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Lariss� Fernande� - Nu� 22 Proteína� Macromolécula cuja unidade estrutural são os aminoácidos. ● Classificaçã� d� aminoácid��: - Dispensáveis/ Não Essenciais → aqueles que o organismo consegue sintetizar - Indispensáveis/Essenciais → aqueles que o organismo não consegue produzir (ou é sintetizado em quantidade insuficiente) e deve fazer parte da dieta - Condicionalmente indispensáveis → são aqueles que requerem consumo maior do que a capacidade de produção do organismo - tendem a diminuir durante a infância ou em condições de saúde, como doenças, lesões ou pós-cirúrgico. INDISPENSÁVEIS DISPENSÁVEIS CONDICIONALMENTE INDISPENSÁVEIS Valina Alanina Arginina Leucina Ácido aspártico Cisteína Isoleucina Asparagina Glutamina Triptofano Ácido glutâmico Glicina Treonina Serina Prolina Fenilalanina Tirosina Metionina INDISPENSÁVEIS DISPENSÁVEIS CONDICIONALMENTE INDISPENSÁVEIS Lisina Histidina ● Classificaçã� da� Proteína�: Com base na composição de aminoácidos - Completas → proteínas que possuem todos os nove aminoácidos considerados essenciais/indispensáveis - encontrados em carnes, ovos, leite e derivados - Incompletas → apresentam deficiência de um ou mais aminoácidos essenciais * Aminoácido limitante: é aquele aminoácido essencial em menor teor na proteína ofertada - proteínas de origem vegetal (lisina no arroz; metionina no feijão) Com base na composição da sua estrutura - Simples → por hidrólise, fornecem apenas aminoácidos. Podem ser: Fibrosa: cadeias polipeptídicas em arranjo paralelo Globulares: cadeias polipeptídicas enoveladas - Conjugada → proteínas combinadas com um grupo prostético ● Desnaturaçã� protéic�: É um processo que não culmina na quebra/clivagem da ligação peptídica da proteína, mas sim, na mudança na conformação (em termos tridimensionais) da sua estrutura quaternária, terciária ou secundária. → afeta parâmetros de digestibilidade Pode ocorrer por agentes físicos (temperatura) ou por agentes químicos (pH ácido) Efeitos negativos → perda de funcionalidade; perda de solubilidade Efeitos positivos → pode aumentar a digestibilidade ● Digestã�: Para ocorrer o processo digestivo, as ligações peptídicas devem ser quebradas. Apenas ação mecânica na boca que facilita o processo de digestão Início no estômago (10 a 15% das proteínas são digeridas no estômago) → distensão do órgão estimula a secreção de gastrina, pelas células G → estímulo à secreção de HCl pelas células parietais O ambiente ácido proporcionado pelo HCl já desnatura algumas proteínas e ativa o pepsinogênio (convertido em pepsina), secretado pelas células principais. A pepsina é uma enzima digestiva proteolítica, gerando peptídeos menores → seu pH ótimo é no estômago (no duodeno, o pH é 6,5, de modo que não há continuidade da ação da pepsina) A maior parte da digestão proteica ocorre no intestino Secreção de enzimas pancreáticas: Endopeptidases e Exopeptidases - Endopeptidases → tripsina, quimotripsina e elastase → atuam nas ligações internas do peptídeos; clivam as ligações na parte central/interior da cadeia polipeptídica, liberando peptídeos menores → não conseguem liberar aminoácidos livres - Exopeptidases → atuam nas extremidades (carboxipeptidase ou aminopeptidase) → libera aminoácidos livres Chegada de proteínas parcialmente digeridas, peptídeos e aminoácidos livres (quimo) no intestino → estimulam a secreção de enteroquinase/enteropeptidase pela mucosa intestinal → Converte o tripsinogênio em tripsina ativa (advindo do pâncreas) → ativa outras enzimas proteolíticas, além de digerir proteínas. Também controla a secreção pancreática (tripsina em excesso sinaliza o pâncreas a interromper a liberação de tripsinogênio) As microvilosidades também produzem peptidases (aminopolipeptidases e dipeptidases) que fazem a hidrólise e liberam tripeptídeos, dipeptídeos e alguns aminoácidos Di e Tripeptídeos transportam-se para o interior dos enterócitos com o auxílio da proteína transportadora PEPT1, acoplado ao hidrogênio → nos enterócitos, há mais peptidases para finalizar a digestão de di e tripeptídeos Os aminoácidos livres transportam-se para o interior dos enterócitos acoplados ao sódio ● A�sorçã� Os aminoácidos devem sair dos enterócitos, entrar na corrente sanguínea e seguir para o fígado, a fim de serem distribuídos para outros tecidos A maioria é transporte dependente de Na Do fígado, os aminoácidos podem seguir duas rotas: anabólica (síntese de proteínas) ou catabólica (degradação) → a depender do suprimento de aminoácidos pela dieta, necessidade do organismo, controle hormonal Não existe reserva de aminoácidos. O excesso, ou será excretado, ou será direcionado para outras vias metabólicas. - Pool → conjunto de aminoácidos livres presentes na circulação geral de todo o organismo – advindos da dieta, da quebra de proteínas, síntese de aminoácidos dispensáveis - Turnover protéico - contínuo estado de síntese e degradação de proteínas (mucosa intestinal, proteínas plasmáticas apresentam elevado turnover protéico), necessário para manter o pool metabólico para atender as demandas do indivíduo ● Metabolism� d� aminoácid�� Os aminoácidos podem ser direcionados para diversas vias, podendo ser: constituintes de proteínas, precursores de moléculas biológicas (convertido em piruvato, oxaloacetato ou alfacetoglutarato) → síntese de glicose ou de ácidos graxos, degradados No fígado, acontece o metabolismo de 6 dos 9 aminoácidos essenciais e o músculo é responsável pela metabolização do restante. → Separação do grupo amina do esqueleto carbônico (processo de catabolismo) - Transaminação → transferência reversível do grupamento amino para moléculas intermediárias do metabolismo glicídico (piruvato, oxaloacetato ou alfacetoglutarato) - há uma formação de um novo aminoácido; reação catalisada por aminotransferases * Oxaloacetato + NH4 = Aspartato * Alfacetoglutarato + NH4 = Glutamato → receptor mais comum * Piruvato + NH4 = Alanina - Desaminação → o nitrogênio do novo aminoácido formado é eliminado, tendo a formação de amônia e liberação do esqueleto carbônico O esqueleto carbônico pode ser oxidado diretamente a CO2 e H2O para a produção de ATP, síntese de glicose e ácidos graxos, formação de corpos cetônicos → a depender da natureza dos aminoácidos - Glicogênicos → utilizados no metabolismo da glicose, sendo convertidos em piruvato ou outros intermediários da síntese de glicose - Cetogênicos → culminam na produção de Acetil-CoA, precursor dos corpos cetônicos. Ex.: leucina * A separação da natureza dos aminoácidos não é tão rígida, pois alguns aminoácidos podem ser tanto glicogênicos quanto cetogênicos O grupo amino pode formar outras proteínas e outros compostos não protéicos ou também poderá ser excretado como amônia (substância tóxica) no Ciclo da Ureia → a ureia é principal produto de excreção do grupo amino * Em alguns tecidos, o glutamato combina-se com a amônia, formando glutamina → pode ser transportada pela corrente sanguínea até o fígado * Outra forma de transporte é mediante o ciclo glicose-alanina → o glutamato transfere seu grupo alfa-amino para o piruvato, por meio de uma transaminase, liberando alfacetoglutarato e formando a alanina, atravessando as membranas e sendo transportada pela corrente sanguínea ● Cicl� d� Urei� Na mitocôndria, a amônia é convertida em carbamoil-fosfato. A carbamoil-fosfato, por sua vez, se combina com a ornitina, que possui uma proteína carreadora para entrar na mitocôndria. A combinação dessas substâncias resulta na liberação de citrulina, que passará para o citoplasma a partir da sua carreadora específica. Agora, no citosol, a citrulina combina-se com o nitrogênio do aspartato e forma argininosuccinato. O argininosuccinato é hidrolisado, liberando fumarato, que poderá entrar no CAC, e arginina. A arginina, então, se decompõe em ornitina e ureia. A ornitina retorna à mitocôndria para dar início ao ciclo da ureia novamente e a ureia será excretada pela urina.
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