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Anatomia em anestesiologia Larissa Gonçalves Cunha Rios Nervo trigêmio ! Quinto par de nervos cranianos ! Maior nervo craniano ! Possui três ramos: ! Oftálmico ! Maxilar ! Mandibular ! Nervo misto: sensitivo e motor Por Patrick J. Lynch, medical illustrator ! Ramo oftálmico – sensitivo ! Ramo maxilar – sensitivo ! Ramo mandibular – misto - sensitivo - motor Nervo trigêmio ! Raiz sensitiva: inervação dos dentes, ossos e tecidos moles da cavidade oral. ! Raiz motora: músculos da mastigação e outros músculos da região. Nervo trigêmio Divisão maxilar (v2) ! 4 ramos: - Ramo no crânio - Ramos na fossa pterigopalatina - Ramos no canal infra-orbitário - Ramos na face Ramos da fossa pterigopalatina !N. nasais !N. palatinos !N. alveolar superior posterior Ramos do canal infra-orbitário !N. alveolar superior anterior !N. alveolar superior médio Ramos na face !R. palpebral inferior !R. nasais externos !R. labiais superiores Divisão maxilar (v2) Nervo alveolar superior anterior ! Áreas anestesiadas ! Incisivo central, lateral e canino (superiores ipsilateral) ! Osso alveolar adjacente ! Tecidos periodontais adjacentes ! Mucosa vestibular ! Periósteo ! Lábio superior http://www.hs-menezes.com.br/ Nervo alveolar superior médio ! Áreas anestesiadas ! Pré-molares e raiz MV do 1º molar(superiores ipsilateral) ! Osso alveolar adjacente ! Tecidos periodontais adjacentes ! Mucosa vestibular ! Periósteo Obs.: presente em 72 % dos pacientes Nervo alveolar superior posterior ! Áreas anestesiadas: ! Molares superiores, com exceção da raiz mesiovestibular do primeiro molar ! Osso alveolar adjacente ! Tecidos periodontais adjacentes ! Mucosa vestibular ! Periósteo Nervo infra-orbital ! Áreas anestesiadas ! Anestesia pulpar e dos tecidos moles bucais, desde o incisivo central superior até os pré- molares ! Osso alveolar adjacente ! Tecidos periodontais adjacentes ! Mucosa vestibular ! Periósteo ! Pálpebra inferior ! Asa do nariz ! Lábio superior Nervo palatino maior ! Emerge pelo forame palatino maior, que se localiza cerca de 1 cm em direção à linha média palatina, imediatamente a distal do segundo molar superior. http://www.hs-menezes.com.br/anestesia_1_32.html Nervo palatino maior ! Áreas anestesiadas ! posterior do palato duro e ! tecido mole sobre jacente desde pré-molar até 3° molar superior ! Medialmente até a a linha média do palato Nervo nasopalatino ! Localização: ! Linha média; ! 1 cm posterior aos incisivos ! Áreas anestesiadas ! anterior do palato duro ! Tecidos moles e duros ! Medial do 1º molar direito a medial do 1º molar esquerdo Divisão mandibular (V3) !Considerações !Divisão anterior !N.Bucal !Divisão posterior !N. lingual !N. alveolar inferior !N. incisivo !N. mentoniano !N. milo-hioideo !Naurículo-temporal Nervo alveolar inferior !Considerações !Sensitivo !I n e r v a : o s s o a l v e o l a r, l igamento per iodontal e tecidos pulpares dos molares e pré-molares inferiores !Antes de entrar no canal mandibular passa entre o ramo da mandíbula e o ligamento esfenomandibular Nervo lingual !Considerações !Sensitivo !Imediatamente abaixo da mucosa no sulco lingual lateral, ligeiramente atrás do 3º molar !Inervação: !2/3 anteriores da língua !Soalho da boca Nervo incisivo !Inervação: ! Osso alveolar, ligamento periodontal e polpa dos dentes anteriores da mandíbula; Nervo bucal !Considerações !Inervação: !Gengiva vestibular na região de molares inferiores Nervo mentoniano !Considerações !Inervação: !Gengiva vestibular anterior ao forame mentoniano !Inerva pele do mento !Mucosa do lábio !Pele do lábio Nervo mentoniano !Considerações !Inervação: !Gengiva vestibular anterior ao forame mentoniano !Inerva pele do mento !Mucosa do lábio !Pele do lábio Doses máximas anestésicos locais SAL ANESTÉSICO QUANTIDADE MÁXIMA POR QUILO/ LIDOCAÍNA 2% 7mg/ 500mg MEPIVACAÍNA 3% 6.6mg/ 400mg BUPIVACAÍNA 0,5% 2mg/nenhuma dose especificada ARTICAÍNA 4% 7mg/ nenhuma dose especificada PRILOCAÍNA 3% 8mg/ 600mg Vasoconstritores ! Adrenalina ! * Dose máxima: * Pacientes Normais: 0,2mg por consulta ! 1:50.000 = 5 tubetes ! 1:100.00 = 11 tubetes ! 1:200.000 = 22 tubetes * Pacientes cardiopata grave: 0,04mg por consulta ! 1:50.000 = 1 tubete ! 1:100.000 = 2 tubetes ! 1:200.000 = 4 tubetes Técnicas anestésicas em Odontologia Prof.Ms. Larissa Gonçalves Cunha Rios Anestesia tópica Este deve ser o primeiro passo para a realização da anestesia local. A anestesia tópica tornará menos incomoda a punção anestésica posterior. CAPÍTULO 11 Técnica Básica de Injeção 159 o risco de introdução de materiais sépticos nos tecidos moles, produzindo inflamação ou infecção. Os antissépticos incluem Betadine® (povidona-iodo) e Merthiolate® (timerosal). Antis - sépticos contendo álcool podem causar ardência do tecido mole e devem ser evitados. (Essa etapa é opcional; todavia, a etapa anterior [No 5] de secar o tecido não deve ser eliminada). ◆ Etapa 7A: Aplique um anestésico tópico. Um anestésico tópico é aplicado depois do antisséptico tópico. Tal como o antisséptico tópico, ele deve ser aplicado somente no local da penetração da agulha. Com grande frequência são usadas quantidades excessivas de anestésico tópico em grandes áreas de tecido mole, produzindo áreas indesejavelmente amplas de anestesia (p. ex., o palato mole, a faringe), um gosto desagradá - vel na boca e, talvez ainda mais importante no caso de alguns anestésicos tópicos (como a lidocaína), a absorção rápida pelo sistema cardiovascular (SCV), ocasionando níveis sanguíneos mais altos do anestésico local, o que aumenta o risco de intoxi - cação por doses excessivas. Somente uma pequena quantidade de anestésico tópico deve ser colocada sobre a haste aplicadora revestida de algodão e aplicada diretamente no local da injeção (Fig. 11-4). Os anestésicos tópicos produzem anestesia dos 2 ou 3 mm mais externos da membrana mucosa; esse tecido é bastante sen- sível. Idealmente o anestésico tópico deve permanecer em contato com o tecido por 2 minutos para assegurar sua eficácia. 10,11 É recomendado um tempo mínimo de aplicação de 1 minuto. ◆ Etapa 7B: Comunique-se com o paciente. Durante a aplicação do anestésico tópico é desejável que o operador converse com o paciente a respeito das razões para seu uso. Diga ao paciente: “Estou aplicando um anestésico tópico ao tecido, de modo que o restante do procedimento vai ser muito mais confortável.” Essa declaração coloca na mente do paciente uma expectativa positiva em relação à injeção que vai ser aplicada. Veja que as palavras injeção, aplicação, dor e doer não são usadas. Essas palavras têm conotação negativa; elas tendem a aumentar os temores do paciente. Termos mais positivos (p. ex., menos ameaçadores) podem ser usados em lugar deles. “Adminis- trar o anestésico local” é usado em lugar de “Dar uma injeção” ou “Dar uma aplicação”. Esta última expressão é uma escolha de palavras particularmente ruim e deve ser evitada. É usada comumente por dentistas canadenses a palavra congelar, como em “Vou te congelar agora”. Uma frase como “Isso não vai doer” também deve ser evitada. Os pacientes ouvem apenas a palavra doer, ignorando o resto da frase. O mesmo ocorre com a pala - vra dor. Uma alternativa a isso é a palavra desconforto. Embora seu significado seja semelhante, desconforto é muito menos ameaçador e não provoca tanto medo. ◆ Etapa 8: Estabeleça um apoio firme para a mão. Depois de o algodão com anestésico tópico ser removido do tecido, deve-se pegar a seringa de anestésico local preparada (Capí- tulo 9). É essencial manter controle completo o tempo todo. Fazer isso exige uma mão firme, de modo que a penetração dos tecidospossa ser efetuada facilmente, com precisão e sem cortes inadvertidos nos tecidos. Faz-se necessário um apoio firme para a mão. Os tipos de apoio para a mão variam de acordo com as preferências, as antipatias e a capacidade física do profissional. Pessoas com dedos longos podem apoiar os dedos na face do paciente para muitas injeções; aquelas com dedos curtos podem precisar de apoios para o cotovelo. As Figuras 11-5 a 11-7 ilustram vários apoios para a mão e os dedos que podem ser usados para estabilizar a seringa de anestésico local. Figura 1 1 -2. A gaze esterilizada é usada para secar delicadamente o tecido no local de penetração da agulha. Figura 1 1 -3. A gaze esterilizada também pode ser usada para auxiliar na retração dos tecidos. Figura 1 1 -4. Uma pequena quantidade do anestésico tópico é colocada no ponto de penetração da agulha e mantida nesse lugar por pelo menos 1 minuto. CAPÍTULO 11 Técnica Básica de Injeção 159 o risco de introdução de materiais sépticos nos tecidos moles, produzindo inflamação ou infecção. Os antissépticos incluem Betadine® (povidona-iodo) e Merthiolate® (timerosal). Antis - sépticos contendo álcool podem causar ardência do tecido mole e devem ser evitados. (Essa etapa é opcional; todavia, a etapa anterior [No 5] de secar o tecido não deve ser eliminada). ◆ Etapa 7A: Aplique um anestésico tópico. Um anestésico tópico é aplicado depois do antisséptico tópico. Tal como o antisséptico tópico, ele deve ser aplicado somente no local da penetração da agulha. Com grande frequência são usadas quantidades excessivas de anestésico tópico em grandes áreas de tecido mole, produzindo áreas indesejavelmente amplas de anestesia (p. ex., o palato mole, a faringe), um gosto desagradá - vel na boca e, talvez ainda mais importante no caso de alguns anestésicos tópicos (como a lidocaína), a absorção rápida pelo sistema cardiovascular (SCV), ocasionando níveis sanguíneos mais altos do anestésico local, o que aumenta o risco de intoxi - cação por doses excessivas. Somente uma pequena quantidade de anestésico tópico deve ser colocada sobre a haste aplicadora revestida de algodão e aplicada diretamente no local da injeção (Fig. 11-4). Os anestésicos tópicos produzem anestesia dos 2 ou 3 mm mais externos da membrana mucosa; esse tecido é bastante sen- sível. Idealmente o anestésico tópico deve permanecer em contato com o tecido por 2 minutos para assegurar sua eficácia. 10,11 É recomendado um tempo mínimo de aplicação de 1 minuto. ◆ Etapa 7B: Comunique-se com o paciente. Durante a aplicação do anestésico tópico é desejável que o operador converse com o paciente a respeito das razões para seu uso. Diga ao paciente: “Estou aplicando um anestésico tópico ao tecido, de modo que o restante do procedimento vai ser muito mais confortável.” Essa declaração coloca na mente do paciente uma expectativa positiva em relação à injeção que vai ser aplicada. Veja que as palavras injeção, aplicação, dor e doer não são usadas. Essas palavras têm conotação negativa; elas tendem a aumentar os temores do paciente. Termos mais positivos (p. ex., menos ameaçadores) podem ser usados em lugar deles. “Adminis- trar o anestésico local” é usado em lugar de “Dar uma injeção” ou “Dar uma aplicação”. Esta última expressão é uma escolha de palavras particularmente ruim e deve ser evitada. É usada comumente por dentistas canadenses a palavra congelar, como em “Vou te congelar agora”. Uma frase como “Isso não vai doer” também deve ser evitada. Os pacientes ouvem apenas a palavra doer, ignorando o resto da frase. O mesmo ocorre com a pala - vra dor. Uma alternativa a isso é a palavra desconforto. Embora seu significado seja semelhante, desconforto é muito menos ameaçador e não provoca tanto medo. ◆ Etapa 8: Estabeleça um apoio firme para a mão. Depois de o algodão com anestésico tópico ser removido do tecido, deve-se pegar a seringa de anestésico local preparada (Capí- tulo 9). É essencial manter controle completo o tempo todo. Fazer isso exige uma mão firme, de modo que a penetração dos tecidos possa ser efetuada facilmente, com precisão e sem cortes inadvertidos nos tecidos. Faz-se necessário um apoio firme para a mão. Os tipos de apoio para a mão variam de acordo com as preferências, as antipatias e a capacidade física do profissional. Pessoas com dedos longos podem apoiar os dedos na face do paciente para muitas injeções; aquelas com dedos curtos podem precisar de apoios para o cotovelo. As Figuras 11-5 a 11-7 ilustram vários apoios para a mão e os dedos que podem ser usados para estabilizar a seringa de anestésico local. Figura 1 1 -2. A gaze esterilizada é usada para secar delicadamente o tecido no local de penetração da agulha. Figura 1 1 -3. A gaze esterilizada também pode ser usada para auxiliar na retração dos tecidos. Figura 1 1 -4. Uma pequena quantidade do anestésico tópico é colocada no ponto de penetração da agulha e mantida nesse lugar por pelo menos 1 minuto. Técnicas anestésicas maxilares Infiltração local Bloqueio de campo Bloqueio de nervo Injeção supraperiosteal A injeção supraperiosteal, mais comumente (porém, incorreta- mente) chamada de in ltração local, é a técnica de anestesial local usada com mais frequência para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores. o emprego de injeções supraperiosteais para anestesia pulpar em múltiplos dentes leva à administração de um maior volume de solução do anestésico local 190 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia Indicações 1. Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes 2. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. 2. Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de insucesso (ainda que não de maneira significativa). Vantagens 1. Alta taxa de sucesso (>95%) 2. Injeção tecnicamente fácil 3. Em geral é totalmente atraumática Desvantagens. Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de adminis- tração de volumes totais maiores do anestésico local. Aspiração Positiva. Desprezível, mas possível (<1%). Alternativas. Injeção no LPD, IO, bloqueio nervoso regional. Técnica 1. É recomendada agulha de calibre 27. 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado 4. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente 5. Orientação do bisel*: voltado para o osso 6. Procedimento: a. Preparar o tecido no local de injeção. (1) Limpar com gaze seca estéril. (2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. c. Levantar o lábio e tensionar o tecido. d. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente (Fig. 13-5). e. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta (Tabela 13-1). Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. g. Aspirar duas vezes. (1) Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixeos tecidos inflarem como um balão.) h. Retirar a seringa lentamente. Figura 1 3-5. A seringa deve ser mantida paralela ao eixo longo do dente e inserida na parte alta da prega mucovestibular sobre o dente. *As orientações do bisel são especificadas para todas as técnicas de injeção nos Capítulos 13 e 14. A orientação do bisel da agulha não é um fator signifi- cativo no sucesso ou falha de uma técnica de injeção e não há necessidade de seguir rigidamente essas recomendações; todavia, haverá uma expectativa de anestesia com sucesso se elas forem obedecidas, desde que todos os ou - tros princípios técnicos e anatômicos sejam mantidos. Em geral, sempre que possível o bisel da agulha deve estar voltado para o osso, de maneira que, no evento improvável de que a agulha entre em contato com o osso, o bisel irá deslizar sobre o periósteo, provocando um menor desconforto, sem dilacerá-lo. Caso o bisel não esteja voltado para o osso, a extremidade pontiaguda da agulha entrará em contato com o periósteo, dilacerando-o e ocasionando uma injeção mais dolorosa (subperiosteal). O desconforto pós-injeção é consideravelmente maior se ela for subperiosteal, comparada com uma injeção supraperiosteal. Figura 1 3-4 . Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. Note a área anestesiada (amarela). Injeção supraperiosteal Indicações Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita Contraindicações Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. Osso denso recobrindo os ápices dentários(só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). Técnica 1. É recomendada agulha de calibre 27. 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado 4. Pontos de referência: a. Prega muco vestibular b. Coroadodente c. Contorno da raiz do dente 5. Orientação do bisel*: voltado para o osso 190 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia Indicações 1. Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes 2. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. 2. Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de insucesso (ainda que não de maneira significativa). Vantagens 1. Alta taxa de sucesso (>95%) 2. Injeção tecnicamente fácil 3. Em geral é totalmente atraumática Desvantagens. Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de adminis- tração de volumes totais maiores do anestésico local. Aspiração Positiva. Desprezível, mas possível (<1%). Alternativas. Injeção no LPD, IO, bloqueio nervoso regional. Técnica 1. É recomendada agulha de calibre 27. 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado 4. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente 5. Orientação do bisel*: voltado para o osso 6. Procedimento: a. Preparar o tecido no local de injeção. (1) Limpar com gaze seca estéril. (2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. c. Levantar o lábio e tensionar o tecido. d. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente (Fig. 13-5). e. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta (Tabela 13-1). Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. g. Aspirar duas vezes. (1) Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.) h. Retirar a seringa lentamente. Figura 1 3-5. A seringa deve ser mantida paralela ao eixo longo do dente e inserida na parte alta da prega mucovestibular sobre o dente. *As orientações do bisel são especificadas para todas as técnicas de injeção nos Capítulos 13 e 14. A orientação do bisel da agulha não é um fator signifi- cativo no sucesso ou falha de uma técnica de injeção e não há necessidade de seguir rigidamente essas recomendações; todavia, haverá uma expectativa de anestesia com sucesso se elas forem obedecidas, desde que todos os ou - tros princípios técnicos e anatômicos sejam mantidos. Em geral, sempre que possível o bisel da agulha deve estar voltado para o osso, de maneira que, no evento improvável de que a agulha entre em contato com o osso, o bisel irá deslizar sobre o periósteo, provocando um menor desconforto, sem dilacerá-lo. Caso o bisel não esteja voltado para o osso, a extremidade pontiaguda da agulha entrará em contato com o periósteo, dilacerando-o e ocasionando uma injeção mais dolorosa (subperiosteal). O desconforto pós-injeção é consideravelmente maior se ela for subperiosteal, comparada com uma injeção supraperiosteal. Figura 1 3-4 . Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. Note a área anestesiada (amarela). Técnica Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta . Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. 190 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia Indicações 1. Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes 2. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. 2. Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de insucesso (ainda que não de maneira significativa). Vantagens 1. Alta taxa de sucesso (>95%) 2. Injeção tecnicamente fácil 3. Em geral é totalmente atraumática Desvantagens. Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de adminis- tração de volumes totais maiores do anestésico local. Aspiração Positiva. Desprezível, mas possível (<1%). Alternativas. Injeção no LPD, IO, bloqueio nervoso regional. Técnica 1. É recomendada agulha de calibre 27. 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado 4. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente 5. Orientação do bisel*: voltado para o osso 6. Procedimento: a. Preparar o tecido no local de injeção. (1) Limparcom gaze seca estéril. (2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. c. Levantar o lábio e tensionar o tecido. d. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente (Fig. 13-5). e. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta (Tabela 13-1). Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. g. Aspirar duas vezes. (1) Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.) h. Retirar a seringa lentamente. Figura 1 3-5. A seringa deve ser mantida paralela ao eixo longo do dente e inserida na parte alta da prega mucovestibular sobre o dente. *As orientações do bisel são especificadas para todas as técnicas de injeção nos Capítulos 13 e 14. A orientação do bisel da agulha não é um fator signifi- cativo no sucesso ou falha de uma técnica de injeção e não há necessidade de seguir rigidamente essas recomendações; todavia, haverá uma expectativa de anestesia com sucesso se elas forem obedecidas, desde que todos os ou - tros princípios técnicos e anatômicos sejam mantidos. Em geral, sempre que possível o bisel da agulha deve estar voltado para o osso, de maneira que, no evento improvável de que a agulha entre em contato com o osso, o bisel irá deslizar sobre o periósteo, provocando um menor desconforto, sem dilacerá-lo. Caso o bisel não esteja voltado para o osso, a extremidade pontiaguda da agulha entrará em contato com o periósteo, dilacerando-o e ocasionando uma injeção mais dolorosa (subperiosteal). O desconforto pós-injeção é consideravelmente maior se ela for subperiosteal, comparada com uma injeção supraperiosteal. Figura 1 3-4 . Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. Note a área anestesiada (amarela). Técnica Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. Aspirar duas vezes. Retirar lentamente a agulha. 190 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia Indicações 1. Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes 2. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. 2. Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de insucesso (ainda que não de maneira significativa). Vantagens 1. Alta taxa de sucesso (>95%) 2. Injeção tecnicamente fácil 3. Em geral é totalmente atraumática Desvantagens. Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de adminis- tração de volumes totais maiores do anestésico local. Aspiração Positiva. Desprezível, mas possível (<1%). Alternativas. Injeção no LPD, IO, bloqueio nervoso regional. Técnica 1. É recomendada agulha de calibre 27. 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado 4. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente 5. Orientação do bisel*: voltado para o osso 6. Procedimento: a. Preparar o tecido no local de injeção. (1) Limpar com gaze seca estéril. (2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. c. Levantar o lábio e tensionar o tecido. d. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente (Fig. 13-5). e. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta (Tabela 13-1). Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. g. Aspirar duas vezes. (1) Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.) h. Retirar a seringa lentamente. Figura 1 3-5. A seringa deve ser mantida paralela ao eixo longo do dente e inserida na parte alta da prega mucovestibular sobre o dente. *As orientações do bisel são especificadas para todas as técnicas de injeção nos Capítulos 13 e 14. A orientação do bisel da agulha não é um fator signifi- cativo no sucesso ou falha de uma técnica de injeção e não há necessidade de seguir rigidamente essas recomendações; todavia, haverá uma expectativa de anestesia com sucesso se elas forem obedecidas, desde que todos os ou - tros princípios técnicos e anatômicos sejam mantidos. Em geral, sempre que possível o bisel da agulha deve estar voltado para o osso, de maneira que, no evento improvável de que a agulha entre em contato com o osso, o bisel irá deslizar sobre o periósteo, provocando um menor desconforto, sem dilacerá-lo. Caso o bisel não esteja voltado para o osso, a extremidade pontiaguda da agulha entrará em contato com o periósteo, dilacerando-o e ocasionando uma injeção mais dolorosa (subperiosteal). O desconforto pós-injeção é consideravelmente maior se ela for subperiosteal, comparada com uma injeção supraperiosteal. Figura 1 3-4 . Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. Note a área anestesiada (amarela). Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior NervosAnestesiados: Alveolar superior posterior e seus ramos. Áreas Anestesiadas Polpas do terceiro, segundo e primeiro molares superiores (todo o dente = 72%; raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não anestesiada = 28%) Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a estes dentes Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Indicações Tratamento de dois ou mais molares superiores Quando a injeção supraperiosteal está contraindicada (p. ex., na presença de infecção ou inflamação aguda) Quando a injeção supraperiosteal foi ineficaz Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Vantagens Atraumático; quando o boqueio do nervo ASP é executado corretamente, em geral o paciente não sente dor, pois o anestésico local é depositado em uma área de tecidos moles relativamente grande e porque não há contato com o osso. Taxa de sucesso elevada (> 95%) Menor número mínimo de injeções é necessário Uma injeção em comparação com a opção de três infiltrações Minimiza o volume total de solução anestésica local administrada Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Desvantagens Risco de hematoma, que geralmente é difuso; também é muito desconfortável e embaraçoso para o paciente Técnica até certo ponto arbitrária: não há pontos de referência ósseos durante a injeção É necessária uma segunda injeção para o tratamento do primeiro molar (raiz mesiovestibular) em 28% dos pacientes Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Técnica Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo molar superior Pontosde referência a. Prega mucovestibular b. Tuberosidadedamaxila c. Processozigomáticodamaxila 192 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia de penetração nos tecidos moles. Uma profundidade “média” de penetração em um paciente com crânio menor que a média pode produzir hematoma, enquanto uma agulha introduzida “na medida certa” em um paciente de crânio maior pode não produzir anestesia de nenhum dente. Como forma de reduzir o risco de formação de hematoma após um bloqueio do nervo ASP, o uso de agulha odontológica “curta” é recomendado para todos os pacientes, exceto os maiores. Como a profundidade média de penetração nos tecidos moles do local de inserção (a prega mucobucal acima do segundo molar superior) à área do nervo ASP é de 16 mm, a agulha odontológica curta (≈ 20 mm) pode ser usada com sucesso e segurança. Há menor probabilidade de inserção excessiva da agulha, reduzindo a um mínimo o risco de hematoma. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada desde que a aspiração seja efetuada cuidadosamente e o anestésico local, injetado lentamente. Deve-se lembrar de aspirar várias vezes antes e durante a deposição do fármaco durante o bloqueio do nervo ASP, para evitar a injeção intravascular inadvertidamente. Outros Nomes Comuns. Bloqueio da tuberosidade, bloqueio zigomático. Nervos Anestesiados. Alveolar superoposterior e seus ramos. Áreas Anestesiadas 1. Polpas do terceiro, segundo e primeiro molares superiores (todo o dente = 72%; raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não anestesiada = 28%) 2. Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a estes dentes (Fig. 13-6) Indicações 1. Tratamento de dois ou mais molares superiores 2. Quando a injeção supraperiosteal está contraindicada (p. ex., na presença de infecção ou inflamação aguda) 3. Quando a injeção supraperiosteal foi ineficaz Contraindicação. Quando o risco de hemorragia é muito gran- de (como no hemofílico), caso no qual é recomendada a injeção supraperiosteal ou do LPD. Vantagens 1. Atraumático; quando o boqueio do nervo ASP é executado corretamente, em geral o paciente não sente dor, pois o anestésico local é depositado em uma área de tecidos moles relativamente grande e porque não há contato com o osso. 2. Taxa de sucesso elevada (> 95%) 3. Número mínimo de injeções é necessário a. Uma injeção em comparação com a opção de três infiltrações 4. Minimiza o volume total de solução anestésica local administrada a. Volume equivalente de solução anestésica necessário para três injeções supraperiosteais = 1,8 ml Desvantagens 1. Risco de hematoma, que geralmente é difuso; também é muito desconfortável e embaraçoso para o paciente 2. Técnica até certo ponto arbitrária: não há pontos de referência ósseos durante a injeção 3. É necessária uma segunda injeção para o tratamento do primeiro molar (raiz mesiovestibular) em 28% dos pacientes Aspiração Positiva. Aproximadamente 3,1%. Alternativas 1. Injeções supraperiosteais ou do LPD para a anestesia da polpa e raiz 2. Infiltrações para os tecidos vestibulares periodontais e para os tecidos duros 3. Bloqueio do nervo maxilar Técnica 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada 2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo molar superior 3. Área-alvo: nervo ASP — posterior, superior e medial à borda posterior da maxila (Fig. 13-7) 4. Pontos de referência a. Prega mucovestibular Figura 1 3-6. Área anestesiada pelo bloqueio nervoso alveolar superoposterior (ASP). Superfície infratemporal da maxila; tube - rosidade da maxila. Figura 1 3-7 . Agulha na área-alvo para bloqueio nervoso alveolar superoposterior (ASP). Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Técnica Introduzir a agulha na altura alta da prega mucovestibular sobre o segundo molar Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás em um só movimento (não em três movimentos). (1) Para cima: superiormente em um ângulo de 45ºcom o plano oclusal. (2) Para dentro: medialmente em direção à linha média em um ângulo de 45 graus com o plano oclusal (3) Para trás: posteriormente em um ângulo de 45 graus com o eixo longitudinal do segundo molar - No adulto de tamanho normal, a penetração até uma profundidade de 16 mm colocará a ponta da agulha muito próxima do forame através do qual o nervo ASP entra na face posterior da maxila. Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Técnica Aspirar em dois planos. (1) Rotacionar o cilindro da seringa (bisel da agulha) um quarto de volta e aspirar novamente. l. Caso ambas as aspirações sejam negativas: Lentamente, durante 30 a 60 segundos, depositar 0,9 a 1,8 ml de solução de anestésico. Aspire algumas vezes(em um plano), durante a administração do fármaco. A anestesia do nervo ASP é geralmente atraumática, devido ao grande espaço tecidual disponível para acomodar a solução de anestésico e ao fato de que o osso não é tocado. 194 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia (2) Para dentro: medialmente em direção à linha média em um ângulo de 45 graus com o plano oclusal (Fig. 13-11) (3) Para trás: posteriormente em um ângulo de 45 graus com o eixo longitudinal do segundo molar i. Avançar lentamente através dos tecidos moles (1) Não deve haver resistência e, portanto, nenhum desconforto para o paciente. (2) Caso seja encontrada alguma resistência (osso), o ângulo da agulha em direção à linha média está muito grande. (a) Retirar ligeiramente a agulha (mas não removê-la totalmente dos tecidos) e aproximar o cilindro da seringa do plano oclusal. (b) Avançar a agulha novamente j. Avançar a agulha até a profundidade desejada (Fig. 13.11). (1) No adulto de tamanho normal, a penetração até uma profundidade de 16 mm colocará a ponta da agulha muito próxima do forame através do qual o nervo ASP entra na face posterior da maxila. Quando uma agulha longa é usada (comprimento médio de 32 mm), ela é introduzida até a metade de seu comprimento no tecido. Caso seja usada uma agulha curta (comprimento médio de 20 mm), aproximadamente 4 mm devem permanecer visíveis. (2) Em adultos menores e crianças, é prudente interromper o avanço da agulha curta antes de alcançar a profundidade de penetração habitual, para evitar possível hematoma causado por penetração excessiva. A penetração até uma profundidade de 10 a 14 mm coloca a extremidade da agulha na área-alvo na maioria dos pacientes de crânio pequeno. Nota: O objetivo é depositar o anestésico local próximo do nervo ASP, em localização posterossuperior e medial à tuberosidade da maxila. k. Aspirar em dois planos. (1) Rotacionar o cilindro da seringa (bisel da agulha) um quarto de volta e aspirar novamente. l. Caso ambas as aspirações sejam negativas: (1) Lentamente, durante 30 a 60 segundos, depositar 0,9 a 1,8 ml de solução de anestésico. (2) Aspire algumas vezes (em um plano), durante a administração do fármaco. (3) A anestesia do nervo ASP é geralmente atraumática, devido ao grande espaço tecidual disponível para acomodar a solução de anestésico e ao fato de que o osso não é tocado. m. Retirar a seringa lentamente. n. Proteger a agulha. o. Aguardar no mínimo, de 3 a 5 minutos antes de começar o procedimento odontológico. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: geralmente nenhum; o paciente tem dificuldade em alcançar esta região para determinar a extensão da anestesia 2. Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta do dente a uma estimulação máxima (80/80) 3. Ausência de dor durante o tratamento Aspectos de Segurança 1. Injeção lenta, aspirações repetidas 2. Não há referências de segurança anatômica para evitar a introdução excessiva da agulha; portanto, é necessária observação cuidadosa Precaução. A profundidade de penetração da agulha deve ser verificada; a introdução excessiva (muito profunda) aumenta o risco de hematoma; a introdução muito superficial ainda podeproporcionar anestesia adequada. Falhas da Anestesia 1. Agulha muito lateral. Para corrigir: redirecionar a extremidade da agulha medialmente (ver complicação 2). 2. A agulha não está suficientemente alta. Para corrigir: redirecionar a extremidade da agulha para cima. 3. Agulha muito posterior. Para corrigir: retirá-la até a profundidade apropriada. Figura 13-11. A, Com uma agulha odontológica “longa” (>32 mm de comprimento) no adulto de tamanho médio, a profundidade da penetração é de metade de seu comprimento. O uso de uma agu - lha “longa” no bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP) aumenta o risco de introdução excessiva e hematoma. B, Bloqueio do nervo ASP com a utilização de uma agulha odontológica “curta” (aproximadamente 20 mm de comprimento). A introdução excessiva é menos provável. Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Nervos Anestesiados. Alveolar superior médio e ramos ter - minais. Áreas Anestesiadas 1. Polpas do primeiro e segundo pré-molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior 2. Tecidos periodontais vestibulares e osso sobre estes mesmos dentes Indicações 1. Quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior 2. Procedimentos dentários envolvendo apenas os pré-molares superiores Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Contraindicações 1. Infecção ou inflamação na área da injeção ou de introdução da agulha ou de depósito do fármaco 2. Quando o nervo ASM está ausente, a inervação é feita por intermédio do nervo alveolar superoanterior (ASA); os ramos do ASA que inervam os pré-molares e a raiz mesiovestibular do primeiro molar podem ser anestesiados por meio da técnica do nervo ASM. Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Técnica Uma agulha curta ou longa de calibre 27 é recomendada. 2. Área de i n t r o d u ç ã o : a l t u r a d a p r e g a mucovestibular acima do segundo pré-molar superior Área-alvo: osso maxilar acima do ápice do segundo pré-molar superior Po n t o d e r e f e r ê n c i a : p r e g a mucovestibular acima do segundo pré-molar superior. 196 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia 5. Orientação do bisel: voltado para o osso 6. Procedimento: a. Assumir a posição correta (Fig. 13-14). (1) Para um bloqueio do nervo ASM direito, o administrador destro deve ficar de frente para o paciente na posição de 10 horas. (2) Para um bloqueio do nervo ASM esquerdo, o profissional destro deve ficar de frente para o paciente na posição de 8 ou 9 horas. b. Preparar os tecidos no local da injeção. (1) Secar com gaze estéril. (2) Aplicar antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. c. Distender o lábio superior do paciente para tensionar os tecidos e obter visibilidade. d. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-molar, com o bisel voltado para o osso. e. Penetrar a mucosa e avançar a agulha lentamente até que sua extremidade esteja localizada acima do ápice do segundo pré-molar (Fig. 13-15). f. Aspirar. g. Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml (de metade a dois terços do tubete) da solução (aproximadamente 30 a 40 segundos). h. Retirar a seringa e proteger a agulha. i. Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o tratamento odontológico. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: dormência do lábio superior 2. Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta do dente à estimulação máxima (80/80) 3. Ausência de dor durante o tratamento Aspectos de Segurança. Área relativamente avascular, ana - tomicamente segura. Precauções. Para evitar dor, não introduzir a agulha muito próxima do periósteo e não injetar rapidamente; o bloqueio do nervo ASM deve ser uma injeção atraumática. Falhas na Anestesia 1. A solução anestésica não foi depositada acima do ápice do segundo pré-molar a. Para corrigir: observar as radiografias e aumentar a profundidade de penetração 2. Deposição da solução muito longe do osso maxilar, com a agulha posicionada nos tecidos lateralmente à altura da prega mucovestibular a. Para corrigir: reintroduzir na altura da prega mucovestibular 3. Osso do arco zigomático no local da injeção, impedindo a difusão do anestésico a. Para corrigir: usar a injeção supraperiosteal, infraorbitária ou ASP em lugar do bloqueio do nervo ASM. Figura 1 3-1 5. Penetração da agulha para o bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM). Figura 1 3-1 4. Posição do administrador para o bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM) direito (A) e esquerdo (B). Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Técnica Distender o lábio superior do paciente para tensionar os tecidos e obter visibilidade. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré- molar, com o bisel voltado para o osso. Penetrar a mucosa e avançar a agulha lentamente até que sua extremidade esteja localizada acima do ápice do segundo pré-molar Aspirar. Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Técnica Depositar lentamente 0,9 a 1,2ml (de metade a dois terços do tubete) da solução (aproximadamente 30 a 40 segundos). Retirar a seringa e proteger a agulha. Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o tratamento odontológico. Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário) Técnica Uma agulha longa de calibre 25 ou 27 é recomendada, embora também se possa usar uma agulha curta de calibre 27, especialmente em crianças e em adultos menores. Área de inserção: altura da prega mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-molar superior Área-alvo: forame infraorbitário( abaixo da incisura infraorbitária). Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Incisura infraorbitária c. Forame infraorbitário Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário) Técnica Localizar o forame infraorbitário Palpar a incisura infraorbitária. Mover o dedo para baixo da incisura, aplicando pressão suave sobre os tecidos. O osso imediatamente abaixo da incisura é convexo (como uma protuberância), representando a borda inferior da órbita e o teto do forame infraorbitário C o n t i n u a n d o i n f e r i o r m e n t e , u m a concavidade será palpada; este é o forame infraorbitário. CAPÍTULO 13 Técnicas de Anestesia Maxilar 199 i. A agulha deve ser mantida paralela ao eixo longitudinal do dente enquanto é avançada, para evitar contato prematuro com o osso (Fig. 13-21). j. Avançar a agulha lentamente até que toque suavemente o osso. (1) O ponto de contato deve ser a borda superior do forame infraorbitário. (2) A profundidade aproximada da penetração da agulha será de 16 mm para um adulto de altura média (equivalente a aproximadamente metade do comprimento de uma agulha longa). (3) A profundidade de penetração varia, evidentemente. Em um paciente com uma prega mucovestibular alta (profunda) ou um forame infraorbitário baixo, uma menor penetração tecidual é necessária do que em um paciente com uma prega mucovestibular rasa ou um forame infraorbitário alto. (4) Uma determinação aproximada da profundidade de penetração antes da injeção pode ser feita colocando-se um dedo sobre o forame infraorbitário e outro sobre o local da injeção na prega mucovestibular, calculando-se a distância entre eles. k. Antes de injetar a solução anestésica, verificar o seguinte: (1) Profundidade da penetração da agulha (adequada para atingir o forame). (2) Qualquer desvio lateral da agulha em relação ao forame infraorbitário; corrigir antes de injetar a solução. (3) Orientação do bisel (voltado para o osso) l. Posicionar a ponta da agulha durante a injeção com o bisel voltado para o forame infraorbitário e a ponta da agulha tocando o teto do forame (Fig. 13-22). m. Aspirar em dois planos. n. Depositar lentamentede 0,9 a 1,2 ml (por 30 a 40 segundos). Pouca ou nenhuma tumefação deve ser observada enquanto a solução é depositada. Se a extremidade da agulha for introduzida adequadamente na abertura do forame, a solução será direcionada para o forame. (1) O profissional será capaz de “sentir” a solução anestésica sendo depositada sob seu dedo colocado sobre o forame se a extremidade da agulha estiver na posição correta. Ao terminar a injeção, o forame não deve ser mais palpável (devido ao volume de anestésico local nesta posição). Neste ponto, o bloqueio do nervo infraorbitário (produzindo anestesia dos tecidos moles na porção anterior da face e no as - pecto lateral do nariz) está completo. Para transformá-lo no Figura 13-2 1. Avançar a agulha paralela ao longo eixo do dente para impedir o contato prematuro com o osso. Observe como o osso da maxila se torna côncavo entre a eminência da raiz e o forame infraorbitário (note a sombra). Figura 13-2 0. Introduzir a agulha para bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA) na prega mucovestibular acima do primeiro pré-molar superior. Figura 13-19 . Utilizando um dedo sobre o forame, levantar o lábio e manter os tecidos tensionados na prega mucovestibular. Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário) Técnica Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o primeiro pré- molar, com o bisel voltado para o osso (Fig. 13-20). Orientar a seringa em direção ao forame infraorbitário. A agulha deve ser mantida paralela ao eixo longitudinal do dente enquanto é avançada, para evitar contato prematuro com o osso Avançar a agulha lentamente até que toque suavemente o osso. 200 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia bloqueio do nervo alveolar superoanterior (proporcionando anestesia dos dentes e de suas estruturas de sustentação): o. Manter pressão firme com o dedo sobre o local de injeção, durante a injeção e por pelo menos 1 minuto depois (para aumentar a difusão da solução de anestésico local para o forame infraorbitário). p. Retirar a seringa lentamente e proteger a agulha imediatamente. q. Manter a pressão digital direta sobre o local da injeção durante 1 minuto, de preferência por 2 minutos, após a injeção. r. Aguardar no mínimo 3 a 5 minutos após o término da injeção antes de iniciar o procedimento odontológico. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: formigamento e dormência na pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior indicam anestesia do nervo infraorbitário, não do nervo ASA ou ASM (a anestesia dos tecidos moles ocorre quase que instantaneamente durante a administração do anestésico). 2. Subjetivos e objetivos: dormência nos dentes e tecidos moles ao longo da distribuição dos nervos ASA e ASM (ocorre em 3 a 5 minutos, caso seja mantida a pressão sobre o local de injeção) 3. Objetivo: uso do teste elétrico da polpa sem resposta do dente à estimulação máxima (80/80) 4. Ausência de dor durante o tratamento Aspectos de Segurança 1. O contato da agulha com o osso no teto do forame infraorbitário evita introdução excessiva inadvertida e possível punção da órbita. 2. Um dedo posicionado sobre o forame infraorbitário ajuda a orientar a agulha em direção ao forame. a. A agulha não deve ser palpável. Se ela for sentida, então, seu trajeto está muito superficial (longe do osso). Se isto ocorrer, retire ligeiramente a agulha e redirecione-a até a área-alvo. b. Na maioria dos pacientes não será possível palpar a agulha através dos tecidos moles sobre o forame, a menos que esteja muito superficial. No entanto, em alguns pacientes com musculatura facial menos desenvolvida, a agulha adequadamente posicionada pode ser palpável. Precauções 1. No caso de dor à introdução da agulha e ruptura do periósteo, reintroduza a agulha em uma posição mais lateral (afastada do osso) ou deposite a solução enquanto a agulha avança através dos tecidos moles. 2. Para evitar a inserção excessiva da agulha, estime a profundidade de penetração antes da injeção (rever o procedimento) e exerça pressão digital sobre o forame infraorbitário. a. A introdução excessiva é improvável, devido à borda de osso que forma a margem superior do forame infraorbitário. A extremidade da agulha tocará esta borda. Falhas da Anestesia 1. A agulha encontra o osso abaixo do (inferior ao) forame infraorbitário: ocorre anestesia da pálpebra inferior, da face lateral do nariz e do lábio superior, com pouca ou nenhuma anestesia dentária; um acúmulo da solução pode ser percebido sob a pele na área da deposição, situada a uma distância do forame infraorbitário (que permanece palpável depois que a solução de anestésico local foi injetada). Estas são, sem dúvida, causas mais comuns de falha da anestesia dentro da distribuição do nervo ASA. Em resumo, uma falha do bloqueio do nervo ASA é uma injeção supraperiosteal sobre o primeiro pré-molar. Para corrigir: a. Manter a agulha alinhada com o forame infraorbitário durante a penetração. Não orientar a agulha em direção ao osso. b. Estimar a profundidade da penetração antes da injeção. 2. Desvio da agulha medial ou lateralmente ao forame infraorbitário. Para corrigir: a. Direcionar a agulha para o forame imediatamente após introduzi-la e antes de avançá-la através do tecido. b. Verificar novamente a posição da agulha antes de aspirar e depositar a solução anestésica. Complicações. Um hematoma pode se formar (raramente) na pálpebra inferior e nos tecidos entre esta e o forame infraorbitá- rio. Para resolver isso, aplicar pressão nos tecidos moles acima do forame por 2 a 3 minutos. O hematoma é extremamente raro, porque a pressão é rotineiramente aplicada ao local da injeção durante e após o bloqueio do nervo ASA. Figura 1 3-22. Posição da extremidade da agulha antes da injeção de anestésico local no forame infraorbitário. Bloqueio do Nervo Palatino Maior Indicações Em casos em que a anestesia dos tecidos moles do palato é necessária para o tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., em restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival) Pa r a c o n t r o l e d a d o r d u r a n t e p ro c e d i m e n t o s p e r i o d o n t a i s o u cirúrgicos orais envolvendo os tecidos palatinos moles e duros 202 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia técnicas recém-introduzidas que promovem extensas áreas de anestesia pulpar e palatina.5,8 Bloqueio do Nervo Palatino Maior O bloqueio do nervo palatino maior é muito útil durante proce- dimentos odontológicos envolvendo os tecidos moles palatinos distais ao canino. Volumes mínimos de solução (0,45 a 0,6 ml) produzem anestesia profunda dos tecidos moles e duros do palato. Embora potencialmente traumático, o bloqueio do nervo palatino maior é menos traumático que o bloqueio do nervo nasopalatino, pois os tecidos que circundam o forame palatino maior não estão tão firmemente aderidos ao osso e por isso acomodam melhor o volume de solução depositado. Outro Nome Comum. Bloqueio do nervo palatino anterior. Nervos Anestesiados. Palatino maior. Áreas Anestesiadas. A parte posterior do palato duro e os tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente até a linha média (Fig. 13-25). Indicações 1. Em casos em que a anestesia dos tecidos moles do palato é necessária para o tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., em restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival) 2. Para controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos palatinos moles e duros Contraindicações 1. Inflamação ou infecção no local da injeção 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Vantagens 1. Minimiza as penetrações da agulha e o volume de solução 2. Minimiza o desconforto para o paciente Desvantagens 1. Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção2. Potencialmente traumático Aspiração Positiva. Menos de 1%. Alternativas 1. Infiltração local em regiões específicas 2. Bloqueio do nervo maxilar Técnica 1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. 2. Área de introdução: tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior 3. Área-alvo: nervo palatino maior (anterior), quando passa anteriormente entre os tecidos moles e o osso do palato duro (Fig. 13-26) 4. Pontos de referência: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino 5. Trajeto da introdução: avançar a seringa a partir do lado oposto da boca formando um ângulo reto com a área-alvo 6. Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles palatinos (Ver etapas g e h, p. 204) 7. Procedimento: a. Assumir a posição correta (Fig. 13-27). Figura 1 3-2 4. Estabilização da agulha para um bloqueio do nervo palatino maior (A) e nasopalatino (B). Em ambas as injeções, o corpo da seringa deve estar apoiado no lábio inferior do paciente. Figura 1 3-2 5. Área anestesiada pelo bloqueio do nervo palatino maior. Bloqueio do Nervo Palatino Maior Técnica U m a a g u l h a c u r t a c a l i b re 2 7 é recomendada. Área de introdução: tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior Área-a lvo: ner vo pa lat ino ma ior (anterior), quando passa anteriormente entre os tecidos moles e o osso do palato duro Pontos de referência: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino. CAPÍTULO 13 Técnicas de Anestesia Maxilar 203 (1) Para bloqueio do nervo palatino maior direito, o administrador destro deve sentar-se de frente para o paciente na posição de 7 ou 8 horas. (2) Para um bloqueio do nervo palatino maior esquerdo, o administrador destro deve sentar-se de frente para o paciente na posição de 11 horas. b. Solicitar ao paciente, que está em posição supina (Fig. 13-28, A), para: (1) Abrir bem a boca. (2) Estender o pescoço. (3) Girar a cabeça para a esquerda ou para a direita (para melhorar a visibilidade). c. Localizar o forame palatino maior (Fig. 13-28, B e Tabela 13-2). (1) Colocar uma haste de algodão na junção do processo alveolar maxilar com o palato duro. (2) Começar na região do primeiro molar superior e palpar posteriormente pressionando firmemente os tecidos com a haste de algodão. (3) A haste de algodão “cairá” na depressão formada pelo forame palatino maior (Fig. 13-29). (4) O forame se localiza mais frequentemente num ponto distal ao segundo molar superior, mas pode se localizar anterior ou posteriormente à sua posição habitual. (Ver “Bloqueio do Nervo Maxilar,” p 220) d. Preparar o tecido no local de injeção, apenas 1 a 2 mm anterior ao forame palatino maior. (1) Limpar e secar com gaze estéril. (2) Aplicar antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar anestésico tópico por 2 minutos. e. Após 2 minutos de aplicação do anestésico tópico, mova a haste de algodão posteriormente, de forma que fique diretamente sobre o forame palatino maior. (1) Aplicar pressão considerável na área do forame com o cotonete na mão esquerda (caso seja destro). (2) Observar a isquemia (palidez dos tecidos moles) no local da injeção. Figura 1 3-2 6. Área-alvo para um bloqueio do nervo palatino maior. Figura 1 3-2 7 . Posição do profissional para o bloqueio do nervo palatino maior direito (A) e esquerdo (B). TABELA 13-2 Localização do Forame Palatino Maior* Bloqueio do Nervo Palatino Maior Técnica Aplicar anestésico tópico por 2 minutos. A profundidade de penetração é em geral de aproximadamente de 5 mm. Caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente (no mínimo durante 30 segundos) não mais do que um quarto a um terço de um tubete (0,45 a 0,6ml) CAPÍTULO 13 Técnicas de Anestesia Maxilar 205 (2) Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico. À medida que o tecido é perfurado, haverá aumento da resistência à deposição da solução, o que é absolutamente normal no bloqueio do nervo palatino maior. l. Aspirar em dois planos. m. Caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente (no mínimo durante 30 segundos) não mais do que um quarto a um terço de um tubete (0,45 a 0,6 ml). n. Retirar a seringa. o. Proteger a agulha. p. Aguardar 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: dormência na parte posterior do palato 2. Objetivos: ausência de dor durante o tratamento odontológico Aspectos de Segurança 1. Contato com o osso 2. Aspiração Precauções. Não entrar no canal palatino maior. Embora isso não seja perigoso, não há nenhuma razão para se entrar no canal para que esta técnica seja bem-sucedida. Falhas da Anestesia 1. O bloqueio do nervo palatino maior não é uma injeção tecnicamente difícil. Sua taxa de sucesso é bem maior que 95%. 2. Se o anestésico local for depositado muito anterior ao forame, a anestesia adequada dos tecidos moles pode não ser produzida nos tecidos palatinos posteriores ao local de injeção (sucesso parcial). 3. A anestesia do palato na área do primeiro pré-molar superior pode ser inadequada devido às fibras superpostas do nervo nasopalatino (sucesso parcial). a. Para corrigir: a infiltração local pode ser necessária como um suplemento na área anestesiada inadequadamente. Complicações 1. Poucas são importantes 2. Isquemia e necrose dos tecidos moles, quando uma solução vasoconstritora muito concentrada é utilizada para a hemostasia por um período prolongado a. Nunca se deve usar a noradrenalina para hemostasia dos tecidos moles palatinos (a noradrenalina não está disponível em anestésicos locais odontológicos nos Estados Unidos ou no Canadá). 3. Hematoma é possível, mas é raro devido à densidade e à firme aderência dos tecidos palatinos ao osso subjacente. 4. Alguns pacientes podem apresentar desconforto quando o palato mole for anestesiado; isto é possível nos casos em que o nervo palatino médio está próximo ao local da injeção. Bloqueio do Nervo Nasopalatino O bloqueio do nervo nasopalatino é uma técnica muito valiosa para o controle da dor palatina, pois, com a administração de um volume mínimo de solução anestésica (no máximo um quarto do tubete), uma ampla área dos tecidos moles palatinos é atingida, minimizando assim a necessidade de múltiplas in- jeções do palato. Infelizmente, o bloqueio do nervo nasopalatino tem a característica de ser uma injeção que pode ser muito traumática. Em nenhuma outra técnica de injeção, a necessidade de seguir rigorosamente o protocolo de injeção atraumática é mais importante que no bloqueio do nervo nasopalatino. Duas técnicas para esta injeção são apresentadas. Os leitores devem se familiarizar com ambas as técnicas e depois usar aquela com que se sintam mais à vontade (a que funciona melhor em suas mãos). A primeira técnica envolve apenas uma penetração tecidual, lateralmente à papila incisiva na face palatina dos incisivos centrais superiores. Os tecidos moles nessa área são densos, firmemente aderidos ao osso subjacente e muito sensíveis; esses três fatores se combinam para aumentar o desconforto Figura 1 3-33. A haste de algodão é removida quando termina a injeção de solução. Figura 1 3-32 . Observe a propagação da isquemia (setas) enquan- to o anestésico é injetado. CAPÍTULO 13 Técnicas de Anestesia Maxilar 205 (2) Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico. À medida que o tecido é perfurado, haverá aumento da resistência à deposição da solução, o que é absolutamente normal no bloqueio do nervo palatino maior. l. Aspirar em dois planos. m. Caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente (no mínimo durante 30 segundos) não mais do que um quarto a um terço de um tubete (0,45 a 0,6 ml). n. Retirar a seringa. o. Proteger a agulha. p. Aguardar 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: dormência na parte posterior do palato 2. Objetivos: ausência de dor duranteo tratamento odontológico Aspectos de Segurança 1. Contato com o osso 2. Aspiração Precauções. Não entrar no canal palatino maior. Embora isso não seja perigoso, não há nenhuma razão para se entrar no canal para que esta técnica seja bem-sucedida. Falhas da Anestesia 1. O bloqueio do nervo palatino maior não é uma injeção tecnicamente difícil. Sua taxa de sucesso é bem maior que 95%. 2. Se o anestésico local for depositado muito anterior ao forame, a anestesia adequada dos tecidos moles pode não ser produzida nos tecidos palatinos posteriores ao local de injeção (sucesso parcial). 3. A anestesia do palato na área do primeiro pré-molar superior pode ser inadequada devido às fibras superpostas do nervo nasopalatino (sucesso parcial). a. Para corrigir: a infiltração local pode ser necessária como um suplemento na área anestesiada inadequadamente. Complicações 1. Poucas são importantes 2. Isquemia e necrose dos tecidos moles, quando uma solução vasoconstritora muito concentrada é utilizada para a hemostasia por um período prolongado a. Nunca se deve usar a noradrenalina para hemostasia dos tecidos moles palatinos (a noradrenalina não está disponível em anestésicos locais odontológicos nos Estados Unidos ou no Canadá). 3. Hematoma é possível, mas é raro devido à densidade e à firme aderência dos tecidos palatinos ao osso subjacente. 4. Alguns pacientes podem apresentar desconforto quando o palato mole for anestesiado; isto é possível nos casos em que o nervo palatino médio está próximo ao local da injeção. Bloqueio do Nervo Nasopalatino O bloqueio do nervo nasopalatino é uma técnica muito valiosa para o controle da dor palatina, pois, com a administração de um volume mínimo de solução anestésica (no máximo um quarto do tubete), uma ampla área dos tecidos moles palatinos é atingida, minimizando assim a necessidade de múltiplas in- jeções do palato. Infelizmente, o bloqueio do nervo nasopalatino tem a característica de ser uma injeção que pode ser muito traumática. Em nenhuma outra técnica de injeção, a necessidade de seguir rigorosamente o protocolo de injeção atraumática é mais importante que no bloqueio do nervo nasopalatino. Duas técnicas para esta injeção são apresentadas. Os leitores devem se familiarizar com ambas as técnicas e depois usar aquela com que se sintam mais à vontade (a que funciona melhor em suas mãos). A primeira técnica envolve apenas uma penetração tecidual, lateralmente à papila incisiva na face palatina dos incisivos centrais superiores. Os tecidos moles nessa área são densos, firmemente aderidos ao osso subjacente e muito sensíveis; esses três fatores se combinam para aumentar o desconforto Figura 1 3-33. A haste de algodão é removida quando termina a injeção de solução. Figura 1 3-32 . Observe a propagação da isquemia (setas) enquan- to o anestésico é injetado. Bloqueio do Nervo Nasopalatino Nervos Anestesiados. Nervos nasopalatinos bilateralmente. Áreas Anestesiadas. Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-molar esquerdo 206 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia do paciente durante a injeção. A segunda técnica foi reco - mendada por vários leitores de edições anteriores desse livro. Ela envolve três punções de agulha, porém, quando executada corretamente, é significativamente menos traumática que a técnica de perfuração única direta. Nela, os tecidos moles vestibulares entre os incisivos superiores são anestesiados (primeira injeção), e depois a agulha é direcionada a partir da face vestibular, atravessando a papila interproximal entre os incisivos centrais em direção à papila incisiva para anestesiar os tecidos superficiais nessa área (segunda injeção). Uma terceira injeção, aplicada diretamente nos tecidos moles palatinos sobrejacentes ao nervo nasopalatino, agora parcialmente anes - tesiados, é necessária. Embora, sempre que possível, deva ser preferida uma técnica com apenas uma perfuração, a segunda técnica pode produzir uma anestesia nasopalatina eficaz com um mínimo de desconforto. Outros Nomes Comuns. Bloqueio do nervo incisivo, bloqueio do nervo esfenopalatino. Nervos Anestesiados. Nervos nasopalatinos bilateralmente. Áreas Anestesiadas. Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-molar esquerdo (Fig. 13-34). Indicações 1. Quando for necessária anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival) 2. Controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos moles e duros do palato Contraindicações 1. Inflamação ou infecção no local da injeção 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Vantagens 1. Minimiza as perfurações da agulha e o volume de solução 2. Minimiza o desconforto para o paciente oriundo de múltiplas perfurações da agulha Desvantagens 1. Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção 2. Potencialmente a injeção intraoral mais traumática; contudo, o protocolo para uma injeção atraumática ou o uso de um sistema C-CLAD ou de uma solução anestésica local tamponada pode reduzir muito ou eliminar completamente o desconforto Aspiração Positiva. Menos de 1%. Alternativas 1. Infiltração local em regiões específicas 2. Bloqueio do nervo maxilar (apenas unilateral) 3. Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA) (apenas unilateral) Técnica (Injeção Única no Palato ) 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. 2. Área de introdução: mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos incisivos centrais); o tecido aqui é mais sensível que o restante da mucosa palatina 3. Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva (Fig. 13-35) 4. Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva 5. Trajeto de introdução: aproximar o local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva 6. Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles do palato (rever o procedimento para a injeção palatina básica) 7. Procedimento: a. Sentar-se na posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção do paciente (Fig. 13-36) b. Solicitar ao paciente para fazer o seguinte: (1) Abrir bem a boca. (2) Estender o pescoço. Figura 1 3-34. Área anestesiada no bloqueio do nervo nasopalatino. Figura 1 3-35. Área-alvo para um bloqueio do nervo nasopalatino. Bloqueio do Nervo Nasopalatino Técnica Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos incisivos centrais); o tecido aqui é mais sensível que o restante da mucosa palatina Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva 206 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia do paciente durante a injeção. A segunda técnica foi reco - mendada por vários leitores de edições anteriores desse livro. Ela envolve três punções de agulha, porém, quando executada corretamente, é significativamente menos traumática que a técnica de perfuração única direta. Nela, os tecidos moles vestibulares entre os incisivos superiores são anestesiados (primeira injeção), e depois a agulha é direcionada a partir da face vestibular, atravessando a papila interproximal entre os incisivos centrais em direção à papila incisiva para anestesiar os tecidos superficiais nessa área (segunda injeção). Uma terceira injeção, aplicada diretamente nos tecidos moles palatinos sobrejacentes ao nervo nasopalatino, agora parcialmente anes - tesiados, é necessária. Embora, sempre que possível, deva ser preferida uma técnica com apenas uma perfuração, a segundatécnica pode produzir uma anestesia nasopalatina eficaz com um mínimo de desconforto. Outros Nomes Comuns. Bloqueio do nervo incisivo, bloqueio do nervo esfenopalatino. Nervos Anestesiados. Nervos nasopalatinos bilateralmente. Áreas Anestesiadas. Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-molar esquerdo (Fig. 13-34). Indicações 1. Quando for necessária anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival) 2. Controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos moles e duros do palato Contraindicações 1. Inflamação ou infecção no local da injeção 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Vantagens 1. Minimiza as perfurações da agulha e o volume de solução 2. Minimiza o desconforto para o paciente oriundo de múltiplas perfurações da agulha Desvantagens 1. Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção 2. Potencialmente a injeção intraoral mais traumática; contudo, o protocolo para uma injeção atraumática ou o uso de um sistema C-CLAD ou de uma solução anestésica local tamponada pode reduzir muito ou eliminar completamente o desconforto Aspiração Positiva. Menos de 1%. Alternativas 1. Infiltração local em regiões específicas 2. Bloqueio do nervo maxilar (apenas unilateral) 3. Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA) (apenas unilateral) Técnica (Injeção Única no Palato ) 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. 2. Área de introdução: mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos incisivos centrais); o tecido aqui é mais sensível que o restante da mucosa palatina 3. Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva (Fig. 13-35) 4. Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva 5. Trajeto de introdução: aproximar o local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva 6. Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles do palato (rever o procedimento para a injeção palatina básica) 7. Procedimento: a. Sentar-se na posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção do paciente (Fig. 13-36) b. Solicitar ao paciente para fazer o seguinte: (1) Abrir bem a boca. (2) Estender o pescoço. Figura 1 3-34. Área anestesiada no bloqueio do nervo nasopalatino. Figura 1 3-35. Área-alvo para um bloqueio do nervo nasopalatino. Bloqueio do Nervo Nasopalatino Técnica Trajeto de introdução: aproximar o local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva Avançar a agulha lentamente em direção ao forame incisivo até que toque suavemente o osso A profundidade de penetração é de aproximadamente 5 mm. Caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente (no mínimo durante 15 a 30 segundos) não mais que um quarto a um terço de um tubete (0,45 ml). Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior Técnica Palpar trigono retromolar; Na interseção da altura da metade da unha, com o dedo apoiado na oclusal dos molares, e na rafe pterigomandibular, localizar local de punção. 228 PARTE III Técnicas de Anestesia Regional em Odontologia 8. Injeção intrasseptal para a anestesia pulpar e dos tecidos moles de qualquer dente mandibular Técnica 1. Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se preferência a uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de calibre 27 é aceitável. 2. Área de inserção: membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas — uma horizontal, representando a altura de inserção da agulha, e a outra vertical, representando o plano anteroposterior de injeção 3. Área-alvo: nervo alveolar inferior ao descer em direção ao forame mandibular, porém antes de ele entrar no forame 4. Marcos (Figs. 14-2 e 14-3) a. Incisura coronoide (concavidade maior na borda anterior do ramo da mandíbula) b. Rafe pterigomandibular (parte vertical) c. Plano oclusal dos dentes mandibulares posteriores 5. Orientação do bisel da agulha: importância menor do que em outros bloqueios nervosos, porque a agulha se aproxima do nervo alveolar inferior aproximadamente em ângulo reto 6. Procedimento a. Assumir a posição correta. (1) Para um BNAI direito, um administrador destro deve se sentar na posição de 8 horas de frente para o paciente (Fig. 14-4, A). (2) Para um BNAI esquerdo, um administrador destro deve se sentar na posição de 10 horas voltado para a mesma direção do paciente (Fig. 14-4, B). b. Posicionar o paciente em decúbito dorsal (recomendado) ou em semidecúbito (caso necessário). A boca deve estar bem aberta para possibilitar maior visibilidade e acesso ao local de injeção. c. Localizar o ponto de penetração da agulha (injeção). Três parâmetros devem ser considerados durante a administração do BNAI: (1) a altura da injeção, (2) a colocação anteroposterior da agulha (que ajuda a localizar um ponto preciso para a entrada da agulha) e (3) a profundidade de penetração (que determina a localização do nervo alveolar inferior). (1) Altura da injeção: colocar o dedo indicador ou o polegar de sua mão esquerda na incisura coronoide. (a) Uma linha imaginária se estende posteriormente da ponta do dedo na incisura coronoide até a parte mais profunda da rafe pterigomandibular (no ponto em que esta se volta verticalmente para cima em direção à maxila), determinando a altura da injeção. Essa linha imaginária deve ser paralela ao plano oclusal dos dentes molares mandibulares. Em Figura 1 4-2. Marcos ósseos para o bloqueio nervoso alveolar inferior. 1, Língula; 2, borda distal do ramo; 3, incisura coronoide; 4, processo coronoide; 5, incisura sigmoide (mandibular); 6, colo do côndilo; 7, cabeça do côndilo. Figura 1 4-3. A borda posterior do ramo madibular pode ser apro- ximada intraoralmente pela utilização da rafe pterigomandibular ao se voltar superiormente em direção à maxila. CAPÍTULO 14 Técnicas de Anestesia Mandibular 229 muitos pacientes, ela está de 6 a 10 mm acima do plano oclusal. (b) O dedo na incisura coronoide é usado para puxar lateralmente os tecidos, distendendo-os sobre o local de injeção e esticando-os, possibilitando que a inserção da agulha seja menos traumática e também proporcionando melhor visibilidade. (c) O ponto de inserção da agulha se situa a três quartos da distância anteroposterior da incisura coronoide de volta até a parte mais profunda da rafe pterigomandibular (Fig. 14-5). Nota: A linha deve se iniciar no ponto médio da incisura e terminar na parte mais profunda (mais posterior) da rafe pterigomandibular, no ponto em que esta se curva verticalmente para cima em direção ao palato. (d) A borda posterior do ramo da mandíbula pode ser aproximada intraoralmente usando-se a rafe pterigomandibular no ponto em que ela se curva verticalmente para cima em direção à maxila* (Fig. 14-3). (e) Um método alternativo para se obter uma aproximação do comprimento do ramo da mandíbula consiste em colocar seu polegar sobre a incisura coronoide e seu dedo indicador extraoralmente sobre a borda posterior do ramo da mandíbula e estimar a distância entre esses pontos. No entanto, muitos profissionais (incluindo o autor) têm dificuldade em estimar a largura do ramo da mandíbula dessa maneira. (f) Preparar o tedido no local da injeção: (1) Secar com gaze estéril. (2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional). (3) Aplicar o anestésico tópico por 1 a 2 minutos. Colocar o corpo da seringa no canto da boca do lado contralateral (Figs. 14-5 e 14-6). Figura 1 4-4. Posição do administrador para um bloqueio do nervo alveolar inferior direito (A) e esquerdo (B). Figura 1 4-5. Note a colocação do corpo da seringa no canto da boca, geralmente correspondendo aos pré-molares. A ponta da agulha gentilmente toca a extremidade mais
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