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visão na infacia

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Prévia do material em texto

DESENVOLVIMENTO VISUAL 
Como os bebês enxergam, quais brincadeiras 
estimulam a visão e quando os pais devem se 
preocupar. 
10 formas de estimular a visão enquanto brinca
17 sinais de problemas de visão que você pode 
reconhecer em casa
5 dicas para tirar foto e ver se há alterações 
oculares através da imagem 
www.instagram.com/visaonainfancia
www.facebook.com/visaonainfancia
mailto: falecom@visaonainfancia.com
Expediente
Este eBook “Desenvolvimento visual: como os 
bebês enxergam, quais brincadeiras esti-
mulam a visão e quando os pais devem se 
preocupar” é uma publicação gratuita, 
disponível para download aos leitores do blog 
Visão na Infância. 
Autores: Maria Amélia Franco e Suellen Polati
Revisão: Dra. Cláudia Cabral Dettmer, 
médica oftalmologista (CRM/PR 15427) 
Especialista em Oftalmopediatria, é formada 
pela Faculdade Evangélica de Medicina do 
Paraná com residência em Pediatria no 
Hospital Infantil Pequeno Príncipe; residência 
em Oftalmologia no Hospital Universitário 
Evangélico de Curitiba e especializa-ção em 
Oftalmopediatria e Estrabismo no Hospital de 
Olhos do Paraná e no Hospital de Clínicas 
UFPR. 
Projeto e diagramação: Maria Amélia Franco
Data de publicação: Agosto/2016
Contato: falecom@visaonainfancia.com
Esta obra está protegida por direito autoral, 
nos termos da Lei nº.9.9610/98, independen-
temente de registro. A reprodução de seu con-
teúdo, mesmo que parcial, deve citar 
devidamente a obra como referência, sob 
risco de caracterizar-se plágio
Adoraremos que compartilhe este eBook com 
seus familiares e amigos! Clique aqui para 
enviar. 
Sumário
Visão na Infância: do que estamos falando?
 Porque o conhecimento pode transformar vidas
Não são os olhos, é o cérebro que vê
Fisiologia da visão
“O meu filho enxerga bem?”
 A visão desde o primeiro olhar
10 formas de estimular a visão enquanto brinca
17 sinais de problemas de visão que você pode reconhe-
cer em casa.
Como uma simples fotografia do bebê pode revelar alte- 
rações nos meios oculares
Qual a rotina ideal de exames oftalmológicos?
Crédito de Imagens
Referências
................03
.04
.06
.07
.09 
.10
.13 
.17
.19
.20 
 21
 22
...... 
.......................
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www.visaonainfancia.com/ebook-desenvovimento-visual 
www.facebook.com/visaonainfancia
mailto: falecom@visaonainfancia.com
Visão na Infância: do que estamos falando?
1,4 milhão de crianças cegas no mundo. Isso 
mesmo! A grande maioria na Ásia e na África. 
Mas o que mais impressiona é que metade 
desses casos poderiam ser evitados - preveni-
dos ou tratados precocemente. É o que 
estimam dados da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a 
Prevenção da Cegueira (IAPB). 
50% é muita coisa! Portanto, sim, em alguns 
casos é possível prevenir. Sim, caso seja 
inevitável, é possível desenvolver a visão ruim, 
usar recursos que facilitem o dia a dia e fazer 
coisas incríveis. E sim, é preciso perseverar, 
mas vale a pena cada esforço!
É nessa porcentagem que se concentra a 
missão do Visão na Infância: um projeto de 
informação online sobre a saúde ocular para 
conscientizar como prevenir a deficiência 
visual desde a gestação e auxiliar como 
melhorar as funções visuais das crianças com 
baixa visão. 
Estatísticas... ou histórias? 
Bebês não nascem com manuais e diante de 
tantas mudanças na infância, nem sempre você 
é orientado sobre como proceder com as 
rotinas de exames oftalmológicos, como 
estimular a visão e estar atento a qualquer 
sinal de problema. 
A ambliopia (olho preguiçoso), a privação de 
imagem na retina (catarata, glaucoma, retino-
patia) e o estrabismo, que prejudicam o desen-
volvimento da visão no cérebro, são as princi-
pais causas de cegueira mundial. 
Neste momento você nem precisa entender 
a fundo o que são essas doenças. Mas com esta 
publicação você vai saber mais sobre como se 
desenvolve a visão em cada fase no primeiro 
ano de vida e reconhecer quando algo não vai 
bem e requer uma visita antecipada ao 
oftalmologista. 
Tudo isso, porque com saúde a gente não 
brinca. E precisa se informar! 
Olha que interessante essa análise do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, na publicação 
Condições de Saúde Ocular no Brasil 2015. Ele destaca o tempo de vida de uma criança na condição 
de cega: “se multiplicarmos o número de crianças pela sua expectativa de vida, chegaremos a uma 
estimativa de 75 milhões de anos-cego, um número menor apenas do que o número de anos-cego da 
catarata em idosos”. 
Os números ajudam a dar uma ideia do cenário. 
Porém, esses números são insignificantes quando falamos de pessoas, quando falamos das vidas que 
são transformadas. Pense, por trás de cada número há uma história! 
O Visão na Infância quer ajudar a mudar as estatísticas. Para melhor! Quer ajudar você a escrever 
a sua história. 
Porque o conhecimento pode transformar vidas 
Confie! O site e os materiais informativos disponibilizados para você integram conteúdo teórico e 
prático de forma clara e acessível, a partir de um trabalho consistente de entrevistas, pesquisa e 
curadoria. 
As informações e orientações apresentadas no Visão na Infância seguem as recomendações 
Ÿ do Conselho Brasileiro de Oftalmologia,
Ÿ da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica e de médicos especialistas associados,
Ÿ da Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo
Ÿ da Organização Mundial de Saúde e
Ÿ das Diretrizes de atenção à saúde ocular na infância: detecção e intervenção precoce para a
prevenção de deficiências visuais, publicadas pelo Ministério da Saúde.
www.instagram.com/visaonainfancia
www.facebook.com/visaonainfancia
mailto: falecom@visaonainfancia.com
Além disso, o blog conta com as experiências 
das autoras e convidados. A comunicadora Maria 
Amélia Franco é amblíope e mãe da Cecília - que 
nos primeiros anos de vida desenvolveu a visão 
deficiente com um trabalho contínuo de 
estimulação visual. A pedagoga Suellen Polati é 
especialista em educação especial, profissão que 
escolheu como um chamado para ajudar no 
desenvolvimento visual de crianças com baixa 
visão, hoje sua vocação. 
Coincidência? Destino? Intervenção divina? É 
incrível quando vidas se cruzam por um propósito 
e isso é gratificante. Assim foi com a nossa vida no 
início deste trabalho. Assim também é o desejo 
que seja este encontro com você: incrível, 
inspirador e gratificante. 
Boa leitura! 
visão na infância 
Não são os olhos, é o cérebro que vê
Luz é o que os olhos “veem”. Mas... como assim? 
Isso mesmo! O cérebro interpreta o que é captado pelos 
olhos, que através de seus receptores transformam 
estímulos luminosos em imagem, resultando em um 
conjunto de percepções visuais como cores, formas, 
margens, texturas, sombras, contraste, até dimensão, 
distância e velocidade. 
Para explicar em algumas palavras como o ser humano 
enxerga não há uma única referência, mas é imprescindível 
recorrer aos estudos da anatomia humana. 
Para desvendar a fisiologia da visão binocular (nos dois olhos) 
saudável, aqui vamos abordar apenas os principais componentes 
do sistema visual. 
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Fisiologia da visão
A córnea e a esclera são tecidos de proteção que compõem a camada externa do globo ocular. 
Entre a córnea e a lente do cristalino está a íris, com padrões de pigmentação próprios que resultam 
em cores de olhos únicas como uma marca de identidade pessoal. No seu centro está a pupila, uma 
abertura circular conhecida como a menina dos olhos. 
Pormeio de fibras musculares existentes na íris é possível dilatar ou contrair a pupila controlando 
a entrada de luz. Ela aumenta quando há pouca luminosidade no ambiente e diminui quando há 
muita luz. 
Portanto, na parte frontal externa do olho está a córnea transparente cobrindo a íris e a pupila. A 
esclera, conhecida como “branco do olho”, envolve o restante do órgão. 
Atrás da íris o cristalino cons-
titui-se de uma lente gelatinosa, 
biconvexa e convergente. Gra-
ças à sua elasticidade e a um 
sistema de fibras, que o conecta 
ao músculo ciliar, é capaz de 
mudar a sua curvatura e foca-
lizar objetos a diferentes distân-
cias. Esse processo é chamado de 
acomodação. 
Para focalizar um elemento 
próximo, por exemplo, o mús-
culo ciliar se contrai promoven-
do um deslocamento da coroide 
e do corpo ciliar na direção da 
região anterior do olho. Essa 
tensão exercida é relaxada e, 
então, o cristalino fica mais es-
pesso, enquanto a pupila contrai 
e contribui para dar foco ao que 
está sendo visto.
Assim, a luz converge para dentro do olho através da córnea e 
do cristalino, meios transparentes que juntos dirigem os raios 
luminosos para a retina. 
A retina é um tecido nervoso formado por um conjunto de 
células que transformam a luz em estímulos elétricos (imagine 
como pixels que formam a imagem invertida na retina). 
Os raios luminosos são convertidos em impulsos nervosos por 
células especializadas chamadas fotorreceptores do tipo 
bastonetes e cones. Os bastonetes permitem a visão em 
ambientes com baixa intensidade luminosa, em tons de cinza; 
os cones tornam possível ver com nitidez e em cores. 
A imagem enxergada é resultado da interação retina-
cérebro. Os estímulos nervosos gerados na retina são 
transmitidos a partir do nervo óptico para o córtex cerebral, 
onde são unidas as informações de ambos os olhos e é finalizado 
o processamento da visão. 
Além disso, é interessante comentar que todo 
esse processo integra ainda operações cerebrais 
de sentidos como o tato e a audição, que agre-
gam dados espaciais, de forma e movimento. 
A grande maravilha de enxergar com o 
cérebro é que ele torna as pessoas capazes de 
“aprender a ver”. 
Isto é o que nos encanta no Visão na Infância: 
a plasticidade cerebral e as possibilidades que 
oferece para a habilitação/reabilitação visual! 
 
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“O meu filho enxerga bem? Como ele vê?” 
Curiosidade? Preocupação? Essa dúvida ora é curiosidade, quando queremos 
entender a magia da criação e como os bebês “funcionam”. Ora é preocupação 
com os estímulos, com a aprendizagem e se tudo está de fato indo bem. 
Claro que o bom desenvolvimento visual depende de estruturas oculares 
normais, da anatomia cerebral preservada e de estímulos visuais adequados. 
Mas como saber? Calma, tem muita informação pela frente! 
Para começar, que tal entender como o sistema visual se desenvolve a partir do 
nascimento? Nos primeiros doze meses de vida a evolução é incrível! 
A visão desde o primeiro olhar 
É ao final do 1º. trimestre da gestação que as principais estruturas oculares estão formadas. 
Porém, o processo de desenvolvimento da visão se inicia somente quando o recém-nascido 
abre os olhos pela primeira vez e recebe a luz na retina. 
Nesse momento, o neném saudável já percebe a luz, o movimento e as formas ao seu redor, 
mas a visão é ainda borrada, sem foco ou diferenciação de cores. 
No primeiro mês, ele move os olhos na linha horizontal através de movimentos sacádicos, 
que são como pequenos saltos do olhar. 
Os reflexos de fixação e os movimentos de perseguição, em sentido horizontal, vertical ou 
circular, se desenvolvem a partir do segundo mês (enquanto permanecem os movimentos 
sacádicos).
Com três meses, os bebês são atraídos por objetos brilhantes, em cores vibrantes e que 
gerem forte contraste ou pessoas até 20-25 cm de distância, gostam muito de rostos e 
pessoas. 
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A vida em cores 
Ao nascer, tem uma parte central da 
retina que ainda não está completamente 
formada, responsável pela diferenciação 
das cores e dos detalhes: a mácula. Ela 
termina de se desenvolver próximo ao 
quarto mês de vida. 
Ao passo que as cores começam a ser 
percebidas, por volta dos três meses, a 
criança se mostra mais interessada em 
explorar o ambiente ao seu redor. 
As primeiras cores que começa a distin-
guir são o vermelho, laranja e amarelo. 
Depois o verde e, por fim, os tons de azul e 
violeta.
Pequenos exploradores 
Ao rolar, observar e tocar materiais de diferentes 
formas, cores e texturas, a partir dos quatro meses 
passa a exercitar a coordenação visomotora: um 
importante avanço no desenvolvimento neuromotor. 
A habilidade de sincronizar os olhos com as mãos 
para executar uma tarefa é primordial para a 
independência da criança e todo o processo de 
aprendizado que há por vir. 
Entre quatro e cinco meses começa a revelar 
percepção de profundidade, quando mostra noções 
de que um objeto está mais distante ou próximo que 
outro. 
Ao sexto mês de vida já apresenta boa acuidade 
visual. Não é igual a de um adulto, mas distingue 
contorno, cores e detalhes! Além disso, a coordena-
ção binocular e a capacidade de vergência dos olhos 
(para realizar movimentos de convergência e 
divergência) estão bem desenvolvidos, proporcionando ao 
pequeno uma visão tridimensional. 
É também com essa idade que a cor dos olhos começa a 
se definir, alcançando a coloração definitiva entre um e 
três anos de vida, de acordo com a concentração de 
pigmentos na íris. É comum que as crianças de pele mais 
clara tardem mais a definir a cor de seus olhos.
A partir do 6º. mês as funções visuais estão mais 
maduras e os olhinhos devem trabalhar juntos como um 
time para que haja uma fusão perfeita das imagens que 
cada olho envia para o cérebro e a criança possa ver bem. 
Ambos os olhos devem sincronizar seus movimentos ao 
seguir um estímulo em qualquer direção.
O sentido da visão é um importante aliado ao desenvolvimento motor e 
cognitivo. Até completar os doze meses há uma grande evolução na coordenação 
da visão com o movimento do corpo da criança. Com um ano, olhos, mãos e corpo 
trabalham em sintonia atrás de estímulos diver-
sos e ela já é capaz de detectar objetos menores, 
de discriminar bem distâncias e de perceber e 
desviar-se de obstáculos. Para isso, muda o foco 
entre perto e longe com mais rapidez e precisão. 
A cada dia sua consciência espacial e dimen-
sional está mais apurada! 
É assim que os bebês enxergam as coisas: 
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10 formas de estimular a visão enquanto brinca 
Fique de olho! O que esperar em cada fase 
e como estimular a criança até 1 ano. 
r 
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No 1º. mês – a criança percebe a luz, fixa brevemente o olhar e reage ao movimento de 
pessoas. Note se ela movimenta a cabeça em direção à claridade de janelas e lâmpadas. 
Dica 1: experimente ficar em um ambiente com baixa luminosidade e acender um abaju
para ver como ela reage ao estímulo luminoso (deve sentir-se um pouco incomodada e fecha
os olhos por um momento). 
Nesta fase também revela interesse por fisionomias 
humanas. 
Dica 2: pessoas que movimentam levemente seus 
rostos em frente à linha dos olhos do bebê devem 
agradar! E fazer um painel com fotos grandes de amigos e 
familiares (pais, avôs, irmãos, tios, primos) ao lado do 
trocador pode ser interessante e ela vai se acostumando 
com as pessoas do seu relacionamento. Mas imagens de 
quaisquer faces estão valendo: artistas, modelos, 
filósofos... o que inspirar. 
Entre o 2º e o 3º meses - com dois meses, já é possível observar ela 
fixar o olhar. 
Dica 3: aproveite momentos como o banhoe as trocas, em que 
a criança está a um alcance de 20-25cm de você, para fazer 
carinho, conversar, aproximar seu rosto do dela e receber 
“aquela troca de olhar” e ver seus olhos fixos e atentos aos seus. 
Com três meses, seus olhos acompanham o movimento de objetos em alto contraste que se 
movem lentamente. 
Dica 4: a uma distância de 15 a 20cm mova de um lado para o 
outro e de cima para baixo brinquedos que brilhem (com luzes 
que se acendem, espelhos, mas sem som). Objetos que 
tenham desenhos em preto, branco e vermelho e em cores 
vibrantes também são ótimos. Opte pelas cores primárias e 
desenhos ricos em formas e padrões em alto contraste. 
Os móbiles são ideais a partir desta fase! 
Entre o 3º e o 6º meses – o bebê passa a observar atentamente as próprias mãos e as 
movimenta diante dos seus olhos. Com melhor acuidade, distingue os pais de pessoas estranhas e 
reage aos seus reflexos no espelho. Ao longo dos meses aprende a sentar, rolar e vira a cabeça em 
qualquer direção. 
Note se ele explora o ambiente visualmente, localiza pessoas e objetos no espaço e busca-os 
ativamente. 
Dica 5: você pode mostrar um brinquedo de seu interesse por alguns segundos e afastar 
devagar até que saia do campo visual da criança, mas ainda esteja próximo. Ela vai tentar 
achar e agarrar o brinquedo com suas mãozinhas para examiná-lo. 
Perceba, por fim, que com o tempo o olhar começa a 
acompanhar objetos que caem no chão e rolam. 
Dica 6: brincar de rolar uma bola colorida a uma 
distância de dois palmos entre você e o bebê 
pode ser divertido! 
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Entre o 6º. e 12º. meses –toda oportunidade da criança explorar um espaço em segurança, de 
examinar objetos de diferentes formatos, texturas e cores e de incitá-la a começar a 
engatinhar e posteriormente andar e transpor obstáculos é saudável à continuidade do 
desenvolvimento do seu córtex visual. 
Dica 7: deixe-a sobre um tapete em um espaço com espelho, caixas 
com objetos e brinquedos. Vale peças coloridas de encaixe (com 
formas geométricas), figuras de animais, utensílios culinários, fitas e 
panos, bolas, cubos, argolas, livros táteis etc. Escolha materiais 
diversificados: plástico, metal, madeira, silicone, tecidos... 
Ela deve ter curiosidade de tirar os objetos da caixa, agarrar, olhar, 
levar à boca e ver o que acontece. Converse, explique o que é, veja 
como ela brinca e sugira formas de brincar também. Logo ela vai 
imitar! 
Dica 8: que tal encher recipientes e esvaziá-los, como colocar bolas 
coloridas (bolinha pula-pula) em garrafas de boca larga? Ou colocar 
peças coloridas em recipientes plásticos e transpô-las a outro ao 
final. 
Assim que o bebê está apto para engatinhar, a brincadeira ganha nova 
dinâmica. 
Dica 9: espalhe apenas alguns objetos em seu campo de visão em 
distâncias diferentes para estimular acomodação visual. Empurre 
carrinhos, role bola, garrafas ou cilindros para ele seguir e tentar 
parar.
E o desafie! 
Dica 10: feche um corredor e ao final mostre um brinquedo de sua 
preferência; ao longo do caminho deixe obstáculos para ele transpor. 
Se for um objeto interessante, ele deverá parar e examinar, se for um 
pufe, deve tentar desviar e seguir adiante até o fim do corredor. 
visão na infância 
E lembre-se!
Cada criança é única e tem seu próprio 
ritmo. Algumas podem apresentar os sinais 
de desenvolvimento visual indicados mais 
ou menos rápido que outras. O mais 
importante é que você perceba que 
existe uma evolução da resposta visual ao 
longo do tempo. 
Se tudo estiver indo bem, aos seis meses 
agende uma consulta com o oftalmolo-
gista, de preferência um oftalmopediatra. 
Com as suas observações e os exames de 
rotina o médico poderá avaliar com quali-
dade funções como a adaptação à lumino-
sidade, a acuidade visual, a percepção de 
cores e de contraste, os movimentos e o 
alinhamento oculares, o campo visual e a 
visão de profundidade. 
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 17 sinais de problemas de visão que
você pode reconhecer em casa
Como você pode ver, é no primeiro ano de vida que o sistema ocular 
de uma criança saudável se desenvolve mais fortemente, evoluindo até 
que entre 5 e 7 anos de idade a visão seja completa, atingindo a 
maturidade por volta dos dez anos. 
Reconhecer o quanto antes qualquer sinal de dificuldade de enxergar 
é o ideal. Diagnósticos tardios podem afetar criticamente o desen-
volvimento cognitivo, social e motor e a resposta ao tratamento é 
mais complexa.
Mas os pais e responsáveis não devem estar sozinhos nessa missão. A 
visita periódica ao pediatra e ao oftalmologista, informando sempre os 
comportamentos observados é o melhor caminho para a prevenção. 
Em casa é possível notar alterações grosseiras nos olhos como 
manchas brancas, diferença de cor e de tamanho entre os olhos, 
pálpebras caídas, lacrimejamento excessivo, olhos que brilham no 
escuro e desvios (estrabismo). 
Atenção para situações corriqueiras 
que podem passar despercebidas e que 
muitas vezes podem parecer engraçadas. 
Se a criança não reconhece pessoas, 
brinquedos e outros objetos, tropeça 
muito, tromba com móveis, assiste TV e 
usa tablets e smartphones muito de perto 
e sempre em uma mesma posição é para 
se preocupar. 
Na fase escolar, ficar atento se há dificuldades para ler um 
texto, copiar matéria, seguir linhas ao escrever. Ou se há desinteresse, 
dispersão para atividades que exigem maior esforço visual. Dores de 
cabeças e náuseas também podem vir associadas aos comportamentos 
observados acima. E no primeiro sinal de alerta, agende uma visita ao 
oftalmologista (se possível, um oftalmopediatra)! 
 
Fique alerta! Quando o 
bom desenvolvimento da 
visão pode estar em risco 
na infância? 
Alterações visíveis nos olhos:
Manchas brancas nos olhos
Diferença de cor e de tamanho 
entre os olhos
Pálpebras caídas
Lacrimejamento excessivo
Olhos que brilham no escuro
Desvios permanentes ou intermi
tentes (estrabismo)
Um olho permanece parado en-
quanto o outro se movimenta
-
Comportamentos no dia a dia:
Não reconhece pessoas, brinquedos e outros 
objetos a certa distância
Tropeça muito ao caminhar
Tromba com móveis
Segura livros, assiste TV e usa tablets e smart-
phones muito de perto 
Em atividades que exigem atenção, esfrega com 
frequência os olhos, mesmo sem estar 
notadamente cansado
Tem dificuldade para copiar matérias 
Confundem-se ao ler um texto sem usar o dedo 
para acompanhar as linhas
Vira ou inclina a cabeça, ou fecha um dos olhos 
para ver melhor
Queixa de dores de cabeça e náuseas 
Mostra desinteresse, dispersão para atividades 
que exigem maior esforço visual 
visão na infância 
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Como uma simples fotografia do bebê 
pode revelar alterações nos meios oculares 
Ao nascer, o neném faz o teste do olhinho (reflexo vermelho). Mas, alguns problemas podem surgir mais 
tarde e com o flash da câmera fotográfica você pode notar alterações nas estruturas internas do olho. 
Quando a luz do flash atravessa os meios oculares transparentes (córnea, cristalino, humor vítreo) e atinge a 
retina, o reflexo do olho será vermelho (ou em tons laranja) e redondinho. Isso é bom sinal! 
No entanto, um reflexo da pupila branco, róseo ou amarelo é motivo de 
alerta, pois pode ser indicativo de algumas doenças graves: catarata, des-
colamento de retina, retinopatia da prematuridade, malformação da retina, 
endoftalmite (infecção intraocular), anomalia vascular da retina e tumor 
intraocular (retinoblastoma). 
O ideal é que o reflexo vermelho seja igual nos dois olhos. Na foto, 
quando apenas um olho aparece vermelho e o outro mais escuro pode também 
sinalizar que algo não está bem. 
Mas asfotografias precisam ser tiradas em condições ideais e nada substitui o exame do especialista!
 
COMO FAZER A FOTO? 
5 dicas importantes: 
Posicione-se de frente para a criança; 
Assegure que ela olhe diretamente para a lente da câmera;
Opte por um fundo mal iluminado;
Mantenha o dispositivo de redução de olhos vermelhos desligado;
Acione o flash. 
visão na infância 
Qual a rotina ideal de exames oftalmológicos? 
Ao nascerem, os bebês são examinados geralmente por médicos neona-
tologistas. Os pais raramente recebem a recomendação de levar seus filhos ao 
oftalmologista para realizar um exame completo de visão antes dos seis meses de idade. 
Mas há um porém! Prematuros requerem atenção especial. Quando admitidos em 
unidades de tratamentos intensivos ao nascimento, eles têm maior risco de desenvolver 
do-enças oculares que podem levar à cegueira ou à baixa visão como: retinopatia da 
prematuridade, erros refrativos (grau), estrabismo e comprometimento do sistema 
nervoso central. 
No caso de prematuros, o primeiro exame deve ser feito entre quatro e seis semanas de 
vida pelo especialista. Após este exame, serão decididos a frequencia das reavaliações e 
como será o acompanhamento durante todo o primeiro ano de vida. 
Se tudo estiver bem, até os dois anos, a partir do 6º. mês as consultas devem ser 
semestrais. E após essa idade, anuais. A periodicidade pode mudar conforme recomen-
dações do oftalmologista nas consultas periódicas, que avaliará riscos relacionados ao 
histórico gestacional, predisposições genéticas e outros fatores observados. 
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Crédito de Imagens
Capa: rosto-bebe, por Pixabay; Pág. 01: olho-preto-
e-branco, por Crissy Pauley, Free Images; Pág. 02: 
exame-de-vista, por Maria Amélia Franco, Visão na 
Infância; Pág. 03: lego-braille-bricks, por Dorina 
Nowill Foundation/Lew’Lara\TBWA; Pág. 04: 
menino-olhos-fechados, por Stockvault, Freepik; 
Pág. 05: menina-estimulacao-visual, por Suellen 
Polati, Visão na Infância; Pág. 06: olhar, por 
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cerebro, por Marcelo Bittencourt, Visão na Infância; Pág. 09: close-
bebe, por Anna Brett, Freepik; Pág. 10: bebe-brincando, por Patrick 
Jayne e Thomas; Pág. 11: close-rosto-bebe, por Rasmus Svinding, 
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painel-fotos-estimulacao-bebe, por Tempo Junto; banho-bebe, 
arquivo pessoal, Visão na Infância; Pág. 14: mobile-espiral-
contraste-bebe-conforto, por Aliexpress; bebe-brincando-com-
diferentes-tipos-de-bolas, por Tempo Junto; Pág.15: espaco-
estimulacao- bebe, por The Imagination Tree; engatinhando-com-
obstaculos, por Playing and learning begins at home; Pág. 16: bebe-
com-bola, por Pixabay; Pág. 17: bebe-bricando-mae, por Nenetus, 
Free Digital Photos; criança-correndo-e-caindo, por Jamie 
Campbell; menina-escrevendo, por Woodley Wonder Works; 
menino-lendo-livro, por Jose A. Warletta, FreeImages; Pág. 18: 
bebe-estrabismo, por Mjtmail-Tiggy; Pág. 19: criança-
retinoblastoma, por kinderaugenkrebsstiftung-de; olho-sem-
reflexo-vermelho, por Chect; olho-com-reflexo-branco, por Chect; 
Pág. 20: cover-test, por Maria Amélia Franco, Visão na Infância; Pág. 
21: olho-camera, por FreePik; Pág. 22: pilha-de-livros-oculos, por 
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visão na infância 
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