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João Manuel – Medicina Nove de Julho INTRODUÇÃO Arteriosclerose: é o endurecimento das arté- rias, termo genérico para espessamento da pa- rede arterial com perda da sua elasticidade, ou seja, não especifica em qual artéria está ocor- rendo. Causada por diabetes mellitus e HAS (hipertensão arterial sistêmica) leve ou mode- rada. Têm 2 subtipos: Arteriosclerose hialina e arteriosclerose hiperplásica. HIALINA Arteriosclerose hialina: hialinose arteriolar, comum ocorrer nas arteríolas distais, de extre- midades. Principalmente nos pés e arteríolas aferentes do glomérulo. Caracterizada pelo espessamento hialino ho- mogêneo e rósea da parede arterial com estrei- tamento da luz. Causada por DM e HAS leve ou moderada. *HAS leve: 140-159 (PA sistólica). *HAS moderada: 160-179 (PAS). Patogênese: paciente tem DM ou HAS → disfun- ção ou lesão endotelial → devido a isso tem ex- travasamento de proteínas plasmáticas para re- gião subendotelial → maior síntese de proteínas da MEC por células musculares lisas → região do subendotélio espessada → devido a alta deposi- ção de proteínas → com o tempo, leva o estreita- mento da luz do vaso → consequência inicial, re- duz suprimento sanguíneo, tecido consegue ge- rar adaptação por atrofia → incialmente órgão sofre atrofia → estreitamento prossegue → su- primento sanguíneo cessa totalmente → isque- mia → necrose de extremidades → necrose coa- gulativa → necrose gangrenosa → microangiopa- tia diabética. Necrose gangrenosa é comum em DM e; Necrose coagulativa do glomérulo leva um infarto renal. HIPERPLÁSICA Arteriosclerose hiperplásica: principalmente encontradas nas arteríolas eferentes glomerula- res. Arteriosclerose de aspecto casca de cebola (la- minações); Caracterizada por espessamento la- minar e concêntrico da parede arterial com estreitamento da luz do vaso. Causada por HAS grave. HAS grave ou maligna: maior ou igual 180-110 (PAS) → arteriolite necrosante → começa ter de- posição fibrinóide, ou seja, o fibrinogênio é uma proteína grande, tendo grande destruição de pa- rede → espessamento laminar e concêntrico → estreitamento da luz → atrofia → isquemia → ne- crose. PADRÕES PRINCIPAIS Cada padrão apresenta consequência clínicas e patológicas diferentes. Arteriolosclerose: Espessamento da parede e perda de elasticidade em arteríolas e pequenas artérias. Esclerose da Média de Monckeberg: Espessa- mento da parede e perda de elasticidade em ar- térias musculares. Aterosclerose: Padrão clínico mais importante, devido estar diretamente relacionado com a pa- togenia com principais cardiovasculares. Afeta a camada íntima das artérias de grande (Aorta - elástica) e médio calibre (musculares). • Formação de placa de ateroma (acú- mulo de lipídeos. em artérias de grande e médio calibre. • Parede vascular fica espessada e proje- ção da placa, diminuindo a luz do vaso, podendo levar a atrofia e, consequente- mente, isquemia. • Forma estrias lipídicas: manchas ou pe- quenas elevações lineares. São macrófa- gos ou células musculares lisas com lipí- dios. João Manuel – Medicina Nove de Julho Patogênese: Depois: estrias lipídicas à placas ateromatosas à placas complicadas à diminuição do lúmem à atrofia à isquemia à necrose. Macroscopia: erosão ou ulceração, hemorragia, trombose, calcificação. Microscopia: centro necrótico e capa fibrosa. Placa de ateroma: - Mole (instável): lipídeos, restos celula- res e leucócitos. - Dura (estável): tecido conjuntivo. INTRODUÇÃO Aneurisma: É uma dilatação anormal e locali- zada do vaso sanguíneo ou do coração, podendo ser congênita ou adquirida. Acontece principal- mente na a. aorta ou nas artérias do círculo de Wil- lis (cerebral). • Causas congênitas: redução do tecido conjuntivo da parede arterial – Síndrome de Marfan, Síndrome Loeys-Dietz e Sín- drome de Ehleys-Danlos. Já aneurisma ad- quirida é por conta de HAS (hipertensão arterial) e aterosclerose. • Causa adquirida: HAS e Aterosclerose. Existe dois tipos de aneurisma: • Aneurisma verdadeiro: quando a dila- tação de todas as camadas da artéria ou do coração. o Sacular: quando tem uma apenas uma lado da parede dilatada. Seu ta- manho é variado de 5-20cm, na re- gião dilatada tem a formação de trombos. (linhas de Zahn) o Fusiforme: dilatação difusa e super- ficial da parede vascular, pode che- gar também até 20 cm de diâmetro, ambos os lados estão dilatados. • Aneurisma falso (pseudoaneurisma): acontece quando tem uma ruptura da pa- rede e o sangue é limitado pela adventícia ou pericárdio formando um hematoma extravascular. João Manuel – Medicina Nove de Julho PATOGÊNESE Patogenia/patogênese: existe diferentes cau- sas que levam o aneurisma: Primeira patogênese (Aneurisma verdadeiro): Primeiro mecanismo de desenvolver aneurisma é a redução intrínseca do tecido conjuntivo da parede arterial, está muito ligado a distúrbios hereditários. • Síndrome de Marfan: É caracterizada pela mutação do gene FBN1, gene que co- difica a proteína fibrilina, logo, terá uma redução na síntese de fibrilina. Ela é ideal de forma fibras elásticas, ou seja, a quan- tidade de fibras elásticas na parede será reduzida. • Síndrome de Loeys – Dietz: tem mutação no receptor de TGF beta, principal fator de crescimento da matriz extracelular, logo, não terá proteína de matriz, tendo uma redução na síntese de elastina e co- lágenos (1 e 2). • Síndrome Ehlers – Danlos: essa sín- drome tem mais de 20 mutações, é carac- terizada pela redução de elastina e redu- ção de colágenos (1,3,5). OBS.: Artéria elástica , quer dizer que camada média é rica em fibras elásticas e colágenos. Es- sas síndrome reduz essa camada, perdendo a força para o sangue. Segunda patogênese é o desiquilíbrio entre a síntese e degradação de proteínas da matriz extracelular na parede vascular. Esse desequili- bro vem do aumento de MMP, principal fator de aumento de metaloproteínas é a inflamação da parede (principal causa é arteriosclerose à inflamação crônica à macrófagos produz muito MMPs à o qual degrada proteínas da MEC). As- sim, a túnica média fica mais fraca, consequen- temente aneurisma. Comum na aorta abdomi- nal. Terceira patogênese é a redução de células musculares lisas da camada média da parede arterial. A porção intima da média é nutrida por difusão do lúmen, a porção externa da média é nutrida pelo vaso vasorium da camada adventí- cia. • Com arteriosclerose, quando forma uma placa de ateroma na parte intima leva a falta de nutrientes, por conta da di- minuição da difusão do lúmen para parte interna da camada média, assim, tem a redução das células musculares lisas. • Quando tem HAS, leva a uma arterios- clerose hialina (hialinose arteriolar), acontece no vaso vasorium, isso leva uma redução do suprimento sanguíneo, con- sequente redução de células musculares lisas, assim, tendo uma parede mais fraca = aneurisma. • Sífilis terciária: o paciente desenvolve um processo inflamatório inespecífica, tendo uma inflamação crônica inespecí- fica, associado em regiões com fibrose da parede arterial. Isso tem o nome de en- darterite obliterante – inflamação da ar- téria com fechamento do lúmen por conta da fibrose. Isso diminui o supri- mento sanguíneo, assim, as células lisas ficam mais fracas. Degeneração cística da média: Se tenho com- primento da irrigação da camada média, não chegara aminoácido para produzir correta- mente as fibras elásticas e colágeno da camada média. Associado com redução de células mus- culares lisas, terá uma redução inadequada de proteínas da MEC (elastina e colágeno), o nosso organismo não deixará esse “buraco”, elepreen- che com substâncias amorfa (glicosaminoglica- nos – GAGS), tem grande afinidade com água, logo, na região fica com consistência gelatinosa – degeneração cística da média – quando tenho substituição de fibras elásticas e colágenos, por GAGS. Como foi comentado, tem duas regiões mais comum de surgir aneurisma: • Aorta: o Arteriosclerose: (principalmente abdominal): assintomático, logo, o paciente só vai ter sintoma quando romper, o paciente rapidamente vai ter um grande hemiperitoneo, as- sim, tendo um choque hipovolê- mico. o Ascendente (arco): é sintomática , causa dispneia, rouquidão e tosse recorrente. Compromete o nervo la- ringo recorrente (n.vago). esse paci- João Manuel – Medicina Nove de Julho ente pode ter dificuldade da Deglu- tição, porque compromete esôfago também. • Artérias cerebrais: pode sintomático ou assintomático. Consequências: Ruptura à podendo ser fatal, choque hipovolêmico e AVEH (hemorrágico). Se essa ruptura for antes da secção do pericárdio fibroso, o sangue extravasa para cavidade peri- cárdica, leva uma tamponamento, loco um cho- que cardiogênico obstrutivo. Dissecções arterial: Principal artéria que sofre isso é artéria aorta. É quando tem a delaminação arterial no sentido longitudinal na camada mé- dia. Principal causa é a HAS – dor pré-cordial in- tensa (apresenta quando essa dissecção a partir da a. artéria aorta ascendente). Pode se classifi- cado por Stanford (onde que surge essa disseca- ção – tipo A e B) e debackey. RESUMO AGNELO: - Aterosclerose → redução na difusão do lú- men para porção interna da camada média → re- dução do número de células musculares lisas → porção média fica enfraquecida → aneurisma. - HAS → arteriolosclerose hialina → ocorre em vaso vasorium → redução do suprimento sanguíneo → redução do lúmen → redução no número de células musculares lisas → camada enfraquecida → aneurisma. - Sífilis terciária → desenvolve processo in- flamatório inespecífico → inflamação crônica inespecífica + fibrose → na parede arterial do vaso vasorium → redução no suprimento san- guíneo → redução no número das células mus- culares lisas → parede enfraquecida.
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