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RESUMO LOGISTICA - AULAS 16 A 30 AULA 16 - A ESTRATÉGIA DA LOCALIZAÇÃO ● Atividades a jusante (efeitos para frente) quanto a montante (efeitos para trás) ● Custos de transporte influenciam a decisão da localização ● A localização deve ser definida nos pontos certos de forma que traga lucro para a empresa ● Thunen - primeiro modelo - agricultura ● Weber - segundo modelo - fator locacional (economia de custo ao escolher uma localização) ● Weber - fatores gerais (se aplicam a qualquer indústria) e fatores específicos Fatores gerais - Regionais, aglomerativos e desaglomerativos ● MO - mão-de-obra CM - coeficiente de mão-de-obra CM alto = indústria leve, onde despesas salário > despesas transporte CM baixo = indústria pesada, onde despesas transporte > despesas salário ● a carga transportada influência no custo do transporte Ganho de peso - água ou ar (refri ou cerveja) - produção perto do mercado Perda de peso - inutilização de parte da matéria-prima (laticínios) - produção perto da fonte de matéria-prima ● PL = peso locacional Alto - perda de peso Baixo - ganho de peso ● Isard - terceiro modelo - upgrade do modelo Weber Novo fator de produção - insumo de transporte Insumo de transporte - o esforço para transportar 1 unidade de peso/volume por unidade de distância ● Soderman - quarto modelo - o local faz parte de um grupo de decisões mais amplo ● SOMEA - quinto modelo - algoritmo - zonas elementares (dispõe de fatores necessários à atividade industrial ● Localização - estratégia, planejamento ● fatores-chave para a determinação da localização de um empreendimento: • localização das matérias-primas; • mão-de-obra; • disponibilidade de água e energia elétrica; • localização dos mercados consumidores; • atitudes da comunidade. ● Fatores de tomada de decisão Força direcionadora - fator determinante para tomada de decisão Número de instalações - quantidade de instalações da empresa Descontinuidade das escolhas - testar vários locais e escolher o melhor Grau de agregação de dados - projetos de rede Horizonte de tempo: período de um ano ● Estímulos que influenciam a decisão de localização: Alterações na demanda de bens e serviços - o cliente! Alterações na oferta de insumos para a operação - matéria-prima! ● Custos de mão-de-obra: salários + obrigações legais ● Taxa de câmbio: podem alterar o custo unitário do produto ● Custos da terra: terrenos e imóveis e seus custos variados ● Custos de energia: energia mais barata ● Custos de transporte: da matéria prima à fábrica, e da fábrica até os clientes ● Fatores da comunidade: fatores sociais, políticos, etc. ● Habilidade de mão-de-obra: auto-explicativo ● Adequação do local em si: características do local ● Imagem do local: imagem que o local passa ● Conveniência para os clientes: onde o cliente está ● Instalação única ou múltipla ● • número adequado de armazéns; • localização de cada armazém; • tamanho de cada armazém; • alocação do espaço para cada produto em cada armazém; • alocação de produtos e clientes para cada armazém. ● Premissa de presença local: ideia de que deve haver vários armazéns em vários lugares para suprir uma possível deficiência no transporte e processamento de pedidos. AULA 17 - A ESTRATÉGIA DE DISTRIBUIÇÃO ● Estratégia logística: controle centralizado ou descentralizado ● Centralizado: Tomada de decisão vem de um ponto central Conduz à otimização global ● Descentralizado: estratégias mais eficazes para cada entidade, desconsiderando o todo Conduz à otimização local ● TIC → PONTO-ÚNICO-DE-CONTATO: informação acessada imediatamente,por qualquer meio. ● Efeito chicote: tendência ao longo da cadeia, de as empresas a montante aumentarem o pedido aos fornecedores, como resposta aos pedidos esporádicos feitos a jusante. ● Alianças estratégicas: ocorrem entre diversos tipos de empresas que participam da cadeia, para que todos tenham vantagem. ● WANKE - aspectos motivadores para essa integração: pressão para reduzir estoques pressão para agilizar o atendimento pressão para customizar em massa ● 3 estratégias de distribuição: a. Remessa direta: evitar depósitos e CDs Envia o produto direto para o varejista ou consumidor final b. Estoque no depósito: estratégia clássica Estoques são mantidos e produtos são enviados conforme os pedidos c. Cross-docking: Wal-Mart - mercadorias não são estocadas por muito tempo. Os depósitos se tornam em pontos de transferência, não de armazenamento. Requer sistemas de informação avançados, sistema de transporte rápido, e previsões da demanda.Adequado apenas para grandes sistemas de distribuição. Quantidades CC (cargas completas de caminhão). ● CD - Centro de Distribuição - ponto de distribuição com carga de vários tipos e origens. HUB / CENTRO DE TRANSBORDO: Onde ocorre uma segunda divisão e consolidação da entrega das cargas, vindas de vários fornecedores. O cross-docking se encaixa neste modelo. ● Estoque nos depósitos > sistemas sequenciais Entrega direta > sistema direto Cross-docking > CD ● Sistemas sequenciais/escalonados - muitas atividades não agregadoras de valor nos processos de produção e distribuição Sistemas diretos - de armazéns centrais para o cliente Sistemas mistos - sequencial e direto ● Definição de CD da ASLOG: armazém para realizar gestão dos estoques na distribuição física. Pólos geradores de carga. Objetivos: atender a uma região. Suprir a cadeia logística. ● Terceirização logística: Flexibilidade. Diminui custos,aumenta retorno dos investimentos. ● JIT - Just in Time ECR - Resposta eficiente ao cliente AULAS 18 - O VALOR DA INFORMAÇÃO NA REDE LOGÍSTICA ● Era do conhecimento, Era da Informação, Sociedade da Informação ● Tecnologia da Informação: parceira da Logística na busca de objetivos Definição: recursos tecnológicos para gerar e usar informação ● Market-share: participação da empresa no mercado / fatia que uma empresa possui do mercado ● Existem muitos processos e fatos que geram dados na Logística, daí a importância das TIC. ● CLM: Council of Logistics Management - Associação profissional voltada à gestão logística. ● Pela definição da CLM, Logística não é apenas gerenciar matérias-primas e produtos, mas também as informações relacionadas. ● Supply Chain: cadeia de suprimentos ● Do fabricante ao cliente: SENTIDO JUSANTE (DOWNSTREAM) Sentido inverso: SENTIDO MONTANTE (UPSTREAM) ● Horizontalização: interdependência das várias empresas participantes na cadeia de suprimentos ● Ciclo de vida do produto: vai do lançamento até a retirada do mercado ● Supply Chain Management: Gestão da Cadeia de Suprimentos Parcerias de longo prazo entre diversos integrantes da cadeia produtiva, que trabalharão em conjunto, planejando suas estratégias e partilhando informações. Buscam aumentar o desempenho, reduzir custos e agregar mais valor ao cliente final. ● TIC + gerenciamento = mais harmonia e maior performance dos setores ● Fabricantes, revendedores, etc., precisam trabalhar em conjunto ● 5 forças de Porter: fornecedores, clientes, novos entrantes, concorrentes e produtos substitutos ● Cadeia de valor: conjunto em que a logística está inserida (cadeia de suprimentos). Conceito maior que apenas a cadeia de suprimentos, pois envolve outras atividades que compõe o todo do que a empresa desenvolve ● PCP - Planejamento e Controle da Produção: o melhor emprego dos recursos de produção. ● Sistemas de Informações são importantes pois colaboram no uso adequado das informações no contexto de produção. Por isso a comunicação e troca de informações é tão importante, pois se os setores envolvidos não trocarem informações corretas e no tempo certo, toda a empresa perde vantagem competitiva ● Lead Time: tempo que o produto leva para chegar ao cliente] ● SIG - Sistemas de Informações Gerenciais Divididos em 4 níveis: Alta administração (tomada de decisão), média gerência (problemas táticos), supervisão (relatórios diários) e operacional (transações e consultas). Em cada nível, as informações obtidas são pertinentes ao nível de responsabilidade de cada nível hierárquico Aula19 - O processo de planejamento de rede ● Planejamento: Reunião de dados e informações que permitam a melhor configuração de uma rede de distribuição de bens e serviços. ● Necessário em: formação da rede ou reconfiguração da rede ● Eficiência em logística significa menor custo ● O sucesso do planejamento depende da qualidade das informações utilizadas ● Rede logística: rede das instalações e fluxo de produtos que circulam pela rede ● O plano deve ser baseado em: dados (levantamento), recursos computacionais (processamento) e análise do projeto de rede ● Para planejar a rede, considerar dois aspectos: geográfico (localização de fábricas, etc) e temporal (tempo de aquisição do produto) ● Planejamento tem a ver com competitividade ● Levantamento de dados: dado x informação A base de dados é composta de: lista de produtos, localizações (clientes, pontos de estocagem e de origem), demanda, transporte, armazenagem, pedidos, custos dos materiais, tamanhos de embarque dos produtos, níveis de estoque, pedidos processados, custos de capital, serviços ao cliente, equipamentos e instalações, distribuição de vendas. ● Sistemas de gestão ERP - para obter dados ● Buscar dados em fontes primárias (mais seguras e baratas) ou secundárias ● Fontes primárias de dados: Documentos operacionais, relatórios contábeis, pesquisa de dados logísticos, pesquisa qualitativa (pessoas envolvidas). ● Organização dos dados: codificação do produto e codificação geográfica Codificação do produto: tecnologia para registrar operações de um produto pelo seu código. Exemplo: RFID Codificação geográfica: importante para distribuição física. Exemplos: CEP e latitude/longitude. Aula 20 - A configuração da rede logística I ● Rede Logística: conjunto de fornecedores, depósitos, CD’s e pontos de varejo, matérias-primas, estoques em processo e produtos acabados, que fluem entre diversas organizações. ● O gestor deve determinar: quantidade, localização e tamanho dos depósitos, método de alocação de cargas, e conexões entre clientes e produtos. ● Objetivo da rede logística: minimizar custos anuais ● Custos de Setup: custo de preparação para iniciar as operações ● Clientes podem ser agrupados pelo CEP, nível de serviço ou frequência da entrega. Itens podem ser agrupados por padrão de distribuição ou tipo de produto ● Previsão de demanda: Técnicas estatísticas como Variância, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação Quanto menor o CV, menor a variabilidade por unidade Aula 21 - A configuração da rede logística II ● Frota própria - Alocação de custos com transporte: custos anuais por caminhão, milhagem anual por caminhão, quantidade anual entregue, capacidade efetiva do caminhão. ● SKU - STOCK KEEPING UNIT - Uma unidade estocada de produto acabado. ● Frota terceirizada - Modos de transporte: Carga do caminhão (CC) Pequenas remessas (PR) ● Carga do caminhão: entregas por regiões com tabela de custos para cada região. Exemplo: Custo do ponto A para B é diferente do ponto B para A, pois um ponto pode ser produtor e o outro apenas o destino final, o que faz o veículo voltar vazio ● Pequenas remessas: tarifas por categoria, especiais e gerais Categoria: valores padrão por tipo de produto. Fatores: densidade, dificuldade/facilidade de manuseio e transporte, responsabilidade por danos. Especiais e Gerais: mais baratas (especiais) ou commodities (gerais). ● TRANSPORTE: maior parcela de custo logístico (de ⅓ a ⅔ ) ● Decisões: estratégicas, táticas e operacionais Estratégicas: longo prazo - definição de rede logística, modais ou propriedade da frota Táticas: médio prazo - seleção/contratação de transportadores, planejamento do transporte, gestão sobre o transporte inbound, análise de fretes de retorno GESTÃO INBOUND - sistema de gestão de entrada GESTÃO OUTBOUND - sistema de gestão de chegada ● É comum as empresas definirem aspectos como contratação de transportadores apenas pelo fator preço, sendo que esse aspecto é frágil e pode gerar prejuízo para a empresa ● Planejamento dos transportes - estabelecimento de regras e premissas para os roteiros de entrega, adequando a frota ao nível de serviço, reduzindo custos ● Preços FOB - Free on Board - livre de seguros, fretes, etc. ● Análise de fretes de retorno: acompanhar os fluxos de transporte, para possível aproveitamento de veículos em trânsito de retorno (evitar envios desnecessários de veículos). ● Operacional - atividades cotidianas da empresa Programação dos transportes: roteirização, consolidação de cargas, escolha do tipo de veículo, emissão de documentos, tracking (rastreamento de cargas) e programação de carga e descarga. Outras atividades: auditoria de frete, monitoramento do nível de serviço e custo ● Capacidade real do depósito x fluxo anual de materiais Taxa de giro de estoque: fluxo total / taxa de giro anual = estoque médio Espaço necessário = 2 x estoque médio Cubagem: volume em m³ ● Localização de novos depósitos: Condições geográficas, infraestrutura, disponibilidade de recursos naturais e mão de obra, regulamentação local (atividade e tributos) e interesse público ● Não existe localização perfeita, mas sim aspectos que afetam mais ou afetam menos a atividade da empresa. A mesma deve escolher com cautela. ● Picking: coleta e separação de pedidos Planejamento de picking: área de picking, organização e tecnologias. Separação na área de picking: ocupa um espaço grande, exige grandes deslocamentos dos operadores. Mas é possível reduzir este tempo através de algoritmos que definem rotas de coleta, métodos alternativos de organização do trabalho, lógicas de endereçamento melhores, identificações claras e informações disponíveis. ● Grau de complexidade do picking: tamanho das unidades, número de pedidos, variedade de itens e intervalo de tempo para separação de itens. Unidades de separação: pallets, camadas de pallets, caixas, caixas fracionadas e separação de itens. ● Tipos de picking: discreto, por zona e por lote Picking discreto: operador coleta um pedido por vez, item por item Picking por lote: operador coleta um grupo de pedidos por vez Picking por zona: depósito subdividido por zonas, operadores vinculados a uma ***Picking por onda: coleta por período do dia ● Equipamentos de picking: Flow-rack, A-frame, Carrossel, Sistema de estocagem e coleta automáticos, ● Separação por radiofrequência, Picking by light Flow rack: caixas inseridas na parte traseira e coletada pela dianteira, onde a retirada de uma faz a próxima escorregar para o seu lugar por gravidade A-frame: sistema modular, baseado numa esteira, composta por vários canais, que vão armazenando os itens para coleta. Carrosséis: equipamentos rotacionais, verticais ou horizontais, que armazenam os itens para eliminar a necessidade de procura dos mesmos SIstemas de estocagem e coleta automáticos - miniloads: para unidades mais fracionadas, alto custo de implementação e manutenção, só operam com caixas, mas são precisos e velozes Separação por radiofrequência: terminal manual ou preso ao braço, que indica o endereço dos itens. Picking by light: esteiras rolantes, leitores óticos e sensores + flow-racks Aula 22 - A gestão do ciclo de pedidos ● O processamento do pedido é composto por diversas atividades incluídas no ciclo do pedido ou serviço. Ciclo do pedido - intervalo de tempo entre o pedido do cliente e o produto ou serviço entregue Etapas: preparação, transmissão, recebimento e expedição do pedido, relatório da situação do pedido. ● O tempo de conclusão de cada etapa dependerá do tipo de pedido. ● Preparação do pedido: inicia com a identificação da necessidade de aquisição de um produto ou serviço e termina com a seleção de potenciais fornecedores Identificação da necessidade: estímulos diversos podem provocar essa fase. ● Recursos de TIC na preparação de pedido: Códigos de barras Sites e marketplaces EDI - eletronic data interchange - pedidos disparados automaticamente no vendedor, quando o nível de estoque no comprador chega a certo ponto (computadores interligados) RFID - identificação porradiofrequência, que usam TAGs (dispositivos anexos aos itens e que transmitem informações). ● RFID - comunicação em tempo real, com base nos EPCs ou Código Eletrônico do Produto. A TAG é uma etiqueta inteligente. ● Transmissão do pedido: após decisão de aquisição dos produtos e após ter sido preparado o pedido. É a transferência dos documentos do pedido do ponto de origem até onde pode ser manuseado. ● Transmissão manual - funcionários ou correios levam ao ponto de atendimento, porém é lento e suscetível a erros (formulários de papel). Transmissão eletrônica - Recursos tecnológicos: sites, call centers, EDI, etc, é quase instantânea, confiável e precisa. ● Recebimento do pedido: diversas etapas - verificação das informações, conferência de disponibilidade em estoque, preparação da documentação do pedido ou cancelamento, verificação do crédito do cliente, transcrição das informações do pedido, faturamento. ● Atendimento dos pedidos - aquisição dos itens do pedido (retirada em estoque, produção ou compra), embalagem, programação do embarque para entrega, preparação da documentação para o embarque. ● É importante ter critérios de prioridade de embarque. Regras: > Primeiro pedido a ser recebido é o primeiro a ser processado > pedido com menor tempo de processamento deve ser priorizado > ordem de prioridade dos pedidos deve ser obedecida > pedidos menores e menos complexos devem ser priorizados > pedidos com menor prazo de entrega prometido devem ser priorizados > os pedidos com menos tempo restante até a data prometida de entrega devem ser priorizados ● Relatório da situação do pedido: acompanhar e localizar o pedido e informar o cliente sobre entrega e atrasos ● Problemas na gestão de pedidos: formais/ decisórios ou físicos percepções conflitantes entre clientes e fornecedores sobre o desempenho real do ciclo do pedido significativa variabilidade nos tempos de resposta do ciclo grandes flutuações de demanda ao longo do tempo de resposta do ciclo ● Percepções conflitantes: a forma como clientes e fornecedores enxergam o ciclo do pedido é diferente; para o fornecedor o ciclo começa depois e acaba antes, quando o produto é despachado. ● Variabilidade do tempo de resposta: descumprimendo de prazos e frustração de expectativas Principais causas: Atrasos na transmissão do pedido: métodos empregados ineficientes: papel e envio postal Demora na aprovação do crédito: há atraso quando é o financeiro que libera o crédito Demora na negociação de descontos: há atraso quando a liberação de descontos é centralizada ● Falta de visão sistêmica em estabelecer prioridades (estoques e produção) ● Indisponibilidade de estoques: falta de coordenação entre vendas, produção e transporte. ● Atrasos no transporte: quando não existe um processo planejado de roteirização ● Impossibilidade de realizar a entrega: erros de endereço, endereço inexistente, etc ● Flutuações da demanda: oscilações no volume dos pedidos Decorrem de: promoções, descontos por quantidade, desempenho de vendas por cotas mensais, movimentos especulativos de cliente e fatores sazonais. Aula 23 - A gestão do relacionamento com Provedores de Serviços Logísticos ● PSL (3PL) - empresa responsável por uma parcela da operação logística de outra empresa (terceirização). Só é vantagem terceirizar se criar valor. ● Economia de escala: custo médio do produto é menor com o aumento da produção. ● Operador Logístico - definição da ABL, FGV e ABML - fornecedor de serviços logísticos, que gerencia todas ou parte das atividades logísticas; competente para prestar serviços nas 3 áreas básicas: controle de estoque, armazenagem e gestão de transportes. ● Praticamente todas as empresa PSL no Brasil oferecem os serviços: Transporte rodoviário, aéreo, armazenagem, logística integrada, gestão de informações logísticas, controle e pagamentos de fretes e documentação. Em termos de contribuição para a receita, transporte e armazenagem são os mais importantes, e gerenciamento da cadeia de suprimentos em terceiro. ● Duas ameaças para as PSL no Brasil: alta carga tributária e péssimo estado das estradas ● Motivo principal para terceirizar no Brasil, Europa e EUA: redução de custos Motivo para China: melhorar o nível de serviço ao cliente (a China possui baixos custos em suas operações) ● Serviços oferecidos para terceirização: 10 atividades em 3 classes de serviços Classe 1 - Atividades básicas: transporte de suprimentos, de transferência, de distribuição, desembaraço aduaneiro (procedimentos administrativos para liberação de cargas nos postos aduaneiros). Classe 2 - Atividades intermediárias: armazenagem, milk run (planejamento de entregas) e gerenciamento de transporte multimodal. Classe 3 - Atividades sofisticadas: gestão de estoques, montagem de kits e projetos logísticos. ● Milk run - a cada dia são recolhidos os componentes de cada fornecedor, para entrega ao fabricante que usa aquele item de suprimento. ● Montagem de kits - Produção de embalagens especiais, para comportar um kit completo, agregando valor ao produto. Exemplo: 2 barbeadores + 3 refis. Esse serviço é terceirizado. ● Projetos logísticos: estudos e planos realizados por consultoria especializada ● Vantagens da terceirização: redução de custos e redução de ativos, foco em atividade-chave, flexibilidade, etc ● Desvantagens: possível perda de controle da operação, não acompanhar avanços tecnológicos do setor, risco de piorar performance operacional, etc ● Contratação de PSLs no Brasil: informalidade - indicações ou experiências anteriores bases potenciais de PSLs muito restritas (poucas opções) poucas empresas usam equipes multifuncionais para conduzir a terceirização executivo das empresas participa pouco das seleções de PSL Não é considerada uma decisão estratégica, apenas operacional ● Troca de PSL: má qualidade do serviço, contrata por preço e troca por qualidade Aula 24 - A coordenação e a programação do canal de suprimentos ● Projeto para a Produção (DFM Design for Manufacturing) ● Projetar uma cadeia de suprimentos é determinar a melhor forma de fornecer os produtos, empregando os processos de produção existentes ● Custos de transporte e estocagem = elementos críticos dos custos ● Componentes de um projeto logístico Transporte e embalagem econômicos - projetar produtos que possam ser embalados e armazenados de forma eficiente Processamento paralelo simultâneo - etapas realizadas ao mesmo tempo, ao invés de uma após a outra. Reduz o lead time da produção e custo do estoque Diferenciação do produto adiada ou retardada - mesmo quando não é possível reduzir mais ainda o lead time, ainda se pode obter vantagens no retardamento da finalização de um produto (postponement) ● O armazenamento eficiente reduz custos de estoque (exemplo: cadeiras que se encaixam) ● Modularidade/desacoplamento - manter separados os componentes do produto ● Postponement de tempo - processo de finalização do produto o mais perto possível do instante da entrega ● Postponement de forma - produtos sem marca, etiquetas e rótulos são adicionados quando o pedido é feito. Produtos com alta padronização e baixa customização ● Postponement de fabricação: etapas finais da fabricação serão concluídas somente quando o pedido for feito. ● Postponement de produto: produtos desenhados de acordo com uma lógica de módulos / componentes padronizados ● Postponement de processo - produção e distribuição permitem a diferenciação do produto no sentido da demanda final ● Conceitos para implementar a estratégia de adiamento: Ressequenciamento: mudar a ordem das etapas de fabricação Atributos comuns: uso de subcomponentes comuns aos produtos finais, e podem ser montados em um único processo de produção Modularidade: são tantos os atributos comuns que a diferenciação ocorre fora da fábrica ou CD, mas no varejista Padronização: substituir uma família de produtos por um produto padrão ● A integração dos fornecedores na fase do projeto do produto apresenta várias vantagens ● Graus de integração do fornecedor: Grau 1 - fornecedornão envolvido no projeto Grau 2 - Caixa Branca - informalidade, comprador apenas consulta o fornecedor Grau 3 - Caixa Cinza - integração formal, colaboração entre comprador e fornecedor Grau 4 - Caixa Preta - o fornecedor projeta e desenvolve o componente de forma independente ● Etapas para determinar o nível de integração: determinar competências centrais internas determinar desenvolvimentos atuais e futuros de novos produtos identificar as necessidades externas de desenvolvimento e produção ● Seleção de fornecedores: capacidade de produção tempo de resposta Aula 25 - Decisões de compras na Gestão Logística ● Just in Time - produção enxuta - Sistema Toyota - o produto certo, fabricado no momento certo, entregue no momento certo. Estoques mínimos, produção por demanda ● Coordenação eficiente entre produção, comercialização, compras e demais atividades da cadeia logística ● Técnicas para orientar a programação: Manutenção de estoques Planejamento das necessidades de materiais ● Planejamento das necessidades de materiais - PMP (Plano Mestre da Produção) - determina as metas específicas de produção ● PMP - formalização da programação de produção (necessidade de materiais e capacidade) ● Demanda independente - ocorre conforme o esperado ● Demanda dependente - itens vendidos como parte de outro produto, ou que resultem de decisões sob o controle da organização ● Para conceber o PMP, é preciso: Previsões - estimativas de produção Pedidos de clientes - minimizam excesso de produção ● JIT - Just in Time - Poucos fornecedores e transportadores Compartilhamento de informações entre compradores e fornecedores Produção, compra e transporte em pequena quantidade, níveis mínimos de estoques Eliminar incertezas ao longo da cadeia de suprimentos Metas de alta qualidade ● Kanban - sistema de controle da produção baseado em cartões KAN - aciona a produção de um item BAN - ordena a reposição de um item ● Neste sistema, a relação entre fornecedor e fabricante é estreita, há intensa cooperação para obter o desempenho desejado, tanto do produto quanto da logística associada ● Planejamento das Necessidades de Materiais - MRP - Materials Requirements Planning Método para programar peças especiais de alto valor, materiais e suprimentos, caso a demanda seja conhecida com certa precisão. SIstema de controle de inventário e de produção que busca a otimização, reduzindo custos e mantendo níveis de estoque adequados às necessidades da empresa ● O MRP aplicado à distribuição de produtos finais aos clientes chama-se Planejamento das Necessidades de Distribuição - DRP ● COMPRAS - aquisição de matérias-primas, suprimentos e componentes. ● Atividades da área de compras: Seleção de fornecedores Avaliação de desempenho de fornecedores Negociação de contratos Comparação de preços, qualidade e serviços Pesquisa de bens e serviços Previsão de mudança de preço Especificação de como os produtos devem ser recebidos ● Estratégias de redução de preço de fornecedores: Renegociação de contratos: a empresa exige redução de preço ou procura preços mais baixos Ajuda aos fornecedores: equipe de especialistas ajudam os fornecedores em diversas melhorias, que provocam redução de custos Pressão sobre fornecedores: reduções paulatinas nos preços, resultado de melhorias em suas gestões Reduzir o número de fornecedores: ganhos de escala com os que ficarem ● Questões principais de compras: Quanto e quando comprar Onde comprar Qual peso, tamanho e forma dos materiais na entrega Aula 26 - Estocagem e manuseio I ● Razões para estocagem: reduzir custos de transporte e produção Coordenar oferta e demanda assessorar no processo de produção Colaborar no processo de comercialização ● Funções da estocagem Guarda de produtos - acumulação de produtos ao longo do tempo Manuseio de materiais - carga, descarga, movimentação e separação ● Finalidade das instalações de estocagem Manutenção - proteção e manutenção dos estoques Consolidação - produtos de vários fontes são consolidados em cargas maiores, reduzindo custos Fracionamento - produtos fracionados em cargas menores Combinação de estoques - comprar de fabricantes diferentes para completar parte de sua linha de produtos ● 4 alternativas de estocagem Propriedade: espaço próprio e equipamentos Aluguel: espaço alugado Arrendamento: intermediário entre próprio e alugado Estocagem em trânsito: tempo que o produto permanece no equipamento de transporte ● Eficiência no manuseio de materiais: Unitização de carga: juntar cargas diversas, tornando em uma só (Pallet, container) Layout do espaço: gerenciar o espaço disponível de acordo com o giro de estoque Equipamento de estocagem:utilização integral do espaço e eficiência no manuseio Equipamento de movimentação: manual, misto e mecanizado > Manual - carrinhos, prateleiras com rodas > Misto - empilhadeira, guindastes, etc > Mecanizados - controlados por computadores ● Armazenagem virtual - o item é enviado do fornecedor direto para o cliente final Aula 27 - Estocagem e manuseio II ● Planejamento do projeto das instalações - decisões de longo prazo, competitividade, estocagem eficiente. Investimento alto, que demora anos para ser recuperado, porém se bem executado, produz benefícios por muitos anos também ● Break bulk - um fornecedor, vários clientes ● Cross dock - vários fornecedores ● O tamanho é o fator mais importante no projeto de uma instalação para depósito ● Os níveis de estoque são usados como principal determinante das necessidades de espaço. ● O depósito de transferência se limita apenas a receber e a despachar, fato que elimina a necessidade de atividades de estocagem e separação de pedidos, que são típicas de um depósito normal. ● O layout é muitas vezes intuitivamente baseado em quatro critérios: complementaridade, compatibilidade, popularidade e tamanho. Aula 28 - Logística e a Gestão da Qualidade ● Variabilidade na Logística - todo desempenho possui uma variação no resultado final ● Para melhorar a qualidade dos resultados, são empregadas técnicas estatísticas para identificar não conformidades ● Ciclo de atividade - Unidade básica de análise e controle do processo logístico, em todos os aspectos envolvidos com o processo logístico ● Eficiência - bom uso dos recursos Eficácia - atingir objetivos ● Ciclo de atividade da distribuição física: Transmissão do pedido ao fornecedor Processamento do pedido Carregamento, transporte e entrega ● Metas para qualidade dos processos: Garantir a consistência do serviço - reduzindo a variabilidade dos processos Reduzir a duração do ciclo de atividades - melhorando os processos ● Ferramentas da qualidade total para melhorar o serviço logístico: > Graus de sofisticação - básicas ou avançadas > Natureza de análise - análise de processos ou estatística ● Teorema Central do Limite Soma de variáveis aleatórias tendem a uma distribuição normal ● Ferramentos de qualidade total Brainstorming - tempestade de ideias Diagrama de causa e efeito - Espinha de peixe - Ishikawa - ferramenta de análise de processo que relaciona causas e efeitos (problemas). Histograma - gráfico de distribuição da frequência de um evento Análise de Pareto - como se distribuem as causas que acarretam o efeito principal Diagrama de Fluxo de Processo - apresenta de forma esquemática a sequência de atividades e decisões em um ciclo de atividades Gráfico de Controle/ Carta de Controle - monitora o grau de variabilidade de uma atividade ● Causas principais que são analisadas no diagrama de Ishikawa: Hardware - máquinas e afins Software - sistemas e afins Peopleware - recursos humanos e afins Ambiente externo - aspectos fora da empresa ● Gráfico de Controle Limite Superior de Controle - média das médias Limite Inferior de Controle - dependem do intervalo de confiança desejado Limite Central de Controle - dependem do intervalo de confiança desejado Aula 29 - Alianças estratégicas ● O ambiente atual é instável e competitivo, daí a necessidade de parcerias/alianças estratégicas ● Não é possível que uma empresa seja sempreeficaz no desempenho nos negócios. Por isso a necessidade de alianças, pois uma empresa pode oferecer o que a outra precisa e vice-versa. ● 4 formas de assegurar que a função logística do negócio seja executada: 1 - Atividades internas: a empresa pode desempenhar uma atividade usando os recursos que possui 2 - Aquisições: a empresa não possuindo recursos adequados, adquire outra empresa que os possui, porém sob o risco de diversos inconvenientes 3 - Transações de mercado: a empresa necessita de um serviço ou item e os adquire de outra empresa. Eficaz a curto prazo 4 - Alianças estratégicas: a empresa faz uma parceria de longo prazo com outras empresas, onde ganhos e riscos são compartilhados ● A aliança é apropriada quando: Agrega valor ao produto - reduz tempo de chegada, ou de distribuição, ou de reparo de um equipamento Melhora acesso aos mercados - melhor publicidade ou acesso a novos canais de mercado Fortalece as operações - melhores tempos de ciclo de pedidos e reduzem custos do sistema Adiciona capacidade tecnológica - tecnologia compartilhada proporciona novas competências Acentua o crescimento estratégico - concentram experiência e recursos para superação dessas barreiras e aproveitamento das oportunidades Potencializa as habilidades da organização - oportunidades de aprendizado Potencializa a capacidade financeira - aumenta o volume das receitas, reduz custo e compartilha riscos ● o gestor logístico deve se perguntar: como uma aliança pode ajudar ou prejudicar? ● Princípio de vantagens colaborativas: Colaboração é uma concorrência de forma diferente A harmonia não é a medida de sucesso mais importante Cooperação tem limites Aprender com os parceiros é importante ● as motivações de cada parceiro não precisam ser as mesmas, desde que cada um saiba a sua real motivação ● Tipos de alianças estratégicas: Logística Terceirizada - LT - empresa externa que cuida de parte ou toda a função logística Parcerias Varejista-Fornecedor (PVF) - cooperação entre fornecedor e varejista, exigência principal: sistemas de informação avançados (EDI) e confiança mútua Integração do Distribuidor (ID) - os distribuidores podem verificar os estoque um do outro, e isso depende de sistemas de informação avançados ● Logistica terceirizada Vantagens - foco nas forças essenciais, flexibilidade tecnológica, outras flexibilidades (geográfica, mao de obra, oferta de serviços) Desvantagens - perda de controle ● Comunicação eficaz é essencial para o sucesso da terceirização ● Parcerias Varejista-Fornecedor (PVF) Modelos Compartilhamento de informações - o fornecedor recebe os dados do Ponto de Venda (PDV) e ajustam a produção de acordo com as vendas reais do varejista Modelo de consignação - estoque gerenciado pelo fornecedor (VMR), o estoque pertence ao fornecedor até que sejam vendidos pelo varejista ● Estratégia de abastecimento contínuo - o fornecedor alimenta o estoque do varejista em intervalos de tempo pré-definidos ● Parcerias Varejista-Fornecedor (PVF) Aula 30 - Sistemas de apoio à decisão para Gestão de Cadeias de Suprimentos ● Gestão da Cadeia de Suprimentos - SCM - Supply Chain Management Sistema pelo qual as empresas entregam seus serviços e produtos aos consumidores, numa rede de organizações interligadas, que operam por meio de fluxos de informações. ● Logística - considera menos etapas do fluxo Cadeia de Suprimentos - considera o fluxo total com múltiplas etapas ● os sistemas de informação se tornam peça essencial para o sucesso da gestão de cadeia de suprimentos, que depende de integração de informações ● Sistemas de informações: transformam dados em informações, e depois em conhecimento ● Processo para solução de problemas (para situações rotineiras) Definição da situação problema Categorização do problema Tratamento da situação problema Obtenção e avaliação de soluções Escolha de uma solução ● Para problemas mais complexos, foi desenvolvido os SAD - Sistemas de Apoio à Decisão ● SIstemas de Apoio a Decisao - sistemas de informações baseados em computador, que combinam modelos e dados (DDS), é mais uma abordagem do que é um método específico ● Atributos de um SAD Apoia a tomada de decisão em todos os niveis Apoia multiplas decisoes Apoia todas as fases do processo decisório Admite adaptações pelo usuário Promove o aprendizado Permite a realização de análises de sensibilidade ● SIGE - SIstemas Integrados de Gestão Empresarial Sistemas ERP - promovem a integração, consolidação e aglutinação de informações ● Efeito chicote ou Forrester Fruto de uma previsão incorreta da demanda, os gestores tomam decisões individuais, que geram estoques ociosos, e vai piorando cada vez mais na cadeia ●