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Básico de Musicoterapia- Apostila 4

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Curso Online: 
Básico de Musicoterapia 
 
 
 
1 
 
 
A contação de histórias........................................................................................2 
As histórias, fábulas e contos de fadas...............................................................4 
A leitura de modo lúdico e imaginativo................................................................6 
A literatura infantil................................................................................................8 
O processo comunicativo e a oralidade.............................................................10 
O conto e a história infantil...............................................................................12 
Arte, música e teatro na contação de histórias..................................................14 
O desenvolvimento da aprendizagem...............................................................15 
A diferença entre ler e contar histórias..............................................................18 
Referências bibliográficas..................................................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 
 
 
 
Narração de histórias (também conhecido como Contação de histórias) é a 
atividade que consiste em transmitir eventos na forma de palavras, imagens, 
e sons muitas vezes pela improvisação ou embelezamento. Histórias 
ou narrativas foram compartilhadas em cada cultura e em toda a terra como um 
meio de entretenimento, educação, preservação da cultura e para incutir 
valores morais. Elementos cruciais de histórias e narrativas 
incluem enredo e personagens, bem como o ponto de vista narrativo. 
 
Imagine o famoso conto do patinho feio ... 
 
Era uma vez ... 
 
Uma mamã pata que teve 5 ovos. Ela esperava ansiosamente pelo dia em que 
os seus ovos quebrassem e deles nascessem os seus queridos filhos! 
 
Quando esse dia chegou, os ovos da mamã pata começaram a abrir, um a um, 
e ela, alegremente, começou a saudar os seus novos patinhos. Mas o último 
ovo demorou mais a partir, e a mamã começou a ficar nervosa… 
 
Finalmente, a casca quebrou e, para surpresa da mamã pata, de lá saiu um 
patinho muito diferente de todos os seus outros filhos. 
- Este patinho feio não pode ser meu! Exclama a mamã pata. 
- Alguém te pregou uma partida. Afirma a vizinha galinha. 
 
Os dias passaram e, à medida que os patinhos cresciam, o patinho feio 
tornava-se cada vez mais diferente dos outros patinhos. 
Cansado de ser gozado pelos seus irmãos e por todos os animais da quinta, o 
patinho feio decide partir. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Som
https://pt.wikipedia.org/wiki/Narrativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Entretenimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enredo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Personagem_(arte)&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ponto_de_vista_(literatura)&action=edit&redlink=1
 
 
 
3 
 
Mesmo longe da quinta, o patinho não conseguiu paz, pois os seus irmãos 
perseguiam-no por todo o lago, gritando: 
- És o pato mais feio que nós alguma vez vimos! 
E, para onde quer que fosse, todos os animais que encontrava faziam troça 
dele. 
- Que hei de eu fazer? Para onde hei de ir? O patinho sentia-se muito triste e 
abandonado. 
 
Com a chegada do inverno, o patinho cansado e cheio de fome encontra uma 
casa e pensa: 
- Talvez aqui encontre alguém que goste de mim! E assim foi. 
O patinho passou o inverno aconchegadinho, numa casa quentinha e na 
companhia de quem gostava dele. Tudo teria corrido bem se não tivesse 
chegado a primavera e com ela, um gato malvado, que enganando os donos 
da casa, correu com o patinho para fora dali! 
- Mais uma vez estou sozinho e infeliz… Suspirou o patinho feio. 
O patinho seguiu o seu caminho e, ao chegar a um grande lago, refugiou-se 
junto a uns juncos, e ali ficou durante vários dias. 
Um dia, muito cedo, o patinho feio foi acordado por vozes de crianças. 
- Olha! Um recém-chegado! Gritou uma das crianças. Todas as outras crianças 
davam gritos de alegria. 
- E é tão bonito! Dizia outra. 
Bonito?... De quem estarão a falar? Pensou o patinho feio. 
De repente, o patinho feio viu que todos olhavam para ele e, ao ver o seu 
reflexo na água, viu um grande e elegante cisne. 
- Oh!... Exclama o patinho admirado. Crianças e outros cisnes admiravam a 
sua beleza e cumprimentavam-no alegremente. 
 
Afinal ele não era um patinho feio mas um belo e jovem cisne! 
A partir desse dia, não houve mais tristezas, e o patinho feio que agora era um 
belo cisne, viveu feliz para sempre! 
 
 
A contação de História poderá acontecer na sala de aula, na brinquedoteca, no 
pátio da escola ... onde a criatividade e a oportunidade permitir. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
AS HISTÓRIAS, FÁBULAS E CONTOS DE FADAS 
 
 
Contos são histórias inventadas por alguém. Existem também os contos 
tradicionais que são aquelas histórias que ninguém sabe ao certo quem 
inventou e que são transmitidas de geração em geração e muitas vezes ficam 
conhecidas por algum autor que criou a sua versão da história e a reinventou. 
 
Vamos a mais uma história para contação? 
 
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se 
preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma 
folha pesada, perguntou: 
 
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente 
aproveitar! O verão é para gente se divertir! 
 
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso 
trabalhar agora para guardar comida para o inverno. 
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o 
bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. 
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada 
folha. 
 
A cigarra então aconselhou: 
 
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, 
vamos cantar! Vamos dançar! 
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava 
e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. 
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se 
 
 
 
5 
 
divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha 
terminado a vidinha boa. 
A rainha das formigas falou então para a cigarra: 
 
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai 
passar fome e frio. 
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: 
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida! 
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem 
pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar 
alimento? Pura perda de tempo. 
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu 
corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da 
formiga. 
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. 
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. 
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo 
das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu 
dever: toque e cante para nós. 
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas. 
 
 
Um conto de fadas é um tipo de história que tipicamente apresenta 
personagens fantásticos do folclore, 
como dragões, elfos, fadas, gigantes, gnomos, goblins, grifos, nuchas, animais 
falantes, trolls, unicórnios ou bruxas. 
A história também, via de regra, apresenta encantamentos. Contos de fadas se 
distinguem de outras narrativas folclóricas como as lendas (que, em geral, 
envolvem a crença na veracidade dos eventos descritos)e as histórias 
claramente morais, incluindo as fábulas. O termo é, acima de tudo, utilizado 
para histórias com origens na tradição europeia e, pelo menos nos séculos 
recentes, se relaciona em maior parte à literatura infantil. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore
https://pt.wikipedia.org/wiki/Drag%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elfo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gigante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gnomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Goblins
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grifo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sereia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Troll
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unic%C3%B3rnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1bula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_infantil
 
 
 
6 
 
 
A LEITURA DE MODO LÚDICO E IMAGINATIVO 
 
 
O estudo destaca a importância da leitura e da escrita para a formação das 
crianças e dos jovens e mostra a atividade lúdica como um ato positivo a ser 
adotado pelas escolas para transmitir conhecimento. 
Desenvolve atividades diversas como, por exemplo, jogos, brincadeiras, teatro, 
música e, é claro, promovem-se momentos de leitura e interpretação de textos, 
a partir da leitura de histórias em quadrinhos, histórias curtas, contos, lendas, 
etc. A intenção é levar o texto escrito até crianças e jovens, transformando o 
momento de leitura em aprendizagem para vida, além de garantir a liberdade 
necessária para que sejam crianças por excelência, brincantes, e que a leitura 
seja por prazer e não por imposição. 
As atividades lúdicas são aquelas ligadas às brincadeiras, à imaginação e à 
diversão. Essas práticas são essenciais na infância, porque incentivam a 
criatividade e contribuem para o desenvolvimento das crianças. 
Quando professores e famílias usam estratégias para incentivar a diversão e 
reduzir o estresse de uma atividade relacionada à leitura, as crianças criam 
uma relação positiva com os livros e desenvolvem melhores habilidades 
leitoras. 
Além disso, momentos divertidos de leitura reforçam os vínculos afetivos entre 
a criança e quem lê com ela. Por isso, incentivar a leitura de forma lúdica é 
importante tanto na escola como em casa. 
Outra ideia que funciona muito bem para o processo de compreensão e 
resumo de uma história é utilizar uma caixa de pizza. Após a leitura, a criança 
pode escrever ou desenhar em cada “fatia” da caixa uma parte da história, até 
terminar todo o círculo. 
Isso ajuda o pequeno leitor a entender conceitos como começo, meio e fim da 
narrativa, além de associar causas e consequências. Ao reconstruir a história 
nesse suporte tão inesperado que é parte de seu dia a dia, a criança também 
treina o raciocínio e a escrita de maneira lúdica. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Leitura complementar: 
 
Livro: Sopa de Letrinhas 
Autor: Teresa Noronha 
Editora: Editora Moderna 
 
 
 
 
Trecho do Livro: 
"_Calma, meninos. Chico, você que é mais velho devia ajudar seu irmão e não 
caçoar dele. Xande sabe menos porque entrou na escola um ano depois de 
você. 
Xande gostou da defesa da mãe e provocou Chico. 
_Viu, seu chato? Bem feito. 
_Chato é com x ou com ch? Aposto que você não sabe _ desafiou Chico. 
_Pare com isso se não te dou um soco no nariz. 
_Nariz com s ou com z? 
_E te dou um soco no queixo _ ameaçou Xande, irritado. 
_Queixo com x ou com ch? _ insistiu Chico. 
_Seu palhaço! _ gritou Xande, perdendo a paciência. 
_Palhaço com ç ou com ss, seu preguiçoso com o cedilha? _ teimou Chico. 
_Não sou burro, nem preguiçoso. Posso aprender tudo o que você sabe e até 
mais. 
Chico deu risada. 
_Só se tomar sopa de letrinhas." 
 
 
 
 
8 
 
 
A LITERATURA INFANTIL 
 
 
A literatura infanto-juvenil é um ramo da literatura dedicado especialmente 
às crianças e jovens adolescentes. Nela, se incluem histórias fictícias infantis e 
juvenis, biografias, novelas, poemas, obras folclóricas e culturais, ou 
simplesmente obras contendo/explicando fatos da vida real 
(exemplos: artes, ciências, matemática etc.). 
Naturalmente, o conteúdo dentro de uma obra infanto-juvenil depende da idade 
do leitor; enquanto obras literárias destinadas a crianças de dois a quatro anos 
de idade são quase sempre constituídas de poucas palavras e são muito 
coloridas e/ou possuem muitas imagens e fotos, obras literárias destinadas ao 
jovem adolescente muitas vezes contêm apenas texto. 
De toda forma, a literatura infantil é fundamental para que crianças travem 
contato com os livros desde cedo, acostumando-se com sua textura, seu 
formato, seu cheiro e seu universo de possibilidades. 
De acordo com Rafael Guimarães Botelho (2013), a literatura infantil apresenta 
seis funções: didática, lúdica, literária, sociocultural, axiológica e terapêutica. 
Percebemos que mesmo a literatura não tendo como função precípua ensinar 
conteúdos, esta transmite de forma intrínseca valores e heranças culturais. Isto 
portanto demonstra a importância de ser desenvolvido em sala de aula os livros 
de literatura, dos kit de leitura afro-brasileira, porque estes enaltecem a criança 
negra de forma positiva criando nas mesmas a noção de pertencimento e 
construindo uma imagem da qual o negro e a negra podem se orgulhar. Os 
livros que retraram crianças negras que lêem, brincam, sonham e são felizes, 
em sua maioria, constróem uma identidade forte, pois pode ela se espelhar e 
dizer intimamente para si eu posso estar lá, este lugar também me pertence. O 
professor como mediador deste envolvimento com a leitura é de suma 
importância, a pessoa em desenvolvimento, quando é estimulada a leitura de 
variados estilos, onde o professor como agente propulsor desta 
construção, vai levando a criança a desenvolver a leitura de diversos tipos de 
textos que a ajudem a entender quem ela é, seu passado, tudo isto baseado no 
contexto histórico, em que em primeira fase desenvolvimento do ser leitor seja 
ilustrado com bastante conteúdos visuais além dos verbais, que levem a 
criança a se inserir no contexto histórico de forma lúdica e vivenciar a 
transformação das ideias ao se deslocar para aquele espaço oferecido pela 
história. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crian%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolesc%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Novela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poema
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Texto
 
 
 
9 
 
As histórias infantis que já fazem parte do nosso imaginário coletivo: 
 
Bisa Bia, Bisa Bel (1981), de Ana Maria Machado 
Uma Ideia Toda Azul (1979), de Marina Colasanti 
O Menino Maluquinho (1980), de Ziraldo 
 
 
O Menino Maluquinho é uma criança de dez anos como outra qualquer: dotada 
de profunda imaginação, quase sem medos, sempre disposta a descobrir algo 
novo e a investigar o mundo ao redor. 
 
 
A Mulher que Matou os Peixes (1968), de Clarice Lispector 
Chapeuzinho Amarelo (1970), de Chico Buarque 
Ou Isto Ou Aquilo (1964), de Cecília Meireles 
Papo de Sapato (2005), de Pedro Bandeira 
Marcelo, Marmelo, Martelo (1976), de Ruth Rocha 
O Meu Pé de Laranja Lima (1968), de José Mauro de Vasconcelos 
Reinações de Narizinho (1931), de Monteiro Lobato 
A Arca de Noé (1970), de Vinícius de Moraes 
 
 
 
A iEstudar apresenta neste e-book as melhores histórias para a didática da 
contação de histórias. Vamos a leitura? Leia para uma criança. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
O PROCESSO COMUNICATIVO E A ORALIDADE 
 
 
Oralidade é a prática de uso da língua natural por meio da produção sonora, 
em diversos gêneros de texto orais, nos mais diferentes contextos e níveis de 
formalidade. Nela, estariainclusa a fala (forma de produção textual por meio de 
sons articulados e de significados), acompanhada de outros aspectos como 
a prosódia, os gestos, a expressão facial, os movimentos corporais, entre 
outros. 
A oralidade, estudada por inúmeros especialistas, é dividida em dois tipos: 
primária e secundária. Essas duas concepções de oralidade podem ser 
encontradas em obras como "As Tecnologias da Inteligência: O Futuro do 
pensamento na Era da Informática" do filósofo francês, Pierre Lévy, e 
"Oralidade e Cultura Escrita - A Tecnologização da Palavra" de Walter J. Ong, 
sendo, no entanto, abordadas de maneiras diferentes por cada especialista, 
pois tiveram seu destaque em momentos históricos distintos. 
Exemplos de gêneros orais: 
 
Esferas de uso 
(contextos) 
Gêneros orais 
Dia a dia 
Fofoca, caso, discussão, discurso, juramento, nota de 
falecimento, convite, recado, etc. 
Entretenimento e 
literária 
Cantiga, piada, repente, bingo, narração esportiva, locução 
de radio, música, entrevista, etc. 
Escolar e 
acadêmica 
Palestra, conferência, exposição oral, debate, defesas de 
trabalhos, prova oral, etc. 
Religiosa 
Sermão, pregação, oração, reza, confissão, benzeção, 
cantos, ladainha, hinos, oferenda, etc. 
Jornalística Notícia, reportagem, entrevista, etc. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_de_texto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contexto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fala
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pros%C3%B3dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gesto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Express%C3%A3o_facial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy
https://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_J._Ong
 
 
 
11 
 
Jurídica Depoimento, defesa, acusação, etc. 
Diversos 
Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, 
testemunho, anedota ou caso, autobiografia, instrução, 
agradecimentos, informes, avisos, leilão, atendimentos, 
interrogatório, denúncia, consulta, comandos, instruções, 
entre vários outros. 
 
 
O Brasil possui atualmente possui 22 normas que restringem a publicidade 
dirigida à criança, mais do que o Reino Unido, com 16 normas, e que os 
Estados Unidos, com 15, por exemplo. Além disso, a regulamentação existente 
hoje e presente tanto na Constituição Federal como no Estatuto da Criança e 
do Adolescente (ECA), no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no 
Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária (Conar) traz 
instrumentos suficientes para garantir as boas práticas nessa comunicação. 
A informação correta é o melhor caminho para evitar a disseminação de 
inverdades sobre um tema tão sensível e cuja esclarecimento interessa a 
todos, pais, empresas, governo e entidades que defendem nossas crianças. 
Para as especialistas, torna-se imperativo alimentar essas redes de 
transmissão sobretudo com uma realidade cada vez mais frequente: a do 
silêncio. Elas criticam a cultura tecnológica atual que cria barreiras entre as 
pessoas através da individualização do uso de aparelhos eletrônicos, como 
tablets e smartphones. É preciso resgatar brincadeiras, jogos, entrar em 
diálogo com as crianças. 
Esses "furos na normalidade" criam situações "interessantes" para os pais à 
medida em que os incentiva a tentar compreender os filhos. "As crianças 
refletem a supervisão que tiveram em atividades artísticas e culturais, 
desenvolvendo senso ético e de cuidados". 
Nesse sentido, os educadores têm o papel de ajudar os pais a entenderem que 
bebês são, sim, capazes de comunicar. Quanto mais cedo estiverem expostos 
à linguagem, melhor. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
O CONTO E A HISTÓRIA INFANTIL 
 
 
Era uma vez duas crianças, João e Maria, que viviam com seu pai e a 
madrasta em uma casa perto da floresta. A família era bastante humilde e as 
coisas estavam cada vez mais difíceis para eles, que estavam sem recursos e 
entrando na miséria. 
Certo dia, a madrasta, que era má, tem a ideia de abandonar as crianças no 
meio da floresta, pois assim seriam duas bocas a menos para alimentar. A 
mulher consegue convencer seu marido e, na manhã seguinte, todos partem 
para cortar lenha. 
Assim, o pai da crianças acende uma fogueira na mata e os deixa lá, dizendo 
que voltaria logo, o que não acontece. 
João, que tinha escutado o plano perverso, havia se preparado e levado 
consigo pedrinhas brilhantes que tinha encontrado na casa. Durante o 
caminho, o menino foi deixando pelo chão as pedrinhas, dessa forma, ele e a 
irmã poderiam retornar à casa seguindo essas pedras. 
João e Maria conseguiram dessa maneira voltar para casa, o que deixou o pai 
muito feliz. Entretanto, a madrasta ficou possessa e convenceu novamente o 
marido a abandonar seus filhos em um lugar ainda mais longe. Dessa vez, a 
mulher trancou a porta do quarto das crianças, não permitindo que João 
pegasse as pedrinhas brilhantes. 
Novamente, na manhã seguinte, eles vão em direção à floresta. João e Maria 
tinham recebido um pedaço de pão cada um e tiveram a ideia de deixar 
migalhas para marcar o caminho ao invés das pedras. Assim fizeram, 
entretanto, as migalhas foram devoradas pelos pássaros e, quando os dois 
precisaram, elas já não estavam mais lá. 
Tristes, cansados e com fome, os dois saem a vagar pela mata. Até que se 
deparam com uma casa fantástica feita de doces e bolo. Claro que os irmãos 
não resistem e se aproximam para comer todas aquelas guloseimas. 
Depois de saciados, João e Maria descansavam por ali, quando uma velha 
senhora sai de dentro da casa. Ela os convida para entrar e diz que estava 
esperando por eles. 
 
 
 
 
13 
 
A velha, que na verdade era uma bruxa, oferece muita comida para eles, que 
ficam em sua casa por vários dias. Então, a bruxa resolve prender João em 
uma gaiola e alimentá-lo até ele ficar bem gordo para ser assado no forno. 
João conseguiu enganar a bruxa, que achava que ele não estava gordo o 
suficiente, mas mesmo assim, um dia ela resolve assá-lo de qualquer forma. 
A bruxa então manda Maria acender o forno e quando a velha má chega perto 
do forno, Maria a empurra para dentro e fecha rapidamente a tampa. 
A menina consegue libertar o irmão, e os dois saem de lá correndo, não sem 
antes pegar riquezas que estavam na casa da velha. 
Então as crianças perambulam pela floresta mais alguns dias e conseguem 
voltar pra casa. Dessa vez, o pai as recebe e não deixa mais a madrasta fazer 
maldades. 
 
A história em questão foi escrita pelos irmãos Grimm, escritores alemães que 
viveram em meados do século XIX. Eles se inspiraram na tradição oral, que 
passava através da fala diversas histórias de geração para geração. 
Em João e Maria, temos uma narrativa que nos fala sobre a consciência de que 
nem todos os momentos da vida são de felicidade e sobre a busca pela 
independência dos pais. 
As crianças representam o lado masculino e feminino em cada um de nós, que, 
diante do desamparo, adentra o desconhecido (a floresta, no caso) e se perde, 
sem saber como voltar para casa, mesmo deixando "pistas" no meio do 
caminho. 
Assim, nessa procura, eles encontram algo maravilhoso, a satisfação total, uma 
casa feita de guloseimas! Eles então, a princípio, se iludem pensando que 
estariam em um ambiente incrível e que a vida seria uma grande festa. 
Mas a lição é que tudo tem seu preço, e por conta de seus excessos, se 
deparam logo com uma bruxa má, que pode ser o símbolo das frustrações e 
mesmo das consequências causadas pela impulsividade. 
A bruxa os faz prisioneiros e as crianças precisam dessa forma acessar suas 
forças internas, criatividade e coragem para se livrarem do apuro. 
João e Maria conseguem sair vitoriosos, e ainda carregar as riquezas da bruxa 
má, que podem sinalizar que eles levam consigo os ricos aprendizados de tal 
situação. 
 
 
 
14 
 
 
ARTE, MÚSICA E TEATRO NA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 
 
 
Pode ser uma prática diária, não importa se é uma história inventada na hora,ou se a professora está lendo um livro. O livro é como uma porta aberta para 
outros tempos, outras culturas. Deve ser um momento mágico. E para os 
bebês, mesmo que não compreendam a história, vale o estímulo pela 
modulação da voz, as imagens e ilustrações. Deve ser um momento de prazer, 
e não de obrigação. O professor também deve deixar a criança levar os livros 
para casa. 
O estímulo à leitura se torna algo gostoso, e não relacionado apenas a 
avaliações. Desenvolve a linguagem, pensamento abstrato, imaginação, gestão 
da angústia. As histórias infantis ainda permitem que as crianças se 
identifiquem com os personagens, o que ajuda a compor e definir sua 
personalidade. 
Não deve ser o momento de dar lição de moral. Promover brincadeiras que 
estimulem a oralidade ou levar uma imagem para que todos falem sobre ela 
também é uma boa opção para as rodas. O ideal é compor uma roda de 
conversa a partir do momento em que as crianças sejam capazes de se 
manterem sentadas por algum tempo, e que sejam mantenham o foco da 
atenção em outras pessoas (o que é muito difícil antes de 3 ou 4 anos de 
idade). 
Importante para as crianças aprenderem a sustentar argumentos, expressar 
emoções, desenvolver a fala, o hábito de ouvir outras pessoas e conversar. 
O importante é estimular a produção, seja por meio do desenho, pintura, 
escultura, colagem ou instalação. Não deixar que a criança apenas reproduza 
ou copie determinada obra. Diversificar os materiais, de pincéis de diferentes 
tamanhos a tintas mais aguadas ou mais espessas. Apresentar obras de arte 
originais também pode fazer parte da atividade. E, assim como no caso da 
música, não se deve ficar só no que é “feito para criança”. 
Assim como a música e o teatro, é uma outra forma de linguagem. Daí sua 
importância para o desenvolvimento da capacidade comunicativa da criança, 
que, enquanto interage com a produção artística visual de qualquer artista, 
aprende regras de composição, seus códigos e seus símbolos. 
 
 
 
 
15 
 
 
O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
Desde antes de nascer a criança já interage com os sons. A atividade deve se 
basear no tripé “ouvir, refletir e produzir”. Vale apresentar diferentes tipos de 
música, da clássica às canções folclóricas, e não apenas aquelas ”feitas para 
criança”. Estimular a criança a identificar os sons de diversos instrumentos e 
também aqueles produzidos pelo próprio corpo. Manusear instrumentos reais e 
produzir aqueles de sucata. 
A música também é uma forma de linguagem de comunicação e, assim 
colabora para desenvolver a capacidade comunicativa da criança. 
Aprendizagem é o processo pelo qual 
as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são 
adquiridos ou modificados, como resultado 
de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode 
ser analisado a partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes 
teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mais 
importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas 
artificiais. 
Aprendizagem humana está relacionada à educação e desenvolvimento 
pessoal. Deve ser devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo 
está motivado. O estudo da aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias 
da neuropsicologia, psicologia, educação e pedagogia. 
A definição de aprendizagem é difícil de ser realizada em razão da 
necessidade dela não se confundir com outros conceitos. Isso se deve ao fato 
de aprendizagem ser um conceito natural e não um conceito artificialmente 
criado. 
Em razão disso, Pozo (2002) prefere não criar uma definição formal de 
aprendizagem. Acreditar ser mais útil pensar em quais seria as melhores 
características para uma boa aprendizagem. Ele sugere três: 
a) a aprendizagem produz mudanças duradouras 
b) a aprendizagem deve ser transferível para outras situações 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(%C3%A9tica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_(filosofia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Observa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neuropsicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia
 
 
 
16 
 
c) a aprendizagem é consequência direta da prática realizada 
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de 
estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. 
Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender 
a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação 
física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no 
meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, 
normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas. 
O ponto de partida desta análise é a concepção vygotskyana de que 
o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas 
é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis 
específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de 
pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento 
verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo 
histórico, que são válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade 
humana (Vygotsky, 1993 p. 44). Sendo o pensamento sujeito às interferências 
históricas às quais está o indivíduo submetido, entende-se que, o processo de 
aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem 
escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-
aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. 
Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado 
pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses 
e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. 
Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível 
quando entendemos sua base afetivo-volitiva (Vygotsky, 1991 p. 101). Desta 
forma não seria válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem 
considerar os aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou 
realizar testes psicométricos não supre de respostas as questões levantadas. É 
necessário fazer uma análise do contexto emocional, das relações afetivas, do 
modo como a criança está situada historicamente no mundo.. 
Na abordagem de Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de 
propulsor do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o 
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e 
põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, 
seriam impossíveis de acontecer (Vygotsky, 1991 p. 101). A linguagem seria 
então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção 
desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição 
da linguagem. Vygotsky defende que os processos de desenvolvimento não 
coincidem com os processos de aprendizagem, uma vez que o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vygotsky
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pensamento_verbal&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Processo_hist%C3%B3rico-cultural&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linguagem_escrita&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linguagem_escrita&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ensino-aprendizagem&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ensino-aprendizagem&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dificuldades_de_aprendizagem
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Est%C3%A1gio_de_desenvolvimento&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Testes_psicom%C3%A9tricos&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Processos_de_desenvolvimento&action=edit&redlink=1
 
 
 
17 
 
desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás do processo de 
aprendizagem. Isto ocorre de forma sequencial. (Vygotsky, 1991 p. 102) 
Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de 
um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é 
considerada como um mecanismo autorregulador, necessária para assegurar à 
criança uma interação eficiente dela com o meio ambiente. (Wadsworth, 1996) 
Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a 
incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. 
E postula também que todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar 
aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de suas 
particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu 
fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes 
anteriores de assimilação. (Piaget,1975, p. 14) 
Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica 
afirmar a presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a 
conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas. Esta 
equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria 
apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua 
capacidade de diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só 
acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas cognitivos, 
porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de generalização de tal 
forma que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes, mesmo 
pertencendo à mesma classe. Essa noção de equilibração foi a base para o 
conceito, desenvolvido por Paín, sobre as modalidades de aprendizagem, que 
se servem dos conceitos de assimilação e acomodação, na descrição de sua 
estrutura processual. 
É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob 
seus aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações 
afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição educacional. À 
primeira vista, o desabrochamento da personalidade parece depender 
sobretudo dos fatores afetivos; na realidade, a educação forma um todo 
indissociável e não é possível formar personalidades autônomas no domínio 
moral se o indivíduo estiver submetido a uma coerção intelectual tal que o 
limite a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: 
se ele é passivo intelectualmente não será livre moralmente. Mas 
reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa submissão à 
vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem as relações de 
aprendizagem são as que ligam cada estudante individualmente a um 
professor que detém todos os poderes, ele não pode tampouco ser ativo 
intelectualmente. (Piaget, 1982) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piaget
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equilibra%C3%A7%C3%A3o_(Piaget)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assimila%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acomoda%C3%A7%C3%A3o_(Piaget)
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Esquema_de_assimila%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Equil%C3%ADbrio_cognitivo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Esquema_de_generaliza%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pa%C3%ADn&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modalidades_de_aprendizagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_sociais
 
 
 
18 
 
 
A DIFERENÇA ENTRE LER E CONTAR HISTÓRIAS 
 
 
O ler uma história para os alunos é uma forma de apresentar a obra conforme 
sua linguagem original, nas palavras do autor. E contar histórias envolve a 
improvisação, a interação com a turma e a possibilidade de agregar outros 
elementos ao enredo. 
 
Pegamos o exemplo da Música O Pato, dos compositores: Vinicius De Moraes 
/ Sergio Bardotti / Antonio Pecci Filho. 
 
Lá vem o pato 
Pato aqui , pato acolá 
Lá vem o pato 
Para ver o que é que há. 
 
O pato pateta 
Pintou o caneco 
Surrou a galinha 
Bateu no marreco. 
 
Pulou do poleiro 
No pé do cavalo 
Levou um coice 
Criou um galo. 
 
Comeu um pedaço 
 
 
 
19 
 
De jenipapo 
Ficou engasgado 
Com dor no papo. 
 
Caiu no poço 
Quebrou a tigela 
Tantas fez o moço 
Que foi pra panela 
 
 
Didática: Com violão e com um cenário teatral a contação de histórias 
proporciona um aprendizado de leitura para a alfabetização. 
 
 
E quem não conhece a história do Pinóquio? 
 
Era uma vez um carpinteiro que se chamava Gepeto. O homem era muito 
solitário e passava os dias fazendo coisas de madeira. O sonho de Gepeto era 
ter um filho com quem pudesse compartilhar a vida. 
Um dia, ele resolveu fazer um menino de madeira em formato de marionete e, 
ao terminar, disse: 
- Que belo boneco de madeira. Seria incrível se ele fosse um menino real! 
Para sua surpresa, o boneco tomou vida e começou a andar e falar. O homem 
ficou maravilhado e lhe deu o nome de "Pinóquio". 
Passados alguns dias, Gepeto envia Pinóquio para a escola e lhe dá a 
instrução de voltar para a casa assim que a aula terminar. Entretanto, no meio 
do caminho, Pinóquio avista um teatro de marionetes que acontecia na praça. 
 
 
 
 
 
20 
 
Ele então resolve participar do teatro, e todos ficam encantados com sua 
destreza. Assim, o boneco recebe 5 moedas de ouro e se alegra pensando que 
seu pai ficaria satisfeito. 
Pinóquio vai em direção à escola, mas quando estava quase chegando, se 
depara com dois homens mal intencionados que o convencem a ir com eles até 
um local e enterrar as moedas de ouro. Eles dizem: 
- Enterre as moedas aqui nesse terreno e nascerá uma árvore de dinheiro. Seu 
pai ficará rico e nunca mais precisará trabalhar! 
Pinóquio enterra as moedas e fica esperando a árvore nascer. Ele logo 
adormece, e nesse momento os homens pegam as moedas enterradas e 
fogem. 
O boneco despertou de seu sono profundo e se deu conta que o dinheiro havia 
sumido. Triste e preocupado, Pinóquio pensa que seu pai ficaria muito bravo e 
decide não voltar para casa. 
Enquanto caminhava, confuso, Pinóquio encontra uma linda jovem de vestido 
azul. Ele pede ajuda, e a moça, que era na verdade uma fada, lhe diz que 
ajudaria. Ela pergunta ao boneco onde ele morava, ao que Pinóquio responde 
que era sozinho e não tinha casa. 
A fada então repara que o nariz de graveto do menino começa a crescer e se 
dá conta de que ele havia contado uma mentira. Ela recomenda que ele volte 
para sua casa e se comporte junto ao seu pai. O boneco promete que faria isso 
e seu nariz volta ao normal. 
Na volta para casa, Pinóquio passa por um parque de diversões e não resiste, 
ele entra no parque. Imediatamente seu nariz começa a crescer novamente. 
Lá, o boneco encontra pessoas que dizem que ele poderia comer todos os 
sorvetes que gostaria. Pinóquio então toma vários sorvetes, sem saber que se 
transformaria em um burro. 
Dessa forma, as pessoas o vendem para um circo, onde Pinóquio trabalha 
exaustivamente e é mal tratado. Então, quando ele, na forma de burro, já não 
servia mais para o trabalho, os donos do circo o atiram ao mar. 
Assim que cai no mar, o burrinho transforma-se de novo em menino de 
madeira e é engolido por um baleia faminta. Dentro da barriga da baleia, 
Pinóquio encontra-secom seu pai, Gepeto, que também fora engolido quando 
estava a sua procura. 
Os dois se abraçaram contentes, mas estavam muito fracos. Nessa hora, um 
peixe que também estava lá oferece ajuda e os tira de dentro da baleia. 
 
 
 
21 
 
Assim, Gepeto e Pinóquio conseguem voltar para casa. Depois de tantos 
apuros, Pinóquio promete ao pai ser um bom menino e não mentir mais. 
A fada azul então aparece e converte Pinóquio em um menino real, de carne e 
osso, para a alegria de todos! 
O menino de madeira Pinóquio teve sua primeira aparição na história As 
aventuras de Pinóquio, em 1883. Escrita pelo italiano Carlo Collodi, esse conto 
ganhou diversas versões, sendo o mais conhecido o da Disney, lançado em 
1940. 
A palavra pinóquio vem do italiano e significa "pinhão". 
Na história, o que está colocado é a perda da ingenuidade e a construção de 
uma personalidade sólida. Tanto que, o boneco de madeira é feito como uma 
marionete, o que significa que ele é facilmente manipulável. 
Impossibilitado de atuar no mundo por si mesmo, Pinóquio entras nas maiores 
enrascadas ao fazer apenas o que outras pessoas sugerem. 
O boneco também se esquiva de suas responsabilidades a todo tempo, 
desviando-se do caminho da escola e dos seus afazeres. Essa é uma maneira 
de demonstrar o apego à infância e falta de maturidade. 
Outro ensinamento importante é sobre a falsidade, exibida no conto através do 
nariz do menino, que aumenta de tamanho a cada mentira contada. Assim, fica 
explícito que não se deve mentir, pois a verdade sempre aparecerá, de uma 
forma ou de outra. 
Por fim, o boneco, depois de ser enganado por diversas vezes, reencontra seu 
pai e assume as responsabilidades, adquirindo também a esperteza necessária 
para não ser mais manipulado. Assim, ele é transformado finalmente em um 
menino real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
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