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Complexidade dos espaços Apresentação Você sabia que espaço e arquitetura espaço e arquitetura estão entrelaçados, uma vez que a arquitetura só começa a surgir quando temos a delimitação de um espaço? A atividade profissional do arquiteto se pauta na criação e na manipulação de espaços e, por isso, é tão importante compreender o seu conceito e o seu papel no projeto de arquitetura. Toda forma construída compõe um espaço negativo ou positivo, ou seja, pode ser externo ou interno à forma de uma figura. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai ver como o espaço pode ser definido a partir de seus elementos formais, os tipos de espaços que podem criar e suas características, além de perceber a relação entre espaço e lugar, através das diferentes organizações e arranjos que podem adquirir. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os elementos definidores do espaço.• Diferenciar as propriedades do espaço.• Identificar de que forma os espaços podem ser aplicados no processo de projeto de arquitetura. • Infográfico A compreensão da relação entre os elementos formais da arquitetura e da constituição de espaços para abrigar as mais diversas funções da vida contemporânea passa pelo entendimento da formatação, da caracterização e da organização desses espaços. Confira o que é necessário diferenciar e conceituar para seguir em frente na aquisição do conhecimento sobre desenho, projeto e análise de projeto de arquitetura. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Conteúdo do livro Saber ver e interpretar o espaço na arquitetura e urbanismo é fundamental, ainda mais para aquele que projeta, o arquiteto. Isso significa visualizar na forma de um ambiente, na fachada de um edifício, em uma praça ou parque, os pontos, as linhas e os planos que geram toda a volumetria construída. É como se nossos olhos tivesse uma capacidade de visualização em três dimensões, que a pessoa leiga no assunto não tem. Neste capítulo Complexidade dos Espaços, da obra Desenho Arquitetônico, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprofundar seus conhecimentos aprendidos na Unidade sobre os elementos primordiais de um espaço: são os pontos, as linhas e os planos; de que forma esses elementos compõem um volume e o modo como essa conceituação se rebate na prática de uma espacialização, o ato de projetar. Boa leitura. DESENHO ARQUITETÔNICO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Reconhecer os elementos definidores do espaço. > Diferenciar as propriedades do espaço. > Identificar de que forma os espaços podem ser aplicados no processo de projeto de arquitetura. Introdução A prática do desenho arquitetônico deve ter como base uma compreensão clara sobre seus elementos básicos. Como, a partir de um ponto e uma linha, criamos um projeto? Não se trata de uma resposta simples, exigindo que nos aprofundemos em uma base conceitual e em uma prática constante e bem elaborada. Neste capítulo, você vai conhecer os elementos primários que definem o espaço: o ponto, a linha, o plano e o volume. Além disso, vai estudar como aplicá-los ao projeto de arquitetura. Por fim, vai ver exemplos de projetos emblemáticos já construídos. Do ponto ao plano Para compreender o espaço arquitetônico, é necessário entender inicialmente os elementos primários que o compõem. São os elementos primários de qualquer forma: o ponto, a reta (linha) e o plano. Cada um desses elementos é, primeiramente, um elemento conceitual, pois não é possível ver um ponto, Complexidade dos espaços Lucas Martins de Oliveira uma reta ou um plano além da imaginação. Entretanto, é possível vê-los ao analisar a forma dos objetos, dos espaços e dos desenhos. Percebemos os pontos no encontro de duas retas, e as retas delineiam um plano. O ponto é o elemento gerador de qualquer forma. Ele indica uma posição no espaço. Não é possível medir um ponto. Conceitualmente, ele não tem largura, comprimento ou profundidade. O ponto é estático, centralizado e sem direção. A função do ponto na forma pode ser para marcar duas extremidades de uma reta, a interseção de duas retas, o encontro de retas no canto de um plano ou o centro de um plano (CHING, 1998). Mesmo que um ponto não tenha forma, percebemos seu sentido quando o situamos dentro de um campo visual. No centro de um campo, um ponto se apresenta estável e dominante. Se o deslocarmos do centro de um campo, criamos uma tensão visual. Analise esse efeito na Figura 1. Figura 1. Variações do ponto dentro de um campo visual. Fonte: Ching (1998, p. 4). Na arquitetura, um ponto, conceitualmente, cumpre a missão de marcar visivelmente uma posição no espaço, seja em um ambiente interno ou externo. O ponto de um obelisco, por exemplo, projeta verticalmente uma forma linear a partir do plano do solo, como uma coluna ou uma torre, exercendo uma função de marco simbólico ou poder. Qualquer elemento vertical é visto no plano horizontal como um ponto, conservando suas características visuais. Complexidade dos espaços2 Observe o obelisco situado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, um marco visual facilmente identificável na amplitude do espaço aberto do parque (Figura 2). Nesse caso, um eixo horizontal de dois pontos sugere outro eixo perpendicular à reta. Eles conformam, gerando uma simetria. A dominância de um eixo ou de outro será determinada pelo comprimento maior de uma reta em relação a outra. A altura do obelisco gera o seu destaque na horizontalidade. Figura 2. Obelisco do Parque Ibirapuera. Fonte: mmaaurora/Pixabay.com. Conforme um ponto se movimenta, sua trajetória se torna uma linha, então uma linha é limitada por dois pontos. Uma linha tem comprimento, posição e direção, mas ainda não tem largura (WONG, 1998). Ainda que uma linha tenha um comprimento finito, ela pode ser considerada parte de uma trajetória infinitamente mais longa. Uma linha reta é um elemento crucial na formação de qualquer estrutura visual. A reta pode servir para unir, circundar ou interseccionar outros elemen- tos visuais, descrever as arestas de figuras planas e articular suas superfícies. Mesmo que uma reta tenha somente uma dimensão, sua representatividade no desenho deve conter uma gradação de espessura, para que se torne visível e interpretável (CHING, 1998). Complexidade dos espaços 3 Assim como no desenho arquitetônico, as diferentes espessuras e texturas são fundamentais para os espaços. Elas podem representar, por exemplo, uma diferenciação entre o desenho das paredes (linhas espessas) e o desenho dos equipamentos hidrossanitários (linhas finas), como mostra a Figura 3. Figura 3. Diferentes graus de espessura da representação gráfica arquitetônica. Fonte: ElasticComputeFarm/Pixabay.com. A orientação de uma reta afeta sua função em uma estrutura visual. Por exemplo, uma reta vertical expressa força e marca uma posição, já uma reta horizontal representa estabilidade, domínio do horizonte e repouso. O Con- gresso Nacional, em Brasília, projeto de Oscar Niemeyer, mostra bem esse simbolismo (Figura 4). Observe que a horizontalidade do plano das cúpulas constrasta com a verticalidade do edifício central, marcando visualmente o edifício. Complexidade dos espaços4 Figura 4. Congresso Nacional. Fonte: shiguemoto25/Pixabay.com. A trajetória de uma linha em movimento se torna um plano. Um plano tem comprimento, largura, posição e direção, mas ainda não tem espessura. Além disso, ele é limitado por linhas e define os limites externos de um volume (WONG, 1998). Duas retas paralelas têm a capacidade de descrever um plano. Se esten- dermos uma membrana entre tais retas, somos capazes de reconhecer essa relação. Ao analisarmos a organização dos espaços primitivos de moradia, por exemplo, vemos que abrigos eram construídos a partir de elementos de vedação (peles, palha, entre outros) sobre uma estrutura simples de madeira (BENEVOLO, 2009). Usualmente, essa moradia era feita pordois planos forma- dos por retas apoiados um ao outro, gerando um abrigo. A Figura 5 mostra uma representação disso. Figura 5. Abrigos primitivos do período paleolítico. Fonte: Oliveira, Galhano e Pereira (1988, p. 35). Complexidade dos espaços 5 Os arqueólogos modernos, escavando e estudando os vestígios materiais dos primeiros agrupamentos paleolíticos, desenterram e documentam, principalmente, resíduos da atividade humana: sobras de alimentos e fragmentos provenientes do trabalho das pedras e da madeira. A distribuição desses objetos em torno do núcleo da fogueira indica um conjunto unitário que podemos chamar de habitação primitiva (BENEVOLO, 2009). Os pontos geram retas (linhas), que geram planos. Os pontos marcam o espaço, as retas delineiam o espaço, e os planos definem o espaço. A partir desse entendimento, construímos uma visão espacial. Assim, entendemos que tais elementos definem os espaços por meio do olhar, mediante a trajetória gerada por um movimento. Essa é a base para o entendimento do espaço arquitetônico. Do plano ao espaço Na arquitetura, os planos definem volumes e espaços tridimensionais. Em um projeto de arquitetura, manipulamos três tipos conceituais de planos; veja a seguir (CHING, 1998, p. 19). 1. Plano de base: pode ser tanto o plano do solo, que serve de fundação física e base visual para as formas construtivas, quanto o plano do piso, que forma a superfície inferior de delimitação de um cômodo sobre o qual caminhamos. 2. Plano das paredes: devido à sua orientação vertical, é ativo em nosso campo de visão normal e vital para a moldagem e delimitação do espaço arquitetônico. 3. Plano superior: pode ser tanto o plano da cobertura, que abriga os espaços interiores de um edifício dos elementos climáticos, quanto o plano do teto, que forma a superfície superior de delimitação de um cômodo. O plano de solo apoia toda a construção. Associada ao clima e a outras condições do lugar, a topografia de um plano de solo influencia a forma do edifício, que pode se fundir ao plano do solo, se assentar ou se elevar acima dele (CHING, 1998). A movimentação do plano de solo pode ter caráter simbó- lico. Por exemplo, se elevado, ele representa um lugar sagrado, significativo ou protegido. Complexidade dos espaços6 O plano de piso constitui o elemento horizontal onde nos movemos e colocamos objetos para nosso uso. Pode constituir uma cobertura durável do plano do solo ou um plano artificial. Em todos os casos, a textura e a densidade do material influenciam o conforto e o modo como nos sentimos quando percorremos o plano (CHING, 1998). Os planos das paredes isolam partes do espaço e criam ambientes con- trolados. Sua construção propicia tanto privacidade quanto proteção. As aberturas inseridas nos planos de paredes estabelecem ligações com outros ambientes e o ambiente externo. Ainda, esses planos descrevem as formas e a imagem de um edifício (CHING, 1998). O plano superior ou de teto, que normalmente se encontra fora de nosso alcance, é um elemento visual de um espaço. Pode ser o plano inferior de um piso superior ou o plano de cobertura e expressão da estrutura. Trata-se de um elemento de abrigo primordial que unifica as partes de um espaço. Pode ser elevado ou rebaixado, com o intuito de alterar a escala de um espaço ou definir zonas dentro de um espaço (CHING, 1998). O projeto de Frank Lloyd Wright para a Casa da Cascata (Figura 6), nos Estados Unidos, mostra bem uma composição arquitetônica que explora diversos planos de piso, de parede e de teto (superior). Figura 6. Casa da Cascata, de Frank Lloyd Wright. Fonte: lachrimae72/Pixabay.com. Complexidade dos espaços 7 Para saber mais sobre a construção da Casa da Cascata, leia a matéria “A polêmica casa sobre uma cascata considerada a 'melhor obra de arquitetura dos EUA'”, de Jonathan Glancey (2017). Na Figura 7, veja uma demonstração das três dimensões na arquitetura (planos de piso, parede e cobertura), claramente perceptíveis no Museu da Cachaça, um projeto da arquiteta Jô Vasconcellos. Figura 7. Museu da Cachaça, em Salinas (MG). Visualização em três dimensões. Fonte: Mortimer (2012, documento on-line). Um plano, quando movimentado, se converte em um volume. Todos os volumes têm pontos (vértices) onde vários pontos se unem, linhas (arestas) onde dois planos se encontram e planos (superfícies) que definem seus limites. O volume tem três dimensões: comprimento, largura e profundidade. Wong (1998, p. 42) coloca que “a trajetória de um plano em movimento (em outra que não sua direção intrínseca) se torna um volume”. Assim, na arquitetura, um volume pode ser considerado tanto a porção do espaço con- tido e definido pelos planos das paredes, do piso, do teto ou da cobertura, quanto uma quantidade de espaço ocupado pela massa de um edifício. “É importante perceber essa dualidade, especialmente quando se leem plantas baixas, elevações e cortes”, destaca Ching (1998, p. 29). Complexidade dos espaços8 Compreensão do espaço arquitetônico Sabemos que o espaço arquitetônico é composto por planos que geram volumes. Esses espaços podem ser manipulados para que tenhamos uma relação entre eles, aperfeiçoando a qualidade do espaço arquitetônico final. As relações se estabelecem pela função, proximidade, entre outros motivos (CHING, 1998). Podemos entender quatro possibilidades de relações existentes entre os espaços na arquitetura: � espaço dentro de um espaço; � espaços interseccionais; � espaços adjacentes; � espaços ligados por um espaço comum. O espaço dentro de um espaço ocorre quando um espaço maior envolve ou contém um espaço menor, e o menor depende do maior para sua relação com o ambiente externo. Para que essa relação seja percebida, “é necessária uma clara diferenciação de tamanho entre os dois espaços” (CHING, 1998, p. 180), além de um contraste de formas e diferença funcional. Veja a Casa de Vidro (Figura 8), projetada por Philip Johnson, em que a permeabilidade do espaço maior permite a compreensão do espaço fechado nele inserido. Figura 8. Casa de Vidro, de Philip Johnson. Exemplo de composição de espaço dentro de espaço. Fonte: Perez (2010, documento on-line). Complexidade dos espaços 9 O espaço interseccional resulta da sobreposição de dois espaços, gerando um espaço comum. Quando isso ocorre, cada espaço mantém a sua identi- dade, porém a configuração resultante da intersecção está sujeita a uma nova identidade. A porção interseccional pode se fundir a um dos espaços, tornando-se parte integrante de seu volume (CHING, 1998). O espaço adjacente consiste no estabelecimento de um grau de conti- nuidade entre dois espaços específicos. Esse grau vai depender da natureza do plano que separa ou une os espaços. O espaço adjacente pode limitar o acesso visual entre dois espaços ou permitir a ligação visual entre eles. Pode ser explícito, como um elemento claro, ou implícito, como uma mudança de nível ou um contraste de texturas. Os espaços ligados por um espaço comum, como o nome já diz, resultam da relação espacial de dois espaços independentes com um terceiro espaço, e esse terceiro espaço compartilha um vínculo em comum com os espaços independentes. O terceiro espaço pode ser diferente, a fim de expressar sua própria função de ligação (CHING, 1998). Note que o processo de projeto de arquitetura é complexo. Para resolver problemas de planejamento espacial, precisamos de métodos claros de coleta de dados e análise das necessidades, estabelecendo um conceito geral para o projeto (KARLEN, 2010). Para minimizar a distância entre o modo analítico e o modo criativo da atividade de projetar, é possível pensar o início de projeto por meio do estudo de organogramas. Os organogramas são manchas espa- ciais que representam o uso dos espaços, inter-relacionando-os conforme as necessidades de ligação entre os ambientes ou usos. Veja um organograma de projeto na Figura 9. Complexidade dos espaços10 Figura 9. Organograma deum projeto arquitetônico de interior. Os usos e as relações já estão definidos, mas a configuração dos espaços não. Fonte: Karlen (2010, p. 42). Para ter noção do espaço necessário para a atividade prevista no espaço a ser projetado, é importante ter noção do tamanho e das proporções do corpo humano. Como afirmam Ching e Eckler (2014, p. 310), “as formas e os espaços arquitetônicos constituem ou receptáculos ou extensões do corpo humano, devendo, portanto, ser determinados pelas dimensões deste”. Você pode estar se perguntando como estabelecer uma noção de tamanho se há seres humanos com padrões tão diversos. Deve-se estabelecer medidas médias. Elas servem apenas como diretrizes e devem ser modificadas para cumprir as necessidades do futuro usuário do espaço, já que sempre vai existir variações. Assim, teremos mais segurança projetual no momento de propor o organograma. Complexidade dos espaços 11 De acordo com Karlen (2010, p. 40), para a elaboração de organogramas: [...] o arquiteto precisa de bastante papel-manteiga, um escalímetro e lápis macios ou hidrocores para desenhar. Em geral, são utilizados rolos de papel-manteiga amarelo, embora seja possível usar qualquer papel-manteiga razoavelmente transparente [...]. O projetista também pode usar qualquer tipo de material para desenho, mas marcadores ou lápis de cor macios estão entre os melhores, pois são mais fáceis de aplicar no papel e mais visíveis. É necessário trabalhar com uma diversidade de cores, pois cada cor repre- senta um espaço dentro de um organograma, facilitando seu entendimento. As dimensões do corpo humano orientam a proporção dos objetos que manuseamos, a altura e a distância dos objetos que buscamos alcançar e as dimensões dos mobiliários que usamos. Além desses objetos, as dimensões do corpo afetam o volume de espaço que necessitamos. Isso vale para quando estamos sozinhos e em grupos pequenos, como em uma casa, ou para quando estamos em grupos maiores, como em um edifício de escritórios. A ergonomia, um campo da ciência, se desenvolveu a partir dessas preocupações espaciais na relação com o ser humano. A ergonomia é entendida como “a ciência apli- cada que coordena o projeto de equipamentos, sistemas e ambientes com as nossas capacidades e necessidades fisiológicas e psicológicas” (CHING, 1998, p. 311). Neste capítulo, vimos que os elementos básicos de desenho, como o ponto, a linha e o plano, definem o espaço arquitetônico. Além disso, vimos como visualizá-los ao analisar um projeto, podendo aplicar essa análise ao dia a dia ao vivenciarmos os espaços, como uma casa, um edifício ou um espaço exterior. Compreender o espaço, seus elementos básicos e as relações entre eles é fundamental para a ação de projetar, pois auxilia o profissional na composição e na articulação dos ambientes. Por fim, estudamos o método de projeto por meio do desenvolvimento de organogramas, nos quais os espaços desejados são inseridos sobre o espaço existente, articulando as relações necessárias ou desejáveis entre eles. Referências BENEVOLO, L. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2009. CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. CHING, F. D. K.; ECKLER, J. F. Introdução à arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2014. KARLEN, M. Planejamento de espaços internos: com exercícios. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. Complexidade dos espaços12 MORTIMER, J. Museu da Cachaça. Jô Vasconcellos. 2012. 1 fotografia. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/627504/museu-da-cachaca-jo-vasconcelos/5746 edd7e58ece865200022c-cachaca-museum-jo-vasconcelos-jo-vasconcelos-photo. Acesso em: 29 jun. 2022. OLIVEIRA, E. V.; GALHANO, F.; PEREIRA, B. Construções primitivas em Portugal. Lisboa: Etnográfica Press, 1988. PEREZ, A. AD Classics: The Glass House. Philip Johnson. 2010. 1 fotografia. Disponível em: https://www.archdaily.com/60259/ad-classics-the-glass-house-philip-johnson/5037de- 7b28ba0d599b0000cd-ad-classics-the-glass-house-philip-johnson-image. Acesso em: 29 jun. 2022. WONG, W. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Leitura recomendada GLANCEY, J. A polêmica casa sobre uma cascata considerada a ‘melhor obra de arqui- tetura dos EUA’. BBC News – Brasil, 29 jun. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/vert-cul-40451624. Acesso em: 29 jun. 2022. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Complexidade dos espaços 13 Dica do professor Delimitar espaços é tarefa corriqueira na profissão do arquiteto. O conhecimento dos elementos que podemos usar para definir esses espaços e a compreensão da forma como eles se relacionam é ponto inicial para o domínio do desenho e do processo de projeto arquitetônico. Como se constitui um espaço? Serão sempre necessárias paredes e coberturas? Confira algumas dicas que ajudarão você a clarificar essas questões e a abrir ainda mais seus pensamentos sobre arquitetura. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/15b38e48f3c0da86238aa0e9591d97e5 Na prática Veja como a delimitação de um espaço não se dá apenas por paredes ou fechamentos - sejam eles opacos ou translúcidos. Muitos outros elementos contribuem para a criação de um espaço, como é o caso de mobiliários dispostos de determinada forma, marcação no plano do teto ou do piso, além da hierarquia e da posição de uma forma em relação ao todo. O edifício-pavilhão projetado pelo arquiteto alemão Mies Van der Rohe para a Exposição de Barcelona de 1929, foi reconstruído no ano de 1989 no mesmo local original. Trata-se de um exemplo ícone da arquitetura moderna do mestre alemão ainda em solo europeu. Ao analisar essa obra, podemos identificar espaços delimitados de diversas formas. Acompanhe a identificação de alguns desses espaços para que, com o devido treino, você possa sozinho fazer essa análise espacial. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Projeto do arquiteto Louis Kahn, a Biblioteca de Exeter Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Espaço Dentro e Fora da Arquitetura Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O sentido do espaço. Em que sentido, em que sentido? Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O Conceito de Lugar https://www.youtube.com/embed/o-Fx1EHqvyc https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/PDFs_revista_12/01_DL_espa%C3%A7o_300409.pdf http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.048/582 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/225