o nosso SISTEMA DE GOVERNO e representa a forma como os Poderes se 
relacionam (Executivo, Legislativo e Judiciário). 
 
 
 
 
•Vitaliciedade
•Hereditariedade
•IrresponsabilidadeMONARQUIA
•Temporário
•Eleito 
•Responsável
•Igualdade perante a lei.
REPÚBLICA
Presidencialismo
• Unipessoalidade da Chefia 
de Estado e Governo
• Legitimidade popular 
DIRETA do Presidente da 
República
• Independência entre 
Executivo e Legislativo
Parlamentarismo
• Separação entre Chefe de 
Estado e Chefe de Governo
• Legitimidade popular 
indireta do Poder Executivo
• Interdependência do 
Executivo e Legislativo
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20 
 
 PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO – ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO, CF. 
O PARÁGRAFO ÚNICO do Art. 1º da CF define o Estado Brasileiro como um Estado 
Democrático de Direito. 
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL 
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL 
 
Para sermos técnicos nesta resposta e iniciar o assunto, precisamos realmente dominar 
esses conceitos. 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
ORIGEM 
OUTORGADA 
É uma Constituição imposta, de maneira unilateral, pelo agente revolucionário, que pode 
ser um grupo ou um governante, que não recebeu do povo a legitimidadepara em nome dele 
atuar. No Brasil, as Constituições outorgadas foram, por exemplo: as de 1824 (Império), de 
1937 (Getúlio Vargas – inspirada no modelo fascista), e de 1967 (ditadura militar). 
 
DEMOCRÁTICOS
DIRETA
INDIRETA
NÃO 
DEMOCRÁTICOS
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21 
 
PROMULGADA 
Também chamada de popular, democrática ou votada, é aquela decorrente da atuação 
direta do povo ou por meio da atuação de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita 
diretamente pelo povo, para, em nome dele, atuar. Ex.: 1891 (Primeira República), 1934 
(inserindo a democracia social, inspirada na Constituição de Weimar), 1946 e a de 1988. 
 
CESARISTA OU BONAPARTISTA 
Também chamada de bonapartista, não é nem outorgada e nem promulgada. Elabora-se 
unilateralmente pelo detentor do poder, contudo depende de manifestação popular. Essa 
participação popular não torna a sua origem democrática, porque o povo apenas pode 
referendar aquilo que já foi produzido pelo detentor do poder, sem liberdade de discussão. 
Essa participação pode se dar por meio de plebiscito ou referendo. 
 
PACTUADA OU DUALISTA 
Trata-se de um tipo de Constituição que surgiu com o fim do absolutismo e a ascensão 
da burguesia. Era um acordo entre duas forças rivais; nesse caso tínhamos de um lado a 
monarquia absolutista fragilizada, e de outro a nobreza e a burguesia em ascensão. É, 
portanto, originada de um compromisso instável de duas forças políticas rivais (o poder 
monárquico e o poder democrático, caracterizado pela burguesia), de maneira que o 
equilíbrio fornecido por essa modalidade de Constituição é precário. Caracteriza as chamadas 
Monarquias Constitucionais. 
 
FORMA 
ESCRITA (INSTRUMENTAL) 
É a Constituição formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizada por um 
órgão constituinte, por meio de procedimento formal e solene, estabelecendo as normas 
fundamentais de um Estado. Em regra, essa Constituição se apresenta em um único 
documento. Entretanto, a doutrina mais moderna tem defendido que seria possível, mesmo 
em uma Constituição escrita, a existência de outros textos escritos com natureza 
constitucional, de modo que poderíamos observar duas formas de Constituição escrita: 
➢ Codificada: sistematizada em um único documento. Ex.: CF/88. 
➢ Legal: formada por documentos diversos, fisicamente distintos, muitas vezes 
produzidos em momentos distintos, mas sempre por um poder constituinte 
diferenciado. Ex.: Terceira República Francesa de 1875. 
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22 
 
COSTUMEIRA (NÃO ESCRITA OU CONSUETUDINÁRIA) 
Decorre de usos, costumes, jurisprudência, convenções de uma sociedade, não é 
produzida por um órgão constituinte, ou por meio de procedimento formal e solene. É 
formada por “textos” esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentais. Ex.: 
Constituição da Inglaterra. 
MODO DE ELABORAÇÃO 
DOGMÁTICA 
É sempre escrita, consubstancia os dogmas estruturais e fundamentais do Estado, parte 
de teorias preconcebidas, de planos e sistemas prévios, de ideologias bem declaradas, de 
dogmas políticos. É elaborada de uma vez só, reflexivamente, racionalmente, em dado 
momento histórico por uma Assembleia Constituinte. Tende a ser menos estável, uma vez que 
representa os ideais do momento. Pode ser: 
➢ Ortodoxa ou simples: baseada em uma ideologia. 
➢ Eclética ou compromissória: formada pela reunião de diversas ideologias. Ex.: 
CF/88. 
HISTÓRICA OU COSTUMEIRA 
É não escrita e constitui-se por meio de um lento e contínuo processo de formação, ao 
longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo e por isso tende a ser mais 
estável. Ex.: Constituição Inglesa. 
CONTEÚDO 
MATERIAL OU SUBSTANCIAL 
Na concepção material, consideram-se constitucionais aquelas normas que tratem de 
matéria essencialmente constitucional, ou seja, da organização e do funcionamento do Estado 
e de direitos fundamentais, estejam essas normas presentes ou não em uma Constituição 
escrita. Ou seja, para determinar se uma norma é constitucional, leva-se em conta o seu 
conteúdo. 
FORMAL 
Na concepção formal, considera-se como norma constitucional aquela que está escrita 
no texto constitucional, ou seja, leva-se em consideração o processo de elaboração, e não o 
conteúdo de suas normas. 
Ex.: Art. 242, § 2º da CF – apesar de estar na CF e ser, portanto, norma formalmente 
constitucional, o seu conteúdo não o é. Logo não é uma norma materialmente constitucional. § 
2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal. 
 
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23 
 
Nem todas as normas da nossa CF têm conteúdo materialmente 
constitucional. Dessa forma, apesar de todas as normas serem formalmente 
constitucionais, nem todas são materialmente constitucionais. 
 
 
EXTENSÃO 
SINTÉTICA (CONCISA, BREVE, SUMÁRIA, SUCINTA, 
BÁSICA) 
É “enxuta”, estabelece os princípios fundamentais e estruturais do Estado. Não desce a 
minúcias, motivo pelo qual é mais duradoura, na medida em que os seus princípios 
estruturais são interpretados e adequados aos novos anseios pela atividade da Suprema 
Corte. Ou seja, possui maior estabilidade e maior flexibilidade de interpretação. Ex.: 
Constituição Americana, que tem 7 artigos originalmente e 27 emendas. 
 
Analítica (Longa, Larga, Prolixa, Ampla, Extensa) 
Aborda todos os assuntos que os representantes do povo entenderem fundamentais. 
Normalmente, desce a minúcias, estabelecendo regras que deveriam estar em leis 
infraconstitucionais, por exemplo, o Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. É menos estável 
possuindo menor flexibilidade. 
Ex.: Constituição brasileira 1988. 
 
 
ALTERABILIDADE / ESTABILIDADE 
Imutável (permanente, granítica ou intocável) 
É aquela que não se altera, que não admite modificação no seu texto. Não se admitem 
mais no Constitucionalismo moderno Constituições assim. 
 
Rígida: 
Exige, para a sua alteração, um processo legislativo mais árduo, mais solene, mais 
dificultoso do que o processo de alteração das normas não constitucionais. Esse modelo 
garante o princípio da supremacia formal da Constituição, ou seja, permite o controle de 
constitucionalidade das leis. 
 
Analítica
menor 
estabilidade
menor 
flexibilidade
Sintética
maior 
estabilidade
maior 
flexibilidade
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24 
 
Não é correto afirmar que quanto mais rígida a Constituição, maior a sua estabilidade e 
permanência, isso porque a rigidez deve assegurar certo grau de estabilidade, mas deve 
possibilitar a sua atualização, acompanhando a evolução social do Estado. 
Ademais, a existência de cláusulas pétreas não torna uma Constituição rígida; o que 
determina a rigidez é o seu processo de alteração. 
Lembramos que, à exceção da Constituição de 1824 (considerada semirrígida), todas as 
Constituições brasileiras foram, inclusive a de 1988, rígidas! 
 
SUPER-RÍGIDA: segundo Alexandre de Morais, a Constituição brasileira de 1988 seria 
exemplo de Constituição super-rígida, já que, além de possuir um processo legislativo 
diferenciado para a alteração de suas normas (rígida), excepcionalmente, algumas matérias 
apresentam um núcleo imutável (cláusulas pétreas, Art. 60, § 4º). 
Esta classificação, contudo, não parece ser a adotada pelo STF, que tem admitido a 
alteração de matérias contidas no Art. 60, § 4º, desde que a reforma não tenda a abolir os 
preceitos ali resguardados e dentro de uma ideia de razoabilidade e ponderação. 
Flexível: 
É aquela Constituição que não possui processo legislativo de alteração mais dificultoso 
do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais. Vale dizer, a 
dificuldade em alterar a Constituição é a mesma encontrada para alterar uma lei que não é 
constitucional. Nesse tipo de Constituição, não existe hierarquia entre a norma constitucional 
e norma infraconstitucional. 
 
Semirrígida ou Semiflexível: 
É aquela Constituição que é tanto rígida como flexível, ou seja, algumas matériasexigem 
o processo de alteração mais dificultoso do que o exigido para a alteração das leis 
infraconstitucionais, enquanto, outras não requerem tal formalidade. O exemplo sempre 
lembrado é o da Constituição Imperial de 1824, que, em seu Art. 178, dizia: É só Constitucional 
o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos 
Políticos, e individuais dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado, sem as 
formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias. 
CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE (ONTOLOGIA) 
A doutrina ainda classifica as Constituições quanto à sua correspondência com a 
realidade, ou seja, entre o que está escrito no texto constitucional e a realidade política do 
Estado. Por esse critério podemos classificá-las em: normativas; nominativas e semânticas. 
➢ Normativas: 
São aquelas em que há uma adequação entre o texto constitucional e a realidade política, 
e por isso conseguem efetivamente controlar a atuação política. Esse tipo de Constituição 
consegue estabelecer limites efetivos ao Poder do Estado. 
➢ Nominativas: 
Não há uma verdadeira adequação entre o texto constitucional e a realidade política. São 
prospectivas, ou seja, um dia devem cumprir o seu papel. 
 
 
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25 
 
➢ Semânticas: 
São aquelas que não têm a finalidade de se adequar à realidade social. Não visam regular 
a vida política do Estado; visam apenas à formalização de uma situação existente, em 
benefício de quem detém o poder político. 
 
 
 
 
FINALIDADE 
➢ GARANTIA 
Tem como finalidade estabelecer limites ao poder do Estado (garantias), garantindo a 
liberdade. Por isso, é chamada de negativa e possui texto reduzido (sintética); é típica de 
Estados liberais. 
 
➢ BALANÇO 
A finalidade dessa Constituição é regulamentar a realidade do Estado em dado momento 
histórico, reproduzindo as forças sociais que estruturam o poder. 
 
➢ DIRIGENTE (PROGRAMÁTICA) 
Tem como finalidade estabelecer fins, programas e diretrizes para atuação do Estado. É 
caracterizada por ser analítica e possuir normas programáticas. Típica no atual Estado Social 
(Welfare State). 
 
 
 
Normativas
limitam o poder
adequadas à 
realidade social
Nominativas
não limitam o 
poder, mas têm 
essa intenção
não há uma 
adequação social
Semânticas
não limitam nem 
pretendem limitar 
o poder
Constituição de 
fachada
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26 
 
➢ QUANTO À ORIGEM DE SUA DECRETAÇÃO 
Quanto ao local da decretação, as Constituições podem ser classificadas em: 
 
• Heterônomas ou heteroconstituições: 
São Constituições elaboradas fora do Estado no qual elas produzirão seus efeitos. 
 
• Autônomas ou autoconstituições ou homoconstituições: 
São Constituições elaboradas no interior do próprio Estado que por elas será regido. 
 
E a Constituição Federal brasileira (1988)? É PEDRA FAND. 
 
ORIGEM: promulgada 
FORMA: escrita 
ELABORAÇÃO: dogmática 
ALTERABILIDADE: rígida 
EXTENSÃO: analítica 
CONTEÚDO: formal 
LOCAL DE DECRETAÇÃO: autônoma 
ONTOLOGIA: normativa (pretende ser) 
FINALIDADE: dirigente e garantia 
 
 
 
 
 
ORIGEM 
• OUTORGADA 
• PROMULGADA 
• CESARISTA
• PACTUADA
FORMA 
• ESCRITA
• COSTUMEIRA 
EXTENSÃO 
• SINTÉTICA
• ANALÍTICA
CONTEÚDO 
• MATERIAL
• FORMAL
ELABABORAÇ
ÃO 
• DOGMÁTICA 
• HISTÓRICA
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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da 
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. 
 
CONDE PRESO NÃO REINA COOPERA IGUAL 
CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO: consiste no acolhimento por parte de um Estado que 
não o seu, em virtude de uma perseguição por ele sofrida. De acordo com o Art. XIV da 
Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH), esse direito não pode ser invocado em 
caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos 
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. 
 
A concessão anterior de asilo político não é fator impeditivo de posterior análise, e 
consequentemente concessão, de pedido de extradição, desde que o fato ensejador do pedido 
não apresente característica de crime político ou de opinião. 
DEFESA DA PAZ: implica o dever de não provocar conflitos e ainda no dever de manter 
ou restabelecer a paz. 
PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS: aplica-se tanto em um plano interno quanto 
externo. Internamente, no dever de internalizar as normas e os tratados de Direitos Humanos, 
e externamente, no engajamento e na postura de proteção a esses direitos. Esse princípio 
pode, inclusive, sobrepor-se à soberania dos Estados. 
SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS: deve optar pela solução diplomática de conflitos. 
NÃO INTERVENÇÃO: é um dever do Estado brasileiro de não intervir nos assuntos 
internos e externos de outros países. Contudo esse princípio não é absoluto, isso porque em 
alguns casos é possível a intervenção humanitária. 
REPÚDIO AO TERRORISMO E AO RACISMO: mediante a adoção de medidas punitivas, 
criminalizando esses comportamentos. 
INDEPENDÊNCIA NACIONAL: relacionado com o exercício da soberania externa, 
também se traduz na ideia de respeito à independência dos outros Estados soberanos. 
ALTERABILIDADE 
• RÍGIDAS 
• FLEXÍVEIS 
• SEMIRRÍGIDAS ou 
SEMIFLEXÍVEL 
FINALIDADE 
• GARANTIA
• BALANÇO
• DIRIGENTE
CORRESPONDÊNCIA 
• NORMATIVA 
• NOMINATIVA
• SEMÂNTICA 
LOCAL
• HETERÔNOMAS
• AUTÔNOMAS
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AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS: é o respeito a que outros Estados estabeleçam o seu 
próprio sistema político e de desenvolvimento. 
COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS PARA O PROGRESSO DA HUMANIDADE 
IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS: impõe ao país o dever de adotar medidas igualitárias 
entre os Estados. Trata-se, segundo Novelino (2016), de uma igualdade jurídica, que pode 
manifestar-se em três níveis: 
igualdade formal: tratamento igualitário perante os órgãos judiciais;. 
igualdade legislativa: os Estados só poderiam ser obrigados naquilo que consentirem; 
igualdade política: refere-se a igualdade existencial, a sua independência política. 
INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA: buscar uma integração supranacional de natureza 
econômica, política, social e cultural. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
Fundamentos 
(CF, Art. 1º) 
SO CI DI VA PLU 
Objetivos Fundamentais 
(CF, Art. 3º) 
CON GA ERR PRO 
Relações 
Internacionais (CF, Art.4º) 
CONDE PRESO NÃO REINA COOPERA 
IGUAL 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa 
humana; 
IV - os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder 
emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição. 
I - construir uma sociedade livre, 
justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento 
nacional; 
III - erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e 
regionais; 
IV – promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de 
discriminação. (grifo nosso) 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o

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