Revolução Russa (1917) Apresentação

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Rússia czarista
Monarquia absolutista, centrado na
figura do czar Nicolau II Romanov e
na sua família.
Nos primeiros anos do século XX, 85%
da população da Rússia czarista era
composta por camponeses
(conhecidos como mujiques) que era
explorados pelos senhores rurais e
enfrentavam a miséria e a fome.
Nos primeiros anos do século XX, 85%
da população da Rússia czarista era
composta por camponeses (conhecidos
como mujiques) que era explorados
pelos senhores rurais e enfrentavam a
miséria e a fome
Na esquerda: Um folheto do Union of
Russian Socialists. Representa a divisão
de classes sociais e critica fortemente a
desigualdade econômica presente no
Império Russo em 1901.
O processo de industrialização atraiu muitos camponeses para os grandes
centros urbanos – formando a classe operária ou proletariado – atrás de
melhores condições de vida e salários, mas o aumento drástico nos impostos
para custear este processo enriqueceu a burguesia industrial, enquanto os
camponeses sofriam com salários baixíssimos e exaustivas jornadas de
trabalho (16 horas diárias).
Inspirados nos ideais de Karl Marx,
formaram-se partido de oposição ao
absolutismo de Nicolau II, sendo o
principal deles o Partido Operário
Social-Democrata Russo (POSDR), que,
posteriormente, por divergências
ideológicas, dividiram-se em
bolcheviques e mencheviques.
Na direita, Vladimir Ilyich Ulianov, mais
conhecido por Lênin, revolucionário
comunista e líder bolchevique. "Todo
poder aos soviets" Almejava o fim do
governo provisório e a instituição de
uma nova forma de poder.
O Domingo Sangrento (1905)
Em 1905, o movimento revolucionário estava amplamente difundido na Rússia czarista.
Revoltados com os salários baixíssimos, com as cargas horárias elevadas, a fome e o frio,
mais de 200 mil operários entraram em greve e manifestaram-se pacificamente em São
Petersburgo por melhores condições de trabalho. O czar, no entanto, ordenou que as tropas
imperiais avançassem contra os manifestantes, matando centenas de homens, mulheres e
crianças. Esse episódio ficou conhecido como O Domingo Sangrento, e marcou o início de uma
série de revoltas contra o autoritarismo de Nicolau II.
Os trabalhadores criaram os sovietes, conselhos democráticos formados por
delegados eleitos por operários, camponeses e soldados, que reivindicavam
maior participação na política e se organizarem na luta por melhores condições
de subsistência. Pressionado pelas revoltas populares, o czar cedeu e criou o
Duma, um parlamento formado por deputados eleitos que auxiliavam nas
decisões políticas, e a elaboração de uma Constituição, reinvindicação dos
partidos políticos e sindicatos trabalhistas
A insistência do czar Nicolau II em querer que a Rússia continuasse
participando ativamente na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918)
agravou ainda mais a sua impopularidade com a oposição, pois após
derrotas para os exércitos alemãs e austríacos e os investimentos na
indústria armamentista e nos setores militares, resultaram num aumento
agravante da pobreza, da fome e do desemprego. Em 27 de fevereiro de
1917, após novas revoltas eclodirem por todo o país, o czar Nicolau II
Romanov foi obrigado a abdicar.
 
A insistência do czar Nicolau II em querer que a Rússia continuasse
participando ativamente na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918)
agravou ainda mais a sua impopularidade com a oposição, pois após
derrotas para os exércitos alemãs e austríacos e os investimentos na
indústria armamentista e nos setores militares, resultaram num aumento
agravante da pobreza, da fome e do desemprego. Em 27 de fevereiro de
1917, após novas revoltas eclodirem por todo o país, o czar Nicolau II
Romanov foi obrigado a abdicar.
 Após a queda do czar, a Rússia mergulhou em um caos político. A
população ansiava pela paz. Foi instaurado um governo provisório que
pretendia honrar os compromissos com os aliados, os ingleses e os
franceses, ou seja, continuar com a guerra. Na onda de levantes
populares, o líder bolchevique Vladimir Lênin retorna do seu exílio na
Inglaterra e Finlândia almejando o fim do governo provisório e
instituindo uma nova forma de poder.
No segundo semestre de 1917, os
mujiques passaram a tomar as terras
de grandes proprietários e
distribuindo-as entre si de maneira
igualitária. 
Nas cidades, os operários entraram em
greve e formaram novos sovietes a
partir do modelo do soviete de
Petrogado (antiga São Petersburgo) e
invadiram o Palácio do Inverno – sede
do poder na Rússia. A Revolução Russa
foi considerada vitorioso em 25 de
outubro de 1917.
Os bolcheviques, quando assumiram o poder, atendiam ao desejo
geral do povo russo: a paz. Entretanto, as classes e grupos sociais
desalojados do poder pela Revolução de Outubro de 1917 não se
conformaram com a situação e se organizaram, formando o Exército
Branco, composto por setores da nobreza e da antiga oficialidade do
czar. Com o apoio das tropas de países capitalistas (inglesas,
francesas, japonesas, estadunidenses e até alemãs) tentaram
derrubar os comunistas do poder. Inicia-se uma guerra civil em abril
de 1918.
Para deter os contrarrevolucionários, os comunistas criaram o famoso
Exército Vermelho. A guerra civil estendeu-se até 1921, deposvoando
cidades, devastando campos e causando a morte de milhares de
pessoas. Ao término do conflito, o governo revolucionário saiu
vitorioso, entretanto, passou a dirigir um país arruinado.
Em 1921, todos os partidos
políticos foram proibidos, dando
lugar a um regime de partido
único: o Partido Comunista.
Proibido a criação de facções ou
dissidências dentro do partido;
debates internos ou
manifestações de oposição foram
suprimidos.
Os bolcheviques acreditavam que
a revolução na Rússia seria o
início de um movimento
internacional.
E os Romanov?
Em 1922, o novo país passou a se
chamar União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS). Lênin
sofreu um ataque cardíaco em
decorrência do trabalho exaustivo e
afastou-se pouco a pouco do poder, até
morrer, em 1924. O secretário-geral do
Partido Comunista, Josef Stalin, passou
a disputar com Leon Trotski a liderança
da União Soviética.