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LS INTRODUÇÃO As limas protaper são de níquel- titânio e são mais modernas que as limas manuais de aço inoxidável. Imagem: representa uma raiz com curvatura e com presença de resíduos da instrumentação (falta de irrigação/aspiração, patência foraminal). Causa obstrução da porção mais fina do canal. A lima é travada devido ao acúmulo de resíduos. As limas de aço inoxidável são rígidas e ao tentar “desentupir” o canal acaba criando um caminho falso. (desvio do canal). Um dos grandes problemas da limas de aço inox é justamente essa obstrução ao tentar desentupir o canal. o E se houvesse uma lima flexível o bastante, capaz de acompanhar as curvaturas radiculares sem causar desvios? Com esse objetivo surgiram as limas de níquel-titânio (protaper), proveniente dos fio de ortodontia. o Atualmente, está caindo em desuso a técnica apenas com limas convencionais. Usa hoje em dia a combinaçao das técnicas (limas de aço inóx com limas de níquel-titânio). Evolução dos materiais (limas de níquel-titânio): Propriedades mecânicas: 1. Superelasticidade: dobram facilmente. 2. Memória de forma: após sua dobra, elas voltam para sua forma original. Permite ao instrumento retornar a sua forma original após sofrer deformação, ao contrário do aço inoxidável, que sofre deformação permanente de forma. Limite de elasticidade: a lima volta a sua posição original até um certo limite, se passar do limite sofrerá deformação. Devido a sua elasticidade foi permitido o uso dessas limas acopladas no motor rotatório. MOVIMENTO ROTATÓRIO E MOVIMENTO RECIPROCANTE (MOTOR ROTATÓRIO) Movimento rotatório: a lima da a volta completa de 360º. Movimento reciprocante: a lima trabalha 2/3 no sentido anti-horário e depois 1/3 no sentido horário. Evita fratura de limas, pois evita que a lima fique travada. Usamos o movimento reciprocante quando formos usar as limas com a mão. CARACTERÍSTICAS DAS LIMAS DE NÍQUEL-TITÂNIO As espirais das limas de níquel-titânio são largas e possuem um canal profundo. Possuem ponta inativa (não cortante) ou guia de penetração. Só cortam em lateralidade. Espirais profundas de passo largo que retém os detritos dentinários. Canal helicoidal: é onde ficam depositada as raspas de dentina e consequentemente a lima para de cortar. É preciso ser limpa com gaze ou usando tamborel. Instrumento faturado com o uso do motor rotatório devido à perda do tato (desvantagem) Canal helicoidal (profundo) LS INTRODUÇÃO As limas protaper universal foi um dos primeiros sistemas de lima rotatória. Atualmente o que vem sendo inovado é o tipo da liga de titânio, cada vez mais flexíveis e mais resistentes a fratura. Múltiplas variações na conicidade em um mesmo instrumento. Possuem mais efetividade no alargamento e modelagem no canal com menor número de instrumentos. Existe a protaper shaping (S) para modelagem (as 3 primeiras) e a finishing (F) para acabamento (as 3 últimas). SHAPING (MODELAGEM) SX: não possuem porção intermediária (parte lisa). 19,0 mm de comprimento total. 14,0 mm de parte ativa Cabo na cor laranja (5mm) Projetada para trabalhar no terço cervical. S1 e S2: 35 mm de comprimento total 16,0 mm de parte ativa (+intermediário) Cabo roxo (S1) e cabo branco (S2) Projetadas para trabalhar no terço médio do canal. Possuem uma regua na porçao intermediária (16mm, 18mm, 19 mm e 22mm). SX, S1 e S2 possuem a ponta muito fina. Sx é bastante amplo na porção mais próxima ao cabo e a ponta fina com o objetivo de fazer alargamento cervical. A SX substitui a broca Gates Gidden. S1 e S2 possuem a ponta fina e a porção mediana é grossa devido ao seu objetivo ser cortar a parte mediana. FINISHING (ACABAMENTO) F1, F2 e F3: 25 mm de comprimento total 16,0 mm de parte ativa (+intermediário) Projetadas para trabalhar no terço apical do canal. Equivalência das limas protaper com as limas convencionais: F1: D0 (ponta) correspondente a 20 e taper 7 (as convencionais são taper 2). F2: D0 (ponta) correspondente a 25 e taper 8. F3: D0 (ponta) correspondente a 30 e taper 9. Usamos a técnica híbrida que usa os dois tipos de lima (convencional e protaper). F1, F2 e F3 não são tão robustas na parte média e cervical, mas possuem ponta mais grossa. A diferença das limas convencionais e as limas de acabamento são a conicidade (taper) e a semelhança é o D0. Instrumento S Instrumento F SX S1 S2 F1 F2 F3 LS INTRODUÇÃO A técnica híbrida é recomendada pelos fabricantes de níquel-titânio devido a elas deixarem a limpeza um pouco deficiente, pois os canais possuem uma anatomia mais complexa. Usamos tanto as limas de aço inox como as limas de níquel-titânio. É feita apenas em pré-molares e molares, são usadas limas de níquel-titânio protaper e o movimento rotatório contínuo. ORDEM DA TÉCNICA HÍBRIDA 1. Limpeza passiva: sequência de 3 limas K em ordem crescente utilizando somente a parte ativa (16mm). usamos também a funçao irrigadora. Usamos limas 10, 15 e 20 ( as 3 menores), pois em pré-molares e molares dificilmente achará canal amplo (possuem canal estreito). Usa o cursor (stop) coloca no início da parte ativa; entrar com a lima (10) 16mm para fazer exploração do canal; roda a lima de um lado para o outro; irriga e aspira; coloca o gel de EDTA; troca de lima (15) com o cursor novamente na parte ativa; entrar apenas 16mm e assim até a lima 20 seguindo a mesma ordem. Fazer essa sequência e troca de lima depois de fazer em todos os canais (mais prático). A limpeza passiva abre caminho para o uso da lima SX. 2. Preparo cervical: utilizando a lima protaper Sx. Faz alargamento da porção cervical do canal. Entra com a lima toda no canal. A SX substituem as brocas Gates Glidden. Usa o gel EDTA e trocando o gel com o hipoclorito de sódio. Irrigando e aspirando. O EDTA gel ajuda a eliminar smear layer, impede a obstrução do canal e lubrifica a lima para desliza e ter melhor corte. 3. Determinação do comprimento de trabalho (CT) e patência: É feito com a radiografia inicial (ortorradial), mede o dente com a ponta mais extrema da raiz até a porção oclusal/incisal. Tendo assim uma medida provisória. Desconta 1mm e coloca a lima em cada canal e tira uma nova radiografia. A radiografia após a penetração da lima será usado o método de Clark. Mesializando ou distalizando a película radiográfica para ser possível ver as duas limas nos canais. Determinação do CT com localizador apical: agiliza o procedimento. 0,5 mm é ideal. Não se esquecendo de irrigar, aspirar, patência foraminal, EDTA gel a cada troca de instrumento! 4. Preparo do terço médio: usando as limas protaper S1 e depois S2. A lima é mais efetiva se chegar no comprimento de trabalho (CT). LS 5. Pré-alargamento apical: utilizando a lima K extra-série 10 e as limas flex 15 e 20 em ordem crescente, todas no CT. Essa etapa é para apenas canais com curvatura ou calcificados. Quando o canal é muito curvo/calcificado pode usar apenas a F1. 6. Preparo apical: utilizando as limas protaper F1, F2 e F3, todas no CT. F1 (amarela) = ponta 20 F2 (vermelha) = ponta 25 F3 (azul) = ponta 30 Pode usar apenas a F1, F1 e F2 ou usar F1, F2 e F3, ou seja, não há a necessidade de usar as três limas, isso irá depender da anatomia dental. 7. Radiografia da lima de memória: o diâmetro final é o que decide qual guta percha será usada para obturar o canal. Se trabalhamos até a F1 a lima de memória é a lima 20 (convencional). Se trabalhamos até a F2 a lima de memória é a lima 25 (convencional). Se trabalhamos até a F3 a lima de memória é a lima 30 (convencional). Usaremos as limas convencionais (aço inox-mais finas) que são correspondentes a lima de memória. Fará uma nova radiografia com essas limas no limite CDC. Se não chegou ao limite CDC pode ter sido: erro na medida do canal; obstrução e a lima não conseguiu chegar no CT. Não esquecendo de irrigar, aspirar, patência foraminal, EDTA gel a cada troca de instrumento!
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