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APELAÇÃO (arts. 1.009 a 1.014, CPC) PRELIMINAR DE APELAÇÃO Decisões interlocutórias têm restrito cabimento para Agravo de Instrumento (art. 1.015, CPC) Assim, havendo alguma decisão interlocutória a que a parte tenha interesse e legitimidade recursal, pretenda reforma e não seja cabível o recurso de Agravo de Instrumento, deve ser alegada em sede de preliminar de apelação. Antes de falarmos do check list.... JUÍZO DE RETRATAÇÃO NA APELAÇÃO Ao contrário do que se preleciona ao Agravo de Instrumento, no recurso de Apelação, não há possibilidade de juízo de retratação, à exceção das seguintes situações, expressamente previstas em lei: • Indeferimento da petição inicial (art. 331 do CPC) • Improcedência liminar (art. 332, §3º, CPC) • Extinção sem resolução do mérito (art. 485, § 7º, CPC) • Julgamento em procedimento relativo à jurisdição de Infância e da Juventude (art. 198, VII, do ECA) TEORIA DA CAUSA MADURA Em regra, quando o Tribunal anula ou torna sem efeitos uma sentença, deve remeter o processo novamente ao Juízo de origem, para que profira nova sentença (p.ex. anulação em virtude de ausência de fundamentação). No entanto, excepcionalmente, o próprio Tribunal poderá julgar o mérito da causa, em "supressão" ao novo julgamento pelo Juízo a quo. Dá o nome, neste caso, de Teoria da Causa Madura, cuja previsão de cabimento está nos §§ 3º e 4º do art. 1.013 do CPC: Art. 1.013, CPC [...] § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485 ; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. § 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. Sendo aplicável a Teoria da Causa Madura, o Apelante formulará pedido para que o recurso seja PROVIDO e para que o próprio Tribunal julgue o mérito da causa, sem a necessidade de devolução dos autos à primeira instância JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA APELAÇÃO PARA COMERÇAR A FALAR DO check list.... Recebido o recurso de apelação em primeiro grau, não caberá ao Juízo a quo realizar avaliação ou fazer juízo de admissibilidade. Deve, desde logo, intimar a outra parte à apresentar contrarrazões e remeter o recurso ao Tribunal (art. 1.010, §3º, CPC). Ao Tribunal caberá realizar o juízo de admissibilidade (pressupostos formais) do recurso. O Relator tem autonomia e atribuição para, de acordo com art. 932 do CPC, inclusive, julgar o mérito do recurso de forma monocrática (negar provimento), apreciar tutela provisória e realizar o juízo de admissibilidade. Dessas decisões monocráticas do relator cabe agravo interno (art. 1.021 do CPC). CHECK LIST Interesse recursal Legitimidade recursal Cabimento Inexistência de impeditivos recursais (renúncia, desistência, aquiescência) Tempestividade Preparo Requisitos formais
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