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Título: Guia dos Melhores Métodos da Atenção Farmacêutica. Introdução: A atenção farmacêutica desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, promovendo o uso seguro e eficaz dos medicamentos. Neste e-book, exploraremos os melhores métodos da atenção farmacêutica, discutindo suas características, aplicações práticas e benefícios na prática clínica. Capítulo 1: Método Dáder O Método Dáder (ou Método de Atenção Farmacêutica Dáder) foi desenvolvido por pesquisadores espanhóis da Universidade de Granada, liderados pelo Prof. Fernando Martínez- Martínez, na década de 1990. O objetivo do método é promover uma abordagem sistemática e estruturada para a prestação de serviços farmacêuticos centrados no paciente. O Método Dáder busca melhorar a qualidade da atenção farmacêutica, permitindo ao farmacêutico estabelecer uma relação de confiança e colaboração com o paciente, além de garantir o uso adequado de medicamentos e obter resultados terapêuticos satisfatórios. Ele se baseia em seis passos-chave: Coleta de dados: O farmacêutico realiza uma entrevista com o paciente para obter informações relevantes sobre sua condição de saúde, histórico médico, uso de medicamentos, alergias e outras informações pertinentes. Análise dos dados: O farmacêutico analisa as informações coletadas para identificar problemas relacionados a medicamentos, como interações, doses inadequadas, falta de adesão ao tratamento, entre outros. Planejamento farmacoterapêutico: Com base na análise dos dados, o farmacêutico desenvolve um plano individualizado para otimizar o uso de medicamentos, focando nos objetivos terapêuticos do paciente. Intervenção farmacêutica: O farmacêutico discute e compartilha as recomendações com o paciente, o médico prescritor e outros profissionais de saúde, quando necessário. O objetivo é resolver ou prevenir problemas relacionados ao uso de medicamentos. Seguimento farmacoterapêutico: O farmacêutico acompanha o paciente ao longo do tempo, avaliando a efetividade do tratamento, monitorando possíveis efeitos adversos, promovendo a adesão ao tratamento e realizando ajustes necessários. Avaliação dos resultados: O farmacêutico avalia os resultados alcançados com a intervenção farmacêutica, medindo a melhoria nos sintomas do paciente, adesão ao tratamento, redução de interações medicamentosas e outros desfechos relevantes. Exemplos práticos de como utilizar o Método Dáder: 1- Revisão de medicamentos durante uma consulta de atenção farmacêutica: Um farmacêutico pode realizar uma revisão detalhada dos medicamentos de um paciente, analisando possíveis interações medicamentosas, doses inadequadas, duplicidades terapêuticas e outras questões relacionadas à farmacoterapia. Com base nessa análise, o farmacêutico pode propor ajustes no esquema medicamentoso, em colaboração com o médico prescritor, visando otimizar a terapia e minimizar riscos. 2- Aconselhamento sobre medicamentos durante a dispensação: Durante a dispensação de medicamentos, o farmacêutico pode aproveitar o momento para fornecer informações detalhadas sobre os medicamentos, incluindo posologia correta, efeitos colaterais esperados, interações medicamentosas relevantes e outras orientações para o uso seguro e eficaz do medicamento. Isso ajuda a garantir que o paciente tenha uma compreensão adequada sobre seus medicamentos. 3- Adaptação de esquemas medicamentosos para pacientes idosos: O Método Dáder pode ser particularmente útil na revisão de esquemas medicamentosos complexos de pacientes idosos. O farmacêutico pode identificar medicamentos desnecessários ou inapropriados, considerando a idade, as comorbidades e as especificidades do paciente. O objetivo é simplificar o esquema terapêutico, reduzir riscos relacionados à polifarmácia e melhorar a adesão ao tratamento. 4- Intervenção farmacêutica em caso de efeitos colaterais ou falta de eficácia: Se um paciente relatar efeitos colaterais indesejados ou falta de eficácia com um medicamento, o farmacêutico pode intervir por meio do Método Dáder. Ele irá avaliar os possíveis motivos por trás dessas questões, como interações medicamentosas, doses inadequadas, problemas de adesão ou outras causas. Com base nessa análise, o farmacêutico poderá fazer recomendações ao médico para ajustar o tratamento. 5- Educação em saúde e prevenção de doenças: O farmacêutico, utilizando o Método Dáder, pode fornecer orientações personalizadas sobre a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, vacinação e medidas de prevenção de doenças. Isso envolve a identificação de fatores de risco individuais, como tabagismo, sedentarismo ou histórico familiar, e a elaboração de estratégias de promoção da saúde. 6- Acompanhamento de tratamentos de longo prazo: O farmacêutico pode realizar o acompanhamento regular de pacientes em tratamentos de longo prazo, como no caso de doenças crônicas, garantindo a adesão ao tratamento, esclarecendo dúvidas e monitorando possíveis eventos adversos. Esse acompanhamento contínuo permite ajustes terapêuticos adequados ao longo do tempo, visando obter melhores resultados clínicos. Vamos apresentar um exemplo prático de aplicação do Método Dáder na prática farmacêutica: Caso: Paciente com diabetes tipo 2 e hipertensão arterial não controlados Passo 1: Revisão da Farmacoterapia Obtém-se informações detalhadas sobre os medicamentos em uso pelo paciente. Identificam-se possíveis problemas relacionados à farmacoterapia, como falta de eficácia terapêutica ou efeitos adversos. No caso desse paciente, ele está tomando metformina, gliclazida, losartana e hidroclorotiazida. Passo 2: Entrevista com o Paciente Realiza-se uma entrevista com o paciente para entender sua adesão ao tratamento, possíveis efeitos colaterais e preocupações. O paciente relata que está tendo dificuldade em aderir à medicação devido a uma rotina diária agitada e esquecimentos. Passo 3: Avaliação e Estabelecimento de Metas Terapêuticas Com base nas informações obtidas, o farmacêutico avalia que os níveis glicêmicos e pressóricos do paciente não estão dentro das metas desejadas. Estabelecem-se metas terapêuticas em colaboração com o paciente, como alcançar níveis de glicose no sangue abaixo de 130 mg/dL e pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg. Passo 4: Plano de Cuidados Farmacêuticos O farmacêutico propõe um plano de cuidados para otimizar a farmacoterapia e alcançar as metas estabelecidas. Recomenda-se a adoção de uma abordagem multifatorial, incluindo ajustes na terapia medicamentosa, educação do paciente e medidas de mudança de estilo de vida. Passo 5: Acompanhamento e Monitoramento O farmacêutico programa consultas de acompanhamento regulares para avaliar o progresso do paciente. Realizam-se medições periódicas da glicemia e da pressão arterial para monitorar a resposta ao tratamento. O farmacêutico oferece suporte contínuo ao paciente, respondendo a perguntas, fornecendo orientações e ajustando a terapia conforme necessário. Esse exemplo ilustra como o Método Dáder pode ser aplicado na prática farmacêutica para melhorar o cuidado ao paciente com diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Ele envolve uma abordagem estruturada e personalizada, com foco na identificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia, estabelecimento de metas terapêuticas e acompanhamento próximo do paciente. Os principais benefícios de utilizar o Método Dáder incluem: • Melhor qualidade de atenção farmacêutica: O método fornece uma estrutura clara e sistemática para o farmacêutico oferecer cuidados personalizados e centrados no paciente, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência farmacêutica. • Maior segurança do paciente: O método ajuda a identificar e prevenir problemas relacionados a medicamentos, como interaçõesmedicamentosas, doses inadequadas ou reações adversas, reduzindo os riscos para a saúde do paciente. • Otimização do uso de medicamentos: Ao analisar e ajustar os esquemas medicamentosos, o método busca otimizar a eficácia terapêutica, minimizando o uso desnecessário de medicamentos e evitando polifarmácia inadequada. • Melhoria na adesão ao tratamento: O acompanhamento e orientação contínuos proporcionados pelo método podem contribuir para uma melhor adesão do paciente ao tratamento, aumentando as chances de alcançar resultados terapêuticos satisfatórios. • Integração com a equipe de saúde: O método promove a colaboração entre farmacêuticos, médicos e outros profissionais de saúde, facilitando a comunicação e a troca de informações para um cuidado mais integrado e eficaz. • Satisfação do paciente: Ao receber uma atenção farmacêutica personalizada e ter seus problemas de saúde e medicamentos abordados de forma abrangente, o paciente tende a sentir-se mais envolvido em seu próprio tratamento, o que pode resultar em maior satisfação com os serviços farmacêuticos. É importante ressaltar que a implementação efetiva do Método Dáder requer treinamento adequado, habilidades clínicas e acesso a informações atualizadas sobre medicamentos e terapêutica. Capítulo 2: Modelo SOAP O modelo SOAP (Subjective, Objective, Assessment, Plan) é uma abordagem sistemática usada para documentar o atendimento farmacêutico. Explicaremos cada componente do modelo e como ele pode ser aplicado para registrar informações relevantes, avaliar a situação do paciente e planejar a intervenção farmacêutica. O modelo SOAP é uma estrutura de documentação utilizada em várias áreas da saúde, incluindo a farmácia clínica, para organizar informações e promover uma abordagem sistemática no cuidado ao paciente. O termo "SOAP" é um acrônimo para os seguintes componentes: Subjective (Subjetivo), Objective (Objetivo), Assessment (Avaliação) e Plan (Plano). O modelo SOAP surgiu na década de 1960, desenvolvido por Lawrence Weed, um médico e professor da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. Weed introduziu esse modelo como parte do seu sistema de registro médico problem-oriented medical record (POMR), que se concentra na resolução de problemas específicos do paciente. Aqui está uma explicação breve de cada componente do modelo SOAP e exemplos práticos para ilustrá-los: • Subjective (Subjetivo): Nessa seção, são registradas as informações subjetivas fornecidas pelo paciente ou pelo cuidador, como sintomas, queixas, história médica e medicamentosa. Por exemplo, um farmacêutico pode registrar a queixa de dor abdominal relatada pelo paciente, bem como a história de uso recente de medicamentos analgésicos. • Objective (Objetivo): Nessa seção, são registradas as informações objetivas obtidas por meio de exames físicos, testes laboratoriais, resultados de monitoramento, entre outros. Por exemplo, um farmacêutico pode registrar a pressão arterial do paciente, resultados de exames de laboratório relevantes e qualquer observação relevante da aparência física do paciente. • Assessment (Avaliação): Nessa seção, são feitas avaliações e análises com base nas informações subjetivas e objetivas coletadas anteriormente. O farmacêutico utiliza essas informações para identificar problemas, avaliar o estado de saúde do paciente e formular uma compreensão clínica. Por exemplo, o farmacêutico pode avaliar a possível interação medicamentosa entre os medicamentos que o paciente está tomando com base nas informações subjetivas e nos resultados de exames objetivos. • Plan (Plano): Nessa seção, são estabelecidos os planos de ação e intervenções a serem realizados com base na avaliação do farmacêutico. Isso pode incluir ajustes na terapia medicamentosa, orientações ao paciente, encaminhamentos para outros profissionais de saúde, entre outros. Por exemplo, o farmacêutico pode planejar o monitoramento da pressão arterial do paciente, ajustar as doses de medicamentos anti-hipertensivos e fornecer educação sobre estilo de vida saudável. O modelo SOAP é amplamente utilizado na prática clínica, incluindo consultas farmacêuticas, registros médicos eletrônicos e comunicação entre profissionais de saúde. Sua estrutura organizada permite uma documentação consistente e uma compreensão clara do estado do paciente, facilitando a tomada de decisões clínicas e o monitoramento do progresso terapêutico. Aqui estão alguns exemplos práticos de como o modelo SOAP pode ser aplicado na prática farmacêutica: Exemplo 1: Consulta Farmacêutica para Gerenciamento de Diabetes Subjective (Subjetivo): O paciente relata dificuldade em controlar seus níveis de glicose no sangue e menciona estar tomando metformina e insulina regularmente Objective (Objetivo): O farmacêutico realiza uma verificação dos níveis de glicose no sangue do paciente e obtém os seguintes resultados elevados Assessment (Avaliação): Com base nas informações subjetivas e objetivas, o farmacêutico avalia que o paciente pode estar enfrentando problemas de controle glicêmico e possíveis necessidades de ajuste na terapia. Plan (Plano): O farmacêutico discute com o paciente estratégias para melhorar o controle glicêmico, incluindo ajustes na dosagem de insulina, educação sobre dieta e exercícios, além de agendar um acompanhamento para monitorar o progresso Exemplo 2: Revisão da Farmacoterapia para Polifarmácia Subjective (Subjetivo): O paciente traz uma lista de medicamentos que está tomando, incluindo prescrições médicas, medicamentos isentos de prescrição e suplementos alimentares. Objective (Objetivo): O farmacêutico realiza uma revisão completa da lista de medicamentos e identifica possíveis duplicações terapêuticas, interações medicamentosas e medicamentos não essenciais. Assessment (Avaliação): Com base na revisão da farmacoterapia, o farmacêutico identifica problemas como potenciais interações medicamentosas, riscos de efeitos colaterais e complexidade do esquema posológico. Plan (Plano): O farmacêutico discute com o paciente os problemas identificados, recomenda ajustes na terapia, como descontinuação de medicamentos desnecessários ou substituição por alternativas mais seguras, e oferece educação sobre o uso adequado dos medicamentos. Exemplo 3: Acompanhamento Farmacoterapêutico para Hipertensão Subjective (Subjetivo): O paciente relata estar tomando medicamentos para controlar a hipertensão arterial, mas ainda experimenta episódios ocasionais de pressão alta Objective (Objetivo): O farmacêutico mede a pressão arterial do paciente e observa que, em alguns momentos, a pressão está acima da faixa alvo. Assessment (Avaliação): Com base nas informações subjetivas e objetivas, o farmacêutico avalia que a terapia atual pode não estar atingindo o controle adequado da pressão arterial. Plan (Plano): O farmacêutico discute com o paciente a necessidade de ajustar a terapia, como aumentar a dose de um medicamento existente ou adicionar um novo medicamento anti- hipertensivo. Além disso, o farmacêutico fornece orientações sobre medidas de estilo de vida, como redução do consumo de sal e aumento da atividade física, para auxiliar no controle da pressão arterial. Esses exemplos ilustram como o modelo SOAP pode ser aplicado na prática farmacêutica para organizar as informações, avaliar o estado do paciente e desenvolver planos de cuidados personalizados. Como fazer uma boa anamnese ? Fazer uma boa anamnese farmacêutica é essencial para obter informações detalhadas sobre o paciente, sua saúde, medicamentos utilizados e identificar possíveis problemas relacionados à farmacoterapia. Aqui estão alguns passos importantes e exemplos práticos para realizar uma anamnese farmacêutica eficaz: Estabelecer uma relação de confiança: Receber o paciente com empatia e respeito. Criar um ambiente acolhedor e confidencial paraincentivar a abertura do paciente. Coletar informações pessoais e médicas: Identificar dados pessoais do paciente, como nome, idade, gênero, ocupação, histórico familiar, entre outros. Obter informações sobre condições médicas preexistentes, alergias, histórico de doenças crônicas, cirurgias e hospitalizações anteriores. Registrar a medicação em uso: Obter uma lista completa de todos os medicamentos utilizados pelo paciente, incluindo prescrições, medicamentos isentos de prescrição, suplementos e produtos à base de plantas. Anotar o nome do medicamento, dose, frequência, via de administração e duração do uso. Explorar a adesão e a experiência com os medicamentos: Perguntar sobre a adesão do paciente ao tratamento, se está seguindo as instruções de dosagem e horários corretamente. Investigar eventuais dificuldades na utilização dos medicamentos, como esquecimentos, efeitos colaterais ou problemas na obtenção dos medicamentos. Identificar possíveis interações e problemas relacionados à medicação: Avaliar a lista de medicamentos para identificar possíveis interações medicamentosas. Verificar se há medicamentos duplicados, falta de eficácia terapêutica, reações adversas ou outros problemas relacionados ao uso dos medicamentos. Explorar o estilo de vida e hábitos de saúde: Investigar o estilo de vida do paciente, como dieta, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e uso de substâncias ilícitas. Identificar hábitos de saúde relevantes, como o uso de medicamentos sem prescrição, automedicação e uso de remédios caseiros. Estabelecer metas terapêuticas e desenvolver um plano de cuidados: Em colaboração com o paciente, estabelecer metas terapêuticas realistas e relevantes. Desenvolver um plano de cuidados individualizado, considerando ajustes na medicação, educação sobre o uso adequado dos medicamentos, mudanças no estilo de vida e encaminhamentos necessários. Exemplo prático: Um paciente chega à farmácia com queixa de insônia crônica. Durante a anamnese farmacêutica, o farmacêutico realiza os seguintes passos: Pergunta ao paciente sobre a duração e intensidade do problema. Verifica se o paciente está utilizando algum medicamento atualmente. Descobre que o paciente está tomando um descongestionante nasal regularmente. Identifica uma possível interação medicamentosa entre o descongestionante e a insônia. Explora hábitos de sono, estilo de vida e possíveis causas subjacentes da insônia. Estabelece a meta de melhorar a qualidade do sono e reduzir a dependência do descongestionante. Propõe medidas não farmacológicas, como higiene do sono e mudanças no ambiente de dormir. Recomenda ao paciente que consulte um médico para avaliar a necessidade de descontinuar ou ajustar a medicação descongestionante. Esse exemplo ilustra como uma anamnese farmacêutica bem conduzida pode identificar problemas relacionados à farmacoterapia, interações medicamentosas e guiar o desenvolvimento de um plano de cuidados personalizado para o paciente. Exemplo 1: Paciente com dor crônica O farmacêutico investiga a intensidade, duração e localização da dor. Pergunta ao paciente sobre a utilização atual de analgésicos e outros medicamentos relacionados. Identifica possíveis interações medicamentosas e efeitos colaterais. Explora o impacto da dor na qualidade de vida do paciente. Estabelece metas de alívio da dor e melhoria da funcionalidade. Desenvolve um plano de cuidados que inclui terapia medicamentosa adequada, estratégias de controle da dor não farmacológicas e acompanhamento regular. Exemplo 2: Paciente com asma O farmacêutico questiona sobre os sintomas respiratórios, como tosse, falta de ar e sibilos. Verifica os medicamentos utilizados para o controle da asma, como broncodilatadores e corticosteroides. Investigação sobre a adesão à medicação e a eficácia do tratamento. Avalia a técnica de inalação do paciente para garantir a administração adequada dos medicamentos. Estabelece metas de controle dos sintomas e prevenção de crises asmáticas. Desenvolve um plano de cuidados que inclui ajustes na terapia medicamentosa, educação sobre a asma, identificação de gatilhos e orientações sobre medidas de prevenção. Exemplo 3: Paciente idoso em uso de múltiplos medicamentos O farmacêutico revisa a lista de medicamentos do paciente, incluindo prescrições, medicamentos sem prescrição e suplementos. Identifica possíveis interações medicamentosas e problemas relacionados à polifarmácia. Pergunta ao paciente sobre a adesão à medicação e eventuais dificuldades. Explora a presença de sintomas ou efeitos adversos relacionados aos medicamentos. Estabelece metas de otimização da farmacoterapia, redução do número de medicamentos e minimização de riscos. Desenvolve um plano de cuidados que inclui revisão da medicação, ajustes na terapia, orientações sobre uso adequado dos medicamentos e acompanhamento frequente. Esses exemplos demonstram como a anamnese farmacêutica pode ser adaptada a diferentes situações clínicas, permitindo uma avaliação abrangente da terapia medicamentosa e auxiliando no desenvolvimento de um plano de cuidados individualizado. Através da anamnese, o farmacêutico pode identificar problemas, otimizar a farmacoterapia e melhorar a saúde e o bem-estar do paciente.
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