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* Lei de FARADAY - estipula que um condutor submetido a um campo magnético variável produz em seus terminais uma tensão (força eletro- motriz, fem) dada pela equação: Na equação acima, o sinal menos está convencionado considerando que a fem terá o mesmo sentido da corrente que circula. Em análise de circuitos, costuma-se considerar a tensão com o sentido invertido e mudando o sinal, conforme mostra a figura. dt d -e λ= i L e i Lv dt d -e λ= dt d v λ= Fem pela lei de Faraday Tensão induzida v ���������� �� �� ���� � ��� ��������� ������ �� �� * Lei de Lenz - A lei de Lenz afirma que todo condutor submetido a um campo magnético variável e num circuito fechado será percorrido por uma corrente cujo campo magnético se oporá à causa (variação de fluxo) que o produziu (a Lei de Lenz define o sentido da fem e da Lei de Faraday). � Atenção! Significa que, se o fluxo é crescente, a corrente produzirá um fluxo que tentará impedir o crescimento; se o fluxo é decrescente, a corrente produzirá um fluxo que tentará manter o valor original. Exemplo: Aproxima-se um ímã de uma espira em curto, conforme figura. Qual o sentido da corrente que circula nela? S N v A espira sente um ímã se aproximando e aumentando de intensidade, logo a corrente induzida criará um ímã oposto ao que se aproxima. O sentido da corrente é horário. O fluxo concatenado λ representa o efeito total do fluxo Φ que abraça o enrolamento sendo considerado, valendo λ=NΦ (N é o número total de espiras que o fluxo abraça no enrolamento). O fluxo eletromagnético produzido em uma bobina tem sua origem em uma corrente circulando na bobina (já que Φ =f(B(H(i)))). Logo, o fluxo concatenado também é proporcional à corrente i (λ=NΦ =f(i)). À relação entre o fluxo concatenado com a bobina e a corrente que produziu o fluxo chamamos de indutância L: λ = L.i ⇒ L = N.Φ / i [H] Como Φ = ℑ / ℜ, e ℑ = N.i, então: A última equação mostra que a indutância é função da forma geométrica da estrutura, pois ℜ=�med/(µ0µrS). A equação da tensão induzida pode ser escrita como que, para circuitos estáticos e lineares ℜ =⇒ ×ℜ ××= 2N L i iNN L ( ) dt L.id v = dt di L v = * Saturação magnética e curva de magnetização: vamos considerar um núcleo ferromagnético com magnetismo inicial nulo. Podemos imaginar que ele é composto de minúsculos ímãs, chamados de domínios magnéticos. Como o magnetismo inicial é nulo, conclui-se que os domínios elementares estão orientados aleatoriamente, de tal forma que os campos magnéticos se cancelam no núcleo. À medida que aplica-se corrente à bobina que envolve tal núcleo, os domínios magnéticos começam a orientar-se no sentido do campo magnético criado pela bobina. � ��� �� ��� ��������� ���� �� ��������� � ������ ��� ��������� No início, rapidamente o alinhamento vai ocorrendo, de forma proporcional ao aumento da corrente. A partir de certo ponto, os domínios não alinhados começam a escassear, e faz- se necessário aumentar significativamente a corrente para alinhar uns poucos domínios. Esta região é chamada de região de saturação do material, e a característica λ-i do material é chamada de curva de magnetização. λ i região linear saturação * Laço de Histerese - Em um enrolamento alimentado em CA, a FMM(=Ni) varia de forma alternada. Logo, o campo magnético H também é alternado. A indução magnética, então, percorre o que chamamos de laço de histerese, como explicado a seguir. Considere-se que a corrente que circula no enrolamento é senoidal e de variação lenta, conforme a figura. A curva BxH resultante é mostrada ao lado. o a b c e d f a i t Curva de material não magnético Bs (saturação)Br (residual) Hc (Força Coercitiva) ☛ O trecho oa da curva de magnetização é a curva de magnetização CC: curva normal de magnetização. . Inicialmente, o material estava desmagnetizado. Quando a corrente que circula no enrolamento varia lentamente no trecho oa, o campo H alcança o valor Hmax e considera-se a indução B no valor máximo, Bm. Tal valor pode ser o de saturação, Bsat. Retornando a corrente a zero (trecho ab), nem todos os domínios magnéticos retornam à posição inicial, ficando o material com um magnetismo residual Br. Para cancelar o magnetismo residual, faz-se necessário um campo H em sentido oposto (trecho bc da corrente), a este valor chama-se força coercitiva Hc. O processo se repete em sentido oposto. Pelo fato de que nem todos os domínios voltam à posição original, deve-se exercer um esforço a mais para zerar o campo magnético antes de invertê-lo, disso resulta o fato que materiais magnéticos sob a ação de um campo alternado apresentam perdas por histerese. * Perdas por Histerese - Vamos considerar o laço de histerese da figura à esquerda a seguir. Quando a corrente – consequentemente o campo H - evolui positivamente a partir de zero até o valor máximo, o laço de histerese é percorrido do ponto d ao ponto a. Durante a etapa, energia é fornecida ao material magnético, representada pela área hachuriada na figura central ( ).∫ ∫=λ=∆ HdBlsidW )( Quando a corrente reduz-se de seu valor máximo até zero (curva percorrendo do ponto a ao ponto b), energia é devolvida do material magnético ao sistema, representada pela área hachuriada na figura à direita. A diferença entre a energia fornecida e a devolvida é energia perdida, que em um ciclo completo é dada pela área interna ao laço de histerese. Cada vez que a corrente completa um ciclo (período), perde-se a energia corresponde à área interna ao laço de histerese. Tais perdas podem ser representadas pela equação:Ph=khf(Bm)n, sendo Ph as perdas por histerese, kh uma constante de perdas para o material, f é a frequência com que o campo magnético varia, Bm o máximo valor de trabalho da indução e n depende do material, geralmente estando entre 1,5 e 2,5. Nas estruturas de baixa freqüência atuais, n≅2. B H dc b a B H dc b a B H dc b a * Perdas por correntes parasitas ou correntes de Foucault (Eddy currents, em inglês) - Suponha a estrutura magnética da figura, em que o fluxo é variável no tempo (por exemplo, Φ(t)=Φmaxcosωt), estando aumentando de valor no instante mostrado. Φ(t) ipar ΦLENZ Sendo o material ferromagnético condutor de eletricidade, nele serão induzidas correntes conforme a lei de Lenz. A circulação de tais correntes proporciona o aparecimento de perdas joulicas no material, além de aquecimento do núcleo. Tais perdas são minimizadas em materiais ferromagnéticos de baixa freqüência (50-60Hz) pelo uso de lâminas de pequena espessura isoladas entre si (verniz ou óxido), sendo as perdas dadas por: Ppar=ke(fBmh)2, ������ ��� ����� ��� ��������� onde: ke é uma constante do material; f e Bm foram anteriormente definidos; e h é a espessura da lâmina. ☛ Em circuitos magnéticos laminados, devido ao isolamento entre lâminas, a área geométrica é maior que a área magnética. A relação entre tais áreas é chamada de fator de laminação (ou fator de empacotamento): fator de laminação=Amag/Ageo ☛ Estruturas de alta freqüência geralmente utilizam materiais de alta resistência elétrica (p.ex., ferrite). ☛Laço de Histerese Estático e Dinâmico: O laço de histerese estudado anteriormente foi obtido considerando uma variação lenta de corrente (Laço Estático). Com isso, a energia perdida na estrutura pode ser considerada exclusivamente devida a perdas de histerese. Na realidade, a energia perdida na estrutura engloba também as perdas de Foucault. À medida que a frequência aumenta, o laço “engorda” devido a tais perdas, gerando o Laço Dinâmico. B H Laço de Histerese Dinâmico Laço de Histerese Estático
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