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XX JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA XXX DO ESTADO DO XXXXX
Envolvidos 01 (qualificação de acordo com o art. 319, inciso II do CPC/2015),
vem por meio de sua advogada in fine assinada portadora da OAB nº X, com endereço
profissional X, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts.
186 e 127 do Código Civil, propor a presente:
AÇÃO REPARATÓRIA POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS
em face dos envolvidos 02 (qualificação de acordo com o art. 319, inciso II do
CPC/2015), pelos motivos de fato e de direito a seguir apresentados:
I- DOS FATOS
Os Envolvidos 01 na condição de consumidora final, contrataram a prestação de
serviços odontológicos e protético dos Envolvidos 02.
Entretanto, encerrado o prazo de 06 meses previsto para a finalização dos serviços
contratados, as correções dentárias não se deram nos termos da previsão estética prometida.
Dessa forma, diante inércia da Ré no cumprimento de suas obrigações, faz-se
necessária a intervenção do Poder Judiciário.
II - DO DIREITO
a) DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O Código de Defesa do Consumidor incide na presente demanda, visto que os
Envolvidos 02 preenchem os requisitos de Prestadores de Serviços no que aludem os arts. 3°,
§ 2, e 14 do Código de Defesa do Consumidor e os Envolvidos 01 preenchem os requisitos de
um autêntico consumidor, nos termos do art. 2°, do Código de Defesa do Consumidor.
b) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Entre os Envolvidos 01 e Envolvidos 02 existe relação de consumo, e, como
tal, merece a guarida do manto da proteção consumerista. Nesse sentido, o
Código do Consumidor, em seu artigo 6º , inciso VIII, estabelece o princípio
da inversão do ônus da prova, ao estatuir, dentre os “direitos básicos do
consumidor”, a facilitação da defesa de seus direitos, “inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiência.” Ademais, a inversão do ônus da prova é
amparada pelo princípio da distribuição dinâmica do ônus da prova,
implementada pelo art. 373 do Código Civil.
c) DA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O fato relatado configura prática abusiva, tendo em vista que os Envolvidos 02 não
cumpriram os termos do contrato. A Prática abusiva dos Envolvidos 02 extrapola o conteúdo
do artigo 14, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor, incidindo também no previsto pelo
art. 186 do Código Civil.
d) DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO FORNECEDOR
No caso de defeitos relativos aos serviços prestados por profissionais liberais, deve o
fornecedor reparar os danos causados em caso de culpa, conforme artigo 14, § 4º, do Código
de Defesa do Consumidor. Nesse sentido, por tratar-se de uma obrigação de resultado,
presume-se a culpa dos Envolvidos 02, vide art. 985 c/c 888 do Código Civil.
e) DO DANO MATERIAL
No que tange ao dano patrimonial, podemos destacar o dano emergente, que é o
efetivo prejuízo experimentado pela vítima, o que ela perdeu, e os lucros cessantes, aquilo
que a vítima deixou de lucrar por força do dano, ou seja, o que ela não ganhou.
Assim, faça-se constar, que os Envolvidos 01 sofreram um dano material no valor de
R$ X.
f) DOS DANOS MORAIS E ESTÉTICOS
O patrimônio moral do indivíduo é tutelado pelo ordenamento jurídico brasileiro,
especialmente na CRFB/88 no art. 5°, incisos X e V. Enquanto, no plano infraconstitucional,
pode-se citar o Código Civil, art. 186 e o Código de Defesa do Consumidor, art. 6°, VI e VII.
Ademais, os Envolvidos 01 foram expostos ao dano estético gerado pelo atraso na
prestação das correções dentárias que deveriam ter sido feitas dentro do prazo de 6 meses
pelos Envolvidos 02.
Portanto, não resta dúvida que é cabível que os Envolvidos 01 pleiteiem a condenação
dos Envolvidos 02 em danos morais e estéticos, cumulativamente. Nesse sentido, é pacífico o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça dado por meio da Súmula n° 387.
g) DO FORO
O juízo da Comarca X revela-se competente para a propositura da presente ação, nos
termos do artigo 101 , I , do Código de Defesa do Consumidor e do art. 4º, inciso III, da lei
9.099/95.
III – DOS PEDIDOS:
Isto posto, requer a V.Exa:
a) A citação da Ré, para querendo oferecer contestação, sob pena de revelia;
b) Seja decidida a presente demanda com aplicação do CDC em todos os seus
princípios e mandamentos legais, mormente a inversão do ônus da prova, conforme o art. 6,
VIII do CDC;
c) A procedência do pedido autoral
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em
direito.
Dá-se a causa o valor de R$ 39.600,00 (30 salários mínimos).
Nestes termos,
Pede deferimento
Rio de Janeiro, 22 de maio de 2023.
Advogada OAB/RJ nº

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