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Prova N1 – Gêneros Textuais Pergunta 1 Depois de um anúncio comestível e outro de parafina, a Loducca criou uma propaganda impressa feita de asfalto. A peça foi idealizada para o Grupo CCR e comemora o fato de a Rodovia dos Bandeirantes ter sido eleita pela 5ª vez consecutiva a melhor rodovia do Brasil pelo Guia Quatro Rodas Estradas 2011. Sob o título “Na remota hipótese de você não conhecer a melhor rodovia do país, aqui vai um pedacinho.”, o anúncio feito de asfalto foi veiculado na Revista Exame do mês de novembro para um mailing dirigido. “Fazer uma campanha para uma rodovia é complicado, então resolvemos proporcionar a experiência e colocar, de verdade, um pedaço de estrada no anúncio”, explica Guga Ketzer, sócio e diretor geral de Criação da Loducca. “Mostrarmos que é possível inovar numa mídia dita como tradicional”, completa Ketzer. Disponível em: https://exame.abril.com.br/marketing/revista-sai-com-anuncio-feito-de-asfalto/. Acesso em: 30 abr. 2019. Com relação ao texto lido, é correto afirmar que: · Ketzer está se referindo ao anúncio publicitário ao falar da mídia que é considerada tradicional. · a expressão “na remota hipótese” remete ao fato de que dificilmente algum leitor desconheça qual é a rodovia considerada a melhor do país. · a Loducca afirma que optou pela propaganda da rodovia nesse formato devido à impossibilidade de fazer uma propaganda desse produto, em uma revista, de outra maneira. · o sentido discursivo seria mantido caso a frase fosse reproduzida na própria rodovia. · considerando o fato de que a propaganda foi impressa em um pedaço de asfalto, o suporte, nesse caso, é o asfalto. Resposta correta. A palavra “remota”, no contexto da propaganda, significa “muito pouco provável”. Portanto, a propaganda infere que dificilmente algum leitor da revista – suporte considerado, por Ketzer, mídia tradicional – desconheça essa informação. Pergunta 2 Fonte: http://www.adme.com.br/2008/04/o-terremoto-de-so-paulo-causado-pelo.html. Acesso em: 2 mai. 2019. Com base na propaganda apresentada, analise as afirmações a seguir. I. O anunciante se apropria do gênero notícia, pois apresenta um fato “supostamente” importante e relevante com o objetivo de causar certo “impacto” na sociedade, e, assim, atribuir-lhe sentido. II. A combinação dos elementos verbais com os não verbais evidencia nas entrelinhas o sentido pretendido pelo anúncio. III. O texto tem uma linguagem metafórica, com a intenção de dar ênfase ao ponto forte do produto, o tamanho do lanche. É correto o que se afirma em: · I, apenas. · II e III, apenas. · I e II, apenas. · I, II e III. · II, apenas. Resposta correta. A sequência de frases apresentadas é própria do gênero notícia, o que se verifica a Intergenericidade. Já a junção da imagem com o texto transmite o sentido desse anúncio de forma eficaz e criativa, atraindo o consumidor, também, pelo caráter risível: o tamanho do sanduíche é tão grande que seria capaz de causar um acidente, no caso um terremoto, se alguém o deixasse cair. Pergunta 3 Argumentar é apresentar argumentos, razões no sentido de suportar uma determinada tese subjacente a um determinado discurso. A argumentação tem um caráter dialético (diferente da demonstração lógica) pois implica uma resposta da parte do receptor, um confronto de pontos de vista. O professor de Português deve desenvolver a capacidade argumentativa de seus alunos, se pautando em um ensino-aprendizagem que leve em conta os textos, que se concretizam na forma de gêneros textuais (falados e escritos), para que aprimorem o domínio discursivo na oralidade, leitura e escrita e assim possam desenvolver técnicas para realizar a argumentação e também desenvolver o senso crítico para reconhecer argumentações vazias de conteúdo, credibilidade, quando se depararem com elas e não se deixarem envolver por um discurso eloquente, envolvente, mas sem grande significação. BICHIBICHI, M. A. A argumentação em textos orais e escritos. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/420-4.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2019. Com base no texto, analise as afirmações a seguir. I. O domínio discursivo deve ser aprimorado com o estudo de textos escritos. II. O desenvolvimento de técnicas de argumentação e do senso crítico contribuem para a capacidade interpretativa de um indivíduo diante de um discurso. III. O caráter dialético da argumentação se dá pelo fato de estar inserida em um ato comunicativo, que envolve a lógica do emissor e a do receptor. Está correto o que se afirma em · I, II e III. · II e III, apenas. · I e II, apenas. · I, apenas. · III, apenas. Resposta correta. A argumentação está pautada no debate, na discussão, em que há um confronto de pontos de vista do emissor e do receptor. O desenvolvimento de técnicas argumentativas e do senso crítico são fundamentais para aprender a interpretar, diferenciar e selecionar discursos. Pergunta 4 TEXTO I A intertextualidade se faz presente em todo e qualquer texto, como componente decisivo de suas condições de produção. Isto é, ela é condição mesma da existência de textos, já que há sempre um já-dito, prévio a todo dizer: a intertextualidade ocorre quando, em um texto, está inserido outro texto (intertexto) anteriormente produzido, que faz parte da memória social de uma coletividade. Como vemos, a intertextualidade é elemento constituinte e constitutivo do processo de escrita/leitura e compreende as diversas maneiras pelas quais a produção e recepção de um dado texto depende de conhecimentos de outros textos por parte dos interlocutores, ou seja, dos diversos tipos de relações que um texto mantém com outros textos. KOCH, I. V. Introdução à linguística textual. São Paulo: Martins Fontes, 2008 (adaptado). TEXTO II A intertextualidade é a presença de partes de textos prévios dentro de um texto atual. Dentre as várias modalidades de intertexto, há: a) Intertextualidade de forma e conteúdo: quando alguém utiliza, por exemplo, determinado gênero textual tal como a epopeia em um outro contexto não épico só para obter um efeito de sentido especial; b) Intertextualidade explícita: como no caso das citações, discursos diretos, referência documentadas com a fonte, resumos, resenhas; c) Intertextualidade com textos próprios, alheios ou genéricos: alguém pode muito bem situar-se numa relação consigo mesmo e aludir a seus textos, bem como citar textos sem autoria específica como provérbios etc. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008 (adaptado). A respeito dos textos acima, analise as seguintes afirmações. I. A intertextualidade é mais que um critério de textualidade, é também um princípio constitutivo que trata o texto como comunhão de discursos, dando margem para que se façam interconexões dos mais variados tipos. II. Para que a intertextualidade seja reconhecida como propriedade constitutiva de um texto, este deve conter algum tipo de relação ligada à forma ou ao conteúdo de outro texto. III. A leitura e a interpretação demandam ativação de conhecimentos prévios e requerem uma gama de conhecimentos advindos da leitura de outros textos. É correto o que se afirma em: · II e III, apenas. · I, II e III. · II, apenas. · I, apenas. · I e III, apenas. Resposta correta. A intertextualidade está em qualquer texto e é fundamental para a leitura e a interpretação de textos. Koch e Marcuschi discorrem acerca de como a intertextualidade pode se apresentar em um texto, por exemplo, de forma explícita, implícita ou, mesmo, fundamental parte da memória social de um indivíduo ou sociedade. Pergunta 5 Um texto, do ponto de vista de sua apresentação empírica, é um objeto com começo, meio e fim, mas que se o considerarmos como discurso, reinstala-se imediatamente sua incompletude. Dito de outra forma, o texto, visto na perspectiva do discurso, não é uma unidade fechada — embora, como unidade de análise, ele possa ser considerado uma unidade inteira — pois ele tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condiçõesde produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva. O texto é a unidade de análise afetada pelas condições de produção. O texto é, para o analista de discurso, o lugar da relação com a representação física da linguagem: onde ela é som, letra, espaço, dimensão direcionada, tamanho. É o material bruto. Mas é também espaço significante. E não é das questões menos interessantes a de procurar saber como se põe um discurso em texto. Como toda peça de linguagem, como todo objeto simbólico, o texto é objeto de interpretação. Para a Análise do Discurso, esta sua qualidade é crucial. É sua tarefa compreender como ele produz sentido e isto implica compreender tanto como os sentidos estão nele quanto como ele pode ser lido. Esta dimensão, eu diria ambígua, da historicidade do texto, mostra que o analista não toma o texto como o ponto de partida absoluto (dada a relação de sentidos), nem como ponto de chegada. Quando se trata de discurso, não temos origem e não temos unidade definitiva. Um texto é uma peça de linguagem de um processo discursivo muito mais abrangente. Orlandi, Eni P. Texto e discurso. Organon: Revista do Instituto de Letras da UFRGS, v. 9, n. 23, 1995 (adaptado). No texto apresentado, são discutidas atribuições do analista de discurso no que diz respeito ao estudo do texto. Com base nisso, podemos afirmar que: · texto e discurso estão em planos diferentes, porém complementares, de modo que não é possível atribuir mais de um sentido a um mesmo texto. · o discurso pressupõe o texto que, por sua vez, é o produto final de um processo discursivo. · exterioridade constitutiva compreende os diversos sentidos apresentados pelo texto. · para o analista de discurso, interessa analisar os aspectos estruturais do texto e classificá-los do ponto de vista linguístico. · o texto está situado no plano da esquematização e pode ser compreendido como algo físico, que dará forma à intencionalidade do discurso. Resposta incorreta. A Análise do Discurso visa compreender os sentidos produzidos pelo texto com base tanto nos fatores intrínsecos, estruturais, como nos extrínsecos, de ordem social, histórica. Nesse sentido, o texto não é ponto de partida e nem de chegada, mas objeto de estudo de um processo discursivo. Pergunta 6 Art.7º - É EXPRESSAMENTE PROIBIDO: I - FUMAR NAS DEPEND& Ecirc;NCIAS DA PISCINA; II - CONSUMIR QUALQUER BEBIDA OU ALIMENTO NO RECINTO DA PISCINA; III - Levar ao recinto da piscina, frascos, copos, garrafas, latas cerveja e refrigerantes etc., em vidro, porcelana ou material similar sujeito à quebra, que possam atentar à segurança física dos usuários, exceto garrafas de água e copo plástico; IV - Jogar lixo de qualquer espécie no recinto da piscina; V - Trafegar no recinto da piscina com bicicleta, patins, triciclos ou similar; VI - Frequentar a piscina em trajes de banho atentatórios à moral ou assumir posturas que firam o decoro e os bons costumes; VII - Praticar quaisquer tipos de brincadeiras que possam prejudicar material ou moralmente os demais frequentadores, na piscina ou no recinto da mesma; VIII - Praticar qualquer jogo esportivo no recinto da piscina, tais como: frescobol, peteca, bola, medicine ball, pólo aquático ou qualquer outro que possa perturbar ou interferir com o direito alheio de desfrutar a piscina em paz e segurança, exceto quando se tratar de atividade promovida pelo Condomínio. Disponível em: <http://sindicoffice.com.br/%3e. Acesso em: 17 abr. 2019. Sobre o texto lido, analise as afirmações a seguir. I. Trata-se de um texto prescritivo, cuja capacidade dominante é a regulação mútua de comportamentos. II. Pela sua estrutura composicional, é possível concluir que é um recorte de um conjunto de artigos que compõem um regulamento. III. As subdivisões servem para destacar orientações ou aspectos importantes, constituindo uma enumeração das ações que são expressamente proibidas. É correto o que se afirma em: · II, apenas. · I, II e III. · I, apenas. · II e III, apenas. · I e III, apenas. Resposta correta. O texto apresentado é um trecho de um regimento de condomínio, portanto, sua principal função é descrever ações. Trata-se de um documento que expressa um conjunto de normas e regras e, por isso, segue uma estrutura composicional específica desse tipo de texto. Pergunta 7 Na tradição oral de culturas sem escrita, uma narrativa contada oralmente é muito diferente do ato solitário de escrever e ler um texto numa cultura com escrita. Numa cultura oral, contar uma narrativa para uma plateia se trata de uma performance, um ato social complexo e altamente dinâmico. O contador da narrativa [...] conta muito com a presença de uma plateia, com a qual ele interage; por exemplo, de acordo com as reações da plateia presente, o contador escolhe uma ou outra técnica para o desenrolar da narrativa garantindo, assim, a possibilidade de prender o interesse de seu público. Algumas dessas técnicas da performatividade oral incluem variações na impostação da voz, variações de entoação, o uso inesperado do silêncio e o uso da repetição. Sendo típicas da língua falada, tais técnicas desaparecem nas formas escritas das narrativas orais. Assim, os autores que dizem que estão simplesmente escrevendo (registrando no papel) narrativas indígenas, tal qual foram contadas, na verdade estão deixando para fora do papel toda a complexidade e dinâmica do processo performativo de narrar oralmente. SOUZA, Lynn M. T. M. Uma outra história, a escrita indígena no Brasil. Povos Indígenas no Brasil - Instituto Socioambiental (ISA). Disponível em: < https://pib.socioambiental.org/pt/Uma_outra_hist%C3%B3ria,_a_escrita_ind%C3%ADgena_no_Brasil>. Acesso em: 19 mar. 2019. O texto trata de narrativas orais e estabelece relação com a sua transcrição. Com base no texto, é possível afirmar que: · o uso de pausas na oralidade está diretamente relacionado à ocorrência do ponto-final no texto escrito. · oralidade e escrita são processos independentes e isolados; assim, o produto de um não pode inspirar o outro. · as narrativas indígenas, para que não percam o sentido, só podem ser transcritas por autores profissionais. · os autores que registram as narrativas indígenas reproduzem em sua totalidade os aspectos performáticos das narrativas orais. · narrar uma história oralmente implica em técnicas específicas de apresentação e interpretação objetivando despertar o interesse do ouvinte. Resposta correta. A alteração do tom de voz, o uso de silêncios inesperados, a mudança de ritmo e o uso da repetição são técnicas que o contador de uma narrativa utiliza para prender o interesse de seu público pela história. Tais recursos não implicam, porém, no uso de pontuação correspondente no texto escrito. Pergunta 8 CENA 01: QUARTO DE HOSPITAL INTERIOR/ NOITE. Os reflexos azulados da televisão ligada formam manchas no alto da parede do quarto em penumbra, enquanto o locutor narra empolgado os últimos momentos da corrida de São Silvestre de 1980. Sobre essas imagens irão os créditos dos produtores e atores principais, que deverão terminar com a comemoração eufórica da vitória do brasileiro e do início da década de 1980, uma nova década. A câmera então se desloca em movimento vertical descendente, enquadrando a parte superior do corpo de Mário, deitado em sua cama e imóvel, como mais um objeto naquele quarto de hospital. Mário, que tem uma série de sondas ligadas a seu corpo, move lentamente os olhos semiabertos e brilhantes em direção à TV, que mostra o replay do final da corrida em câmera lenta, ressaltando o vigor dos atletas em movimento. À euforia do locutor, somam-se os fogos e gritos que vêm da vizinhança. Depois de deter por alguns instantes seu olhar no vídeo, Mário volta-se com alguma dificuldade para a parte superior da parede, onde gira, insolitamente, como que suspenso no ar, um enorme vitral colorido. Nesse momento, desaparece o som da TV e dos festejos e inicia-se, suavemente, uma música. A câmera aproxima-se em um lento zoom do vitral. MÁRIO (VOICE OVER*) - Um dia tudo perdeu o sentidoe desejei minha própria morte. Mas nem de me matar eu era capaz. Tinha de sofrer e estar só, tão só que até meu corpo me abandonara. Após essas palavras, há um fade-out seguido de um fade-in com o título do filme: FELIZ ANO VELHO. Tal título também sairá em fade-out, e entrarão os créditos das funções principais. A música prosseguirá até o início da próxima cena. *Voice over - diálogos que não são diegéticos, ou seja, não estão sendo ditos no lugar onde ocorre a cena. GERVITZ, R. Feliz Ano Velho. Disponível em: <http://aplauso.imprensaoficial.com.br/edicoes/12.0.813.804/12.0.813.804.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2019. Analise as afirmações a seguir, a respeito do texto acima. I. Pela forma como o texto está estruturado e pela linguagem técnica empregada, é possível afirmar que trata-se de um roteiro cinematográfico, cuja função é orientar os atores, a direção e a produção técnica acerca de como o filme deve se desenvolver. II. A primeira frase do texto, em letras maiúsculas, apresenta a macroestrutura da cena, que é pormenorizada em seguida. III. Pode-se afirmar que a cena descrita inicialmente se vale da subjetividade, aspecto evidenciado pelos usos de adjetivos, pela descrição de cores e pelos jogos de câmera. É correto o que se afirma em: · II e III, apenas. · I, apenas. · I e II, apenas. · III, apenas. · I, II e III. Resposta correta. O texto é um roteiro cinematográfico, cuja função é orientar atores e produtores acerca de como a história do filme deve se desenvolver. A presença de elementos descritivos, bem como a indicação dos planos são fundamentais para que a função discursiva desse texto seja efetiva. A frase em maiúsculo, no início da cena, tem o intuito de facilitar a localização espaço-temporal. Pergunta 9 Leia o relato de uma professora de 5º ano em uma escola municipal do Recife a respeito do trabalho desenvolvido com o gênero fábula: Para dar início à atividade planejada, entreguei a cada aluno a fábula “A raposa e as Uvas” e solicitei que fizessem uma leitura silenciosa. Ao término da leitura silenciosa, fizemos uma outra (...). Em seguida, lancei o desafio para que em grupo de quatro participantes procurassem produzir uma fábula. Porém a produção não foi satisfatória, tendo em vista que as narrações fugiram das características do gênero, principalmente no que se refere ao ensinamento moral. No dia seguinte, apresentei outra fábula - “Assembleia dos ratos”-, que foi lida silenciosamente e depois em voz alta, de modo compartilhado, questionando acerca das similaridades com a fábula vista anteriormente. Após a identificação das similaridades, li outras três fábulas e ao passo que eu ia lendo, já fazíamos as discussões e considerações. Foram elas: “O galo que logrou a raposa”, “A coruja e a águia” e “O urso e os viajantes”. Em seguida, pedi que citassem outros ensinamentos que conhecessem e saí listando-os na lousa. Quando chegamos a cerca de 10 ensinamentos, solicitei que formassem duplas e construíssem uma fábula, utilizando um dos ensinamentos listados (...) Depois de certo tempo, eles produziram a fábula e, à medida que iam lendo para mim, eu já levantava alguns questionamentos acerca da organização das frases, fala dos personagens, a ortografia, etc. Os alunos prontamente corrigiram o que consideravam não estar correto. Desta feita, a produção apresentou um resultado mais satisfatório, tendo em vista que as narrativas já traziam as características do gênero solicitado. Disponível em: <http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/15.pdf#page=12>. Aceso em: 24 abr. 2019. O relato lido permite afirmar que: · as leituras anteriores podem ser favoráveis para a utilização de um vocabulário mais diversificado e específico do tipo de evento comunicativo. · a familiaridade com diferentes espécies textuais pode dar munição para que os alunos adotem gêneros textuais propícios às finalidades dos textos. · ao se trabalhar com diferentes gêneros textuais, pode-se organizar o ensino de modo a garantir que haja diversificação de tipos textuais. · a prática de leitura, segundo o que foi constatado no caso abordado, gera bons escritores. · o contato efetivo com o gênero em questão foi necessário para que os alunos, assim familiarizados, escrevessem seus próprios textos. Resposta correta. Como foi relatado pela professora, a leitura de uma fábula não foi suficiente para que os alunos pudessem apreender como escreveriam uma outra fábula. O aprendizado efetivo se deu somente após terem um contato mais profundo com o gênero. Pergunta 10 Os textos de divulgação científica podem ser uma opção para o professor que almeja esquivar-se de produções saturadas de informações formais, como por exemplo, livros didáticos. Por conseguinte, já que a leitura pode objetivar contribuir para a efetivação da divulgação científica no Ensino Médio além da efetivação da cidadania, na defesa por interesses coletivos que envolvam desenvolvimento científico. É possível adotar uma perspectiva interdisciplinar entre Ciências e Língua Portuguesa, por intermédio do desenvolvimento do senso crítico do aluno, através da leitura e interpretação. A esse respeito, Carvalho considera que “não há como fugir do universo da linguagem como meio necessário para a produção de sentido, e instância onde se legitima a ação. Uma vez lançados num mundo que não se funda em verdades naturais ou essenciais, estamos no domínio das interpretações”. E, ademais de tudo isso, o aluno ainda irá se apropriar do gênero artigo de divulgação científica e poderá, em estudos futuros, divulgar seus conhecimentos utilizando-se dele, além de, concomitantemente, ir se acostumando com uma linguagem menos cotidiana, mas que não seja propriamente técnica e/ou científica, como forma de estabelecer uma ponte entre o Ensino Médio e a graduação. Nesse diapasão, Bizzo defende que a leitura de textos desse tipo é uma excelente ferramenta para familiarizar o aluno com a linguagem científica. FURTADO, V. F. Gênero artigo de divulgação científica: uma possibilidade de abordagem interdisciplinar. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/37109/pdf>. Acesso em: 21 abr. 2019. Em relação ao texto lido, analise as afirmações a seguir. I. A linguagem no artigo de divulgação científica, apesar de ser formal, é menos técnica que a do livro didático. Isso se deve à sua função de apresentar informações científicas à comunidade em geral. II. A apropriação do gênero artigo de divulgação científica no Ensino Médio contribui para que o aluno se familiarize com este gênero, muito frequente na graduação. III. É possível trabalhar conteúdos de Língua Portuguesa em uma aula de Ciências. Está correto o que se afirma em · I e III, apenas. · I e II, apenas. · II e III, apenas. · I, II e III. · I, apenas. Resposta correta. O texto de divulgação científica apresenta informações de estudos da área das ciências à população em geral. É muito comum de ser encontrado em revistas e jornais, especializados ou não. Uma das competências essenciais para a compreensão desse tipo de texto é a capacidade de interpretar informações.