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5 Transtornos alimentares e sexuais

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BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
Transtornos Alimentares
A etiologia dos transtornos alimentares é complexa.
Alimentação é um ato necessário para sobrevivência, no
entendo isso vira patológico, quando:
● Perturbação persistente na alimentação ou no
comportamento relacionado à alimentação;
● Resulta no consumo ou na absorção alterada
de alimentos;
● Prejuízo a saúde física ou funcionamento
psicossocial;
Existem diversos tipos de transtornos alimentares
segundo o DSM-5:
1. Anorexia Nervosa;
2. Bulimia Nervosa;
3. Transtorno de compulsão alimentar;
4. Pica;
5. Transtorno de ruminação;
6. Transtorno alimentar restritivo ou evitativo;
Sendo os últimos 3 mais comuns na fase da infância
Anorexia
Pensa-se em duas características básicas:
1. Restrição alimentar com baixo peso;
2. Alteração de autoimagem;
É mais comum em mulheres adolescentes, prevalência
de 0,5% sendo uma crescente ultimamente.
É muito comum ter outras comorbidades psiquiátricas.
Personalidades difíceis, controladoras, perfeccionistas
geram isso.
Quadro clínico:
● Restrição alimentar → baixo peso;
● Medo intenso de engordar ou comportamentos
para evitar ganho de peso;
● Alteração de autoimagem e autoavaliação;
● Percepção do próprio corpo não corresponde à
realidade;
● Preocupações com alimentação e corpo viram
centrais na vida da pessoa;
● Perde convivência, atividades acadêmicas e
laborais por medo de engordar;
● Amenorreia e problemas clínicos (desnutrição,
anemia. arritmias, alteração de fâneros);
OBS: é um dos transtornos mais mortais da psiquiatria
Existem dois tipos:
1. Restritivo - mais comum;
2. Compulsivo - purgativo;
Leve: IMC > 17 kg/m²;
Moderada: IMC 16 a 16,99 kg/m²;
Grave: IMC 15-15,99kg/m²
Extrema: IMC < 15kg/m²;
Tratamento
É um tratamento extremamente difícil, o quadro é
egosintônico.
O objetivo é reestabelecer um padrão alimentar
saudável + visão saudável do corpo.
Equipe multiprofissional é essencial: psicólogo,
nutricionista e psiquiatria.
Medicação: não são muito aprovados, utiliza-se mais
para tratar comorbidades
Às vezes é necessário internação e terapia nutricional
por sonda nasogástrica.
Indicações de internação: perda rápida de peso, imc
muito baixo, psicose, cardiovascular, suicídio.
Cuidar com a síndrome de realimentação.
BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
Bulimia Nervosa
Pensa-se em duas características básicas de quadro
clínico
1. Episódios de compulsão alimentar:
normalmente caracterizado por uma grande
quantidade de comida em pouco tempo +
sensação de falta de controle ou culpa;
2. Seguidos de comportamento compensatório
inadequado:
● Laxantes;
● Jejum prolongado;
● Vômitos;
● Exercício físico excessivo;
É mais comum em mulheres adultas jovens, prevalência
de 1% a 4%, sendo mais prevalente que a anorexia.
Também é muito comum ter outras comorbidades
psiquiátricas.
Normalmente são mulheres insatisfeitas com o corpo,
mas sem alteração de autopercepção.
Quadro Clínico:
● Episódios de compulsão alimentar:
● Seguidos de comportamento compensatório
inadequado:
- Laxantes;
- Jejum prolongado;
- Vômitos;
- Exercício físico excessivo;
● Corpo normal ou acima do peso;
● Insatisfação com corpo + grande medo de
engordar, mas sem alteração de autoimagem;
Sinal quase que patognomônico de bulimia nervosa e
transtorno de compulsão alimentar periódica! Lesões no
DORSO DA MÃO em paciente PORTADORA DE
TRANSTORNO ALIMENTAR, que ocorre devido à
pressão dos dentes contra a pele enquanto estimula o
reflexo de vômito para induzi-lo = SINAL DE RUSSELL!
É cíclico:
1. Restrição;
2. Compulsão;
3. Culpa e baixa autoestima;
4. Compensação;
5. Culpa e baixa autoestima;
6. Volta ao início;
Os métodos compensatórios são vistos com culpa e
sofrimento (egodistônico).
Diagnóstico:
● O comportamento deve acontecer pelo menos
1x por semana há 3 meses;
● Autoavaliação relacionada ao corpo;
● Deve ser excluída anorexia;
Tratamento
Equipe multiprofissional é essencial: psicólogo,
nutricionista e psiquiatra.
Objetivo: restabelecer o padrão alimentar saudável +
visão saudável do corpo.
Medicação: ISRS (fluoxetina) e Topiramato.
Transtorno de Compulsão Alimentar
É caracterizado por:
1. Episódios de compulsão alimentar;
2. Sem comportamento compensatório;
É também feito pelo menos 1x por semana por 3 meses;
É o transtorno alimentar mais prevalente, 2 a 6% e
muita relação com obesidade.
BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
Tratamento
Equipe multidisciplinar: psicólogo, nutricionista e
psiquiatra.
Tratar comorbidades.
Medicação: ISRS (fluoxetina), Topiramato e
Lisdexanfetamina (Venvanse).
Anorexia Bulimia
Muito magras No peso ou até acima do
peso
Alteração de imagem
corporal
Baixa autoestima e medo
de engordar
Pode ter compulsão
seguida de purgação
Compulsão seguida de
purgação é critério
diagnóstico
Restrição alimentar é
critério diagnóstico
Pode haver jejuns
prolongados
Egosintônico, acham
normal o comportamento
Culpa, angústia e
vergonha
Mais jovens: 16 anos Mais velhas: 20 anos
Sexualmente inativas, em
geral
Sexualmente ativas, em
geral
Podem ter traços
obsessivos e rígidos de
personalidade
Traços mais impulsivos
(histriônicos e borderline)
Questão
Paciente feminina, 24 anos, universitária, vem em
consulta médica com relato de desmaio durante a
segunda aula seguida de crossfit no dia anterior.
O namorado relata que, mesmo com o peso dentro da
normalidade, a paciente mostra-se insatisfeita e
preocupada com seu peso corporal.
Refere, também, que era comum crises de choro e
ansiedade seguidas de consumo exagerado de comida.
Explícita, ainda que, no dia do ocorrido na academia,
eles tiveram uma séria discussão e a paciente
consumiu, sozinha, uma lasanha de tamanho família e
um litro de refrigerante.
Em se tratando do caso ora referido, a paciente se
enquadra, clinicamente no diagnóstico de:
A. Anorexia nervosa;
B. Bulimia nervosa;
C. Transtorno de compulsão alimentar;
D. Transtorno alimentar restritivo;
E. Transtorno de comer compulsivo;
Transtornos Sexuais
Sexo e sexualidade possuem:
● Dimensão biológica (neuronais, hormonais e
anatomofisiológicos);
● Dimensão psicológica;
● Dimensão social e cultural;
Existem três transtornos de uma maneira geral:
1. Disfunções sexuais: transtorno no ato sexual
mesmo;
2. Transtornos parafílicos;
3. Disforia de gênero;
As questões sociais são de etiologia muito amplas:
● Hábitos de vida;
● Doenças físicas e psiquiátricas;
● Uso de medicamentos;
● Distúrbios hormonais;
● Normas culturas;
● Expectativas errôneas;
● Condições socioeconômicas;
● Conflitos relacionais;
● Etc…
O diagnóstico é sempre clínico e por ser clínico a
anamnese deve ser bem detalhada.
- Questionar, com tato mas diretamente sobre a
vida sexual (satisfatório, recorrente…);
- Cuidado com julgamento e opiniões;
BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
Parafilias
Interesse sexual intenso e persistente em algo:
● Não voltado para a estimulação genital ou para
carícias preliminares;
● Não parceiros humanos, que consentem e
apresentam fenótipo normal e maturidade física;
IMPORTANTE: não consensual, exclusivista (só sente
prazer dessa maneira), tragam prejuízo.
Tipos:
● Frotteurismo: tocar ou esfregar-se em indivíduo
que não consentiu;
● Voyeurista: espiar outras pessoas em atividades
privadas;
● Exibicionista: expor os genitais;
● Masoquismo sexual: passar por humilhação,
submissão ou sofrimento;
● Pedofílico: foco sexual em crianças;
- É o único transtorno que SEMPRE é
caracterizado como doença;
● Fetichista: usar objetos inanimados ou ter um
foco específico em partes não genitais;
● Transvéstico: vestir roupas do sexo oposto
visando excitação sexual;
Tratamento
É uma terapia individual,casal, sexual, ajudando a
ressignificar o prazer dela.
Controle externo e prisão podem ser necessários.
Medicamentos: os que inibem a libido, ISRS,
antipsicóticos e até bloqueios hormonais (castração
química).
Transtorno de Gênero
Quando se define o sexo da pessoa, leva-se em
consideração:
● Cromossomos (X e Y);
● Anatomia (órgãos sexuais internos e genitália
externa);
● Hormônios (testosterona e estrogênio) e
caracteres secundários;
● Psicologia (identidade);
● Cultura (comportamento definido pela
sociedade);
Identidade de gênero: é essa questão mais interna de
como se sente o gênero.
Orientação sexual: questões externas, para onde a
sexualidade, desejo sexual se direciona.
- Homossexuais ou heterossexuais;
Sexo biológico: genética (XX e XY), fenótipo (masculino
e feminino) e sexo genital (pênis e vagina).
Disforia de gênero
● Na maioria das pessoas existe congruênica
entre o sexo biológico (designado) e a
identidade de gênero - cisgênero;
● Incongruência entre a identidade de gênero e o
gênero biológico - transgênero;
BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
Na disforia, ocorre essa incongruência entre a
identidade de gênero e o gênero biológico.
Acompanhado de um forte desejo de livrar-se das
próprias características sexuais.
- Existe um forte desejo pelas características do
sexo oposto, pertencer a ele e ser tratado como
outro gênero.
Tratar pelo gênero de expressão e tem direito ao nome
social.
Critérios diagnósticos:
A. Incongruência acentuada entre o gênero
experimentado/expresso e o gênero designado
(biológico) de uma pessoa, com duração de
pelo menos seis meses, manifestada por no
mínimo dois dos seguintes:
1. Incongruência acentuada entre o gênero
experimentado/expresso e as características
sexuais primárias ou secundárias (ou em
adolescentes jovens, as características sexuais
secundárias previstas);
2. Forte desejo de livrar-se das próprias
características sexuais primárias e/ou
secundárias em razão de incongruência
acentuada com o gênero
experimentado/expresso (ou em adolescentes
jovens, as características sexuais secundárias
previstas);
3. Forte desejo pelas características sexuais
primárias e/ou secundárias de outro gênero;
4. Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a
algum gênero alternativo diferente do
designado);
5. Forte desejo de ser tratado como outro gênero
(ou como algum gênero alternativo diferente do
designado);
6. Forte convicção de ter os sentimentos e
reações típicos do outro gênero (ou de algum
gênero alternativo diferente do designado);
B. A condição está associada a sofrimentos
clinicamente significativos ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
Tratamento
Cuidado com equipe multiprofissional.
É importante fazer um diagnóstico preciso.
Esse paciente tem direito a harmonização e cirurgia de
redesignação sexual.
- No Brasil, existe uma lista de espera imensa
para tratamento e cirurgia
Dentro do processo:
● Pode querer utilizar maquiagem e vestimentas;
● Tratamento hormonal (bloqueio ou
harmonização);
● Tratamentos cirúrgicos de redesignação sexual;
● Outros tratamentos: treino vocal para mulheres
trans;
O paciente vai optar pelo tratamento que quiser
Requisitos básicos pelo SUS:
● Maior de 18 anos para iniciar o processo
terapêutico e realizar hormonização;
● Maior de 21 anos para cirurgias de
redesignação sexual, com indicação médica;
● Necessidade de avaliações psicológicas e
psiquiátricas durante um período de 2 anos,
com acompanhamentos e diagnóstico final que
pode encaminhar ou não a paciente para a
cirurgia tão aguardada;
Em 2019 o conselho federal de medicina fez uma
resolução:
● Para crianças e adolescentes pré puberdade
(Tanner I): previsão somente de acolhimento e
BrunaWink Neves
9° Semestre
Cursinho 2023
Aula 5
Transtornos Alimentares e Transtornos Sexuais
do acompanhamento por equipe
multiprofissional e interdisciplinar;
● Para crianças e adolescentes em puberdade
(Tanner II ou mais): previsão de possibilidade de
bloqueio hormonal, condicionada à anuência de
equipe multiprofissional e do responsável legal
do paciente;
● Para adolescentes a partir dos 16 anos:
previsão da possibilidade da hormonioterapia
cruzada, condicionada à anuência da equipe
multiprofissional e do responsável legal do
paciente;
● Previsão de realização de procedimento
cirúrgico somente a partir dos 18 anos e com
acompanhamento prévio mínimo de 1 ano por
equipe multiprofissional e interdisciplinar;
Questão
Durante o mês de campanha do “Outubro Rosa”, João
(24 anos), procurou a unidade básica de saúde da
família para ter orientações sobre a prevenção do
câncer de mama, uma vez que sua namorada tinha
informado que ele precisaria realizar tal exame, mesmo
sendo um homem transexual.
A respeito do relacionamento de João e sua namorada,
assinale a correta:
A. João tem identidade de gênero masculina e
orientação afetivo-sexual homossexual;
B. João tem identidade de gênero feminina e
orientação afetivo-sexual homossexual;
C. João tem identidade de gênero masculina e
orientação afetivo-sexual transexual;
D. João tem identidade de gênero feminina e
orientação afetivo-sexual heterossexual;
E. João tem identidade de gênero masculina e
orientação afetivo-sexual heterossexual;

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