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Ebook da Unidade - Distúrbios e Transtornos Cognitivos e a Inclusão

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TRANSTORNOS E 
DISTÚRBIOS DA 
APRENDIZAGEM
Unidade 1
Inclusão de Pessoas com 
Distúrbios e Transtornos 
Cognitivos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
VIRNA MAC CORD CATÃO
4 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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de
 1
A
U
TO
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A
Virna Mac Cord Catão
Sou pedagoga, especialista em Administração Escolar e EAD e 
mestra em Educação, com mais de 15 anos de experiência técnico-
profissional e docente. Passei por instituições educacionais 
públicas e privadas. Já atuei como docente na Educação Básica 
(Prefeitura do Rio de Janeiro, Colégio Pedro II etc.), principalmente 
em turmas de alfabetização e classes de progressão, inserindo-
me em diversos contextos de aprendizagem, como também na 
Educação Superior (UNIABEU, UFRRJ etc.). Na área técnica, já fui 
pedagoga do CAP UERJ e do IFRJ e supervisora da UNIVESP. Sou 
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
5TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 1
ÍC
O
N
ES
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
OBJETIVO
Para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito.
NOTA
Quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento.
IMPORTANTE
As observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você.
EXPLICANDO 
MELHOR
Algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado.
VOCÊ SABIA?
Curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias.
SAIBA MAIS
Textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast.
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas.
6 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 1
Distúrbios da aprendizagem .................................................... 9
Transtorno, distúrbio e dificuldade de aprendizagem ........ 21
Problemas de aprendizagem ..........................................................................21
Dificuldade de aprendizagem .........................................................................25
Transtorno/distúrbios de aprendizagem .....................................................28
Características dos distúrbios de aprendizagem ................. 34
Dificuldades x Transtornos de aprendizagem .............................................. 34
Como identificar uma dificuldade de aprendizagem? ............................... 35
Como identificar um transtorno de aprendizagem? .................................. 38
Dislexia ..................................................................................................42
Discalculia .............................................................................................42
Disgrafia ................................................................................................43
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ....... 44
Transtorno Opositor Desafiador (TOD) ........................................... 45
Processo de inclusão e os distúrbios de aprendizagem ...... 47
Inclusão................................................................................................................47
Dificuldade de incluir ........................................................................................50
Dificuldades e distúrbios de aprendizagem x educação especial ............ 52
Escola inclusiva ...................................................................................................53
Educação inclusiva e legislação .......................................................................54
SU
M
Á
RI
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7TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
Você sabia que os transtornos e distúrbios de aprendizagem 
tem sido uma área muito estudada por educadores, professores 
e psicólogos, além de profissionais de outras áreas das ciências 
humanas? Isso tem ocorrido devido às transformações e 
necessidades atuais. Transformações no que diz respeito ao 
entendimento de que as pessoas são diferentes umas das 
outras, implicando a necessidade de dar voz e vez às pessoas 
com transtornos e distúrbios. Todas as pessoas têm suas 
potencialidades de forma diferente, e essas diferenças devem 
ser respeitadas. Mas, para isso, precisamos entender como se 
processam a vida, o conhecimento, as possibilidades de avanço 
que as pessoas têm. Precisamos entender, nesta perspectiva, o 
que é a aprendizagem, como se caracterizam esses transtornos/
distúrbios e os princípios de inclusão dessas pessoas na 
sociedade. Percebeu a importância dessa temática? Ao longo 
desta unidade letiva, você vai mergulhar neste universo!
8 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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O
BJ
ET
IV
O
S
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é 
auxiliar você a atingir os seguintes objetivos de aprendizagem 
até o término desta etapa de estudos:
1. Identificar os processos fundamentais de aprendizagem.
2. Diferenciar transtorno, distúrbio e dificuldade de 
aprendizagem.
3. Caracterizar os distúrbios cognitivos e comportamentais.
4. Discernir sobre a importância do processo de inclusão 
de pessoas com dificuldades de aprendizagem.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
9TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 1
Distúrbios da aprendizagem
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como ocorre a aprendizagem e as 
características e diferenças entre dificuldades, 
distúrbios e transtornos da aprendizagem. Isso 
será fundamental para o exercício de sua profissão, 
seja como professor ou em outra área que estuda a 
neuroeducação como possibilidade de intervir em 
processos de aprendizagem. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então, vamos 
lá. Avante!
Atualmente, o tema “distúrbios de aprendizagem” vem 
sendo uma questão muito debatida e que gera preocupações. 
Percebe-se que há uma generalização, por partes de algumas 
pessoas, de que toda dificuldade é um distúrbio. Porém, cumpre 
enfatizar que o erro faz parte do processo de construção do 
conhecimento e que nem sempre ele é uma fatalidade para a 
aprendizagem.
Nessa direção, é necessário explicar, primeiramente, que 
a aprendizagem é o momento de construção, de interação, 
de mediação etc. Além disso, o erro faz parte desse processo. 
Uma dificuldade de aprendizagem não significa um distúrbio, 
tampouco um transtorno, sendo estas definições distintas e que 
precisamos compreender para sabermos como agir, pois é com 
base nessa distinção que encontraremos possibilidades de ação. 
Por vezes, apenas adaptações às necessidades da pessoa são 
suficientes para a promoção da aprendizagem e, caracterizando 
essas questões, abrimos portas para o processo de inclusão de 
pessoas que aprendem de formas diferentes. 
10 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Podemos definir a aprendizagem como uma mudança de 
comportamento oriunda de uma experiência que pode ocorrer 
tanto naturalmente, ao nos relacionarmos com o mundo e as 
pessoas, como intencionalmente, a exemplo do que ocorre no 
caso de instituições de ensino, cujo objetivo é a promoção da 
aprendizagem.
Figura 1 – Aprendizagem intencionalna escola
Fonte: Pixabay 
Quando não conseguimos aprender na escola, dizemos que 
houve um “fracasso da aprendizagem”. 
Esse fracasso da aprendizagem tem diversas causas e 
uma delas pode ter origem associada aos próprios sistemas 
de ensino, por não conseguirem compreender nem atender 
os alunos, às suas alteridades e às suas culturas. Nesse caso, 
a escola deve estar atenta às diversas formas de manifestação 
das aprendizagens, uma vez que as pessoas são diferentes e 
oriundas de espaços e culturas também diferentes.
11TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Nesse processo, existe claramente a possibilidade de 
ocorrerem falhas por parte da escola. No entanto, os demais 
contextos em que os alunos estão inseridos interferem em 
suas aprendizagens, levando ao fracasso mútuo da absorção de 
conteúdo do aprendiz e de seu cumprimento enquanto agente 
educador. 
Esses fatores, aos quais os alunos estão expostos, podem não 
ser determinantes – e por muito tempo acreditou-se nisso –, mas 
são considerados interferências no processo de aprendizagem. 
Alguns exemplos são: o contexto familiar e cultural, as relações 
sociais, as condições econômicas e políticas etc.
Nesse sentido, o fracasso da aprendizagem não é um objeto 
de estudo isolado, posto que deve ser lido e compreendido num 
contexto que envolve pelo menos três dimensões.
Figura 2 – As dimensões do fracasso da aprendizagem 
Filosófica
Psicológica Sociológica
Dimensões
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
12 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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O objetivo não é buscar culpados, isso seria “chover no 
molhado”. O que queremos é compreender melhor como a 
aprendizagem é constituída e, desse modo, pensar em maneiras 
de intervenção para revertermos o quadro de falhas e fracassos 
em resultados de sucesso. 
Conforme observamos, temos a dimensão psicológica, que 
implica diretamente o entendimento do que é aprendizagem 
e a sua promoção. Mas o que é aprendizagem? Para melhor 
compreensão sobre o contexto, tomaremos como referencial as 
teorias interacionistas, ou melhor, o pensamento piagetiano. 
Para Piaget, o conhecimento é produzido por meio de 
uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas 
já existentes. Seguindo esse pensamento, entendemos que 
a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas 
cognitivas do sujeito como de sua relação com os objetos/meio. 
Figura 3 – Jean Piaget
 
Fonte: Wikimedia Commons.
13TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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VOCÊ SABIA?
Piaget nasceu na Suíça no ano de 1896 e faleceu 
em 1980. Vindo de uma família culta, Piaget, ainda 
muito pequeno, precisamente aos 7 anos, tinha 
interesse por determinados estudos de ordem 
científica. Sua formação inicial foi em Biologia, mas 
também estudou Filosofia e, aos 22 anos, finalizou 
o doutorado em Ciências Naturais e lançou 
diversos livros, tendo muita influência no campo 
da Psicologia. Teve preocupações eminentemente 
epistemológicas, tendo-se dedicado ao estudo de 
como o ser humano constrói conhecimento. Na 
verdade, estudando as origens dos seres vivos, por 
meio dos estudos da ontogênese e filogênese, é 
que Piaget foi encaminhando suas pesquisas para 
as características essencialmente humanas. 
IMPORTANTE
De acordo com Piaget, a inteligência é o mecanismo 
de adaptação do organismo a uma situação nova e, 
como tal, implica a construção contínua de novas 
estruturas. Essa adaptação refere-se ao meio 
exterior. Para ele, os indivíduos se desenvolvem 
intelectualmente a partir de exercícios e 
estímulos oferecidos pelo meio em que vivem. O 
comportamento de cada um de nós é construído 
numa interação entre o meio e o indivíduo. 
Essa teoria é caracterizada como interacionista, 
e afirma que, quanto mais complexa for essa 
interação, mais “inteligente” será o indivíduo. Para 
Piaget, a estrutura de maturação do indivíduo 
sofre um processo genético, e a gênese depende 
de uma estrutura de maturação. Dessa forma, a 
aprendizagem depende do desenvolvimento. Sua 
teoria nos mostra que o indivíduo só aprende 
determinada coisa se estiver preparado para 
recebê-la. Ou seja, se puder agir sobre o objeto 
de conhecimento para inseri-los num sistema de 
relações. 
14 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Em sua teoria, Piaget afirma que há dois processos 
fundamentais para a organização do pensamento, a assimilação 
e a acomodação:
Dois mecanismos são fundamentais nessa relação: 
a organização e a adaptação, que constituem 
as invariantes funcionais de todo ser vivo. Sem 
organização, não é possível ao ser vivo ter um 
comportamento finalista, voltado para a satisfação 
de suas necessidades biológicas fundamentais. É a 
organização que dota o ser vivo da capacidade de 
ter condutas seletivas, isto é, eficientes do ponto de 
vista do atendimento das demandas fundamentais à 
adaptação.
A adaptação tem duas faces que estão indissoluvelmente 
ligadas: assimilação e acomodação. Em tempo real, 
numa ação adaptativa, ambas são como faces da 
mesma moeda, continuamente interligadas. Apensar 
desta inter-relação no funcionamento, a assimilação e 
a acomodação são conceitualmente distintas, opostas 
e complementares. (AZENHA, 1998, p. 25)
Na teoria construtivista, o sujeito aprendente é ativo, ou 
seja, Piaget parte do fundamento de que há ações “inteligentes” 
perante o conhecimento. É no relevantamento de hipóteses e na 
alternância entre erro e acerto, que o sujeito operacionaliza o 
conhecimento.
Para ocorrer esse processo, Piaget observou e ponderou a 
ideia de adaptação do sujeito ao meio, em que essa adaptação 
é promovida pelo processo de reequilibrações sucessivas. Isso 
significa que, ao se deparar com algo desconhecido ou com um 
novo objeto de conhecimento, tem-se um desordenamento dos 
esquemas já internalizados.
15TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 4 – Processo de equilibração
ASSIMILAÇÃO
(Da experiência à mente)
ACOMODAÇÃO
(Da mente à experiência)
EQUILIBRAÇÃO
(Estado de adaptação cada vez 
mais estável)


Fonte: Elaborada pela autora (2019).
É sendo desafiado e estimulado ou buscando preencher 
alguma lacuna, que o sujeito se “desequilibra” intelectualmente, 
fica curioso e, por meio de assimilações e acomodações, procura 
retornar ao equilíbrio.
No caso da aprendizagem da língua escrita, o pensamento 
piagetiano muito influenciou o processo de ensino-aprendizagem. 
Equivocadamente, a influência foi até confundida como método 
em algumas escolas.
Figura 5 – Escrita 
Fonte: Freepik
16 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Apesar das ideias construtivistas não serem métodos, 
elas demonstram algumas questões sobre a aprendizagem da 
escrita, como o fato de que as manifestações escritas de crianças 
têm origem na sua relação com o mundo e na estruturação 
de seu pensamento. Então, um erro nem sempre é um erro 
como pensamos, mas, sim, uma hipótese de fato inteligente e 
elaborada a partir das experiências realizadas. 
O erro muitas vezes é visto no processo de aprendizagem 
como algo fatal e um fim em si mesmo. Muitas pessoas dizem 
que quem erra não sabe, mas será mesmo que não sabe? O erro 
é parte das ideias elaboradas para se tentar chegar ao acerto. Da 
mesma forme, o erro pode ser apenas uma dificuldade que, com 
a intervenção correta, promoverá a aprendizagem.
Nessa direção, estamos contestando a ideia de que a 
aprendizagem é algo estático ou que só depende do sujeito 
aprendiz. Podemos entender que a aprendizagem depende de 
todos os fatores mencionados, inclusive do respeito a diferentes 
níveis e formas de aprender.
Exemplo:
Tratando-se da aprendizagem na escola, algo muito polêmico 
diz respeito à organização em ciclos. O ciclo não indica aprovação 
automática, mas, sim, a progressão continuada da aprendizagem, 
embora muitos sistemas e escolas que o implantaram tenham 
difundido essa questão de forma equivocada. Quando falamos 
em progressão continuada,estamos observando, principalmente 
no que se refere ao processo de aprendizagem, a ideia de 
inacabamento, pois não podemos aprisionar a aprendizagem 
dos alunos no ano-calendário. Alguns aprendem a lógica da 
escrita e sua representação em dois meses, outros em dez 
meses. Portanto, o respeito aos diferentes ritmos também é um 
dos princípios fundamentais do ciclo na educação escolar.
17TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 6 – O tempo para a aprendizagem
Fonte: Pixabay
A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre 
constantemente ao longo da vida, pois sempre estamos 
aprendendo alguma coisa. Não há um único ritmo de 
aprendizagem pelo fato de que as pessoas, inseridas em 
diversos contextos, são diferentes e possuem características que 
as distinguem das outras pessoas que aprendem, portanto, de 
formas e em tempos e ritmos também diferentes. 
18 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 7 – As pessoas são diferentes
Fonte: Freepik
Para que o ato de aprender ocorra no âmbito fisiológico, 
são necessárias algumas integridades básicas, como as funções 
psicodinâmicas (ativadas ao internalizarmos as experiências 
que buscam a assimilação de forma hierárquica), as funções 
do sistema nervoso periférico (responsáveis pelos canais 
sensoriais da aprendizagem) e funções do sistema nervoso 
central (armazenamento, elaboração e processamento). Porém, 
observaremos melhor essas funções mais à frente, quando 
abordarmos os distúrbios e transtornos de forma mais específica.
Nesse processo de aprender, primeiro ocorre o input, ou 
seja, a recepção das informações pelos sentidos visual e auditivo 
em um processo no qual a cognição é ativada a partir dessas 
informações. 
A cognição é responsável pela memorização, densidade, 
simultaneidade e sequência das informações, e o output é a 
resposta devolvida, que é responsável pelos processos 
motores, como desenhar, ler, escrever e resolver problemas. 
19TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Outro processo importante é a retroalimentação, responsável 
pela organização de todo o processo e que inclui tarefas como a 
capacidade de repetição, o controle e a realização das atividades.
Figura 8 – O ciclo da aprendizagem
Input
Retroalimentação CogniçãoAprendizagem
Output
Fonte: Elaborada pela autora (2019). 
Alguns elementos podem causar alterações na 
aprendizagem. Como exemplos, temos os fatores orgânicos, 
o baixo peso ao nascer, as más formações congênitas, a 
prematuridade, além do fator genético, que é outro elemento 
que também altera a aprendizagem. 
Enfim, de acordo com este pensamento, entendemos que 
a aprendizagem de um sujeito não pode ser analisada como 
um fato isolado, tampouco como incapacidade. Para a análise, 
é necessária uma abordagem holística, com a finalidade de se 
compreender como a aprendizagem ocorre em cada um e como 
pode ser potencializada.
20 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então, conseguiu compreender a base para os 
nossos estudos? Como você deve perceber, os 
distúrbios de aprendizagem estão bastante em 
pauta, principalmente no sentido de se buscarem 
formas de remediar tais dificuldades e garantir a 
aprendizagem real dos alunos. Assim, começamos 
nossos estudos falando sobre as três dimensões 
do fracasso de aprendizagem, que são a filosófica, 
psicológica e a sociológica. Identificando essas 
dimensões, é possível começar a trabalhar sobre as 
necessidades do aluno e como agir sobre cada uma 
delas. Nesse sentido, exploramos um pouco sobre o 
conhecimento de Jean Piaget acerca dos mecanismos 
fundamentais nos processos de aprendizagem, 
bem como a sua teoria construtivista, que pode 
promover um processo de reequilibração sucessiva 
do conhecimento, relacionada com a assimilação e 
a acomodação da mente no momento de receber o 
aprendizado. Assim, conhecendo um pouco sobre 
todo esse processo e as etapas de aprendizagem 
(input, cognição, output e retroalimentação), temos 
em mãos os conhecimentos básicos para seguir 
com os nossos estudos. Pronto para continuar? 
Vamos lá!
21TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtorno, distúrbio e 
dificuldade de aprendizagem
OBJETIVO
Ao fim deste capítulo, você será capaz de diferenciar 
os termos transtorno, distúrbio e dificuldade de 
aprendizagem, as suas principais características 
e formas de diferenciação entre cada um desses 
pontos. Espero que esteja pronto para conhecer 
mais sobre o tema e se capacitar para diferenciar 
cada um deles, a depender das características 
básicas e do caso concreto. Pronto para começar 
mais um capítulo? Vamos lá!
Problemas de aprendizagem 
Como vimos até o momento, a discussão sobre as dificuldades 
de aprendizagem são bastante presentes em diversos ramos de 
pesquisa, uma vez que é necessário compreender cada uma 
dessas dificuldades e encontrar solução para elas, facilitando a 
aprendizagem de todos e tornando a educação mais acessível e 
inclusiva.
No entanto, muitos mitos e mentiras acabaram se 
confundindo com a realidade sobre o tema de forma que a 
educação, muitas vezes, acaba sendo cheia de preconceitos e 
segregação contra os alunos que possuem ritmo de aprendizagem 
diferente dos demais.
É importante termos em mente que a legislação brasileira 
não classifica os alunos com ritmos de aprendizagem distintos 
como alunos destinados à Educação Especial, ou seja, tais alunos 
não possuem direito a ter um atendimento especializado, salas 
com recursos multifuncionais ou qualquer outra ferramenta 
destinada a alunos-alvo da Educação Especial. 
22 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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No entanto, ainda assim, todos aqueles que possuem 
algum problema de aprendizagem precisam de algum tipo de 
ajuda ou auxílio. Mas, para que isso seja possível, é preciso que 
se compreenda, primeiramente, quais as diferenças entre as 
dificuldades de aprendizagem, os transtornos e os distúrbios 
de aprendizagem. Só assim será possível atender às demandas 
desses alunos da melhor forma possível.
Assim, podemos começar essa parte dos nossos estudos 
compreendendo que os problemas de aprendizagem podem ser 
divididos em dois grupos, os quais podem ser observados na 
Figura 9.
Figura 9 – Grupos de problemas de aprendizagem
 


Distúrbios/ Transtornos 
de Aprendizagem
Dificuldades de 
Aprendizagem
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022).
Compreender a origem daquilo que pode ser um problema 
para um aluno é um dos primeiros passos para entender as 
características desse problema e como se pode contorná-lo, 
garantindo planejamento educacional relevante e aprendizado 
eficaz para todos.
23TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 1
A expressão “dificuldade de aprendizagem” possibilita 
entender e explicar por qual motivo o processo de aprendizagem 
de uma pessoa não ocorreu devidamente (SEABRA et al., 2020). 
No entanto, existe um problema conceitual anunciado no meio 
dessa questão, em que a dificuldade é confundida com o distúrbio 
ou transtorno. 
Figura 10 – Dificuldade de aprendizagem
Fonte: Freepik
De uma forma simples e direta, Furtado (2008) busca 
elementos de diferenciação:
Constata-se que o termo distúrbio está quase sempre 
associado a disfunções e lesões neurológicas, que 
acabam acarretando prejuízos e danos à aprendizagem. 
Já a dificuldade de aprendizagem geralmente está 
relacionada aos fatores metodológicos e internos 
do sujeito, como aspectos emocionais e familiares. 
(FURTADO, 2008, p. 15)
24 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Uma pergunta central que deve ser feita antes de definir se 
determinado caso se trata de uma dificuldade, de um distúrbio 
ou de um transtorno de aprendizagem é: “por que determinada 
pessoa não aprende?”.
Esse questionamento faz que nos movamos em direção à 
pesquisa. Precisamos, antes de tudo, observar e dialogar com os 
sujeitos para que busquemos pistas sobre sua aprendizagem.A 
pesquisa faz parte do cotidiano de quem trabalha com educação 
e aprendizagem.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. 
Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro. 
Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. 
Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago 
e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, 
intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso 
para conhecer o que ainda não conheço e comunicar 
ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996, p. 32)
VOCÊ SABIA?
Paulo Freire foi um educador brasileiro de referência 
no mundo todo. Seu principal questionamento diz 
respeito ao posicionamento político da educação 
e seu papel na vida dos alunos. Quando falava 
de posicionamento político, não se referia à 
politicagem, mas à capacidade de fazer escolhas, 
ou melhor, de se posicionar perante o mundo. 
No livro “Pedagogia da Autonomia”, o educador 
aborda de forma crítica os saberes necessários à 
prática educativa, entre eles o fato de que “ensinar 
exige pesquisa”. 
Em alguns casos, não encontraremos respostas, teremos 
apenas pistas que colaborarão para que encaminhamentos aos 
especialistas sejam realizados. De qualquer forma, elementos 
de compreensão serão incorporados e intervenções possíveis 
25TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 1
na aprendizagem, realizadas. Porém, nem sempre intervenção 
significa medicação. Isso ocorre quando as mudanças 
metodológicas por parte dos que ensinam conseguem colaborar 
para que o aluno chegue ao objetivo proposto, superando as 
dificuldades de aprendizagem. 
Dificuldade de aprendizagem 
Quando tratamos sobre os problemas de aprendizagem, é 
comum começarmos falando das dificuldades de aprendizagem, 
já que são as primeiras a serem percebidas, pedagogicamente 
falando. A primeira coisa que Seabra et al. (2020) ressaltam 
acerca das dificuldades de aprendizagem é que estas são 
dificuldades pedagógicas por essência e não são uma questão 
ligada à neurobiologia.
A dificuldade de aprendizagem, etimologicamente falando, 
está associada ao vocábulo “difficultatem”, que significa não 
conseguir fazer algo, um obstáculo, uma barreira que impede 
que os sujeitos realizem e alcancem determinados objetivos. A 
barreira à qual os indivíduos com déficit de aprendizado estão 
sujeitos precisa ser descoberta e revelada.
Essa barreira ou obstáculo estaria associada às questões 
internas, como fatores biológicos, ou às questões externas, como 
fatores sociais. Obter a definição clara é de suma importância 
para saber se se trata de uma dificuldade, de um distúrbio ou de 
um transtorno de aprendizagem.
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Figura 11 – Criança com dificuldade de se concentrar
Fonte: Freepik
Todo o processo de inserção da criança dentro da escola, 
as relações sociais que são forjadas nesse período são novidades 
para as crianças, de forma que demanda uma nova adaptação 
social da criança, principalmente com a quantidade de estímulos 
que são requeridos. 
Assim, existe todo um processo de maturação e de 
desenvolvimento físico e mental pelo qual a criança deve passar 
(SEABRA et al., 2020). Todavia, nem todas as crianças conseguem 
passar normalmente por essa etapa, ou, até mesmo, passar por 
tudo isso no mesmo ritmo em que a maioria. 
Todo esse ambiente, com novas regras, comportamentos e 
pessoas que estão fora de sua normalidade e rotina familiar, pode 
acabar fazendo que o aluno não se encaixe como esperado na 
escolarização, apresentando diversas dificuldades para aprender 
e compreender a necessidade da aprendizagem em sua vida.
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Além do que já vimos, Seabra et al. (2020) determinam 
que a dificuldade de aprendizagem está aliada com a 
multidisciplinaridade, de forma a deixar claro que existem diversas 
maneiras de se aprender algo. Entretanto, obstáculos culturais, 
cognitivos ou mesmo emocionais podem acabar atravessando o 
caminho do aprendizado e, uma vez diagnosticada a dificuldade, 
é preciso que o tratamento seja realizado o mais rápido possível.
O diagnóstico tardio de uma dificuldade de aprendizagem 
pode trazer inúmeras consequências a longo prazo. Ressalta-se 
ainda que, no caso das dificuldades de aprendizagem, é possível 
que estas sejam tratadas dentro da própria escola, aliando 
técnicas de pedagogia e psicologia, naquilo que se entende como 
tratamento psicopedagógico.
Figura 12 – Criança em tratamento psicopedagógico
Fonte: Freepik
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No geral, as dificuldades de aprendizagem estão 
relacionadas com as chamadas deficiências sensoriais e 
deficiências intelectuais, responsáveis por prejudicar e colocar 
obstáculos nos processos de aprendizagem, como já vimos.
Essas dificuldades estão relacionadas com o modo diferente 
com que cada criança aprende, bem como com a necessidade 
constante de estímulos. Além disso, fatores como pressão, 
problemas familiares, sofrimentos, trocas constantes de escolas, 
entre outros também podem estar ligados diretamente às 
dificuldades de aprendizagem.
Uma vez que há o reconhecimento e a identificação do 
problema, é preciso que haja acompanhamento constante da 
criança, tanto por profissionais responsáveis quanto pela própria 
família, para se solucionar o problema. 
Transtorno/distúrbios de 
aprendizagem 
Por outro lado, temos os transtornos de aprendizagem, 
também chamados de distúrbios de aprendizagem, e que 
vão refletir uma realidade completamente diferente daquela 
enfrentada pelas crianças com simples dificuldades.
No caso dos transtornos ou distúrbios, Seabra et al. (2020) 
afirmam que são fenômenos que possuem origem neurobiológica, 
de forma que a sua identificação depende da avaliação atenta de 
equipes multidisciplinares para que o diagnóstico seja feito de 
modo correto.
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Os transtornos acabam se relacionando com dificuldades 
em cálculos, escrita, leitura, entre outras competências da 
aprendizagem, podendo se manifestar isoladamente ou de 
maneira associada com outras dificuldades. Assim, a atividade 
dos profissionais das áreas pedagógicas e psicológicas visam 
proporcionar que a criança se desenvolva de forma plena, 
manifestando sua autonomia e independência da melhor forma 
possível.
Os transtornos de aprendizagem vão além do padrão de 
dificuldade, pois, geralmente, estão associados à capacidade 
cognitiva, já que estas são alteradas por algum distúrbio 
orgânico. Em geral, os transtornos de aprendizagem são 
persistentes, não podendo ser alterados apenas com o trabalho 
pedagógico, necessitando, em muitos casos, de medicação e 
acompanhamento médico.
VOCÊ SABIA?
Até o ano de 2013, os transtornos e os distúrbios 
de aprendizagem eram tratados como problemas 
distintos, que possuíam características próprias 
e individuais. Porém, de acordo com a quinta 
edição do “Manual de Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-V)”, lançado em 
2013, esses fenômenos se tornaram um só, 
como sinônimos de problemas de aprendizagem 
de ordem neurológica que um indivíduo pode 
manifestar (SEABRA et al.,2020). 
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Figura 13 – Criança com dislexia, um dos transtornos de aprendizagem
Fonte: Freepik
Em sua obra, Seabra et al. (2020) também destacam outros 
importantes aspectos relacionados com o “Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais” de 2013, sendo um deles 
a forma como os distúrbios de aprendizagem são relacionados 
entre si, além de estarem relacionados com muitos processos de 
aprendizagem, caso do uso adequado das habilidades acadêmicas 
relacionadas a leitura, escrita e cálculos matemáticos.
Um ponto interessante trazido por Seabra et al. (2020) é que 
pode ser comum a demora no diagnóstico da ocorrência de um 
transtorno de aprendizagem, uma vez que é preciso que diversos 
profissionais avaliem o paciente, de formaa não confundir 
uma dificuldade com um distúrbio. Afinal, quanto mais cedo os 
distúrbios forem identificados, menores são os seus danos ao 
processo de aprendizagem da criança.
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Figura 14 – Exemplos de transtornos de aprendizagem
Dislexia
Discalculia
Disortografia 
Disgrafia
Transtorno do Processamento 
Auditivo Central 
Transtono de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade





Fonte: Elaborada pela autora (2022) com base Seabra et al. (2020).
Os distúrbios em questão serão abordados mais 
detalhadamente durante os nossos estudos. Por ora, é 
fundamental apenas que se atente às diferenças fundamentais 
entre os transtornos e as dificuldades de aprendizagem, uma vez 
que a sua identificação correta pode trazer inúmeros benefícios 
à criança, assim como pode minimizar os eventuais danos 
causados por esses problemas.
A grande questão é que, infelizmente, os cursos e os 
programas de formação e capacitação de professores não estão 
adaptados corretamente para lidarem com as questões especiais 
associadas aos transtornos de aprendizagem que podem se 
manifestar em sala de aula. Desse modo, torna-se cada vez 
necessário que outros profissionais também estejam atentos às 
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rotinas das crianças, como uma maneira de melhor acompanhar 
e auxiliar no diagnóstico dos mais diversos problemas de 
aprendizagem.
A atuação do professor é de extrema necessidade em todas 
as fases do processo, já que o seu trabalho impacta diretamente 
todo o processo de aprendizagem da criança, sendo ele capaz 
de facilitar esse processo e usar todas as ferramentas para lidar 
com as dificuldades dentro da sala de aula.
Figura 15 – Atenção especial do professor ao aluno com problemas de aprendizagem
Fonte: Freepik 
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RESUMINDO
E então, conseguiu compreender as principais 
diferenças entre as dificuldades de aprendizagem e 
os transtornos ou distúrbios de aprendizagem? Esses 
conceitos vão ser essenciais para o prosseguimento 
dos nossos estudos. Assim, começamos nosso 
capítulo 2 conhecendo um pouco sobre as dificuldades 
de aprendizagem, que são problemas advindos de 
forma externa, uma vez que são causados pela falta 
de amadurecimento físico e mental dentro da nova 
realidade escolar, na qual a criança não consegue 
se encaixar. A dificuldade de aprendizagem se 
diferencia totalmente dos transtornos ou distúrbios 
de aprendizagem, que estão ligados a fatores 
neurobiológicos e que impactam diretamente o 
processo de aprendizagem da leitura, da escrita e 
da realização de cálculos. O que interessa sobre o 
tema é que, independentemente de sua origem, 
ambos os problemas de aprendizagem precisam 
ser acompanhados e reconhecidos por professores 
e profissionais especializados, a fim de facilitar a 
aprendizagem das crianças, assim como reduzir 
danos e consequências. Conseguiu compreender 
esses conceitos? Espero que sim, por que estamos 
prontos para continuar. Você vem comigo? Vamos lá!
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Características dos distúrbios 
de aprendizagem
OBJETIVO
Até o final deste capítulo, você será capaz de se 
aprofundar ainda mais nas diferenças entre as 
dificuldades de aprendizagem e os transtornos 
de aprendizagem, principalmente quanto às 
características principais aliadas aos distúrbios 
de aprendizagem. Afinal, é preciso que você saiba 
identificá-los para, a partir daí, buscar as soluções 
adequadas para cada um deles. Pronto para 
começar? Então, vamos lá!
Dificuldades x Transtornos de 
aprendizagem
Reconhecendo o fato de que muitas crianças, durante 
o período escolar, apresentam limitações em seu processo de 
aprendizagem, podemos concluir que os fatores internos e 
externos podem estar diretamente ligados a essas limitações. 
Como vimos no capítulo anterior, as dificuldades de 
aprendizagem estão ligadas, exclusivamente, às implicações 
dos fatores externos. No entanto, quando se trata de casos de 
distúrbios ou transtornos de aprendizagem, os envolvimentos 
podem estar ligados a fatores internos, principalmente de origem 
neurológica.
De modo geral, os distúrbios de aprendizagem alteram 
capacidades mais específicas, como o recebimento, o 
processamento, a análise e/ou armazenamento de informações. 
Nesse caso, por exemplo, é possível relacionar os efeitos à 
linguagem ou até mesmo à aprendizagem de conhecimentos 
matemáticos.
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Assim, uma vez que temos em mente a diferença entre as 
dificuldades de aprendizagem e os transtornos ou distúrbios, 
não é mais possível confundi-los. Além disso, é preciso saber que 
os tratamentos para ambas as situações são distintos, precisam 
de atenções e cuidados particulares, de modo que o diagnóstico 
correto é capaz de trazer inúmeros benefícios à criança, além de 
garantir que problemas futuros sejam evitados.
Como identificar uma dificuldade 
de aprendizagem? 
A identificação de uma dificuldade de aprendizagem é 
essencial para compreender outros problemas de uma criança, 
uma vez que pode estar ligada a problemas pessoais, familiares, 
dificuldades de adaptação cultural, social, econômica, entre 
tantas outros. Sendo assim, uma vez identificada a dificuldade 
de aprendizagem, é possível auxiliar a criança na superação de 
tudo aquilo que está por trás dessa dificuldade.
Logo, é importante que os pais e professores estejam 
sempre atentos ao comportamento da criança na escola e em 
sala de aula, a fim de identificar algumas características que se 
manifestam em crianças com dificuldades de aprendizagem.
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Figura 16 – Características de uma criança com dificuldade de aprendizagem
AGITAÇÃO 
CONSTANTE
DIFICULDADE 
DE 
CONCENTRAÇÃO
FALTA DE 
INTERESSE
Fonte: Elaborada pela autora (2022) com base em Furtado (2008).
Uma das primeiras características a ser percebida em 
crianças com dificuldade de aprendizagem são as mudanças de 
comportamento, em geral relacionadas a um comportamento 
agitado da criança. Muitas vezes, qualquer problema na criança 
acaba se manifestando por meio do seu comportamento. 
Logo, qualquer alteração comportamental deve ser mais bem 
acompanhada, no sentido de auxiliar a criança em tudo o que for 
possível para superar seus problemas.
O emocional da criança pode acabar se manifestando por 
meio de agitação, já que esta não possui a maturidade adequada 
para compreender seus sentimentos e lidar com as implicações 
destes. Assim, as mudanças de comportamento da criança podem 
ser um dos primeiros sinais relacionados com uma dificuldade 
de aprendizagem. 
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Além disso, as mudanças comportamentais podem se 
manifestar de diversas formas, por exemplo:
 • Negativa em realizar atividades que antes gostava de fazer.
 • Comportamento agressivo com os pais ou na escola.
 • Indisciplina.
 • Agitação frequente.
 • Problemas em se relacionar com amigos e colegas na escola.
 • Entre outros.
A próxima característica de uma criança que enfrenta 
dificuldade de aprendizagem são os problemas de concentração. 
Uma vez que a criança está passando por outros problemas, 
independentemente da origem destes, é importante ter em mente 
que estes podem se manifestar por meio da dificuldade em se 
concentrar durante as aulas ou a realização de suas atividades.
Figura 17 – Criança com dificuldade de concentração
Fonte: Freepik
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A dificuldade de concentração está fortemente ligada ao 
comportamento agitado da criança. Além disso, quando a mente 
da criança está cheia de outros assuntos, é ainda mais complicado 
focar assuntos da escola e outras atividades cotidianas.
Por fim, a manifestação constante de falta de interesse 
por seus estudos, é uma das principaiscaracterísticas de uma 
criança com tais dificuldades. Assim, é comum o desinteresse 
em frequentar a escola, participar das aulas e das atividades 
cotidianas, realizar suas tarefas, entre muitas outras atividades.
Assim, há também a dificuldade em se encaixar entre seus 
colegas e professores, queixas frequentes sobre o ambiente 
escolar, entre outros comportamentos que levam, inclusive, a 
criança a inventar mentiras para se esquivar de suas obrigações. 
Há a ausência constante de motivação e uma constante repetição 
de erros e de comportamentos.
Como identificar um transtorno 
de aprendizagem? 
Como estamos aprendendo desde o começo, os transtornos 
de aprendizagem são aqueles diretamente ligados a distúrbios e 
problemas neurobiológicos, pouco tendo ligação com motivações 
do ambiente externo, mas também se manifestando por meio 
deste e trazendo consequências para a vivência da criança com 
outros colegas e com o ambiente escolar.
Em geral, os transtornos de aprendizagem estão ligados a 
três pilares básicos da educação acadêmica, os quais podemos 
verificar na Figura 18.
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Figura 18 – Pilares educacionais ligados aos transtornos de aprendizagem
LEITURA
ESCRITA
MATEMÁTICA
Fonte: Elaborada pela autora (2022) com base em Seabra et al. (2020).
Seabra et al. (2020) destacam que, comumente, esses 
problemas se manifestam no início da educação escolar e 
podem trazer diversos complicações na trilha de aprendizagem, 
acarretando prejuízos no desempenho escolar e, até mesmo, 
deficiências com origens sensoriais e intelectuais.
Assim, as intervenções nos casos de distúrbios de 
aprendizagem são de extrema importância, já que, quanto mais 
cedo forem descobertas, mais rápido haverá melhores resultados 
no desempenho acadêmico da criança.
De acordo com Furtado (2008), uma criança com distúrbio 
de aprendizagem tem algumas características peculiares, como:
 • Discrepância manifestada entre o potencial intelectual 
esperado e o nível real de realização da aprendizagem 
na escola.
 • Desordenamento básico do processo de aprendizagem, 
manifestado em situações como quando o indivíduo 
não consegue organizar fatos em sequência lógica.
 • Apresentação ou não de disfunção do sistema nervoso 
central, que é responsável pela linguagem, estruturação 
do pensamento etc.
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 • Não apresentação de vestígios de debilidade mental, 
de privação cultural, de perturbação emocional ou de 
privação sensorial (visual ou auditiva).
 • Amostras de dificuldades de percepção, disparidades 
comportamentais e problemas no processamento da 
informação.
Furtado (2008), fazendo menção ao National Joint Committee 
of Learning Disabilities, resume o conceito de distúrbios de 
aprendizagem com a seguinte afirmação: 
Distúrbios de aprendizagem é um termo geral que 
se refere a um grupo heterogêneo de desordens 
manifestadas por dificuldades significativas na 
aquisição e utilização da compreensão auditiva, da 
fala, da leitura, da escola e do raciocínio matemático. 
Tais desordens, consideradas intrínsecas ao indivíduo, 
presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do 
sistema nervoso central, podem ocorrer durante toda 
a vida. (FURTADO, 2008 p. 16)
Figura 19 – Criança com dificuldade na leitura e escrita
Fonte: Freepik
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Os distúrbios ou transtornos, por terem origens 
biológicas e/ou fisiológicas, necessitam da avaliação de uma 
equipe multiprofissional constituída por médicos, pedagogos, 
psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros 
profissionais, que, juntos, irão analisar as condições de 
aprendizagem dos sujeitos.
Para que possamos compreender efetivamente os 
transtornos de aprendizagem e suas principais características, 
iremos começar a explorar alguns dos principais distúrbios 
manifestados nas crianças. Assim, você será capaz de identificar 
corretamente esses tipos de transtornos e oferecer ajuda com 
real efetividade. Conheceremos um pouco sobre:
 • Dislexia.
 • Discalculia.
 • Disgrafia.
 • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
(TDAH).
 • Transtorno Opositor Desafiador (TOD).
Vamos lá?
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Dislexia
DEFINIÇÃO
Dificuldade que o aluno demonstra no aprendizado 
da leitura e da escrita. Nesse caso específico, a 
criança possui problemas na identificação e no 
relacionamento de sons que possuem fonética 
semelhante. Assim, tanto na escrita quanto na 
leitura, o aluno pode trocar letras que parecem 
ser semelhantes, por exemplo, as letras p, d, q e b 
(SEABRA et al., 2020).
No caso da dislexia, esta pode se manifestar em três formas 
distintas, quais sejam:
 • Visual – Demonstração de dificuldade em perceber 
e discriminar letras, podendo estar relacionada a 
problemas visuais, de maneira que é essencial o uso 
de recursos pedagógicos auditivos para auxiliar o 
aprendizado da criança.
 • Auditiva – Dificuldade da criança em relacionar o som 
de uma palavra ou letra (fonema) à sua forma escrita 
(grafema). Pode ser decorrente de problema auditivo, 
de modo que o seu auxílio pode ser realizado com 
recursos pedagógicos visuais. 
 • Mista – Dificuldade que une tanto problemas visuais 
quanto auditivos, de forma que o trabalho pedagógico 
deve se adequar à realidade da criança e buscar 
alternativas pedagógicas efetivas no caso concreto, 
como o uso de leitura de lábios ou traçados utilizando 
os dedos da criança.
Discalculia
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DEFINIÇÃO
Em geral, está ligada à dislexia, no entanto, nesse 
caso, diferentemente da dificuldade na escrita 
ou leitura, a criança manifesta dificuldade no 
desenvolvimento de habilidades matemáticas 
(SEABRA et al., 2020).
Aqui é possível observar uma criança com problemas em 
identificar números, sua ordem, quais possuem valor maior 
ou menor em comparação a outros, assim como no sentido de 
realizar operações matemáticas, independentemente de sua 
dificuldade.
Esse caso também traz como característica a ausência de 
compreensão da criança quanto a questões com problemas 
matemáticos, de maneira que existe também um problema de 
interpretação, confusão de símbolos e até mesmo problemas de 
memória.
Disgrafia
DEFINIÇÃO
Seabra et al. (2020) falam que, comumente, esse 
problema pode ser chamado de “letra feia”, ou 
seja, está relacionado à dificuldade da criança em 
escrever.
As características básicas desse tipo de distúrbio é o uso de 
força na hora da escrita, de forma a marcar ou rasgar o papel; 
utilização de grafias diferentes para uma mesma palavra ou 
mesma letra; realização de fragmentações incorretas de algumas 
palavras, entre outros.
Nesses casos, a disgrafia pode se manifestar de forma:
 • Espacial – Ligada a recursos visuais e, em geral, 
manifesta-se com problemas na compreensão de 
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espaços, dificuldade na escrita em linha reta, problemas 
para realizar desenhos e pinturas.
 • Motora – Ausência de controle muscular nas mãos e no 
punho, o que dificulta a escrita e a caligrafia adequadas.
 • Processamento/disléxica – Ocorre quando a criança 
possui dificuldade para escrever algumas letras de 
maneira adequada ou possui uma caligrafia mal 
formada.
Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH) 
Um dos mais comuns e mais discutidos distúrbios de 
aprendizagem é, sem dúvidas, o TDAH, ou Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade. Além disso, é um transtorno 
de difícil diagnóstico e bastante controverso, já que pode ser 
confundido com diversos outros transtornos ou, até mesmo, 
com uma simples dificuldade de aprendizagem.
Suas principais características estão relacionadas 
a comportamentos inadequados, problemas sociais, 
comportamentos impulsivos e personalidade hiperativa, além de, 
na maioria dos casos, haver bastante dificuldadede concentração 
e de manter a atenção e o foco em uma única atividade.
Seabra et al. (2020) afirmam que o TDAH é mais comumente 
identificado em meninos e, quando manifestado em meninas, 
apresenta características diferentes. Crianças do sexo masculino 
acabam se demonstrando mais agressivas e barulhentas, 
enquanto as do sexo feminino se mostram mais silenciosas e 
retraídas.
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Transtorno Opositor Desafiador (TOD)
Assim como acontece no TDAH, o TOD, Transtorno Opositor 
Desafiador, é controverso e possui diagnóstico complicado, 
uma vez que também pode se assimilar a outros distúrbios ou 
dificuldades de aprendizagem, trazendo inúmeros problemas 
para a criança e para todo o seu processo de aprendizagem.
As principais características de uma criança portadora 
de TOD são os seus comportamentos bastante desafiadores, 
geralmente irresponsáveis e impensados. São alunos que 
demonstram agressividade e dificuldade para reconhecer 
seus erros, suas emoções, são bastante oscilantes e possuem 
comportamento irritadiço e vingativo (SEABRA et al., 2020). Outros 
pontos que merecem observação são comportamentos cruéis 
com outras crianças ou animais, destruição de pertences próprios 
ou de colegas da escola, constantes crises de desobediência e 
condutas relacionadas a roubos, por exemplo.
46 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então, conseguiu compreender as principais 
características atreladas aos transtornos 
de aprendizagem? Conhecer as principais 
características de cada um deles é fundamental 
para os profissionais que trabalham na área 
pedagógica, uma vez que a identificação 
precoce desses problemas, assim como o início 
do tratamento o mais rápido possível vão ser 
importantes para que as consequências desses 
problemas sejam revertidas, assim como seus 
efeitos sejam reduzidos ao máximo. Pudemos ver 
que, em geral, as dificuldades de aprendizagem 
podem se revelar no comportamento agitado 
de uma criança, dificuldades de concentração 
e falta de interesse do aluno. Por outro lado, as 
características atreladas a crianças portadoras 
de distúrbios de aprendizagem vão depender de 
cada caso concreto e de cada um dos distúrbios. 
Assim, pudemos conhecer alguns deles, como 
dislexia, discalculia, disgrafia e os transtornos 
de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e 
o Opositor Desafiador (TOD). Lembrando que 
estes dois últimos são bastante controversos e 
podem ser confundidos com outros transtornos e 
dificuldades. Espero que você tenha acompanhado 
nossos estudos até o momento, pois, em breve, 
iremos conhecer mais sobre cada um desses 
transtornos e seus impactos na aprendizagem das 
crianças. Pronto para continuar? Vamos lá!
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Processo de inclusão e os 
distúrbios de aprendizagem
OBJETIVO
Ao final deste capítulo, você será capaz de 
compreender como se dá, atualmente, o processo 
de inclusão de crianças com distúrbios e transtornos 
de aprendizagem dentro das salas de aula. Além 
disso, irá conhecer também as legislações atuais 
que versam sobre o tema e tratam do processo 
inclusivo e os direitos das crianças que possuem 
qualquer forma de distúrbio de aprendizagem. 
Pronto para os novos conhecimentos que vêm por 
aí? Espero que sim. Vamos lá!
Inclusão
A inclusão está diretamente ligada ao ato de trazer para 
dentro de um grupo aqueles que estão fora dele, mas não de 
qualquer forma e sim de maneira que estes se sintam incluídos e 
parte real do grupo em questão. 
Quando falamos em inclusão de pessoas com distúrbios de 
aprendizagem, é preciso ter em mente que esse é um desafio para 
os educadores, para as instituições e para os próprios sujeitos. 
Na verdade, todas as pessoas que são diferentes possuem o 
desafio de serem incluídas na sociedade e em suas instituições 
de modo que o acolhimento contemple suas necessidades.
A educação é um direito de todos, e a nossa legislação atual 
afirma que todos devem estar matriculados regularmente no 
fluxo de ensino. De acordo com essa afirmação, 
a política de educação inclusiva diz respeito à 
responsabilidade dos governos e dos sistemas 
escolares de cada país com a qualificação de todas 
as crianças e jovens no que se refere aos conteúdos, 
48 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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conceitos, valores e experiências materializados 
no processo de ensino-aprendizagem, tendo como 
pressuposto o reconhecimento das diferenças 
individuais de qualquer origem. (GLAT, 2007, p. 16)
EXPLICANDO 
MELHOR
Quando falamos em educação inclusiva, não 
podemos limitar o discurso e a prática à educação 
especial, embora o modelo de educação inclusiva 
também a englobe. O processo de inclusão, 
em amplo sentido, simboliza ações para que as 
pessoas acessem ensino adequado, permaneçam 
em constante aprendizado e obtenham sucesso 
escolar.
Falar de inclusão compreende o fato de que as pessoas 
são diferentes em diversos aspectos e que a escola deve criar 
estratégias para que o ensino chegue a todos os indivíduos, 
independentemente de etnia, cor, gênero, dificuldade, cultura, 
ritmos de aprendizagem, entre outros fatores. 
Figura 20 – Sala de aula inclusiva 
Fonte: Freepik
49TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Nesse sentido, é necessário que haja respeito, por parte 
das escolas, a todos os sujeitos, suas particularidades e seus 
respectivos contextos, além de um olhar sempre atento a cada 
uma dessas singularidades, para que a proposta apresentada de 
ensinar a todos seja efetivamente cumprida.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos 
a leitura do artigo: “Repensando os distúrbios de 
aprendizagem a partir da psicologia histórico-
cultural”, de TULESKI e EIDT (2007). Acesse
Antes de adentrarmos no assunto, é preciso termos em 
mente que o direito de acesso à educação é dado a todo e 
qualquer cidadão brasileiro e está previsto na Constituição 
Federal de 1988. No entanto, efetivar esse direito na prática é 
um desafio constante, principalmente quando falamos de alunos 
com dificuldades e distúrbios de aprendizagem.
Além dos desafios constantes que os professores enfrentam 
no dia a dia da educação, a inclusão de crianças com distúrbios 
tem sido um dos mais recorrentes, haja vista a antiga prática de 
segregação e punição à qual essas crianças são constantemente 
submetidas. Assim, afastar os preconceitos já existentes e 
adaptar a realidade escolar para as necessidades individuais 
consiste em reais desafios para todos. 
http://www.scielo.br/pdf/pe/v12n3/v12n3a10
50 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Dificuldade de incluir
Não é novidade que a educação brasileira possui padrões 
inferiores ao esperado, sendo constantemente sucateada pelo 
Estado, assim como colocada em segundo plano recorrentemente. 
Atualmente, é difícil encontrar escolas públicas com altos 
padrões, que possam realmente competir com a educação 
particular. Sendo assim, essa discrepância é um dos primeiros 
problemas a serem considerados quando se trata de inclusão. 
Afinal, se as crianças típicas já encontram dificuldades de possuir 
um ensino adequado e regular, o que podemos dizer das crianças 
atípicas e que possuem qualquer transtorno de aprendizagem?
Faltam recursos nas escolas, assim como faltam 
profissionais realmente capacitados para lidarem com cada uma 
das dificuldades e distúrbios de aprendizagem, uma vez que a 
universidade, no geral, falha nesse tipo de capacitação. Assim, 
tanto os novos professores quanto os mais antigos acabam 
precisando aprender apenas na prática a lidar com os desafios 
dos distúrbios de aprendizagem.
Infelizmente, a realidade de muitos professores é bastante 
complicada, o que dificulta que estes procurem cursos extras 
e formações complementares para saber como identificar e 
lidar tanto com os distúrbios quanto com as dificuldades de 
aprendizagem. O cenário mais comum a serobservado é o de 
professores não capacitados lidando com crianças que realmente 
precisam de ajuda.
Mais um problema que podemos destacar é o fato de que a 
identificação de um transtorno ou distúrbio pode ser lenta. Logo, 
o seu acompanhamento e tratamento também acabam sendo 
prejudicados, uma vez que o diagnóstico tardio pode trazer 
consequências irreversíveis ao processo de aprendizagem da 
criança.
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Destacamos também que a falta de informação é outro 
fator bastante relevante quando tratamos dos distúrbios de 
aprendizagem, pois vivemos em uma população bastante 
preconceituosa e mal informada, de forma que muitos pais e 
responsáveis, ao serem alertados pelos professores e pedagogos 
que trabalham com seus filhos, acabam entrando em estado de 
negação, recusando-se a aceitarem que suas crianças possuam 
algum problema de aprendizagem.
A negação da família quanto ao diagnóstico da criança 
é realmente um obstáculo para a inclusão dessa criança, 
principalmente de forma psicológica, já que será tratada de 
maneira igual às crianças típicas. Desse modo, o reconhecimento 
de suas dificuldades e problemas de aprendizagem pode levar a 
criança a se cobrar ainda mais, a se comparar com os outros e 
se a desmotivar quanto ao processo de aprendizagem, achando 
que não é capaz de desenvolver uma habilidade que realmente 
não será desenvolvida naturalmente, já que é preciso que haja 
tratamento e acompanhamento adequado.
Figura 21 – Recepção de diagnóstico pelos pais
Fonte: Freepik
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Para as famílias, receber o diagnóstico de uma criança 
não é fácil. Porém, é preciso ter em mente que, quanto mais 
rápido o diagnóstico for realizado, mais rápido será possível 
iniciar o tratamento e o acompanhamento profissional 
adequado, minimizando os problemas trazidos pelos distúrbios 
e proporcionando a real inclusão da criança no ambiente escolar.
Dificuldades e distúrbios de 
aprendizagem x educação 
especial
Antes de estudarmos as condutas adequadas para 
o tratamento e a inclusão de crianças com distúrbios de 
aprendizagem, cumpre ressaltar que muito se cogitou incorporar 
essas crianças aos programas e serviços de educação especial. 
Todavia, as leis atuais que versam sobre a educação especial 
tratam da inclusão apenas de pessoas com deficiências físicas, 
sensoriais, motoras ou cognitivas, deixando de fora aquelas que 
não manifestam tais deficiências.
Assim, fica claro que as autoridades brasileiras decidiram 
seguir com a ideia de desvincular as pessoas com deficiência 
daquelas que possuem distúrbios de aprendizagem. Entretanto, 
não foi considerado que este segundo grupo também possui 
dificuldades e obstáculos em seu processo de aprendizagem, de 
modo que também necessitam de atenção especial e de recursos 
pedagógicos diferenciados dos alunos típicos.
É preciso ter em mente que designar um aluno para a 
educação especial não é limitá-lo ou rotulá-lo, mas, sim, dar 
a ele a chance de superar as barreiras e os obstáculos que o 
distúrbio de aprendizagem lhe impõe, de forma a observar suas 
necessidades e auxiliá-lo a aprender de acordo com o seu próprio 
ritmo.
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Escola inclusiva
Ao adotar o título de “escola inclusiva”, é importante 
compreender que os profissionais que nela atuam devem ter o 
treinamento adequado para compreender e auxiliar o ritmo de 
cada aluno em seu processo de aprendizagem real, respeitando 
e trabalhando cada uma de suas limitações e incentivando-o 
sempre que possível.
A escola precisa oferecer os recursos pedagógicos e didáticos 
necessários para acompanhar o aluno, independentemente de 
sua dificuldade ou distúrbio de aprendizagem, não permitindo que 
este seja negligenciado por possuir um tempo de aprendizagem 
diferenciado dos alunos típicos. 
Assim, tais alunos não podem ser segregados dos demais, 
mas, sim, devem ser incluídos em todas as atividades, recebendo 
atenção especial sempre que necessário, para a realização do 
processo de aprendizado.
Figura 22 – Adoção de diversos recursos pedagógicos para a realização da aprendizagem
Fonte: Freepik
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Quando tratamos de dificuldades e transtornos de 
aprendizagem, devemos entender que os professores, 
pedagogos, psicólogos e todos os envolvidos devem fornecer 
todas as condições, recursos e procedimentos pedagógicos 
necessários, além do atendimento psicológico individual e 
atenção diferenciada para se compreender a necessidade de 
cada criança e, assim, poder realmente auxiliá-la.
Como visto, o processo de diagnóstico e identificação de 
transtornos de aprendizagem deve ser realizado de maneira 
atenta e por uma equipe multidisciplinar, já que muitos distúrbios 
possuem características semelhantes, e a identificação correta é 
de extrema importância para que os cuidados adequados sejam 
realizados.
Promover a educação especial é essencial para que o aluno 
consiga se desenvolver em plenitude e sem quaisquer entraves 
decorrentes de suas limitações e, principalmente, das limitações 
impostas pelo sistema de ensino tradicional.
Educação inclusiva e legislação
Atualmente, a Lei nº 14.254/2021 é a lei específica que 
trata sobre o acompanhamento integral de alunos que possuam 
dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), 
entre outros distúrbios de aprendizagem. Assim, destacamos que 
os arts. 1º e 2º da lei em questão determinam que (grifo nosso):
Art. 1º  O poder público deve desenvolver e manter 
programa de acompanhamento integral para 
educandos com dislexia, Transtorno do Deficit 
de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro 
transtorno de aprendizagem.
Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto 
no  caput  deste artigo compreende a identificação 
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precoce do transtorno, o encaminhamento do 
educando para diagnóstico, o apoio educacional 
na rede de ensino, bem como o apoio terapêutico 
especializado na rede de saúde.
Art. 2º As escolas da educação básica das redes pública 
e privada, com o apoio da família e dos serviços de 
saúde existentes, devem garantir o cuidado e a 
proteção ao educando com dislexia, TDAH ou outro 
transtorno de aprendizagem, com vistas ao seu pleno 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual 
e social, com auxílio das redes de proteção social 
existentes no território, de natureza governamental 
ou não governamental. (BRASIL, 2021, on-line)
A legislação específica determina que a promoção do 
tratamento e acompanhamento de crianças com transtornos de 
aprendizagem devem ser realizados e garantidos não apenas 
pelo poder público, mas também pela escola, pelas unidades 
da rede de saúde, professores e até pela própria família, que 
devem caminhar em conjunto para que a criança desenvolva o 
seu processo de aprendizagem de maneira satisfatória.
O art. 3º da lei em estudo é fundamental para esclarecer a 
quem ela se dirige, assim como definir os seus principais direitos.
Art. 3º Educandos com dislexia, TDAH ou outro 
transtorno de aprendizagem que apresentam 
alterações no desenvolvimento da leitura e da 
escrita, ou instabilidade na atenção, que repercutam 
na aprendizagem devem ter assegurado o 
acompanhamento específico direcionado à sua 
dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos 
seus educadores no âmbito da escola na qual estão 
matriculados e podem contar com apoio e orientação 
da área de saúde, de assistência social e de outras 
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políticas públicas existentes no território. (BRASIL, 
2021, on-line)
Figura 23 – Criança com déficit de atenção
Fonte: Freepik
Fica claro também que o apoio para esses alunos é 
garantido não apenas dentro da escola, mas também nas 
redes de saúde e assistência social que estejam disponíveis, 
como forma de realmenteabraçá-los e proporcionar o máximo 
de apoio possível ao seu desenvolvimento. Direito este que 
também se encontra garantido no art. 4º, que determina que 
as “Necessidades específicas no desenvolvimento do educando 
serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria 
com profissionais da rede de saúde” (BRASIL, 2021, on-line).
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VOCÊ SABIA?
Em 2022, a Comissão de Direitos Humanos e 
Legislação Participativa (CDH) aprovou um projeto 
de lei oferecido pelo Senado Federal, o PL nº 
5.185/2019, que prevê e garante atendimento 
especializado e individual a alunos que possuam 
diagnóstico de transtorno de aprendizagem, de 
forma a se promover o seu desenvolvimento 
neurológico adequado, além de garantir o 
atendimento integral desde a educação básica 
ao ensino superior, ampliando a gama de direitos 
assegurados pela Lei n.º 14.254/2021. 
Outro ponto destacado pela Lei n.º 14.254/2021 é que 
esta trata diretamente da obrigação que as escolas têm de 
garantir que todos os professores tenham acesso à informação, 
capacitação e todos os recursos possíveis para auxiliar tanto 
na identificação dos distúrbios de aprendizagem quanto na 
promoção do acompanhamento adequado de aprendizado dos 
alunos. 
Art. 5º No âmbito do programa estabelecido no art. 
1º desta Lei, os sistemas de ensino devem garantir 
aos professores da educação básica amplo acesso à 
informação, inclusive quanto aos encaminhamentos 
possíveis para atendimento multissetorial, e 
formação continuada para capacitá-los à identificação 
precoce dos sinais relacionados aos transtornos 
de aprendizagem ou ao TDAH, bem como para o 
atendimento educacional escolar dos educandos. 
(BRASIL, 2021, on-line)
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Agora, 
só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a aprendizagem é um processo inerente a todo 
ser humano, porém, nem todos têm as mesmas 
condições de realizá-lo. Por sermos pessoas 
diferentes, aprendemos de formas diferentes e 
em tempos diferentes, e isso significa que o que 
aparenta ser uma não aprendizagem pode estar 
relacionado aos padrões estabelecidos de formas 
e tempos de ensinar. Também aprendemos que 
dificuldade de aprendizagem não é a mesma coisa 
que distúrbios e transtornos de aprendizagem, e 
grande parcela da humanidade pode estar sujeita 
a isso em algum momento, devido ao fato de que 
essas dificuldades muitas vezes estão associadas 
aos fatores externos. Já os distúrbios e transtornos 
de aprendizagem estão ligados a questões 
biológicas, indo além de dificuldades comuns e 
exigindo diagnósticos e intervenções específicas 
de uma equipe multidisciplinar. Compreendendo 
essas questões, entendemos que o processo de 
inclusão de pessoas com dificuldades, distúrbios e 
transtornos de aprendizagem é importante, pois a 
aprendizagem é um dever intrínseco ao direito à 
educação. 
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BRASIL. Lei n.º 14.234 de 30 de novembro de 2021. Dispõe sobre 
o acompanhamento integral para educandos com dislexia ou 
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) 
ou outro transtorno de aprendizagem. Diário Oficial da União. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
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WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos 
problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: D.P & A. 1997.
	art2
	Distúrbios da aprendizagem
	Transtorno, distúrbio e dificuldade de aprendizagem
	Problemas de aprendizagem 
	Dificuldade de aprendizagem 
	Transtorno/distúrbios de aprendizagem 
	Características dos distúrbios de aprendizagem
	Dificuldades x Transtornos de aprendizagem
	Como identificar uma dificuldade de aprendizagem? 
	Como identificar um transtorno de aprendizagem? 
	Dislexia
	Discalculia
	Disgrafia
	Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) 
	Transtorno Opositor Desafiador (TOD)
	Processo de inclusão e os distúrbios de aprendizagem
	Inclusão
	Dificuldade de incluir
	Dificuldades e distúrbios de aprendizagem x educação especial
	Escola inclusiva
	Educação inclusiva e legislação

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