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Nome: Vinicyus dos Santos Dantas RA: 00309707 Curso: Direito / 5º Semestre Campus: Augusta / Noturno TRABALHO DE TEORIA GERAL DO DELITO 2023.01 Professora Lilian Barçalobre Manoel ORIENTAÇÕES: 1. O trabalho deve ser desenvolvido de acordo com as temáticas e bibliografias indicadas. 2. O trabalho deve ser entregue conforme indicado pela professora, deverá ser digitado e respeitando as normas da ABNT e normas gerais de formatação. 3. O trabalho deve ser postado no link disponibilizado no CANVAS em TAREFAS impreterivelmente até o dia 16 abril de 2023. 4. O aluno será avaliado pelo conteúdo apresentado, seu trabalho valerá até 2 PONTOS. DISCIPLINA – TEORIA GERAL DO DELITO Trata-se do conhecimento e compreensão dos princípios norteadores que foram abordados pela obra “Dos Delitos e das Penas” escrito pelo Marques de Beccaria no século XVII. Neste trabalho vamos conhecer e compreender melhor o “nascimento” das leis, das penas, a necessidade de tutelar os nossos maiores bens jurídicos, como a vida, a liberdade e de tratar dos principios da igualdade, proporcionalidade e a razoabilidade. Leia o livro do Marques de Bonesana e desenvolva textos sobre os seguintes itens. 1. A interpretação das leis, a obscuridade das leis. Beccaria foi o autor do livro chamado "Dos Delitos e das Penas" no século XVIII. Ele defendia que as leis devem ser claras e justas para todas as pessoas e que os juízes devem aplicá-las de forma correta. Isso é importante para proteger nossos direitos mais importantes, como a vida e a liberdade. Ele também acreditava que as leis não devem ser difíceis de entender. Se as leis forem confusas, os juízes podem interpretá-las de forma errada, o que pode ser injusto. Ele pensava que as leis devem ser interpretadas exatamente como estão escritas, sem mudar o sentido das palavras. Sendo assim achava que as leis devem ser claras e justas para todos entenderem, e os juízes devem aplicá-las corretamente. Isso ajuda a proteger nossos direitos e garantir que todos sejam tratados igualmente perante a lei. 2. A proporção entre os crimes e as penas aplicadas, bem como o grau da pena. Beccaria acreditava que as penas aplicadas pelos crimes cometidos devem ser justas e proporcionais. Isso significa que as punições não devem ser excessivas ou cruéis, mas sim adequadas para cada caso específico. Considerava que o grau da pena deve levar em conta não apenas a gravidade do crime, mas também a idade, a saúde e o estado mental do criminoso criticava a aplicação de torturas e penas cruéis, que não eram eficazes para prevenir o crime e apenas causavam sofrimento desnecessário aos criminosos. Dizia que as penas devem ser justas e proporcionais aos crimes cometidos, e que a aplicação das penas deve levar em conta as circunstâncias individuais de cada caso. Ele também se opunha às práticas de tortura e penas cruéis. 3. Os crimes de honra e dos duelos. Criticava as práticas de crimes de honra e duelos, que eram comuns na época. Ele acreditava que essas práticas eram injustificáveis e que as pessoas deveriam resolver seus conflitos de forma pacífica e legal, sem colocar suas vidas em risco e condenava essas práticas por serem perigosas, bárbaras e sem sentido. 4. Os crimes que perturbam a tranquilidade pública e as possíveis medidas que poderiam ser aplicadas. Na obra falou sobre os crimes que prejudicam a tranquilidade pública e sugeriu medidas para preveni- los. Ele defendia que o Estado deveria ter uma polícia bem treinada e equipada para agir rapidamente contra a violência e a desordem, também sugeria que houvesse punições severas para os criminosos e que o Estado investisse em educação para prevenir a criminalidade. Para Beccaria acreditava que a prevenção desses crimes era importante para a segurança e o bem- estar da sociedade. 5. O objetivo das penas e a credibilidade das testemunhas. Ele defendia que o objetivo das penas deveria ser a prevenção do crime, e não a vingança ou a retribuição pelo ato criminoso e que as penas deveriam ser proporcionais ao crime cometido e que a sua finalidade seria a de dissuadir outros de cometerem delitos semelhantes. Beccaria também destacava a importância da credibilidade das testemunhas no processo criminal. Ele acreditava que a justiça só poderia ser feita se as testemunhas fossem consideradas confiáveis e imparciais, sugeria que as testemunhas fossem cuidadosamente interrogadas e que suas declarações fossem avaliadas de forma criteriosa, a fim de evitar falsas acusações e garantir que os culpados fossem punidos e os inocentes fossem absolvidos. Por fim dizia que o objetivo das penas deveria ser a prevenção do crime, e que a credibilidade das testemunhas era essencial para garantir a justiça no processo criminal. 6. As acusações secretas e das torturas aplicadas. Segundo Beccaria, as acusações secretas impedem o acusado de saber quem o acusa e do que ele está sendo acusado, o que pode levar a acusações falsas e injustiças. Ele defendia que o acusado deveria ter o direito de saber quem o acusa e de ter acesso às evidências que o incriminam. Ele se opunha às torturas aplicadas no processo criminal, argumentando que elas eram ineficazes para obter confissões verdadeiras e muitas vezes levavam a falsas confissões. Ele considerava as torturas cruéis e desumanas, violando a dignidade e a integridade física e moral do indivíduo. Era contrário às acusações secretas e às torturas aplicadas no processo criminal, defendendo que o acusado deveria ter o direito de saber quem o acusa e de ter acesso às evidências e que as torturas eram ineficazes, cruéis e violadoras dos direitos humanos. 7. As penas aplicadas aos nobres, as penas da infâmia como punição. Beccaria argumentava que os nobres não deveriam receber tratamento diferenciado em relação às penas aplicadas. Para ele, a lei deveria ser igual para todos os cidadãos, independentemente de sua posição social, defendia que as penas aplicadas deveriam ser proporcionais ao delito cometido, sem favorecimentos ou privilégios. Além disso, também defendia a utilização das penas da infâmia como punição, pois elas eram menos cruéis do que a pena de morte e permitiam que o indivíduo continuasse a contribuir para a sociedade. As penas da infâmia incluíam a exposição pública em locais de punição, como praças, e a perda de direitos políticos e sociais. Por esses motivos era contrário à aplicação de penas diferenciadas para nobres e defendia a igualdade de tratamento perante a lei. Ele também propunha o uso de penas da infâmia como alternativa à pena de morte, argumentando que elas eram menos cruéis e permitiam que o indivíduo continuasse a contribuir para a sociedade. 8. Pena de banimento, confisco e da brandura das penas. Discutiu sobre a pena de banimento e confisco, argumentando que elas eram ineficazes e injustas. Ele defendia a ideia de que as penas deveriam ser brandas e proporcionais ao crime cometido. Além disso, afirmava que as penas deveriam ter um caráter educativo e reabilitador, e não apenas retributivo. Ele também criticava a utilização da tortura como método de obtenção de provas, defendendo a ideia de que a verdade deve ser obtida de forma legítima. 9. Das recompensas, da educação e do perdão. Beccaria defendia que as recompensas deveriam ser utilizadas como incentivo para a prática de boas ações, em vez de se basearem apenas na punição por más condutas. Ele também enfatizava a importância da educação como meio de prevenção do crime, argumentando que a educação deveria ser acessível a todos os indivíduos. Quanto ao perdão, acreditava que ele deveria ser concedido em casos especiais, quando a pena aplicadafosse considerada desproporcional ou quando o criminoso demonstrasse arrependimento e mudança de comportamento. No entanto, ele ressalta que o perdão não deveria ser utilizado de forma arbitrária ou para favorecer indivíduos influentes. Portanto, defendia que as recompensas deveriam ser utilizadas para incentivar comportamentos positivos, a educação deveria ser acessível a todos e o perdão deveria ser concedido em casos especiais e não de forma arbitrária. 10. Os princípios da precedência e suas consequências pelas ideias expostas por Beccaria. Ele argumenta que as leis devem ser claras e precisas para evitar a arbitrariedade na aplicação das penas, e que a precedência deve ser utilizada para garantir a igualdade de tratamento entre os cidadãos. Para ele a aplicação da lei deve ser baseada em evidências sólidas e em um processo justo e transparente, para evitar abusos e injustiças. Ele também enfatiza a importância de se estabelecer limites claros para as penas, evitando a imposição de penas excessivas ou desproporcionais. Beccaria acreditava que a aplicação da lei deveria ser baseada no princípio da precedência, em evidências sólidas e em um processo justo e transparente, e que as penas deveriam ser proporcionais e não excessivas. 11. De sua opinião quanto ao trabalho desenvolvido na obra de Cesare Beccaria. Ele foi um dos primeiros a questionar a eficácia e a legitimidade das punições cruéis e desumanas que eram comuns na época. Além disso, ele defendeu a ideia de que a pena deveria ser proporcional ao crime e que a justiça deveria ser aplicada de forma igual para todos, independentemente da posição social ou riqueza. Suas ideias tiveram uma grande influência na reforma das leis criminais em várias escolas. Seus princípios de justiça e humanidade na aplicação da lei foram incorporados em muitas constituições modernas e na legislação criminal. Sua obra continua muito atual, sendo ela matéria de estudos e aplicação até atualmente.
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