Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
insuficiência cardíaca insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica caracterizada pela incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, quer seja por déficit de contração e/ou de relaxamento, comprometendo o funcionamento do organismo, e quando não tratada adequadamente, reduzindo a qualidade de vida e a sobrevida. São classificados em estagios. Os pacientes no estágio A têm risco elevado em razão de outra doença, mas não apresentam sinais ou sintomas da insuficiência cardíaca. Os pacientes em estágio B apresentam evidência de cardiopatia estrutural, mas nenhum sintoma de insuficiência cardíaca. Os pacientes em estágio C apresentam cardiopatia estrutural e sintomas de insuficiência, sendo que os sintomas são responsivos à terapia comum Os pacientes no estágio D apresentam insuficiência cardíaca refratária à terapia comum, sendo necessárias intervenções especiais (terapia de ressincronização, transplante Quando o estágio C é alcançado, a gravidade da insuficiência cardíaca comumente é descrita de acordo com uma escala idealizada pela New York Heart Association. A insuficiência de classe I está associada à ausência de limitações para as atividades comuns, e os sintomas se manifestam apenas com esforços acima dos habituais. A classe II caracteriza-se por discreta limitação das atividades, resultando em fadiga e palpitações durante a atividade física comum. Na insuficiência classe III há fadiga, dispneia e taquicardia com atividades físicas aquém das comuns, mas sem sintomas em repouso. A classe IV está associada a sintomas mesmo quando o paciente está em repouso. Insuficiência cardíaca sintomática quando há edema e indicado a remoção do sódio Na insuficiência muito leve, pode-se tentar o uso de tiazídico, mas um diurético de alça, como a furosemida, comumente se faz necessário. Inibidor de eca e bloqueadores de angiotensina Nos pacientes com disfunção ventricular esquerda, mas sem edema, um inibidor da ECA deve ser o primeiro medicamento utilizado, juntamente com os diuréticos Enalapril por exemplo tornam mais lento o progresso da dilatação ventricular e, dessa maneira, também a espiral para baixo da insuficiência cardíaca. Por conseguinte, os inibidores da ECA são benéficos em todos os subgrupos de pacientes – desde os assintomáticos até aqueles com insuficiência crônica grave. Bras (por exemplo, losartana) devem ser indicados para quem não tolera ECA, por conta da tosse que os ECA-S podem gerar Vasodilatadores Podem ser divididos em arteriolares seletivos, venosos e medicamentos com efeitos vasodilatadores não seletivos Nos pacientes em que a fadiga decorrente do baixo débito ventricular esquerdo seja o sintoma primário, um dilatador arteriolar, como a hidralazina, pode ser útil ao aumentar o débito cardíaco anterógrado Beta bloqueadores dos canais iônicos Taquicardia excessiva e excesso de catecolaminas, contribuem para o curso negativo da insuficiência cardíaca bisoprolol, carvedilol, metoprolol, e nebivolol reduzem a mortalidade Em contrapartida, os fármacos bloqueadores do cálcio parecem não ter função no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca. Seus efeitos depressores sobre o coração podem agravar a doença. Por outro lado, a redução da frequência cardíaca com a ivabradina, parece benéfica Digitálicos Se inibidor de ECA e vasodilatador não deu certo utiliza-se os digitálicos, por exemplo a Digoxina O digitálico é útil no tratamento de arritmias atriais em razão de seus efeitos parassimpatomiméticos cardiosseletivos. A terapia para a intoxicação que se manifesta na forma de alterações visuais ou distúrbios gastrintestinais geralmente não requer mais que a redução da dose do fármaco. A digoxina está explicitamente contraindicada nos pacientes com síndrome de Wolff--Parkinson-White e com fibrilação atrial Toxicidade A terapia para a intoxicação que se manifesta na forma de alterações visuais ou distúrbios gastrintestinais geralmente não requer mais que a redução da dose do fármaco. Os níveis séricos de digitálico e potássio e o eletrocardiograma sempre devem ser monitorados durante a terapia de intoxicação digitálica significativa. digoxina imune fab-. Os anticorpos reconhecem os glicosídeos cardíacos de muitos outros vegetais além da digoxina, e são extremamente úteis na reversão da intoxicação grave com a maioria dos glicosídeos. Conforme observado anteriormente, eles também são úteis em casos de eclâmpsia e pré-eclâmpsia Terapias de ressincronizaçao cardíaca e modulação da contratilidade cardíaca A deficiência de sincronização da contração ventricular resulta em redução do débito cardíaco. A ressincronização, com marca-passo ventricular esquerdo ou biventricular, mostrou-se capaz de reduzir a mortalidade nos pacientes com insuficiência cardíaca crônica que já recebiam a terapia conservadora ideal Manejo da insuficiência cardíaca diastólica O β-bloqueador nebivolol é efetivo na insuficiência tanto sistólica como diastólica A taquicardia limita o tempo de enchimento; portanto, os fármacos bradicárdicos podem ser particularmente úteis, pelo menos em teoria. Manejo da insuficiência cardíaca aguda A insuficiência cardíaca aguda ocorre com frequência em pacientes com insuficiência crônica. Esses episódios comumente estão associados a esforço aumentado, emoção, ingestão excessiva de sal, falta de adesão à terapia medicamentosa ou aumento da demanda metabólica ocasionado por febre, anemia, etc. Uma causa particularmente comum e importante de insuficiência aguda – com ou sem insuficiência crônica – é o infarto agudo do miocárdio. Os pacientes com infarto agudo do miocárdio são mais bem tratados com revascularização de emergência, usando angioplastia da coronária e stent, ou agente trombolítico. O tratamento intravenoso é a regra na terapia medicamentosa da insuficiência cardíaca aguda. Entre os diuréticos, a furosemida é o mais comumente utilizado. Dopamina ou dobutamina são agentes inotrópicos positivos com ação de início imediato e curta duração; elas são mais úteis nos pacientes com insuficiência complicada por hipotensão grave. As arritmias cardíacas são um problema comum na prática clínica, ocorrendo em até 25% dos pacientes tratados com digitálico, 50% dos pacientes anestesiados e mais de 80% dos pacientes com infarto agudo do miocárdio. As arritmias podem ser tratadas com os fármacos discutidos neste capítulo e com terapias não farmacológicas, como marca-- passos, cardioversão, ablação por cateter e cirurgia. Neste capítulo, descreve-se a farmacologia dos fármacos que suprimem as arritmias por meio de ação direta sobre a membrana da célula cardíaca As correntes iônicas que se acredita contribuam para o potencial de ação cardíaco estão ilustradas na Figura 14-2. Em repouso, a maior parte das células não é significativamente permeável ao sódio, mas, no início de cada potencial de ação, tornam- se bastante permeáveis (ver adiante). Em termos eletrofisiológicos, a condutância do canal de sódio rápido aumenta subitamente em resposta a um estímulo despolarizante
Compartilhar