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1 FARMÁCIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS INTRODUÇÃO O controle de qualidade é imprescindível para assegurar a confiabilidade dos medicamentos disponibilizados à população brasileira. Na indústria farmacêutica, o controle de qualidade realizado é de fundamental importância para garantir a qualidade do produto final, e , consequentemente, do medicamento comercializado ao paciente. Para garantir que os medicamentos disponíveis no mercado farmacêutico sejam seguros e eficazes, é necessário que estes sigam todas as normas técnicas para a produção e o controle de qualidade. Alem dos ensaio s para aprovação, 2 todos os medicamentos devem passar também por estudos de estabilidade ( OLIVEIRA , 2009) Em relação à algumas propriedades, os comprimidos devem apresentar estabilidades físicas e química desintegrando-se no tempo previsto, ser pouco friáveis, apresentar integridade e superfície lisa e brilhante, sendo destrutivos de alguns defeitos como falhas fissuras e contaminação. Os comprimidos podem ainda sofrer variações entre si, em relação à espessura, diâmetro tamanho, peso , forma, dureza , características de desintegração, dependendo do método de fabricação e da finalidade da sua utilização. Durante a produção de comprimidos, estes fatores devem ser controlados a fim de assegurar a aparência do produto e a sua eficácia terapêutica (PEIXOTO,2005) A Farmacopéia Brasileira relata que o ensaio realizado para estabelecer o peso médio , consiste em pesar individualmente , 20 comprimidos, em balança analítica, e dividir o peso total pela quantidade de unidades pesadas, obtendo o peso médio. O teste de dureza se aplica, principalmente, a comprimidos não revestidos, permitindo determinar a resistência do comprimido ao esmagamento ou a ruptura sob pressão radial, através de um a parelho denominado durômetro. A friabilidade é realizada no Friabilômetro, aparelho que consiste em um cilindro rotativo, que gira em torno de seu eixo a uma velocidade de 25 rotações por minuto. O teste d e termina a resistência dos comprimidos à abrasão , quando submetidos à ação mecânica e se aplica, unicamente , a comprimidos não revestidos (MESSA , 2014). No que diz respeito à qualidade microbiológica, devem ser identificadas as forma de contaminação direta e indireta, tais como matérias-primas, água, equipamento, materiais de embalagem, ambientes e operadores. O armazenamento e distribuição/transporte e o uso final pelo paciente devem igualmente ser considerados ( Denyer & Baird, 2007)(Pinto, et al., 2015). Os métodos de identificação microbiana geralmente utilizada para produtos farmacêuticos são os descritos em compêndios oficiais, como farmacopeia brasileira (Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2010) e farmacopéia americana (United States Pharmacopeia, 2016). Estes são métodos tradicionais que envolvem duas etapas: 1) enriquecimento da cultura 3 microbiana em meios não seletivos; e 2) identificação usando meios de cultura para o crescimento seletivo e/ou testes bioquímicos. Normalmente, esses métodos são trabalhosos, uma vez que envolvem vários meios de cultura seletiva , e pode levar até semanas (Denyer & Baird, 2007) É muito importante avaliar a qualidade dos medicamentos fabricados por laboratórios farmacêuticos no Brasil, uma vez que estes produtos encontram -se disponível à população em farmácias e drogarias. É importante avaliar a qualidade de comprimidos através dos testes de peso médio, dureza e friabilidadade. AULA 1 – Ensaios de identificação de matérias- primas. OBJETIVO Utilizamos métodos baseados em reações químicas para identificação de excipiente e substância ativa em matérias-primas. 1. IDENTIFICAÇÃO DE LACTOSE EM MATÉRIA-PRIMA PROCEDIMENTO Juntamos 5 mL de hidróxido de sódio SR (6,5%) a 5 mL de solução saturada quente de lactose e aquecemos ligeiramente, obtendo um líquido amarelo e depois marrom-avermelhado. Adicionamos 3 gotas de sulfato cúprico SR (12,5%), produzindo um precipitado vermelho. 4 Imagem 1 – Identificação de Lactose Fonte: Acervo pessoal. RESULTADO Quando adicionamos hidróxido de sódio a solução de lactose saturada quente, essa mistura fez com que os açucares da lactose fossem liberados, que sofreram redução com o calor, e teve a quebra do açúcar. Adicionamos sulfato cúprico, que corou de vermelho indicando a presença de lactose, pelo fato da lactose reduzir o cobre. 2. IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) EM MATÉRIA- PRIMA MÉTODO A 5 PROCEDIMENTO Fervemos 0,1 g de AAS com 5 mL de água destilada por 5 minutos em um béquer tampado com vidro de relógio, resfriamos e adicionamos 2 gotas de cloreto férrico a 9%, uma cor violeta foi produzida devido à formação de ácido salicílico. Imagem 2 – Identificação de ácido acetilsalicílico (AAS) - Parte A Fonte:Acervo pessoal RESULTADO O teste do cloreto férrico baseia-se no fato de que o ácido salicílico tem uma hidroxila fenólica e o AAS não tem tal hidroxila fenólica.. O cloreto férrico reage com a hidroxila fenólica do ácido salicílico formando um complexo de cor roxa. Como sabemos, o AAS deriva da reação do ácido salicílico com o anidrido acético. Se houver formação de cor roxa quando se adiciona cloreto férrico a aspirina sintetizada, isso quer dizer que ainda sobraram moléculas de ácido salicílico sem reagir. Se não houver mudança de amarelo para roxo, indica que não existem mais hidroxilas fenólicas. Portanto, não existe presença de ácido salicílico, e a reação foi um sucesso. 6 MÉTODO B PROCEDIMENTO Fervemos 0,5 g de AAS com 10 mL de NaOH a 6,5% por 5 minutos, adicionamos 10 mL de ácido sulfúrico diluído (a 10%), um odor de ácido acético é perceptível e um precipitado é produzido (ácido salicílico). Filtramos o precipitado, adicionamos ao filtrado 3 mL de etanol e 3 mL de ácido sulfúrico concentrado (com cuidado, em capela) e aquecemos (chapa de aquecimento na capela), um odor de acetato de etila é perceptível. Imagem 3 - Identificação de ácido acetilsalicílico (AAS) - Parte B Fonte: Acervo pessoal RESULTADO Quando adicionamos o anidrido acético com o ácido salicílico formou um liquido branco homogêneo apesar de ser difícil a dissolução. Quando adicionamos o ácido sulfúrico verificamos um aumento de temperatura e conforme intensifica a temperatura um odor forte semelhante a vinagre sobe. 7 Após o aquecimento fizemos a filtração do precipitado e formou um líquido transparente.Os cristais formados são muitos e de pequenas dimensões. AULA 2- Identificação de cloretos em produto acabado. OBJETIVO: Utilizamos o ensaio limite para cloretos na identificação de cloridrato de metformina em comprimidos. PROCEDIMENTO Pesamos 20 comprimidos de metformina, trituramos eles em um gral de porcelana até obter um pó fino.O peso dos comprimidos foi de 12,13g , com uma média de 0,607g por comprimidos. Preparamos dois tubos de ensaio A e B , e colocamos 3 gotas de ácido nítrico S.R. (12%) para acidificar os 2 tubos, adicionamos mais 3 gotas de nitrato de prata S.R. (4%) em ambos os tubos (houve um precipitado branco cremoso). Imagem 3 - Identificação de cloridrato de metformina 8 Fonte: Acervo pessoal RESULTADO No tubo A ,adicionamos solução de amônia S.R. (10%) o precipitado se solubilizou (indicando a presença de cloretos na amostra). No tubo B, adicionamossolução de ácido nítrico S.R. (70%) o precipitado não se solubilizou (indicando a presença de cloretos na amostra). Aula 3 - Determinação de teor de cloridrato de metformina em comprimidos através de método espectrofotométrico no UV. OBJETIVO Utilizamos o método de espectrofotometria no UV para o doseamento de cloridrato de metformina em comprimidos. PROCEDIMENTO Pesamos 20 comprimidos de cloridrato de metformina e foi realizado o respectivo peso médio (PM), utilizando o teor declarado fornecido pelo fabricante, pulverizamos os 20 comprimidos utilizando gral de porcelana e pistilo até a obtenção de pó bem fino. Transferimos a quantidade de pó equivalente a 0,100 g de cloridrato de metformina para balão volumétrico de 250 mL e foi diluído com 150 mL de água, agitamos mecanicamente por 15 minutos e completamos o volume do balão com o mesmo solvente. Filtramos e após filtrar diluímos sucessivamente até a concentração final de 0,001% (p/V), sempre utilizando a água como solvente. Preparamos a solução padrão na mesma concentração anterior, utilizando o mesmo solvente. Medimos as absorbâncias das soluções resultantes em 232 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calculamos o teor de C4H11N5·HCl na amostra de comprimidos a partir das leituras obtidas. Calculo para equivalência 607mg ----------------500mg X--‐------------------100mg 9 X=121,4mg do comprimido triturado para obter 100mg de metformina. Imagem 4 – Doseamento de comprimidos de metformina Fonte: Acervo pessoal RESULTADO Os comprimidos analisados devem conter, no mínimo, 95,0%, e, no máximo, 105,0% da quantidade declarada de cloridrato de metformina (C4H11N5·HCl). Aula 4 - Ensaios físicos em formas farmacêuticas e matérias-primas. 10 OBJETIVO Utilizamos os ensaios físicos para caracterização de comprimidos e matéria - primas. PROCEDIMENTO 1. DETERMINAÇÃO DE PESO MÉDIO DE COMPRIMIDOS AMOSTRA: comprimidos de AAS Pesamos, individualmente, 20 comprimidos e determinamos o peso médio. TOLERÂNCIA: no máximo duas unidades fora dos limites especificados, e nenhuma acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas. 2. DETERMINAÇÃO DA ALTURA E DIÂMETRO DE COMPRIMIDOS AMOSTRA: comprimidos de AAS Determinamos com um paquímetro, a altura e o diâmetro de 20 comprimidos, depois anotamos os valores individuais e calculamos a média aritmética. 3. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE COMPRIMIDOS AMOSTRA: comprimidos de AAS FRIABILIDADE Determinamos o peso total dos comprimidos – Pi, ajustamos o aparelho para a velocidade e tempo adequados para um total de 100 rotações. Colocamos os comprimidos no aparelho (devidamente limpo) e ligamos, após o tempo do teste, retiramos os comprimidos do aparelho e pesamos novamente, desprezando os fragmentos menores e o pó gerado (Pf). Calcular a porcentagem de perda de peso pela expressão: F = (Pi – Pf) x 100/Pi Em que: F = friabilidade (%) Pi = peso inicial Pf = peso final 11 F= 12,89 – 12,86 x 100/ 12,89 F = 0,03 x 100/ 12,89 F = 3/12,89 F= 0,23% DUREZA Determine a dureza de 10 comprimidos, anotamos os valores individuais e calculamos a média aritmética. 1. DETERMINAÇÃO DA FAIXA DE FUSÃO AMOSTRA: AAS matéria-prima Preparamos a amostra e equipamento conforme as especificações, determinamos a faixa de fusão, anotamos os valores obtidos. O ponto de fusão do AAS foi de 135•C , sendo a especificação de 143•C do ponto de fusão pela FB 6.ed., 2019 Imagem 5- Ensaios físicos em AAS Fonte: Acervo pessoal 12 RESULTADO Está conforme, a perda máxima de não mais que 1,5% é considerada aceitável para a maioria dos produtos. A friabilidade dos comprimidos é influenciada pelo teor de umidade do granulado e do comprimido final. Os comprimidos são colocados no friabilômetro para determinar a durabilidade do comprimido Esse aparelho determina a friabilidade do comprimido, ou a tendência à erosão Mecânica, após permitir que ele role e sofra queda dentro de um tambor. Os comprimidos são pesados antes e após um número especificado de rotações (20rpm), e qualquer perda de peso indica a habilidade do comprimido para resistir ao atrito durante o manuseio, acondicionamento e transporte. Em geral os comprimidos devem ser suficientemente duros para resistir à ruptura durante o manuseio e frágeis o bastante para se desintegrar após a digestão. O monitoramento da dureza do comprimido é especialmente importante para garantir a biodisponibilidade da droga. O ponto de fusão do AAS foi de 135•C , sendo a especificação de 143•C do ponto de fusão pela FB 6.ed., 2019 Os comprimidos são colocados no aparelho chamado de durômetro. O comprimido deve estar bem centralizado e firme. Aplique força (8-16Kgf), olhando sempre para o comprimido. Quando o comprimido se partir, faça a leitura. O comprimido deve se partir até 17Kgf, do contrário será reprovado. AULA 5 - Preparo de materiais para o controle de qualidade microbiológico. OBJETIVO: Aprender como manusear e preparar todos os materiais utilizados no controle microbiológico. Para o cultivo e identificação de microrganismos, usam-se soluções e substâncias nutritivas chamadas meios de cultura, que devem atender às exigências nutricionais das espécies a serem cultivadas. 13 Quanto a composição química, podem ser: Meios sintéticos (os componentes são quimicamente definidos) e Meios complexos (quando se adicionam ao meio substâncias complexas, como por exemplo, extrato de carne, peptona, sangue, etc). Em relação ao estado físico, podem ser líquidos, também denominados de caldos, ou sólidos. PARTE 1 1. Agar saboraud Material: Agar saboraud ----------- 65g H2O destilada -------------- 1000ml Procedimento: Pesamos 65g de agar saboraud e colocamos em um Becker em 1 litro de água. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsen, para total dissolução. Após, colocamos a solução em uma garrafa de vidro âmbar,levamos para a autoclave ate chegar em 121 °C , deixamos por 15 minutos fechada para eliminar todos os micro-organismos resistentes. Imagem1- Preparação de agar saboraud Fonte:Acervo pessoal 14 2. Agar Mc counkey Material: Agar Mc counkey ----------- 51,5g H2O destilada -------------- 1000ml Procedimento : Pesamos 51,5g de Agar Mc counkey e colocamos em um Becker em 1 litro de água. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsen, para total dissolução. Após, colocamos a solução em uma garrafa de vidro âmbar, levamos para a autoclave ate chegar em 121°C , depois deixamos por 15 minutos fechada para eliminar todos os micro-organismos resistentes. Imagem 2- Agar Mc counkey Fonte:Acervo pessoal 3. Agar caseína Material: Agar caseína ----------- 40g H2O destilada -------------- 1000ml Procedimento: Pesamos 40g de Agar caseína e colocamos em um Becker em 1 litro de água. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsen, para 15 total dissolução. Após, colocamos a solução em uma garrafa de vidro âmbar, levamos para a autoclave ate chegar em 121°C , depois deixamos por 15 minutos fechada para eliminar todos os micro-organismos resistentes. Imagem3- Agar caseína Fonte: Acervo pessoal 4. Agar Manitol Material: Agar manitol ----------- 118g H2O destilada -------------- 1000ml Procedimento: Pesamos 118g de Agar Manitol e colocamos em um Becker com 1 litro de agua. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsen, para total dissolução. Após, colocamos a solução em uma garrafa de vidro âmbar, levamos para a autoclave ate chegar em 121 °C , depois deixamos por 15 minutos fechada para eliminar todos os micro-organismos resistentes. 16Imagem 4- Agar Manitol Fonte: acervo pessoal PARTE2 A escolha da técnica para o cultivo de microrganismos varia de acordo com o tipo de meio de cultura e a finalidade do cultivo, porém algumas regras devem ser seguidas nas inoculações. PROCEDIMENTO Colocamos os meios em placas, enquanto esfriam, aproveitamos e coletamos a amostra da narina em aula prática, depois mergulhamos a alça de platina esterilizada na cultura bacteriana fizemos estrias em cada divisão, utilizando da melhor forma possível toda a superfície da placa. Após Incubamos as placas de forma invertida, depois do período de incubação retiramos para análise. Imagem 4- Processo de preparação Placas de Petri 17 Fonte:Acervo pessoal A prática desenvolvida utilizando placas de Petri contendo meios de cultura alternativo permite o crescimento de micro-organismos provenientes de amostra coletada em aula prática , permitindo a identificação de diferentes tipos de micro-organismos. Imagem 5 – Placas de Petri para análise microbiologia. Fonte:Acervo pessoal AULA 6 - Determinação do número de micro-organismos em amostras de produtos não estéreis (xarope de iodeto de potássio), utilizando método de semeadura em profundidade ou “Pour Plate” OBJETIVO Treinarmos a técnica das diluições seriadas decimais e a realização da semeadura em profundidade. PROCEDIMENTO 1. Preparação da amostra e diluições seriadas decimais. Processo de quantificação de micro organismo. Os meios de cultura devem ser próprios para cada tipo de micro-organismos. 18 Realizou-se o processo de diluição, de unidades de formadoras de colônia , em meios de cultura.Trituramos amendoim e colocamos 1g em 9ml de solução fisiológica e diluímos em 4 tubos de ensaio. O processo de diluição foi de 1/100. Em seguida realizamos o plaqueamento das diluições com ponteiras descartáveis com as quatro diluições de cada tubo e selecionamos qual placa apresentou melhor resultado de identificação e quantificação da bactéria . 2. Semeadura em profundidade. Preparamos 2 placas petri com manitol, S.Aureus, TSA (Aguar Caseína de Soja) bactérias e Saboraud fungos, deixamos em repouso para gelificante, realizamos o estriamentos em todas as placas com straptoccocos aureus , e com o auxílio de swabs passamos no aparelho celular e nas unhas de uma das alunas. Deixou-se em incubação por 15 dias. Imagem 6- Diluições seriadas e semeadura em profundidade. Fonte: Acervo pessoal RESULTADO Ao determinar as características de um microrganismo, ele deve estar em cultura pura, ou seja, em que todas as células na população são idênticas no sentido de que elas se originaram de uma mesma célula parental.Em laboratório, os microrganismos são cultivados ou desenvolvidos em material nutriente denominado meio de cultura. O tipo de meio utilizado depende de vários fatores. 19 A técnica Pour Plate consiste em fazer uma prévia diluição da amostra e colocar em uma placa de Petri vazia e depois derramar o meio sobre a amostra e agitar para homogeneizar a amostra diluída com o meio de cultura. AULA 7 - Metodologia analítica para pesquisa de micro-organismos patogênicos em amostras de produtos não estéreis (xarope de iodeto de potássio) OBJETIVO Executar as técnicas convencionais de enriquecimento não seletivo, enriquecimento seletivo e isolamento na pesquisa de micro-organismos específicos em produtos não estéreis. PROCEDIMENTO 1. Enriquecimento não seletivo da amostra para pesquisa de Staphylococcus aureus (preparo prévio) Pipetamos 1 mL da amostra, depois transferimos para um tubo de ensaio contendo 9 mL de caldo caseína-soja previamente esterilizado e homogeneizamos, incubamos em estufa a 35-37 °C durante 24-48 horas (TuboI). 2. Enriquecimento não seletivo da amostra para pesquisa de Escherichia coli (preparo prévio): Pipetamos1 mL da amostra, transferimos para um tubo de ensaio contendo 9 mL de caldo lactosado previamente esterilizado e homogeneizamos, incubamos em estufa a 35-37 °C durante 24-48 horas (Tubo II). 3. Isolamento seletivo dos micro-organismos: 3.1. Isolamento de Staphylococcus aureus: 20 Utilizamos Tubo I, obtido em 1, transferimos uma alçada do material enriquecido para uma placa de Petri com 20 mL de ágar manitol previamente preparado e esterilizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento, repetindo o mesmo procedimento anterior utilizando o micro-organismo padrão, retirando uma alçada da cultura fresca e transferindo-a para uma 2a placa de Petri com ágar manitol; Incubou-se ambas as placas em estufa a 35-37 °C durante 24-48 horas. Figura 7- Técnica de esgotamento em ágar Manitol (Staphylococcus aureus) Fonte: acervo pessoal 3.2. Isolamento de Escherichia coli Utilizamos o Tubo II, obtido em 2, transferimos uma alçada do material enriquecido para uma placa de Petri com 20 mL de Ágar Mac Conkey previamente preparado e esterilizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento. Repetiu-se o mesmo procedimento anterior utilizando o microrganismo padrão, retirando uma alçada da cultura fresca e transferindo-a para uma 2a placa de Petri com Ágar Mac Conkey; Incubou-se ambas as placas em estufa a 35-37 °C durante 24-48 horas. Imagem 8 - Técnica de esgotamento em ágar Mac Conkey (Escherichia coli) 21 Fonte: Acervo pessoal Crescimento de microrganismo padrão - Escherichia coli (colônia rosa) em ágar Mac Conkey 2) Crescimento de microrganismo padrão – Staphylococcus aureus (colônia amarela) em ágar Manitol. RESULTADO O método de estriamento por esgotamento é realizado com a obtenção de colônias puras e isoladas para posterior identificação dos micro-organismos isolados. Por isso, foram tomados os devidos cuidados na execução da técnica, flambando a alça de platina, utilizando a zona estéril formada pelo bico de Bunsen. Iniciando a semeadura com uma pequena quantidade de material, tomando os devidos cuidados durante a semeadura para que não fosse perfurado ou rasgado o ágar, realizando o maior número de estrias as possíveis. Nos resultados da incubação não houve crescimento de microrganismos sob pesquisa na amostra de xarope, comparando as placas de inoculação da amostra com as placas de inoculação dos microrganismos padrão. Houve crescimento somente nas placas de microrganismos padrão que foram Escherichia coli semeada em ágar mac conkey e Staphylococcus aureus semeada em ágar manitol. CONCLUSÃO Para execução de uma boa semeadura, certas precauções especiais devem ser observadas pelo manipulador, com o fim de preservar a pureza do cultivo e 22 minimizar os riscos de infecção ou intoxicação no Laboratório.O descarte do material utilizado foi seguido conforme as Normas Internacionais de Segurança e os materiais resultantes da aula foram descartados em recipientes apropriados, para encaminhamento ao descarte ou descontaminação, pelos técnicos do laboratório de acordo com as normas vigentes. REFERÊNCIAS A IMPORTÂNCIA da Placa de Petri para procedimentos com meio de cultura | Prolab. Disponível em: https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos- aplicacoes/a-importancia-da-placa-de-petri-para-procedimentos-com-meio-de- cultura/. Acesso em: 2 maio 2023. BENSON, Harold J. Microbiological Applications Laboratory Manual in General Microbiology. 8 ed. 2001. 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Allen Jr et al. 8ª ed. - Porto Alegre: Artmed, 2007.Acesso 30 de abril 2023. LA ROCA, M. F.; SOBRINHOJ. L. S.; NUNE, L. C. C.; NETO, P. J. R. Desenvolvimento e validação de método analítico: passo importante na produção de medicamentos. Revista Brasileira Farmacologia, Recife, v. 88, n. 4, p. 177-180, 2007. Acesso 03 maio de 2023. Massabni, A. C. (2006). Aspirina. Química viva (Conselho regional de Química): Instituto de Química/UNESP. Acesso 04 maio 2023 na URLhttps://www.crq4.org.br/quimica_viva__aspirina. MOISÉS, Ricardo P. Tecnologia de produção de comprimidos. Fármacos & Medicamentos, Rio de Janeiro, n. 38, p38-46. Acesso 05 de maio 2023. OLIVEIRA, C.A.F., FILHO, J.B.M.R., ANDRADE, L.R., “Identificação de Ácido Salicílico em Produtos Dermatológicos Utilizando -se Materiais Convencionais”, http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_2/08-EEQ2310.pdf. Acesso 05 maio 2023. 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