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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOPEDIATRIA
ANAMNESE DETALHADA:
- Identificação
- Histórico familiar
- História médica/odontológica
- Alterações sistêmicas
- Alergias
- Peso (cálculo de medicamento)
ATENÇÃO: prescrição – duas formulações – preferência às líquidas – maior concentração e menor volume = dose administrada será menor – prevenir vômito
Xaropes – cuidado com a concentração de açúcar
FORMAS FARMACÊUTICAS: 
· Sólidas (comprimidos, drágeas, cápsulas_ - para pacientes maiores de 12 anos
· Líquidas (solução oral, gotas, solução injetável)
São as mais utilizadas na odontopediatria
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: 
· Enteral (bucal/oral/ sublingual/ retal)
- A vida oral é a mais utilizada – fácil aplicação
- Via bucal – medicações tópicas (soluções, géis, dentifrícios)
· Parenteral (intravenosa/ intramuscular/ subcutânea/ respiratória/ tópica)
PRESCRIÇÃO: 
- Normas legais: nome, data, CRO, nome e endereço profissional
- Legível
- Para que a receita? 
Orientar, limitar automedicação, incluir cuidados pós-operatórios, é um instrumento legal
· Legível
· Não usar abreviaturas
· Explicar os horários
· Ajudar com símbolos
· Evitar uso de “se dor” ou “se necessário”
· Validade de 30 dias
· Explicar todas as informações contidas na prescrição
EXISTEM 3 TIPOS DE PRESCRIÇÃO:
· Receita comum
- Maioria dos medicamentos
- Industrializados ou manipulados
- À mão ou digitada
- Talonário encomendado pelo dentista ou clínica
DEVE CONTER:
1. Identificação do profissional
2. Identificação do paciente
3. Forma de uso do medicamento
4. Nome do medicamento ou substância ativa + dosagem + quantidade prescrita
5. Posologia + intervalo + tempo do tratamento
6. Data + assinatura do profissional + carimbo
· Receita de controle especial
- Para medicamentos que apresentam substâncias com controle especial
- Odontopediatria (Hidrato de Cloral) – sedativo
- Todos os antimicrobianos (ANVISA)
- Deve conter TODOS os dados da receita comum
- Deve ser feita em duas vias 
· Notificação de receita do tipo B
- Para medicamentos presentes da lista B1 (portaria 344/98 – ANVISA)
- Exemplo: Diazepam/ Midazolam
- Talonário especial (emitido pela Vigilância Sanitária do município em que trabalha)
- Acompanhado da receita comum (papel descritivo e informativo ao paciente sobre a utilização)
CÁLCULO DE DOSES:
· Até 30 kg – dose pediátrica
· Maior que 30kg – dose de adulto
- A dose máxima pediátrica não deve ultrapassar a dose de adulto
- Muitos medicamentos já possuem a dose definida com base no peso
QUANDO O MEDICAMENTO NÃO APRESENTAR A DOSE PEDIÁTRICA:
Regra de Clark:
Pacientes com menos de 30 kg - (dose de adulto X peso da criança) / 70
Regra de Law:
Paciente com menos de 1 ano – (idade da criança, em meses) X dose de adulto /150
OBS: Quando não soubermos o peso da criança: (Idade x 2) + 9 = peso aproximado
DOR: Na odontologia, a dor é de origem inflamatória, definida como uma resposta protetora do organismo, com o objetivo de libertá-lo da causa inicial da lesão.
CONTROLE DA SOR NO PACIENTE INFANTIL:
· Anestésicos locais
· Analgésicos opioides ou não opioides
· Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e anti-inflamatórios esteoroidais
ATENÇÃO: AAS – ácido acetilsalicílico (aspirina)/ Nimesulida -não é indicado para crianças = risco de síndrome de Reye – lesões cerebrais e hepáticas graves
ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES:
- Indicado para dor de leve a moderada
- Deve ser prescrito em esquemas fixos por 24 a 48horas, quando se prevê a ocorrência de dor
- Evitar uso de “se dor”
- Paracetamol ou Dipirona sódica
PARACETAMOL (Acetaminofen):
· Suspensão oral (100mg/ml)
- Dose: 10 a 15 mg/kg/dose
- A cada 6 horas
- 1 gota por kg
· Gotas (200 mg/ml)
- 1 gota/kg
- 4x ao dia (6 em 6 horas)
- Dose limite: 35 gotas/dose
DE MODO GERAL:
-Não exceder 5 administrações / dia
-Não usar no período maior que 5 dias, pode causar hepatite medicamentosa
-Crianças menores de 2 anos ou com menos de 11 kg = consultar o médico
-Contraindicado em pessoas com hepatite ou alergia
DIPIRONA SÓDIA:
· Solução oral (50mg/ml)
- Dose: 6 -15 mg/kilo/dose
- De 6 em 6 horas
· Gotas (500mg/ml)
- 1 gota/ 2kg (6-15 mg/kg/dose)
- 6 em 6 horas
DE MODO GERAL:
-Diabéticos – receitar Novalgina
-É proibida em alguns países (possibilidade de causar doenças metabólicas)
-Contraindicada em bebês, menores de 3 meses ou menos de 5kg
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
- Dor/inflamação moderada a severa
- Podem ser esteroidais ou não
- Os AINES, são a primeira escolha – Ibuprofeno, Nimesulida (maiores de 14 anos)
- Esteroidais (corticoides) – Betametasona
IBRUPROFENO 
(50 mg/ml):
- Dose máxima:40 gotas
- 1 ou 2 gotas por kg
- 1 gota/kg = função analgésica
- 2 gotas/kg = função anti-inflamatória
- De 6 em 6 horas ou de 8 em 8
(100mg/ml):
- Dose máxima: 20gotas
- 1 gota por kg
- De 6 em 6 ou de 8 em 8 horas
ANTIVIRAIS
- Geralmente o ciclo viral dura de 3 a 7 dias
- Os antivirais podem ajudar na redução da duração da dor e o tempo de cura, e às vezes prevenir a recorrência
- Usado em casos de gengivoestomatite herpética primária (GEHA)
ACICLOVIR (200 ou 400 mg)
- Comprimido
- Dose pediátrica: de 2 a 12 anos – 200mg / maiores de 12 anos ou com mais de 30kg – 400mg
- Uso: em casos mais graves de GEHA, de 6 em 6 horas, duração de 5 a 7 dias
ANTIFÚNGICOS
 - Geralmente utilizados na abordagem da Candidose Oral
- Infecção oportunista superficial
NISTATITA (1000.000 UI/ml)
- Dose pediátrica: 1ml
- A partir de 12 anos ou maiores de 30kg: 5-10ml
- Uso: ½ a 1 conta gotas em cada canto da boca. Realizar bochechos, seguido de deglutição, utilizar de 6 em 6 horas, por 5 ou 7 dias
MICONAZOL (20mg)
- Gel oral
- Usado em crianças a partir de 6 meses
-Uso: aplicar pequena quantidade, com haste de algodão sobre a área afetada. Utilizar de 6 em 6 horas, de 5 a 7 dias
CONTROLE DA INFECÇÃO NO PACIENTE INFANTIL
· Infecções dentais - geralmente localizadas.
· Prioridade: tratamento não medicamentosos
· Se houver comprometimento sistêmico (dor, febre, adenopatias, prostração) ou celulite: ANTIBIOTICOTERAPIA
· Prevenir instalação de um processo infeccioso: PROFILAXIA ANTIBIÓTICA
Atenção: uso indiscriminado de antibiótico vem refletindo no aumento de microrganismos resistentes aos fármacos disponíveis
AMOXICILINA (125 ou 205 mg/5ml - 50mg/kg/dia) 
Utilizar de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas, de 5 a 7 dias – não exceder 1,5 g/dia
AZITROMICINA (200mg/5ml - 10mg/kg/dia)
Dose única (1x ao dia) de 3 a 5 dias
CLINDAMICINA (300mg - 20 a 30kg/dia)
Utilizar de 6 em 6 horas, sendo a dose máxima =1,8/dia. Apresentação em cápsula
ENDOCARDITE INFECCIOSA
· Condição rara, porém, grave
· É uma alteração inflamatória exudativa e proliferativa do endocárdio
· Pode provocar febre, sopros cardíacos, anemia, petéquias, fenômenos embólicos
· A entrada de bactérias no sistema circulatório, pode ocorrer após procedimentos odontológicos
· Estreptococos do grupo viridans, altamente associados
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA NO PACIENTE INFANTIL
· Portadores de válvulas cardíacas protéticas
· História prévia de endocardite infecciosa
· Defeito cardíaco congênito (menos de 6 meses)
· Portadores de doenças cardíacas congênitas
· Transplantados cardíacos
Esquema posológico para profilaxia antibiótica:
Amoxicilina – 50mg 
Clindamicina – 20mg 
Azitromicina – 15mg 
Claritromicina – 15mg 
-Via oral, regime de dose única (30 a 60 minutos antes do procedimento)
OBS: antibióticos contraindicados para crianças – tetraciclinas, quinolonas, clorafenicol (recém-nascido)
COMO CALCULAR A DOSE DO MEDICAMENTO PARA CRIANÇAS:
PASSO 1: Qual a dose máxima para o paciente?
Dose máxima geral --------------------------- 1kg
Dose máxima paciente ------------------------ Peso em kg
 X= mg/dia
PASSO 2: Qual a concentração da dose?
Administrada: vezes ao dia
X/ vezes ao dia = Ymg/dose
PASSO 3: Qual a quantidade de cada dose?
Concentração da medicação (mg) -----------------5ml
 Y (mg) --------------- ZZ=ml/dose
ANSIOLÍTICOS – BENZODIAZEPÍNICOS
- Depressão do sistema nervoso central
- Ansiolíticos mais conhecidos e seguros
- Midazolam e Diazepam

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