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Anemia falciforme

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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PORTO 
 
 
 
Gustavo Pinheiro Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA FALCIFORME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cruzeiro do Sul - AC 
2023 
 
 
 
 
 
Gustavo Pinheiro Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA FALCIFORME 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Medicina da Faculdade 
Presidente Antônio Carlos – Como requisito final de nota 
relativa ao 1º Semestre da disciplina Sistemas Orgânicos 
Integrados – SOI I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cruzeiro do Sul - AC 
2023
 
 
 
Por que a anemia falciforme é mais comum em populações africanas? 
 
A distribuição populacional da anemia falciforme e especialmente a sua maior 
prevalência em indivíduos negros não tem nada a ver com raça, mas sim com 
geografia. Para melhor entendimento, deve-se fazer uma relação entre a anemia 
falciforme e a malária. Em 1954, o médico inglês Anthony C. Allison publicou 
resultados de sua pesquisa sobre malária e anemia falciforme em Uganda. Ele 
observou que, em crianças pequenas com malária, as densidades do parasita 
Plasmodium falciparum no sangue eram quatro vezes menores em heterozigotos 
AS do que em homozigotos normais AA. Ele calculou que as crianças AS tenham 
uma chance 76% maior de sobreviver ao primeiro ataque de malária do que crianças 
AA. Mais tarde a hipótese da malária foi sacramentada pela óbvia correspondência 
geográfica entre a prevalência da malária causada pelo Plasmodium falciparum e a 
frequência do gene falciforme na África. 
O gene da anemia falciforme não é visto nas populações de regiões geográficas 
da África nas quais a malária não é endêmica. Estudos de marcadores genéticos que 
flanqueiam o gene da beta-globina mostraram que, na verdade, aconteceram várias 
mutações independentes que se estabeleceram em populações expostas à malária 
falciparum. Quatro das mutações ocorreram na África e receberam os nomes das 
respectivas regiões geográficas em que se fixaram: tipo Senegal, tipo Camarões, 
tipo Benin e tipo República Centro-africana. Deve ficar bem claro, então, que a 
anemia falciforme não é uma “doença de negros” nem uma “doença africana”, mas 
sim uma doença eminentemente geográfica, produto de uma estratégia 
evolucionária humana para lidar com a malária causada pelo Plasmodium 
falciparum, pois a anemia falciforme é caracterizada pelas hemácias em forma de 
foice (células que o protozoário causador da malária, invade). 
Portanto, com hemácias menores e mais delgadas, seria mais difícil a 
implantação do parasita. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Revista Ciência hoje; Anemia Falciforme: uma doença geográfica. 2008 
NAOUM, Paulo C. Interferentes eritrocitários e ambientais na anemia falciforme. 
Revista Brasileira de hematologia e hemoterapia, p. 5-22, 2000.

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