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The Skulls 10 - BLAINE

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~ 1 ~ 
~ 2 ~ 
 
 
 
 
 
Sam Crescent 
#10 Blaine - Christmas at The Skulls 
Série The Skulls 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Blaine Copyright © 2014 Sam Crescent
~ 3 ~ 
SINOPSE 
 
É Natal nos Skulls e você está convidado. 
Quando Emily se afastou, Blaine ficou arrasado. Ele fodeu tudo e 
não estava lá para ela. Ele foi ao fundo do poço e perdeu tudo, incluindo 
sua mulher e sua filha. 
Ele deve a Angel por trazer suas meninas de volta em sua vida. 
Emily tentou esquecer o passado e seguir em frente, mas ela não 
pode. Blaine voltou a ser o homem por quem ela se apaixonou, mas por 
quanto tempo? Ela pode confiar nele? Há tantas perguntas que ela não 
pode responder. 
É o momento para perdoar. Blaine está determinado a provar a 
Emily que ele não vai a lugar nenhum. Ele está de volta e ele vai tomá-
la como sua esposa. Será que ela vai aceitar ou deixá-lo para sempre? 
 
Nada é certo nos Skulls! 
~ 4 ~ 
A SÉRIE 
Série The Skulls 
Sam Crescent 
~ 5 ~ 
Prólogo 
— Blaine, o que você está fazendo? — perguntou Emily, torcendo 
as mãos. Seu estômago estava em um nó quando ela olhou para o 
homem que a engravidou. Ele estava bebendo muito, mais uma vez, e 
parecia que ele também já estava alterado. Tudo o que ela tinha ouvido 
falar sobre os Skulls tinha que ser uma mentira completa. Ela achou 
que eles eram um clube de motoqueiros duros, mas também justos. 
Que eles não vendessem drogas ou permitissem drogas, mas o 
comportamento de Blaine como um prospecto, foi ficando cada vez mais 
fora de controle. 
— O que parece que eu estou fazendo, mulher? Eu estou me 
divertindo. Talvez você deva fazer o mesmo em algum momento. — os 
olhos de Blaine estavam vermelhos quando ele olhou para ela. Este não 
era o homem que ela tinha conhecido. De jeito nenhuma ela deixaria 
este homem em sua vida. Ela colocou um pouco de cabelo atrás da 
orelha, se sentindo nervosa. 
Ela estava grávida e a qualquer momento ela poderia estar longe. 
O único tipo de diversão que ela estaria experimentando no futuro seria 
trocar fraldas e amamentar. O preservativo que ele tinha usado para 
tirar sua virgindade tinha rasgado, deixando os dois com esta confusão 
para lidar. Ela tinha dezoito anos, e seria uma mãe quando ela tivesse 
dezenove. A ideia a aterrorizava. 
O que mais a aterrorizava era o fato de que ela sabia, no fundo de 
suas entranhas, que ela estava prestes a fazer isso tudo sozinha. Blaine 
não ia estar lá com ela. Ela o tinha perdido no momento em que ele 
decidiu se tornar um Skull, ou mesmo antes disso. Talvez ele realmente 
não quisesse ser pai. Ela não sabia a verdade. Blaine não era o homem 
que ela tinha se apaixonado. Esta era outra pessoa, alguém vil e feio até 
o âmago. 
— Pelo amor de Deus, Emily. Se você não vai para a festa, vá se 
foder. Há mais do que mulheres suficientes aqui para se divertir. 
Lágrimas encheram seus olhos. Ela sabia que ele não tinha sido 
fiel a ela. A partir do momento que ela o conheceu, Blaine era a única 
pessoa que ela podia pensar. Ele não se sentia da mesma forma sobre 
ela. Ela via isso agora. Antes de se tornar parte do clube, ele era uma 
pessoa diferente. Ele era mais velho do que ela, em seus vinte e poucos 
~ 6 ~ 
anos, mas ela realmente achava que ele era diferente. Não, ele tinha 
sido diferente, mas o homem que ela tinha conhecido havia mudado. 
Ela não gostava do homem que ele se transformou. 
Uma das mulheres, uma prostituta do clube como ela o ouviu 
chamar, colocou os braços em volta do pescoço de Blaine. — Ei, baby, 
ela está cortando seu barato? 
Se sentindo completamente deslocada, Emily deu um passo para 
trás, então outro. Com cada passo para trás que dava, ela sabia que 
estava acabado. Blaine nunca ia estar em sua vida. Ela não podia 
confiar nele, nem podia confiar nele com o bebê. Torcendo as mãos 
juntas, ela se virou e começou a sair. Era isso. No momento em que ela 
deixasse o lugar, ela não seria mais capaz de deixar Blaine fazer parte 
de sua vida. Ele prometeu a ela o mundo, e em vez disso ele virou a vida 
dela de cabeça para baixo. Por que ele não poderia apenas tê-la deixado 
em paz? Se ele tivesse a deixado em paz, ela não estaria saindo do clube 
se sentindo como a maior idiota do mundo. 
— O que você está fazendo aqui? — perguntou Lash. 
Ela sabia quem ele era. Toda a cidade de Fort Wills sabia quem os 
Skulls eram. 
— Eu só estou saindo. 
— Você não deve deixar ele te tratar dessa maneira, — disse Lash. 
Olhando por trás do ombro, ela foi atingida pela dor quando 
Blaine puxou a outra mulher em seu colo. De onde estava, ela viu que 
ele estava esfregando seu pau contra a bunda dela. Emily ia ter que se 
certificar de não ter contraído alguma doença dele também. Era apenas 
mais uma coisa a acrescentar à lista, ela precisava ir ao médico. Estar 
grávida não era a melhor experiência de sua vida. Ela se sentia 
cansada, doente, gorda, feia, deprimida. Nenhum dos depoimentos 
brilhantes que ela tinha lido de outras mães acontecia para ela. Ela 
nunca ia ter outra criança. Sua experiência de ser mãe iria começar e 
terminar com este bebê. 
— Eu não tenho escolha. 
— Ele não precisa ser parte da sua vida, Emily. — Lash balançou 
a cabeça. — Não é assunto meu para dizer qualquer coisa. 
Ela assentiu com a cabeça e as lágrimas finalmente começaram a 
cair. — Ele não vai fazer parte da minha vida. — Emily encolheu os 
~ 7 ~ 
ombros. — Certifique-se de que ele não se machuque ou faça qualquer 
coisa estúpida. 
— Eu irei. 
Deixando o clube para trás, junto com o homem que ela estava 
apaixonada por tanto tempo, Emily sabia que ela estava tomando a 
decisão certa. Ela sentia como se um peso tivesse sido tirado de seus 
ombros e ela não se sentia tão aliviada em tanto tempo. Ela fez uma 
promessa a si mesma que não importava o que acontecesse em sua 
vida, ela nunca se permitiria amar tão livremente novamente. Com 
Blaine, ela nunca ganhou nada de volta. Ela tinha dado a ele tudo o que 
ela era e ele jogou tudo em sua cara. A melhor maneira de manter seu 
coração intacto era manter todo mundo afastado. Blaine não era do tipo 
que se casava, ou do tipo de paternidade. Pressionando uma mão ao 
estômago, ela sorriu. — É só você e eu, querida. Você é a única pessoa 
que eu preciso amar. 
Ele nem sabia que era uma menina. Blaine não tinha ido aos 
exames. Ele não tinha sequer se lembrado que tinha um compromisso. 
Não teve uma vez que ele perguntou como foi ou o que eles estavam 
tendo. Sua falta de interesse devia tê-la avisado. Ela conduziu em 
direção a seu pequeno apartamento. Seu pequeno lugar era 
impecavelmente limpo. Ela gostava de limpeza, levando sua mente para 
fora de tudo o que estava prestes a acontecer em seu mundo louco. 
Digitando o número de seus pais em seu telefone celular, ela se 
sentou no sofá, e esperou. 
— Olá, — seu pai, Lenard, disse. 
Lambendo os lábios secos de repente, Emily achava difícil falar, 
mas se forçou a falar. — Ei, papai, sou eu, Emily. 
— Querida, o que há de errado? 
— É, erm, não está funcionando. Vou deixá-lo, mas eu não tenho 
outro lugar para ir. Posso voltar para casa? — ela tinha decepcionado 
todos eles quando ela foi com Blaine. Eles não tinham a expulsado. Ela 
tinha ido com Blaine acreditando que ela estava começando uma nova 
vida juntos. 
— Baby, você pode voltar para casa quando quiser. Temos 
saudades de você. 
— Eu tenho que arrumar algumas coisas. Eu posso ir hoje à 
noite? 
~ 8 ~ 
— Sim. Você precisa que eu te busque? 
— O que está acontecendo, Lenard? — ela ouviu a mãe no fundo. 
Shirley tentou impedi-la de sair. Nem uma vez Emily ouviu. Ela não ia 
fazer isso de novo. Seus pais estavam sempre preocupados com ela. 
Eles tinham seus melhores sentimentos no coração. Blaine só se 
preocupava com ele, nunca com ela. 
— Está tudo bem, volte a dormir. 
— Eu posso dirigir. Eu só não queria assustá-los no caso de vocês 
não estaremacordados. 
— Querida, volte para casa. Eu vou estar pronto e esperando com 
seu chocolate quente favorito. 
— Ok. — ela desligou o telefone, reuniu seus poucos pertences, 
então deu uma última olhada ao redor do apartamento. Esta era para 
ser sua vida, seu futuro, sua felicidade. Memórias dele rindo, 
planejando e apenas sendo o homem que ela amava, passaram pela sua 
mente. Estava tudo acabado. O Blaine que tinha se tornado era mau e 
infiel, um mentiroso e uma fraude. 
Fechando a porta, ela deixou o passado para trás. 
 
* * * 
 
Sua mãe segurou a mão dela quando a dor encheu cada parte de 
seu corpo. Uma semana mais tarde sua filha tinha decidido finalmente 
vir ao mundo. O coração de Emily bateu em seu peito quando ela foi 
atingida pela dor inegável. 
— Ele tem que estar aqui, mamãe, — disse ela, soluçando. Este 
deveria ser um evento feliz, mas Blaine não estava à vista. Ela não o 
tinha visto em alguns meses, desde que ela saiu de casa. O próprio 
pensamento de que ele não se importava com ela encheu seu 
pensamento. Ele era dono de seu coração e alma, mas ela nem sequer 
registrou em sua mente. 
Lentamente, com a dor aumentando e sua mãe sussurrando 
palavras de encorajamento, ela trouxe sua filha ao mundo. Seu bebê 
gritou, e Emily imediatamente transbordou de amor por sua filha. Ela 
tinha conseguido, deu a luz a uma menina. Soltando uma respiração, 
~ 9 ~ 
ela deu a sua mãe um sorriso trêmulo quando a enfermeira a levou 
para a cama. 
— Querida, ela é tão bonita, — disse Shirley. 
— Eu sei. 
— Que nome você vai dar a ela? 
Emily fez uma pausa enquanto pensava em Blaine. Ele sempre 
quis nomear seu primeiro filho sendo um menino ou menina, mas o 
homem que disse isso a ela não era o mesmo que ela vira pela última 
vez, ou tinha conhecido. 
— Darcy, eu vou chamá-la de Darcy. — ela sorriu para sua mãe 
depois de volta para sua filha. — Você ouviu isso, baby? Você gosta do 
nome Darcy? 
Em resposta, a filha abriu os olhos, olhando para ela. 
Sim, sua filha seria chamada de Darcy. O pai de Emily, Lenard, 
entrou no quarto. Ela sabia que ele estava orgulhoso pela maneira como 
seu olhar se iluminou quando viu sua neta. 
 
* * * 
 
— Emily, vamos lá. Sinto muito. 
Seus pais tinham ficado com Darcy o dia todo para dar a ela uma 
pausa. Fazia seis meses desde que ela tinha dado à luz sem este 
homem presente. Seis meses acordando no meio da noite, lidando com 
doença, fraldas e ela estava exausta. Seus pais eram sua força. Eles 
estavam sempre lá para ajudar. Eles não tinham exigido que ela saísse 
e conseguisse um emprego para ajudar a apoiá-los. Seu pai era dono de 
várias empresas online que trabalhavam em distribuição. Ele disse a ela 
para não se preocupar com dinheiro. 
— Vá embora, Blaine, — disse ela. 
Ela o tinha visto em torno da cidade. Ele não usava a jaqueta dos 
Skulls e pelos rumores que ouviu, ele tinha perdido qualquer chance de 
ser um prospecto. Emily não se importava. Quando ela o viu em torno 
da cidade, ele estava saindo com várias mulheres diferentes. Ela não 
podia nem vê-lo um dia, e ele estava transando com qualquer número 
~ 10 ~ 
de mulheres sem rosto. Soltando uma respiração, ela tirou o cabelo de 
seu rosto, tentando encontrar a força para dizer as palavras que 
precisavam ser ditas. 
— Baby, eu sei que eu fodi tudo. 
Na estante que ficava na parede oposta da porta, seus pais 
tinham colocado uma foto dela e Darcy em um porta-retratos. Sua filha 
não precisava de um homem como Blaine em sua vida. Se levantando, 
Emily enxugou as lágrimas que tinham começado a cair. 
Seja forte. Seja uma boa mãe para Darcy. 
Emily puxou a corrente e abriu a porta. Blaine parecia um merda. 
Seu rosto estava machucado, e parecia que ele tinha estado em uma 
briga. A camisa branca que ele usava estava manchada e rasgada. Sua 
calça jeans desbotada estava rasgada, assim como sua camisa. Ele 
parecia que tinha passado muito tempo nas ruas. Ela continuou a 
segurar a porta para não deixá-lo entrar. 
— O que você quer? — ela perguntou, olhando para ele. 
Vê-lo em carne e osso a lembrou de sua completa falta de 
interesse na vida de sua filha. 
— Eu sei que eu fodi tudo. Posso entrar e conversar? 
— Não. 
Ele fez uma pausa, claramente chocado com sua recusa a deixá-
lo entrar. 
— Em, deixe de ser uma cadela. 
— Você sabe que você tem uma filha? — perguntou ela. — Sabe o 
nome dela? Sua data de nascimento? Quanto tempo você demorou para 
perceber que eu não estava em seu apartamento? 
— Não sei! 
— Não, não é o suficiente. Você me engravidou porque a porra do 
preservativo se rompeu, Blaine. Você me disse para confiar em você que 
tudo ficaria bem. — as lágrimas que não podia segurar por mais tempo 
começaram a cair. — Eu confiei em você, e você estava mais interessado 
em foder outras mulheres. Eu dei à luz uma linda menina seis meses 
atrás. Eu a dei o nome de Darcy. Ela é a melhor coisa que já fiz, mas 
essa é de longe a melhor coisa que eu vou fazer como mãe dela. — ela 
fechou a porta, tirou a foto da moldura, abriu a porta e bateu a foto 
~ 11 ~ 
contra o peito de Blaine. — Isso é o mais próximo que você vai estar de 
ver a nossa filha. Se você vier aqui de novo eu chamo a polícia. 
Ela fechou e trancou a porta, inclinando seu peso contra a 
madeira. Emily ainda permaneceu lá até ouvir seus passos 
desaparecerem. Seu coração estava quebrado dentro de seu peito. Ela 
estava com dor, esfregando onde seu coração estava. Isso era o que ela 
precisava fazer para manter a sua filha segura. Blaine não seria um 
bom pai. Ela costumava acreditar em segundas chances, mas não mais. 
A única coisa que importava para ela era garantir que sua filha não 
sofresse. 
Emily colocou o porta-retratos vazio na estante e foi até a cozinha. 
Ela tinha feito a coisa certa. 
Agora ela só precisava acreditar que tinha feito a coisa certa. 
 
* * * 
 
Blaine desceu os degraus, deixando Emily para trás. Ele segurou 
a foto de sua filha em sua mão. Mesmo ele tentando se fazer acreditar 
que alguém poderia ter sido pai daquela garotinha, ele sabia que era 
errado. Emily era virgem quando ele a levou, sua virgem. Não havia 
nenhuma maneira que ele pudesse acreditar que outro homem teve a 
sua mulher. Emily o amava, ou pelo menos, ela o amou em algum 
ponto. Durante o ano passado ele tinha fodido as coisas. Ele tinha mais 
do que fodido. 
Os Skulls haviam chutado ele para fora do clube. Ele começou a 
ser um prospecto quando ele descobriu que Emily estava grávida. A 
festa tinha começado selvagem, e ele começou a usar drogas pesadas, e 
mulheres. Ele passou a mão pelo rosto enquanto pensava sobre o quão 
rápido ele tinha fodido sua vida. Quando Tiny descobriu que ele estava 
as usando, ele o jogou na rua sem olhar para trás, terminando seus 
dias como um prospecto. No momento em que foi expulso do clube, as 
mulheres viraram as costas para ele. Voltando a pensar na festa, ele 
não teve nenhuma das mulheres que tinham sido prostitutas regulares 
do clube. Tiny não permitia que qualquer um dos irmãos ou prostitutas 
do clube usassem drogas em seu clube. Andando pela rua, Blaine fez o 
seu caminho em direção ao fim da estrada, onde era o ponto de ônibus. 
Isso era o que sua vida tinha se tornado. Blaine havia perdido o amor 
~ 12 ~ 
de sua vida, o clube que iria tornar sua vida melhor, e ele nem sequer 
conheceu sua menina. 
Ele olhou para a foto em sua mão, de Emily com sua menininha. 
Não importa o que ele tentou dizer para compensar o que ele fez, ele 
não poderia obter quaisquer desculpas. Isso tudo era culpa dele. 
Sentado na cadeira no ponto de ônibus, ele olhou para o graffiti 
decorando as paredes. Lágrimas se reuniram em seus olhos e 
escorreram por suas bochechas por tudo o que ele tinha perdido. Ele 
não deveria ter empurrado Emily de lado. Blaine a machucou muito por 
fazer a merda que ele tinha feito com ela. Quando ele estava perto dela, 
ela fez deleum homem melhor, e ele tinha fodido tudo. 
O som de uma moto chamou sua atenção para a estrada. Lash 
apareceu no ponto de ônibus empurrando os óculos para cima do topo 
de sua cabeça. De todos os homens, Lash era um dos mais duros que 
ele conhecia. Ele batia mais, exigia mais de todos no clube, até mesmo 
com Nash, seu irmão, ficava longe dele. Lesh tinha que ser 
irrepreensível com o clube. 
— Ei, Blaine. 
Ele enxugou os olhos, se sentindo como um gatinho sendo pego 
chorando. 
— Não se preocupe com as lágrimas. Ouvi dizer que você perdeu 
tudo. 
Blaine deu a ele o retrato de sua mulher e o bebê para ele ver. 
Lash assobiou. 
— A cadela parece protetora. 
— Ela é. 
— Quando um homem escolhe uma mulher e coloca seu bebê em 
sua barriga, ele deve aprender a manter seu pau em suas calças. 
— Eu fodi tudo, mas você não sabe como é. Você fode cada 
mulher que encontra. 
Lash desceu de sua moto, se movendo para se sentar ao lado 
dele. — Quando eu encontrar a mulher que vai ser minha, a mulher 
que eu vou amar, independentemente de quem ela seja, não vou sequer 
olhar para outra mulher. 
— Você não sabe disso. 
~ 13 ~ 
— O que faz a grandeza de um homem é saber que o que ele tem é 
a perfeição. Você queria mais, mesmo quando você fodeu aquela 
mulher. 
Todas as palavras de Lash eram verdadeiras. Blaine tinha 
pensado que ele poderia ter melhor do que Emily, mas na verdade, 
Emily merecia coisa melhor do que ele. 
— Ela nunca vai me perdoar. 
— Não, e essa menina nunca vai te chamar de pai. — essas 
palavras ficaram suspensas no ar entre eles. Blaine não sabia o que 
fazer com elas. O próprio pensamento de ter uma filha e não ser capaz 
de vê-la encheu seu pensamento. — A menos que você fique limpo. Vá, 
se limpe, e depois volte. Eu vou garantir você com Tiny. Você pode 
começar tudo de novo. Isso significa que você seria um dos mais antigos 
prospectos que poderíamos ter, mas te receberíamos de volta para casa. 
No entanto, você tem que iniciar da maneira certa. — Lash puxou um 
folheto do bolso. — Tudo que você tem a fazer é dar o primeiro passo. 
Ele pegou o folheto de Lash. Era para uma clínica de reabilitação. 
Lash estava de pé, e Blaine o assistiu subir de volta em sua moto. — 
Você não tem nada a perder e tudo a ganhar. 
Ele poderia fazer isso? Ele poderia mudar sua vida? 
Lendo mais o folheto, ele queria dar a isso uma tentativa. Nada 
mais iria funcionar, então talvez isso resolvesse. 
~ 14 ~ 
Capítulo um 
Dias atuais 
Blaine olhou ao redor do clube quando as decorações de Natal 
começaram a subir por toda a superfície e parede. Eva estava 
organizando tudo e, a partir do que ouviu, Chaos Bleeds estavam 
fazendo exatamente a mesma coisa. Eles estariam todos 
compartilhando o Natal dentro de seu próprio clube. Era triste ver os 
dois MCs separados. Blaine gostava de Devil e da tripulação, mas 
merda, Gonzalez fodeu tudo. Ninguém tinha o tratado bem além de 
Whizz. 
Ele olhou em direção a Whizz e Lacey. Ambos estavam envolvidos 
em torno um do outro, eles não estavam se beijando, mas cada um 
tinha aquele olhar de profundo e anseio em seus rostos. O encheu de 
inveja ver o amor brilhando entre os dois. Whizz merecia o amor e a 
felicidade que Lacey estava lhe dando. Ambos tinham superado tanto 
para estar juntos, nada os tinha parado ou perdido em seu amor. Ele 
pensou em Emily. 
Eles estavam juntos, mas eles não estavam juntos de verdade. 
Era um estranho acordo. Ele tinha um apartamento na cidade, 
propriedade absoluta do dinheiro que ganhou trabalhando para os 
Skulls. Emily e sua filhinha Darcy viviam com ele. Blaine não estava 
sob nenhuma ilusão. Se não tivesse sido por Angel, suas meninas não 
estariam em sua vida. Ele não tinha dúvidas que era por causa de 
Angel. A mulher de Lash vivia fazendo jus a seu nome. Blaine a adorava 
e faria qualquer coisa para vê-la feliz. 
— Porque você tem esse olhar todo sério? — perguntou Angel, 
saindo de trás dele. Ela carregava Anthony em seu quadril, embora o 
menino pudesse andar. 
— Nada. 
— Você, Emily e Darcy estarão vindo para as celebrações? 
Ele agarrou a parte de trás do seu pescoço tentando aliviar os nós 
que tinham formado. Emily vivia com ele, mas ele sabia que metade 
dela permanecia com sua família. Ela não confiava nele mesmo depois 
dos últimos anos juntos. Emily usava qualquer desculpa de merda para 
~ 15 ~ 
se manter na casa dos pais. Devido à forma como ele a tratou anos 
atrás, ele não tinha sequer se preocupado em lutar contra ela. Ele 
aceitou o que ela jogou em sua direção. Blaine não estava em posição 
de exigir. Ele tinha sido um completo idiota com ela, um filho da puta 
total. Quando ele tinha sido baleado, ela tinha ficado ao seu lado, mas 
ainda assim ela o manteve a distância. Ele sabia que ela estava com 
medo de se comprometer com ele. 
— Sim, eu acho que elas vão vir. 
Isso significaria que Emily teria que compartilhar sua cama. Ela 
compartilhou sua cama um par de vezes sem terem relações sexuais. 
Ela sempre colocava um travesseiro grande entre eles. Emily não o 
deixaria tocá-la. Ele não podia culpá-la. Quando ele estava no alto das 
drogas, ele não conseguia se lembrar de metade da merda que ele tinha 
feito. Uma vez que as drogas o devastaram, Emily já não estava mais 
por perto, ele a tinha perdido, afundando cada vez mais no abismo do 
inferno. Ficar limpo foi a melhor coisa que ele fez em um longo tempo. O 
único problema era saber que não podia chegar perto o suficiente de 
Emily para ganhar a confiança dela ou seu perdão. Ele falou com seus 
pais, e eles não tinham a menor ideia de como ajudá-lo. Eles haviam 
tentado falar com ela para argumentar e ainda assim nada. 
Angel gritou, o puxando para fora de seus pensamentos 
mundanos. — Isto vai ser tão incrível. Um casamento, Natal, família, 
tudo junto. — ela o puxou para um abraço, enquanto ainda segurava 
Anthony. 
Pouco mais de um segundo se passou antes que Lash estivesse 
puxando sua esposa em seus braços. — Querida, você vai ter que deixar 
Anthony ir. Nosso filho está sendo esmagado, e você sabe que eu odeio 
quando você deixa outro homem te abraçar. 
— Blaine é meu amigo. 
— Ele ainda tem um pau. 
— Isso não conta. 
Blaine riu. — Eu vou dar o fora. Eu tenho alguns presentes para 
arrumar. — ele disse seu adeus. Ao sair, indo para a cidade em sua 
moto, ele lutou com o frio. A neve já tinha colocado um cobertor branco 
agradável ao longo dos caminhos. Um arado de neve tinha cancelado a 
maioria das estradas, mas em poucos dias a condução seria perigosa 
para qualquer um que tentasse fazê-la. Ele entrou na lojinha de 
brinquedos que tinha aberto. Todos os Skulls adoravam e tinham 
~ 16 ~ 
comprado uma abundância de presentes para seus filhos da dona da 
loja, Millie. 
— Oi Blaine. Tenho seus pedidos prontos, — disse ela, 
aparecendo de trás do balcão. Millie era uma mulher jovem, de vinte e 
cinco ele acreditava. Ela era arredondada, encantadora e doce. Ele não 
teria uma coisa ruim a dizer sobre ela. Emily a adorava. 
Ele pegou a carteira. 
— Você não precisa fazer isso. Emily parou e pagou por tudo isso. 
Eu falei com ela sobre as suas encomendas para Darcy. 
Blaine rangeu os dentes para não se morder de raiva. Ele 
realmente pensou o quanto Emily e Darcy tinham lutado para viver 
enquanto ele tinha sido dopado em drogas e merda. Seus pais eram 
ricos e cuidavam delas. Emily nunca acreditou nele em qualquer coisa, 
então enquanto ele esteve numa clínica de reabilitação, ele mentiu e 
não contou a Emily. A única verdade era que ele abandonou a sua 
mulher quando ela mais precisava dele. Ela não deveria ter que 
depender de seus pais. 
Ele disse a Emily que iria cuidar dela, havia jurado amor e 
protegê-la, e ele tinha falhado com ela tão completamente. 
— Eu só vou levar os presentes então. 
— Eu realmente sinto muito. Eu não deveria ter mencionado 
qualquer coisa. 
— Não importa. 
Esta era a Emilyse afastando novamente. Toda vez que ele 
pensava que estavam se aproximando, ela sempre recuava. Ele odiava 
isso. 
Deixando a loja com o saco cheio de presentes, ele foi em direção 
ao café na cidade. Ele pediu para si mesmo um sanduíche e um café 
forte. Blaine olhou para a cadeira ao lado dele. Havia um monte de 
presentes. Ele poderia levá-los de volta para o clube antes de ir para 
seu apartamento ou ele poderia levá-los para casa com ele. 
— Oi, Blaine! 
Ele olhou para cima para ver Lenard, o pai de Emily, sentando em 
um assento à sua frente. Parecia que o homem mais velho também 
tinha um sanduíche e café. 
~ 17 ~ 
— Olá, Lenard. — eles tinham parado de ser formais há muito 
tempo. Lenard exigiu que ele o tratasse como um amigo. 
— Você tem os presentes? 
— Emily já pagou por eles. — Blaine balançou a cabeça, forçando 
um sorriso. — Merda, desculpe, eu não deveria ter dito nada. 
— Ela ainda está te dando uma dura? 
— Não, ela não me dá uma dura. Ela só não se permite depender 
de mim. — ele pegou seu café, tomando um gole. — Eu mereço. Eu não 
dei a ela qualquer razão para confiar em mim. — Blaine tinha 
percorrido um longo caminho com Lenard. A primeira vez que ele morou 
com Emily, Lenard tinha tentado tudo o que podia para detê-los de 
estarem juntos, ameaçou qualquer coisa que ele poderia pensar. Agora 
Blaine tinha feito tudo o que podia para provar a Emily e sua família 
que ele não ia estragar tudo novamente. 
Foi estranho, realmente. Seus pais acreditaram nele enquanto 
Emily não. 
— Eu amo minha filha, Blaine. Ela significa o mundo para mim. 
Eu sei que ela te ama. 
Blaine olhou para seu copo, incapaz de acreditar na sinceridade 
nos olhos de Lenard. Houve um tempo em que ele teria acreditado nele. 
Não mais. Ele duvidava que Emily o amasse. Blaine realmente 
acreditava que ela só se estava com ele por causa de Darcy. 
Ele a amava. Não havia como negar seu amor por ela, mas ele 
começou a duvidar dos sentimentos dela por ele. Blaine tinha comprado 
um anel a mais de um ano atrás, não muito tempo depois de ter sido 
baleado. Ele a ouviu chamando por ele. Na época ele não conseguia 
explicar, estava com medo de sequer entender o que estava 
acontecendo. Então ele estava acordado e a primeira coisa que ele tinha 
visto saindo do coma que ele se encontrava era Emily com os olhos 
cheios de lágrimas. Ver o rosto dela e, mais importante ainda, a 
expressão em seu rosto o fez acreditar que ainda tinham uma chance de 
ficarem juntos. Ele a tinha machucado muito todos esses anos atrás. 
Era quase impossível romper o gelo que ela mantinha entre eles, mas 
Blaine não poderia ir embora. Ele a amava muito, caramba. 
— E se você estiver errado? — ele não poderia continuar agarrado 
ao passado. 
~ 18 ~ 
— Emily é uma mulher teimosa como sua mãe. Quando ela quer 
alguma coisa ou alguém que ama, ela dá tudo de si mesma. Não há 
nenhuma maneira dela voltar atrás. Quando ela deu seu coração para 
você, Blaine, ela te deu tudo. Ela está ferida, e ela está com medo. 
— Eu tenho provado a ela que eu vou estar lá. 
— Mas você não está lutando contra ela. Você está dando a ela 
uma chance de ter essas dúvidas, sem ser o Blaine que ela conhecia e 
amava. Você se tornou complacente, quase preocupado em sua 
abordagem com ela. Seu nervosismo é o que está a fazendo ter dúvidas. 
Você não mostra mais qualquer confiança em si mesmo. Por que ela 
deveria confiar em você? Pelo que Emily sabe, você está com medo de 
voltar para o modo como as coisas eram. — Lenard, parou de falar para 
tomar sua bebida. — Não me entenda mal. Você quebrou o coração da 
minha menina, e eu queria te matar dez vezes mais. Eu pensei sobre 
isso, planejei, eu estava pronto para isso, mas eu sabia que ela estaria 
com o coração mais partido de nunca vê-lo novamente do que qualquer 
outra coisa. Não desista da minha garota, de outra forma eu teria que 
matá-lo. — Lenard terminou seu café. — É melhor eu ir andando. 
Shirley odeia quando eu me atraso para o jantar. 
Blaine o viu sair do café. Sentando de volta, ele soltou um 
suspiro. Ele estava bem e verdadeiramente fodido por ele não saber o 
que fazer. A última coisa que ele queria fazer era empurrar Emily para 
longe. Ela era sua vida, sua razão de viver. Ele não podia perdê-la. 
 
* * * 
 
— Você tem que dar aquele garoto uma chance, — disse Shirley, 
mexendo o molho quando Emily jogou as ervas. Elas preparavam em 
conjunto, enquanto Darcy fazia sua lição de casa no balcão da cozinha. 
Emily olhou para a filha vendo ela ouvir música com seus fones de 
ouvido. Darcy tinha agora cinco anos de idade, ficava na escola em 
tempo integral, e estava crescendo mais rápido do que Emily gostava de 
pensar. Não seria muito tempo antes que ela tivesse cartazes de rapazes 
em sua parede, falando de meninos, e fosse para a universidade. 
Acorda Emily. 
— Nós poderíamos não falar sobre isso? 
— É tudo o que precisamos falar. Blaine é um bom homem. 
~ 19 ~ 
— Mãe, eu vivo com ele... 
— Querida, pare de agir assim. Isso não te faz nenhum favor. 
Você não está realmente vivendo com Blaine. Tudo o que você está 
fazendo é esperando o menino fracassar. Já se passaram três anos, 
talvez até mais. Ele esteve lá por Darcy e você. 
Emily fechou os olhos. Ela odiava ouvir isso. 
— Você deveria estar concordando comigo. Eu estou fazendo a 
coisa certa. — ela esfregou a testa quando uma dor de cabeça começou. 
— Não, você está parando de se divertir, e isso inclui aquele 
menino. 
— Blaine não é um menino. 
— Você tem que começar a pensar sobre Darcy. Talvez um 
irmãozinho ou irmãzinha? Seria bom para todos. 
Emily soltou um suspiro quando ela jogou o último punhado de 
manjericão. Seus pais vinham fazendo nada mais do que falar com ela 
constantemente sobre Blaine. Eles gostaram desse novo lado dele. 
Eu gosto desse novo lado dele. 
Os últimos anos tinham sido um passeio de montanha russa de 
felicidade, medo, excitação e desapontamento. Blaine, o menino que ela 
tinha se apaixonado, ainda estava lá. Ela viu o homem real em seus 
olhos quando ele se permitiu relaxar o suficiente ao seu redor. Os 
momentos foram fugazes, mas ele estava sempre nervoso. Ele estava 
com medo sobre começar a usar de novo? Será que ele pensava sobre as 
drogas o tempo todo enquanto ele estava com ela? Será que ele ainda 
quer as outras mulheres que costumava ter? 
Ela não tinha estado com ninguém além de Blaine. A última vez 
que tinha tido relações sexuais tinha sido alguns meses antes de Darcy 
nascer. Certamente ele estava com outra mulher. Emily tinha impulsos 
todo o tempo, e chegava perto de ceder, mas então ela sentia este mal-
estar que ela iria perder toda a confiança em si mesma. Blaine tinha 
estado com outra mulher desde que eles passaram a morar juntos? Ela 
não o tinha visto com outra mulher. 
Ótimo, ela estava perdendo a cabeça agora estava pensando em 
Blaine com outra mulher. 
~ 20 ~ 
— Acabou, — disse Darcy, fechando seu livro e removendo seus 
fones de ouvido. 
— Vá assistir a alguns desenhos animados, querida, — disse 
Shirley. 
— Claro, vovó. 
Darcy saiu da sala, a deixando sozinha com a mãe. 
Ela se virou para sua mãe e gemeu. O olhar determinado em seu 
rosto não levou nada de bom para Emily. 
— Mãe, não. 
— As mulheres têm necessidades tanto quanto os homens. Você é 
apaixonada por Blaine, sempre foi. Eu não vou ver você destruir a si 
mesma ansiando por um homem... 
— Ele nem mesmo é meu! 
— Não me interrompa, mocinha. Sinto por ele ter te machucado. 
Eu entendo, mas tem sido anos. Ele não fodeu nada ainda, não é? 
Emily não respondeu, se sentindo como uma criança petulante 
por não responder. 
— Emily, me responda. 
— Não, ele não fez. 
— Vá para casa. Passe algum tempo a sós com Blaine, sem Darcy. 
Seu pai e eu adoramos ter Darcy por perto. 
— Está tudo bem. Eu posso levar Darcy comigo... 
— Eu estou tentando te dizer para ir e pegar o homem. — asbochechas de sua mãe viraram um vermelho brilhante. Emily aqueceu; 
sua mãe tentando fazê-la dormir com Blaine. 
— Mamãe? 
— Eu posso ser sua mãe, mas eu ainda sou uma mulher. Você 
não nasceu através de um nascimento virginal. Eu amo o seu pai, e 
assim como um monte de outras mulheres na época. Tive a certeza que 
ele não tivesse um motivo para ir à caça de outra mulher. O truque 
para manter seu homem feliz é ser tudo o que ele precisa para que ele 
não vá procurar em outro lugar. 
~ 21 ~ 
— Você está dizendo que eu fracassei com Blaine todos esses 
anos? — perguntou Emily, ferida pela explosão de sua mãe. 
— Não. Blaine era um completo idiota naquela época. Ele era 
muito jovem e um verdadeiro babaca. Ele te decepcionou e ele nos 
decepcionou, mas agora ele está tentando e tem tentado por um longo 
tempo. 
— Você deveria estar do meu lado. 
— Eu estou, querida. Ele foi e ainda é o amor de sua vida. Eu sei 
e você sabe que está apenas com medo no caso dele arruinar tudo 
novamente. Posso te dizer que Blaine não vai estragar tudo. Ele te ama. 
Emily não disse nada. Esperança explodiu dentro dela, mas, ao 
mesmo tempo sumiu quando recordou todas as mulheres se 
pendurando em cima dele. 
Você tem que parar de pensar sobre isso. 
Ela realmente queria esquecer o passado, mas era muito difícil. A 
última vez que ela se entregou a Blaine, ele tinha rasgado seu coração e 
jogado nela. Ela podia se permitir se entregar por inteiro para ele? 
— Nós vamos cuidar de Darcy hoje à noite. Vá, se divirta com 
Blaine. Além disso, eu não fiz o suficiente para você de qualquer 
maneira. 
— Mamãe! 
— Nada de ‘mamãe’. Você tem necessidades, e você precisa 
seriamente relaxar. Eu olho pra você e você está tensa. — Shirley 
caminhou até ela, cobrindo seu rosto. — Você tem que relaxar, querida. 
Pelo que ouvi dizer, Blaine já bateu a si mesmo o suficiente sobre o que 
aconteceu com você e o bebê. 
— Ele veio, mamãe. Ele veio aqui em casa quando você e meu pai 
estavam fora. Mostrei a ele uma foto de Darcy. Ele sabe que estávamos 
bem. 
Shirley colocou os braços ao redor dela. — Você já pensou que 
pensar no pior é o que ele faz? Os homens fazem coisas estúpidas, mas 
ele voltou para você, Emily. Blaine sempre volta para você. Pense sobre 
isso quando a pior das memórias ameaçarem transbordar. 
Ela prendeu a mãe com força, então foi encontrar sua filha. 
Enquanto caminhava pelo corredor, seu pai entrou na casa. 
~ 22 ~ 
— Ei, querida. 
— Ei, papai. — ela o abraçou com força, olhando para a esquerda 
para ver Darcy sentada bem na frente da televisão. Emily amava aquela 
menina, e ela realmente queria o melhor para ela. 
— Eu esbarrei com Blaine. Ele tinha um monte de presentes, e ele 
parecia muito chateado. 
Calor encheu suas bochechas mais uma vez. Millie tinha deixado 
escapar que Blaine tinha gasto uma fortuna em presentes. Ela não teve 
coragem de deixá-lo pagar por todos eles. 
— Emily, você está repreendendo ele. 
— Você também? Vocês são meus pais e deveriam estar 
concordando comigo. — ela apertou a mão ao peito. 
— Eu concordo com você. Eu concordei com você há três anos 
quando ele veio pela primeira vez em sua vida. Em três anos ele tem te 
dado qualquer motivo para duvidar dele? 
— Não. 
— Então pare de ser teimosa e pare de lutar contra ele. Isso não 
vai te fazer nenhum bem. 
— Eu estou indo para casa. A mãe me expulsou. — ela abraçou 
seu pai, então entrou na sala de estar. Darcy subiu em seu colo. 
— Eu te amo mamãe. 
— Eu também te amo, baby. — ela beijou a cabeça de Darcy, 
respirando o cheiro dela. Sempre que ela pensava sobre Blaine no 
passado e a dor ameaçava agarrá-la viva, ela sempre abraçava a filha. 
Darcy fez tudo melhor para ela. 
Shirley limpou a garganta. 
— Eu vou, eu vou. 
Darcy riu. — Dê um abraço no papai por mim. 
— Eu dou, querida. 
Ela acariciou o cabelo de Darcy, em seguida, se virou para sair. — 
Eu vou, mãe. 
— Ótimo. Vá e se divirta um pouco. 
~ 23 ~ 
Deixando a segurança da casa de seus pais, ela fez seu caminho 
para fora, no frio. Ela percorreu todo o caminho de volta para casa. 
Emily pensou no Natal. Blaine tinha mencionado passar a semana na 
sede do clube. Todo Natal ela passava com seus pais. Será que eles 
odiariam não tê-las no Natal? Ela precisava falar com seus pais sobre 
isso. 
Se eles quisessem Darcy e ela para o Natal, então ela não iria 
para o clube. 
Isso era cruel. 
As lágrimas encheram seus olhos, e ela soltou um suspiro. Ela 
pensou sobre o conselho de seus pais. Será que ela deveria dar uma 
chance a Blaine? Ela já não tinha dado a ele uma chance? Eles estavam 
vivendo juntos. 
Estavam realmente? 
Ela e Darcy ainda tinham um quarto na casa dos pais. 
Não, ela não tinha dado uma chance a Blaine. Ela estava sempre 
pronta para sair a qualquer momento. 
Emily olhou para a neve quando a culpa a inundou. Ela tinha 
sido injusta com Blaine desde o início. O medo do que ele tinha feito 
para ela no passado tinha estado em sua mente. Ela não deu a ele uma 
chance, e durante três longos anos miseráveis, ela o fez pagar. 
Até o momento que ela conseguiu voltar para seu apartamento, 
ela já estava congelando. Ao entrar no prédio, ela viu a loira falsa que 
vivia no final do corredor deles. Nicole, ela acreditava que esse era o seu 
nome. 
— Olá, Emily, — disse Nicole. — Onde está Blaine? Eu não o vejo 
há algum tempo. 
— Eu não sei. 
— Ele é tão gostoso. Eu não iria deixá-lo ir se eu fosse você. Você 
sabe o que dizem sobre os Skulls? 
Emily ficou de pé, olhando para a mulher. Nicole era tudo o que 
ela não era, esbelta, com grandes peitos falsos. Seus próprios seios 
eram grandes, mas eles também realizaram a memória de amamentar 
uma criança. Ela tinha estrias e uma camada adicional de espessura 
em seu corpo. Acima de tudo, Nicole era divertida. Ela podia ver nos 
~ 24 ~ 
olhos de Nicole. Qualquer homem que desse uma guinada com Nicole 
não seria deixado insatisfeito. 
— Não, o que é que eles dizem? 
— Uma vez que você teve um Skull não há como voltar atrás. É 
por isso que eles têm um clube cheio de mulheres. Não há nenhuma 
maneira de você deixá-los. 
S sentindo doente, Emily fez seu caminho em direção à escada. — 
É melhor eu entrar em casa. 
— Diga oi a Blaine. 
Balançando a cabeça, ela caminhou até o longo lance de escadas. 
Ela puxou a chave do bolso, em seguida entrou no seu apartamento 
compartilhado. Blaine, morava em uma boa parte da cidade, não que 
houvesse muitas partes ruins com os Skulls presentes. Eles faziam 
tudo ficar acima do esperado. O cheiro de alho encontrou seus sentidos. 
Ela fechou a porta, retirando o casaco quando Blaine apareceu. 
Ele só usava uma camisa de manga curta e ela viu as tatuagens que 
decoravam seus braços. 
— Ei, — ele disse. — Onde está Darcy? 
— Vai passar a noite com os meus pais. Eles não me deixaram 
trazê-la para casa. — ela caminhou pelo corredor indo em direção a ele. 
Em sua mente brilhou uma memória de seu último apartamento. 
Quando ele entrava durante suas primeiras semanas juntos, ela corria 
em direção a ele. Blaine abria os braços para abraçá-la. 
Isso não acontecia há muito tempo. Ela parou a vários metros 
dele. — Nicole me disse para te dizer um oi. 
— Quem é Nicole? 
— A loira falsa com aqueles peitões? 
Blaine franziu a testa. — Desculpe, não tenho a menor ideia. 
— Tenho certeza que ela vai ficar desapontada. — Emily olhou 
para seus lábios, desejando que houvesse algo mais que pudesse dizer a 
ele. Em vez disso, ela olhou para a cozinha. 
— O que você está cozinhando? 
— Erm, um curry, eu acho. 
~ 25 ~ 
Ela entrou na cozinha para encontrar um curry borbulhando no 
fogão. Levantando a tampa em outra panela, ela viu arroz soltinho. 
— Isso cheira incrível. 
Ele se encostou no batente da porta, a observando. Emily lambeu 
os lábios repentinamente secos. Levou toda força de controle para não ir 
até ele. 
Será que dói? 
— Peguei os presentesde Millie hoje. 
— Sim. 
— Por que você pagou por eles? 
Ela colocou um pouco de cabelo atrás da orelha. Não havia como 
fugir da culpa agora. Quando ela pagou por eles, ela realmente 
acreditava que estava fazendo uma coisa boa. Agora ela não acreditava 
mais nisso. 
— Eu não quero que você fique sem dinheiro. Aqueles brinquedos 
custam um monte de dinheiro. 
~ 26 ~ 
Capítulo dois 
— Darcy é minha filha também. Eu gosto de comprar merdas 
para ela, Emily. — Blaine estava perdendo a paciência. Quando ela 
entrou no apartamento, ele sabia que ela estava pensando sobre o 
tempo quando eram mais jovens. Ele teria amado voltar para casa só 
para tê-la correndo em sua direção. Blaine sentia falta de Emily estando 
aberta com seu afeto. Ela não dava a ele um pouco de espaço. Ele 
pensou sobre o conselho de Lenard. Talvez fosse hora de começar a 
empurrar um pouco mais. Ele não ia deixá-la ou começar a usar drogas 
nem andar com outras mulheres. 
O fato de Emily mencionar Nicole lhe disse que estava esperando 
que ele estragasse tudo. Ele não sabia quem a cadela era, mas quem ela 
era havia deixado Emily se sentindo triste. 
— Eu sei. 
— Se você sabe, por que você não me deixa pagar por eles? Você 
já comprou os presentes para Darcy. Eu vi os bichinhos de pelúcia no 
guarda-roupa, Em. 
Ela se virou para olhar para ele, cruzando os braços debaixo de 
seus seios. O jeans que usava moldava as suas curvas, mas a camisa 
era tão grande que ele não poderia nem mesmo ver o contorno de seu 
corpo. Ele tinha notado isso sobre a sua mulher; ela raramente se 
deixava ser vista. Eles dividiam a cama, mas ela usava pijamas grandes. 
Ela não percebe que ele só precisava estar em sua companhia para ficar 
excitado? Isso era com o que ele tinha que viver a partir do momento 
em que ele a conheceu. Havia uma diferença de idade de quatro anos 
entre eles, e ele a conheceu por acaso, quando ele tinha ido para uma 
fogueira e as crianças do ensino médio tinham ido. Na época ele estava 
trabalhando na loja de café quando ele não tinha feito as notas para ir à 
faculdade. Ele havia tentado obter uma posição de aprendiz na oficina 
mecânica dos Skulls, que ele não conseguiu por eles serem totalmente 
pessoais. Blaine tinha desviado o olhar e encontrou uma mulher que 
estava sozinha. 
Blaine não poderia mesmo descrever o que aconteceu com ele, 
mas ele precisava se arrastar em direção a ela. Ela tinha o puxado para 
perto e ele não tinha mudado depois de todo esse tempo. Ele se 
encontrou com ela depois da escola só para estar perto dela. Ao longo 
~ 27 ~ 
de mais algumas semanas, ele havia se apaixonado por ela. Ele nunca a 
pressionou para fazer sexo, e ambos esperaram até que ela tivesse 
dezoito anos. Quando estavam juntos, ele tinha prometido cuidar dela, 
protegê-la. O preservativo tinha rasgado e ela engravidou. 
Sua vida não tinha saído como ele esperava. Seus planos tinham 
o apanhado na sua própria merda. 
— Sinto muito. 
— Você está realmente arrependida? 
— Sim. 
— Eu não sei, Emily. O que mais eu tenho que fazer para provar a 
você que eu não vou te decepcionar? Eu estou aqui para ficar e ser seu 
homem e um pai para Darcy. 
— Eu não quero que você seja meu homem. Eu só quero que você 
seja um pai para nossa filha. 
Ele fechou a distância entre eles e a irritou completamente pela 
falta de cuidado quando ele veio para perto dela. — Você não me quer. 
— ele estendeu a mão para apertar sua cintura. — Eu fiz tudo o que 
você me pediu. Eu não toquei em você ou pressionei você para ficar 
comigo. — com uma mão na cintura dela, ele segurou seu rosto. — Eu 
merecia toda a merda que você jogou em mim pela forma como eu te 
tratei antes, mas não acho que você pode me dizer que eu não sou seu 
homem. É hora de você confiar em mim completamente, Em. 
Blaine bateu os lábios nos dela, gemendo quando ela se abriu 
para ele. Emily agarrou os dois braços, mas ele não rompeu o beijo. 
Fazia muito tempo desde que ele a tinha em seus braços, a saboreando, 
a amando. Ele sentiu como se estivesse se afogando e poderia 
finalmente respirar com ela em seus braços. De jeito nenhum ele a 
deixaria ir. Blaine sabia que não poderia deixá-la ir. Ela significava 
muito para ele lhe permitir sair de novo. 
Deslizando a língua nos lábios dela, ele pressionou no interior 
para encontrar sua língua. Emily aumentou seu aperto em seus braços 
ainda sem afastá-lo. Ele agarrou seu cabelo, inclinando a cabeça para 
trás para que ele pudesse aprofundar o beijo. 
Ela soltou um gemido, e ele quebrou o beijo tempo suficiente para 
olhar em seus olhos, que estavam dilatados e cheios de excitação. 
— Blaine? 
~ 28 ~ 
Sua voz estava rouca, e isso foi direto para seu pau. Esta era a 
mulher que tinha desaparecido há muito tempo. 
— Nunca diga que eu não sou seu homem. Eu sou seu homem, 
Emily, e tenho sido desde o primeiro momento que te vi. Se alguém 
tentar tocar em você, eu vou matar. 
— Não... 
Ele a cortou batendo seus lábios nos dela. Ela derreteu contra ele, 
e ele adorou. Blaine saboreou a sensação dela pressionada contra ele. 
— Não, essa merda que está acontecendo entre nós. Ela termina. 
Eu compreendo que eu fodi as coisas, mas eu estou provando para você 
que eu não vou te machucar. Eu amo você, Emily. Tenha sempre, 
sempre a certeza disso. Vou comprar merdas para Darcy e para você, 
sem você pagar pela porcaria. — ele acariciou sua bochecha, amando a 
sensação contra seus dedos. — Eu não vou deixar você fazer isso com a 
gente por mais tempo. Eu fiz tudo o que você pediu. Eu não vou mudar. 
— Estou com medo. 
Seus olhos se encheram de lágrimas, quebrando seu coração 
sabendo que era culpa dele. — Estou aqui. Você pode ter medo ou tudo 
o que você quiser, mas você tem que saber; eu sempre estarei com você. 
Eu vou pegar você quando você cair. Eu vou ser o que você estará 
gritando quando precisar de mim, Emily. Eu não vou recuar ou sair. 
Ele enxugou as lágrimas quando elas começaram a cair. 
— Sem mais lágrimas, Emily. Confie em mim. Eu não vou te 
decepcionar. — ele beijou seus lábios. — Vá tomar um banho, relaxe. 
Depois vamos comer. 
Emily assentiu. 
Soltando-a, ele a viu caminhar em direção a seu quarto. Eles 
tinham um banheiro privado para que ela não precisasse dividir com 
Darcy. Quando ele tinha comprado o lugar, ele tinha feito isso tendo o 
conforto de Emily em mente. 
Ele deu ao curry outra agitação rápida, em seguida, fez o seu 
caminho em direção à mesa que ele tinha começado a arrumar antes 
dela entrar. Verificando a mesa, ele então pegou seu telefone celular 
para discar para Lenard. 
— Ela não está vindo pra cá, está? — perguntou Lenard. 
~ 29 ~ 
— Não. Estamos fazendo progresso. Progressos pequenos, mas é 
melhor que nada. Estou ligando sobre o Natal. Os Skulls estão tendo 
uma reunião no clube. Vocês querem Emily e Darcy por perto no Natal? 
Silêncio preencheu a sua pergunta. 
— Diga a ele, Lenard, — disse Shirley. 
Ele devia estar no viva-voz. 
— Nós reservamos um cruzeiro para o Natal. Vamos uma semana 
antes do Natal e não voltamos até o Ano Novo. Shirley e eu estávamos 
conversando e acreditamos que interferimos muito. É hora de Emily 
estar em seus próprios pés. Nós resolvemos ir a um cruzeiro quando 
nós sentimos que ela precisava de nós o tempo todo. Este ano é hora 
dela estar com você e Darcy. 
Blaine soltou um suspiro. — Você quer que eu diga a ela? 
— Não. Nós vamos falar com ela sobre isso quando ela vier buscar 
Darcy. Estou colocando confiança em você, Blaine. Você é o único 
homem que pode fazê-la feliz. Eu tenho certeza disso. 
Ele resmungou em seu acordo, não tendo certeza se ele estava 
completamente de acordo com seus pais. Blaine finalizou a ligação 
assim quando Emily entrou pela porta. Ela estava vestida com uma saia 
que ia até os tornozelos, juntamente com mais uma daquelas longas 
camisetas sem formas. Ele precisava fazê-la a usar roupas que a 
fizessem sesentir sexy ou, no mínimo, como uma mulher. 
— Sente-se. — ele puxou uma cadeira, esperando por ela tomar 
assento. Ela hesitou por uma fração de segundo antes de se sentar. 
Blaine se inclinou para frente, movendo seu cabelo negro para fora do 
caminho. Ele deu um beijo em seu pescoço, querendo fazer um inferno 
de muito mais, mas adiando. Não haveria tempo para isso agora. — Eu 
vou pegar a comida. 
Blaine foi até o fogão desligando, e serviu a ambos muita comida. 
Ele caminhou de volta para a mesa, tomando um assento em frente a 
ela. 
Ela pegou o garfo, e ele notou que sua mão tremia um pouco. Ele 
a beijou, e ele queria que ela se acostumasse com ele a tocando. Angel 
tinha trazido Emily de volta em sua vida. Ele se perguntou se ele 
poderia pedir sua ajuda para ganhar de volta sua mulher. 
~ 30 ~ 
Ninguém no clube sabia a verdade sobre seu relacionamento com 
Emily. Todos pensavam que eles eram um casal, embora eles fossem 
algo bem distante de um casal. Ele pensou em Angel com Lash, Eva e 
Tiny, até mesmo Whizz e Lacey; eles eram todos casais unidos. 
Ninguém poderia separá-los, mesmo se eles tentassem. Isso é o que ele 
queria para eles, e ele iria se certificar de que eles tivessem. 
 
* * * 
 
O curry era como ela amava, picante, delicioso, era sua 
especialidade. Emily mordeu um pedaço de frango, gemendo quando o 
sabor explodiu em sua língua. Ela sempre amou a comida de Blaine. 
Ambos compartilhavam uma paixão pela boa comida. 
— Isso está muito bom, — disse ela. 
Sua mão continuou tremendo, o que ela odiava. O banho era para 
tê-la relaxado, não deixado ela ainda mais louca. Então ele tinha ido e 
beijado seu pescoço. Tudo o que tinha feito era lembrá-la dos tempos 
que Blaine não parava de beijá-la. Eles ficaram juntos um ano antes de 
fazerem sexo. Blaine tinha sido um perfeito cavalheiro, esperando por 
ela ser maior de idade antes de tomar o próximo passo. Quando ele 
tinha tomado sua virgindade, eles não tinham se segurado. Ela adorava 
estar com ele, mesmo que o sexo não tivesse feito a terra tremer. O sexo 
de tremer a terra veio depois. Ela não tinha estado com outro homem, 
só com Blaine. Mesmo depois do término, ela não teve coragem de estar 
com outro homem. Ela não queria manchar a memória que tinha de 
Blaine com outro homem. 
— Eu vivo para servir. — ele alcançou entre eles, descansando a 
mão sobre a dela. 
O beijo que tinham compartilhado tinha deixado seu pulso 
acelerado e calor inundando sua buceta. Ela não podia lutar contra as 
memórias com ele tão perto. Foi muito difícil. Emily não mexeu a mão 
dela mesmo que ela soubesse que deveria. Se ela quisesse manter a 
distância, ela teria que criar algum espaço entre eles. 
— Você vai para o clube amanhã? Eles estão colocando todas as 
decorações. Você não vai acreditar o quão diferente está tudo. Tiny 
deixou sua mulher livre com o lugar. 
~ 31 ~ 
Emily riu. Eva, Angel e Kelsey eram mulheres maravilhosas. Ela 
não se dava bem com Tate, mas as outras eram boas. — E quanto a 
Darcy? 
— Nós podemos buscá-la depois. 
— Ok. Deve ser divertido. 
Ela olhou para sua comida quando Blaine apertou sua mão. 
Olhando para as mãos, ela sentiu um caco de dor através de seu 
coração. 
Você tem que parar de empurrá-lo para longe. 
— Você sempre costumava amar o Natal, — disse ele. — Eu me 
lembro de como você me arrastou pra perto de cada luz em exibição nas 
árvores. 
Ele estava falando sobre o momento em que ela ainda estava no 
colégio. Ela não iria deixar a época fica deprimente. Emily lembrou que 
fez bolinhos de açúcar para ele, brownies, o convidando para conhecer 
seus pais. 
Shirley e Lenard tinham sido gentis com ele, mas uma vez que ele 
deixou sua casa a noite, ambos tinham manifestado as suas 
preocupações sobre sua idade. Ela deixou de lado suas preocupações. 
Eles não estão preocupados mais. 
Não. Eles não estavam mais. Na verdade, eles já estavam 
tentando juntá-la com ele. 
— Eu ainda amo o Natal. 
— Então por que você não coloca o seu próprio toque neste lugar? 
Ela olhou para ele, encontrando seu olhar fixo nela. — O que você 
quer dizer? 
— Todo mundo já está decorando para o Natal, mas este lugar 
parece o mesmo. O único enfeite de Natal é o calendário advento de 
Darcy no corredor perto da porta. 
Emily girou o garfo no prato. Ela estava tentada a decorar seu 
apartamento. Como em qualquer outra coisa, ela estava se recusando a 
dar o próximo passo. 
— Eu não sabia o que você queria. 
~ 32 ~ 
— Esse é o seu lugar também. 
Ela olhou ao redor do espaço. 
— Você ainda não tem feito um esforço para deixar o seu toque no 
local, — disse ele. 
— Eu, erm, eu pensei que estava ótimo sem qualquer outra coisa. 
Eu não queria estragar o seu, quero dizer, o nosso lugar. 
Ele deixou cair o garfo no prato vazio. — Você ainda está 
esperando que eu falhe, não é? 
— Não. — ela não soou convincente nem para si mesma. — Olha, 
eu não sei o que eu quero. 
— Nosso primeiro apartamento era uma merda. Era horrível, e 
ainda assim você o fazia ser nosso. Este é o nosso apartamento, Emily. 
Ela abriu a boca, depois fechou. Não havia nenhum ponto em 
discutir. Tudo o que ele disse estava certo, enquanto ela estava errada. 
— Eu vou decorar. 
Blaine se levantou, levando o prato da mesa. 
Seu apetite se foi e ela levou seu prato para a cozinha. Emily 
congelou ao vê-lo jogar seu prato na pia, ouvindo quebrar com o 
impacto. 
— Isto vai parar, — disse Blaine. 
Ela segurou em seu prato com força quando ele agarrou o balcão 
da pia. Olhando fixamente para seus dedos, ela viu que eles estavam 
brancos. 
— Eu não fiz nada de errado. — é o que eu tenho realmente 
aceitado? Emily não gostou da forma como estava se sentindo. Ela 
estava errada. Durante três anos ela estava fazendo isso, mas estava 
tudo bem para ela fazer isso? Seus pais acreditavam que ela precisava 
parar e seguir em frente. Ela já não sabia mais o que fazer. 
— Não. Você nunca fez nada de errado. Eu fiz, e você não pode 
me perdoar, não é? 
Ele se virou, seus olhos escuros olhando para ela. Ela estremeceu 
sendo avaliada por ele. Blaine olhou para ela, mas ele viu muito mais 
do que ela queria que ele visse. 
~ 33 ~ 
— Você estava ao meu lado quando eu fui baleado. Você está 
sempre lá para mim, Emily. Toda vez que eu acho que estamos nos 
movendo para frente, você se segura. Você ainda me ama? 
Lágrimas encheram pelos olhos mais uma vez. Ela não conseguia 
olhar para ele e olhou para seu prato, esperando que, como tantas 
outras vezes ele fosse desistir. Blaine não era o homem que ela 
conheceu. O homem de seu passado antes de sucumbir às drogas e 
bebida não iria deixá-la se esconder. Este homem na frente dela estava 
sempre hesitante em torno dela. Ela odiava isso e odiava o homem que 
ele havia se tornado. Quando ela visitou o clube para vê-lo, eles viam o 
Blaine que ela tinha se apaixonado uma vez. Ela não. Ela tinha um 
escudo com o homem, mas ela realmente tinha o encorajado a seguir 
em frente? 
Que tipo de mulher ela era tendo inveja de um clube? 
— Não, você não consegue se esconder de mim. — ele se 
aproximou, pegando o prato dela. Ela tentou agarrar, mas ele puxou de 
sua mão. 
— Você vai parar? 
— Não, você vai me responder. Estou cansado dessa besteira, Em. 
Quando eu beijei você, você me queria. Você me beijou de volta. Esta 
mulher, isso não é você, e não sou eu. Estamos fazendo Darcy sofrer 
desta forma. 
— Você acha que eu não sei disso? — perguntou ela, chorando. 
— Responda a minha pergunta. 
— Não. 
Ele agarrou seus braços, a puxando para perto. — Pare de nos 
torturar e responda a minha maldita pergunta, Em. Você me ama ou 
não? 
Ela olhou nos olhos dele e soluçou. — Eu não sei. 
No momento em que ela falou as palavras, ela sentiu uma parte 
de si mesma quebrar. Ela apertou as mãos ao rosto. Emily soluçava em 
suas mãos, desejando que pudesse ter de volta o último par de minutos 
de discussão.Blaine a soltou. — Você esteve com outro homem? 
— O quê? — ela perguntou, olhando para ele. 
~ 34 ~ 
— A mulher que eu conhecia não era assim. 
— Blaine, nós estamos diferentes. 
— Durante os últimos três anos estivemos juntos. Nós não 
estamos diferentes. 
— Estamos. Você não é o mesmo homem que costumava ser. 
Ele a soltou. — Existe outro homem? 
Ela olhou para baixo e viu suas mãos em punhos. Sua ameaça de 
mais cedo passou por sua mente. — Não, não há, não há outro homem. 
— ele relaxou um pouco com as palavras dela. 
— Sinto muito por ter perdido a paciência. Eu não devia ter te 
machucado. — ele estendeu a mão para esfregar os braços. Será que ele 
não percebe que ele não tinha ainda a segurado? 
Não havia dor em seu toque. Emily estava com dor por causa de 
sua própria estupidez. 
— Eu sugiro que você vá e assista um pouco de televisão — 
Blaine se afastou dela mais uma vez. Isso era o que ela odiava. Seu 
argumento só criava mais distância. 
Não era isso que você queria? 
Emily realmente não sabia. Ela assistiu ele limpar o prato que 
tinha quebrado. 
O que ela poderia dizer a ele? 
Ela não sabia como chegar ao homem que tinha se apaixonado. 
Se afastando, ela entrou na sala de estar. Ela se enrolou no sofá, 
segurando o controle remoto. Passando os canais, ela estava sentindo 
frio. Emily embrulhou um cobertor em torno dela, tentando se aquecer. 
Nada ajudou. Ela estava fria até os ossos, e a única pessoa que ela 
queria para aquecê-la se foi. 
Eles só estavam se torturando com esse ar frio entre eles. Ela não 
sabia como parar as reações dela, nem ela sabia como chegar e tocá-lo. 
 
* * * 
 
~ 35 ~ 
— O que você acha? — perguntou Whizz, se movendo para trás de 
Lacey quando ela olhou para a sala principal do clube. Ela estava tão 
linda, ela recentemente tingiu o cabelo de um roxo profundo. Eles 
precisaram esperar sair o azul. Os irmãos continuavam zoando Whizz 
por pintar o cabelo da sua mulher. Whizz não se importava. Isto era 
parte de seu relacionamento, um desenvolvimento que o deixava 
entusiasmado. 
— É lindo. 
— Isso tudo é para você. 
— Mentiroso. Você não fez isso tudo. — ela se virou em seus 
braços, e ele a puxou para perto. 
— Bem, eu teria feito isso se você quisesse. 
Ela riu, sacudindo a cabeça. — Você é um péssimo mentiroso. 
Eva e Angel foram incríveis. Baker, Ink e Fighter ajudaram. 
— Eles estão esperando para serem votados em breve? 
— Eu não sei. Tiny está terminando o trabalho de construção na 
Prefeitura. Ele também está organizando uma feira de Natal para o povo 
da cidade. 
— Feira de Natal? 
— Sim, é um encontro para Fort Wills. Vamos todos ter algum 
divertimento, álcool, Natal. É como uma feira de verão, só que é no 
Natal. 
— Parece maravilhoso. 
— Estamos indo bem. — ele deu um beijo em seus lábios cheios. 
Seu pau endureceu quando ela se aconchegou contra ele, o beijando de 
volta. 
— Eu te amo, Whizz. 
Alegria o encheu. Ele não sabia o que tinha feito para merecê-la. 
Eles percorreram um longo caminho juntos. Ele ainda preferia ser 
algemado à sua cama à noite. A última vez que ele não tinha sido 
algemado, um de seus pesadelos chegou e ele quase matou Lacey. Ele 
ainda se lembrava das marcas vermelhas que permaneceram em seu 
pescoço por causa dele. Whizz iria tomar todas as precauções 
necessárias. 
~ 36 ~ 
— Eu te amo, Lacey. 
Ele ia se casar com ela em breve. Whizz estava arrumando tudo 
para acontecer. O clube sabia que ele ia se casar com ela, assim como 
Lacey. De primeira, ele estaria organizando um evento surpresa, mas 
depois decidiu que não. Ele queria Lacey envolvida em cada passo do 
caminho. No início, o clube não queria nada a ver com ela por causa de 
suas ligações com os Brothers Savage MC. Os Skulls tinham que viver 
com seu ultimato. Não tinha sido uma ameaça vazia. Ele não sabia o 
que ele teria feito se eles não tivessem aceitado Lacey. Ela era o amor da 
sua vida. 
Afundando os dedos em seus cabelos, ele inclinou a cabeça para 
trás. — É hora de dormir. Eu preciso foder você de novo. 
Whizz não tinha contado a ela sobre o contato que ele tinha feito 
com uma agência de adoção. Ele queria descobrir suas chances de 
adotar antes que ele lhe permitisse obter esperanças. Whizz não ia 
deixar Lacey se machucar novamente. Ele queria poder encontrar uma 
maneira para que eles tivessem filhos. 
~ 37 ~ 
Capítulo três 
Blaine acordou na manhã seguinte e olhou para Emily. Não havia 
um travesseiro entre eles, apenas o pijama idiota e feio, que o mantinha 
longe dela. Era melhor ela desfrutar da paz por agora. Ele não ia deixá-
la colocar esse muro entre eles. Ontem à noite ele perdeu a paciência, 
mas a resposta dela lhe tinha dado algo para pensar. Ela não sabia se 
ela o amava mais. 
Estendendo a mão, ele colocou um pouco de cabelo atrás da 
orelha. Ela se aconchegou contra a cama. Uma das suas mãos estava 
sobre a cama entre eles. 
Ele acariciou um dedo pelo seu bonito nariz. Lentamente, ela 
começou a se mexer e abrir os olhos. Blaine sorriu. 
— Bom dia, baby, — disse ele. 
Ela sorriu de volta para ele. — Bom dia. — ela se espreguiçou, 
gemendo. Com as costas arqueadas, Blaine teve uma visão perfeita de 
seus peitos cheios e agradáveis. Seus mamilos estavam duros quando 
ele desligou o aquecimento naquela noite antes de ir para a cama. O 
apartamento estava frio, mas valeu à pena. Se Darcy estivesse em casa, 
ele teria ligado. 
Isso totalmente valia à pena. Sua boca encheu de água, e tudo o 
que ele queria fazer era tocá-la. 
Faça isso. Seja o homem que ela precisa que você seja. 
Sem duvidar de suas ações, ele colocou a mão em seu quadril 
deslizando os dedos sob a camisa. 
— Blaine? 
Ele não falou. Ela não o impediu quando ele moveu a mão sobre 
sua caixa torácica. Olhando em seus olhos, ele assistiu sua reação 
quando ele segurou seu seio nu. Eles eram mais cheios do que ele se 
lembrava. 
— Você amamentou Darcy? 
— Sim. 
~ 38 ~ 
Isso era o que ele amava sobre Emily. Ela era uma mulher 
natural. Não havia nada falso sobre ela. Lenard tinha razão. Ela amava 
com todo o seu coração. Emily nunca se deu pela metade. Era sempre 
por inteira. Mas ela estava dando a ele só a metade de si mesma. Ela 
estava com medo de se entregar completamente, e ele tinha sido o único 
a destruir essa parte dela. Ele tinha certeza que ela não teria escolha, 
além de amá-lo. 
Ele tirou a mão tempo suficiente para abrir os botões em sua 
camisa de pijama. Blaine descobriu os peitos dela para o seu olhar. Eles 
eram grandes, cheios e as pontas de seus mamilos estavam duros. 
— Lindos, — disse ele, acariciando o polegar sobre um broto duro. 
— Blaine? 
— Eu estive pensando sobre ver você assim por muito tempo. — 
ele se inclinou para perto, sacudindo a ponta de seu mamilo vermelho 
escuro com a língua. 
Ambos gemeram. O som encheu o ar entre eles, ecoando nas 
paredes. 
Ele chupou o mamilo em sua boca, enquanto ele beliscava o 
outro. Blaine brincou com a ponta uma última vez antes de passar para 
o outro. Ele deslizou suas mãos pelo corpo dela para descansar em suas 
calças de pijama. Seu pau estava duro como uma rocha. Ele usava um 
par de calças que não escondia sua ereção furiosa. 
— Por favor, Blaine. 
— Não se preocupe, baby. Eu tenho você. Eu vou fazer você se 
sentir tão bem. — ele caiu de joelhos e começou a tirar suas calças. Em 
segundos ele a deixou completamente nua. Saindo da cama, ele puxou 
suas calças para fora. Ele não iria transar com ela esta manhã. A única 
vez que ele transaria com ela seria quando ela estivesse implorando a 
ele para fazer isso. 
Rastejando sobre a cama, ele abriu suas coxas, vendo a luta em 
seus olhos. 
Ele não deu a ela chance de afastá-lo. 
Blaine abriu os lábios de seu sexo, pressionando o polegar em seu 
clitóris. 
~ 39 ~ 
Ela se arqueou. Os seios dela balançaram com ela respirando 
fundo. 
— Você é tão suculenta como eu me lembro? 
Ele fechou a distânciaentre eles, abrindo sua buceta para ver seu 
clitóris inchado. Ela estava encharcada. Sua boca encheu, e ele não 
esperou por sua permissão. Blaine chupou sua umidade, gemendo 
quando o líquido invadiu sua boca. 
— Blaine. — ela gritou o nome dele, empurrando sua pélvis 
contra ele. 
— Tão molhada e tão suculenta. — ele se moveu para sua entrada 
e pressionou sua língua lá dentro. Ele provou o gosto almiscarado e 
doce, exatamente como sua mulher. — Você é perfeita. 
— Por favor, Blaine. 
— Você quer que eu faça você gozar? 
— Sim. Por favor, Blaine, eu preciso. Eu não estive com ninguém, 
só você. Eu preciso de você. 
Ele ia ser tudo para ela. Blaine não estava indo em vão. Ela podia 
não saber o que sentia por ele, mas ele não ia deixá-la duvidar de seus 
sentimentos por ela novamente. Ele não passou por toda a merda que 
ele passou para apenas perdê-la agora. Ela era sua mulher, e ele não ia 
deixá-la fugir. 
Saqueando sua buceta com a língua, ele acariciou seu clitóris. 
Seus gritos ficaram mais altos com ele provocando sua buceta. 
— Esta é a minha buceta, Emily. Eu tomei a sua virgindade. Eu 
te reivindiquei. Você deu à luz a minha filha. O único pau que esta 
buceta vai ver é meu. 
Ela gemeu. 
— Me diga. 
— Ela só vai ser sua. Toda sua. 
Seu pau vazou pré-sêmen, mas ele se recusou a tocar a si mesmo. 
Os últimos anos ele tinha encontrado a sua libertação por sua própria 
mão com as memórias de Emily. Ela era a única mulher que poderia 
fazê-lo se sentir assim. 
— Por favor, Blaine. 
~ 40 ~ 
Se afastando, ele a deixou lá. 
— O quê? 
— Você vai ter o seu orgasmo, mas só quando eu estiver pronto. 
— ele se moveu sobre ela, olhando em seus belos olhos azuis. Ela era 
toda sua. 
Segurando seu pau nu, ele deslizou seu pau entre os lábios de 
sua buceta. Ela estava tão encharcada que não precisaria de nenhum 
lubrificante para ajudá-lo a se mover. Sua umidade revestia todo o seu 
comprimento. 
— O que você está fazendo? 
— Eu vou lidar com essa dor que nós dois temos. — ele duvidou 
que Emily tivesse sequer tocado a si mesma uma vez depois de seu 
tempo juntos. Ela não sabia por que ela sempre tinha sido hesitante 
sobre fazer isso quando estavam juntos. 
Ele pegou as duas mãos e apertou as em ambos os lados de sua 
cabeça. 
— Eu vou fazer você se sentir tão bem. — Blaine reivindicou seus 
lábios quando ele começou a empurrar entre sua buceta. Ele roçou seu 
clitóris e quando ele olhou em seus olhos, ele viu o prazer a 
consumindo. Naquele momento, Blaine sabia que ele estava certo. Ela 
não tinha tido um orgasmo em um longo tempo. 
Levou apenas três roçadas de seu pau e ele sentiu seu corpo 
tenso. Seus gritos encheram o ar, e ele olhou para ela, enquanto ele 
bombeava entre os lábios da sua buceta. Depois de estar sem ela por 
tanto tempo, Blaine seguiu em um orgasmo de abalar a terra, 
compartilhando o momento com ela enquanto ele jorrava seu esperma 
sobre seu estômago. Ele mergulhou sua língua em sua boca, a beijando 
longo e duro. 
Ela apertou as mãos em torno dele. 
Quando tudo acabou e o prazer declinava, ele se afastou para 
olhar para ela. 
— Eu não vou transar com você até você me pedir, mas eu não 
vou deixar você sozinha, Emily. Isso não fez a qualquer um de nós 
nenhum bem. Eu quero você, como eu sempre quis você. Sem mais 
distância. Sem mais espera. 
~ 41 ~ 
— Eu não sei o que você quer de mim. 
— Eu te quero. Eu sempre quis você. 
Beijando-a uma última vez, ele a puxou em seus braços. Blaine a 
levou até o chuveiro e ligou a água. Ambos gritaram quando eles 
passaram pela porta de vidro e foram pegos pelos jatos de água fria. 
— Isso está congelando, — ela gritou, lutando para fugir. Ambos 
caíram na gargalhada, e pela primeira vez em três anos, Blaine sentiu o 
gelo quebrar um pouco. Não havia terminado entre eles, e se ele não 
tivesse cuidado, eles voltariam para o modo como as coisas eram. Ele 
estava determinado a não deixar que isso acontecesse. 
Blaine pegou o sabão, lavou seu corpo enquanto ela fazia o 
mesmo. Isso era o que ele estava querendo. A ligação fluiu entre eles. 
Ele ainda estava lá, mesmo que Emily tivesse suas dúvidas. Ela o 
amava. Ele só precisava empurrá-la um pouco mais forte para provar a 
ela que ele não ia mudar. 
O homem que ele tinha sido não era o homem que ela havia se 
apaixonado. Ele sabia disso agora. Ao tentar dar a ela tempo, ele só a 
encheu de dúvidas. Foi o seu erro que ele poderia facilmente corrigir. O 
clube estaria em festas, e ele tinha um plano. 
Os Skulls estavam cheios de mulheres românticas que gostavam 
de ver um final feliz. Era hora de dar a Emily seu final feliz. Ele 
precisaria de Angel para ter sucesso em seu plano. 
 
* * * 
 
Emily não podia acreditar na transformação do clube. Uma 
grande árvore com enfeites, bolas e luzes de fadas se elevava em um 
canto e já havia uma abundância de presentes debaixo da árvore. Ela 
viu quando Blaine colocou os presentes que ela tinha armazenado em 
seu guarda-roupa debaixo da árvore. Emily tinha ligado para seus pais 
perguntando sobre o Natal apenas para ser informada que eles tinham 
reservado uma viagem. 
Após os acontecimentos desta manhã, ela não tinha certeza se ela 
queria passar o Natal na sede do clube. Eles estariam juntos sem 
nenhuma desculpa para ela sair, mesmo que parte dela não quisesse 
uma desculpa. Mesmo quando ela pensou em criar uma distância entre 
~ 42 ~ 
eles, ela também odiava a ideia. Esta manhã tinha sido incrível. A 
sensação do corpo dele contra o dela tinha sido tudo o que ela tinha 
sentido falta. 
Ele a surpreendeu pela profundidade de sua excitação. Se ele 
tivesse espalhado suas coxas e tivesse a tomado com força, ela não teria 
protestado. Ela o queria tanto quanto ele a queria. 
— Tenho que embrulhar os presentes que peguei ontem. Vamos 
trazê-los conosco em breve, — disse Blaine, se movendo para ficar ao 
lado dela. 
— Melhor se apressar. Nós assistimos a previsão esta manhã. Vai 
nevar e não vai parar uma boa semana. — Angel disse, entrando na 
sala carregando uma grande torta de creme com coberta. 
Emily riu quando viu todos os homens reunidos na sala em cima 
de Angel. A loira era conhecida por sua culinária, e também sua bela 
personalidade. Quando ela viu a amizade entre Angel e Blaine, ela tinha 
sido um pouco ciumenta. Então ela se sentiu estúpida quando ela viu 
Lash e Angel juntos. Ninguém poderia vir entre o casal feliz. Ambos 
eram dedicados um ao outro. Era uma bela vista para testemunhar. 
— Desgraçados gananciosos, melhor guardarem uma fatia para 
mim, — disse Lash, entrando na sala. 
— É sua culpa. Você não deve deixá-la cozinhar. — disse Gash 
com um prato em suas mãos e olhar triunfante. — Ponto. 
Não durou muito tempo para Nash tomar o prato, exigindo a 
comida. 
— Seu filho da puta ganancioso. 
Caos se seguiu quando Angel colocou a torta sobre a mesa e deu 
um passo para longe. Ela parecia um pouco preocupada, porque os 
homens desembarcaram golpes uns aos outros. 
— Ok, eu não acho que eu deveria fazer uma torta novamente, — 
Angel disse, chegando a ficar entre eles. 
— Elas são deliciosas, Angel. O que você esperava? — perguntou 
Blaine. Emily deu um salto quando ele a agarrou pelos ombros, 
massageando. — Você não vai cozinhar suas tortas de maçã, Em. Eu 
vou matar qualquer bastardo que se aproxime delas. 
~ 43 ~ 
Ela franziu a testa. Emily não tinha feito torta de maçã em anos 
por que... porque era a favorita de Blaine. A culpa a atingiu mais uma 
vez. Sua mãe lhe dissera que era estúpido deixar de fazer alguma coisa, 
mas ela não podia evitar. Blaine a tinha machucado tanto que ela até 
parou de cozinhar uma de suas tortas favoritas. 
— Torta de maçã? — perguntou Angel. 
— Sim, Em faz a melhor. — ele deu um beijo em sua testa. 
— Eu adoraria experimentar. Você sabe o que, Emily, com a neve 
chegando, eu acho que seria o momento perfeito para visitar o spa. Eu 
adoraria ir,e parece que vai ser muito perigoso para ir mais tarde. 
— Spa? — perguntou Emily. 
A multidão ao redor da torta dispersou e Emily não viu nada na 
tigela, apenas uma migalha. 
— Sim, nós poderíamos ir. Eu vou ver se Lacey está livre também. 
Whizz me pediu para levá-la para sair. — Angel se aproximou. — Ele 
está fazendo uma surpresa. Eu adoraria sua presença para me ajudar a 
mantê-la ocupada. 
— Spa parece uma boa ideia, — disse Lash. 
Emily olhou para Blaine para ver que ele estava olhando com 
atenção demasiada à árvore. — O que você acha? 
— Sobre o quê, baby? 
Blaine tinha que manipular isso. Emily iria se manter perto por 
enquanto. 
— Sobre o spa? 
— Você merece um descanso. Você trabalha muito duro. — ele 
esfregou os ombros. — Isso pode ajudar você a relaxar um pouco mais. 
— Ok, eu vou, — disse Emily. 
Angel sorriu. — Ótimo. Vou pegar Lacey. Isso será divertido. 
Lash seguiu sua mulher para fora da sala. 
— O que está acontecendo? — perguntou Emily. 
— Nada. Vou pegar Darcy e eu vou encontrá-la no spa. 
— Você está tramando algo. Eu sei que você está. 
~ 44 ~ 
— Eu não. — ele levantou as mãos em sinal de rendição. — Eu 
não estou não. Eu acho que seria bom se nós passássemos a noite aqui. 
Darcy pode se acostumar com o clube antes do Natal. 
Ela não viu nenhum motivo para discutir com ele. 
Em poucos minutos ela foi colocada em um carro com Baker 
dirigindo para o spa. Lash se juntou a eles, e quando saiu do spa em 
Fort Wills, ele mesmo caminhou com elas para a recepção principal. 
— Eu vou ficar aqui e esperar por você, — disse Lash. 
— Você está sempre tão preocupado que o pior aconteça comigo. 
— Angel subiu na ponta dos pés e deu um beijo em sua bochecha. — E 
quanto a Anthony? 
— A última vez que verifiquei, ele foi passar a tarde com Tabitha. 
Eva está com as crianças. 
— Eu ouvi dizer que Tabitha tem uma nova amiga. Ela conheceu 
Daisy no berçário na outra semana. 
Emily ouviu a conversa do casal quando eles iniciaram. 
— Sim, mas você ouviu isso que Daisy veio do parque dos 
trailers? Seus pais não são bons. Eva não gostou e tentou fazer Tiny 
lidar com isso, — disse Lash. 
— Ela é uma criança agradável, silenciosa. Eu gosto de Daisy. — 
Angel beijou novamente. — Agora é hora das meninas, então eu vou 
deixar você, marido. 
Lash riu, observando sua mulher ir. Seu olhar pousou em Emily 
segundos depois. 
— Não a machuque, — disse ele, a advertindo. 
Emily abriu a boca, em seguida, fechou. O que ela deveria dizer? 
Ela tinha tido contato mínimo com Lash antes. Ela sabia que ele era 
protetor com Angel. A fofoca em torno de Fort Wills era cheio de 
rumores. Emily tinha ouvido que Lash teve de ser sedado no hospital 
quando Angel havia sido baleada. Ela não sabia se era verdade e nunca 
perguntou a Blaine sobre isso. 
Angel assinou os papéis e, se voltou para o marido. 
~ 45 ~ 
O amor que ele tinha para Angel se refletia em seu rosto. Houve 
um tempo que Blaine tinha olhado para ela assim. Naquela manhã, ela 
tinha visto seu velho eu mais uma vez. 
Se afastando do casal, ela deu a eles o seu momento privado. 
— Você não tem que ficar, — disse Angel. 
— Eu vou ficar, — disse Lash. 
— Ok. Vejo você em breve. — Angel bateu em seu braço. — Você 
está pronta? 
— Sim. 
Ela acenou para Lash antes de seguir atrás de Angel. Elas 
entraram em um vestiário, onde duas mulheres já estavam de pé. Lacey 
seguiu por detrás delas. 
— Eu não tenho certeza se estou confortável com isso, — disse 
Lacey. 
— Vai ser divertido. Por favor, todo mundo tem um grande 
momento aqui. Dê uma chance e você vai gostar. 
— Eu já estive antes, Angel. Eu só estou nervosa. Whizz me 
queria fora do clube. — Lacey olhou para Angel. — Você sabe por quê? 
Não é sobre o casamento. 
— Não. Estamos aqui para um pouco de diversão e relaxamento 
antes do Natal vir verdadeiramente. — Angel abriu a bolsa e passou a 
Emily um traje. — Nós vamos para a piscina primeiro. 
Ela olhou para Angel, o traje preto entregue a ela. Emily não tinha 
colocado um traje de banho desde que ela tinha dezoito anos de idade. 
Isso foi há muito tempo atrás quando ela não tinha estrias. 
Respirando fundo, ela sorriu para a mulher, então entrou em 
uma cabine. 
— Lash concordou em ter outro garoto? — perguntou Lacey. 
— Não. Ele não quer ter mais filhos. Anthony foi uma gravidez 
difícil. 
— O que você vai fazer? 
Emily ouviu a conversa das mulheres. Ela pensou sobre as 
respostas de Angel. Ela muito calmamente respondeu. 
~ 46 ~ 
— Você realmente quer falar sobre isso? — perguntou Angel. — 
Eu sei que você, erm, você não pode ter filhos. 
Houve silêncio por vários segundos. Emily tentava abrir a porta 
para ver as duas. 
— Angel, querida, eu não posso ter filhos, mas isso não significa 
que eu não posso falar com você sobre eles. Por favor, não se sinta mal 
ou culpada por isso. 
Emily terminou de se vestir. Ela abriu a porta para encontrar as 
duas mulheres se abraçando. Lágrimas brilhando nos olhos de Lacey. 
— Eu não posso ter filhos, — disse Lacey, olhando em sua direção. 
— Eu tenho uma. — Emily prendeu o dedo para cima sem saber o 
que dizer. 
— Eu não quero que seja estranho entre nós, Angel. Eu espero 
que você engravide em breve. — Lacey deu um passo para trás. 
Ela se sentia completamente confusa. Angel deu uma toalha para 
ela. — Aqui está você. 
Emily mais uma vez seguiu as duas mulheres para fora da sala. 
Eles entraram em uma grande área com várias mulheres fazendo 
natação na piscina. Havia um par de homens que usavam uniformes e 
estavam assistindo como se fossem crianças. 
— Houve uma mulher, mais ou menos um ano atrás, que saltou 
para a piscina, e não tínhamos esses salva-vidas, ela quase se afogou. 
Lash tentou mudou o salva-vidas para o sexo feminino, mas isso não 
funcionou. 
Emily tinha certeza que Lash ameaçou todos os homens para 
manter seus olhos e pensamentos firmemente no trabalho. Ela entrou 
na piscina, amando a sensação da água quente em sua pele. 
— Eu vou nadar, — disse Lacey. 
Angel assentiu. 
Emily caminhou em direção ao lado da piscina se acostumando 
com a água. Ela olhou em frente para ver que um dos salva-vidas 
estava as observando ou, mais importante, observando Angel. 
— Então, como é que está com Blaine? — Angel perguntou 
completamente alheia ao cara olhando para ela. 
~ 47 ~ 
— Erm, nós estamos indo bem. — Emily pensou sobre esta 
manhã, e suas bochechas aqueceram. 
— Eu acho que devido a sua cor vai muito melhor do que apenas 
bem. 
Emily franziu a testa. — É por isso que você me convidou, para 
falar sobre Blaine? — foi a vez de Angel ficar vermelha. — Ele te disse 
para me trazer aqui, não foi? 
— Blaine queria que eu falasse com você. — Emily se preparou 
para sair, mas Angel agarrou seu braço. — Por favor, não vá. Blaine é 
meu amigo. Ele confia em mim. 
Ela olhou para a água, à espera de Angel remover a mão. 
— Ele me disse o que você disse a ele ontem à noite. Você não 
sabe se você o ama. 
— Isso é entre eu e Blaine. 
— Eu disse a ele exatamente isso. Ele está preocupado com você. 
Emily não sabia se devia estar ferida por quão facilmente Blaine 
podia falar com Angel em vez de falar com ela. 
— Blaine te ama, Emily. Ele confiou em mim porque ele está 
preocupado. 
— Ele não é o mesmo homem que eu conheci. 
Angel assentiu. — Ele mudou por você. Ele parou com as drogas. 
Ela balançou a cabeça. — Eu não estou falando sobre essas 
mudanças. O homem que eu conheci quando eu tinha dezessete anos 
em uma fogueira se foi, eu não sei. Ele era diferente. — Emily olhou 
para a água lembrando do jeito que ele tinha vindo até ela, como se ele 
tivesse toda a confiança do mundo. — O homem que se apresentou 
para mim, que me fez promessas, não é o homem que eu vejo agora. 
— Você ama Blaine? 
Emily abriu os lábios, em seguida, parou. — Eu realmente não 
sei. 
— O que você pensa quando você pensa em Blaine? 
— Eu não posso fazer isso, Angel. —

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