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Resumo NP2 TAP Resumos Sara HIV e AIDS HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais aBngidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se mulBplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para conBnuar a infecção. OBS: AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida BRASIL: 53% na Região Sudeste 20,1% na Região Sul POPULAÇÕES : CHAVE: Trabalhadores do sexo Gay e HSH Pessoas Trans Pessoas que usam álcool e outras drogas Pessoas Privadas de liberdade PRIORITÁRIAS: População negra Adolescentes e jovens Pessoas em situação de rua Indígenas METAS ATÉ 2020 Tratamento : 90% Novas infecções: 500 mil Discriminação : Zero ATÉ 2030 Tratamento : 95% Novas infecções: 200 mil Discriminação : Zero CASCATA DO CUIDADOS Vivem com hiv: 100% Diagnosticadas: 87% Tratamento: 55% Carga viral suprimida: 50% TRÍADE DO CUIDADO CONTÍNUO 1. VINCULAÇÃO 2. RETENÇÃO 3. ADESÃO AO TRATAMENTO Cuidado contÍnuo: I. Diagnóstico oportuno II. Vinculação ao serviço de saúde III. retenção no seguimento pelo acompanhamento e realização de exames periódicos IV. início da TARV e sua promoção para boa adesão : alcançar objetivos finais do cuidado V. Supressão da carga viral e o alcance de uma qualidade de vida comparável a pessoas que não possuem hiv TESTAGEM ● Exame laboratorial : Elisa anti -HIV ● Teste rápido : Uma gota de sangue ou fluído oral ● Teste de farmácia Tratamento Antirretroviral Início imediato para todos independente do estágio. Informar riscos e benefícios respeitando a autonomia do indivíduo. Uma vez iniciado não pode ser interrompido. Não pode haver coerção para início da TARV. A terapia inicial deve sempre incluir combinações com três ARV, sendo dois ITRN/ITRNt associados a uma outra classe de an=rretrovirais (ITRNN, IP/r ou INI) No Brasil, para os casos de início de tratamento, o esquema inicial preferencial deve ser a associação: 2 ITRN/ITRNt – Lamivudina (3TC) e Tenofovir (TDF) Inibidor de integrasse (INI) – Dolutegravir (DTG) Adultos em início de tratamento : TDF(b)/ 3TC + DTG(c) Dose diaria: (300mg/300mg)”2X1” 50mg 1X dia Coinfecção TB-HIV(d)sem critérios de gravidade : TDF(b)/ 3TC/ EFV Dose diária: (300mg/300mg/ 600mg) - DFC 1Xdia OBS: Concluídos tratamento para TB muda do EFV para DTG Resumo NP2 TAP Resumos Sara Coinfecção TB-HIV(d)com critérios de gravidade: ● LT-CD$ +<100 céls/mm3 ● Presença de outra infeccção oportunista ● necessidade de internação hospitalar ou doença grave ● tuberculose disseminadas TDF(b)/ 3TC +RAL Dose diária: (300mg/300mg)”2X1” 1X dia + 400mg 12/12h OBS: Concluído tratamento completo de TB muda de RAL para DTG em até 3 meses Adesão ao tratamento Fatores que Facilitam: ● Esquemas terapêuticos simplificados com doses fixas combinadas, diferentes medicamentos em um comprimido. ● Conhecimento e compreensão sobre a enfermidade e tratamento ● Acolhimento e escuta ativa pela equipe multi ● Vínculo com profissionais ● Capacitação Adequada equipe multi ● Educação entre pares em parceria com a organização da sociedade civil ● apoio social Fatores que dificultam: ● Complexidade do esquema terapêutico ● faixa etária do paciente ● baixa escolaridade ● não aceitação da soropositividade ● presença de transtornos mentais, ansiedade e depressão ● efeitos colaterais do medicamento ● relação insatisfatória do usuário com profisssional ● crenças negativas e informações inadequadas ● dificuldade de adequação diária no tratamento ● abuso de álcool e drogas ● dificuldade no acesso ao serviço ● medo de sofrer discriminação ● precariedade ou ausência de suporte social Comorbidades não infecciosas relacionadas ao HIV: ➔ DCV: Doenças cardiovasculares ➔ Síndrome metabólica ➔ Lipodistrofia ➔ Alterações neurocognitivas ➔ Alterações hepáticas ➔ Alterações osteomusculares ➔ Alterações renais ü Avanços terapêuticos : TARV: ● Controle da infecção ● Restauração da imunidade ● Redução da morbimortalidade Outros problemas de saúde têm emergido Comorbidades do tratamento : Maior sobrevida Indivíduos que vivem com o HIV apresentam níveis mais elevados de marcadores de inflamação, associados ao aumento do risco cardiovascular ★ IST aumenta em até 24x a chance de contrair HIV ★ Preservativo peniano e vaginal Populações chaves e prioritárias recomenda-se a Prevenção Combinada. Marcos Legais e outros aspectos culturais: ★ Usar preservativo maculino, feninino e lubrificante em gel. ★ Diagnosticar e tratar as pessoas com IST e HIV ★ Redução de danos ★ Imunizar para HBV e HPV ★ Prevenir a transmissão vertical ★ PrEP: Profilaxia Pré- exposição ★ PEP: Profilaxia Pós-Exposição ★ Testar regularmente para HIV, IST e HV ★ Testar todas pessoas vivendo com HIV/AIDS Prevenção combinada É uma estratégia conjuga intervenções biomédicas comportamentais e estruturais aplicadas no nível do indivíduo e de suas relações e de grupos sociais que pertence mediante ações que levem em consideração as necessidades e especificidades e formas de transmissão do vírus, a prevenção combinada reconhece que a pessoa deve escolher o método que melhor a Deca condições e circunstâncias Na sua vida tendo como princípio norteador a garantia do direito humano e respeito a autonomia. O melhor método de prevenção é aquele que o indivíduo escolhe e atende Suas necessidades sexuais e de proteção sendo que nenhuma Resumo NP2 TAP Resumos Sara intervenção de prevenção isolada é suficiente para reduzir de novas infecções. Intervenções Biomédicas: Clássicas: métodos de barreira Intervenções baseadas em ARV: PEP: profilaxia pós-exposição PrEP: Profilaxia pré- exposição TTP: Tratamento de todas as pessoas Preservativo masculino e feminino • Contribuem para a saúde sexual e saúde reprodutiva • Previnem outras IST • São utilizados como método contraceptivo • São economicamente efetivos • São de fácil uso e manuseio Profilaxia Pré-exposição • Ulizada por pessoas que não tem o HIV, com o intuito de reduzir o risco de infecção pelo vírus nas relações sexuais. • Indicação requer avaliação do risco de exposição: • Práticas sexuais • Contextos de vulnerabilidade • Populações com maior prevalência de HIV • Parcerias sexuais Profilaxia Pré-exposição (PrEP) Segmentos Prioritários: Gays e HSH Pessoas Trans Trabalhadores sexuais Parcerias sorodiferentes para hiv Critério de indicação da PrEP: Relação Sexual anal (receptiva ou incertiva) ou vaginal sem uso de preservativo nos ultimos 6 meses E/OU Episódios recorrentes de IST E/OU Uso repetitivos de PEP Relação com pessoa infectada pelo HIv sem preservativo ★ Profilaxia Pós-Exposição 1. O tipo de material biológico é de risco para transmissão do HIV? 2. Qual tipo de exposição é de risco para transmissão do HIV? 3. o tempo transcorrido da exposição é menor que 72h? A pessoa exposta é não reagente para HIV no momento do atendimento? SE TODAS FOREM SIM É INDICADO PEP! O primeiro atendimento após A exposição a alga É ver é uma urgência a pep deve ser iniciada o mais precocemente Tendo como limite as 72 horas após a exposição Quanto mais precoce mais eficácia da intervenção sendo que não há benefício da profilaxia com ARV Após 72 horas sendo que se o atendimento ocorrer após 72 horas não é indicado a profilaxia E se o material for de risco recomenda-se o acompanhamento sorológico além das orientações de prevenção combinada. PEP: TDF+3TC+DTG Duração de 28 dias. INFORMAÇÕES BONUS: Transmissão: Sexual, vertical, sanguínea, leite materno. Diagnóstico: Elisa, imonofluorescência indireta, Western Blot e imunoblot, testes rápidos, testes moleculares. Acompanhamento : Carga viral (RNA viral no plasma) <50 cópias/ml ou indetectável; LT CD4+ normal de 800 a 1200 células/mm³. FASES: 1. Aguda Primeiras semanas da infecção, até a soroconversão(janela imunológica); ↓ LT CD4 + transitório, ↑ carga viral. Nessa 1ª fase, pode apresentar hipertermia, sudorese, cefaleia, fadiga, faringite, exantemas, gânglios linfáticos aumentados e um leve prurido. 2. Latência Clínica ↑ Interação - células de defesa e ↑ mutações do vírus; o exame físico normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir. Pode durar anos, com sintomas clínicos mínimos ou inexistentes, mas com exame sorológico reagente para HIV. 3. Sintomática inicial redução acentuada dos L T CD4+; LT CD4+ entre 200 a 300 cel/mm³. Podem ocorrer processos oportunistas de menor gravidade, como a candidíase oral ou a presença de mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarréia, febre, astenia, sudorese noturna e emagrecimento. 4. Aids Infecções oportunistas; LT CD4+ geralmente < 200 cel/mm³; Ex.: tuberculose, neurotoxoplasmose, neurocriptococose e citomegalovirose. Resumo NP2 TAP Resumos Sara Doenças secundárias ao enfraquecimento do sistema imunológico e o aparecimento de infecções oportunistas (ex.: tuberculose, neurotoxoplasmose, neurocriptococose) e algumas neoplasias (ex.: linfomas não Hodgkin e sarcoma de Kaposi). HIV – Pontos Importantes Aconselhamento pré e pós-testes para detecção do HIV. Investigação de tuberculose em pacientes soropositivos. Aconselhamento para as situações de risco para transmissão do HIV/ISTs. Vacinação dos pacientes soropositivos, salvo suas exceções. Início precoce da Terapia Antirretroviral (TARV). Profilaxia da transmissão vertical do HIV. Iniciar TARV em todas as gestantes, independente de situação ou contagem de LT-CD4+. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, EPIDEMIOLÓGICA E O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: A população é dinâmica. Os elementos que definem a dinâmica da população são: - Nascimentos - Óbitos - Migração DINÂMICA POPULACIONAL É RESULTANTE DO COMPORTAMENTO DA: 1. Fecundidade - capacidade reprodutiva de uma população. • taxa de fecundidade geral 2. Mortalidade - risco de morrer • taxa de mortalidade geral 3. Movimentos migratórios FÓRMULAS: Fatores da dinâmica demográfica • Envelhecimento da população - comparação entre 3 grupos populacionais: jovens (<15 anos), segmento economicamente ativo (15-64 anos) e idosos (65 anos e +). • Taxa de natalidade: • Índice de envelhecimento: • Razão de dependência: Taxa de fecundidade total -Brasil 2000: 1: NORTE 2: NORDESTE 3: SUL MUNDO: ANGOLA, MUNDO, AMERICA LATINA E CARIBE, EUA, BRASIL, JAPÃO . A taxa de fecundidade necessária para reposição da população é de 2,1. ★ 1 para repor o pai; ★ 1 para repor a mãe; ★ 0,1 para repor os óbitos. OBS: Fator : A REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL impacta também. Envelhecimento da População: pirâmide populacional . Compatibilizar o envelhecimento da população com a estabilidade econômica para que não surjam problemas sociais decorrentes do prolongamento da esperança de vida. . Viver mais e viver bem. Tendência mundial ➔ Diminuição da taxa de fecundidade ➔ Melhora dos indicadores de mortalidade (infantil e global) ➔ Aumento progressivo da expectativa de vida ➔ Aumento da proporção de idosos Mudança no padrão de doenças TRANSIÇÃO EPIDEMIOLOGICA: São mudanças ocorridas no tempo nos padroes de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população específica Transformações: Demográficas, sociais e econômicas Mudanças básicas: 1 : substituição das doenças transmissíveis pelas doenças não transmissíveis : aparelho circulatório , neoplasias, diabetes etc e causas externas como acidentes e violências. 2 : Deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens para idosos 3: Transformação da predominância da situação de mortalidade sendo agora a morbidade dominante Resumo NP2 TAP Resumos Sara Fatores contribuintes: 1. Processo de transição demográfica: ● diminuição da taxa de fecundidade e natalidade ● Aumento de idosos e doenças crônicas degenerativas Sendo que as doenças infecciosas reduziram e as doenças crônicas degenerativas constituem ⅓. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Nos últimos 25 anos: Desnutrição em crianças O declínio de 72% l praticamente desapareceu em maiores de 18 anos. Em contraposição: l obesidade em adultos triplicou no nordeste e duplicou no sudeste l há evidências de que começa a se reduzir nos estratos de renda mais elevada Obesidade = fator de risco para doença cardiovascular e diabetes mellitus AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA TAMBÉM É UM FATOR Em países desenvolvidos o aumento de doenças crônicas degenerativas e a redução drástica de doenças infecto-parasitárias já no Brasil também é o aumento das doenças crônicas degenerativas mas a manutenção das doenças infecciosas e parasitárias. As principais causas de mortalidade no Brasil são em primeiro as doenças do aparelho circulatório seguido de neoplasias causas externas doenças do aparelho respiratório e doenças Infecciosas e parasitárias SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA Resolução Nº 358/2009, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que determina, privativamente, ao enfermeiro a implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de enfermagem (2). A SAE é um instrumento do cuidado e deve ser desenvolvida com vistas a qualificar a assistência e minimizar os riscos aos usuários direcionamento da organização do cuidado e possibilita aos profissionais de enfermagem exercer sua autonomia perante os demais trabalhadores da saúde melhoria da qualidade da assistência e promoção da autonomia SAE organiza o trabalho profissional quanto ao método, de pessoal e os instrumentos metodológicos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem, que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional A legislação vigente descreve que “o Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem” Sobre o artigo pontos importantes: Conhecimento inadequado da SAE torna-se uma barreira para a implementação e adesão de execução da mesma; Falta de conhecimento sobre etapas da SAE especialmente do diagnóstico de enfermagem; Condições inadequadas de trabalho, ausência de roteiros; Investir mais na educação permanente e continuada dos profissionais da Atenção Básica; Visita Domiciliar na Atenção Primária à Saúde Pontos importantes: Visita Domiciliar Visita - é a aproximação dos profissionais de saúde e usuários através da promoção da equidade, melhora da compreensão e do contexto de vida. Deve-se fazer visita domiciliar para evitar uma hospitalização desnecessária, ampliando o acesso, fazendo acolhimento e humanização das pessoas que estão restritas no leito de domicílio, vivenciando todos os determinantes sociais e adequando as necessidades de acordo com as reais possibilidades. Classificação: AD1 - É responsabilidade da Atenção Primária - são os usuários que possuem problemas de saúde controlados e tem algum grau de dependência para as atividades. Visita MENSAL. Resumo NP2 TAP Resumos Sara AD2 - Responsabilidade do SAD, necessita de maior frequência de visita - SEMANAL. AD3 - Responsabilidade do SAD, necessita de maior frequência de visita - SEMANAL e os pacientes possuem maior nível de complexidade. A Política Nacional de Atenção Domiciliar define a Atenção Domiciliar (AD) no Sistema Único de Saúde (SUS) como uma “modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar as já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS)” (BRASIL,2012). 1. APROXIMAÇÃO D E PROFISSIONAIS E USUÁRIOS 2. PROMOÇÃO DA EQUIDADE 3. MELHOR COMPREENSÃO DO CONTEXTO DE VIDA Porque realizar: A Visita Domiciliar (VD) viabiliza a desinstitucionalização de usuários que se encontram internados nos serviços hospitalares,além de evitar hospitalizações desnecessárias a partir de serviços de pronto atendimento. Amplia o acesso, acolhimento e humanização das pessoas que estão restritas ao leito ou domicilio. (BRASIL, 2012). Quem faz a visita domiciliar tem a oportunidade de entender o verdadeiro contexto de vida das pessoas; Vivenciar todos os determinantes presencialmente; É um privilégio para o profissional de saúde fazer a VD, pois pode adequar e coordenar os cuidados de acordo com as possibilidades reais das pessoas, seus cuidadores e familiares. Vale ressaltar que o CUIDADOR muitas vezes passa despercebido e por isso deve ser alvo de atenção a cada visita, a fim de que sejam identificados precocemente sinais de esgotamento, além de orientar cuidados com a própria saúde, como repouso adequado e revezamentos (respiros). Modalidades de Atenção Domiciliar (AD) PORTARIA Nº 825, DE 25 DE ABRIL DE 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. A prestação da assistência na modalidade AD 1 é de responsabilidade das equipes de atenção primária à saúde. Nesta modalidade, estão os usuários que possuem problemas de saúde controlados/compensados com algum grau de dependência para as atividades da vida diária: AD1 - PERFIL DO USUÁRIO - Problemas de saúde controlados ou compensados; - Dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; - Necessitam de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde; - Situações específicas ligadas ao ciclo de vida, como adaptações iniciais de puerpério, redução de mobilidade transitória ou permanente de idosos; - Usuários com arranjos sócio-familiares-econômicos frágeis, com efeitos diretos ou indiretos em seu estado de saúde; - Frequência das visitas, a partir da avaliação clínica, de uma visita/mês ou prazo maior, dentro da capacidade de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). AD2 - PERFIL DO Usuário A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade do Serviço de Atenção Domiciliar - SAD Melhor em Casa, representados pela Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), ambas designadas para esta finalidade. -Problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; -Necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, até a estabilização do quadro; Considera-se elegível na modalidade AD 2 o usuário que, tendo indicação de AD, e com o fim de abreviar ou evitar hospitalização, apresente: - Afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação; - Afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal; - Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o Resumo NP2 TAP Resumos Sara sofrimento do usuário; ou - Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal. -Nesta modalidade estão os usuários com necessidade de, pelos menos, 1 visita/semana. A D 3 - P E R FIL D O U S U Á RIO Considera-se elegível, na modaliddae AD 3, usuário com qualquer das situações listadas na modalidade AD 2, quando necessitar de cuidado multiprofissional mais frequente, uso de equipamento (s) ou agregação de procedimento (s) de maior complexidade (por exemplo, ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral e transfusão sanguínea), usualmente demandando períodos maiores de acompanhamento domiciliar. -Necessidade de, pelos menos, uma visita/semana; -Habitualmente de caráter crônico. O atendimento aos usuários elegíveis nas modalidades AD 2 e AD 3 é de responsabilidade do SAD. Entretanto a Atenção Primária à Saúde (APS) é coordenadora do cuidado e há necessidade de articulação do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) a da APS. equipe de atenção básica:cadastramento, busca ativa, ações de vigilância e de educação em saúde : identificar usuários com impossibilidade/dificuldade de locomoção até a UBS e que apresentam agravo que demandem acompanhamento permanente ou por período limitado. A solicitação para a inclusão de usuários na atenção domiciliar (AD1, AD2, AD3) tem origem de: hospitais, UBS, unidades de pronto-atendimento, especialidades e referências (ambulatórios, consultórios), SAMU, requerimento (demandas judiciais), ou por iniciativa e necessidade do usuário, familiares e vizinhos. Após o contato, será realizado uma classificação do usuário e será acordado com usuário/cuidador como serão realizadas as visitas. Portas de Entrada para a AD: ➔ Busca ativa da UBS ➔ Usuário/cuidador procura SAD ➔ Usuário/cuidador procura UBS ➔ Encaminhamento de outro serviço Entrevista e visita pré-admissional para classificação Atribuições da Equipe ❖ Trabalhar em equipe multiprofissional integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS); ❖ Identificar, orientar e capacitar o cuidador do usuário; ❖ Acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares ou cuidadores; ❖ Promover espaços de cuidado e de troca de experiências para cuidadores e familiares; ❖ Utilizar linguagem acessível; ❖ Pactuar fluxos para atestado de óbito, devendo ser preferencialmente emitido por médico da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) ou da equipe de AB do respectivo território; ❖ Articular com os demais estabelecimentos da RAS, fluxo para admissão e alta dos usuários em AD, por meio de ações como busca ativa e reuniões periódicas; ❖ Participar dos processos de educação permanente. Planejando uma visita domiciliar - etapas gerais: Passo 1: Avaliar a resolutividade da VD: A VD tem potencial de contribuir com melhorias à demanda do usuário? Passo 2: Avaliar a razoabilidade da VD: A VD é a melhor alternativa? Passo 3: Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento: engajamento e corresponsabilização. Passo 4: Autorização/consentimento do usuário e da família, que deverá ser descrito no registro da primeira VD. Passo 5: Análise da infraestrutura domiciliar: avaliação em acordo com a análise de caso, classificação da complexidade e determinação do plano de cuidados. Planejando uma visita domiciliar critérios clínicos AD 1 Usuários acamados e/ou restritos ao domicílio, de forma temporária ou permanente, incluindo condições clínicas como desestabilizações (por exemplo, crise hipertensiva), pós-operatórios, Resumo NP2 TAP Resumos Sara situações agravadas de saúde mental, entre outros. Usuários com comprometimentos, cujas origens possam ser melhor esclarecidas com o conhecimento do contexto doméstico e familiar, por exemplo: risco de quedas, degraus e tapetes. Planejando uma visita domiciliar critérios clínicos AD 1 (BRASIL, 2020) Situações ou problemas novos na família relacionados à saúde ou que constituam risco à saúde, como morte do provedor, abandono de um dos genitores, situação financeira crítica etc. Check-list para uma VD ❖ Definir o(s) usuários que receberão a visita, revisar o caso e estabelecer o objetivo principal dessa VD; ❖ Certificar-se da disponibilidade de veículo para o dia programado, caso necessário, e organizar o material a ser utilizado; ❖ Pactuar quais profissionais participarão da VD conforme a necessidade do caso; ❖ Sempre que possível, fazer contato telefônico prévio com usuário ou familiar para comunicar o dia programado para a visita e avaliar a disponibilidade e aceitação do mesmo (exceto em casos como item 3 - critérios clínicos); ❖ Após a visita, fazer as anotações nos sistemas de informação (Hygia, e-SUS), encaminhamentos necessários, etc. ❖ Quando necessário, discutir o caso com a equipe, para acionar as redes de atenção à saúde (SAD, CAPS, CRAS, CREAS, etc...); ❖ Organizar entrega de receita, coleta de exames e programar próxima visita de rotina e/ou outros meios de reavaliação do caso (teleconsulta,VD breve por outro profissional, etc). Materiais possíveis a serem utilizados na VD pela equipe médica (clínicos gerais e pediatras) e equipe de enfermagem: ❖ Estetoscópio; ❖ Esfigmomanômetro; ❖ Termômetro; ❖ Otoscópio; ❖ Glicosímetro, fita reagente para glicosimetria capilar e lanceta; ❖ Oxímetro de pulso portátil; ❖ Álcool 70%; ❖ Algodão; ❖ Garrote; ❖ Luvas de procedimentos e demais EPIS; ❖ Materiais para coletas de exames (agulhas, seringas, agulha à vácuo e tubos); ❖ Materiais para curativo (gaze, instrumentais, SF0,9%, coberturas, pomadas, faixas); ❖ Impressos; ❖ Caixa para perfuro cortantes pequena. O que observar durante a visita ? Durante o trajeto para realização da VD, observar o entorno da casa a ser visitada, vizinhos, escolas, praças, bares e outros equipamentos sociais; Observar a iluminação da área, a existência de calçamento/asfalto, coleta de lixo, saneamento básico, terrenos baldios e acúmulo de lixo; Observar a existência de grades, cercas elétricas e câmeras nas casas ao entorno da área, verificando o grau de insegurança das pessoas que ali residem; Observar as relações familiares, sua dinâmica, as manifestações de afeto e de atrito, a distribuição de poder entre os membros e padrão de comunicação estabelecido (dinâmica familiar); Olhar atento ao ambiente, condições de limpeza, iluminação e organização dos espaços; Presença ou não de obstáculos, tapetes, vasos, móveis que possam predispor a queda; Quando houver crianças na casa, observar a disposição de materiais de limpeza, tomadas, medicações, escadas, janelas, piscinas e reservatórios sem proteção; Observar e perguntar sobre o uso de medicamentos, seu armazenamento, automedicação e dúvidas relacionadas a prescrição; Observar a presença de possíveis criadouros para insetos, aranhas e escorpiões; Observar a presença e a postura dos cuidadores, sejam eles formais ou informais. Cuidados importantes durante a visita Manter uma postura respeitosa quanto às crenças e religiões; Pedir permissão para sentar e entrar em outros ambientes da casa; Evitar conversas paralelas entre os membros da equipe; Não invadir a privacidade das pessoas; Não é recomendado realizar VD sem a presença de um cuidador responsável no domicílio ou pacientes que estejam sob cuidados de pessoas menores de 18 anos (avaliar situações individualmente); Manter uma postura atenta e solícita, estando disponível para ouvir e ajudar, sem julgamentos; Orientar a família e o usuário sobre a conduta a ser realizada, explicando os procedimentos que serão necessários; Resumo NP2 TAP Resumos Sara Apresentação dos membros da equipe que estão realizando a VD; Explicar o motivo da VD e questionar se o momento é oportuno para a VD. Registro Agendar ou recepcionar no Sistema Hygia com a sigla "visita domiciliar"; Fazer a anotação (anamnese, exame físico, Cids no caso de profissionais médicos, etc) conforme um atendimento de rotina realizado na UBS; Lançar procedimento 03.01.01.013-7 - Consulta/Atendimento Domiciliar; Após realizar todas as ações dentro do atendimento (anotação, receitas, pedido de exames, encaminhamentos e etc...), gerar ficha e-SUS; Editar a ficha e-SUS conforme necessidade e características do atendimento atentando-se para: ALTERAR LOCAL DE ATENDIMENTO PARA "DOMICILIO" E PREENCHER O CAMPO "MODALIDADE AD" CONFORME A CLASSIFICAÇÃO. ❖ ❖ ❖ ❖ ARTICULAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO O paciente de atenção domiciliar, no geral, transita pela RAS, passando pela APS, até o nível terciário, uma vez que é frequente a agudização das condições crônicas. Assim, ele passa de AD1 para AD2, e às vezes para AD3. E vice e versa. A equipe de APS faz a visita para o paciente AD1, porém se ele estiver com qualquer acometimento agudo, o Serviço de Atenção Domiciliar SAD - Melhor em Casa deve ser acionado. ★ Quando e como acionar o SAD? O SAD faz acompanhamento dos usuários acamados ou domiciliados, classificados como AD2 e AD3 (no geral, pacientes com processos crônicos reagudizados, em processo pós-cirúrgico imediato e tardio, tratamento de grandes úlceras, situações agudas, ventilação mecânica, antibioticoterapia domiciliar e cuidados paliativos). OBS: O que é o programa Melhor em Casa? O Melhor em Casa é um programa criado pelo Governo Federal e tem como objetivo ampliar o atendimento domiciliar do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é levar o atendimento médico às casas de pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica.Caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Os critérios de inclusão nas modalidades de Atenção Domiciliar deverão seguir a Portaria nº 963 de 27/05/2013 do Melhor em Casa e distribuição territorial das equipes do município. A territorialização da atenção básica à saúde Pontos principais: - reconhecer características demográficas, socioeconomicas, epidemiológica e culturais inerentes; delimitar território, apropriação, consulta à liderança; reconhece ACS; PNAB (atualização SIS) profissional singulariza estratégias de acordo com o diagnóstico demográfico do território; saber analisar, organizar, sistematizar ações de acordo com demandas; tratamento, promoção, prevenção; integralidade e equidade. . A atenção básica (ABS) é o único nível da atenção que estará presente em todo o território nacional e através dela, das pactuações intermunicipais e dos sistemas regionais, as pessoas poderão acessar os demais níveis do cuidado, assim designados secundário e terciário. Portanto, todo o projeto territorial do SUS depende da constituição de uma base que deve funcionar como porta de entrada e centro de comando do sistema. Ao município cabe a responsabilidade de desenhar a porta de entrada. . O documento que regula as responsabilizações e os modos de organização e financiamento é a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB). Compreendeu-se que toda a estrutura e o próprio modelo assistencial dependem não apenas de como são alocados os serviços, mas como são organizadas territorialmente suas ações, sobretudo as ações de prevenção e promoção, era necessário mais do que apenas delimitar territórios para os serviços, devendo haver uma relação de vinculação e pertencimento entre a população e os serviços.Essa concepção, assim designada territorialização da saúde, ganhou força ainda Resumo NP2 TAP Resumos Sara na implementação dos Distritos Sanitários, foi, depois, incorporada aos programas Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e Saúde da Família (PSF) e passou a compor o escopo das políticas estratégicas em torno da Saúde da Família (ESF) e das Redes de Atenção à Saúde (RAS). A territorialização está hoje presente nos documentos reguladores da ABS do SUS e incorpora em si mesma o modelo de atenção que se quer adotar. contextos político-ideológicos e os processos econômico-institucionais inviabilizaram, até agora, a reorientação para um modelo assistencial territorializado O processo de territorialização do SUS pode ser compreendido em relação a três movimentos político-institucionais assim designados: 1. “municipalização-distritalização”; Inicio a década de 1980, propostas feitas a partir dos chamados Sistemas Locais de Saúde (SILOS), no que ficou conhecido no Brasil como distritos Sanitários (DS).princípio reformador de desconstrução do modelo hegemônico (médico-privatista) para a produção de um sistema descentralizado e apropriado localmente pelos mecanismos democráticos de participação social. Modo de organização apenas político-territorial dos serviços. Distritalização: a forma de organização do SUS no município. É facultativa. só poderia ser efetivada por processos de descentralização e empoderamento local, com regras claras dos papéis de cada ente federativo na gestão do SUS: Década de 90 NOB- 9315=procedimentos reguladores da descentralização do SUS no Brasil = ponto de partida para a reformulação do modelo assistencial,que tem como base o planejamento integrado em cada esfera do governo. DS:menor escala de planejamento do SUS; ações de saúde coletiva seriam efetivamente implementadas; PROBLEMA : FALTA DE POLITICAS PARA DEFINIR AÇOES DA APS 1991: criação do “Programa Agentes Comunitários da Saúde" (PACS) 1994: “Programa Saúde da Família” (PSF) De tal forma que a territorialização, antes debatida em relação aos DS, passou a ser agora feita em relação ao PSF. 2. “municipalização-regionalização” mais fortemente debatido a partir da publicação das Normas Operacionais de Assistência Social (NOAS 01 e NOAS 02) A municipalização, por si só, não é capaz, por razões políticas e organizacionais, de integrar o SUS e oferecer uma atenção universalizada e equitativa. A regionalização, embora já prevista constitucionalmente, passou agora a ser o caminho para aglutinar um SUS autarquizado e fragmentado em milhares de municípios assimétricos: debate territorial. debate mais vigoroso para a conformação de uma nova realidade territorial de gestão do SUS, necessária para a integralidade das ações e serviços hierárquicamente. Essa nova realidade passou a ser consorciada através do Plano Diretor de Regionalização (PDR) e colocou o estado como ente coordenador e regular de um processo de negociação compartilhada de ações e serviços entre municípios; as NOAS definem bem as diretrizes da regionalização, mas não os instrumentos técnicos e operacionais- dificultando para superar a fragmentação produzida na autarquização municipal do SUS. três grandes desafios do planejamento territorial do SUS: ● a sistematização da atenção básica no município, ● a regionalização e a integração ● unificação dos sistemas municipal e regional. 3. “municipalização-regionalização-redes de atenção” “Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão” desencadeia consenso por uma política baseada na territorialização dos serviços, agora não apenas da atenção básica, mas de todo o SUS regionalizado. Portaria Nº 39919, o Pacto pela Saúde “reforça a territorialização da saúde como base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional”. Por isso, o terceiro volume da série “Pactos pela Saúde”22, refere que a territorialização é o primeiro princípio da Resumo NP2 TAP Resumos Sara regionalização do SUS no Brasil; No âmbito municipal e especificamente da atenção básica, ainda temos a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB). ★ Nas duas primeiras edições da PNAB a territorialização foi apresentada como atribuição comum a todos os profissionais da atenção básica e na terceira edição passou a figurar também como uma diretriz, não apenas como uma atribuição. 2 Regulamentações para resolver a lacuna entre um sistema municipal autarquização e fragmentado e um sistema regional incompleto: 1. Portaria Nº. 4.279, de 2010, que foi a primeira a estabelecer diretrizes claras para as RAS do SUS no Brasil 2. Decreto 7.508, de 2011, que regulamenta o planejamento e articulação interfederativa do SUS “A territorialização do SUS encontra, portanto, novos desafios na segunda década do século XXI. Pela primeira vez, de maneira mais efetiva, inclusive com instrumentos jurídicos, coloca-se a questão de integrar o SUS municipal e regional, articulando-se uma única estrutura hierárquica compartilhada. Todavia, convergem também políticas contrárias ao projeto territorializador, que trazem enorme dificuldade para a unificação do modelo assistencial e sua articulação reticular.” A primeira limitação para se completar a territorialização da ABS do SUS é de natureza político-ideológica e está relacionada com o modelo de atenção que se quer adotar OBS:CARÊNCIA DE MÉDICOS NA AB: Programa Mais Médicos (PMM) passou a regular três dimensões importantes da ABS no Brasil: o investimento em infraestrutura da rede de saúde, a ampliação e as reformas educacionais dos cursos de medicina e a provisão emergencial de médicos nos territórios vulneráveis Problemas: Não há financeiro para viabilizar um sistema de atenção territorializado Há dois problemas fundamentais e relativamente preocupantes nessa tipificação assistencial. O primeiro é que não há parâmetros claros que diferenciam os padrões, nem mesmo em relação aos custos e formas de financiamento. Recomenda o texto que os serviços do “padrão essencial” devem também realizar ações e serviços do “padrão ampliado”, mas não há obrigatoriedade e nem critérios definidos. O segundo problema é a possibilidade de se pensar esse “essencial” como “seletivo” e começarmos a construir, no Brasil, uma atenção básica contrária aos princípios de Alma-Ata. ★ Essa flexibilização levou, por conseguinte, ao rompimento da ESF como modelo prioritário para a ABS no Brasil. Há dois encaminhamentos sintomáticos desse rompimento na nova PNAB. O primeiro foi a quase retirada do Agente Comunitário de Saúde (ACS) da Equipe Saúde da Família (eSF). O texto da portaria não define um número mínimo de ACS na eSF, senão apenas recomenda que sejam inseridos de acordo com critérios epidemiológicos, demográficos e socioeconômicos e com cobertura de 100% das áreas vulneráveis. Portanto, uma eSF pode manter um único ACS e ela estará atendendo a legislação. Além disso, raramente o município vai desenvolver uma classificação das vulnerabilidades do seu território que exija dele uma cobertura total de ACS em algumas áreas, e isso não apenas por falta de vontade política, mas pelo fato de que se trata de algo relativo e difícil de ser disposto em lei. ★ “A territorialização, por exemplo, só pode ser viabilizada pela busca ativa, que é algo quase sempre feito pelo ACS e sem a qual se torna bem mais difícil a identificação e a consequente intervenção nos determinantes sociais de saúde.A territorialização é uma atribuição comum a todos os profissionais da ABS, assim está posto na PNAB. Mas a verdade é que o profissional que mais entra nesse território e o reconhece é o ACS. E isso é absolutamente contraditório na nova PNAB. ” A política de desconstrução do ACS ficou definitivamente clara na recente publicação da Portaria Nº 8347, que pretende ofertar formação técnica em enfermagem a todos os ACS. Então, a defesa da formação profissional, que era uma bandeira para o fortalecimento das ações de vigilância à saúde territorializada, foi simplesmente transformada numa política de conversão profissional. O segundo encaminhamento que rompe com a unificação do modelo de ABS é reconhecimento de uma nova forma de trabalho em equipe, a chamada equipe da Atenção Básica (eAB)= Resumo NP2 TAP Resumos Sara representa claramente uma mudança do modelo assistencial: rearranjo criado para manter o desarranjo das UBS tradicionais, apenas que com uma nova roupa. A composição mínima, que é a quase sempre adotada, é representada basicamente por médicos, enfermeiros e técnicos. Não é obrigatório, por exemplo, a presença do ACS. A carga horária mínima de dez horas por categoria profissional, diferente da eSF, que é de quarenta horas, pode inviabilizar ações de prevenção e promoção da saúde no território. Portanto, sem a busca ativa que é feita pelo ACS e sem condições de desenvolver ações territorializadas, a eAB não muda o modelo de atenção. A territorialização é uma política fundamental para dar consequência aos princípios do SUS no Brasil. Todavia, convivemos ainda hoje com modelos de atenção desterritorializados e fragmentados em ações descontínuas, casuísticas e pouco resolutivas. A convergência assistencial, no sentido de criar redes de atenção territorializadas a partir da ABS, é uma proposta constitucional que foi sistematizada em diversos documentos ainda na década de 1990. Mas o Brasil demorou muito para unificar seu modelo de atenção. Demorou também para pensar os sistemas locais em relação aos sistemas regionais e de constituir mecanismos coerentes de modelagem das redes e da própria regionalização do SUS. Isso levou à sobreposição de modelos, o estrangulamento financeiro dos municípios e a precarização da ABS e do próprioSUS. Diversos instrumentos criados nesse início de século foram importantes para se produzir um discurso unificador da ABS. A PNAB foi, certamente, um dos maiores avanços. A publicação da terceira edição da PNAB em 2017 sintetiza bem a ideologia política do novo momento. Basicamente o que se propõe é a desterritorialização da ABS pela desconstrução do modelo de atenção baseado no Saúde da Família. O reconhecimento de outras formas de organização (essencial e ampliada), a manutenção das tradicionais UBS através das eAB, e a desmantelamento do ACS, são alguns dos processos que levarão a um novo arranjo organizacional.Por conseguinte, será muito difícil desenhar a porta de entrada do SUS num sistema médico-assistencial curativo, fragmentado e seletivo. Salvo mudanças produzidas pelo próprio debate e pelo saudável processo político, a territorialização da saúde, como processo social de mudanças nas práticas sanitárias, corre o risco de ser inviabilizada. Portanto, como projeto idealizado e ainda inacabado, a territorialização da ABS do SUS, nos termos atuais, pode nem mesmo se completar. Território E Territorialização: Incorporando As Relações Produção, Trabalho, Ambiente E Saúde Na Atenção Básica À Saúde A territorialização representa importante instrumento de organização dos processos de trabalho e das práticas de saúde, posto que as ações de saúde são implementadas sobre uma base territorial detentora de uma delimitação espacial previamente determinada. A execução das práticas de saúde sobre um substrato territorial já vem sendo utilizada por distintas iniciativas no âmbito do SUS, como a Estratégia Saúde da Família, a Vigilância em Saúde Ambiental, a proposta dos municípios/cidades saudáveis e a própria descentralização prevista na Constituição Federal. a categoria ‘território’ por parte dos profissionais do SUS vem sendo tratada de forma parcial, de modo que o conceito de espaço, consagrado a fins administrativos que se voltam para a dimensão gerencial dos serviços de saúde, tem limitados seu potencial e suas possibilidades na identificação de questões de saúde e das correspondentes iniciativas de intervenção concreta na realidade cotidiana das coletividades humanas TERRITÓRIO PARA ALÉM DA DIMENSÃO POLÍTICA OPERATIVA: caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço determinados, com problemas de saúde definidos, mas quase sempre com condicionantes e determinantes que emergem de um plano mais geral. Esse espaço apresenta, portanto, além de uma delimitação espacial, um perfil histórico, demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural, que o caracteriza como um território em permanente construção. Resumo NP2 TAP Resumos Sara Avaliação dos reais impactos dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população, possibilitando, ou efetivamente abrindo, espaços para o desenvolvimento de práticas de saúde A atenção voltada para a produção social da saúde das populações gera a necessidade de esclarecer as mediações que operam entre as condições reais em que se reproduzem os grupos sociais no espaço e a produção da saúde e da doença A ESF foi proposta, na primeira metade da década de 1990, como mecanismo de reorientação do modelo assistencial, baseando-se no trabalho de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de uma ‘população adscrita’, localizada em uma área delimitada, mediante ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e de agravos mais frequentes A ESF possui diferenças marcantes em relação ao modelo hegemônico médico-hospitalocêntrico, tais como: incorporação do conceito de saúde como qualidade de vida e defesa da prestação de serviços de saúde como um direito de cidadania; concentração das ações na coletividade, sem deixar de lado o indivíduo, centrando-se na atenção integral à saúde por meio de ações de promoção, proteção, cura e recuperação; a hierarquização da rede de atendimento em níveis de atenção primária, secundária e terciária, articulados entre si e coordenados pela atenção básica; distribuição dos serviços de saúde no território dos municípios, permitindo o acesso da população às ações de saúde; predomínio da intervenção por equipe multidisciplinar, e com planejamento e programação pautados em dados epidemiológicos e priorizado por famílias ou grupos com maior risco de adoecer e de morrer; estímulo à participação comunitária; e funcionamento baseado na organização da demanda e no acolhimento dos problemas da população adscrita cabe à vigilância em saúde exercer o papel organizativo dos processos de trabalho em saúde mediante operações intersetoriais articuladas por diferentes ações de intervenção – promoção, proteção e atenção – fincadas em seus três pilares estratégicos: os problemas de saúde, o território e a prática intersetorial é importante que o reconhecimento dos contextos de uso se faça por intermédio de métodos que identifiquem suas singularidades e seus problemas (de saúde e ambientais), com base numa abordagem territorial A territorialização é em um dos pressupostos básicos do trabalho da ESF. No entanto, a tarefa de territorialização adquire, pelo menos, três sentidos diferentes e complementares: 1. demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços; características, naturais ou elaboradas pelo homem, dão feição ao ambiente, o qual, por sua vez, influi no processo saúde-doença da população 2. reconhecimento do ‘ambiente’, da população e da dinâmica social existentes nessas áreas; 3. estabelecimento de relações horizontais com outros serviços adjacentes e verticais, como centros de referência A distribuição dos serviços de saúde assume uma estratégia operacional de demarcação de áreas de abrangência correspondentes aos níveis de complexidade das ações de saúde. As diretrizes organizativas do SUS guardam expressivas relações com a concepção de território enquanto delimitação de uma área específica para cenário das ações de saúde dirigidas a uma população específica, porém com composição distinta, quantitativa e qualitativamente.Nesses territórios, as práticas de saúde convergem para a integração das ações de atenção, promoção e prevenção, de modo que as intervenções sobre os problemas sejam também sobre as condições de vida da população. as práticas de saúde mais próximas do cotidiano da vida das comunidades são aquelas vinculadas às atividades da Atenção Básica à Saúde obs:A organização espacial dos serviços de saúde baseia-se nos princípios da regionalização e da hierarquização, definindo uma base territorial formada por agregações progressivas, tais como a base de atuação dos agentes comunitários de saúde – as microáreas –, a das equipes de saúde da família – as áreas –, e, por fim, a área de abrangência das unidades básicas de saúde Resumo NP2 TAP Resumos Sara Essa política representa uma reorientação do modelo assistencial de saúde e aponta modos de ‘fazer’ vigilância em saúde baseados nas seguintes características: I. estabelecimento de vínculos e de corresponsabilização entre a equipe de saúde e a comunidade; II. a família, compreendida em seu contexto relacional com o ambiente onde vive, como objeto de atuação e intervenção; III. a responsabilização sanitária por uma população adscrita ou ‘territorializada’; IV. as práticas extramuros direcionadas para o território A construção de instrumentos e ferramentas que permitam uma aproximação ao território de atuação das equipes de saúde da família para levar a termo as ações programáticas previstas na ESF O reconhecimento da fragilidade das análises parciais possibilitadas pelo Sistema de Informações da Atenção Básica à Saúde (Siab), cuja unidade básica de análise é a família, requer o avanço dos estudos nessa área para além do ‘ambiente’ da família e, principalmente, para o ‘ambiente’ da vida cotidiana da família – em outras palavras, para o território. O processo contínuo de territorialização deve buscar ir além do mapeamentoinicial e da delimitação estanque dos territórios, contemplando permanentemente as distintas dinâmicas que emergem de cada território. SIAB E PROBLEMAS AMBIENTAIS :Sobre esse aspecto, entendemos que a problemática ambiental (dentre outras relevantes dimensões existenciais dos territórios) vem sendo tratada de forma absolutamente insuficiente no que tange à necessidade do Siab de apreender e compreender algumas características fundamentais para a análise do socio espaço, pois os únicos ‘parâmetros’ ambientais presentes nesse sistema (Ficha A) estão relacionados ao ‘ambiente’ do domicílio das famílias e ao seu entorno mais imediato, e levantam questões como: tipo de casa – tijolo/adobe, taipa revestida, taipa não revestida, madeira, material aproveitado, número de cômodos, energia elétrica; destino do lixo – coletado, queimado, enterrado, céu aberto; tratamento da água no domicílio – filtração, fervura, cloração, sem tratamento; abastecimento de água – rede geral, poço ou nascente; destino de fezes e urina – sistema de esgoto, fossa, céu aberto (Brasil, 2000). Entretanto, esses parâmetros não destacam questões como a do lançamento de efluentes industriais e de outros resíduos oriundos dos mais diversos processos produtivos, por vezes localizados a grandes distâncias, mas que distribuem os malefícios de suas atividades de forma desigual e injusta, ao contaminarem continuamente os recursos hídricos de usufruto comum de determinada comunidade, para ficarmos apenas em um exemplo mais imediato e óbvio.Estamos falando, portanto, da possibilidade concreta de contaminação ambiental e das pessoas por substâncias químicas absolutamente estranhas aos lugares da vida cotidiana onde irão exercer seus efeitos tóxicos, sejam esses imediatos ou de longo período de latência, atualmente não contemplada no formato corrente dos sistemas de informação em saúde. Da perspectiva do território, cabe reconhecer os processos produtivos nele instalados, bem como os que se situam em seu entorno, ou mesmo remotamente, e identificar suas relações com o ambiente e com a saúde dos trabalhadores e dos moradores. é de fundamental importância que a equipe de saúde responsável pelo território esteja atenta e capacitada para identificar esses processos produtivos no território – e em outras escalas geográficas – e suas relações com o ambiente e a saúde locais, mas que também abra os olhos para as relações do território com o sistema-mundo Passos para compreender o processo saúde–doença na dinâmica viva dos territórios 1) O que já se sabe sobre este lugar? Interessa conhecer a história do lugar, porque ela já vai adiantar muitos elementos do que chamamos de identidade territorial, a qual está, às vezes, fortemente presente na identidade coletiva.permitirá aceder a potencialidades, tradições, cultura, valores e hábitos, e também aos possíveis conflitos – de poder, de uso e ocupação do solo, culturais, étnicos, ambientais etc. –, todos da maior relevância para a saúde ● dados sobre a população e seu perfil – sexo, idade, composição étnica, escolaridade, ocupação etc.; sobre indicadores de saúde – morbi-mortalidade, saneamento básico etc.; além de mapas do território : Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Resumo NP2 TAP Resumos Sara Departamento de Informática do SUS (Datasus) 2) Pondo o pé no chão e a mão na massa ➔ Escolher bem os primeiros contatos ➔ . Abordar previamente alguém que conheça bem a comunidade, inclusive os profissionais de saúde que nos antecederam na unidade ➔ cuidar também da postura da equipe: e habilidades comunicacionais e relacionais: a linguagem, a apresentação, o desejo de escuta, o respeito pela diferença, a astúcia. ➔ estruturar um grupo para estudo do território: construir sua proposta de trabalho ➔ dar lugar às singularidades de cada contexto sócio-histórico específico a) A comunidade humana e as políticas públicas • origens, características demográficas, distribuição no psicoespaço, segmentos e subgrupos, cultura; • condições socioeconômicas: de que se ocupam as pessoas que vivem aqui? Como a renda se forma? Como é distribuída?; • organização social e política: sujeitos coletivos, processos de mobilização, lideranças, associações e grupos, temas e objetos de ação; • qualidade e condições de vida: moradias, espaços públicos, alternativas de lazer, padrões alimentares; • As políticas públicas e projetos comunitários: como as políticas de educação, saúde, trabalho, meio ambiente, transporte, cultura e lazer, entre outras, estão acontecendo no território? quais os equipamentos públicos disponíveis? Que iniciativas inovadoras estão em desenvolvimento? Quais os desafios e problemas? Como está o saneamento ambiental – abastecimento de água, esgoto doméstico e industrial, resíduos sólidos domésticos, urbanos, industriais e sanitários, drenagem urbana? como vêm sendo acompanhadas a segurança e a qualidade dos alimentos e da água?. b) O ‘ambiente’: ecossistema(s) e paisagem(ns) modificados • meio físico: unidades de paisagem, condições geológicas e topográficas, águas superficiais e profundas, drenagem; clima: meteorologia, temperatura, ventos e umidade; • meio biológico: como se compõem a fauna e a flora locais? Há espaços naturais preservados, áreas verdes protegidas?; • dinâmicas ambientais: relações da comunidade com os serviços ambientais; • Uso do solo e mobilidade: localização das áreas residenciais, agrícolas, industriais e comerciais, e dos depósitos de resíduos; formas de deslocamento e vias de transporte. c) Processos de produção no território (e os fluxos que o perpassam) engloba as atividades econômicas que ocorrem no território e em seu entorno tendo em vista a relevância de seus impactos sobre a saúde da população e dos ecossistemas. Interessa detalhar os ramos e gêneros de produção agrícola, industrial e de serviços, sejam eles formais ou informais, bem como as obras de infraestrutura e as cadeias produtivas instaladas no território ● merecer atenção especial eventuais projetos de ‘desenvolvimento’ em implantação ou previstos para o lugar ● construir mapeamentos da localização dessas atividades, os quais nos permitam apreciar o conjunto que as atividades conformam e a pressão que elas exercem sobre a capacidade de suporte do ambiente ● Dependendo do tipo e do porte da atividade, pode ser necessário um amplo conjunto de informações cuja apropriação muitas vezes demanda o diálogo com profissionais, instituições e entidades de outras áreas ● necessário que o grupo dentre esses espaços de produção e trabalho, a fim de colher informações junto de informantes-chave ● ouvir antes os trabalhadores da empresa, pois eles podem alertar para aspectos que é importante observar, e consultar a literatura científica sobre os riscos relacionados àquele processo produtivo. MAS E AÍ, QUEM ESTÁ EXPOSTO? Identificados os riscos ocupacionais e/ou ambientais, é preciso conhecer quem são os expostos a eles dentro e fora da empresa e os elementos que compõem sua vulnerabilidade: sexo, idade, raça, grupos especiais, local de moradia e de trabalho, escolaridade, características socioeconômicas, formas de exposição – vias, intensidade e frequência etc Resumo NP2 TAP Resumos Sara Algumas empresas – devem dispor de uma política de comunicação de risco e de um plano de emergência, elaborados de forma transparente e participativa, e bem apropriados pela comunidade. É fundamental ainda conhecer de que se ocupam os/as demais trabalhadores/as que vivem no território e que transitam por outras áreas da cidade ou da região a fim de exercerem suas atividades de trabalho. A HISTÓRIA DO TRABALHO: r reconstruída em grupos homogêneos de trabalhadores/as (envolvidos num mesmo processo de trabalho) ou individualmente, na moradia dos mesmos, ou, ainda, na unidade de saúde, como proposto no manual sobre doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde; o deve ser incorporada rotineiramente ao acolhimento na unidade de saúde e à anamnese clínica. OBS: a inter-relação com áreas e processosvizinhos e remotos também deve ser considerada. d) Os conflitos socioambientais e a percepção da comunidade Quais os conflitos em curso no território? As disputas pelo uso e ocupação da terra e do solo urbano, o acesso aos recursos naturais, a contaminação e a qualidade ambiental, as relações políticas e sociais etc Conclusão : A ampliação do olhar dos profissionais da Atenção Básica à Saúde sobre o território é estratégica para: 1. a superação dos limites da unidade de saúde e das práticas do modelo de atenção convencional; 2. a (re)construção do vínculo dos profissionais e do sistema de saúde com o lugar; 3. a adequação das ações de saúde à singularidade de cada contexto sócio-histórico específico; 4. e a incorporação efetiva do paradigma da promoção da saúde e da participação. As questões de saúde do trabalhador e de saúde ambiental estão no cotidiano de pessoas, famílias, comunidades e grupos sociais, exercendo relevante influência na qualidade de vida, no adoecer e no morrer dos segmentos sociais. Processo mais amplo de territorialização que demanda: ● muito mais tempo da equipe e o envolvimento ativo e dialógico de todos os seus profissionais. ● conteúdos, habilidades e atitudes nem sempre oferecidas nos tradicionais processos de formação na área da saúde . É permanente e processual: sempre haverá o que conhecer na dinâmica das territorialidades. Supõe, ainda, uma compreensão ampliada do processo saúde-doença na complexidade dos espaços contemporâneos, e do papel do Estado na garantia do direito à saúde. A territorialização , é um potente caminho para planejar ações de promoção e de atenção integral à saúde, porque oferece a elas um chão muito concreto como base: os projetos de saúde nascem das necessidades de saúde da comunidade, e não de programas verticais que vêm do ‘nível central’ para a ‘ponta’ sendo uma forma de produzir e difundir conhecimento, mobilizar, educar, criar ou fortalecer redes, empoderar sujeitos coletivos e projetos de equidade e sustentabilidade, ou seja, de construir saúde. Resumo NP2 TAP Resumos Sara Diagrama de relações dos processos produtivos com o ambiente e a saúde no território :
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