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Pneumonia: Definição, Fatores de Risco e Tratamento


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Pneumonia
Definição
Inflamação das estruturas parenquimatosas do pulmão e das vias respiratórias inferiores, inclusive alvéolos e bronquíolos.
Fatores de risco
Imunossuprimidos
Classificação
Típicas: infecção por bactérias que se multiplicam fora das células alveolares e causam inflamação e exsudação de líquidos para os espaços aéreos dos alvéolos, se divide em:
Lobar: condensação de uma parte ou de um lobo pulmonar inteiro
Broncopneumonia: área de condensação variegada envolvendo mais de um lobo do pulmão
Atípicas: causadas por vírus e Mycoplasma que afetam o septo alveolar e o interstício pulmonar. 
PAC
Definição
. Infecções causadas por microrganismos encontrados nas comunidades, em vez de nos hospitais ou nas instituições asilares. 
. Infecção que começa fora do hospital, ou é diagnosticada dentro de 48 h depois da internação hospitalar de um paciente que não residia em instituição de cuidados de longa permanência há 14 dias ou mais, até a data da internação.
Etiologia
. S. pneumoniae.13 
. H. influenzae
. S. aureus
. bastonetes gram-negativos
. Mycoplasma pneumoniae
. Vírus sincicial respiratório
Manifestações Clínicas
Crianças:
. Rinite ou tosse como sintomas iniciais
. Taquipneia 
. Desconforto respiratório 
. Estertores ou sibilos 
. Dor abdominal
Em lactentes:
. Cianose 
. Sinais de insuficiência respiratória iminente. 
Adolescentes: 
. Calafrios com tremores
. Febre alta
. Tosse
. Dor torácica 
. Redução da mobilidade por causa da dor pleurítica. 
Diagnóstico
Exame físico
Laboratoriais:
Leucograma: leucocitose, neutrofilia
PAC bacteriana: proteína C reativa (PCR) for ≥ 40 
Métodos sorológicos: IgG ou IgM aumentado indica - infecções por Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis e Chlamydia pneumoniae
IgG aumentado: VSR, adenovírus, parainfluenza e influenza
Radiografia do toráx:
Pneumonia viral: infiltrados intersticiais bilaterais, hiperinsuflação e espessamento peribrônquico 
Pneumonia bacteriana: consolidação lobar ou opacidade
Cultura: internação hospitalar 
Obtenção de amostras de secreções nasofaríngeas 
Tratamento
. Prevenção: 
. Influenza – 6 meses a 2 anos de idade (2 doses com intervalo de 3 semanas); 3 a 8 anos de idade (2 doses com intervalo de 3 semanas); > 9 anos e adultos (anual).
. Streptococcus pneumoniae (pneumococo) - 13-va lente (7 sorotipos + 1, 5, 7F, 3, 6A, 19A) e 10-valente (7 soroti pos + 1, 5, 7F), sendo a última disponível na rede pública de saúde: 2 meses, 4 meses, 12 meses, adultos a partir dos 65 anos e outros indivíduos de risco, 
Avaliação da gravidade:
0 a 1: risco baixo de complicações e em geral podem ser encaminhados para tratamento laboratorial. 
≥ 2: Internação hospitalar; ≥ 3: Internação em UTI.
Esquema ambulatorial: antibiótico macrolídeo – Azitromicina 500mg 1x dia, durante 5 dias ou Amoxicilina 500 mg, 8/8 h durante 5 dias
Se tiver comorbidades significativas: fluoroquinolona – levofloxacino 750 mg 1x ao dia, durante 7 dias; ou antibiótico b-lactâmico - amoxicilina-clavulanato (1 g EV 8/8 h ou 500 mg + 125 mg 8/8h durante 10 dias)+ macrolídeo - azitromicina
Tratamento hospitalar: fluoroquinolona respiratória ou antibiótico b-lactâmico + macrolídeo UTI: antibiótico b-lactâmico ou ampicilina + fluoroquinolona respiratória ou um macrolídeo.
PAC – Pediatria
Fatores de risco
. Desnutrição, baixa idade, episódios prévios de sibilos e pneumonia, ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta
Etiologia
Menores de 2 meses de idade os agentes mais frequentes são: estreptococo do grupo B, enterobactérias, Listeria monocytogenes, Chlamydia trachomatis, Staphylococcus aureus e vírus
A partir de 2 meses até pré-escolares aos 5 anos de idade: VSR, parainfluenza, influenza, rinovírus e adenovírus, pneumococo 
Tratamento
Critérios para Internação Hospitalar:
. “sinais de perigo”:
Menores de 2 meses são: FR ≥ 60 irpm, tiragem subcostal, febre alta, recusa do seio materno por mais de 3 mamadas, sibilância, estridor em repouso, sensório alterado com letargia, sonolência anormal ou irritabilida de excessiva. 
Maiores de 2 meses de vida: tiragem subcostal, estridor em repouso, recusa de líquidos, convulsão, alteração do sensório e vômito de tudo que lhe é oferecido.
OBS: Nas crianças com 6 meses de idade ou menos, com PAC de curso insidioso, tosse irritativa, com estado geral preservado, pode-se considerar o uso de macrolídeos, pensando em C. trachomatis. 
Orientações:
Manter a alimentação da criança, aumentar a oferta hídrica e manter as narinas desobstruídas. 
As principais complicações das PAC são: 
• abscesso; 
• atelectasia; 
• pneumatocele; 
• pneumonia necrosante; 
• derrame pleural; 
• pneumotórax;

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