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Poxviridae Disciplina: Virologia III (MIP00071) Curso: Medicina Veterinária Departamento de Microbiologia e Parasitologia Instituto Biomédico Universidade Federal Fluminense Século XI: China e Índia VARIOLAÇÃO Fonte: www.nytimes.com Fonte: www.cdcc.sc.usp.br O vírus da varíola Cowpox x Smallpox Jenner (1798) inoculou material das mãos de ordenhadoras (Cowpox) e desafiou uma criança com varíola (Smallpox). Vacina – Vacca Poxvirus Vacinação - Histórico vírus vivo em suspensão, obtido por vacinação de carneiros e bovinos vacinação foi interrompida em 30 de janeiro de 1980 Vacinação - Histórico Revolta da vacina primeiro vírus humano erradicado (1980) Poxvirus Poxvirus Partícula viral: 300nm de diâmetro envelopado Capsídeo: simetria complexa Genoma: DNA ds linear: codifica mais de 200 proteínas virais Harrison S C et al. PNAS 2004;101:11178-11192 Vaccinia virus, a representative poxvirus: virion structure (A) contêm diversas enzimas para a síntese e modificação de mRNA realizam a sua replicação inteiramente no citoplasma Poxvirus Os poxvírus codificam todas as enzimas necessárias para a transcrição e replicação do genoma viral. Também trazem, nos vírions, as enzimas para a produção e modificação dos mRNA para a síntese de suas proteínas, o que os tornou independentes do núcleo celular. Poxvirus Os hospedeiros naturais de várias espécies de ortopoxvírus incluem várias espécies de roedores silvestres. Maior incidência no outono (maior população roedores) Orthopoxvirus - antigenicamente relacionados ; utilizado em vacina para induzir imunidade protetora contra os demais. Varíola bovina Diferentes poxvírus podem estar envolvidos na sua etiologia: - Cowpox virus (CPXV): varíola bovina genuína - Vaccinia virus (VACV): vírus utilizado na vacinação contra a varíola humana -Variante Cantagalo (1999) No Brasil, a doença é causada pelo Vírus Vaccínia (VACV) zoonose ocupacional Varíola bovina – variante Cantagalo Mapa do Brasil. Os triângulos indicam estados que confirmaram a detecção de vírus semelhante ao vaccinia em mamíferos, de 1970 a 2011. Vírus Cantagalo Medeiros-Silva et al. Braz J Infect Dis 2010; 14(2):129-134 Kroon et al. Antiviral Research, Volume 92, Issue 2, 2011, 150 - 163 Varíola bovina – outras variantes Isolados de VACV no Brasil: Cotia virus (SpAn232 virus - SAV): roedores – floresta em Cotia, SP 1961 BeAn 58058 virus (BAV): roedores sentinelas - floresta em Belém, PA 1963 Cantagalo virus (CTGV) : bovinos e ordenhadores em RJ 1999 Araçatuba virus (ARAV): bovino e ordenhador em SP 1999 Muriae virus (MURV): bovinos e ordenhadores em MG 2000 Guarani P1 virus (GP1V) e Guarani P2 virus (GP2V): bovinos e ordenhadores em MG 2001 Passatempo virus (PSTV): bovinos e ordenhadores em MG,2003 Tocantins: macacos capuchinho e black-howling, 2010 Pelotas 1 (P1V) e Pelotas 2 (P2V): cavalos, 2011 Qual a origem do Br-VACV? Br-VACV originou-se a partir de uma amostra de vírus da vacina (utilizada durante o programa de erradicação da varíola humana), que acumulou várias mutações durante ciclos de transmissão em hospedeiros selvagens, e recentemente emergiu causando surtos de varíola bovina Os isolados de Br-VACVS são filogeneticamente separados das amostras de vacina usadas no Brasil. VACV isolados de animais selvagens são diferentes das amostra vacinais. Br-VACV circula em uma população – reservatório selvagem desconhecido. E algumas destas amostras são transmitidas acidentalmente aos hospedeiros (bovinos e humanos) dependendo das condições geográficas e biológicas. Transmissão: Dentro do rebanho: mãos dos ordenhadores ventosas das ordenhadeiras. A penetração dos vírus se dá por soluções de continuidade em lesões pré-existentes nas tetas e úbere das vacas Entre fazendas: introdução de animais doentes no rebanho - ordenhadores que entram em contato com animais doentes em outras propriedades - manipulação de latões de leite contaminados - presença de roedores silvestres que podem funcionar como reservatórios do vírus são citados Varíola bovina ? ? Varíola bovina - transmissão Varíola bovina –sinais clínicos Microscopia eletrônica: Material a ser enviado: crostas fluído das lesões biopsias de pele Varíola bovina – diagnóstico Isolamento viral: Cultura de células Membrana corioalantoide http://www.virology.ws/2009/12/10/influenza-virus-growth-in-eggs/ Nagasse-Sugahara T K et al. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo vol.46 no.6 2004 Isolamento viral: Ovos embrionados: inoculação na membrana corioalantoide pocks Varíola bovina – diagnóstico Detecção do genoma viral: PCR Nagasse-Sugahara T K et al. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo vol.46 no.6 2004 Árvore filogenética de 8 isolados brasileiros de VACVs. Trindade et al. Emerg. Infect Dis. 13 (7), 2007. Varíola bovina – diagnóstico Varíola bovina – prevenção e controle Bouba aviária Subtipos: Poxvírus aviário – avianpoxvirus Poxvírus de peru – turkeypoxvirus Poxvírus de canários – canarypoxvirus Bouba aviária - transmissão aves suscetíveis de qualquer idade, sexo e linhagens a transmissão mecânica por artrópodes é o provável mecanismo de transmissão e disseminação dos diferentes avipoxvírus para as diversas espécies de aves. Contato direto das aves infectadas Água e/ou alimento contaminados ou superfícies contaminadas Ave febril com crescimento retardado e dificuldade respiratória Lesões envolvendo toda a área da cabeça (olhos, crista, barbela, narinas e ouvidos) de uma ave infectada. Bouba cutânea: lesões crostosas nodulares nas partes desprovidas de penas Bouba diftérica: lesões diftéricas no trato digestivo e respiratório superior (dispnéia, inapetência, descarga nasal e ocular, placas amareladas na boca) Ave com lesões ou placas localizadas na boca, garganta e orifício traqueal com cancros amarelados. Bouba aviária Prevenção: Vacina : 1º dia de vida (vacina atenuada) In ovo: 18º dia de incubação Bouba aviária Inoculação no folículo da pena ou por escarificação da asa ou da perna
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