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PROCESSO CIVIL 3

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1 
 
UNIDADE I - TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
 
1. NATUREZA JURÍDICA DO RECURSO 
Conforme Alexandre Freitas Câmara, o recurso é um mero desdobra-
mento do exercício do direito de ação, que se inicia com a petição inicial e se des-
dobra em provocações subsequentes e sucessivas com o objetivo de questionar os 
pronunciamentos judiciais sujeitos a recurso. 
 
2. FINALIDADES DO RECURSO 
Em regra, o recurso tem como finalidade buscar a REFORMA ou a IN-
VALIDAÇÃO do pronunciamento judicial. 
O pedido de reforma deve ser formulado no recurso quando o “erro” 
que se pretende atacar se constituir em error in judicando (em tradução livre, erro 
ao judicar). Não se trata de um verdadeiro erro, já que todo magistrado se encontra 
suscetível de cometê-lo. Decorre do próprio exercício judicante cujo escopo é a 
integração da norma, ou seja, interpretação e aplicação do direito ao caso concreto. 
Como ao juiz é dado o livre convencimento, desde que fundamentado, não é inco-
mum o surgimento de divergências de entendimentos. Faz parte do exercício juris-
dicional, cabendo aos tribunais a uniformização, pois os tribunais devem uniformi-
zar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente (art. 926, CPC). Irresig-
nado com o teor da decisão cabe ao recorrente apontar em seu recurso a tese, com 
os devidos fundamentos, que acredita ser a mais adequada e capaz de alterar o 
resultado da decisão em favor do representado. 
O pedido de invalidação, decretação de nulidade ou cassação da decisão 
remete à teoria das invalidades dos atos processuais que aqui é representada pela 
expressão error in procedendo (em tradução livre, erro ao proceder), remetendo à 
ideia de quebra de uma regra procedimental de aplicação obrigatória. Há várias 
situações em que poderá ficar caracterizada a invalidade: 
1º) Violação da forma: definidos em lei, os procedimentos são consti-
tuídos de determinada sequência de atos processuais cuja observância representa 
a garantia do devido processo legal. Quando há quebra na ordem de tais procedi-
mentos e isso acarreta prejuízo à parte, fica configurada a invalidade. Mas, se ape-
sar da quebra do procedimento, não ficar configurado o prejuízo, prevalecerá o 
princípio da instrumentalidade das formas (pas des nullité sans grief – não há nuli-
dade se não houver prejuízo) no seguinte sentido: os atos e os termos processuais 
independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, consi-
2 
 
derando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade es-
sencial (art. 188, CPC); 
2º) Ausência de fundamentação: o Código de Processo Civil define re-
gras essenciais que devem ser obrigatoriamente levadas em conta para que uma 
decisão judicial, seja ele interlocutória, sentença ou acórdão seja considerada fun-
damentada (art. 489, § 1º, I a VI) e ainda estabelece que todos os julgamentos dos 
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob 
pena de nulidade (art. 11). Portanto, a ausência de fundamentação do pronuncia-
mento judicial é motivo para se postular no recurso a sua invalidação. 
3º) Obstrução ao direito de produzir provas: o juiz é o destinatário 
das provas, cabendo a ele, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as pro-
vas necessárias ao julgamento do mérito (art. 370, caput) e indeferir, em decisão 
fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias (p. único). Todavi-
a, se o indeferimento da realização determinada prova requerida pela parte impli-
car na impossibilidade da prova do fato alegado, e a consequente improcedência 
do pedido, ficará caracterizada nulidade processual. 
Quanto ao Recurso de Embargos Declaratórios (art. 1022), os objetivos 
se restringem a: 
 Esclarecer obscuridade 
 Eliminar contradição 
 Suprir omissão (ausência de apreciação de pedido ou falta de fundamenta-
ção) 
 Corrigir erro material 
Recursos como o Especial para o STJ e o Extraordinário para o STJ, além 
do objetivo de Reforma ou Invalidação, possuem também o propósito de Uniformi-
zação de jurisprudência quanto a Lei Federal, no caso do Especial, e quanto a Cons-
tituição, no caso do Extraordinário. 
Já o Agravo em Recurso Especial e Extraordinário tem o propósito de 
atacar a decisão de inadmissibilidade desses recursos. 
 
3. PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS SUJEITOS A RECURSO 
 
3.1 Os seguintes pronunciamentos judiciais desafiam recurso: 
Sentença: Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos es-
peciais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento 
3 
 
nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como 
extingue a execução (art. 203, § 1º). 
Se houver obscuridade, contradição, omissão ou erro material, desafia o 
recurso dos Embargos Declaratórios. O recurso principal é a Apelação (art. 1.009). 
Decisão interlocutória: é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1º do art. 203 (art. 203, § 2º). 
Se a decisão interlocutória estiver contida no rol dos incisos e o pará-
grafo único do art. 1.015, desafia o recurso de Agravo de Instrumento. Mais a deci-
são do juiz de declina da competência, por força de entendimento do STJ. Se houver 
obscuridade, contradição, omissão ou erro material, desafia os Embargos Declara-
tórios. 
Se for decisão interlocutória diversa, deve ser impugnada como preli-
minar da Apelação ou das Contrarrazões (art. 1.009, § 1º, CPC) 
Acórdão: é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais (art. 204). 
Se houver obscuridade, contradição, omissão ou erro material, desafia 
os Embargos Declaratórios. Os recursos principais são o Recurso Especial para o 
STJ (art. 105, III, alíneas, CF e 1.029 a 1.041, CPC) e o Recurso Extraordinário para 
o STF (art. 102, III, alíneas, CF e 1.029 a 1.041, CPC). 
Decisão singular de relator: é a decisão do relator ao apreciar o efeito 
suspensivo ou tutela antecipada recursal ou quando exerce o controle de prece-
dentes. Está prevista no art. 932, II, III, IV e V, do CPC. 
Se houver obscuridade, contradição, omissão ou erro material, desafia 
os Embargos Declaratórios. O recurso principal é o Agravo Interno (art. 1.021). 
 
3.2 Dos despachos e dos atos meramente ordinatórios NÃO cabe recuso (art. 
1.001, CPC): 
Despachos: São todos os demais pronunciamentos do juiz praticados 
no processo, de ofício ou a requerimento da parte (art. 203, § 3º). 
Atos meramente ordinatórios: não são pronunciamentos judiciais. 
São atos como a juntada e a vista obrigatória, e independem de despacho, devendo 
ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário (art. 
203, § 4º). 
 
4 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO 
4 
 
Todo recurso se submete à apreciação da admissibilidade e do mérito. 
Superada a primeira barreira dos requisitos de admissibilidade, o magistrado pas-
sa à apreciação do mérito. E o que é o mérito do recurso? 
Todas as questões que forem objeto de impugnação do recurso perten-
cem ao mérito, pois a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada (art. 1.013, caput) (tantum devolutum quantum appellatum). 
Apesar do art. 1.013 se reportar à apelação, é a regra para todos os re-
cursos. Não importa se a natureza da matéria objeto do recurso é meramente pro-
cessual, ainda assim, será mérito do recurso. Então, v.g., se a sentença, ora recorri-
da, extinguiu o processo sem resolução do mérito (matéria processual, art. 485), o 
pedido de reforma ou invalidação desta sentença é o mérito do recurso. 
Já deu para perceber que mérito na fase recursal recebe tratamento di-
verso de mérito na fase postulatória e decisória. É que na fase postulatória e deci-
sória é feita a clássica distinção entre questões preliminares, como direito proces-
sual (art. 337 e 485), e mérito, como questões de direito material (art. 487). Já na 
fase recursal a distinção é feita entre requisitosde admissibilidade e mérito. E neste 
último entram todas as questões relativas ao direito material e processual que fo-
ram objeto da decisão e que, necessariamente, foram objeto de impugnação no re-
curso. 
 
5. OBJETO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: requisitos intrínsecos e extrínse-
cos 
Obs.: art. 932, p. único, CPC: 
Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 
(cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a do-
cumentação exigível. 
 
5.1 Requisitos de admissibilidade intrínsecos (subjetivos) – dizem respeito à 
própria existência do poder de recorrer (cabimento; legitimação; interesse; 
inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer). 
a) Cabimento 
A análise do cabimento do recurso significa certificar-se que a natureza 
do ato judicial que se pretende impugnar se inclui dentre os pronunciamentos ju-
diciais que desafiam recurso. Lembrando que os despachos não são suscetíveis de 
recurso (art. 1.001). 
b) Legitimação 
5 
 
Legitimados (art. 996, CPC): 
 A parte 
 MP – como parte e como fiscal da ordem jurídica (art. 178, CPC)1 
 Terceiro prejudicado 
Particularidades do recurso de terceiro: 
 Pode pleitear a nulidade da sentença ou a reforma 
 Não pode acrescentar nova lide ou ampliar a primitiva 
 Não pode pleitear direito para si, pois atua como assistente (Assistência 
Litisconsorcial, art. 124) 
 Do resultado positivo ou negativo para as partes, resulta seu benefício. 
 Ex.: o promissário comprador pode recorrer contra a sentença reivindi-
catória desfavorável ao promitente vendedor 
 Recurso de terceiro e a coisa julgada material (art. 123) 
c) Interesse (utilidade e necessidade) 
O recurso deve ser útil e necessário, sobe pena da parte carecer de inte-
resse. Portanto, este requisito, regra geral, está relacionado ao prejuízo sofrido 
pela parte (sucumbência, art. 996), podendo vislumbrar a utilidade, a necessidade 
ou o proveito que poderia advir com a interposição do recurso. 
1º) requisito da sucumbência 
O vencido tem interesse em recorrer (art. 996). Se a sucumbência for 
recíproca, ambas as partes tem interesse. 
A sucumbência recíproca ocorre quando, por exemplo, o autor postula 
dois pedidos, um de dano material e ou de dano moral, e acontece de o juiz julgar 
um pedido procedente e outro improcedente. Neste caso, ambas as partes foram, 
ao mesmo tempo, vencedoras e sucumbentes, já que a sentença julgou parcialmen-
te procedentes os pedidos. 
2º) recurso do vencedor. É possível? 
A mera discordância da fundamentação do julgado não é, por si só, cau-
sa para recurso, se a parte saiu vencedora (art. 504, I, CPC), pois os fundamentos 
não fazem coisa julgada. P 
 
1 Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da 
ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: 
I - interesse público ou social; 
II - interesse de incapaz; 
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do 
Ministério Público. 
 
6 
 
Para a interposição de recurso pelo vencedor o que deve ser ponderado 
é que, apesar da vitória, ainda haverá alguma utilidade ou proveito caso seja inter-
posto o recurso. Portanto, mesmo vencedor, se for possível otimizar a decisão, ha-
verá interesse pela utilidade do recurso. 
Exemplo: O autor propõe ação de cobrança e o réu contesta o pedido a-
legando prescrição da pretensão. O juiz extingue o processo sem resolução do mé-
rito em razão da inépcia da inicial (art. 485, I). Apesar de vencedor, já que o pro-
cesso foi extinto, o réu poderia apelar2 da sentença requerendo ao tribunal a decla-
ração da prescrição (art. 487)3. Com a sentença de mérito evitaria que o autor in-
gressasse novamente com a mesma ação. Portanto, o réu tem interesse em recor-
rer, apesar de vencedor. 
Em caso de litisconsórcio unitário o recurso interposto por um deles, a 
todos aproveita (art. 1005). 
d) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer 
De acordo com o art. 999, a renúncia ao direito de recorrer independe da 
aceitação da outra parte. 
É comum a renúncia expressa ao direito de recorrer nas homologações 
judiciais de acordos, ou na mediação e conciliação, para dar segurança jurídica, 
evitando que qualquer das partes recorra, mesmo em caso de arrependimento. 
E o art. 1.000 estabelece que a parte que aceitar expressa ou tacitamente 
a decisão não poderá recorrer. Por exemplo, aquele que é condenado a pagar de-
terminada quantia e efetua o pagamento, aceita tacitamente a decisão e não poderá 
mais recorrer. Pois, considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, 
de ato incompatível com a vontade de recorrer (p. único). Acontecendo de peticio-
nar nos autos reconhecendo a decisão, teríamos uma aceitação expressa. 
 
5.2 Requisitos de admissibilidade extrínsecos (objetivos) – dizem respeito ao 
modo do exercício do direito de recorrer (adequação; singularidade; preparo; 
tempestividade; regularidade formal; motivação) 
a) Adequação (interesse adequação) 
A adequação funciona como um interesse adequação, como elemento 
inerente ao exercício do poder de agir (condições da ação). É a escolha do recurso 
próprio que tenha aptidão para impugnar o pronunciamento judicial. Por exemplo, 
o recurso próprio para postular reforma ou invalidação da sentença é a apelação 
 
2
 Aqui, apenas para ilustrar o exemplo, pois antes da apelação poderia interpor Embargos Declaratórios. 
3
 Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a 
quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485. 
7 
 
(art. 1.009), para a decisão interlocutória, o agravo de instrumento (art. 1.015), 
para impugnar a decisão singular do relator, o agravo interno (art. 1.021), para a 
decisão que nega seguimento ao recurso especial ou extraordinário, o agravo pre-
visto no art. 1.042 etc. 
Adequação e fungibilidade: há algumas situações particulares em que 
a lei admite expressamente a aceitação de um recurso por outro, caso em que o 
magistrado poderá relevar a escolha inadequada e converter o recurso interposto 
em outro que seja apto para impugnar o pronunciamento judicial, concedendo 
prazo para o recorrente reformular os fundamentos do recurso (art. 1024, §3º, art. 
1032 e 1033). 
b) Singularidade 
Trata-se de regra, segundo a qual, o recorrente tem apenas uma opor-
tunidade para recorrer, não podendo interpor mais de um recurso para o mesmo 
pronunciamento judicial. Então, se o recorrente interpôs um recurso e este não foi 
admitido por falta de adequação e ausente os requisitos para sua conversão por 
fungibilidade, não haverá uma segunda chance. 
c) Preparo 
As regras sobre o recolhimento do preparo, inclusive, porte de remessa 
e retorno do recurso estão no art. 1.007 e seus parágrafos: 
 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando 
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de re-
messa e de retorno, sob pena de deserção. 
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, 
pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de 
isenção legal. 
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retor-
no, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, 
não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo 
em autos eletrônicos. 
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposiçãodo recurso, o reco-
lhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na 
pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de 
deserção. 
§ 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, in-
clusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 
4º. 
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de de-
serção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar 
o preparo. 
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação 
da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao reco-
lhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. 
8 
 
 
d) Tempestividade 
Prazos: em regra, o prazo para recorrer é de 15 dias, exceção aos Em-
bargos Declaratórios e ao Agravo Interno no STJ e no STF, cujo prazo é de 5 dias 
(art. 1003,§ 5º, 1070, CPC e art. 39, da Lei 8.038/90). 
Forma de contagem dos prazos: Contam-se apenas os dias úteis (art. 
219). Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do 
começo e incluindo o dia do vencimento (art. 224, CPC). 
Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o 
primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense é 
encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da 
comunicação eletrônica (art. 224, § 1º). 
Prazo em dobro: 
 Prazo para a Fazenda Pública – art. 183 
 Prazo para o MP – art. 180 
 Parte representada pela Defensoria Pública – art. 186 
 No caso de litisconsortes representados por advogados diversos, de escritó-
rios de advocacia distintos (art. 229), o prazo é contado em dobro. Salvo se 
se tratar de autos eletrônicos (art. 229, § 2º), ou quando a defesa tiver sido 
ofertada por apenas um, em caso de 2 réus (art. 229, §1º). 
Termo inicial: 
 Conta-se o prazo da intimação (art. 1003). A contagem do prazo terá início 
no primeiro dia útil que seguir ao da publicação (art. 224, §, 3º). 
 Intimação na audiência – 1003, §1º 
Situações particulares: 
i) Prazo para o réu ainda não citado (art. 1003, §2º): o prazo correrá a partir da 
citação (art. 231, I a VI). Por exemplo, quando o juiz defere tutela de urgência, an-
tecipada ou cautelar inaudita altera pars (sem da citação do réu). 
ii) Prazo para o réu revel (art. 346): os prazos fluirão a partir da publicação no ór-
gão oficial. 
iii) Recurso remetido pelos correios (art. 1003, §3º): conta-se o prazo a partir da 
postagem. 
iv) Comprovação de feriado local (art. 1003, §6º): é dever do recorrente compro-
var. 
9 
 
v) Vista dos autos para interposição de recurso 
- sucumbência recíproca: no caso de processo físico, o prazo corre em cartório. 
vi) Recurso interposto antes da publicação do julgado (art. 218, §4º): será conside-
rado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
vii) Recurso interposto antes do julgamento de embargos de declaração pendentes 
(art. 1024, §§ 4º e 5º): se a decisão dos embargos alterar a decisão embargada, re-
abre-se prazo para o recorrente emendar do recurso. 
viii) Casos especiais de interrupção e suspensão do prazo 
- Suspensão. Regra geral, ocorrendo suspensão do processo, haverá suspensão do 
prazo para o recurso (arts. 221 e 313, CPC). 
- Suspensão: Recesso de 20/12 a 20/01 (art. 220, CPC). 
- Interrupção. Regra especial de interrupção (art. 1004): Se, durante o prazo para a 
interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou o-
correr motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo resti-
tuído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a cor-
rer novamente depois da intimação. 
e) Regularidade formal 
Cada recurso deve obedecer a requisitos específicos de forma prescritos 
pelo CPC. 
Exemplos: apelação (art. 1.009, § 1º e 1.010); Agravo de Instrumento 
(art. 1.016 e 1.017). 
E há requisitos genéricos, como a capacidade processual ou regularida-
de da representação (art.76, § 2º, I e II, CPC). 
f) Motivação 
 Recurso sem motivação: ocorre inépcia. 
 Motivação na Apelação: art. 1010, II e III. 
 Motivação no Agravo de Instrumento: art. 1016, II e III. 
 Motivação nos Embargos Declaratórios: art. 1023. 
 Motivação no Recurso Extraordinário e no Especial: arts. 1029, I, II e III. 
 
6. PRINCÍPIOS DO SISTEMA RECURSAL BRASILEIRO. 
6.1 Princípio do duplo grau de jurisdição 
10 
 
Duplo grau de jurisdição e “duplo grau de jurisdição necessário” (art. 
496) 
Não é um princípio absoluto, portanto a vedação da apelação em sen-
tenças de pequeno valor pelo art. 34 da Lei nº 6.830/90 é constitucional, conforme 
o STF. 
6.2 Princípio da taxatividade 
A lei especifica quais recursos são cabíveis (art. 994, CPC). Portanto, 
neste aspecto a criatividade está limitada à escolha, dentre um rol taxativo, do re-
curso que seja adequado. 
6.3 Princípio da singularidade ou unirrecorribilidade 
Para cada ato judicial há um só recurso admitido pelo ordenamento ju-
rídico. Não fere a regra, a eventual necessidade de se valer dos Embargos Declara-
tórios, antes da interposição do recurso principal, pois tem a função de aperfeiçoar 
o pronunciamento judicial. 
A propositura concomitante de R. Especial e R. Extraordinário (art. 102, 
III, 105, III, e art. 1.029, do CPC) não excepciona a regra, pois cada um tem seu ob-
jeto próprio. 
6.4 Princípio da fungibilidade 
O CPC de 1973 não trazia previsão expressa sobre a fungibilidade, mas 
foi na sua vigência que o princípio se desenvolveu nos casos em que, por força de 
divergências doutrinárias e jurisprudências, houvesse dúvida sobre qual recurso 
cabível. Nestes casos admitia-se um recurso por outro. 
A jurisprudência criou os seguintes requisitos: 
a) existência de dúvida objetiva acerca de qual o recurso manejável; 
b) inexistência de erro grosseiro na interposição de um recurso pelo outro; 
c) observância do prazo próprio do recurso adequado, sempre que este for menor 
do que o do recurso erroneamente interposto. Esta última regra acabou sendo fle-
xibilizada pelo STJ em caso de erro escusável. 
Fungibilidade legal no Novo CPC: 
a) Entre Embargos de Declaração e Agravo Interno (art. 1.024, § 3º) 
b) Entre R. Especial e R. Extraordinário (arts. 1.032 e 1.033) 
6.5 Princípio da dialeticidade 
11 
 
Ao manejar o recurso, a parte deve manifestar a sua inconformidade 
com o pronunciamento judicial indicando os motivos de fato e de direito pelos 
quais deseja um novo julgamento. E ao fazê-lo cria uma tese, permitindo à parte 
contrária atacá-la (antítese). Analisando as questões postas pelas partes, o juiz 
produz através de fundamentos a síntese (art. 489, § 1º, I a VI). 
Portanto, recurso deve ter motivação (art. 1.010, II e III; 1.016, II e III; 
1.013; 1.028 e 1.029, I e III), sob pena de inépcia, o que impede a sua admissibili-
dade. 
6.6 Princípio da voluntariedade 
O direito de recorrer tem caráter dispositivo, devendo a parte provocar 
o juízo. Sem provocação o juízo não poderá agir de ofício. 
O reexame necessário não é recurso (art. 496) 
6.7 Princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias 
Com a extinção do Agravo Retido, somente determinadas decisões in-
terlocutórias podem ser impugnadas de imediato por recurso, no caso, o Agravo de 
Instrumento (art. 1.015, incisos). 
As decisões interlocutórias que não desafiam Agravo de Instrumento, 
podem ser questionadas como preliminar da Apelação, no momento oportuno (art. 
1.009, § 1º). 
6.8 Princípio da vedação da reformatio in pejus 
De acordo com o princípio, em regra, o julgamento do recurso não po-
derá piorar a situação do recorrente. 
EXCEÇÕES: 
a) Matérias de ordem pública sobre as quais deve o juízo se manifestar ex-officio: 
art. 485, § 3º e 487, II. 
b) Quando for aplicada a chamada “teoria da causamadura” (art. 1.013, § 3º): por 
exemplo, a parte recorre contra a sentença que extinguiu o processo sem resolução 
do mérito, o tribunal afasta o defeito processual e aprecia o mérito julgando-o im-
procedente. 
6.9 Princípio da consumação 
Implica em que a faculdade de recorrer extingue (preclui) tanto pelo fa-
to de não interpor o recurso no prazo legal (preclusão extintiva) quanto pelo fato 
de já ter sido exercida a faculdade de forma imprópria ou utilizando via inadequa-
da (preclusão consumativa). 
12 
 
7 EFEITOS DOS RECURSOS 
 
7.1 Efeitos básicos dos recursos: devolutivo e suspensivo 
a) devolutivo: o recurso devolve a matéria impugnada. É a oportunidade de rea-
preciação de questão já decidida. 
b) suspensivo: o efeito suspensivo impede a eficácia imediata da decisão impug-
nada. 
A regra é a eficácia imediata da decisão, como consta do art. 995, caput: 
“Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão 
judicial em sentido diverso.” 
 O Parágrafo único do art. 995 estabelece cláusula geral do efeito suspensivo: 
“A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata 
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e 
ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”. 
Apenas a Apelação tem efeito suspensivo imediato como regra, pois trata-se 
de efeito suspensivo legal (art. 1.012, caput). As exceções estão nos incisos do § 1º. 
 Efeito suspensivo no Agravo de Instrumento (art. 1.019, I, CPC) 
 Efeito suspensivo no RO (art. 1.027, § 2º, CPC) 
 Efeito suspensivo no RE e REsp (art. 1.029, § 5º, CPC) 
c) Interruptivo 
É o efeito que decorre da interposição tempestiva (5 dias) dos Embar-
gos Declaratórios, pois interrompe a contagem do prazo para o recurso principal, 
que volta a contar integralmente após a publicação da decisão dos Embargos (art. 
1.026, CPC). 
Todavia, se os Embargos não forem admitidos nos termos do art. 1026, 
§ 4º, não interromperá o prazo para o recurso principal. 
Havia uma outra hipótese: quando da interposição de Embargos de Di-
vergência no âmbito do STJ (competência originária), com interrupção do prazo 
para o recurso extraordinário para o STF, nos termos do art. 1.044, § 2º, CPC. Com 
a revogação do inciso IV, do art. 1.043, do CPC, que revogou a hipótese de cabimen-
to e adequação dos Embargos de Divergência nos processos de competência origi-
nária, perdeu o sentido. 
Exemplo: A situação era a seguinte: no caso de Mandado de Segurança 
contra ato de Ministro de Estado (competência originária do STJ - art. 105, I, b, CF) 
com concessão do pedido, em divergência de entendimento com outra turma e a-
fronta a matéria de ordem constitucional. Cabem os Embargos de Divergência que, 
13 
 
uma vez julgados pela Corte Especial e publicado o acórdão, será devolvido o prazo 
integral de 15 (quinze) dias para o Ministro (procuradoria) interpor Recurso Ex-
traordinário para o STF. 
 
7.2 Efeito substitutivo 
O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada 
no que tiver sido objeto de recurso (art. 1.008, CPC). “Ainda que a decisão do tri-
bunal confirme a decisão recorrida sem nada alterar em sua essência, por esse efei-
to, uma vez conhecido e julgado o recurso, não mais existirá a decisão recorrida, 
mas apenas a do tribunal.” (MARINONI, 2016, p. 536). 
Requisitos: 
 O recurso tem que ser conhecido e seu mérito julgado. 
 Se não for admitido ou se o julgamento for de anulação, não haverá subs-
tituição. 
 A substituição somente se opera nos limites da matéria devolvida. 
 Obs.: importante para a definição da competência para a Ação Rescisória 
 Obs.: A anulação de sentença que revogou a antecipação da tutela restau-
ra os efeitos desta última (jurisprudência). 
 
7.3 Efeito translativo 
Para Fredie Didier (2007, p. 78), decorre do efeito devolutivo, e implica 
em uma análise em profundidade, não se limitando às questões que foram decidi-
das na decisão recorrida, mas também às que poderiam ter sido decididas, mas não 
o foram. Nisso compreenderiam: 
a) questões examináveis de ofício (Ex.: art. 485, § 3º, CPC); 
b) questões que, não sendo examináveis de ofício, deixaram de ser a-
preciadas, a despeito de haverem sido suscitadas (Ex.: art. 1013, § 3º, I, II, III, IV e § 
4º, CPC). 
 
7.4 Efeito expansivo 
a) Efeito expansivo subjetivo 
Implica em que a decisão de julgamento do recurso pode atingir outras 
pessoas que não o recorrente. Portanto, o efeito expansivo subjetivo ocorre quan-
do a decisão do recurso alcança pessoa diversa da pessoa do recorrente, e. g., art. 
1005, e p. único, CPC. 
14 
 
 Exemplo: a procedência do recurso que determina a cassação do man-
dato do prefeito implica na cassação do mandato do vice-prefeito; a procedência 
do recurso que determina o despejo do sub-locador, implica no despejo do sub-
locatário. 
b) Efeito expansivo objetivo 
Implica em que a decisão de julgamento do recurso (ou da preliminar 
de decisão interlocutória em apelação, nos termos do § 1º, do art. 1.009, do CPC) 
poderá atingir outros atos processuais que não o ato recorrido (MARINONI, 2016, 
p. 536) ou outros pedidos congruentes ou interdependentes (GONÇALVES, 2017, p. 
911-912). 
No primeiro, caso, se a decisão do recurso anular um ato processual an-
terior à sentença, todos os demais atos posteriores serão considerados nulos, in-
clusive a sentença (art. 282, CPC). Se o pedido de anulação for julgado procedente, 
quando analisado em preliminar da apelação, para enfrentamento de decisão inter-
locutória não sujeita a agravo de instrumento, a apelação perderá o objeto e ficará 
prejudicada, pois a sentença também será considerada nula, por se tratar de ato 
posterior ao ato anulado (art. 1.009, § 1º, CPC). 
No segundo caso, “Há pedidos interdependentes que mantêm entre si 
relação de prejudicialidade. Não é possível modificar a decisão a respeito de um 
deles sem que haja repercussão sobre os demais.” (GONÇALVES, 2017, 911). Ex.: a 
procedência do recurso contra sentença que reconhece a paternidade implica na 
improcedência da pretensão condenatória em alimentos daí decorrentes. 
 
7.5 Efeito regressivo 
Trata-se do também chamado “juízo de retratação” do juízo a quo. São 
previsões legais que admitem que magistrado que fez o pronunciamento judicial 
possa se retratar e modificar a sua decisão. 
No Agravo de Instrumento: art. 1.018, § 1º, CPC. 
No Agravo Interno: art. 1.021, § 2º, CPC. 
Na Apelação: 
 Nos casos de improcedência liminar do pedido (art. 332, § 3º, CPC), in-
terposta a Apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
 Nos casos em que o juiz extingue o processo sem resolução do mérito 
(art. 485, incisos, CPC) (sentença terminativa), interposta a Apelação, o 
juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
15 
 
 
7.6. Efeito obstativo 
A interposição do recurso tem o condão de obstar a preclusão e o trân-
sito em julgado das decisões judiciais. Todos os recursos tem esse condão de im-
pedir a preclusão com a consequente formação da coisa julgada. 
 
8 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS 
 
8.1 Quanto ao fim colimado pelo recorrente 
a) de reforma: 
O pedido será de reforma quando se tratar de “error in judicando”, ou 
seja, “erro” ao judicar. Busca-se uma modificação na solução contida no decisório, 
de maneira a alcançar, no julgamento recursal, um pronunciamento mais favorável 
ao recorrente. 
b) de invalidação (decretação de nulidade ou cassação): 
O pedido será de invalidação quando se tratar de “error in procedendo”, 
ou seja, “erro” ao proceder, ou de procedimento. Busca-se a cassação pura e sim-
ples do decisório. 
c) de esclarecimento ou integração: 
Ocorre nos Embargos de Declaração, cujo objetivo é o aperfeiçoamento 
do decisório, eliminando a falta de clareza, a contradição, ou suprimindo alguma 
omissão quando da apreciação dos pedidos. 
 
8.2 Quanto ao órgão a quemcompete julgar o recurso 
a) recursos reiterativos: 
Quando a questão julgada por um órgão judicial é devolvida ao conhe-
cimento de outro órgão. É o que se passa com a apelação, em regra, com o recurso 
ordinário, o especial e o extraordinário. 
b) recursos iterativos: 
Quando a impugnação é julgada pelo mesmo órgão que proferiu a deci-
são recorrida, tal como se passa nos embargos de declaração. 
c) mistos: 
16 
 
Quando tanto permitem o reexame pelo órgão superior como pelo pró-
prio prolator do ato decisório impugnado, como é o caso do agravo de instrumento, 
da apelação ao impugnar o indeferimento decisão de extinção do processo sem 
resolução do mérito, ou de extinção liminar do processo. Ou no caso de ECA (art. 
198, VII), com ampla retratação na Apelação. Caso também do agravo interno. 
 
8.3 Quanto à extensão do reexame de um órgão sobre a matéria decidida por 
outro 
a) total: 
 Quando o recurso ataca a decisão como um todo, requerendo sua re-
forma integral. 
b) parcial: 
Quando o inconformismo do recorrente é restrito a uma ou alguma das 
questões solucionadas pelo pronunciamento judicial recorrido. Vigora a regra es-
tribada no brocardo latino tantum devolutum quanum appelatum. Ou seja, a parte 
não atacada da sentença transita em julgado, desde logo, se versar sobre o mérito 
da causa, ou incorre em preclusão, se se tratar de questões processuais, ressalva-
dos os casos em que o juiz deve se pronunciar de ofício. 
Há a regra, segundo a qual, nenhum juiz decidirá novamente as questões 
já decididas, relativas à mesma lide (art. 505, CPC), mas existem exceções, como 
demonstrado. 
 
8.4 Quanto aos motivos da impugnação: 
a) recurso de fundamentação livre: são aqueles cuja admissibilidade não se 
prende a matérias preordenadas pela lei. Ex.: agravo de instrumento; apelação; 
agravo interno; recurso ordinário. 
b) recurso de fundamentação vinculada: são aqueles cuja admissibilidade está 
enquadrada em alguma previsão legal. 
Embargos de Declaração: somente se pode alegar obscuridade, contra-
dição, omissão ou erro material (art. 1022). 
Recurso Especial: só será admitido quando fundado num dos quesitos 
autorizados pelas alíneas do inciso III do art. 105, da CF/88. 
Recurso Extraordinário: só será admitido se a parte apontar defeitos de 
ordem constitucional elencados nas alíneas, do inciso III, do art. 102, da CF/88. 
17 
 
 
8.5 Quanto à marcha do processo rumo à execução da decisão impugnada 
a) suspensivos: impedem que o pronunciamento judicial produza efeitos no mun-
do jurídico, impedindo a sua execução. 
b) não suspensivos: não impedem que o pronunciamento judicial produza efeito 
no mundo jurídico, permitindo a sua execução mesmo, portanto, na pendência do 
julgamento do recurso. Trata-se da execução provisória (arts. 520 a 522, CPC). 
 
9. EXTINÇÃO ANORMAL DO RECURSO 
A extinção normal do recurso ocorre quando há a apreciação do mérito 
recursal. A extinção anormal é, por exemplo, quando o recurso não é conhecido por 
falta de um ou alguns dos requisitos de admissibilidade, ou fica prejudicado em 
razão da perda do objeto (art. 932, III, CPC). 
 
10. ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL 
10.1 Julgamento coletivo e singular do recurso em segundo grau 
a) Julgamento coletivo do recurso 
Em regra, o recurso é decidido por um órgão colegiado, o plenário ou 
outro órgão fracionário. 
Em regra, a apelação e o agravo de instrumento são decididos no órgão 
colegiado pelo voto de 3 juízes (art. 941, § 2º). 
b) Julgamento singular do recurso 
Excepcionalmente, o relator está autorizado a proferir decisão mono-
crática nos recursos (art. 932, incisos, CPC). 
Incumbe ao relator em decisão singular: 
 
1º) Negar seguimento da recurso inadmissível, prejudicado ou inepto (art. 
932, III, CPC) 
 
 
Art. 932. Incumbe ao relator 
[...] 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha im-
pugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
 
18 
 
Inadmissível é o recurso que não preenche os requisitos de admissibili-
dade. 
Prejudicado é o recurso que perdeu o objeto, em razão da retratação do 
juiz ou por anulação de decisão interlocutória prejudicial. 
O recurso também pode ser considerado inepto, caso não impugne es-
pecificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
Contudo, é bom lembrar que antes de inadmitir o recurso, o relator de-
verá conceder prazo de 5 (cinco) dias para a parte sanar o vício, quando possível. 
 
Art. 932. 
[...] 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o 
prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a 
documentação exigível. 
 
2º) Negar provimento a recurso 
 
Trata-se de juízo de mérito negativo 
 
Art. 932. Incumbe ao relator 
[...] 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
 
3º) Dar provimento ao recurso 
 
-Trata-se de juízo de mérito positivo 
 
Art. 932. Incumbe ao relator 
[...] 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao re-
curso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
 
4º) Outras atribuições singulares do relator 
 
 
Art. 932. Incumbe ao relator 
[...] 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for 
instaurado originariamente perante o tribunal; 
19 
 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
 
Das decisões singulares (monocráticas) do relator cabe Agravo Interno 
em 15 dias para o colegiado (art. 1021, §§, CPC). 
Em se tratando de Agravo Interno no STJ ou no STF, o prazo é de 5 (cin-
co) dias (Lei nº 8.038/90, art. 39). Acresça-se também que, neste caso específico, o 
seu objeto é um pouco mais amplo, não se limitando a atacar decisões monocráti-
cas. Conforme o artigo mencionado: “da decisão do Presidente do Tribunal, de Seção, 
de Turma ou de Relator de causar gravame à parte, caberá agravo para o órgão es-
pecial, Seção ou Turma, conforme o caso, no prazo de cinco dias.” 
 
10.2 Técnica de julgamento em caso de decisão não unânime 
Com a extinção dos Embargos Infringentes, o legislador criou uma téc-
nica estendida de julgamento em caso de decisão não unânime. 
a) Cabimento. Julgamento não unânime proferido em: 
 Apelação (art. 942, caput). 
 Ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, 
nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição 
previsto no regimento interno (art. 942, § 3º, I). 
 Agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar par-
cialmente o mérito (art. 942, § 3º, II). 
b) Procedimento 
Nos casos acima, não sendo unânime o resultado, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, 
que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em 
número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, 
assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas 
razões perante os novos julgadores (art. 942, caput). 
A regra não se aplica às decisões do plenário ou da corte especial (art. 
942, § 4º, III). 
No caso da apelação e do agravo de instrumento, sendo possível, o 
prosseguimentodo julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de 
outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado (art. 942, § 1º). 
Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por oca-
sião do prosseguimento do julgamento (art. 942, § 2º). 
20 
 
Para a Ação Rescisória o julgamento se dá por órgão de maior composi-
ção. De acordo com o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás 
(RITJGO), é da competência das Seções Cíveis o julgamento da Ação Rescisória (art. 
144, § 4º, II, b). 
Quando o julgamento de ação rescisória for não unânime e no sentido 
da rescisão da sentença ou do acórdão, hipótese prevista no artigo 942, § 3º, inciso 
I, do CPC, serão convocados, em número suficiente para garantir a possibilidade de 
inversão do resultado inicial, integrantes da outra seção cível (RITJGO, art. 172). 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015: Código de Processo Civil. Dispo-
nível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 13 fev. 2023. 
DIDIER JR., Fredie et al. Curso de direito processual civil: meios de impugnação 
das decisões judiciais e processo nos tribunais. v. 3. 20. ed. Salvador: Editora Podi-
um, 2023. 
MARINONI, Luiz Guilherme et al. Curso de processo civil: tutela dos direitos me-
diante procedimento comum. v. 2. 2. ed. São Paulo: RT, 2016b. 
TEHODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. v. III. 47. ed. 
São Paulo: Forense, 2015. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSO GOIÂNIA 
PROCESSO CIVIL III 
Prof. Carlos Rubens Ferreira 
1 
 
 
RECURSO ADESIVO E APELAÇÃO 
 
 
1. Recurso adesivo 
 
Cada parte deverá interpor o seu recurso independentemente, no prazo 
e com observância das exigências legais (art. 997). Quando houver sucumbência 
recíproca, ou seja, sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer 
deles poderá aderir o outro (art. 997, § 1º). 
Trata-se do recurso adesivo que adesivo fica subordinado ao recurso 
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos 
de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa (art. 
997, § 2º). 
E ainda devem ser observadas as seguintes regras: I - será dirigido ao 
órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a 
parte dispõe para responder; II - será admissível na apelação, no recurso extraor-
dinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do 
recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. 
 
2. Impugnação de decisões interlocutórias não sujeitas a Agravo de Instru-
mento: preliminar da apelação ou contrarrazões 
 
De acordo com § 1º, do art. 1.009, do CPC, as questões resolvidas na fase 
de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, 
não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, 
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
E de acordo com o § 2º, se as questões referidas no § 1º forem suscitadas 
em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-
se a respeito delas. 
As hipóteses legais que comportam agravo de instrumento estão previs-
tas nos incisos e no parágrafo único do art. 1.015, do CPC. São elas: 
 
I - tutelas provisórias (art. 294 a 311); 
II - mérito do processo (art. 356); 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem (art. 337, X); 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 133 a 137); 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação (art. 98 a 102); 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa (art. 396 a 404); 
VII - exclusão de litisconsorte (art. 113 a 118); 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio (art. 113, § 1º); 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros (art. 119 a 132); 
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2 
 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução (art. 919, §1º ao §5º); 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões inter-
locutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de 
sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
De acordo como o procedimento adotado no regime dos recursos espe-
cial e extraordinário repetitivos, uma vez afetada a tese, o relator determina a sus-
pensão dos casos pendentes de julgamento. Demonstrando a distinção entre a 
questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou 
extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu proces-
so. Da decisão que resolver o requerimento caberá agravo de instrumento, se o 
processo estiver em primeiro grau (art. 1.030, § 9º e 13, I). 
Além dessas hipóteses legais, o STJ acrescentou outra. Em 2018 o STJ, 
ao decidir o Especial Repetitivo nº 1.704.520 – MT, Relatora Ministra Nancy Andri-
ghi, cujas razões impugnavam decisão interlocutória de um juiz que declinou de 
sua competência, fixou a seguinte tese: o rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade 
mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada 
a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apela-
ção. 
Portanto, se a decisão interlocutória não se encontra no rol do art. 
1.015, ou quando não verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento 
da questão no recurso de apelação, deverá ser impugnada como preliminar da ape-
lação ou das contrarrazões. 
A preliminar deve ser julgada antes da apelação. Ocorrendo de a preli-
minar ser acolhida para anular a decisão interlocutória impugnada, pode acontecer 
de a nulidade atingir a sentença, invalidando-a (efeito expansivo objetivo1). Nes-
te caso, a apelação ficará prejudicada pela perda do objeto (art. 932, III). 
 
3. Recurso de Apelação 
 
3.1 Cabimento 
 
1 Implica em que a decisão de julgamento do recurso (no caso, da preliminar de decisão interlocutó-
ria) poderá atingir outros atos processuais que não o ato recorrido (MARINONI, 2016, p. 536) ou 
outros pedidos congruentes ou interdependentes (GONÇALVES, 2017, p. 911-912). Se o pedido de 
anulação for julgado procedente, quando analisado em preliminar da apelação, para enfrentamento 
de decisão interlocutória não sujeita a agravo de instrumento, a apelação perderá o objeto e ficará 
prejudicada, pois a sentença também será considerada nula, por se tratar de ato posterior ao ato 
anulado (art. 1.009, § 1º, CPC). 
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3 
 
Da sentença cabe apelação (art. 1.009, caput), mesmo quando as ques-
tões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença2 (§ 3º). 
 
3.2 Conceito de sentença 
Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sen-
tença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 
(extinção do processo sem resolução do mérito) e 487 (extinção do processo com 
resolução do mérito) põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como 
extingue a execução (art. 203, § 1º). Está inclusa no conceito de sentença a hipóte-
se de extinção liminar do pedido (art. 332), tratando-se de extinção do processo 
com resolução do mérito. 
O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provi-
sória também é impugnável na apelação (art. 1.013, § 5º). 
 
3.3 Prazo 
Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recur-
sos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias (art. 1.003, § 5º). Na contagem de 
prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias 
úteis (art. 219).Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo 
o dia do começo e incluindo o dia do vencimento (art. 224). Os dias do começo e do 
vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coinci-
direm com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois 
da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica (art. 224, § 
1º). 
 
3.4 Preparo 
A apelação exige preparo, por força do Regimento de Custas e Emolu-
mentos da Justiça do Estado de Goiás (Lei nº 14.376/02) e o seu recolhimento deve 
ser comprovado no ato da interposição do recurso, na forma do art. 1.007, § 1º a 
7º, do CPC. 
 
3.5 Requisitos formais e endereçamento 
A apelação é interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, e 
deve conter (Art. 1.010) os nomes e a qualificação das partes; a exposição do fato e 
do direito; as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade e o pedido 
de nova decisão. 
A apelação é endereçada ao juízo de primeiro grau, mas cabe ao juízo de 
segundo grau a apreciação do juízo de admissibilidade e do juízo de mérito. 
A exposição do fato inclui os atos processuais praticadoa no processo, 
inclusive a decisão recorrida (sentença). 
 
2 Para um bom estudo sobre capítulos de sentença recomendo: DINAMARCO, Cândido Rangel. Capí-
tulos de sentença. São Paulo: Malheiros, 2002. 
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As razões do pedido de reforma serão adotadas quando se tratar de 
error in judicando, ou seja, “erro” decorrente da integração da norma ao caso 
concreto, interpretação dos fatos e/ou do direito. De modo que toda sentença está 
sujeita a tal “erro” em virtude da liberdade do exercício jurisdicional. 
As razões do pedido de decretação de nulidade aparece quando se 
tratar de error in procedendo e tal erro de procedimento vir acompanhado de 
prejuízo para a parte (princípio da instrumentalidade das formas), pois os atos e os 
termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressa-
mente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preen-
cham a finalidade essencial (arts. 188 e 277). 
Interposta a apelação perante o juízo de primeiro grau, o apelado é 
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias (art. 1.010, § 
1º). Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para 
apresentar contrarrazões (§ 2º). Após tais formalidades, os autos são remetidos ao 
tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade (§ 3º), pois este 
é de competência do relator ou da turma. 
Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído3 imediatamen-
te, o relator (Art. 1.011.) decidi-lo-á monocraticamente (decisão singular) apenas 
nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, decisão que desafia o recurso de agravo 
interno (art. 1.021). Se não for o caso de decisão monocrática, o relator elaborará 
seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado4 (decisão colegiada da 
turma). 
 
3.6 Julgamento monocrático ou colegiado 
A apelação pode ser objeto de julgamento por decisão singular (mono-
crática) do relator ou decisão colegiada pela turma, composta por 3 (Três) julgado-
res: Des. relator, Des. revisor e Des. vogal. 
A decisão será singular nas seguintes hipóteses: 
1º) Quanto à apreciação do pedido de efeito suspensivo, nas hipóteses 
em que a apelação não possui efeito suspensivo legal (art. 1.012, § 3º, I e II e 932, 
II, CPC); 
2º) Quanto for o caso de recurso inadmissível (ausência dos requisitos 
intrínsecos ou extrínsecos de admissibilidade), prejudicado (pela perda do objeto) 
ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorri-
da (inépcia), casos em que deverá negar admissibilidade ao recurso (art. 932, III, 
 
3 Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alter-
natividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tri-
bunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em 
processo conexo. 
4 No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, 
pelo voto de 3 (três) juízes (art. 941, § 3º), quando não se tratar das matérias previstas no art. 932, incisos 
III a V. 
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5 
 
CPC). Sendo sanável o vício, a parte terá o prazo de 5 (cinco) dias para saná-lo (art. 
932, p. único, CPC), sob pena do recurso não ser conhecido. 
3º) Quando o relator nega provimento (mérito) à apelação que for con-
trária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça 
ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) enten-
dimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência (art. 932, IV, a, b e c, CPC). 
4º) Quando o relator dá provimento (mérito) à apelação se a decisão 
recorrida (sentença) for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Su-
premo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de de-
mandas repetitivas ou de assunção de competência (art. 932, V, a, b e c, CPC). 
Da decisão monocrática, cabe o recurso de agravo interno no prazo de 
15 (quinze) dias, que será apreciado pelo órgão colegiado, salvo retratação (art. 
1.021). 
Nos demais casos, a apelação será julgada pelo órgão colegiado. Se for o 
caso de condenação da Fazenda Pública e a apelação coincidir com hipótese de re-
messa necessária, obrigatoriamente será apreciada pelo órgão colegiado, de acor-
do com o caput do art. 496. 
 
3.7 Sustentação oral 
Nos casos de decisões monocráticas do relator, não há oportunidade 
para sustentação oral, pois a decisão não é proferida em sessão da câmara. Em se 
tratando de decisão colegiada (acórdão), na sessão do julgamento, depois da expo-
sição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recor-
rente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Pú-
blico, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sus-
tentarem suas razões (art. 937, I). 
O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, 
até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo 
das preferências legais (art. 937, § 2º). É permitido ao advogado com domicílio 
profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sus-
tentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de 
transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia ante-
rior ao da sessão (art. 937, § 4º). 
De acordo com o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de 
Goiás, para o exercício da prerrogativa de sustentação oral, o advogado deverá efe-
tuar prévia inscrição até às 10 (dez) horas do dia útil anterior, pela via eletrônica 
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própria, no caso da sessão virtual, ou até a declaração de início da sessão (CPC, art. 
937, § 2º), na hipótese da presencial ou por videoconferência: 
 
Art. 150. Para o exercício da prerrogativa de sustentação oral, o advogado de-
verá efetuar prévia inscrição até às 10 (dez) horas do dia útil anterior, pela via 
eletrônica própria, no caso da sessão virtual, ou até a declaração de início da 
sessão (CPC, art. 937, § 2º), na hipótese da presencialou por videoconferência. 
§ 1º Havendo requerimento tempestivo de sustentação oral na sessão virtual, 
na forma do caput, o relator retirará o feito da pauta e o incluirá na sessão pre-
sencial ou por videoconferência. 
§ 2º Em se tratando de sessão por videoconferência, caberá à secretaria do ór-
gão colegiado a disponibilização do respectivo link dentro dos autos ou na pau-
ta eletrônica. 
§ 3º O advogado poderá solicitar, em sessão presencial, a realização de sus-
tentação oral por videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmis-
são de sons e imagens, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão 
(CPC, art. 937, §4º). 
§ 4º Caberá ao advogado a responsabilidade por acessar a plataforma que o tri-
bunal disponibilizar. 
§ 5º Os advogados ocuparão a tribuna para formular requerimentos, produzir 
sustentação oral, ou responder às perguntas dos desembargadores, devendo, 
nesse caso, fazer uso da beca. 
 
3.8 Efeitos da apelação 
 
a) Efeito suspensivo 
Em regra a apelação é recebida com efeito suspensivo (art. 1.012), im-
pedindo a sentença de produzir efeitos, e impossibilitando a sua execução provisó-
ria. 
A execução provisória da sentença é aquela que ocorre antes do trânsito 
em julgado da decisão, mas para efetivá-la é necessário demonstrar que o recurso 
pendente se encontra desprovido de efeito suspensivo legal ou por decisão (art. 
520, CPC). 
Há algumas hipóteses em que a sentença começa a produzir efeitos i-
mediatamente após a sua publicação, e a interposição e admissão da apelação não 
opera efeito suspensivo. Isto significa que poderá ser executada imediatamente 
(art. 1.012, § 2º). 
Em conformidade com o CPC, além de outras eventuais hipóteses pre-
vistas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que homologa divisão ou demarcação de terras; condena a pagar alimen-
tos; extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do execu-
tado; julga procedente o pedido de instituição de arbitragem ou confirma, concede 
ou revoga tutela provisória e a que decreta a interdição (art. 1.012, § 1º, I a VI). 
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7 
 
Em tais hipóteses a apelação não possui enfeito suspensivo legal, mas 
poderá alcançá-lo por decisão do relator, caso o recorrente consiga demonstrar a 
probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a sua fundamentação, 
que há risco de dano grave ou de difícil reparação (art. 995, p. único e 1.012, § 4º). 
O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por 
requerimento dirigido ao tribunal, com endereçamento ao presidente, no período 
compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o rela-
tor designado para seu exame prevento para julgá-la, ou ao relator, se já distribuí-
da a apelação (art. 1.012, § 3º), ou se já houver relator prevento5 (art. 930, p. úni-
co). 
 
b) Efeito devolutivo 
Quanto ao efeito devolutivo vale o brocardo latino tatum devolutum 
quantum apellatum, ou seja, mensura-se a extensão da devolução pela extensão do 
objeto da impugnação. E esse objeto pode se constituir de matéria de direito (pro-
cessual ou substancial) e/ou matéria de fato, já que a apelação tem aptidão à devo-
lução ampla. 
Importante observar que a sentença é composta, em regra, por três par-
tes, a saber: relatório, fundamentos e dispositivo. No relatório o juiz faz a explana-
ção dos fatos, dos fundamentos apresentados pelas partes, e resolução de eventu-
ais incidentes. Na fundamentação faz a integração da norma ao caso concreto e no 
dispositivo decide. 
 O conteúdo do dispositivo da sentença é composto por capítulos e esse 
conteúdo pode ser impugnado no todo ou em parte (Art. 1.002), mas, em decor-
rência do efeito devolutivo a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da 
matéria impugnada (art. 1.013, caput), ou seja, os capítulos que foram objeto de 
impugnação. 
Capítulos de sentença que não são objeto de impugnação não são de-
volvidos, operando-se a coisa julgada, salvo nos casos de remessa necessária (art. 
496), em que a eficácia dos capítulos sempre fica depende dessa segunda análise. 
Sobre essa relação entre capítulos de sentença e efeito devolutivo veja o 
que diz Cândido Rangel Dinamarco, em sua obra Capítulos de Sentença (2002, p. 
105): 
 
Os capítulos inatacados reputam-se cobertos pela preclusão adequada ao caso, 
tendo portanto o mesmo destino que teria o ato decisório interiro, se recurso 
algum houvesse sido interposto. Se o capítulo irrecorrido fizer parte de uma 
sentença, a preclusão incidente sobre ele será a praeclusio maxima, ou seja, a 
coisa julgada formal; se ele contiver um julgamento de mérito, seus efeitos fica-
rão também imunizados pela autoridade de coisa julgada material. 
Em qualquer dessas hipóteses a devolução operada pelo recurso parcial é limi-
tada aos capítulos impugnados, não se reputando o tribunal investido de pode-
res para apreciar os capítulos omitidos pelo recorrente. 
 
5 O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso sub-
sequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo (art. 930, p. único, CPC). 
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A título de exemplo, supondo que o réu tenha sido condenado nos se-
guintes capítulos: 1º) dano moral, 2º) dano emergente e 3º) lucros cessantes, ima-
gine que o mesmo tenha apelado dos capítulos relativos aos dois primeiros, apenas 
(devolução parcial). Neste caso, em relação ao terceiro capítulo, que resolveu o 
dano moral, opera-se a coisa julgada material, ganhando eficácia e, portanto, apti-
dão para a execução definitiva (arts. 523 a 527, CPC). 
 
c) Efeito translativo 
Este efeito decorre do efeito devolutivo, e implica em uma análise em 
profundidade, não se limitando às questões que foram decididas na decisão recor-
rida, mas também às que poderiam ter sido decididas, mas não o foram. Nisso 
compreenderiam: a) questões examináveis de ofício (arts. 485, § 3º e 487, II, CPC); 
b) questões que, não sendo examináveis de ofício, deixaram de ser apreciadas, a 
despeito de haverem sido suscitadas (Ex.: art. 1013, § 3º, I, II, III, IV e § 4º, CPC) 
(DIDIER, 2007, p. 78). 
Uma vez impugnado(s) o(s) capítulo(s), e agora em decorrência do efei-
to devolutivo em profundidade (efeito translativo), todas as questões suscitadas e 
discutidas no processo, relativas ao capítulo impugnado, ainda que não tenham 
sido solucionadas, serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal (1.013, § 
1º). E quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher 
apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais, 
relativos ao capítulo impugnado (art. 1.013, § 2º). 
Decorre ainda do efeito translativo a possibilidade do tribunal apreci-
ar certas matérias que, apesar de não suscitadas pelas partes, podem ser conheci-
das ex-officio. São aquelas de natureza pública, tais como: prescrição e decadência 
(art. 487, II); ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; perempção, litispendência ou coisa julgada; ausência de legiti-
midade ou de interesse processual; em caso de morte da parte, a ação for considera-
da intransmissível por disposição legal (e.g., ação negatória de paternidade) (art. 
485, § 3º). 
Aproveitando o exemplo dado acima, suponha que o réu seja condena-
do nos pedidos de dano emergente, lucros cessantes e dano moral, todos decorren-
tes do mesmo fato, e interpõe o recurso de Apelação. No entanto, deixa de impug-
nar o capítulo relativo ao dano moral. Vamos supor que no tribunal o relator co-
nheça de ofício a prescrição da pretensão à reparação civil por entender que a ação 
fora proposta após o triênio legal (art. 206, § 3º, C.C.). Neste exemplo, apesar de o 
dano moralter origem no mesmo fato, não poderá ser atingido pela prescrição da 
pretensão, por já se encontrar imunizado pela autoridade da coisa julgada materi-
al. 
Outras situações específicas previstas no CPC, também podem se sub-
meter às regras do efeito translativo. Veja só: acontecendo de o processo se en-
contrar em condições de imediato julgamento (causa madura), por não se exigir 
dilação probatória, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando (art. 1.013, 
§ 3º) reformar a sentença fundada no art. 485 (extinção do processo sem resolução 
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do mérito); decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limi-
tes do pedido ou da causa de pedir (sentença citra, extra ou ultra petita); constatar a 
omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; decretar a 
nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
E quando o tribunal reformar sentença que reconheça a decadência ou a 
prescrição (prejudiciais de mérito), se possível (causa madura), julgará o mérito, 
examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de 
primeiro grau (art. 1.013, § 4º). 
A contrário sensu, se a decretação de nulidade da sentença tiver como 
fundamento a nulidade de provas, ou do procedimento adotado para a sua realiza-
ção, os autos deverão ser baixados ao juízo de origem para que o juiz retome o 
procedimento instrutório adequado à sua realização. 
Outra questão importante sobre o efeito devolutivo precisa levar em 
conta a regra segundo a qual, na fase recursal todas as questões de fato já se encon-
tram preclusas, impossibilitando serem propostas. Todavia, questões de fato não 
propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar 
que deixou de fazê-lo por motivo de força maior (art. 1.014). 
 
d) Efeito substitutivo 
Se o recurso for conhecido (admitido), independentemente do resulta-
do meritório, opera-se o efeito substitutivo (art. 1.008), quando a última decisão 
substitui a anterior, nos limites do objeto da impugnação (efeito devolutivo). Este 
evento processual definirá a competência do STJ ou do STF para ação rescisória, 
caso os recursos especial e extraordinário, respectivamente, sejam conhecidos 
(Súmula 192, TST). 
 
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TEMAS PARA PESQUISA, ANÁLISE E COMPARAÇÃO DE ENTENDIMENTOS 
 JURISPRUDENCIAIS 
 
1) Apelação: efeito translativo (TJ); 
2) Apelação: efeito devolutivo. Capítulo de sentença não impugnado (TJ); 
3) Apelação: com efeito suspensivo (TJ); 
4) Apelação: sem efeito suspensivo (TJ); 
5) Apelação interposta por terceiro interessado (TJ); 
6) Apelação: error in procedendo (TJ); 
7) Apelação: error in judicando (TJ); 
8) Apelação ou agravo de instrumento: intempestividade (TJ); 
9) Apelação ou agravo de instrumento: recurso deserto (TJ); 
10) Apelação ou agravo de instrumento: efeito expansivo objetivo (TJ); 
11) Apelação ou agravo de instrumento: efeito expansivo subjetivo (TJ); 
12) Apelação ou agravo de instrumento: recurso prejudicado (TJ); 
13) Apelação, agravo interno ou embargos de declaração: capítulo de sentença não 
recorrido (TJ); 
14) Agravo de instrumento: pedido de efeito suspensivo (deferido ou não) (TJ); 
15) Agravo de Instrumento: pedido de tutela antecipada recursal (deferida ou não) 
(TJ); 
16) Agravo de Instrumento: cabimento (ou não) contra decisão do juiz que declina 
da competência (TJ’s e STJ); 
17) Embargos declaratórios: recurso meramente protelatório (TJ); 
18) Fungibilidade recursal (TJ); 
19) Recurso especial: recurso intempestivo. Feriado local não comprovado (So-
mente STJ); 
20) Agravo Interno: prazo de interposição no STJ (Somente STJ) 
21) Incidente de Assunção de Competência (TJ); 
22) Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (TJ); 
23) Ação Rescisória: acórdão com decisão (total ou parcialmente) procedente (TJ); 
24) Recurso Especial representativo da controvérsia. Repetitivo. (Somente STJ); 
25) Recurso Extraordinário: repercussão geral sobre algum tema constitucional, 
representativo da controvérsia. (Somente STF); 
26) Reclamação: para preservação de competência, art. 988, Ido CPC (TJ); 
27) Reclamação: para preservação da autoridade de decisão, art. 988, II, do CPC 
(TJ). 
 
ATIVIDADE DE PESQUISA, ANÁLISE E COMPARAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIAS 
 
ESTRATÉGIAS/REGRAS: 
 
 Trabalho individual, manuscrito, de pesquisa e análise jurisprudencial a partir de 
um tema escolhido dentre os 27 (vinte e sete) temas da lista. 
 Definido o tema, pesquisar 2 (dois) acórdãos sobre o mesmo tema em 2 (dois) tri-
bunais diversos. 
 Os acórdãos devem apresentar pertinência temática com o assunto escolhido. 
 Na pesquisa, selecione acórdão representativo do entendimento dominante do 
tribunal pesquisado (ou o mais recente). 
 Utilize somente recurso CONHECIDO (admitido). No mérito, pode ser procedente 
ou improcedente. 
 Elaborar os relatórios dos acórdãos utilizando o formulário próprio (Anexo I). 
 Após a pesquisa e relatório de cada acórdão concluídos, elaborar a conclusão (A-
nexo II). 
 Na conclusão discuta e compare o entendimento dos tribunais. 
 Entregar os 2 (dois) formulários da análise, mais a conclusão, preenchidas manu-
almente, junto com as cópias dos acórdãos (Teor integral). 
 
 
OBJETO DA AVALIÇÃO: 
 
 1º) Adequação do acórdão ao tema; 
 2º) Relatório com acórdão (teor integral) anexo; 
 3º) Conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: DIREITO 
Disciplina: Processo Civil III 
Professor: Carlos Rubens Ferreira 
Turma:________ 
ANEXO I 
 
RELATÓRIO DE PESQUISA E ANÁLISE JURISPRUDENCIAL 
(Uma ficha para cada acórdão) 
 
VALOR: 
 
NOTA: 
 
ACADÊMICO: _________________________________________________ Matrícula: ____________________ Turma: ______ 
DATA DA ANÁLISE: ___/___/___ 
TEMA: _________________________________________________________________________________________________________________ 
Nº do tema:_________ 
DADOS DO ACÓRDÃO 
TRIBUNAL:________________________________________________________________________ 
RECURSO:_________________________________ N.º: ___________________________________ 
RECORRENTE: ____________________________________________________________________ 
RECORRIDO:______________________________________________________________________ 
RELATOR:________________________________________________________________________ 
DATA DE ( ) PUBLICAÇÃO ( ) JULGAMENTO:_____________________________________ 
 
RESUMO DO RELATÓRIO DO ACÓRDÃO: 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________ 
 
 
Curso: DIREITO 
Disciplina: Processo Civil III 
Professor: Carlos Rubens Ferreira 
Turma:________ 
 
TESE DO RECORRENTE: 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________ 
 
RESUMO DOS FUNDAMENTOS ADOTADOS PELO ACÓRDÃO: 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
 
Curso: DIREITO 
Disciplina: Processo Civil III 
Professor: Carlos Rubens Ferreira 
Turma:________ 
 
DECISÃO: 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
Curso: DIREITO 
Disciplina: Processo Civil III 
Professor: Carlos Rubens Ferreira 
Turma:________ 
ANEXO II 
CONCLUSÃO 
(Comparar os julgados) 
 
VALOR: 
 
NOTA: 
Apenas uma ficha. 
TEMA:____________________________________________________________________________________________ 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
17. 
18. 
19. 
20. 
21. 
22. 
23. 
24. 
25. 
26. 
27. 
 
 
Curso: DIREITO 
Disciplina: Processo Civil III 
Professor: Carlos Rubens Ferreira 
Turma:________ 
28. 
29. 
30. 
31. 
32. 
33. 
34. 
35. 
36. 
37. 
38. 
39. 
40.

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