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APS Crimes em Espécie

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Curso: Direito 
 
 
THALITA 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE 
 CRIMES EM ESPÉCIE 
 
Atividade Prática Supervisionada entregue à 
matéria de Crimes em Espécie como critério 
parcial para obtenção de nota N1 do Curso de 
Direito. 
Orientador: Prof. X. 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
2022 
 
 
2 
 
 
Atividade Prática Supervisionada de 
Crimes em Espécie 
 
 No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura do livro Dos Delitos 
e das Penas, de Cesare Beccaria (http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/delitosB.pdf), e a 
entrega de um artigo no qual sejam comparados os delitos descritos pelo autor com aqueles já 
estudados em classe na disciplina Crimes em espécie, bem como as sugestões do autor para 
prevenção de crimes e sua aplicabilidade em nosso ordenamento. 
 
Artigo livro “Dos Delitos e das Penas”, 
de Cesare Beccaria. 
 
1. Introdução 
 
 CESARE BECCARIA, em sua obra “Dos Delitos e Das Penas”, apresenta 
conceituações com relação à ciência do Direito Penal e sua abrangência, no desejo de colaborar 
para a fundamentação teórica dos graduandos. 
 
 Ao ingressar na faculdade a primeira dificuldade que nós alunos enfrentamos é a de 
conceituar tal ciência, porque deparamos com muitas possibilidades que ora parecem ser 
definições isoladas umas das outras, ora se completam. Para auxiliar nesse desafio, Cesare 
Beccaria escreveu essa obra que se mantém atual, pois discute as relações existentes entre o 
Direito Penal e temas como justiça, ideologias e conflito social. 
 
 O livro “Dos delitos e das penas” consiste em uma verdadeira riqueza, pois seu conteúdo 
aborda várias dimensões do Direito Penal de maneira clara, correta, concisa, completa e precisa. 
Vale ressaltar que não há pretensão de se esgotar um conteúdo que, justamente pela riqueza dos 
ensinamentos que apresenta, mantém-se atual e em perfeita harmonia com as constantes 
transformações da ciência do Direito. 
 
 
 
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/delitosB.pdf
 
3 
 
2. Artigo 
 
 Cesare Beccaria mostra de forma bastante didática que: 
Leis são condições sob as quais homens independentes e isolados se 
uniram em sociedade, cansados de viver em contínuo estado de guerra e 
de gozar de uma liberdade inútil pela incerteza de conservá-la. [pág. 27] 
 
 Lei e Direito apesar de confundidos, não tem um mesmo significado. A Lei sempre 
origina do estado e conserva, em última análise, ligada à classe dominante, pois o Estado, como 
sistema de órgãos que rege a sociedade politicamente organizada, fica sob o controle daqueles 
que comandam o processo econômico, na qualidade de proprietários dos meios de produção. 
 
 As divisões de classes, sempre em favor de uma (dominante) e em imposição a outra ou 
outras (espoliada ou espoliadas). Constituem-se em um fato social antes de se tornarem um fato 
psicológico. E quando confrontadas com a realidade das contradições sociais é que dão início 
ao processo de conscientização. 
 
 O Direito só é positivado com a liberdade de consciência conquistada nas lutas sociais 
e formulada a partir dos princípios supremos da justiça social que nelas se apresentam. É de 
extrema ou suma importância não o confundir com as normas, que, ao tentarem concretizá-lo e 
realizar a justiça, podem acabar por se oporem a ambos. E mais ainda, o Direito liberta por meio 
de uma limitação da liberdade, cujos limites são a própria liberdade. E essa mesma liberdade 
caso queira resume-se em uma frase de Marx e Engels “o livre desenvolvimento de cada um é 
condição para o livre desenvolvimento de todos”. 
 
 O maravilhoso livro dos delitos e das penas de Cesare Beccaria é um clássico das 
ciências jurídicas, escrito em mil setecentos e sessenta e quatro, aborda questões ainda 
atualíssimas, coloca as leis e execuções penais sobre uma visão da razão em favor da 
humanidade. Foi ainda um pioneiro ao questionar contra a tradição jurídica à época em que 
vivia. Dos Delitos e das Penas aborda falhas de um sistema penal que privilegiava a 
numerosamente minoritária elite e subjugava a enorme maioria de miseráveis e desafortunados. 
 
 
4 
 
 Beccaria questiona o valor punitivo e vingativo das leis, que ele afirma, devem possuir 
caráter educativo e preventivo. Aborda o papel exclusivo do legislador como elaborador das 
leis, e que as mesmas não sejam obscuras para evitar interpretações dúbias por parte de juízes 
e tribunais que visam a defender interesses particulares. 
 
Melhor prevenir os crimes que os punir. Esta é a finalidade precípua de 
toda boa legislação, arte de conduzir os homens ao máximo de felicidade... 
Entretanto, os meios empregados até agora têm sido, em sua maioria, 
falsos e contrários ao fim proposto. Não é possível reduzir a desordenada 
atividade dos homens a uma ordem geométrica, sem irregularidade e sem 
confusão. [pág. 128] 
 
 O autor faz nobre e humilde protesto contra práticas abusivas dos tribunais, como a 
legitimidade dos testemunhos, os julgamentos secretos, os interrogatórios sugestivos, a 
utilização da tortura na obtenção de confissões, a duração e prescrição das penas, a utilidade da 
pena de morte, entre muitas outras. 
 
 Nessa obra, o autor lança luz sobre princípios básicos que hoje regem as leis, por 
exemplo, a igualdade de julgamento para criminosos que cometem o mesmo crime, a 
necessidade da aplicação da mais moderada das penas aplicáveis, para que a justiça não seja 
instrumento de vingança particular ou punição e a proporção das penas considerando se 
exclusivamente o delito cometido. 
 
 A importância da obra de Cesare Beccaria foi reconhecida, por vários autores e 
filósofos, pois defendeu os ideais de igualdade preconizados pelo iluminismo e os traduziu de 
forma brilhante para o Direito e a legislação. 
 
 O Estado, em sua posição privilegiada de impérium, deseja que as penas se identifiquem 
como forma de eliminar as contradições existentes entre poder e vontade do povo, como se não 
houvesse Direito a procurar além ou acima das leis. Mas a legislação deve ser examinada 
criticamente. 
 
 Em vista do acima exposto, cumpre e vale lembrar que o Direito se encontra aprisionado 
ou até mesmo amarrado pelas normas estatais, mas é muito mais que isso. Ele deve ser autêntico 
 
5 
 
e global e, portanto, não pode esgotar-se na lei, pois está relacionado a princípios e normas 
libertadoras, tendo a lei, apenas, como uma de suas consequências. Reduzi-lo à pura legalidade 
é reduzi-lo a uma dogmática. 
 
3. Análise Critica 
 
 Na idade antiga enquanto os presos aguardavam suas sentenças, eram torturados e 
reprimidos levados a condições insalubres, muitos não suportavam e morriam antes da 
condenação. 
 
 Na idade média não era diferente a forma de punir era através de tortura, 
esquartejamento, humilhação, e morte violenta, isso se perdurou até a chegada da idade 
moderna. No art. 3º do Código Francês de 1971, estava previsto morte igual para todos os 
condenados. 
 
 Um exemplo que marca a história do Brasil foi quando Joaquim José da Silva Xavier, foi 
esquartejado em praça pública, tal execução era demonstrada para servir de exemplo a outras 
pessoas, usada como forma de espetáculo para população. Mas depois de logos anos de tortura 
o país aboliu tal prática como está previsto na Carta Magna de 1988. 
 
 Previsto na Constituição Federal de 1988: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade. 
 
 No decorrer dos anos houve transformação e surge discursão a respeito de como punir 
um crime. E vários pensadores da época entenderam que a certeza da punição era o caminho a 
ser percorrido par evitá-lo. 
 
 Essaideia de torturar para que o sujeito confessasse o crime era criticado por muitos 
inclusive por Beccaria. Entendendo que quem aguantava ser torturado não confessava o crime, 
 
6 
 
mesmo sendo culpados, logo os inocentes confessariam para se livrar da violência. Ele defendia 
que não poderia julgar anteriormente da decisão do juiz e defendia a punição com aplicação da 
lei. 
 
 Assim como Beccaria, a Constituição Federal de 1998, traz em seu artigo 5° VII 
“ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. 
Sendo assim, julgar anteriormente é ilegítimo. 
 
 Ele exclui a tortura, pois, se tem as provas que o indivíduo é culpado aplica a lei para 
puni- ló se existe incertezas da culpabilidade não se pode partir do princípio de torturar um 
inocente até que ele confesse o crime. Para Beccaria a tortura é inadmissível e não pode ser 
usado para punir nem investigar a culpabilidade do sujeito. 
 
 Conforme Beccaria, entendia que a pena teria que ser certa, rápida e severa. Se assim 
fosse o ditado comum “justiça é lenta" não teria efeito. Para que não seja ato de violação com 
indivíduo as penas precisam ser públicas, prontas, necessária, se possível aplicar as menores 
penas de cada fato, proporcionais aos delitos e que estão estabelecidos em leis. 
 
 Vale ressaltar que após anos de tortura um marco no período da Ditadura Militar, o 
Brasil estabeleceu, em 1997, a Lei 9.455/97 Contra Tortura. Com influência do pensamento 
Beccaria, constituiu a tomada da democracia brasileira. Previsto em: 
 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de 
terceira pessoa; 
 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; 
 
 
7 
 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego 
de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como 
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
 
 Pensando em um Brasil legal, conforme previsto na Carta Magna de1988, Brasil a 
tortura não tem fins legais em nosso país. Vale ressaltar existe o respeito à proporcionalidade e 
seus princípios: adequação da pena, necessidade da pena e proporcionalidade no sentido estrito. 
Os princípios zelam para que não haja um disparto excessivo frente à infração penal analisada. 
 
 Ressaltando que empregar de meios ilícitos para fundamentar uma condenação e 
também é assegurada a defesa do réu na ação penal. Estão estabelecidos estão no artigo 5º na 
Constituição Federal de 1988, inciso LVI: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por 
meios ilícitos e inciso LV: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. No caso do uso da tortura para que o réu confesse o crime fere o que está previsto no 
artigo citado. 
 
 A utilização de tortura para embasar a condenação além de uma prática ilícita fere o 
fundamento da dignidade da pessoa humana, como estabelece o artigo 1º, inciso III da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 Em resumo Beccaria atentava para a necessidade de humanização da pena, a 
diferenciação da pena segundo o delito cometido e repudiava aplicação da pena sem respaldo 
da lei, aquela aplicada para satisfazer o estado. se tratando da individualização da pena. Ele 
também defende a interferência mínima do estado na liberdade do indivíduo. 
 
 O referente capitulo merece um estudo mais contundente por fazer luz a uma gama de 
assuntos de grande relevância. Não foi possível abordar todos os aspectos da obra e sem a 
intenção de esgotar o assunto do capitulo, mas de despertar o interesse dos estudantes de Direito 
e todos que deseja adquirir conhecimento filosófico jurídico. 
 
 
 
 
8 
 
4. Referências Bibliográficas 
 
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. Torrieri Guimarães. São Paulo: Martin 
Claret, 2001.

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