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04 Regime Geral de Previdência Social

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Regime Geral da Previdência 
Social – Parte I
Profª Christiane 
PassosPROF
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ROTEIRO
• 1. Conceito
• 2. Disciplina constitucional
• 3. Benefícios da Previdência Social:
• 3.1 coberturas;
• 3.2 beneficiários: segurados
• 3.2.1 contribuintes individuais;
• 3.2.2 segurados domésticos;
• 3.2.3 segurados especiais.
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Conceito
Regime público – previdência social, de caráter obrigatório, para
os segurados da iniciativa privada, portanto, que não sejam
submetidos à disciplina legal própria, como é o caso dos
servidores públicos civis e militares.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Constituição Federal
1988, redação dada pela E.C. 20/15.12.1998
Regimes previdenciários
Regime Público Obrigatório:
Regime Geral da Previdência
Social (RGPS)
Regime Próprio dos Servidores
Públicos civis
Regime Próprio dos Servidores
Militares
Regime Privado Facultativo:
Previdência complementar (art. 202
C.F./1988)
Art. 202. O regime de previdência
privada, de caráter complementar e
organizado de forma autônoma em
relação ao regime geral de previdência
social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o
benefício contratado, e regulado por lei
complementar. (Constituição Federal
1988)
Coberturas
• Art. 201. A previdência social será organizada 
sob a forma de regime geral, de caráter contributivo 
e de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, nos termos da lei, a:
• I - cobertura dos eventos de doença, 
invalidez, morte e idade avançada;
• II - proteção à maternidade, 
especialmente à gestante;
• III - proteção ao trabalhador em situação de 
desemprego involuntário;
• IV - salário-família e auxílio-reclusão para 
os dependentes dos segurados de baixa renda;
• V - pensão por morte do segurado, 
homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º.
Disciplina constitucional
• A Constituição Federal estabelece outras diretrizes que o legislador ordinário e a Administração
devem seguir para bem conduzir os rumos do RGPS.
• Proibição de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria no
RGPS (art. 201, § 1º CF)
• Art. 201 – omissis
• § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se
tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
Disciplina 
constitucional
• Renda mensal nunca inferior ao salário mínimo
(art. 201, § 2º C.F.)
• Art. 201 – omissis
• § 2º Nenhum benefício que substitua o salário
de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.
Disciplina constitucional
• Correção de todos os salários de contribuição utilizados para o cálculo de
renda mensal do benefício
• O salário contribuição é a base de cálculo das contribuições previdenciárias do
segurado. (art. 201, § 3º CF)
• IMPORTANTE: não importa o valor da contribuição paga. O importante para o
cálculo da renda mensal inicial do benefício previdenciário é o valor da base de
cálculo da contribuição do segurado, isto é, do salário de contribuição.
Disciplina constitucional
• Art. 201 – omissis
• § 3º Todos os salários de contribuição
considerados para o cálculo de benefício serão
devidamente atualizados, na forma da lei.
• TODOS OS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO QUE O
SEGURADO PAGOU SERÃO CORRIGIDOS
MONETARIAMENTE ATÉ A DATA DO CÁLCULO,
NA FORMA DA LEI.
Disciplina constitucional
• Preservação do valor real dos benefícios. (art. 201, § 4º CF)
• O benefício previdenciário se destina a substituir os
rendimentos do segurado para que possa manter seu sustento
e de sua família. A ideia é de manter o poder de compra da
renda mensal inicial deve durar enquanto durar a cobertura
previdenciária não podendo estar sujeito à desvalorização da
moeda.
• REAJUSTES DO VALOR DA RENDA MENSAL
Disciplina 
constitucional
• STF: tem firmado o entendimento de que o
reajuste de benefícios previdenciários está
sujeito ao que for disposto em lei ordinária. A
preservação do valor real impõe que a
irredutibilidade seja apenas nominal. Existindo
inflação, o índice de reajuste aplicado pode não
recompor a real perda do poder aquisitivo do
segurado ou dependente.
Disciplina 
constitucional
• “(...) A norma inscrita no art. 20, inciso I, da Lei
8.880/94 – que determinou a conversão, em
URV, dos benefícios mantidos pela Previdência
Social, com base na média do valor nominal
vigente nos meses de novembro e dezembro de
1993 e de janeiro e fevereiro de 1994 – não
transgride os postulados constitucional da
irredutibilidade do valor dos benefícios
previdenciários (CF, art. 194, parágrafo único,
n.IV) e da intangibilidade do direito adquirido
(CF, art. 5º, XXXVI). Precedente: RE 313.382/SC
(Pleno).
Disciplina constitucional
• “(...) A manutenção, em bases permanentes, do valor real dos
benefícios previdenciários tem, no próprio legislador – e neste,
apenas – o sujeito concretizante das cláusulas fundadas no art.
194, parágrafo único, n. IV, e no art. 201, § 4º (na redação dada
pela EC 20/98), ambos da Constituição da República, pois o
reajustamento de tais benefícios, para adequar-se à exigência
constitucional de preservação de seu quantum, deverá
conformar-se aos critérios exclusivamente definidos em lei. O
sistema instituído pela Lei n. 8.880/94, ao dispor sobre o reajuste
quadrimestral dos benefícios mantidos pela Previdência Social,
não vulnerou a exigência de preservação do valor real de tais
benefícios, eis que a noção de valor real – por derivar da estrita
observância dos ‘critérios definidos em lei’ (CF, art. 201, § 4º, in
fine) – traduz conceito eminentemente normativo, considerada a
prevalência, na matéria do princípio da reserva de lei (...)”
Disciplina constitucional
• Vedação de filiação ao RGPS, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa filiada a regime
próprio de previdência social. (art. 201, § 5º )
• Antes da Emenda Constitucional 20/15.12.1998
era permitido ao funcionário público a filiação
como segurado facultativo no RGPS, contudo
houve a proibição no parágrafo 5º dessa
possibilidade.
Disciplina constitucional
• Art. 201 – omissis
• § 5º É vedada a filiação ao regime geral de
previdência social, na qualidade de segurado
facultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência.
Disciplina constitucional
GRATIFICAÇÃO NATALINA PARA 
APOSENTADORIA E PENSIONISTAS. 
(ART. 201, § 6º)
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
DISCIPLINA QUE AOS 
APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO 
RGPS O PAGAMENTO DE 
GRATIFICAÇÃO NATALINA, QUE 
TERÁ POR BASE OS PROVENTOS DO 
MÊS DE DEZEMBRO DE CADA ANO.
STF – NORMA AUTOAPLICÁVEL “(...) A GRATIFICAÇÃO NATALINA 
DOS APOSENTADOS E 
PENSIONISTAS, EQUIVALENTE AOS 
PROVENTOS DO MÊS DE 
DEZEMBRO, PREVISTA NO ART. 
201, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, REVELA GARANTIA DE 
APLICABILIDADE DIRETA E 
IMEDIATA (...)” (RE 206.074/SP, 
REL. MIN. ILMAR GALVÃO, DJ. 
28.02.1997, P. 4081)
Disciplina 
constitucional
• Aposentadoria (art. 201, § 7º CF)
• A EC 20/98 trouxe nova redação ao referido parágrafo
assegurando a cobertura previdenciária
correspondente a dois tipos de aposentadoria: por
tempo de contribuição e por idade, não havendo mais
a aposentadoria proporcional.
• Aplicam-se as referidas normas aos que ingressaram
no RGPS após a sua vigência. Normas permanentes.
Disciplina constitucional
Regras de transição: artigo 9º da EC 20/98 Os segurados que estavam no RGPS e já tinham 
cumprido os requisitospara se aposentarem, 
inclusive na forma proporcional, até o dia anterior 
à vigência da EC 20/98, tiveram reconhecido o 
respeito ao direito adquirido, isto é, podem se 
aposentar de acordo com as regras então 
vigentes.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – EC 20/98
Disciplina constitucional
Contagem recíproca para fins de aposentadoria. (Lei 9.796/26.05.1999)
Contagem recíproca do tempo de serviço/tempo de contribuição respeita a história 
previdenciária do segurado e garante o ressarcimento ao regime previdenciário em que se dará 
a aposentadoria.
O segurado pode ter em sua história laboral períodos trabalhados na iniciativa privada (urbana 
e rural) e no serviço público, com contribuições recolhidas para regimes previdenciários 
diferentes, sem que, em nenhum deles, tenha cumprido todos os requisitos para se aposentar.
Disciplina 
constitucional
• A Constituição Federal garante a contagem
do tempo de contribuição para ambos os
regimes para que, ao final, possa o segurado
obter sua aposentadoria por tempo de
contribuição ou por idade.
• Compensação financeira – os diversos
regimes de previdência social se
compensarão financeiramente, seguindo
critérios definidos por lei (Lei
9.796/26.05.1996).
Disciplina 
constitucional
• LEI No 9.796, de 5 DE MAIO DE 1999 Dispõe sobre a compensação
financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes
de previdência dos servidores da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, nos casos de contagem recíproca de
tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, e dá outras
providências. c Publicada no DOU de 6-5-1999. c Decretos nos
3.112, de 6-7-1999 e 6.003, de 29-12-2006, regulamentam esta
Lei.
• Art. 1o A compensação financeira entre o Regime Geral de
Previdência Social e os regimes próprios de previdência social
dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, na hipótese de contagem recíproca de tempos de
contribuição, obedecerá às disposições desta Lei.
• Arts. 94 a 99 da Lei nº 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Planos de
Benefícios da Previdência Social)..
Disciplina 
constitucional
• Cobertura do risco de acidente do trabalho –
art. 201, § 10 C.F./1988
A CF garante a cobertura previdenciária quanto às
contingências-necessidade decorrentes de
acidente de trabalho, podendo o setor privado
atender de forma concorrente. Portanto, não há
cobertura exclusiva pelo RGPS, podendo ter
cobertura prevista no contrato com entidades de
previdência privada.
Disciplina 
constitucional
• Incorporação dos ganhos habituais do empregado
– art.201, § 11 C.F./1988
• Os ganhos habituais do empregado, a qualquer
título, devem ser incorporados ao seu salário para
efeitos previdenciários.
• Quanto maior a base de cálculo de sua
contribuição previdenciária, maior será o valor da
renda mensal inicial de seus benefícios
previdenciários.
Disciplina 
constitucional
• Sistema de inclusão previdenciária para 
trabalhadores de baixa renda – art. 201, § 12 
C.F./1988 – (E.C. 47/05.07.2005) – inclusão 
previdenciária dos trabalhadores de baixa renda e 
daqueles que, sem renda própria, se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de 
sua residência. Permite, portanto, o 
estabelecimento de alíquotas de contribuição e 
carências inferiores às vigentes para os demais 
segurados da previdência social (art. 201, § 13 
C.F./1988). 
• A Lei Complementar 123/2006 e 12.470/2011 –
recolham contribuições previdenciárias com 
alíquotas reduzidas.
Disciplina 
constitucional
• Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
• ...
• § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão
previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e
àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente
ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso
a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
• § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que
trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às
vigentes para os demais segurados do regime geral de
previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005)
Segurados
Segurados – Pessoas físicas
Obrigatórios
Individuais e 
Facultativos 
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da filiação obrigatória: (art. 201, CRFB/88)
refere-se a compulsoriedade da contribuição, ou seja,
todo trabalhador devidamente segurado será amparado
pelo regime desde que não esteja fazendo parte de outro
regime previdenciário.
• Princípio do caráter contributivo: Constituição
Federal de 1988 (art. 40 e art. 201), os quais dizem que
independentemente do regime ao qual o segurado seja
filiado o caráter deverá ser contributivo. Igualmente,
todos aqueles que recebem remuneração no mercado
formal são segurados de forma compulsória da
Previdência Social. Portanto este segurado terá direitos
previdenciários na medida das suas contribuições, caso
contrário este poderá arcar com os mais diversos
indeferimentos previdenciários realizados pelo INSS.
Princípios da 
Previdência 
Social
Princípio do equilíbrio financeiro e atuarial: explícito
no texto constitucional (art. 201) após a introdução da
Emenda Constitucional nº 20/98. A ideia deste princípio
é justamente manter afinidade entre os benefícios e o
custeio do sistema, com a observância de que a
Previdência Social trabalhe com superávit com base na
expectativa de vida da população.
Princípio da garantia do benefício mínimo: através
deste princípio tentou-se fazer com que o trabalhador
possa ter garantido o direito a uma renda mínima, a qual
possa atender às necessidades deste e da sua família.
Por esta razão a Constituição Federal de 1988 diz que
nenhum benefício que substitua o salário de
contribuição poderá ter valor mensal inferior ao salário
mínimo (Art. 201, § 2º, CRFB/88).
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da correção monetária dos salários de
contribuição: este princípio encontra respaldo no
artigo 201, § 3º, CRFB/88, o qual diz que os salários de
contribuição considerados no cálculo do benefício sejam
corrigidos monetariamente. Para o legislador ordinário, a
média dos salários de contribuição deve sempre estar em
consonância com o cálculo do benefício previdenciário,
bem como é necessário adotar um cálculo que faça a
correção nominalmente da base de cálculo do sistema
previdenciário. (CASTRO e LAZZARI, 2008, p. 107).
Princípios da 
Previdência 
Social
• Princípio da preservação real do
benefício: de acordo com os critérios
devidamente definidos em Lei, este
princípio quer dizer exatamente que os
valores dos benefícios devem manter o
valor real. Como preconiza o art. 201, §
4º, CRFB/88 quando diz que “Assegurado
o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o
valor real, conforme critérios definidos
em lei”.
Princípios da Previdência Social
• Princípio da indisponibilidade dos direitos dos benefícios: através deste
princípio é que se garante uma maior segurança jurídica aos benefícios
(garantindo efetivamente os direitos adquiridos pelo trabalhador), uma vez que o
entendimento é que os benefícios previdenciários devem ser preservados sem
que sofram sanções tais como penhora ou sequestro, impedindo também que
haja qualquer desconto indevido, uma das poucas exceções é a que trata o
artigo 115 da Lei 8.213/91, quando permite que nos casos de empréstimos
consignados os descontos são autorizados pela Previdência Social desde que não
ultrapassem a margem de 30% do valor do benefício.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Lei 8.213 de 24.07.1991 – publicada em
27.07.1991 – instituiu o PLANO DE BENEFÍCIOS
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (RBPS)
• Regulamentada atualmente pelo Decreto nº
3.048 de 06.05.1999• O Plano de Benefícios da Previdência Social
disciplina a relação jurídica entre segurados,
dependentes e previdência social, sob a ótica
dos benefícios e serviços.
Plano de Benefícios 
da Previdência Social
• Finalidade e princípios básicos – Lei
8.213/1991
• Art. 1º A Previdência Social, mediante
contribuição, tem por fim assegurar aos
seus beneficiários meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de
incapacidade, desemprego involuntário,
idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e prisão ou morte
daqueles de quem dependiam
economicamente.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Conselho Nacional de Previdência Social 
(CNPS) – art. 3º da Lei 8.213/1991
• Órgão colegiado que possui a atribuição de 
concretizar a gestão democrática e 
descentralizada – art. 194, VII C.F./1988.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Art. 194. A seguridade social compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
• ...
• VII - caráter democrático e descentralizado
da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos
trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998).
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Por se tratar de um órgão colegiado os
membros serão nomeados pelo Presidente da
República
• Composição: (art. 3º, I e II RGPS) – 6
representantes do Governo Federal e 9
representantes da sociedade civil, sendo 3
representantes de aposentados e pensionistas,
3 representantes dos trabalhadores em
atividade e 3 representantes dos empregadores.
Plano de Benefícios da 
Previdência Social
• Competência: (art. 4º PBPS) – estabelecer
diretrizes gerais e apreciação das decisões
políticas aplicáveis à Previdência Social,
participação, acompanhamento e avaliação da
gestão previdenciária, apreciação e aprovação
das propostas orçamentárias da Previdência
Social, antes de sua consolidação na proposta
orçamentária de Seguridade Social, apreciação
da aplicação da legislação previdenciária,
apreciação da prestação anual de contas feita
ao TCU, podendo, se necessário, contratar
auditoria externa.
Plano de 
Benefícios da 
Previdência 
Social
• Princípio da publicidade dos atos
administrativos – decisões do CNPS devem ser
publicadas no Diário Oficial da União.
• OUVIDORIA GERAL – art. 6º RGPS – atribuições
a serem definidas no regulamento –
atendimento ao segurado e dependentes.
• FÓRUM NACIONAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
(FNPS) – Decreto 6.019/22.01.2007 – composto
por representantes do Governo Federal, dos
trabalhadores ativos, aposentados e
pensionistas e dos empregados, todos
designados pelo Ministro de Estado da
Previdência Social.
Plano de Benefícios da Previdência Social
• O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art.
84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
• DECRETA:
• Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Ministério da Previdência Social, o
Fórum Nacional da Previdência Social - FNPS, com as seguintes finalidades:
• I - promover o debate entre os representantes dos trabalhadores, dos
aposentados e pensionistas, dos empregadores e do Governo Federal
com vistas ao aperfeiçoamento e sustentabilidade dos regimes de
previdência social e sua coordenação com as políticas de assistência
social;
• II - subsidiar a elaboração de proposições legislativas e normas infra-
legais pertinentes; e
• III - submeter ao Ministro de Estado da Previdência Social os resultados e
conclusões sobre os temas discutidos no âmbito do FNPS.
Cobertura do 
Plano de 
Benefícios
• Art. 18 RGPS – coberturas e contingências
• Segurados: aposentadoria por invalidez,
aposentadoria por idade, aposentadoria por
tempo de contribuição, aposentadoria especial,
auxílio-doença, salário-família, salário-
maternidade, auxílio-acidente.
• Dependente: pensão por morte, auxílio-
reclusão.
• Segurado e dependente: serviço social,
reabilitação profissional.
Cobertura do Plano de Benefícios
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes
prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do
trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de serviço;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
i) abono de permanência em serviço; (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994)
(Redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 2006)
Cobertura do Plano de Benefícios
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes
prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do
trabalho, expressas em benefícios e serviços:
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
Auxílio-
desemprego
• Art. 201, III C.F./1988 e art. 1º PBPS – a situação
do desemprego involuntário não tem cobertura
previdenciária – objeto de lei específica – Lei
7.998/11.01.1990.
• STJ – entendimento de que o seguro-
desemprego tem natureza jurídica de benefício
previdenciário (Resp 653.134)
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
Segurados Dependentes
Segurados e 
dependentes
Aposentadoria por 
invalidez
Pensão por 
morte
Serviço social
Aposentadoria por 
idade
Auxílio-
reclusão
Reabilitação
profissional
Aposentadoria por 
tempo de contribuição
Aposentadoria
especial
Auxílio-doença
Salário-família
Salário-maternidade e 
auxílio-acidente
Beneficiários da Previdência Social
• Segurados e dependentes são sujeitos ativos da relação jurídica em que o
objeto será o recebimento de prestação de natureza previdenciária.
• Diferente a relação jurídica do segurado e do dependente em relação à
Previdência social.
• Segurado: relação que se inicia no momento do seu ingresso no sistema,
estendendo-se até enquanto estiver filiado.
• Dependente: somente se formaliza se não houver mais a possibilidade de
se instalar a relação jurídica com o segurado não havendo cobertura
concomitante para o segurado e dependente.
Beneficiários da Previdência Social
Dos segurados: como a seguridade social 
possui características de seguro, a 
denominação para os trabalhadores que 
se inscrevem no sistema é de “segurado”.
Conceito: são pessoas físicas que 
contribuem para o regime a previdência 
social e por isso têm o direito a 
prestações – benefícios ou serviço – de 
natureza previdenciária. São sujeitos 
ativos da relação jurídica previdenciária, 
quando o objeto for benefício ou serviço 
de natureza previdenciária. Com relação 
ao custeio será sujeito passivo.
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social Pessoas física
Segurados
Facultativos Obrigatórios
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Aquisição da qualidade se segurado: filiação e inscrição
• Marco inicial: estabelecido a partir do vínculo que se
estabelece entre o segurado e a Previdência Social,
constituindo uma relação jurídica da qual decorrem direitos
e obrigações para ambas as partes.
• Segurado especial: art. 17, § 4º da Lei 8.213/1991 –
inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-
lo ao ser respectivo grupo familiar e conterá, além das
informações pessoais, a identificação da propriedade em
que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o
Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e
a inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar. Caso
não seja o proprietário ou dono do imóvel rural em que
desenvolver a atividade, no ato da inscrição deverá informar,
conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante,
arrendador, comodante ou assemelhado. (§ 5º).
Beneficiários da PrevidênciaSocial
Filiação
Filiação
Automática, com 
registro em CTPS
Empregados
Contribuites individuais 
e facultativos
Inscrição
Ato 
formal
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Segurados obrigatórios: estão enumerados no art.
11 do PBPS e no art. 12 do PCSS. Serão segurados
obrigatórios todos os que exercem atividade
remunerada, de natureza urbana ou rural, com ou
sem vínculo empregatício: empregado, empregado
doméstico, contribuinte individual, trabalhador
avulso e segurado especial.
• Especificidades:
• a) Atividade remunerada sujeita a filiação
obrigatória ao RGPS (art. 9º, § 12 do RPS) – todos
aqueles que exercem atividade econômica, em
qualquer modalidade, devem contribuir para o
custeio da previdência social e será segurado.
Beneficiários da 
Previdência Social
Decreto 3.048/1999
Art. 9º São segurados obrigatórios
da previdência social as seguintes
pessoas físicas:
Omissis
§ 12. O exercício de atividade
remunerada sujeita a filiação
obrigatória ao Regime Geral de
Previdência Social.
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• b) Atividades concomitantes: sujeita o segurado à
filiação obrigatória em cada uma delas. Nessa situação
contribuirá com a previdência em todas as atividades, nos
termos do Plano de Custeio da Previdência Social (Lei
8.213/1991, art. 11, § 2º).
• c) Atividade por aposentado do RGPS: caso o segurado
volte a exercer atividade abrangida pelo RGPS, será
segurado obrigatório em relação a essa atividade, e,
portanto, pagará a contribuição previdenciária respectiva.
(Lei 8.213/1991, art. 11, § 3º).
• d) Servidor civil: ocupante de cargo efetivo ou o militar
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, incluindo-se autarquias e fundações,
somente estarão excluídos do RGPS desde que
amparados por regime próprio de previdência social (Lei
8.213/1991, art. 12 e art. 10 do RPS)
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
e) Dirigente sindical: enquanto estiver no exercício do
mandado efetivo, manterá o mesmo enquadramento no
RGPS que possuía antes da investidura (Lei 8.213/1991, art.
11 § 4º e art. 9º, § 10 do RPS).
f) Advogados nomeados pelo Presidente da República
para compor o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais
Regionais Eleitorais: mantêm o mesmo enquadramento no
RGPS de antes da investidura no cargo (art. 119, II e art.
120, § 1º, III da C.F./1988; art. 9º, § 11 do RGPS).
g) Regime próprio de previdência é considerado aquele
que assegura pelo menos as aposentadorias e pensão por
morte previstas no art. 40 da C.F. (definição dada pelo 10,
§ 3º do RPS).
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
Segurado empregado – art. 11, I a a j da Lei 8.213/1991 e no art. 12, 
I a a j da Lei 8.212/1991. 
Conceito: empregado é aquele que presta serviço de natureza urbana 
ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante contribuição, inclusive como diretor empregado.
Empregado rural – art. 2º da Lei 5.889/08.06.1973
Empregado doméstico – art. 1º Lei Complementar 150/01º.06.2015
Empregado intermitente – art. 443, § 3º da CLT
Empregado em teletrabalho – art. 75-B da CLT
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Para fins previdenciários, a jurisprudência tem qualificado
como “segurados empregados”: Boias-frias.
• Trabalhador temporário – Lei 6.019/03.01.1974 alterada
pela Lei 13.429/31.03.2017.
• Brasileiro ou estrangeiro – domiciliado e contratado no
Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou
agência de empresa nacional no exterior.
• Missão diplomática ou à repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a ela subordinados – excluídos os
estrangeiros sem residência permanente no Brasil e os
brasileiros amparados por legislação previdenciária do
país da respectiva missão diplomática ou repartição
consular.
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em
organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais
o Brasil seja membro efetivo – salvo se segurado na forma
da legislação vigente do país de domicílio.
• Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil
para trabalhar como empregado em empresa domiciliada
no exterior, cuja a maioria do capital votante pertença a
empresa brasileira de capital nacional.
• Servidor público ocupante de cargo em comissão, sem
vínculo efetivo – Emenda Constitucional 41/2003 que
modificou o art. 40 da C.F. – somente os servidores titulares
de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, inclusive autarquias e fundações, têm
garantia a regime próprio de previdência social, de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição para o
custeio.
Beneficiários da 
Previdência Social
• ATENÇÃO: os servidores titulares de cargos em
comissão e que não sejam titulares de cargos
efetivos, desde a E.C. 20/1998 estão excluídos do
regime próprio de previdência dos servidores
públicos. Por esse motivo o legislador colocou os
titulares de cargos em comissão sem cargo efetivo
no rol de segurados obrigatórios como
empregados.
Beneficiários da Previdência Social
• Houve uma discussão quanto à constitucionalidade da inclusão
desses servidores ao RGPS. Nos autos da ADIn 2.024 MC/DF,
Relator Ministro Sepúlvida Pertence, DJ 1º.12. 2000, p. 70, o STF
decidiu pela constitucionalidade da referida inclusão de tais
servidores como segurados obrigatórios do RGPS.
• Art. 11, § 5º, g da Lei 8.213/1991 incluiu no rol de segurados
obrigatórios, como empregados, os ocupantes dos cargos de
Ministro de Estado, Secretário Estadual, Distrital ou Municipal,
sem vínculo efetivo com a União, Estados, Municípios e Distrito
Federal. (Lei 9.876/1999)
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
• Exercente de mandato eletivo federal, estadual
ou municipal – desde que não vinculados a
regime próprio de previdência.
• Art. 12 alíneas h da Lei 8.212/1991 resultante
da Lei 9.506/1997 foi considerada
inconstitucional pelo STF RE 351.717/PR,
Relator Ministro Carlos Velloso, refletindo
também na alínea h do art. 11, I da Lei
8.213/1991 (incluída pela Lei 10.887/2004 em
cumprimento às disposição da E.C. 41/2003).
• Contudo, o STF entendeu que a Lei 9.506/1997
contrariou o disposto no art. 195,II e §4º da C.F.,
na redação anterior à E.C. 20/1998.
Beneficiários 
da Previdência 
Social
• Art. 195, II CF – redação original – se referida à
contribuição dos trabalhadores, o que, no
entendimento do STF, era expressão que não
abrangia o exercente de mandato eletivo. Somente
uma lei complementar poderia instituir nova fonte
de custeio da seguridade social.
• A partir da E.C. 41/2003 foi editada a Lei
10.887/2004 que introduziu a alínea j, e com isso, os
servidores titulares de cargo exclusivamente em
comissão, em vínculo efetivo com a Administração,
passaram a ser segurados obrigatórios do RGPS, na
qualidade de segurados empregados, pagando a
respectiva contribuição previdenciária.
Beneficiários da Previdência Social
• Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes
pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
• I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
• ...
• h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal,
desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ;
(Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)
• ...
• j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde
que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela
Lei nº 10.887, de 2004)
Beneficiários da 
Previdência Social
• Empregado de organismo oficial internacional ou 
estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo 
quando coberto por regime próprio de previdência 
social
Beneficiários 
da Previdência 
Social
Segurado empregado doméstico – art. 11, II da Lei 
8.213/1991
Conceito: aquele que presta serviço de natureza 
contínua a pessoa ou família, no âmbito 
residencial desta, em atividade sem fins lucrativos 
(art. 11, II PBPS).
Conceito: aquele que presta serviços de forma 
contínua, subordinada, onerosae pessoal e de 
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no 
âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias 
por semana (Lei Complementar 150/1º.06.2015).
Beneficiários da Previdência Social
• Empregados domésticos: envolvem diversas atividades –
governantas, copeiros, mordomos, cozinheiros, jardineiros,
motoristas particulares dos membros da família, caseiro de sítio,
babá, cuidadores etc. Vedado trabalho doméstico a menores de
18 anos (art. 1º, parágrafo único da Lei Complementar
150/2015).
• Caso a atividade possua finalidade lucrativa, ficará
descaracterizada a natureza doméstica do serviço prestado. E
ainda, caso a atividade não seja contínua também estará
descaracterizada a natureza doméstica.
:
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
• Art. 9º São segurados da previdência social
as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• V. como contribuinte individual
• Omissis
• § 15 omissis
• Omissis
• VI. aquele que presta serviço de natureza
não contínua, por conta própria, a pessoa
ou família, no âmbito residencial, sem fins
lucrativos; (Decreto 3.048/1999 – RPS)
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
• Segurado contribuinte individual – art. 11, 
V PBPS e art. 12, V PCSS.
• Conceito: trabalhador por conta própria ou 
trabalhador autônomo. São Pessoas físicas 
que trabalham para outras pessoas físicas ou 
jurídicas. 
• Art. 11. São segurados da Previdência Social 
as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• V. como contribuinte individual: (Lei 
8.213/1991)
Beneficiários 
da 
Previdência 
Social
• Tipos de segurados contribuintes individuais:
• a) pessoa física, proprietária ou não, que
explora atividade agropecuária a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário,
em área superior a 4 módulos fiscais; ou,
quando em área igual ou inferior a 4 módulos
fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos. A
referência ao módulo rural foi trazida pela Lei
11.718/2008 face a dificuldade existente para
diferenciar o produtor rural contribuinte
individual do produtor rural segurado especial.
Com frequência a jurisprudência faz referência
ao tamanho da propriedade rural na tentativa de
enquadrar corretamente o segurado.
Benefícios da 
Previdência Social
• Art. 20 É segurado na categoria de contribuinte
individual, conforme o inciso V do caput do art 9º do
RPS:
• Omissis
• III. o assemelhado ao pescador que, utilizando ou
não embarcação pesqueira, exerce atividade de
captura ou de extração de elementos animais ou
vegetais, que tenham na água seu meio normal ou
mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na
lagoa, com auxílio de empregado em número que
exceda à razão de 120 (cento e vinte) pessoas/dia
dentro do ano civil; (INSTRUÇÃO NORMATIVA
INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 - DOU
DE 22/01/2015)
Beneficiários da 
Previdência Social
• b) pessoa física, proprietária ou não,
que explora atividade de extração
mineral – garimpo, em caráter
permanente ou temporário,
diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem auxílio de
empregados, utilizados a qualquer
título, ainda que de forma não
contínua.
• O garimpeiro era enquadrado como
segurado especial, situação modificada
pela Lei 8.398/07.01.1992.
Beneficiários da 
Previdência Social
• c) ministro de confissão religiosa e o membro de
instituto de vida consagrada, de congregação ou de
ordem religiosa. Passaram a ter proteção
previdenciária a partir da Lei 6.696/79.
• A Instrução Normativa 20/2007 (art. 5º, a a i) trazia
definições necessárias quanto ao conceito de:
instituição de confissão religiosa; instituto da vida
consagrada; ordem religiosa; ministros de confissão
religiosa; membros do instituto de vida religiosa;
membros de ordem ou congregação religiosa. A
instrução foi revogada pela IN 45/2010 que não
repetiu as definições, ocorrendo também na IN
77/2015, motivo pelo qual há uma grande
dificuldade de enquadramento, atualmente.
Beneficiários da 
Previdência Social
• O religioso é considerado contribuinte
individual e o seu ingresso na
Previdência Social não pressupõe
relação empregatícia com a entidade
religiosa. É necessário saber a natureza
da entidade ou instituições, que não
têm fins lucrativos e nem assumem os
riscos da atividade econômica. Sendo
assim, a entidade religiosa não tem
obrigação para com a Previdência Social
em relação ao religioso.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Instrução Normativa INSS 20/10.10.2007 - REVOGADA
• Art. 5º a a i - conceitos:
• Instituição de confissão religiosa aquela caracterizada por uma
comunidade de pessoas unidas no corpo de doutrina, obrigadas
a cumprir um conjunto de normas expressas de conduta, para
consigo mesmas e para com os outros, exercidas na forma de
cultos, traduzidas em ritos, práticas e deveres para com o Ser
Superior.
• Instituto de vida consagrada é a sociedade aprovada por
legítima autoridade religiosa, na qual seus membros emitem
votos públicos ou assumem vínculos estáveis para servir à
confissão religiosa adotada, além do compromisso comunitário,
independentemente de convivência sob o mesmo teto.
• Ordem religiosa é a sociedade aprovada por legítima autoridade
religiosa, na qual os membros emitem votos públicos
determinados, perpétuos ou temporários, passíveis de
renovação e assumem o compromisso comunitário
regulamentar de convivência sob o mesmo teto.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Ministros de confissão religiosa são aqueles que consagram
sua vida a serviço de Deus e do próximo, com ou sem
ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas
doutrinas e crenças, à celebração dos cultos próprios, à
organização das comunidades e à promoção de observância
das normas estabelecidas, desde que devidamente
aprovados para o exercício de suas funções pela autoridade
religiosa competente.
• Membros do instituto de vida religiosa são os que emitem
voto determinado ou seu equivalente, devidamente
aprovado pela autoridade religiosa competente.
• Membros de ordem ou congregação religiosa são aqueles
que emitem ou nelas professam os votos adotados;
• Considera-se como início da atividade dos religiosos o ato
de emissão de votos temporários ou perpétuos ou
compromissos equivalentes, que os habilitem ao exercício
estável da atividade religiosa a que se consagraram;
Beneficiários da 
Previdência Social
• d) brasileiro civil que trabalha no exterior que
trabalha no exterior para organismo oficial
internacional, do qual o Brasil é membro efetivo –
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando
coberto por regime próprio de previdência social.
• e) titular de firma individual urbana ou rural, o
diretor não empregado e o membro de conselho de
administração de sociedade anônima, o sócio
solidário, o sócio de indústria, o sócio-gerente e o
sócio cotista que recebam remuneração decorrente
de seu trabalho em empresa urbana rural, e o
associado eleito para cargo de direção em
cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou
administrador eleito para exercer atividade de
direção condominial, desde que recebam
remuneração.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção do
condomínio – serão enquadrados
como contribuinte individual se
receberem remuneração.
• A isenção da taxa de condomínio, a
partir de 06.03.1997 (publicação do
Decreto 2.172/1997, antigo RGP)
equivale à remuneração, motivo
pelo qual deve estar enquadrado
como contribuinte individual (IN
77/2015).
Beneficiários da 
Previdência Social
Síndico de condomínio
Sem 
remuneração
Não é segurado 
obrigatório
Com 
remuneração
Segurado 
obrigatório 
contribuinte 
individual
Com isenção 
de taxa 
condominial
Segurado 
obrigatório 
contribuinte 
individual Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND
Beneficiários da 
Previdência 
Social
• f) prestador de serviço de natureza 
urbana ou rural em caráter eventual 
em uma ou mais empresas, sem 
relação de emprego.
• g) pessoa físicaque exerce, por conta 
própria, atividade econômica de 
natureza urbana, com fins lucrativos 
ou não.
• Art. 9º, V do RPS (Decreto 3.48/1999) 
– traz um rol extenso de segurados 
enquadrados como contribuintes 
individuais.
Beneficiários da 
Previdência 
Social
• Segurado trabalhador avulso – art.
11, VI do PBPS e art. 12, VI do
PCSS.
• Conceito: trabalhador avulso é
aquele presta, a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, serviço
de natureza urbana ou rural
definidos no Regulamento.
• Art. 9º, VI do RPS definiu melhor o
conceito de trabalhador avulso.
Beneficiários da 
Previdência 
Social
• Art. 9º São segurados obrigatórios da Previdência
Social as seguintes pessoas físicas:
• Omissis
• VI. como trabalhador avulso - aquele que,
sindicalizado ou não, presta serviço de natureza
urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, com a intermediação obrigatória do
órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei
8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato
da categoria, assim considerados:
Beneficiários da 
Previdência Social
a) o trabalhador que exerce atividade
portuária de capatazia, estiva,
conferência e conserto de carga,
vigilância de embarcação e bloco;
b) o trabalhador de estiva de
mercadorias de qualquer natureza,
inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga
(embarcação para carga e descarga de
navios);
d) o amarrador de embarcação;
Beneficiários da 
Previdência Social
e) o ensacador de café, cacau, sal e
similares;
f) o trabalhador na indústria de
extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o
empacotador de mercadorias em
portos;
Beneficiários da 
Previdência Social
• Segurado especial – são considerados
como segurados especiais os definidos no
art. 195, § 8º da C.F./1988, que determina
um tratamento diferenciado aos
trabalhadores nos seguintes termos:
• § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais e o pescador artesanal,
bem como os respectivos cônjuges, que
exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da
comercialização da produção e farão jus aos
benefícios nos termos da lei.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Art. 11, VII da Lei 8.213/1991 define o
segurado especial como sendo pessoa física
residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de produtor, seja
proprietário, usufrutuário, possuidor,
assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais, que
explore atividade: 1- agropecuária em área
de até 4 módulos fiscais; 2. de seringueiro
ou extrativista vegetal, que exerça suas
atividades nos termos do inciso XII do artigo
2º da Lei 9.985/2000 e faça dessa atividade
seu principal meio de vida.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Art. 2º Para os fins previstos nesta
Lei, entende-se por:
• Omissis
• XII. extrativismo: sistema de
exploração baseado na coleta e
extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis; (Lei
9.985/2000)
Beneficiários da 
Previdência Social
• Art. 40, § 1º da IN 77/2015, esclarece que:
• Produtor: é o proprietário, condômino,
usufrutuário, possuidor, assentado,
acompado, parceiro, meeiro, arrendatário
rural, quilombola, seringueiro ou
extrativista vegetal, que desenvolve
atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, individualmente ou em
regime de economia familiar.
• Parceiro: é aquele que em contrato escrito
de parceria com o proprietário da terra ou
detentor da posse e desenvolve atividade
agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
partilhando lucros ou prejuízos.
Beneficiários da Previdência Social
• Meeiro: aquele que tem contrato escrito com o
proprietário da terra ou detentor da posse e da
mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, partilhando os rendimentos ou
custos.
• Arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza
a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie
ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para
desenvolver atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira.
Beneficiários da 
Previdência Social
• Com frequência a atividade agropecuária é
submetida à análise judicial, normalmente em
razão do tamanho da área em que o interessado
exerce sua atividade. Há uma tendência
jurisprudencial no sentido de destacar o
enquadramento como segurado especial quando
se trata de grandes áreas rurais.
• Súmula 30 da TNU dos Juizados Especiais
Federais: “Tratando-se de demanda
previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao
módulo rural não afasta, por si só, a qualificação
de seu proprietário como segurado especial,
desde que comprovada, nos autos, a sua
exploração em regime de economia familiar.”
Economia Familiar
• Todos os membros da família – cônjuge
ou companheiros, bem como filho
maior de 16 anos ou a este equiparado
– são segurados especiais pelo fato de
ser paga contribuição para o custeio da
seguridade social incidente sobre o
produto da comercialização da
produção.
• Regime de economia familiar – é a
atividade desempenhada pela família,
com o trabalho indispensável de seus
membros para a sua subsistência.
Bibliografia
stiane Passos
FERREIRA, Marisa. Direito previdenciário esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2017.-mail:
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em CC BY-SA-NC

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