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100 Exercícios de Escrita Criativa Vol. 1 - Iniciantes - Mário Falcão

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Prévia do material em texto

Mário Falcão
 
100 EXERCÍCIOS DE ESCRITA
CRIATIVA
Volume 1 – iniciantes
 
 
 
 
 
São Paulo
2017
 
 
 
 
EDITORA STIEG
 
 
 
 
E ste é um manual de exercícios para quem gosta de
escrever e quer melhorar a qualidade do texto com
foco na ficção. Funciona como uma oficina literária.
O “volume 1” é a versão para iniciantes, um
ponto de partida para quem quer melhorar o nível de
redação, contar histórias, escrever textos para
blogues e, talvez, um dia se tornar um profissional da
escrita.
Os exercícios servem para desbloquear e soltar a
imaginação, melhorar a percepção sobre o que é
descrito ou narrado, explorar a criatividade, criar
diálogos e experimentar a escrita literária.
Para chegar a um bom nível de qualidade é
preciso ler e escrever com frequência. A prática
constante e a técnica desenvolvem e aprimoram o
talento. O ideal é ter disciplina para trabalhar seu
texto todos os dias, tal como um atleta que se
prepara para disputar uma competição.
A sugestão é que você termine este livro em 100
dias. Um exercício de redação por dia.
Mostre seus textos para familiares, amigos e
professores. Eles serão os seus primeiros leitores e
poderão contribuir para o seu desenvolvimento.
Escrever bem pode parecer um mistério, mas é
igual a tudo o que a gente aprende na vida. À medida
que avançamos, adquirimos conhecimento, domínio
e chegamos a resultados que costumam ser
recompensadores.
Os exercícios de escrita e os textos deste manual
também ajudam quem quer se tornar um leitor mais
capaz de entender e apreciar as obras da literatura
do Brasil e do mundo.
Espero e desejo que você suba de nível e tenha
muito mais satisfação e prazer com a escrita criativa
e com a leitura.
 
O Autor
 
 
 
 
SUMÁRIO
 
EXERCÍCIOS, 4
FRASES DE ABERTURA, 12
UM ENREDO EM 3 ATOS, 23
3 OPÇÕES DE NARRADOR, 33
TÓPICOS PARA CRIAR UM PERSONAGEM, 44
12 PASSOS PARA ILUMINAR O SEU TEXTO, 52
2 SAÍDAS PARA O FIM DA HISTÓRIA, 60
O QUE LER? 71
 
BIBLIOGRAFIA, 72
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS
.      O que torna um pôr do sol perfeito? Faça uma lista.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      F aça uma lista de frases sobre o que aconteceu no seu
melhor Carnaval.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      E screva um texto a partir da frase: “Eu não entendo este
cachorro. Ele é totalmente pirado.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      E screva um texto a partir da frase: “É hoje. Meu coração
já começa a bater mais forte.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      E screva um texto a partir da frase: “Eu estava quase
dormindo quando ouvi um barulho na cozinha.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando escrevo, não penso na literatura: penso
em capturar coisas vivas.”
João Guimarães Rosa
.      F aça uma lista com frases ditas do começo ao fim de um
namoro. A sequência vai do flerte até a despedida.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      D escreva uma maçã usando apenas a visão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      F eche os olhos e descreva um abajur usando apenas o
tato.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.      D escreva os cheiros da cozinha de um restaurante.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  V ocê está no centro da cidade, à noite. Descreva os sons
do lugar.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“As pessoas conversam mais do que fazem. Não sou
escritor de botequim e, em literatura, ou se é
disciplinado ou pouco se cria.”
Luiz Ruffato
 
1.  V ocê experimenta um frango assado pela primeira vez.
Descreva o sabor e as texturas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  C onte como foi a viagem mais interessante e
inesquecível que você já fez.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  E screva uma carta para ser aberta daqui a 100 anos
contando o que a nossa geração fez com o planeta.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Assim como alguns jovens passam de quatro a cinco
horas por dia estudando piano ou violino, eu vivia
entre meus papéis e minhas canetas.”
Truman Capote
 
FRASE DE ABERTURA
A primeira frase de um conto ou de um romance é
fundamental. Ela tem a função de conquistar o leitor e
colocá-lo dentro da narrativa . Moby Dick , um clássico
escrito por Herman Melville, começa com uma simplicidade
irresistível:
“Me chame de Ismael.”
A frase estabelece uma ligação imediata com quem está
lendo e o convida a seguir em frente.
 
Veja outras 12 frases de abertura escritas por mestres do
texto:
 
“Quando eu era capelão de S. Francisco de Paula (contava
um padre velho) aconteceu-me uma aventura
extraordinária.”
Conto Entre santos , de Machado de Assis
 
“Ela dispunha de duas horas para ocultar os segredos de
sua vida.”
Romance Exclusiva , de Annalena McAfee
 
“Era um verão estranho, sufocante, o verão em que
eletrocutaram os Rosemberg, e eu não sabia o que estava
fazendo em Nova York.”
Romance A redoma de vidro , Sylvia Plath
 
“Da primeira vez em que pus os olhos em Terry Lennox ele
estava bêbado, num Rolls-Royce Silver Wraith, em frente ao
terraço do The Dancers.”
Romance policial O longo adeus , de Raymond Chandler
 
“A tristeza, a compreensão e a desigualdade de nível mental
do meu meio familiar agiram sobre mim de modo curioso:
deram-me anseios de inteligência.”
Romance Recordações do escrivão Isaías Caminha , de
Lima Barreto
 
“Às cinco daquela tarde de inverno tinha hora marcada com
o dr. Bentsen, outrora seu psicanalista e agora seu amante.”
Conto Mojave , de Truman Capote
 
“Tem gente que só se dá mal. Como é que eu posso
explicar?”
Conto Orgulho , de Alice Munro
 
“Ainda que viva cem, mil anos, não esquecerei aquele dia
em que, deitado no leito miserável da cela B 17, a porta se
abriu e dois soldados empurraram um corpo que logo se
estatelou no chão de ladrilhos.”
Novela Romance sem palavras , de Carlos Heitor Cony
 
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o
Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde
remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.”
Romance Cem anos de solidão , de Gabriel García
Márquez
 
“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos
intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado
num inseto monstruoso.”
A Metamorfose , de Franz Kafka
 
 
 
Muitos escritores escrevem o conto ou o capítulo todo e
depois voltam para reescrever a frase de abertura, e
trabalham bastante até que ela fique perfeita.
 
 
 
 
 
4.  E screva um texto criticando duramente o atual governo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  A gora, escreva um texto defendendo com firmeza esse
mesmo governo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  V ocê já foi vítima de bullying? O que aconteceu? Como
você superou isso?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  V ocê virou um morador de rua. E agora?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  O seu personagem está numa ilha deserta. Ele acredita
que não vai sobreviver e decide escrever uma carta de
despedida. Escreva a carta.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O que se escreve é reflexo de tudo: do que você
está lendo, fazendo, assistindo na televisão, dos seus
amigos, das suas experiências recentes, viagens,
tudo.”
Vanessa Barbara
 
9.  V ocê já se meteu em alguma confusão quando era
criança? O que aconteceu?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  C ada povo tem o governo que merece? Escreva usando
as técnicas de dissertação que você conhece.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  P or que algumas pessoas fazem sucesso e outras se dão
mal?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  C ria a letra de uma música.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  E screva uma história que termine com a frase: “Assim
caminha a humanidade”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Faço anotações o tempo inteiro. Quem não anda
com seu bloco no bolso? Anoto frases ouvidase lidas.
Ideias que me surgem de repente no cinema, na rua,
no bar, na cama.”
Ignácio de Loyola Brandão
 
4.  V ocê está num reality show e tem que convencer o
público que não deve ser eliminado. O que você diz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  E screva uma carta de amigo-para-amigo ao presidente
Donald Trump.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  E screva uma carta com um pedido de emprego.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  V ocê foi eleito o prefeito de sua cidade. Descreva o seu
primeiro dia de trabalho.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  O narrador compra um casaco antigo numa loja de roupas
usadas. No bolso há uma carta de amor. Quem escreveu a
carta? Para quem? Transcreva a carta.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O mais importante: fica alerta o quanto puderes,
cuida, sua, reescreve pela quinta vez, corta etc.”
Anton Tchékhov
 
UM ENREDO EM 3 ATOS
O texto de um romance ou de uma novela, em geral,
tem começo, meio e fim. Poderíamos desdobrar a estrutura
em três atos: 1) introdução e desafio; 2) peripécias e
conflitos; 3) clímax e encerramento.
Veja um exemplo de trama para uma novela policial:
1. Introdução : abertura na cena do crime. Um corpo é
encontrado na biblioteca, mas não sabemos quem é o
criminoso nem onde foi parar a arma. Nós temos aí algo que
quebra a rotina e precisa de uma solução. É um desafio , o
problema a ser resolvido. O detetive entra em cena. Os
personagens principais também;
2. Peripécias e conflitos . O detetive encarregado em
desvendar o caso será o nosso herói, o protagonista. Ele vai
seguir pistas, investigar suspeitos e montar o quebra-
cabeças que vai levar à captura do verdadeiro criminoso. O
vilão é o antagonista, e faz de tudo para não ser pego.
Nesse caminho há conflitos, pistas falsas, reviravoltas, tiros,
dramas e aventuras;
3. Chega o momento do clímax , a grande cena em
que tudo pode acontecer. O detetive sabe quem é o
assassino e se lança ao desafio de prendê-lo. É a batalha
final. Felizmente, no mundo da ficção, o autor pode fazer
com que tudo dê certo e o mocinho prenda o bandido;
No encerramento , ficamos sabendo mais detalhes
sobre o motivo do crime e as circunstâncias em que tudo
aconteceu. O culpado vai para a cadeia ou foge. O detetive
tem seu trabalho reconhecido e se houver uma mocinha
nessa história, eles podem ficar juntos.
Esse é um modelo que funciona, mas as possibilidades
narrativas são infinitas. Cada autor escolhe como quer criar
a sua história, onde, em que época, e se ela vai ter um herói
ou não.
Um roteiro prévio com começo, pontos de virada,
clímax e desfecho, ajuda muito a tornar a história
consistente. Alguns autores planejam cada etapa do
romance e já sabem, antes mesmo de começar a escrever,
o que vai acontecer em cada capítulo e como a história
termina. Quem sabe aonde quer chegar tem um percurso
mais confortável do que àqueles que partem no escuro, sem
saber o que vai acontecer.
Mais uma sugestão: horário e disciplina para escrever.
Dessa forma, você mantém a história viva na sua cabeça e
termina o livro. Eu escrevo todos os dias, assim que acordo,
durante duas horas e meia. Só depois vou cuidar das
minhas outras atividades e compromissos. As ideias que
pipocam durante o dia, anoto num Moleskine.
 
 
 
9.  F eche os olhos e imagine você mesmo daqui a 10 anos.
Conte como é a sua vida lá.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  Q ual foi o maior susto da sua vida? Como a história
terminou?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  V ocê encontra 10 mil dólares numa sacola esquecida no
banheiro de um shopping. O que você faz? Como a história
termina?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  E screva uma notícia para o jornal da sua cidade. O título
é: “Chupa-cabras ataca de novo”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  C omente a frase de Peter Ducker: “A melhor maneira de
prever o futuro é construi-lo.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.  C omente a frase de John F. Kennedy: “A melhor estrada
para o progresso é a estrada da liberdade.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  C rie um diálogo entre dois aposentados sentados num
banco de praça. Inclua na conversa a frase de Machado de
Assis: “Mas o que é a vida senão uma combinação de astros
e poços, enlevos e precipícios?”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sempre me detenho numa frase até concluir que me
falta disposição ou capacidade de melhorá-la, e, ato
contínuo, passo para a seguinte, e depois para a
outra.”
Gay Talese
 
6.  C onte uma história que contenha as seguintes palavras:
cabana, frio, faca e lobo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  C onte um caso de amor que termina bem.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  A gora, conte o mesmo caso de amor, mas nesta nova
versão ele termina mal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  D urante a noite, os bonecos de um parque de diversões
ganham vida. Escreva o diálogo entre eles.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Flaubert tinha uma teoria sobre estilo: a do ‘mot
juste’. A palavra certa era aquela – única – capaz de
expressar cabalmente uma ideia. A obrigação do
escritor era encontrá-la. Como saber que a
encontrara? Seu ouvido lhe dizia: a palavra era certa
quando soava bem.”
Mario Vargas Llosa
 
0.  E screva a partir da seguinte introdução: “Era uma noite
chuvosa de sexta-feira. Um vulto sinistro pulou o muro e
escapou do manicômio. Era um homem. Ele caminhou em
direção à... (continue)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  V ocê entra na máquina do tempo e vai parar em 2118.
Como é a vida no futuro?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 OPÇÕES DE NARRADOR
O escritor/autor é uma pessoa real. O narrador da
história pode ser alguém inventado. Explico: eu posso narrar
como se fosse um velho contando suas memórias ou um
menino em seu primeiro dia de aula ou como se fosse uma
mulher descrevendo sua experiência no mundo dos
negócios, entre inúmeras outras possibilidades.
Há um ponto de vista a ser definido.
)          O narrador pode contar uma história que aconteceu com
ele próprio. Ele é um personagem. Nesse caso, o texto será
escrito em primeira pessoa (“Eu estava no prédio e ouvi a
explosão”).
)          O narrador pode ser alguém que conhece a história. Ele
conta, o que viu e ouviu, em terceira pessoa (“Fulano estava
no prédio e disse que ouviu a explosão”).
)      O narrador pode ser alguém que conhece a história toda e
sabe de tudo, está em todos os lugares, lê todas as mentes,
enfim, é um “deus”. É o narrador onisciente. O texto é
escrito em terceira pessoa (“Fulano estava no prédio e ouviu
a explosão. Ele teve medo, pensou em correr, mas decidiu
ficar e ajudar as vítimas”).
O autor também pode adotar o estilo livre e narrar uma
parte da história em primeira pessoa e outra parte em
terceira pessoa. É o que faz o autor de novelas policiais
Harlan Coben no livro “Não conte a ninguém”. O
personagem principal, o doutor David Beck, narra sua
própria história. Nas cenas em que ele não aparece quem
assume é o narrador onisciente.
 
 
 
NARRADOR NEUTRO X NARRADOR PARTICIPANTE
O narrador pode apenas relatar os fatos, tal como um
jornalista faz ao escrever uma notícia para ser publicada
num jornal. Porém, na ficção a liberdade é total e o narrador
pode se intrometer na história dos outros, dar palpites,
emitir opiniões, revelar seus sentimentos, se dirigir ao leitor,
fazer considerações sobre o processo de escrita e muito
mais. Eu separei dois trechos de dois autores, como
exemplos de voz narrativa:
 
“Imagine a leitora que está em 1813, na Igreja do Carmo,
ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo o
recreio público e a arte musical. Sabem o que é uma missa
cantada; podem imaginar o que seria umamissa cantada
daqueles anos remotos.”
Conto “Cantiga de esponsais”, de Machado de Assis
 
“Era um verão estranho, sufocante, o verão em que
eletrocutaram os Rosenberg, e eu não sabia o que estava
fazendo em Nova York. Tenho um problema com execuções.
A ideia de ser eletrocutada me deixa doente, e os jornais
falavam no assunto sem parar – manchetes feito olhos
arregalados me espiando em cada esquina, na entrada de
cada estação de metrô, com seu bafo bolorento de
amendoim. Eu não tinha nada a ver com aquilo, mas não
conseguia parar de pensar em como seria acabar queimada
viva até os nervos.”
“A Redoma de Vidro”, de Sylvia Plath
 
2.  E xiste racismo no Brasil? Explique.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  Q ual foi o seu sonho mais estranho?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.  I magine que você e seu melhor amigo se perderam
numa floresta. Qual é a estratégia para sobreviver? Como a
história termina?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  E screva uma história que termine com a frase de
Machado de Assis: “Não é em terra que se fazem os
marinheiros, mas no oceano, encarando a tempestade.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  V ocê acorda de manhã e percebe que se transformou
num cachorro. O que acontece? Conte o seu dia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“De certo que eu amava a língua. Apenas, não a amo
como a mãe severa, mas como a bela amante e
companheira.”
João Guimarães Rosa
 
7.  E screva um diálogo entre um gato e um peixe de
aquário.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  E screva um diálogo entre o telefone fixo e o celular.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  D escreva o banheiro da sua casa. A torneira a pia está
pingando.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  D escreva a padaria do seu bairro. Acabou de sair uma
fornada de pão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  V ocê ganhou na Mega-Sena acumulada. O que você faz
da sua vida?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  V ocê está num hotel com fama de mal-assombrado e
acorda com barulhos que vem do corredor. Descreva a
cena? Como a história termina?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  V ocê passa um dia trabalhando num depósito de lixo.
Conte como foi a experiência. O que aconteceu de mais
interessante?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O fascínio permanente de (Sherlock) Holmes provém
também da ambientação e da atmosfera das
histórias. Entramos naquele mundo vitoriano de fog e
luz de gás, o tilintar das rédeas dos cavalos, o
crepitar das rodas nas pedras do calçamento e a
sombra de uma mulher encoberta subindo a escada
daquele claustrofóbico santuário da Baker Street,
221B.”
P.D. James
 
4.  O dinheiro compra a liberdade? Comece o texto com uma
tese de abertura, desenvolva alguns argumentos e termine
com a conclusão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  O que é legal no seu programa de TV favorito? Por quê?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  C omente a frase: “O segredo do casamento é abrir bem
os olhos antes, e fechá-los um pouquinho, depois.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  O personagem da sua história faz um pedido para o gênio
da lâmpada e o desejo é atendido. Porém, dá tudo errado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS PARA CRIAR UM PERSONAGEM
Muitos escritores preenchem uma ficha técnica para a
construção do personagem. Veja alguns exemplos do que
costuma entrar na ficha. 
nome 
cidade onde nasceu
onde mora atualmente
como é a casa dele
idade
altura
peso
estado de saúde
aparência física
como se veste
profissão
estado civil
família
situação financeira
coisas que gosta de fazer
comidas preferidas
características de personalidade
o que ele quer mais do que qualquer outra coisa (motivação
dentro da história)
um segredo do passado
Você pode continuar a lista do jeito que quiser. O
importante é que o personagem seja consistente e se torne
verossímil.
Outra técnica é escrever a história de cada personagem
antes de começar o livro. São estudos para construção de
personagens.
 
8.  C onte uma piada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  É o dia mais frio do ano e você sai de casa, a pé, às seis
da manhã para ir ao trabalho ou à escola. Descreva a
situação.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  V ocê acorda e a cidade está completamente deserta. A
população desapareceu. O que você faz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  V ocê conhece uma pessoa que tem pavor de peixe (não
pode nem ver). Conte o que acontece quando vocês
entram, por engano, numa peixaria.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  E screva um texto publicitário sobre o seu chocolate
preferido. Por que o consumidor deve comprá-lo?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  O personagem pode ficar invisível durante duas horas. A
história termina com uma surpresa.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.  Um homem joga uma bituca de cigarro na calçada, uma
moradora de rua a pega e dá uma tragada. Conte a história
de um jeito irônico.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Num romance o autor não é tão onipotente como se
pensa. Num determinado nível, é a história que
conduz o escritor. O autor pode até pensar: ‘Ah, eu
quero escrever um romance assim’. Mas, quando
começa a escrever é outra coisa.”
Fernanda Torres
 
5.  A lmoço de Natal. Crie um personagem que parece bom
no começo da história, mas termina como vilão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  O personagem volta no tempo e passa o dia na casa de
uma família no ano de 1900. Descreva esse dia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  E scolha um texto do autor que você mais admira e copie
um trecho no espaço abaixo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  V ocê olha pela janela e vê uma cena estranha numa das
janelas do apartamento do outro lado da rua. Parece um
assassinato. Descreva a cena. O que você faz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  V ocê está num museu e sua amiga quebra um valioso
vaso chinês da dinastia Ming. Ninguém viu. O que você faz?
Descreva a cena
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  O personagem tem 64 anos de idade. Ele volta no tempo
e conversa com ele mesmo quando tinha 20 anos de idade.
O que ele diz? Ele dá conselhos? Escreva em forma de
diálogo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 PASSOS PARA ILUMINAR O TEXTO
 
Os manuais de redação recomendam que o texto seja
claro, correto, preciso e atraente.
A linguagem coloquial facilita a comunicação, afinal o
texto é para ser entendido.
Frases na ordem direta (sujeito, verbo e complementos)
são a melhor escolha.
Corte as expressões muito batidas. Usar “o bom
velhinho” para falar do Papai Noel ou “soldado do fogo”
para o bombeiro são chavões que desmoralizam o texto.
Em vez de ficar explicando longamente como é o
personagem, mostre-o em ação. Um olhar torto pode dizer
mais do que parágrafos inteiros de análise psicológica.
A história precisa fazer sentido, com personagens
consistentes e uma trama bem amarrada.
Se o enredo for fraco ou se o texto estiver chato é
provável que o leitor perca o interesse e abandone a leitura.
Prepare algo saboroso, faça com que uma frase esteja
ligada à outra e espalhe algumas surpresas pelo caminho.
Leia em voz alta para saber se o texto cai bem nos
ouvidos.
Corte tudo o que não for necessário. Corte sem dó.
Escreve e reescreva.
Você pode imaginar que escreve para um leitor
específico. É comum que redatores pensem, ao escrever,
algo do tipo: “Hum, isso a minha tia Maria não vai
entender.”
Leitura é essencial para quem escreve. Leia bastante. O
contato com as obras dos melhores escritores vai irrigar a
sua mente criativa.
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  N um restaurante por quilo, a comida italiana e a comida
japonesa discutem sobre qual delas é a melhor. Escreva o
diálogo. Crie um final inesperado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  O personagem está num shopping e percebe que estásendo seguido. O que ele faz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  O seu filho cometeu um crime. Você é a única
testemunha. O que você faz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.  C rie um personagem que participa de uma banda de rock
e se transforma num lobisomem. Como ele é?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  E se o mundo fosse acabar hoje? Escreva o texto que vai
ser lido na televisão anunciando o fim do mundo e o
encerramento das transmissões.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A palavra certa na hora certa. Tudo no meu texto é
premeditado, até as gratuidades. É um trabalho de
construção, escrever é meu ofício.”
Marcelo Mirisola
 
6.  “A tivistas políticos se aproveitam de jovens idealistas e
os usam sem remorsos.” Você concorda com essa
afirmação? Por quê?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  V ocê está num barco e acontece um ataque de piratas.
Descreva a cena.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  V ocê compra um bode num site de leilões pela internet.
Os seus pais ou sua esposa (o) não querem o bicho em
casa. Descreva a cena em que os faz mudar de ideia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  V ocê faz uma cirurgia plástica e fica completamente
diferente. Ninguém o reconhece. O que acontece de
inusitado? Conte a cena.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  V ocê acredita em previsões sobre o futuro? Explique.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  A religião é importante na sua vida? Por quê?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  E screva um diálogo entre um poste e um cachorro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  E screva um diálogo entre a Lua e o planeta Terra.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 SAÍDAS PARA O FIM DA HISTÓRIA
O autor procura criar um encerramento expressivo, que
fique na cabeça do leitor. O último capítulo e a última frase
são trabalhados com capricho e, às vezes, se tornam
marcantes.
Há duas opções principais. O narrador pode concluir a
história definitivamente ou deixá-la em aberto.
No primeiro caso, a história chega ao fim e o leitor fica
sabendo exatamente o que aconteceu. Numa novela de TV,
o mocinho e a mocinha se casam e o vilão é castigado.
Um exemplo de final definitivo é o conto “Uma águia
sem asas”, escrito pelo genial Machado de Assis e publicado
no “Jornal das Famílias”, em setembro de 1872. Trata-se da
história de uma jovem ambiciosa que escolhe um marido
entre três pretendentes. Vítima de uma farsa, ela escolhe o
mais despretensioso e sossegado dos três – justamente o
contrário do que desejava. O conto termina assim, na voz
literária do narrador:
“Que mais lhe direi para completar a narrativa?
Sarah disse adeus às ambições dos primeiros anos, e
voltou-se toda para outra ordem de desejos.
Quis Deus que ela os realizasse. Quando morrer não
terá página na história; mas o marido poderá escrever-lhe
na sepultura: Foi boa esposa e teve muitos filhos.”
O narrador pode escolher a segunda opção e, ao
terminar a história, deixar algumas pontas soltas, algumas
tramas em aberto. Cabe ao leitor imaginar o que poderá
acontecer. Veja um exemplo no conto “Miloca”, também de
Machado de Assis, publicado em 1874. É a caso de uma
jovem orgulhosa que rejeita o amor de seu pretendente. O
tempo passa, o mundo dá voltas, e eles se tornam amantes.
Só que dessa vez é o rapaz quem abandona a moça. Veja
como termina o conto:
“Ambos arrastaram a cadeia durante um ano mais, até
que Adolpho embarcou para a Europa sem dar notícia de si
à infeliz moça.
Miloca desapareceu tempos depois. Uns dizem que fora
à cata de novas aventuras; outros que se matara. E havia
razão para ambas estas versões. Se morreu, a terra lhe seja
leve.”
            Quer outro exemplo? Em “Dom Casmurro”, também
de Machado de Assis, está o que  especialistas chamam de
“o maior enigma da literatura brasileira”: Capitu traiu
Bentinho? Ninguém sabe. O autor termina o romance e
deixa a questão em aberto.
            Os seriados de TV são mestres em finais abertos. O
último episódio de cada temporada traz o desfecho da
história e costuma mostrar os personagens principais de
partida para novas aventuras ou de cara com problemas,
que só vão ser mostradas na próxima temporada. São
ganchos para prender a atenção do telespectador.
4.  D uas velhinhas se reúnem para um café com bolo na
casa de uma delas. Cada uma tem uma mania muito
peculiar. Descreva a cena e invente um final inusitado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  A escola de lousa e giz é adequada aos estudantes da era
digital? Por quê?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  O namorado sai e esquece o Facebook aberto. A
namorada resolve ler as mensagens que ele anda teclando.
O que ela descobre? O que acontece quando ele volta?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  C onte uma boa história de pescador. Inclua uma sereia,
uma garrafa de rum e um relógio de ouro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.  O jogo de futebol está empatado e você se prepara para
bater um pênalti aos 45 minutos do segundo tempo. O que
se passa pela sua cabeça?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando olho pedra e vejo pedra mesmo, só estou
vendo a aparência. Quando a pedra me põe confusa
de estranhamento e beleza, eu a estou vendo em sua
realidade que nunca é apenas física. A aparência diz
pouco. Só a poesia mostra o real.”
Adélia Prado
 
9.  E screva um texto a partir da seguinte frase: “Ele passa o
dia no computador. A vida dele se resume a sites, seriados,
mídias sociais e games.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.  V ocê recebeu a visita de um amigo chinês e o levou para
passear. Conte como foi o passeio, com humor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.  D issertação: O jornalismo independente é um dos pilares
da democracia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.  V ocê é levado por um disco-voador. Descreva a situação.
O que acontece no final?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.  D escreva a barraca de pastel da feira. Atenção aos sons
e aos cheiros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.  “Q uerer é poder” ou “Querer não é poder”?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.  V ocê chega de viagem a um hotel em Nova York e
descobre que sua mala foi trocada. Dentro da sua “nova”
mala há uma tela original de Pablo Picasso. O que você faz?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.  E screva uma história que comece com a frase: “Amanhã
será outro dia.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.  E screva um diálogo para uma peça de teatro. Um conde
senil e uma jovem faxineira atrevida discutem sobre um
cachimbo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Toda obra científica deve ser uma espécie de
thriller – o relato de uma busca por algum Santo
Graal.”
Umberto Eco
 
8.  E scolha um trecho de algum romance em inglês e o
traduza para o português.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.  E screva uma história em que os personagens mais
curiosos de sua vizinhança brigam por causa de um gato
fujão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
00.                     É um dia de muito calor. Você é um cachorro sem
dono, na praia. Descreva os humanos ao seu redor e diga o
que você pensa deles. Escreva de uma forma bem-
humorada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Costumo fazer test drive dos meus livros, com
pessoas que não têm nenhuma ligação com o meio e
com o jornalismo, para ver a aceitação.”
Fernando Morais
 
 
O QUE LER?
            Recomendar livros é algo que dificilmente funciona
porque seria preciso saber a idade, o gosto, o nível de
leitura, a disponibilidade de tempo e o momento pessoal de
cada leitor. Apesar disso, aqui estão alguns dos meus
preferidos.
 
“O Alienista”, os contos e os romances (“Memórias
póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Dom
Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”) de
Machado de Assis
“Triste fim de PolicarpoQuaresma” e “Recordações do
Escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto
“Primeiras Estórias”, de João Guimarães Rosa
“Quase Memória”, de Carlos Heitor Cony
“O Melhor das Comédias da Vida Privada”, de Luis
Fernando Verissimo
“A Redoma de Vidro”, de Sylvia Plath
As melhores crônicas de Rubem Braga e Antonio Prata
“
Eu também gosto de biografias, novelas de detetives e leio
tudo o que a minha mão alcança.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA
Assis, Machado de. 50 contos / Machado de Assis ; seleção,
introdução e notas John Gledson. – São Paulo : Companhia
das Letras, 2007.
Assis, Machado de. Histórias Românticas. Rio de Janeiro –
São Paulo – Porto Alegre : W. M. Jackson inc., editores, 1942.
Assis, Machado de. Seus trinta melhores contos. Rio de
Janeiro : Nova Fronteira, 1994.
Barbosa, Severino Antônio M. e Emília Amaral. Escrever é
desvendar o mundo: a linguagem criadora e o pensamento
lógico. Campinas, SP : Papirus, 1987.
Barreto, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São
Paulo : Editora Ática, 1998.
Capote, Truman. Música para camaleões : nova escrita ;
tradução Sergio Flaksman. São Paulo : Companhia das
Letras, 2006.
Chandler, Raymond. O longo adeus ; tradução Braulio
Tavares. – 1.ed. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2014.
Coben, Harlan. Não conte a ninguém [tradução de Ivo
Korytowski]. São Paulo: Arqueiro, 2009.
Cony, Carlos Heitor. Romance sem palavras. São Paulo :
Companhia das Letras, 1999.
Eco, Umberto. Confissões de um jovem romancista ;
tradução Marcelo Pen. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
García Márquez, Gabriel. Cem anos de solidão ; tradução de
Eliane Zagury ; ilustrações de Caribé. – 39.ed. – Rio de
Janeiro : Record, 1994.
James, P.D. Segredos do romance policial ; tradução José
Rubens Siqueira. São Paulo : Três Estrelas, 2012.
Kafka, Franz, 1883-1924. A metamorfose ; tradução e
posfácio Modesto Carone – São Paulo : Companhia das
Letras, 1997.
Maretti, Eduardo (org.). Escritores. São Paulo: Limiar, 2002.
Frases extraídas de entrevistas realizadas por Priscilla
Ferreira e Mauro Hossepian.
Matos, Miguel. Migalhas de Machado de Assis. São Paulo :
Migalhas, 2008.
McAfee, Annalena. Exclusiva ; tradução Angela Pessoa, Luiz
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Munro, Alice. Vida querida ; tradução Caetano W. Galindo. –
1.ed. – São Paulo : Companhia das Letras, 2013.
O Estado de S. Paulo. Manual de redação e estilo /
organizado e editado por Eduardo Martins. São Paulo : O
Estado de S. Paulo, 1990.
Plath, Sylvia. A redoma de vidro ; tradução Chico Mattoso. –
1.ed. – São Paulo : Biblioteca Azul, 2014.
Rosa, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro : Nova
Fronteira, 2001.
Steen, Edla van. Viver & escrever: volume 1. Porto Alegre :
L&PM, 2008.
Talese, Gay. Vida de escritor ; tradução Donaldson M.
Garschagen. São Paulo : Companhia das Letras, 2009.
Tchékhov, Anton Pávlovitch. Sem trama e sem final : (99
conselhos de escrita) ; tradução do italiano e do russo e
notas, Homero Freitas de Andrade. São Paulo : Martins,
2007.
Vargas Llosa, Mario. Cartas a um jovem escritor : “toda vida
merece um livro” ; tradução de Regina Lyra. Rio de Janeiro :
Elsevier, 2006.
 
Jornais, revistas e internet
Adélia Prado retorna à poesia com ‘Miserere’
Entrevista à Ubiratan Brasil – O Estado de S. Paulo, 06 de
dezembro de 2013
 
Entrevista com Fernanda Torres
Revista Trip 237, 29 de outubro de 2014
 
Entrevista com Vanessa Barbara (texto de Renata Penzani)
Revista TPM, 02 de outubro de 2013
 
“Uma escolha profissional”, entrevista com o escritor Luiz
Ruffato
Revista Língua Portuguesa – Ano 9 – número 102 – Editora
Segmento, abril de 2014
“A última entrevista de Guimarães Rosa”, no site da Revista
Bula
 
Artigo de Carlos Willian Leite sobre entrevista de Guimarães
Rosa a Arnaldo Saraiva.
 
 
 
 
O autor de “100 Exercícios de Escrita Criativa”, Mário
Falcão, é jornalista e vive cercado de livros.
 
 
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