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AAS - Tutoria (1)

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LEVA À RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL E CRIMINAL DOS
ENVOLVIDOS.
A VIOLAÇÃO DE DIREITOS SOBRE ESSE PDF É CRIME (ART.
184 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, COM PENAS DE 3
MESES A 4 ANOS DE RECLUSÃO E MULTA).
Tutoria - 
AAS 
Problema 1 - Vida danada  
Chegada da roça no começo da década de 40 (uma época de muitas mudanças 
políticas no país) a família pobre e desinformada, desesperou-se quando viu a mãe 
hipertensa adoecer na cidade, para onde se mudaram. Não conheciam nenhum político 
ou cabo eleitoral para arrumar consulta no Centro de Saúde, não tinham ninguém na 
família com carteira de trabalho assinada e direito ao Instituto. A mãe chega ao hospital 
filantrópico e foi recusado o atendimento. Como hoje é diferente! 
 
OBJETIVO 1 ​- Compreender as políticas de saúde e seu contexto histórico brasileiro (se 
existia, quem tinha acesso, funcionamento, Centro de Saúde, IAPS, CAPS, INPS, 
INAMPS). 
 
Colônia (1500 - 1822 → Proclamação da 
Independência) e Império (1822 - 1889 → 
Proclamação da República) 
● Antes da chegada de europeus em território brasileiro, os povos indígenas já 
estavam aqui há centenas de anos 
● Os indígenas já tinham enfermidades, mas com a colonização portuguesa tudo 
piorou, as enfermidades ficaram mais graves → as “doenças de branco”, comuns 
na Europa, não existiam no Brasil e os indígenas não tinham imunidade para elas 
→ consequência: morte de milhares deles 
● Baseada nas ​ações feitas pelos pajés/curandeiros → conhecedores das terapias 
de cura e do poder das ervas medicinais brasileiras 
● Barbeiros, benzedeiras e jesuítas 
● Boticários (atuais farmacêuticos): viajavam por toda parte examinando os doentes 
e receitando poções, remédios e fórmulas curativas 
● Médicos eram praticamente inexistentes 
● Não haviam políticas públicas estruturadas e nem centros de atendimento à 
população 
● Acesso a tratamentos e cuidados médicos dependia da classe social 
● Pobres e escravos​ geralmente ​não sobreviviam ​ à doenças 
● Nobres e brancos ​, tinham mais facilidade em acessar remédios 
(que eram caros e às vezes importados de Portugal e do Oriente) e 
suas chances de sobrevivência eram maiores 
Santa Casa de Misericórdia 
● A primeira Santa Casa surgiu em ​1543​, quando Brás Cubas fundou em Santos a 
Irmandade da Misericórdia e o Hospital de Todos os Santos, antes mesmo de o 
país se organizar juridicamente e determinar as funções do Estado com a 
Constituição Imperial de 1824 
● As Santas Casas de Misericórdia são CENTROS MÉDICOS ligados a instituições 
religiosas, abrigavam indigentes, viajantes e doentes 
● O objetivo era fornecer tratamentos de saúde e prestar assistência médica às 
pessoas, ligadas num primeiro momento, a ideia de CARIDADE, sendo por muitas 
décadas a única opção de acolhimento e tratamento de saúde para as pessoas 
sem condições financeiras (grande parte da população) 
● Desde sua origem, até o início das relações com os governos (especialmente na 
década de 1960), as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações da 
comunidade 
● Esses hospitais viviam na pobreza, e na maioria das vezes não os tratamentos não 
iam além da canja de galinha e da caridade 
● Algumas das santas casas no Brasil, antes da Constituição de 1824: as Santas 
Casas de Santos (1543), Salvador (1549), Rio de Janeiro (1567), Vitória (1818), 
São Paulo (1599), João Pessoa (1602), Belém (1619), entre diversas outras. 
● De 1838 a 1940, as santas casas mudaram seu propósito ​→ começaram a agir por 
meio da ​FILANTROPIA 
CARIDADE: ​restrita ​, voltada para ​sintomas ​, poderia ​melhorar as condições dos 
pobres ​apenas​ temporariamente ​ (roupa, abrigos, refeição, cuidado) 
● Palavra cristã que significa o “amor que move a vontade à busca efetiva do bem de 
outrem” 
● ter as mesmas atitudes, as ​MESMAS AÇÕES QUE DEUS TERIA em 
determinadas situações de miséria e de pobreza 
FILANTROPIA: ​ampla (vira sua atenção para problemas regionais, nacionais e até 
globais), voltada para as ​causas​, ​capaz de abolir a miséria (enfrentar problemas sociais 
e ambientais). ​Atividades sociais, ​SEM ENVOLVER A DIMENSÃO ESPIRITUAL. 
● Humanitarismo → amor a humanidade 
● Orientação às pessoas 
● Preocupação com o bem estar futuro 
 
D. Pedro I realiza as primeiras mudanças significativas para 
melhorar a saúde do povo 
● 1808 ​→ FAMÍLIA REAL PORTUGUESA CHEGA AO BRASIL e para oferecer 
serviços médicos aos nobres e se aproximar da realidade que viviam em Portugal, 
transformou escolas em faculdades, foram criados cursos de Medicina, cirurgia e 
química: 
● Escola de Cirurgia da Bahia (em Salvador), por D. João VI em 18 
de fevereiro de 1808 
● Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro​, em 
1811 
● Aos poucos, os médicos estrangeiros foram substituídos por médicos 
brasileiros, ou formados no Brasil 
● D. Pedro II criou ​órgãos para vistoriar a higiene pública n ​a nova capital 
brasileira → ​DECRETOS: ​7 de fevereiro de 1808 → estabeleceu cargo de 
físico-mor do Reino, Estados e Domínios Ultramarinos (delimitou funções para os 
praticantes da medicina) → BRASIL COMO COLÔNIA, SE ESPELHAVA EM 
PORTUGAL 
- FISCATURA-MOR: instituição que regulamentava questões de saúde com 
alvarás e regimentos​, concedia ​autorizações e licenças para a atuação dos 
“terapêutas” 
● Tratamentos médicos não poderiam ser feitos por qualquer pessoa e 
curandeiros, médicos, cirurgiões, barbeiros, boticários e parteiras 
precisavam de ​autorização para atuar 
● FUNÇÕES: 
- Físico-Mor: ​ prescrevia medicamentos 
- Cirurgião-Mor: ​ realizava intervenções cirúrgicas 
- PROVEDOR-MOR: prevenção e combate de epidemias, 
salubridade do Rio de Janeiro, fiscalização de portos do e 
abastecimento de alimentos, vigilância da cidade e 
quarentenas 
- Curandeiro: utilizar ervas medicinais nativas para curar 
doenças leves 
- Parteiras:​ realizar partos 
- Barbeiros e sangradores: escarificações e aplicação de 
ventosas e sanguessugas 
Colônia + Império = 389 anos → pouco feito em relação a saúde. MEDIDAS POUCO 
EFICAZES, “para inglês ver” 
● RJ era capital → péssimas condições de vida (cidade imunda, 
doentia, infestada de ratos, de mosquitos, esgoto a céu aberto, lixo 
depositado em valas) facilitavam a disseminação de diversas 
doenças: 
- Febre amarela, peste bubônica, ​malária​, cólera e varíola 
● Poucas medidas sanitárias desse período (condições mínimas de 
higiene) não tinham como preocupação a melhoria da saúde da 
população em geral, e sim proteger os portugueses de doenças 
● “Higienizar o centro urbano” – de maneira sanitária e SOCIAL → 
pois ​expulsava do centro da cidade os casebres e as ​pessoas de 
classe social mais inferior (favelas se desenvolviam nas áreas 
periféricas)​, então a ​família real e os nobres ficavam no centro​. 
Fim do Império, Início da República 
● Lei Áurea: ​fim da escravidão em ​1888 → país dependente de mão de obra 
imigrante principalmente para a lavoura de café e fábricas 
● Imigração, migração, formação de aglomerados + precário saneamento básico = 
predomínio de doenças transmissíveis, epidemias, problemas sanitários… 
● Impérioterminou com o agravamento das questões de saúde → Brasil como a 
imagem de um país doente 
● República trouxe novos ares e esperanças de avanços na saúde 
República Velha (1º República - oligárquica) → 
SANITARISMO 
se estendeu da ​Proclamação da República​ em 15 de novembro de ​1889​, na qual 
Deodoro da Fonseca assume a presidência, até a ​Revolução de ​1930​, liderada por 
Getúlio Vargas 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
● 1889 - 1894 → República da Espada, país foi governado por dois presidentes 
militares: Deodoro da Fonseca, que renunciou e foi sucedido pelo seu vice, o 
marechal Floriano Peixoto. 
● CARACTERÍSTICAS: 
- MANDONISMO: ​grandes proprietários de terra exerciam influência sobre a 
população local. 
- CORONELISMO: o coronel (grande proprietário de terra) exercia seu 
domínio sobre as populações locais, de forma a conquistar os votos 
necessários para atender os interesses da oligarquia, por meio da 
distribuição de cargos públicos ou pela intimidação. 
- CLIENTELISMO: é a troca de favores que é praticada entre dois atores 
politicamente desiguais. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
O período de ​1900 a 1920, foi marcado por reformas urbanas e sanitárias, 
principalmente em grandes cidades, áreas portuárias e no Rio de Janeiro (capital da 
república), mas mesmo assim o Brasil seguia sendo refém das epidemias. 
No ​início do séc. XX​, o ​Rio de Janeiro​, capital do Brasil estava em uma 
situação CAÓTICA ​ (epidemias). 
● Companhias de navegação se recusavam a passar pelos portos brasileiros devido 
às más condições sanitárias, o que AFETAVA a economia agroexportadora, que 
dependia do comércio externo 
● Fama de um país insalubre afugentava novos operários 
Governo tinha interesses econômicos e no crescimento do país, para isso 
precisava de uma população saudável e com capacidade reprodutiva 
Mudanças e reformas no Rio de Janeiro, com atenção nas áreas portuárias. 
 
1900 ​- Criação da ​FIOCRUZ → instituição de pesquisa e desenvolvimento em ciências 
biológicas localizada no Rio de Janeiro 
Oswaldo Cruz ( ​1903​ - é nomeado), sanitarismo e 
Revolta da Vacina 
 
● Rodrigues Alves​, presidente da República ​eleito em ​1902 ​, diante da situação 
calamitosa nomeou prefeito da cidade o engenheiro Francisco Pereira Passos 
(promovia a reurbanização da cidade) e diretor do Departamento Nacional de 
Saúde Pública o ​médico Oswaldo Cruz (atacava as doenças epidêmicas) → ​lhes 
deu amplos poderes e autonomia de ação 
● COMBATES: 
- Febre amarela: ​“Brigada Mata-mosquitos”​, tinha a missão de vistoriar 
todas as residências e eliminar os focos de reprodução do Aedes egypti. Os 
mata-mosquitos iam acompanhados de policiais, pois muitos moradores se 
recusavam a permitir a inspeção 
- Peste bubônica: ​ ​desratização​ da cidade 
● Apelou para o ​auxílio da população ​, orientando-a sobre a maneira 
de envenenar os ratos e pagando 100 reis por rato vivo ou morto 
→ houve quem criasse ratos em casa para vender às autoridades 
sanitárias 
- Cólera:​ ​obras de saneamento básico​ e medidas higiênicas 
- VARÍOLA: para extingui-la só havia um meio: ​vacinação obrigatória ​, visto 
que parte da população recusava a vacinar-se → mas não foram explicados 
os objetivos da campanha e do que se tratavam as vacinas. 
● A lei da vacinação obrigatória ​desencadeou uma campanha contra Oswaldo 
Cruz​: população, médicos homeopatas, militares e muitos políticos colocaram-se 
em oposição à lei, que foi taxada de inconstitucional, pois feria a liberdade 
individual 
● Em novembro de ​1904 Rodrigues Alves (presidente) foi pressionado a demitir 
Oswaldo Cruz, mas se recusou, provocando um movimento armado, com a 
participação de militares, para depor o presidente da República, episódio que ficou 
conhecido como​ ​"Revolta da vacina" 
● Revogada a lei, a população foi, aos poucos, aderindo à vacinação ao constatar a 
sua eficácia em prevenir a doença 
● A cidade tomou novo aspecto com a remodelação urbana, a higienização e o 
desaparecimento gradativo das doenças epidêmicas 
 
{
 
1907 -​ febre amarela é erradicada do Rio de Janeiro 
1908 -​Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos é rebatizado como Instituto 
Oswaldo Cruz 
 
Precárias condições de trabalho e vida da população 
● 1917 - Greve geral dos operários devido à má qualidade de vida, saúde, 
trabalho e habitação. 
Campanhas chegaram até os sertões do país, divulgando a importância do 
cuidado com a saúde no meio rural, mas os pobres continuavam em moradias 
precárias, e as doenças fazendo vítimas. 
1918 - ​Gripe espanhola → ​morte de 300 mil brasileiros → inoperância do 
governo brasileiro em relação a saúde no país 
1920 - ​CARLOS CHAGAS reestruturou os serviços de saúde pública e ​criou o 
DNSP (Departamento Nacional de Saúde Pública) 
● Introduziu a propaganda e educação sanitária inovando o modelo 
campanhista. 
● Criação de órgãos contra Tuberculose, Lepra e doenças venéreas 
1923 - ​ELOY CHAVES que instituiu as ​Caixas de Aposentadoria e Pensão 
(CAPs)​, com a lei de arouca marco inicial da previdência social no Brasil 
- Era voltada para trabalhadores urbanos, setor ferroviário, setor privado 
- CAPs era uma empresa, os funcionários colaboravam com parte do seu 
salário para ter acesso a assistência médica 
- Para garantir proteção na velhice e na doença 
● Proviam serviço funerário, socorro médico familiar, medicamentos 
mais baratos 
● Garantir pensão no caso de algum acidente ou afastamento do 
trabalho por doença 
● Futura aposentadoria 
- Era ​BIPARTITE (administração própria): bancado por empregados e 
empregador 
● departamento incumbido de recolher a contribuição do patrão e a dos 
funcionários e pagar o benefício aos aposentados e pensionistas 
- Comissão Administrativa: eleita a cada 3 anos, composta por 3 
representantes da empresa, 1 assumindo a presidência e 2 sendo 
representantes dos empregados 
 
1929 - ​GRANDE DEPRESSÃO​, fragilização da classe cafeeira permitindo que 
Getúlio Vargas se tornasse o presidente através da ​Revolução de 30. 
 
Período Populista (1930-1945) → criação dos institutos de 
seguridade social, focado no tratamento de endemias e epidemias 
1930 ​ - ​ ​Getúlio Vargas ​ cria o ​ Ministério da Saúde e Educação 
1932 - Com a pressão popular, ele ​suspende o CAPs e o substitui pelos 
Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) - ​caráter nacional, participação direta do 
estado 
● Amplia o atendimento para outras categorias profissionais 
● Trabalhadores eram organizados por categoria profissional e não por 
empresas 
● Unificação das estruturas de saúde (do CAPS) 
● TRIPARTITE: ​bancado pelo Estado ​(UNIÃO), empregado e 
empregador ​→ centralização da verba para a assistência em saúde 
● Descontava dos salários dos trabalhadores para que eles pudessem 
ter direito a assistência médica quando necessário 
● Resposta do Estado, às lutas e reivindicações dos trabalhadores no 
contexto de consolidação dos processos de industrialização e 
urbanização brasileiros 
● Investiu na assistência curativa, em trazer insumos, especialidades 
● 1932: ​São Paulo tenta derrubar Vargas do poder através da Revolta 
Constitucionalista, exigindo a promulgação da Constituição. 
1934 ​ - Rendição de São Paulo a novaconstituição 
- Constituição de 1934 ​ → proporcionou novos direitos aos trabalhadores 
● Assistência médica 
● Licença gestante 
● 1935: ​Luís Carlos Prestes: Levante militar para a tomada do poder 
● Estado Novo (1937-1945) 
1937 - Promulga-se leis trabalhistas, garantindo direitos sociais ao trabalhador 
para conter movimentos trabalhistas →​ ​Criação do Ministério do Trabalho 
1940 - ​Criação do ​Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência 
(SAMDU) 
● Disponibilidade de um médico hospitalar para prestar atendimento aos 
previdenciários 
● Prestar serviço médico de urgência aos contribuintes dos IAPs (Institutos de 
Aposentadorias e Pensões) 
● Órgão era subordinado ao Ministério do Trabalho 
 
1941 ​: ​Reforma Barros Barreto → ​Instituição de órgãos normativos e supletivos 
destinados a orientar a assistência sanitária e hospitalar 
● Criação de órgãos executivos para controle de endemias 
● Fortalecimento do Instituto Oswaldo Cruz 
● Destaque aos programas de abastecimento de água e construção de 
esgotos 
● Criação do Instituto Nacional do Câncer 
1943 ​ - ​ Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
● Benefícios a saúde 
● Salário mínimo 
● Garantias trabalhistas 
 
● 1945:​ Deposição de Getúlio Vargas 
 
ATÉ AQUI O MODELO DE MEDICINA ERA ​CURATIVA ​, pois o dinheiro 
destinado a saúde preventiva nunca era repassado. 
● Verbas da saúde eram desviadas para outros setores 
● Partes dos ​recursos do IAPs financiava a industrialização do país 
● Atendimento não chegava a todos 
 
------------------------------------------------------- 
● 1950:​ ​Eleição de Getúlio Vargas pelo voto popular 
- Criação da TV Tupi (conglomerado com as rádios) e a Petrobrás 
 
1953 ​ - ​Criação do ​Ministério da Saúde ​ (Desvinculado do Ministério da 
Educação, diferente de 1930) 
● Levar mais saúde ao povo brasileiro 
● Se ocupava das políticas de atendimento nas zonas rurais 
● Na cidade, a saúde era privilégio de trabalhadores com carteira assinada 
● Modelo de Medicina Preventiva passa a ganhar forças com as ações de saúde 
pública através de 2 modelos: 
- Vertical: ​Específico para cada área de saúde 
- Centro de Saúde: ​Aproxima a medicina as condições sociais do povo. 
Suicídio de Getúlio Vargas 
Eleição de Juscelino Kubitschek → ocupado em construir a nova capital e dar 
impulso à industrialização 
1956 ​ - Criação do ​Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU) 
● Só aqui a classe rural passa a ter direito a saúde 
● “Absorveu” o Serviço Nacional de Febre Amarela (SNFA) e o Serviço 
Nacional de Peste (SNP) 
● Medicina - empresas particulares 
Ocorreu o Movimento contra a unificação dos IAPs. 
1960 ​ - ​Criação da​ ​Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) 
● Exclusão de trabalhadores rurais, empregadores domésticos e servidores públicos. 
1963 ​ - ​Criação do​ ​Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FunRural) 
● Trabalhadores rurais ganham direito 
● Obtinha contribuição Tripartite → União nunca cumpriu sua parte o que 
comprometeu a estabilidade futura do projeto 
GOLPE ​ de ​1964 
Regime Militar (1964-1985) → modelo assistencial 
privatista e previdenciário 
● Governos militares focaram os investimentos na segurança e 
desenvolvimento 
- Medicina de cunho individual e assistencialista, em detrimento de ações no 
campo de saúde coletiva 
- Saúde sofreu com a redução das verbas 
- Dengue, meningite e malária se intensificaram → epidemias 
- Aumento da mortalidade infantil 
● Privilegiava a prática da Medicina Curativa e o superfaturamento do setor da saúde 
 
1965 ​ - nasce o ​ ​Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) 
● Missão de unificar todos os órgãos previdenciários que vinham funcionando 
desde 1930 (6 IAPS e o SAMDU) 
● Prestava atendimento só para as pessoas que contribuiam com a 
previdência social 
- Trabalhadores informais, desempregados, camelôs, trabalhadores 
rurais… Quem não tinha dinheiro, ficava sem atendimento 
● Missão de melhorar o atendimento médico 
● Consolida o componente assistencial → opção de compra de serviços 
assistenciais do setor privado 
● Concretiza o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e 
medicocentrado, que terá uma forte presença no futuro SUS 
 
● 1967: ​Promulgação do ​Decreto Lei 200 ​, estabelecendo as competências do 
Ministério da Saúde. 
Durante os anos de 1970, mesmo no auge do “milagre econômico”, as verbas para 
saúde eram baixas: 1% do orçamento geral da União. Atenção primária era vista cada vez 
mais como responsabilidade dos municípios, cargos complexos ficavam a cargo dos 
governos estaduais e federal. 
Início da Década de ​ ​1970 ​ - ​REFORMA SANITÁRIA 
● Não foi um evento, e sim um processo evolutivo 
● Brasil enfrentava crises nos sistemas de prestação de serviços em saúde, no 
conhecimento e prática médica e principalmente no estado sanitário da população 
● TEMA: “Saúde e Democracia”​ e foi uma luta contra a ditadura. 
● Englobava todo o setor da saúde em busca da melhoria nas condições de vida da 
população 
● PROPOSIÇÕES: 
- Saúde como direito de todo cidadão, sem exclusão e/ou discriminação; 
- Descentralização administrativa e financeira 
- Ações de saúde devem garantir o acesso da população às ações de cunho 
preventivo e/ou curativo integradas em um sistema único. 
● Movimentações: greves e sindicatos médicos 
1970 ​- ​Criação da ​Superintendência de Campanhas de Saúde Publica 
(SUCAM) 
● Fusão do Departamento Nacional de Endemias Rurais ​(DNERU)​, da 
Campanha de Erradicação da ​Malária ​(CEM) e da Campanha de 
Erradicação da ​Varíola ​ ​(CEV) 
● Atividades de ​erradicação e controle de endemias​ de tr ​ansmissão vetorial 
1975 ​ - ​Criação do​ ​Sistema Nacional de Saúde (SNS) ​→ continua evoluindo 
● Estabelecia campo de ação ​para a prática da Promoção, Prevenção e 
Recuperação de saúde 
● Medicina curativa: ministério previdenciário 
● Medicina preventiva (ministério da saúde) ​→ Baixo investimento 
● Durou pouco 
•
1976 - ​Criação do ​Programa de Interiorização das Ações de Saúde e 
Saneamento (PIASS) 
● Primeiro programa de medicina simplificada 
● Permitiu a ​ entrada de técnicos provenientes do “movimento sanitário” 
● Resultou numa grande expansão da rede ambulatorial pública 
1977 - O sistema previdenciário sai do Ministério do Trabalho → Ministério da 
Previdência e Assistência Social, junto dele, está o fundo de apoio ao desenvolvimento 
social. É criado o ​Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS) - e 
dentro dele, o ​Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social 
(INAMPS). 
● SINPAS: voltado para a especialização e integração de suas diferentes 
atividades e instituições. 
- C ​onstituía-se de três institutos: 
● INAMPS para a assistência médica 
● INPS para a concessão de benefícios 
● IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e 
Assistência Social) para o controle financeiro 
● INAMPS:​ grande órgão governamental prestador da assistência médica 
- Criado pelo aumento da população, da arrecadação e da ampliação 
do sistema de CAPs 
- FINALIDADE: prestar atendimento médico aos que contribuíam com 
a previdência social, os empregados de carteira assinada 
- Maior parte do atendimento era feito por iniciativa privada 
1978 ​ - ​Conferência de Alma-Ata 
● Sobre Atenção Primária à Saúde 
● Reafirmou a saúde como um dos direitos fundamentais ao homem 
● Enfatizou a necessidade dos governos promoverem a saúde de todos os 
povos do mundo, por isso, buscava saúde para todos até o ano 2000, para 
uma melhor qualidade de vida e paz mundial 
1981 Criação do ​Conselho Consultivo de Administração da Saúde 
Previdenciária (CONASP)● Objetivo a tentativa de conter custos e fraudes 
● Função de analisar, racionalizar os gastos e buscar soluções para melhoria 
da assistência médica 
1982 ou 1983​: ​Implantação do ​Programa de Ações Integradas de Saúde 
(PAIS)​/ Ações Integradas de Saúde (AIS) 
● Surgiu dentro do CONASP 
● Novo modelo de assistência que incorporava o setor público, procurando 
integrar ações curativas, preventivas e educativas ao mesmo tempo 
● Ênfase à Atenção Primária, rede ambulatorial pensada como a “porta de 
entrada” do sistema 
● Prioridade para a rede pública de serviços de saúde, com complementação 
pela rede privada, após sua plena utilização 
Diretas já (​reivindicação por eleições presidenciais diretas)​, anseio pela 
redemocratização, eleição indireta de Tancredo Neves… 
 
REFERÊNCIAS: 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/do-descobrimento-ao-
imperio-historico-da-saude-publica/34820 
http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/10.pdf 
https://www.politize.com.br/direito-a-saude-historia-da-saude-publica-no-brasil/ 
https://www.todamateria.com.br/saude-publica-no-brasil/ 
https://portfolioelainesilva.wordpress.com/2017/10/25/politicas-publicas-de-saude-no-brasil
/ 
https://pt.slideshare.net/rilvalopes/histria-da-sade-pblica-no-brasil-126394298 
https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/politicas-publicas/saude/linh
a-do-tempo-do-sus/ 
https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8&feature=youtu.be 
https://www.passeidireto.com/arquivo/37782427/linha-do-tempo-sus 
http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/25/ 
 
OBJETIVO 2 ​ ​- Descrever o surgimento do SUS e seus influenciadores (compreender a 
lei). 
 
Nova República (1985, fim da ditadura militar, até 
os dias atuais) ​→ ​ampla democratização política do Brasil e 
sua estabilização econômica 
 
19 ​86 ​- ​8º (VIII) Conferência Nacional de Saúde 
● Consolida a Reforma Sanitária 
● Primeira CNS aberta para a sociedade (intensa participação social) → mais 
de 5 mil civis de todos os segmentos da sociedade discutiram um novo 
modelo de saúde para o Brasil 
● Fazia menção a descentralização dos serviços e a participação da 
população nas decisões 
● Consagrou uma concepção ampliada de saúde (promoção, proteção e 
recuperação) e o princípio da saúde como direito universal e como dever do 
Estado 
● RESULTADO: série de documentos que foram esboço/base para a 
elaboração da Constituição de 1988 e o surgimento do SUS → principais 
resoluções foram incorporados na Constituição de 1988 (leis orgânicas da 
saúde, n° 8.080/90 e n° 8.142/90) 
1987 - ​Criação dos ​Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde 
(SUDS) 
● INAMPS se incorpora ao Ministério da Saúde 
● PRINCIPAIS ​DIRETRIZES: 
- Universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; 
- Integralidade dos cuidados assistenciais; 
- Descentralização das ações de saúde; 
- Implementação de distritos sanitários 
● Pela primeira vez, o Governo Federal começou a repassar recursos para os 
estados e municípios ampliarem suas redes de serviços, prenunciando a 
municipalização que viria com o SUS 
● As Secretarias Estaduais de Saúde → importantes para a descentralização 
e aproximação com os municípios, que recebiam recursos financeiros 
federais de acordo com uma programação de aproveitamento máximo de 
capacidade física instalada 
● Antecedentes mais imediatos da criação do SUS 
1988 ​ – ​Constituição Federal​ (“cidadã”) 
● Estabelece a saúde como “Direito de todos e dever do Estado” 
● Reconhece o direito do acesso universal à saúde, a toda a população, por 
meio de um SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
- Gratuito, de qualidade e universal, acessível a todos os brasileiros 
e/ou residentes no Brasil. 
● Prevê entre seus artigos 196 e 200, uma seção específica para tratar de 
políticas de saúde 
● Apresenta, na sua Seção II, como pontos básicos: 
- “As necessidades individuais e coletivas são consideradas de 
interesse público e o atendimento um dever do Estado 
p
- A assistência médico-sanitária integral passa a ter caráter universal e 
destina-se a assegurar a todos o acesso aos serviços 
- Esses serviços devem ser hierarquizados segundo parâmetros 
técnicos e a sua gestão deve ser descentralizada” 
● Estabelece que o custeio do Sistema deverá ser essencialmente de 
recursos governamentais da União, estados e municípios 
● Estabelece que as ações governamentais deverão ser submetidas a órgãos 
colegiados oficiais, os Conselhos de Saúde, com representação paritária 
entre usuários e prestadores de serviços 
● Criação do CONASSEMS e CONASS: Associações de Secretários da 
Saúde, sendo o primeiro no âmbito Municipal e o segundo no âmbito 
Estadual. 
1989 ​ - ​último caso registrado de POLIOMIELITE no Brasil 
1990 ​ - ​Criação do ​Sistema Único de Saúde (SUS) 
● Congresso Nacional aprova a Lei Orgânica da Saúde, a Lei nº 
8.080 ​, de de 19 de setembro de 1990 
- D ​ispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspond​entes 
- Detalha: 
● Título I 
- Disposições gerais 
● Título II ​, capítulos: 
- I - Dos Objetivos e Atribuições 
- II - Dos Princípios e Diretrizes 
- III - Da Organização, da Direção e da Gestão 
- IV - Da Competência e das Atribuições - de cada nível (federal, 
estadual e municipal) 
- V - Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena 
- VI - DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO 
DOMICILIAR 
- VII - DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE 
O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO 
- VIII - DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA 
INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE 
● Título III ​, capítulos: 
- I - Do Funcionamento 
- II - Da Participação Complementar 
● Título IV ​: 
- DOS RECURSOS HUMANOS 
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● Título V ​, capítulos: 
- I - Dos Recursos 
- II - Da Gestão Financeira 
- III - Do Planejamento e do Orçamento 
● DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
● Institui os preceitos que se seguem até hoje 
● Lei Complementar do SUS, a Lei n° 8.142​, de 28 de 
dezembro de 1990: 
- Dispõe sobr​e a participação da comunidade na gestão do SUS 
- Dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros 
- Institui os Conselhos de Saúde 
- Confere legitimidade aos organismos de representação de governos 
estaduais (​CONASS – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de 
Saúde) e municipais (​CONASEMS – Conselho Nacional de Secretários 
Municipais de Saúde) 
1991 
● Criação da CIT (​Comissão de Intergestores Tripartite ​) e da ​CIB 
(​Comissão de Intergestores Bipartite​) 
- Gestão colegiada do SUS, compartilhada entre os vários níveis de 
governo 
● Criação do Programa dos Agentes Comunitários em Saúde (PACS) 
- Pessoas da própria comunidade que participam do cuidado à saúde, 
conectam o serviço de saúde e a comunidade, e ajudam a unir os diversos 
universos culturais, faz o cadastro das famílias e descobre com mais 
facilidade quais são as pessoas em situações de risco → nº de crianças, de 
gestantes, de pessoas com dengue ou pressão alta… → o que ajuda a 
planejar as ações em saúde e focar nas áreas que precisam de mais 
atenção 
- Atualmente existem mais de 200 mil ACSs, que contribuem diariamente para 
a melhoria da qualidade de vida das pessoas 
● Criação da rede de atenção básica em saúde → postos de saúde ou unidades 
básicas de saúde: tinham médicos especialistas em ginecologia, pediatria e clínico 
geral 
- Hoje esses postos estão ultrapassados, e estão sendo substituídos pelas 
USF → representa uma nova forma de lidar com a saúde,fazendo parte da 
APS. A ESF mostra no nome a importância de lidar com a família, a ideia é 
entender a pessoa por inteiro: família, comunidade, contexto social e 
econômico 
1992 ​ - Aprovação da ​Norma Operacional Básica​ (NOB 01/1992) 
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● Programa de reorganização dos serviços de saúde → normas e 
procedimentos reguladores com foco no avanço do processo de 
descentralização 
1992 ​ - ​Descentralização e municipalização dos serviços 
● Extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social 
(INAMPS) 
1994 - Estruturação da ​Saúde da Família com equipes multidisciplinares atuando 
nas comunidades 
1995 ​ - Regulamentação do Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS 
1996 ​ - A ​cesso e distribuição de medicamentos aos portadores de HIV/Aids 
1996 NOB 96 → Redefinição do modelo de gestão, ênfase na descentralização 
e habilitação dos municípios e estados 
1997 
● Implementação do ​Piso de Atenção Básica (PAB) → repasse de recursos 
ao gestor municipal, por pessoa, para o atendimento à saúde 
● Criação do ​Programação Pactuada e Integrada (PPI) 
● Criação do DISQUE SAÚDE 
1998 
● Sistema Nacional de Transplantes 
● Plano estratégico de mobilização comunitária para o combate a dengue 
1999 
● Criação d ​a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) → registro e 
fiscalização de medicamentos e alimentos 
● Política Nacional dos Medicamentos Genéricos 
2000 
● Criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar → regulamentação do 
setor privado de saúde 
2001 
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● Lei nº 10.216 → proteção e direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais 
● NOAS SUS 2001 → Norma Operacional de Assistência à Saúde: 
regulamentação e regionalização da assistência à saúde por meio da 
definição da divisão de responsabilidade entre estados e municípios gestão 
do SUS 
2002 
● NOAS SUS 2002 → Norma Operacional de Assistência à Saúde: ampliação 
das resp ​onsabilidades dos municípios na Atenção Básica 
● Criação de mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do 
SUS 
● Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência 
● Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas 
● Política Nacional da Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência 
2006: ​muda a lógica de implementação do SUS, que deixa de ser orientado por NOB e 
passa a ser feita por meio de pactuação entre os gestores 
● PACTO PELA SAÚDE: estabelecido pelos gestores das esferas federal, estadual e 
municipal, com objetivos e metas compartilhadas 
- Pacto pela Vida 
- Pacto em Defesa do SUS 
- Pacto de Gestão 
● Política de Saúde da Pessoa Idosa 
 
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Até hoje o SUS não recebe verba suficiente, o que reflete na qualidade do 
atendimento. Saúde segue sofrendo as consequências da corrupção e do 
gigantismo do Brasil. 
 
OBJETIVO 3 ​ - Elucidar o funcionamento do SUS (princípios, diretrizes, organização) 
 
 O que é o SUS? 
● Sistema de saúde pública vigente no Brasil 
● Cons​iderado um dos maiores do mundo 
● Abrange atendimentos desde a atenção primária até os setores mais complexos → 
integra os 3 níveis de atenção, buscando garantir acesso integral, universal e 
gratuito para toda a população brasileira. 
● Coordena e articula as ações em saúde das esferas municipais, estaduais e 
federal. 
● Procura assegurar a saúde, mas como um conceito ampliado, abrangendo o bem 
estar físico, mental e social 
● Realiza ações de promoção, vigilância e prevenção da saúde 
● É direito da população, previsto na Constituição, participar do processo de 
formulação das políticas de saúde através de suas entidades representativas e 
Conselhos de Saúde 
● Pode ser complementado por serviços privados de saúde. 
 
Princípios Doutrinários 
 ​Regem e conduzem as ações em saúde, toda a base do SUS e até os serviços privados, 
pois são considerados complemento do SUS e devem seguir essa base. 
 
UNIVERSALIDADE: é o princípio que garante o direito a ações e serviços de saúde (que 
é dever do Estado) a todo e qualquer cidadão, sem discriminação, independente de sexo, 
raça, ocupação, condições socioeconômicas, orientação sexual, onde mora, ou se tem 
plano de saúde ou não. Leva em consideração, a saúde como um conceito ampliado e 
não somente a ausência de doenças, envolve qualidade de vida, abrangendo questões 
sociais, econômicas e políticas.→ SUS alcança todos 
 
INTEGRALIDADE: é o princípio que considera as pessoas como um todo, visando 
prestar assistência integral a todas as necessidades da população, considerando várias 
dimensões do processo saúde-doença, que afetam o indivíduo e a comunidade. Ele 
garante a continuidade dos atendimentos, desde uma vacina, por exemplo, até uma 
cirurgia, ou seja, na atenção primária, secundária e terciária, através de ações de 
promoção, prevenção, cura e reabilitação em saúde, o que repercute na qualidade de vida 
da população. → forma como a pessoa é tratada. 
 
EQUIDADE: tem como objetivo diminuir as desigualdades, ele garante prioridade de 
atenção aos mais vulneráveis. Todas as pessoas possuem igual direito aos serviços, mas 
essas pessoas apresentam diferenças entre si e cada caso apresenta sua complexidade. 
Por isso esse princípio objetiva priorizar os que necessitam de mais ações no âmbito de 
saúde, investir mais onde a carência é maior, nas populações excluídas, com condições 
de vida mais precárias, que têm maiores riscos de adoecer em decorrência da 
desigualdade presente em alguns segmentos como: distribuição de renda, bens e 
serviços. Assim, se oportuniza a igualdade. Em outras palavras, esse princípio busca 
tratar desigualmente os desiguais, como uma espécie de diferenciação positiva e oferecer 
serviços de saúde de acordo com as necessidades. 
 
Diretrizes/princípios organizacionais 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: ​se refere a redistribuição do poder e das responsabilidades entre 
as 3 esferas do governo (municipal, estadual e federal) quanto às ações e serviços de 
saúde, objetivando prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a 
fiscalização por parte dos cidadãos. Dentro desse princípio, cada esfera de governo é 
autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e 
a participação social. Além disso, cabe aos municípios a maior responsabilidade na 
promoção e prestação direta da maioria dos serviços de saúde, diretamente voltadas aos 
seus cidadãos, pois ele tem condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras 
para exercer esta função. 
 
REGIONALIZAÇÃO: se refere a organização racionalizada das ações em saúde, que 
visa distribuir os recursos assistenciais no território com base na distribuição da 
população, ou seja, um município com uma maior população, tem uma demanda maior, 
precisa de mais infraestrutura e por isso recebe mais recursos, podendo também fazer 
atendimentos de outros municípios. 
 
 
HIERARQUIZAÇÃO: visa garantir acesso a qualquer segmento do serviço, em todas as 
modalidades de assistência e com acesso a todo tipo de tecnologia disponível, o que 
deve ser organizado em níveis de complexidade CRESCENTE: baixa, média e alta 
complexidade, ordenando assim o sistema de saúde por níveis de atenção (primário,secundário e terciário). O acesso da população a essa rede começa no nível de atenção 
primária, se não conseguir resolver, deve ser referenciado para os demais serviços, 
possibilitando um ótimo grau de resolubilidade. 
● “A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite 
um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, 
favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, 
educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em 
todos os níveis de complexidade”. 
 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL: busca formular estratégias, controlar e avaliar toda a 
execução de política de saúde, com a participação da população na gestão, através de 
seus entidades representativas como CONSELHOS (representação de usuários, governo, 
profissionais de saúde e prestadores de serviços) e CONFERÊNCIAS EM SAÚDE (que 
são periódicas e definem prioridades e linhas de ação sobre a saúde), isso abrangendo 
todos os níveis, do federal até o local, nas 3 esferas do governo. 
 
INTEGRAÇÃO: integra as ações dos subsistemas, dos serviços em redes assistenciais 
integradas, para que se garanta a continuidade do cuidado em redes assistenciais 
integradas, garantindo a continuidade do cuidado. 
 
*RESOLUBILIDADE: Quando determinado indivíduo busca o atendimento e o serviço 
correspondente esteja capacitado para enfrentar e resolver as situações até o nível de 
sua competência. 
 
*COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO​: Quando por insuficiência do setor 
público, for necessária a contratação de serviços privados, isso deve ser feito sob três 
condições: 
- Interesse público prevalecendo sobre o particular 
- A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e 
normas técnicas do SUS 
- A integração dos serviços privados deverá ser dada na mesma lógica 
organizativa do SUS e devem ter preferência os serviços não lucrativos, 
conforme determina a Constituição. 
 
Gestores do SUS 
Entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione 
adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica organizacional e seja 
operacionalizado dentro dos princípios. 
Estão nas três esferas do Governo: 
● MUNICÍPIOS: São as Secretarias Municipais de Saúde ou as prefeituras. Cabe aos 
gestores PROGRAMAR, EXECUTAR e AVALIAR as ações de promoção, 
prevenção e recuperação da saúde 
- Município deve ser o primeiro e o maior responsável pelas ações de saúde 
para a população. Os serviços devem ser oferecidos em QUANTIDADE e 
QUALIDADE adequadas às necessidades de saúde da população. 
● ESTADOS: São os Secretários Estaduais de Saúde, responsáveis pela 
coordenação das ações de saúde do seu estado. Seu plano diretor será a 
consolidação das necessidades propostas de cada município, através de planos 
municipais, ajustados entre si. 
● FEDERAL: O Ministério da Saúde, sua missão é liderar o conjunto de ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades 
nas diferentes regiões para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, 
contribuindo para o seu desenvolvimento. 
 
Referências: 
https://www.youtube.com/watch?v=NmVWpCIQTlE 
Meus resumos de PINESC 
 
OBJETIVO 4 ​ - Explicar a fisiopatologia da hipertensão conforme a 7a Diretriz de 
Hipertensão. 
 
Conceito de Pressão Arterial  
 
Força ou pressão exercida pelo sangue em qualquer área da parede das 
artérias 
● Sua ​unidade de medida: ​ ​milímetro de mercúrio 
● É possível ​aferir a pressão de uma pessoa com um ​esfigmomanômetro e um 
estetoscópio 
● PA é definida pela fórmula: DC x RPT 
- DC → débito cardíaco: volume sanguíneo (VS) ejetado do ventrículo 
esquerdo para a aorta por minuto, determinado pelo volume sistólico (VDF - 
VSF) x frequência cardíaca (FC) 
- RPT → resistência periférica (mudança de diâmetro nas arteríolas) 
 
Conceito de Hipertensão Arterial (Diretriz) 
 
Doença crônica → níveis elevados de pressão nas artérias 
Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis 
pressóricos nas artérias ≥ 140 mmHg PAS e/ou 90 mmHg PAD. 
● Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou 
estruturais de órgãos-alvo 
● É agravada por fatores de risco: dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à 
glicose, diabetes melito, sedentarismo, consumo excessivo de sal e fatores 
relacionados à genética. 
● Mantém associação independente com eventos como morte súbita, accidente 
vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca 
(IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal 
 
Fatores de risco 
● IDADE: ​Há uma associação direta e linear entre envelhecimento e prevalência de 
HA. 
● SEXO e ETNIA: ​prevalência de HA é maior entre mulheres e pessoas de raça 
negra/cor preta, comparada a adultos pardos. 
● EXCESSO DE PESO e OBESIDADE 
● INGESTÃO DE SAL: consumo excessivo de sódio está associado a eventos 
cardiovasculares e renais 
● INGESTÃO DE ÁLCOOL: Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas 
aumenta a PA de forma consistente 
● SEDENTARISMO: ​indivíduos insuficientemente ativos → adultos que não 
atingiram pelo menos 150 minutos semanais de atividade física considerando o 
lazer, o trabalho e o deslocamento 
● FATORES SOCIOECONÔMICOS: Adultos com menor nível de escolaridade 
apresentaram a maior prevalência de HA (31,1%), a proporção diminuiu para 16% 
naqueles que completam o ensino fundamental, mas aumentou novamente 
(18,2%) em relação às pessoas com superior completo. 
● GENÉTICA 
 
Tabela de Classificação 
 
Determinantes 
A regulação da pressão arterial (PA) depende de ações integradas de vários 
sistemas do corpo: cardiovascular, renal, endócrino e nervoso. Ela é determinada pela 
fórmula: PA = DC x RPT, que apresenta uma heterogeneidade e varia de acordo com as 
condições. 
O débito cardíaco (volume de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para a 
aorta/minuto) é determinado por: FC (batimentos/min), que se relaciona diretamente com 
a contratilidade do miocárdio, ​multiplicado pelo VS (que se dá pela fórmula: VDF -VSF), 
que representa o volume de sangue bombeado para o ventrículo durante a contração, que 
depende do retorno venoso. 
A resistência periférica se refere a mudança de diâmetro das artérias 
(vasoconstrição ou vasodilatação) e também depende da espessura de suas paredes. Ela 
pode ser alterada ​, por exemplo, pelo sistema nervoso simpático e sistema 
renina-angiotensina. 
A PA também pode ser alterada pela volemia (controlada por compensação do 
próprio sistema circulatório e pelos rins), pois quanto mais sangue no corpo, mais força é 
necessária para ejetá-lo e comportá-lo; e pela elasticidade (complacência) dos vasos, 
além da viscosidade sanguínea, que é a espessura do sangue, razão entre os eritrócitos e 
o plasma. 
Fisiopatologia 
É uma doença multifatorial, e acontece quando o corpo, mesmo com seus 
mecanismos de regulação, não consegue mais regular o nível normal da PA, então a 
mantém alta e o corpo acaba se acostumando. 
Expõe o corpo a outras condições clínicas, portanto é um fator de risco para: 
doença coronária, aneurismas, aterosclerose, insuficiência cardíaca, acidente vascular 
encefálico e doença renal. 
Como a PA é determinadapor DC x RPT, os mecanismos patogênicos 
relacionados à hipertensão devem envolver ​débito cardíaco aumentado, resistência 
periférica aumentada, ou até mesmo, ambos aumentados. 
A PA é influenciada por fatores genéticos (alterações nos genes) e ambientais 
(obesidade, consumo excessivo de sal, sedentarismo, estresse, resistência a insulina), 
pois eles alteram os fatores fisiológicos que regulam a PA: mecanismos neurogênicos, o 
sistema renina-angiotensina, o endotélio → o que pode causar disfunção endotelial, 
presença excessiva de peptídeos vasoconstritores, excesso de atividade do sistema 
renina-angiotensina, hiperatividade simpática, interferindo na função e estrutura do 
aparelho cardiovascular, que pode ter o débito cardíaco e a resistência periférica 
aumentados, gerando uma ​tendência para hipertensão​. 
Na ​maioria dos casos de hipertensão​, a ​bomba de sódio-potássio é defeituosa​, o 
que aumenta a permeabilidade aos íons de sódio, que juntamente com o acúmulo de 
cálcio, gera um consequente aumento de sódio e cálcio intracelular, tornando a célula 
mais sensível à estimulação simpática. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
HIPOTENSÃO 
O sistema renina-angiotensina, iniciado nos rins, também regula o volume 
sanguíneo e exerce influência na PA: o aparelho justaglomerular nos rins, é sensível a 
concentração de sódio, e quando a quando a PA diminui, menos sódio chega a arteríola 
aferente, o que leva a produção de RENINA, que ativa o angiotensinogênio no fígado e o 
converte em ANGIOTENSINA I, que cai na corrente sanguínea, vai para os pulmões, 
onde é convertida pela enzima ECA (enzima conversora de angiotensina) em 
ANGIOTENSINA II, que exerce ação vasoconstritora nas arteríolas, evitando que mais 
líquido seja filtrado e ocasione uma maior diminuição do volume sanguíneo, e provoca 
reabsorção renal de sódio, e consequentemente de água. 
O aumento nos níveis de angiotensina II ocasiona o aumento da secreção de 
ALDOSTERONA pelo córtex da suprarrenal, ela promove o aumento da reabsorção de 
sódio e estimula a secreção de potássio nos túbulos renais, para restaurar a volemia e 
consequentemente a PA. Sugerido que um defeito no manuseio do sódio pelos rins pode 
ser responsável pela associação entre a sensibilidade ao sódio e a PA. 
Problema 2 - “Quem paga a conta?” 
Doutora Jane e o líder de bairro são membros do conselho local de saúde e foram 
chamados pelos segmentos que representam, para atuar junto ao Conselho Municipal de 
Saúde. Drª Jane, na sua primeira reunião como conselheira, observa que a pauta do dia é 
o novo financiamento da Atenção Básica e em especial, o percentual da receita aplicado 
pelo município, estado e união na saúde da população. Jane, que chegou à reunião com 
mais perguntas do que respostas, questiona-se: “Como devo atuar no Conselho Municipal 
de Saúde? Isso promoveria alguma mudança na minha equipe? Será que teremos 
recursos suficientes para as novas demandas?” 
 
 
OBJETIVO 1 - Elucidar o papel e a importância da participação social nas decisões dos 
Conselhos de Saúde. 
● Explicar a importância da participação popular (obj 5 f) 
● Explicar o papel do controle social na gestão do SUS (obj 3 r) 
 
Lei Complementar do SUS 8142 ​ → 28 de Dezembro de 1990 
- Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS → DIREITO 
e DEVER 
● A partir da criação de Conselhos de Saúde)(reuniões 1 vez por mês) 
e Conferências de Saúde (a cada 4 anos) nas três esferas de 
governo → mecanismos formais/legal (previsto em lei) 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL → forma da população interferir na gestão do SUS, seja com 
críticas, elogios e propostas. 
Importância (democratização, vigilância, 
responsabilização e compromisso com a “coisa” 
pública) 
● Povo precisa estar engajado e informado sobre o que acontece e como funciona 
● População tem que ser apropriar do município 
● Usuário tem que ser o multiplicador da informação 
- Criar uma eficiente rede de informação e comunicação ao cidadão sobre 
estes espaços de participação 
● É essencial a participação dos grupos sociais (dentro dos representantes dos 
usuários) historicamente sub-representados nos processos de tomada de decisão 
política: as ​minorias 
- Ex: ​população LGBT​, a ​população negra​, ​povos indígenas​, mulheres… 
● Garantia de que a população participará do processo de formulação e controle das 
políticas públicas de saúde 
- Processo decisório sobre políticas públicas 
● Participam da formulação, intervindo em decisões e orientam a 
Administração Pública quanto às melhores medidas a serem 
adotadas com objetivo de atender aos legítimos interesses públicos 
- Reduzir, eliminar ou prevenir os desperdícios e os desvios na aplicação dos 
recursos públicos 
- Cobrar e auxiliar na efetividade e no comprometimento daqueles que 
fornecem os serviços de saúde 
- Controle sobre a ação do Estado 
● Monitorar, fiscalizar, avaliar, interferir na gestão estatal 
● Reorientar as decisões governamentais para os problemas que 
devam prioritariamente ser enfrentados pela ação pública 
● Influenciar a definição e a execução da política de saúde, a qualidade 
dos serviços do setor 
● Assegurar que os gestores públicos se comprometam com a 
excelência na concepção e implementação dos programas, projetos, 
ações e serviços de saúde 
Meios além dos institucionais → formas não institucionalizadas (informais) de participação 
e de realizar impacto nas atividades da saúde 
● Não influenciam diretamente o SUS, mas podem causar impacto suficiente para 
que a pauta levantada pelo grupo chegue a um espaço onde decisões concretas 
possam ser tomadas. 
● Protestos 
● TV, rádio 
● Blog 
● Internet → redes sociais 
OBJETIVO 2 ​ - Explicar a atuação do conselho local e municipal de saúde. 
● Como funciona os conselhos de saúde em cada esfera (federal, estadual, 
municipal) e qual a função de cada um? (obj 1 f) 
 
Lei 8142 ​ → 28 de Dezembro de 1990 
Art 1º 
 
● O Sistema Único de Saúde (SUS), da lei 8080, contará em cada esfera de governo, 
com as instâncias colegiadas: 
- Conferência de Saúde 
● Reunião a cada 4 anos com ​representação dos vários segmentos 
sociais 
● Para ​avaliar a situação de saúde (avanços e retrocessos do SUS) e 
propor diretrizes para a formulação de políticas de saúde nos níveis 
correspondentes 
- Conselho de Saúde (reuniões 1 vez por mês) 
● Atuam como espaços participativos estratégicos na ​reivindicação, 
formulação, controle e avaliação da execução das políticas 
públicas de saúde. 
● Ambos (Conselhos de Saúde e Conferências) terão: 
- A representação dos usuários PARITÁRIA em relação ao conjunto dos 
demais segmentos 
- Sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento 
próprio, aprovadas pelo respectivo conselho 
Conselho de Saúde (geral) → ​a comunidade (com seus 
representantes) participa da gestão pública 
 
● Instituído ​ pela ​Lei nº 8.142/1990 → composição, organização e competências. 
● É ​regulamentado pela ​Resolução Nº 453 de 10 de Maio de 2012 ​que revoga a 
Resolução 333/2003 
- É dividida em DIRETRIZES 
- Dispõe sobre a organização dos Conselhos de Saúde 
● Como funcionam 
● Quais normas devem seguir 
● Questões sobre eleição, votação, tempo de mandato 
● Estabelece instruções para: instituição, reformulação,reestruturação 
e funcionamento dos conselhos 
 
1º Diretriz → Definição  
Órgão colegiado, deliberativo e permanente do SUS em cada esfera de 
governo. 
● Órgão COLEGIADO → composto por pessoas que representam diferentes grupos 
da sociedade, as decisões são tomadas em grupos 
- Composição​ do Órgão Colegiado: 
● 50% → REPRESENTANTES DE USUÁRIOS 
- Não pode estar comprometido de forma direta ou indireta com 
os demais grupos 
- Ex: sindicatos, associações, movimentos sociais 
● 25% → REPRESENTANTES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
- Ex: médicos, enfermeiros, sindicatos e conselhos profissionais 
● 25% → REPRESENTANTES DO GOVERNO (gestores) E 
PRESTADORES DE SERVIÇO 
- Ex: Instituições filantrópicas ou conveniadas e representantes 
do governo 
 
Diferenças são muito importantes para que o conselho tenha uma visão geral da 
saúde, acolhendo diversas perspectivas, e possa tomar decisões com mais qualidade, 
sempre respeitando todas as opiniões. 
OBS: ​Resolução 453/2012 recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de 
representações promovam a renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades 
representativas. 
- Presidente pode ser de qualquer segmento → tem que ser eleito entre os 
membros do Conselho em reunião plenária 
● Caráter ​PERMANENTE 
- Sempre vai existir, É FIXO, independentemente de decisões da gestão da 
União, do estado ou do município 
- Nenhuma autoridade ou lei estadual ou municipal pode extingui-lo 
- É necessária outra lei federal para que ele possa ser extinto 
● Caráter ​DELIBERATIVO 
- Conversar para analisar ou resolver um problema/tomar uma decisão 
- Reunir-se com o objetivo de discutir determinados assuntos e chegar a um 
acordo/decisão 
- Diz sim ou não, aprova ou não aprova 
 
ESFERAS​ (garantirão autonomia administrativa para o pleno funcionamento dos 
conselhos): 
● Da União → ​Conselho Nacional de Saúde 
● Do estado → ​Conselhos Estaduais de Saúde 
● Do município → ​Conselhos Municipais de Saúde 
 
● Integrante ​ (está dentro) da estrutura organizacional do (a): 
- Ministério da Saúde 
- Secretaria de Saúde dos Estados, do DF e dos Municípios 
 
O processo bem sucedido de descentralização da saúde ​ promoveu o 
surgimento de Conselhos Regionais, Locais ou Distritais ​ ( ​não previsto em lei, pode 
ter ou não) → ​se tiver, será coordenado pela esfera correspondente, no caso, a 
municipal. 
● OBJETIVAM: 
- Participação social 
- Abrem as portas do SUS à sociedade civil organizada 
● ATUAÇÃO 
- Formulação de estratégias 
- Controle da execução da política de saúde na instância correspondente 
- Controle de aspectos econômicos e financeiros → decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo 
 
● T​erão representação no ​Conselho Nacional de Saúde: 
- Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 
- Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) 
São ​5.565 conselhos municipais (em todos os municípios brasileiros; dados de 
2007) e ​27 conselhos estaduais 
2º Diretriz → ​INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE 
  
A instituição dos Conselhos de Saúde (seja nacional, estadual ou municipal), tem 
que ser feita por uma lei, obedecendo a lei 8142/90. 
 ​3º Diretriz → ​A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE 
O Conselho servirá para propor, discutir, acompanhar, deliberar, avaliar e 
FISCALIZAR (principalmente) a implementação das políticas de saúde. Estabelece a 
composição paritária. 
Especificidades 
Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade no Município, 
caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a 
convocação e realização da Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de seus 
objetivos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao 
Conselho Nacional de Saúde, quando não houver Conselho Estadual de Saúde 
constituído ou em funcionamento. 
TODO município e TODO estado precisam ter conselho de saúde → É LEI. Se não 
tiver, não recebe recursos do Fundo Nacional de Saúde. 
Todo conselho de saúde deve possuir um REGIMENTO INTERNO, que definirá 
como será o mandato dos conselheiros e estabelecerá regras de funcionamento do 
Conselho. 
Conselheiros 
As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas, 
considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, garante a dispensa do 
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de justificativa junto aos órgãos, 
entidades competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de 
participação de seus membros durante o período das reuniões, representações, 
capacitações e outras atividades específicas. 
 
Conselho Nacional de Saúde (CNS)  
 
● Criado em 1937, através da lei nº 378 
- Tinha como atribuição assessorar o Ministério da Educação e Saúde​, em 
conjunto com o Conselho Nacional de Educação 
 
● Atribuições atuais regulamentadas pela Lei n° 8.142/1990 
 
● Integrante da estrutura organizacional do Ministério da Saúde 
- Também fazem parte do CNS: 
● Movimentos sociais 
● Instituições governamentais e não-governamentais 
● Entidades de profissionais de saúde 
● Comunidade científica 
● Entidades de prestadores de serviço 
● Entidades empresariais da área da saúde 
● MISSÃO: 
- Fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde em 
diferentes áreas 
- Levar as demandas da população ao poder público 
● RESPONSÁVEL POR: 
- Realizar conferências e fóruns de participação social 
- Aprovar o orçamento da saúde e acompanhar a sua execução 
- Avaliar/aprovar a cada quatro anos o Plano Nacional de Saúde 
Tudo isso para garantir que o direito à saúde integral, gratuita e de qualidade, 
conforme estabelece a Constituição de 1988, seja efetivado a toda a população no Brasil 
 
● É composto por 48 conselheiros titulares e seus respectivos primeiros e segundos 
suplentes 
- Podem ser representantes dos segmentos de usuários, trabalhadores, 
gestores do SUS e prestadores de serviços em saúde 
 
● Tem eleições a cada três anos para escolher seus membros → podem se 
candidatar seguindo as regras regimentais 
- A presidência do órgão é eleita entre os próprios conselheiros e 
conselheiras 
 
Conselho Estadual de Saúde (CES)  
● Apto a propor e aprovar diretrizes para elaboração do ​Plano Estadual de 
Saúde 
- Seja em função das características sócio-ambientais, do perfil 
epidemiológico, ou da necessidade de ações e serviços de saúde para a 
população 
● Avalia o modelo estadual de gestão do SUS 
- Fiscalizando a administração do Fundo Estadual de Saúde e apreciando 
trimestralmente as suas contas 
● Acompanha e contribui para o fortalecimento dos ​Conselhos Municipais de 
Saúde 
● Sessões plenárias são abertas ao público 
- Ocorrem regularmente 1 vez por mês 
- Podem ocorrer extraordinariamente por convocação do presidente ou de 
seus membros 
● É formado por 80 conselheiros titulares e seus respectivos primeiro e segundos 
suplentes 
Conselho Municipal de Saúde (CMS) 
● Integrante da estrutura básica da Secretaria Municipal de Saúde 
● O Coordenador de cada fórum indicará a Mesa Diretora do CMS e os nomes dos 
representantes aceitos para conselheiros, juntamente com os suplentes 
- O Conselho de Campo Grande é composto por 16 conselheiros titulares e 
respectivos suplentes, com a seguinte distribuição: 
● 8 usuários e suplentes 
● 4 trabalhadores de saúde e suplentes 
● 4 gestores/prestadores de serviços (público e privado) e suplentes 
● OBS: serão nomeados por Decreto do Prefeito do Município deCampo Grande/MS, terão ​mandato de 2 anos (podendo ser 
reconduzidos). 
- Mesa Diretora: 4 membros 
● 2 usuários 
● 1 gestor 
● 1 prestador de serviço 
● RESPONSABILIDADES: ​Elaborar e controlar a execução da política pública 
regional 
- Controlar o dinheiro da saúde → ​Acompanhar as verbas que são 
encaminhadas pelo SUS ​e ​ também os ​repasses​ de programas federais 
- Monitorar a execução das ações na área da saúde 
- Participar da formulação das metas para a área da saúde 
- Propor o Plano Municipal de Saúde → documento que reúne e organiza 
todas as propostas de ação que o governo tem para o desenvolvimento da 
saúde do município, oferecendo soluções para as necessidades e os 
problemas da população local. É o programa anual das ações e serviços 
prestados na saúde municipal. 
- Propor o Plano Plurianual → estabelece objetivos, metas e diretrizes que 
devem ser seguidas pelo governo municipal ao longo de 4 anos. 
● Reuniões 1 vez por mês 
● Atua em todas as áreas do setor (nos limites das competências municipais): 
- Fiscalização 
- Obtenção de informações 
- Proposta de estratégias 
- Tomada de decisões 
● Envolvido em discussões com temáticas como: 
- Política de recursos humanos 
- Relação com o setor privado 
- Epidemias 
- Saneamento básico 
- Estratégias de vigilância à saúde 
Conselho Local de Saúde (CLS) 
não previsto em lei - coordenado pelo Conselho Municipal 
● Órgão integrante à unidade de saúde → tem poder de decisão, participação e 
colaboração efetiva nos programas e ações que são desenvolvidas em cada 
unidade de saúde 
● Espaço que permite um diálogo entre as partes 
- Há um reconhecimento da realidade vivida pelos trabalhadores em saúde, 
administradores, usuários e a sua relação com o sistema Único de Saúde e 
Rede Municipal 
● Feito dentro do hospital, do CAPS, da UPA 
● Após as eleições dos representantes (​mandato de 2 anos​), o diretor do distrito 
convoca a primeira reunião: 
- Nesta, deve ser escolhido o coordenador e o secretário 
- A representação de cada segmento deverá ser escolhida por eleição em 
fórum próprio 
● As reuniões do Plenário são abertas aos usuários, trabalhadores, coordenadores 
(da Unidade Básica de Saúde ou da Unidade de Saúde da Família) e moradores 
em sua área de abrangência, que terão direito à voz e a voto 
● A Coordenação é integrada por no mínimo 04 membros, respeitando a paridade 
QUAL O PAPEL DO CONSELHO DE SAÚDE LOCAL? 
● Conhecer os recursos humanos, materiais e programas desenvolvidos no centro de 
saúde, decidindo as propriedades 
● Propor treinamento e atualizações para os funcionários 
● Propor medidas para o aperfeiçoamento da organização e do funcionamento de 
centro de saúde 
● Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e serviços de saúde 
● Acompanhar, fiscalizar a política de saneamento e meio ambiente 
● Estimular a participação comunitária no controle, manutenção e desenvolvimento 
das ações de saúde 
● Criar mecanismo de ouvidoria que permita a população dar suas sugestões (urnas, 
caixas surpresas etc) 
● Examinar propostas e denúncias apresentadas 
● Acompanhar a elaboração do plano de trabalho da unidade de saúde 
● Tomar providências para permanente orientação aos usuários sobre os serviços 
oferecidos na unidade de saúde 
REFERÊNCIAS: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2012/res0453_10_05_2012.html 
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/conselhos-de-saude/ 
https://conselho.saude.gov.br/apresentacao/apresentacao.htm 
http://conselho.saude.gov.br/apresentacao/index.htm 
http://www.ces.saude.pe.gov.br/ces/quem-somos/ 
http://www.ces.al.gov.br/composicao/ 
http://meuprontuario.net/qual-e-o-papel-conselho-municipal-da-saude-na-gestao-sus/ 
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cms/default.php?p_secao=76 
http://www.campogrande.ms.gov.br/cms/artigos/o-que-e-conselho-local-de-saude/ 
https://pensesus.fiocruz.br/participacao-social#:~:text=Ao%20estabelecer%20como%20pri
nc%C3%ADpio%20organizativo,defesa%20do%20direito%20%C3%A0%20sa%C3%BAd
e ​. 
https://www.politize.com.br/saude-e-cidadania-participacao-popular/ 
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade07/unid
ade07.pdf 
https://www.scielosp.org/article/sdeb/2013.v37n96/139-147/pt/ 
https://www.youtube.com/watch?v=MEIrWTs-jZw 
 
OBJETIVO 3 ​ - Elucidar a atenção básica e sua atuação 
● Responsabilidade de cada esfera na atenção básica 
 
Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido pensada desde o ​Relatório Dawson de 1920 ​, 
foi enriquecida pela ​Declaração de Alma Ata em 1978​. 
EDIÇÕES da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB): 
● 2006 
● 2011 
● 2017 → ​ ​PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 
 
Atenção Básica/Primária à Saúde (APS ou ABS) 
 primeiro nível de atenção em saúde 
 80% dos problemas de saúde da população podem ser solucionados aqui 
 
Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a 
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a 
redução de danos e a manutenção da saúde 
 
 
● Principal porta de entrada do SUS → primeiro contato do paciente com o sistema 
de saúde 
● Presta serviços ambulatoriais não especializados 
● Centro de comunicação com toda a Rede de Atenção dos SUS 
● Se caracteriza pela continuidade e integralidade da atenção, considerando 
aspectos físicos, psíquicos e sociais da saúde 
● Funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de 
saúde, dos mais simples aos mais complexos 
- Deve se orientar pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, da 
continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, 
da humanização e da equidade 
● Onde as doenças mais frequentes na população são acompanhadas e tratadas 
● OBJETIVO: desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na 
situação de saúde das coletividades 
- Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem 
resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância em seu 
território 
● Ocorre no local mais próximo da vida das pessoas 
- Para cuidar da população no ambiente em que vive 
- Dirigida para a população de territórios bem delimitados 
- A proximidade das equipes que atuam nestes serviços com a comunidade, 
permite que se conheça melhor o cidadão, garantindo maior adesão aos 
tratamentos e intervenções médicas propostas 
● Há diversas estratégias governamentais relacionadas: 
- Estratégia de Saúde da Família (ESF) 
● Leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das 
Unidades de Saúde da Família (USF) 
● Consultas, exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são 
disponibilizados aos usuários nas USF 
- Programa Saúde na Hora 
● Significa que nestas unidades, além dos horários convencionais, de 
07h às 17h, terão horários flexíveis, o cidadão também pode ser 
atendido no horário do almoço, à noite ou aos finais de semana (fds 
opcional) 
● Amplia os recursos mensais repassados a municípios que aderirem o 
programa 
● Recursos devem ser usados para preparar as unidades que vão 
funcionar no novo formato e após início do novo funcionamento, 
passam a contar com o custeio mensal ampliado 
- Médicos pelo Brasil 
● 18 mil vagas para médicos atuarem em regiões mais carentes do país 
● Visa formar especialistas em prevenção e acompanhamento de 
doenças mais frequentes nos brasileiros, como ​diabetes e 
hipertensão 
● Maioria das vagas para municípios distantes dos centros urbanos ou 
pequenos 
- Previne Brasil 
● Reestrutura a distribuição de recursos para os municípios (pelo 
Governo Federal) 
● Ganha mais quemcuida mais da saúde dos brasileiros 
● São três​ critérios: 
- Nº de pessoas acompanhadas nos serviços de saúde, 
principalmente quem recebe benefícios sociais, crianças e 
idosos; 
- Melhora das condições de saúde da população, como impedir 
o agravamento de doenças crônicas como diabetes e redução 
de mortes de crianças e mães 
- Adesão a programas estratégicos, como Saúde Bucal e 
Saúde na Hora 
- Conecte SUS 
● Surgiu em maio, na pandemia, reestruturado a partir do Meu DigiSUS 
● Permite ao cidadão visualizar o atendimentos realizados nos pontos 
da Rede de Atenção à Saúde, permitindo o acesso seu histórico, para 
continuidade do cuidado nos setores público e privado 
● Objetivo: dar maior visibilidade aos atendimentos e internações 
realizadas nos pontos da Rede de Atenção à Saúde 
● Usuário tem acesso ao seu histórico de atendimento e a sua 
caderneta de vacinação 
 
Tipos de Equipes 
Equipe de Saúde da Família (eSF): ​visa à reorganização da Atenção Básica de 
acordo com os preceitos do SUS. ​População por equipe: 2.000 a 3.500 pessoas 
● COMPOSIÇÃO: 
- 1 médico (no ​mínimo ​) → ​preferencialmente da especialidade medicina de 
família e comunidade 
- 1 enfermeiro → preferencialmente especialista em saúde da família 
- Auxiliar e/ou técnico de enfermagem 
- Agente comunitário de saúde (ACS) → nº definido de acordo com a base 
populacional 
● Em áreas de grande dispersão territorial, de risco e de vulnerabilidade 
social, recomenda-se máximo de 750 pessoas por ACS. 
- OBS: pode fazer parte da equipe → agente de combate às endemias (ACE) 
e os ​profissionais de saúde bucal​: 
● Cirurgião-dentista → preferencialmente especialista em saúde da 
família 
● Auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
Equipe da Atenção Básica (eAB): deve atender aos princípios e diretrizes 
propostas para a AB 
Equipe de Saúde Bucal (eSB): ​Constituída por um cirurgião-dentista e um técnico 
em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal 
Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB): 
equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais 
complementares às equipes que atuam na Atenção Básica 
● Assistente Social 
● Farmacêutico 
● Fisioterapeuta 
● Fonoaudiólogo 
● Médico Ginecologista/Obstetra, Pediatra, Psiquiatra, Geriatra 
● Psicólogo 
● Nutricionista 
● Profissional com formação em arte e educação 
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS): forma de agregar os 
agentes comunitários a outras maneiras de organização da Atenção Básica 
EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA PARA POPULAÇÕES ESPECÍFICAS 
 
Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): desempenham suas funções 
em UBS cujo acesso se dá por meio fluvial → grande dispersão territorial, necessitam de 
embarcações para atender as comunidades dispersas no território 
Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): desempenham suas funções em 
UBS Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades dispersas, ribeirinhas 
● UBSF → embarcações que comportam uma ou mais equipes de Saúde da Família 
Fluvial, equipadas com os materiais necessários para atender à população 
ribeirinha 
Equipe de Consultório na Rua (eCR): com composição variável, responsável por 
articular e prestar atenção integral à saúde de pessoas em situação de rua, em unidade 
fixa ou móvel 
Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): responsabilidade de articular e 
prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade. 
 
Responsabilidade das esferas 
UNIÃO 
● Definir e rever as diretrizes da PNAB (Política Nacional de Atenção Básica) 
● Garantir recursos federais para compor o financiamento 
● Prestar apoio aos gestores dos estados e municípios 
● Disponibilizar instrumentos para facilitar a gestão, formação e educação 
permanente dos gestores e profissionais da AB 
● Articular com o Ministério da Educação estratégias curriculares nos cursos de 
graduação e pósgraduação na área da saúde → visando à formação de 
profissionais e gestores com perfil adequado à Atenção Básica 
● Garantir a educação permanente e continuada para os profissionais de saúde da 
Atenção Básica, de acordo com as necessidades locais 
ESTADO e DF 
● Destinar recursos estaduais para compor o financiamento 
● Monitorar as ações da AB nos municípios 
● Analisar os dados gerados pelos sistemas de informação, utilizá-los no 
planejamento e divulgar os resultados obtidos; 
● Divulgar periodicamente os relatórios de indicadores da AB 
● Definir​ estratégias de articulação com as gestões municipais 
● Disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem a 
formação e a educação permanente dos membros das equipes de gestão e de 
atenção 
MUNICÍPIO 
● Organizar, executar e gerenciar os serviços e ações da AB 
● Programar as ações de acordo com as necessidades de saúde de sua população 
● Organizar o fluxo de pessoas, inserindo-as em linhas de cuidado, instituindo e 
garantindo os fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos 
pontos de atenção → visando à garantia das referências a serviços e ações de 
saúde fora do âmbito da AB e de acordo com as necessidades de saúde das 
mesmas 
● Garantir espaços para a participação da comunidade no controle social 
● Destinar recursos municipais para compor o financiamento 
● Selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem as equipes 
multiprofissionais de AB 
● Garantir recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o 
funcionamento das UBS e equipes, e para a execução das ações 
● Alimentar, analisar e 
verificar a qualidade e a 
consistência dos dados 
inseridos nos sistemas 
nacionais de informação a 
serem enviados às outras 
esferas de gestão 
● Assegurar o 
cumprimento da carga 
horária integral de todos os 
profissionais que compõem 
as equipes que atuam na 
AB 
Atributos da APS 
SERVIÇO PRIMEIRO CONTATO: porta de entrada do serviço de saúde, início da 
atenção. Acessível a população a cada novo evento de saúde (adoecimento) ou um novo 
episódio de um mesmo evento (acompanhamento). O clínico geral atua como um filtro 
para garantir o acesso aos outros níveis de serviço especializado. 
LONGITUDINALIDADE: continuidade e regularidade da atenção, a relação humanizada 
entre a unidade de saúde (profissionais e equipes) e os pacientes e ao cuidado ao longo 
da vida, independente da presença ou ausência de doenças. 
INTEGRALIDADE (OU ABRANGÊNCIA): ​atender o paciente de forma integral, 
abrangendo ​aspectos biopsicossociais​. 
COORDENAÇÃO: ​Envolve a coordenação das ações e dos serviços necessários para 
resolver as necessidades, garantir a continuidade da atenção e manter um registro 
adequado de informações. 
 
ORIENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE: participação da comunidade nas decisões 
envolvidas com a sua saúde e no reconhecimento das necessidades de saúde da 
população dentro de ​seu contexto econômico e social​. 
CENTRALIDADE NA FAMÍLIA: conhecer os membros da família e seus problemas de 
saúde, levando em ​consideração o contexto familiar e sua dinâmica para que assim, 
consiga oferecer os serviços de acordo com a necessidade de cada pessoa da família. 
COMPETÊNCIA CULTURAL: ​entender o processo saúde-doença dentro das diferentes 
necessidades dos diferentes grupos de pessoas, que ​variam em características 
étnico-raciais e culturais​. 
 
OBJETIVO 4 - Descrever a dinâmica do financiamento do SUS e em especial da atenção 
básica 
 
Financiamento

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