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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA X VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXX Processo Nº ... LAURA, Brasileira, inscrita no CPF sob o nº...,, nacionalidade, profissão, endereço eletrônico, residente e domiciliada(endereço completo), por seu procurador e advogado, mandato anexo (doc. 1), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE Em face de JOÃO, nacionalidade, solteiro, profissão, inscrito no CPF/MF sob o nº. ..., residente e (endereço completo), com base, nos artigos 1.607 do Código Civil e artigos 26 e 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos DOS FATOS A mãe da autora, conforme disposto na certidão de nascimento da requerente em anexo, teve relacionamento amoroso com a ré por quase 6 (seis) meses. Em julho de 2005, se conheceram em uma festa, e em fevereiro de 2006 Maria (Mãe) descobriu que estava grávida, e não contou a João (pai), a filha nasceu em agosto do mesmo ano. Maria nunca soube que era seu pai, pois foi registrada apenas com o nome da mãe, sem o nome do "pai" na certidão de nascimento (em anexo). Porém, recentemente, sua mãe compartilhou quem era seu pai e que ele era um famoso cantor brasileiro. Animada com a perspectiva de finalmente descobrir quem é seu pai, Laura decidiu procurá-lo para tentar o reconhecimento voluntário, mas ele não aceitou. Com base nisso, o autor interpõe uma ação de reconhecimento de paternidade, incluindo seu nome na certidão de nascimento e provando que o réu é de fato seu pai. DO DIREITO O entendimento do artigo 1607 do Código Civil: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. Com isso, é dever de todo filho ter sua paternidade reconhecida, independente de tempo, com as devidas provas realizadas, O ordenamento jurídico brasileiro respalda O direito ao reconhecimento da filiação biológica, com isso, o autor tem o direito de ter sua relação parental com o réu reconhecida. É necessário a realização de um teste de DNA para confirmar a relação paterna entre o requerente e o arguido. A Súmula 301 do STJ foi uníssona no assunto: “Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”. Esta pretensão tem como único objetivo a comprovação da paternidade e, consequentemente, dos direitos e obrigações decorrentes do vínculo. Não há, portanto, dúvidas sobre o direito do autor e a necessidade de um teste de DNA para estabelecer a paternidade, e não há maneira mais segura do que realizar o teste solicitado. DOS PEDIDOS Diante do exposto, a requer a Vossa Excelência: a) A citação do requerido, para que, querendo, responda aos termos da presente ação sob pena de sofrer os efeitos da revelia; b) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito; c) A realização de prova pericial laboratorial por meio de exame de DNA, junto a órgão oficial, ou em caso de produção por entidade particular, seja o Réu condenado nas custas; d) A procedência do pedido, declarando-se, por sentença, que o (a) autor (a) é filho (a) do réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação do menor; e) Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova pericial (exame DNA); f) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pela produção da prova documental, testemunhal, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários. Atribui-se à causa o valor de R$ xxxxxxxxx Termos em que pede deferimento. Local, Data Advogado: OAB ............