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Estágio Supervisionado III - Farmácia (UNIDADE 3) - JOSÉ EDIVÂNIO

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
FARMÁCIA DIGITAL
UNIDADE III
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 _______________________________________________________________________
Silva, Jeoada Karollyne. 
Estágio Supervisionado III - Farmácia Digital: Unidade 3 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2023.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4
ATUAÇÃO NA FARMÁCIA HOSPITALAR E FARMÁCIA MAGISTRAL .................. 5
FARMÁCIA HOSPITALAR ................................................................................................................... 5
Estrutura física e organizacional ..................................................................................................... 6
Padronização de Medicamentos ..................................................................................................... 10
Otimização da Terapia Medicamentosa ......................................................................................... 11
Dispensação na Farmácia Hospitalar ............................................................................................. 12
FARMÁCIA MAGISTRAL ............................................................................................. 16
Documentação .................................................................................................................................... 16
Estrutura física .................................................................................................................................... 17
Atribuições do farmacêutico ............................................................................................................ 18
Dispensação ........................................................................................................................................ 19
4
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - FARMÁCIA DIGITAL
UNIDADE 3
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, futuro(a) farmacêutico(a)! No nosso encontro anterior, no Guia de Estudos da 
Unidade II, apresentamos a você a rotina do(a) profissional farmacêutico(a). Falamos 
sobre a diversidade de atividades que compõem o dia a dia de quem trabalha em 
drogaria e como se dá a assistência farmacêutica. 
Agora, neste Guia de Estudos da Unidade III, você vai mergulhar um pouco mais no 
ambiente profissional da farmácia hospitalar e magistral. Dessa maneira, nesta unidade 
trataremos de outros temas importantes. Você perceberá que conhecer um pouco mais 
sobre cada um deles fará muita diferença no seu período de prática de estágio.
Está pronto(a)? Então vamos lá!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro(a) aluno(a), nossa disciplina tem por objetivo fornecer subsídios para que você possa vivenciar, da 
melhor forma possível, esse período de prática profissional. Aqui você terá um suporte teórico do que 
encontrará no seu dia a dia de estagiário(a), podendo, dessa forma, associar a teoria e a prática em um 
só momento. 
Pensando nisto, neste Guia de Estudos da Unidade III, abordaremos temas a respeito de farmácia 
hospitalar e farmácia magistral. Dessa maneira, serão apresentadas noções de estrutura da farmácia 
hospitalar e suas formas de dispensação, associadas às atividades que estão ligadas diretamente ao seu 
bom funcionamento. Estudaremos também a estrutura, as atribuições farmacêuticas e a dispensação em 
farmácia magistral. 
Durante o seu estudo com o nosso material, não se esqueça de explorar os textos, sites, vídeos e todo 
material de apoio. Ao final desta unidade, você estará apto(a) para aplicar os conhecimentos adquiridos 
em suas atividades como estagiário(a).
Vamos em frente!
5
???
PALAVRAS DO PROFESSOR
Olá, estudante. É tão bom ter você aqui novamente! Chegou a hora de ampliar seu 
conhecimento a respeito do trabalho nas farmácias, especialmente a hospitalar e a 
magistral, e conhecer, de fato, quais são as maiores demandas de cada segmento. 
Pensando nisso, vamos dar continuidade ao seu aprendizado, só que de maneira mais 
específica. Assim, a partir de agora você conhecerá não só um pouco mais do dia a 
dia de um(a) profissional farmacêutico(a) em unidades hospitalares, mas também a 
essência da farmácia magistral. 
Além disso, trataremos um pouco mais sobre a dispensação, pois essa atividade é 
a base da assistência farmacêutica e, certamente, umas das principais funções 
desempenhadas pelos profissionais que hoje se encontram no mercado de trabalho.
Dito isto, vamos começar!
ATUAÇÃO NA FARMÁCIA HOSPITALAR E FARMÁCIA MAGISTRAL 
Olá, aluno(a)! Seja muito bem-vindo(a) a mais uma Unidade. A partir de agora abordaremos a atuação 
do(a) profissional farmacêutico(a) em outros 2 campos: a Farmácia Hospitalar e a Farmácia Magistral. 
Vamos juntos!?
FARMÁCIA HOSPITALAR 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Sbrafh), a 
farmácia hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por um(a) profissional 
farmacêutico(a), ligada à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de 
assistência ao paciente.
VOCÊ SABIA?
A Resolução que regulamenta o exercício profissional farmacêutico em unidades 
hospitalares é a RDC Nº 300 de 30 de janeiro de 1997. 
6
É importante destacarmos que a farmácia hospitalar tem como principal função garantir a qualidade da 
assistência prestada ao paciente através do uso seguro e racional de medicamentos e correlatos. 
Portanto, o foco das atividades desenvolvidas é o(a) paciente. 
Dessa maneira, o(a) farmacêutico(a) tem, importantes funções clínicas, administrativas e consultivas, e 
a assistência farmacêutica deve ser desenvolvida em um setor interligado intrinsecamente aos demais. 
Lembre-se que todas as suas atividades são norteadas e norteiam as atividades dos demais setores do 
Hospital. Pensando nisso, as atribuições essenciais de uma Farmácia Hospitalar envolvem:
−	 gestão; 
−	 desenvolvimento de infraestrutura;
−	 logística farmacêutica e preparo de medicamentos;
−	 otimização da terapia medicamentosa; 
−	 farmacovigilância e segurança do paciente 
−	 informações sobre medicamentos e produtos para saúde; 
−	 ensino, educação permanente e pesquisa.
ACESSE
Para ficar por dentro de todas as atividades que são responsabilidade do(a) 
farmacêutico(a) na farmácia hospitalar, acesse a RDC 300/97 através do link: 
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf 
Agora que você já conhece a definição e o principal objetivo da farmácia hospitalar, vamos conhecer um 
pouco da sua estrutura.
Estrutura física e organizacional 
Apesar da Sbrafh recomendar uma estrutura básica, a estrutura real depende muito das atividades 
que a unidade desenvolve, no entanto, a Farmácia Hospitalar e os demais serviços de saúde devem 
ser localizados em uma área que facilite a provisão de serviços a pacientes e às unidades hospitalares, 
devendo contar com recursos de comunicação e transporte eficientes.
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf
7
Para o funcionamento de uma unidade de Farmácia Hospitalar devem existir, no mínimo, os seguintes 
ambientes: 
	 área para administração; 
	 área para armazenamento; 
	 área de dispensação; 
	 área para atendimento farmacêutico.
Para que você não tenha dúvidas, a partir de agora vamos detalhar um pouco do que acontece em cada 
um desses ambientes.
•	 Área para administração: esse local é mais restritoao farmacêutico(a) e seus(uas) colaboradores(as) 
diretos(as), pois se trata de aquisição ou permuta de medicamentos e correlatos, avaliação de prescrição, 
armazenamento de documentação, entre outros.
•	 Área para armazenamento: a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é responsável por 
receber, armazenar, fracionar e distribuir os medicamentos e materiais médicos em uma unidade de 
saúde. Ela tem um papel primordial, pois o sucesso da farmácia depende de uma boa atuação desse setor.
•	 Área de dispensação: local no qual as prescrições são recebidas diariamente, sendo feita a 
separação de medicamentos e de material médico, além do encaminhamento aos devidos setores da 
unidade hospitalar.
•	 Área para atendimento farmacêutico: local reservado para atendimento a pacientes, colaboradores 
e comunidade de um modo geral.
Havendo outros tipos de atividades deverão existir ambientes específicos para cada uma destas atividades, 
atendendo a legislação pertinente, como por exemplo:
	 manipulação magistral e oficinal;
	 manipulação de desinfetantes; 
	 fracionamento;
	 produção de kits;
	 manipulação de antineoplásicos;
	 nutrição parenteral e de outras misturas intravenosas; 
	 manipulação de radiofármacos; 
	 controle de qualidade;
	 serviço de informação.
8
??? VOCÊ SABIA?
Você sabe o que é o PEP? PEP significa Prontuário Eletrônico do(a) Paciente, um formato 
eletrônico para registrar todos os dados do(a) paciente em uma unidade hospitalar. É 
um prontuário digital, eliminando as antigas fichas e o papel impresso que as clínicas e 
os hospitais utilizavam anteriormente. Essa implantação do formato digital foi prevista 
pelo SUS em 2011, através da Portaria nº 2400/2011. Aprenda mais sobre o PEP 
visitando o seguinte link: 
http://sereduc.com/N6hHyC
Vale ressaltar que as salas de manipulação de nutrição parenteral, medicamentos estéreis, medicamentos 
citotóxicos e radiofármacos, devem ser de uso exclusivo para o preparo desses medicamentos, sendo 
vedada a manipulação de outras substâncias, conforme legislação específica.
Além disso, a presença do(a) farmacêutico(a) também é obrigatória durante todo o horário de funcionamento 
da unidade e o número de farmacêuticos(as) e de auxiliares dependerá das atividades desenvolvidas, da 
complexidade do cuidado, do número de leitos, do grau de informatização e mecanização da unidade, 
devendo, minimamente, atender às recomendações citadas na tabela abaixo, com dedicação exclusiva à 
atividade vinculada.
http://sereduc.com/N6hHyC
9
10
Quadro 1 - Número de farmacêuticos e auxiliares por atividades desenvolvidas
Fonte: Sbrafh (2017).
Padronização de Medicamentos 
Uma das atividades fundamentais e características da Farmácia Hospitalar é a padronização de 
medicamentos. Padronizar é uniformizar, então, quando se trata de medicamento, compreende a elaboração 
de uma lista para utilizá-la como instrumento básico para a prescrição. A partir daí, a prescrição deve ser 
feita tomando essa lista como referência. 
Agora, você deve estar se perguntando quem elabora, certo? A resposta para a sua pergunta é: quem 
elabora a lista de medicamentos, atualiza e acompanha todo o processo é a Comissão de Farmácia e 
Terapêutica (CFT). Ela possui característica multiprofissional e depende da disponibilidade dos recursos 
humanos existentes na instituição. Normalmente é composta por farmacêuticos(as), médicos(as), 
enfermeiros(as) e outros profissionais da saúde que utilizam como base a RENAME (Relação Nacional de 
Medicamentos Essenciais). 
É importante destacarmos que, antes de se estabelecer a lista de medicamentos padronizados, é feito um 
levantamento de dados e de informações necessárias e, em seguida, procede-se à seleção deles. 
DICA 
Recomenda-se que a cada dois anos seja feita uma revisão dessa relação de 
medicamentos padronizados. 
Como você pode ver, a padronização de medicamentos é um processo contínuo, interativo, multidisciplinar 
e participativo, que determina e assegura os níveis de acesso aos medicamentos necessários. Além disso, 
baseia-se em critérios científicos e econômicos, além de fornecer elementos necessários ao uso racional 
de medicamentos.
11
REFLITA
É de extrema importância que o hospital também desenvolva um Guia Farmacoterapêutico. 
Ele irá complementar a relação de medicamentos selecionados por disponibilizar as 
informações básicas e fundamentais sobre eles. Dito isto, imagine a quantidade de 
medicamentos que existe hoje no mercado. 
São milhares, com nomes de marca dos laboratórios produtores (éticos), genéricos e 
similares. Cada um com uma dosagem, uma posologia recomendada pelos diversos 
fabricantes e apresentações farmacêuticas diversas. Assim, para um(a) profissional 
iniciante, ou até mesmo aqueles experientes, fica difícil ter acesso a todas essas 
informações na rotina diária e o Guia Farmacoterapêutico vai auxiliar bastante os(as) 
profissionais em suas consultas e dúvidas.
Otimização da Terapia Medicamentosa 
O quem vem em sua mente quando você pensa em otimizar? Seria melhorar?
Essa é basicamente a função essencial da farmácia: melhorar os resultados terapêuticos. Isso porque 
a otimização da terapia medicamentosa visa aumentar a efetividade da intervenção terapêutica, 
promovendo o uso racional de medicamentos, com o propósito de alcançar resultados definidos que 
melhore a qualidade de vida do(a) paciente.
Essa atividade consiste em:
	 participar do planejamento e da avaliação do plano terapêutico; 
	 analisar a prescrição de medicamentos quanto aos parâmetros legais e técnicos;
	 realizar a conciliação de medicamentos, ou reconciliação medicamentosa, avaliando as 
prescrições desde a admissão até a alta do(a) paciente e quando o(a) mesmo(a) transitar por diferentes 
níveis de atenção;
	 realizar uma intervenção farmacêutica, conforme identificação dos possíveis problemas 
relacionados a medicamentos no processo de utilização, por meio de comunicação institucional 
formalizada, registrando as mesmas e as decisões tomadas; 
	 investigar, acompanhar e intervir nos resultados negativos relacionados aos medicamentos e nos 
casos de inefetividade terapêutica; 
	 selecionar os(as) pacientes que necessitam de monitoramento permanente e implementá-los, em 
especial para crianças, idosos e pacientes com baixa adesão ao tratamento, em uso de medicamentos 
com maior potencial de produzir efeitos adversos, de alta vigilância, de alto custo e utilizações off-label; 
	 realizar o acompanhamento farmacoterapêutico do(a) paciente quanto a efetividade e segurança 
do tratamento, com base no levantamento da história medicamentosa e dos dados objetivos e subjetivos, 
relevantes, constantes no prontuário;
	 executar a avaliação contínua da resposta terapêutica.
12
DICA
Os pontos-chave que devem ser observados nas prescrições pelo(a) farmacêutico(a) 
envolvem: dose, frequência, horário, via de administração, posologia, tempo de 
tratamento, compatibilidade, interações medicamentosas potenciais, reações 
adversas, duplicidade, formas farmacêuticas adaptadas à condição clínica do paciente, 
entre outros aspectos relevantes.
Dispensação na Farmácia Hospitalar 
A dispensação de medicamentos e materiais médico-hospitalares é mais uma das importantes atribuições 
da farmácia hospitalar. Já vimos na Unidade passada que ela é parte integrante do Ciclo da Assistência 
Farmacêutica e merece destaque no setor hospitalar.
É importante destacarmos que a escolha da forma de dispensação a ser adotada deve levar em 
consideração as características de cada hospital e os recursos disponíveis para sua implantação. No 
ambiente hospitalar há basicamente dois tipos de dispensação de medicamentos: 
	 intra-hospitalar; 
	 extra-hospitalar.
GUARDE ESSA IDEIA!
Como o próprio nome já diz, a intra-hospitalar destina-se ao paciente internado(a) 
(hospitalizado[a]). 
Nesses casos, o medicamento não é entregue diretamente ao paciente, mas à equipe de 
enfermagem que é responsável pela administração ao paciente.Já a extra-hospitalar é 
destinada a pacientes que são atendidos(as) no ambulatório hospitalar. São àqueles(as) 
que vão ao hospital para uma consulta eletiva, por exemplo. 
Agora que você já conheceu os tipos de dispensação, vamos conhecer os métodos de dispensação. Ficou 
curioso (a)? Então, vamos lá!
O método de dispensação é a forma como um medicamento é dispensado em uma unidade hospitalar. 
13
Dependendo do método utilizado, podemos trabalhar com margem de segurança, garantindo que o(a) 
paciente receba os seus medicamentos dentro de critérios que possam assegurar a sua qualidade e 
segurança. Não esqueça que todas as ações desenvolvidas em qualquer unidade de saúde devem ser 
direcionadas para o uso racional de medicamentos, portanto, quanto mais eficaz o método de dispensação, 
mais segurança o(a) paciente terá.
Os sistemas de dispensação de medicamentos podem ser classificados como: 
	 coletivo;
	 individualizado;
	 dose unitária;
	 misto.
Para que você amplie ainda mais seus conhecimentos, vamos detalhar cada um desses métodos.
- Sistema de dispensação coletiva: é feito um balanço geral dos medicamentos que serão utilizados 
durante determinado período e a unidade de internação faz um pedido total que é entregue em nome 
do setor que está requisitando. Lembre-se que a farmácia não tem acesso à prescrição do(a) paciente, 
portanto a assistência fica prejudicada pela não participação do(a) farmacêutico(a) na revisão e na análise 
da prescrição médica.
- Sistema de dispensação individualizada: os medicamentos administrados no(a) paciente 
são especialmente prescritos para um determinado problema e em um período pré-estabelecido, que 
normalmente é em torno de 12 a 24 horas.
- Sistema de dispensação por dose unitária: os medicamentos são distribuídos de forma específica, 
já diluídos e preparados para a administração no(a) paciente, cabendo à enfermagem apenas o ato de 
administrar na via correta. Nesse sistema, o(a) farmacêutico(a) recebe a prescrição médica do(a) paciente 
ou sua cópia direta, elabora o registro farmacoterapêutico, analisa as informações da prescrição e, quando 
necessário, faz intervenções terapêuticas e dispensa os medicamentos em embalagens de dose unitária.
- Sistema de dispensação misto: são implantados mais de um sistema, onde parte do sistema é 
coletivo e parte individualizado. Geralmente, as unidades de internação, de forma parcial ou integral, são 
atendidas pelo sistema individualizado e os serviços (radiologia, endoscopia, ambulatórios, serviços de 
urgências e outros) são atendidos pelo sistema coletivo.
14
Figura 2 - Sistemas de Dispensação
Fonte: Liberato (2020).
DICAS
Caro(a) aluno(a), deu para notar que existem algumas diferenças significativas em cada 
sistema, não é? 
Fique atento(a), pois isso vai impactar diretamente na rotina da farmácia e dos demais 
setores, bem como no custo mensal e na segurança do(a) paciente. 
Perceba que o sistema de dispensação coletivo é um método ultrapassado, pois a farmácia se torna 
uma mera fornecedora de medicamentos, ocorrendo o armazenamento em estoques descentralizados e 
retirando sua atividade de dispensação. Dessa maneira, enquanto o sistema de dose unitária é totalmente 
direcionado ao paciente, é feita uma adequação da farmacoterapia e isso confere um excelente nível de 
segurança ao mesmo.
Lembre-se que, antes da dispensação, as prescrições devem ser analisadas pelo(a) profissional 
farmacêutico(a) e, caso existam dúvidas, essas devem ser sanadas com o(a) prescritor(a) e as decisões 
tomadas devem ser registradas. Destacamos que, após a avaliação, a dispensação é autorizada e os 
auxiliares procedem à separação e embalagem secundária dos produtos.
15
DICA
A avaliação das prescrições deve ser realizada tanto para dispensação intra-hospitalar, 
quanto para dispensação extra-hospitalar. Isso porque a avaliação das interações 
medicamentosas depende muito do conhecimento e da vivência do(a) profissional e 
nem sempre é fácil, mas, com o tempo, você adquire agilidade.
Quando a prescrição for através de prontuário eletrônico, é importante seguir esse roteiro básico: 
1. Comece a avaliação pelo(a) prescritor(a), busque a inscrição dele(a) no conselho de classe, além do 
setor de onde ele(a) prescreve (clínica médica, nutrição, especialidade, urgência, bloco cirúrgico etc.).
 2. Em seguida, passe para o medicamento e para o material médico, verificando o nome do medicamento, 
a concentração, a dose, a via de administração, a posologia, as incompatibilidades e as interações 
medicamentosas. Lembre-se que, para medicamentos injetáveis, também devem ser observados o 
diluente e a velocidade de infusão.
3. Logo depois, você deverá verificar os materiais que estão associados, exemplo: se o(a) paciente vai 
fazer uso de algum medicamento injetável, serão necessárias seringa, agulha etc. Mas, fique tranquilo(a), 
pois, normalmente, já é feita uma associação automática do sistema de acordo com as características de 
cada medicamento, mas é importante ficar bastante atento(a) a esses detalhes.
Por outro lado, quando a prescrição for através de receita impressa: 
1. Você deve avaliar a integridade do documento, se o tipo de receita está adequado à classe de 
medicamentos (psicotrópicos, antimicrobianos etc.), se está com todos os campos preenchidos e se tem 
a assinatura e carimbo do(a) prescritor(a). 
2. Após isso, seguimos as mesmas orientações da avaliação do prontuário eletrônico.
ACESSE SUA BIBLIOTECA VIRTUAL 
Na Biblioteca Virtual você pode acessar o livro “Introdução à Farmácia Hospitalar”, 
da página 28 a 43, da autora Helaine Capucho para rever o conteúdo abordado nesse 
tópico. Aproveite esse momento para aprender mais sobre o tema e se preparar para 
sua vida profissional!
16
FARMÁCIA MAGISTRAL 
A Farmácia Magistral, ou Farmácia de Manipulação, como é popularmente conhecida, tem como objetivo 
principal a preparação de medicamentos manipulados que atendam às necessidades clínicas do(a) 
paciente, de acordo com sua individualidade. Dessa forma, é um segmento de extrema importância no 
ramo de medicamentos e do ponto de vista da saúde pública.
Atualmente, existe uma forte tendência das farmácias magistrais na produção de cosméticos, os 
nutracêuticos, alimentos contendo ativos, entre outros produtos, tanto para humanos, quanto para animais 
(farmácias de manipulação pet) que é um segmento em expansão no mercado brasileiro.
DEFINIÇÃO
Segundo a Lei federal nº 13.021/2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização 
das atividades farmacêuticas, a farmácia com manipulação é um estabelecimento de 
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de 
atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de 
assistência médica. Portanto, você pode encontrar atividades de manipulação em uma 
farmácia hospitalar ou como comercial.
Documentação 
Caro(a) aluno(a), é importante que você saiba que a documentação é parte integrante do processo 
magistral, pois tem uma dupla finalidade: a de orientar cada procedimento, bem como a de possibilitar a 
comprovação de todos os atos executados. Dessa forma, ela permite a rastreabilidade dos processos com 
o intuito de proporcionar um aprimoramento contínuo. 
São exemplos de documentos: 
−	 Manuais de Boas Práticas; 
−	 Procedimentos Operacionais Padrão (POP); 
−	 Registros de receitas;
−	 Relatórios de autoinspeção; 
−	 Registros de reclamações de usuários.
17
???
CURIOSIDADE
Os Manuais de Boas Práticas são guias que determinam as políticas da farmácia 
relacionadas às questões éticas, técnicas e operacionais. O principal, e exigido pela 
legislação vigente, é o Manual de Boas Práticas de Manipulação em Farmácia (BPMF), 
que estabelece os cuidados com todas as operações da farmácia para a garantia da 
qualidade dos produtos e serviços. Ele detalha os parâmetros gerais de trabalho e da 
qualidade do estabelecimento.Além disso, sempre que a farmácia tiver autorização/
licença para realizar a prestação de serviços, essa deverá disponibilizar o BPMF. 
Lembre-se que as atribuições e as responsabilidades individuais devem estar descritas 
neste manual e, além disso, devem ser compreensíveis a todos os funcionários.
VOCÊ SABIA?
POPs, Procedimentos Operacionais Padrão, são documentos de responsabilidade do(a) 
farmacêutico(a) que contêm uma descrição detalhada das técnicas e das operações a 
serem utilizadas na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da qualidade 
das preparações manipuladas e a segurança dos(as) manipuladores(as).
Estrutura física 
Para que a farmácia execute as preparações magistrais e oficinais, é necessário que tenha uma estrutura 
adequada em termos de áreas e revestimentos, conforme detalha a Resolução nº 67/2007, e sua 
atualização dada pela RDC nº 21, de 20 de maio de 2009: 
Devem existir, quando for o caso, sala(s) de manipulação para as preparações de sólidos, semissólidos 
e líquidos, cabines especiais para preparações de hormônios, antibióticos e citostáticos, produtos 
homeopáticos e outras classes definidas. As áreas devem ser compatíveis com as operações, com 
tamanho apropriado, e revestimento de teto, parede e pisos em material liso, lavável e resistente aos 
agentes sanitizantes. (BRASIL, 2007). 
18
Atribuições do farmacêutico 
Inicialmente, você deve estar ciente de que o(a) farmacêutico(a) é responsável por definir, aplicar e 
supervisionar os procedimentos operacionais e farmacotécnicos estabelecidos no processo de manipulação 
magistral e, segundo a RDC nº 67/2007, em seu artigo 5º, dentre suas atribuições, destacamos:
I. Orientar sobre os materiais, equipamentos e utensílios básicos, que o estabelecimento deve ter 
para a realização de suas atividades; 
II. Inspecionar os materiais, equipamentos e utensílios devendo estes serem instalados, utilizados 
e localizados de forma a facilitar a utilização e a manutenção dos mesmos.
III. Submeter os equipamentos à manutenção preventiva ou corretiva, obedecendo a procedimentos 
operacionais escritos, com base nas especificações dos manuais dos fabricantes. 
IV. Definir e organizar as áreas e atividades técnicas da farmácia, de acordo com os procedimentos 
operacionais estabelecidos;
V. Especificar e supervisionar a seleção, aquisição, inspeção e armazenagem das matérias-primas e 
materiais de embalagem necessários ao processo de manipulação; 
VI. Estabelecer critérios e supervisionar o processo de qualificação de fornecedores;
VII. Notificar à autoridade sanitária quaisquer desvios de qualidade de insumos farmacêuticos, 
conforme legislação em vigor;
VIII. Avaliar a prescrição quanto à concentração, compatibilidade físico-química, dose, via de 
administração e forma farmacêutica e decidir sobre o aviamento;
IX. Assegurar as condições necessárias ao cumprimento dos procedimentos operacionais 
estabelecidos para manipulação, armazenamento, dispensação e transporte;
X. Determinar o prazo de validade para os produtos manipulados de acordo com os critérios técnicos 
estabelecidos;
XI. Assegurar que os rótulos das matérias primas fracionadas e dos produtos manipulados sejam 
elaborados de maneira clara e precisa, nos termos da legislação em vigor;
XII. Responder pelo controle de qualidade e, ainda, em caso de terceirização de análises de controle 
de qualidade, firmar o contrato entre as partes; 
XIII. Participar de estudos de farmacovigilância;
XIV. Manter atualizada a escrituração dos livros de receituário geral e específicos, podendo ser 
informatizada; 
XV. Desenvolver e atualizar regularmente os procedimentos operacionais;
XVI. Fracionar e dispensar medicamentos.
19
ACESSE
Para ter acesso a todas as atribuições do(a) farmacêutico(a) na farmácia magistral e 
conhecer outros requisitos técnicos, sugerimos que acesse a Resolução Nº 467 de 28 
de Novembro de 2007, disponível em: 
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/467.pdf 
Dispensação 
A farmácia magistral por si só é bastante interessante pelo aspecto multifuncional e por suas características 
próprias.
Pensando nisso, a dispensação segue um pouco do que já falamos anteriormente, onde existe o 
procedimento de avaliação da prescrição e, após isso, é emitida a ordem de manipulação do medicamento 
ou produto. Só que aí existe um detalhe: nas farmácias magistrais a prescrição, “obrigatoriamente”, 
precisa ser autorizada por um(a) farmacêutico(a), pois, do contrário, torna-se ilegal. E isso é muito bom, 
pois exige a presença constante do(a) profissional farmacêutico(a) no estabelecimento, garantindo 
qualidade e segurança ao paciente
É preciso destacarmos que, ao receber a prescrição, o(a) farmacêutico(a) precisa conferir os seguintes 
pontos:
	 nome do médico e o seu CRM; 
	 nome do(a) paciente/ ou comprador(a);
	 composição (fórmula) discriminada do produto;
	 posologia; 
	 diluições; 
	 adequação da quantidade de acordo com a prescrição e com as normas vigentes (medicamentos 
controlados para apenas dois meses, por exemplo);
	 verificação e indicação da embalagem mais apropriada para o medicamento.
Após essa avaliação, o medicamento segue para a ordem de manipulação e, quando elaborado, 
é novamente conferido com a prescrição para que seja autorizada a dispensação. Pensando nisso, a 
RDC nº 67/2007 trata de como deve ser essa conferência das preparações magistrais/oficinais pelo(a) 
farmacêutico(a) e a dispensação ao paciente:
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/467.pdf
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Além da inspeção visual, deve ser feita a conferência de todas as etapas do processo de manipulação, a 
clareza e a exatidão das informações do rótulo, as quantidades das embalagens, a integridade, o prazo 
de validade, a conformidade com a prescrição e a verificação dos dados dos prescritores habilitados, do 
paciente/ usuário e da farmácia, bem como as etiquetas orientativas apostas na embalagem. O farmacêutico 
deve dar orientação aos pacientes/clientes, objetivando o uso correto e racional dos produtos. Todas as 
receitas aviadas devem ser carimbadas pela farmácia, com a identificação do estabelecimento, a data da 
dispensação e o número de registro da manipulação, de forma a comprovar o aviamento. Quando for o 
caso, a orientação deve ser registrada, de modo a favorecer o seguimento farmacoterapêutico, conforme 
critérios estabelecidos pela farmácia ou em norma específica. (BRASIL, 2007).
PALAVRAS FINAIS
Caro(a) aluno(a). Chegamos ao final de mais uma unidade. Ao longo do nosso 
material, você pôde perceber que a Farmácia Hospitalar possui diferentes atividades 
administrativas, clínicas e consultivas ligadas aos demais setores do hospital, cuja 
responsabilidade é do(a) farmacêutico(a). 
Neste material você também aprendeu que as atividades na Farmácia Magistral são 
guiadas pelo Manual de Boas Práticas Farmacêuticas e a dispensação só é autorizada 
após a conferência das etapas pelo(a) farmacêutico(a). 
Acredito que, ao longo do nosso Guia de Estudos, você notou como o(a) farmacêutico(a) 
precisa ser um(a) profissional versátil, não é mesmo? Pensando em ampliar seus 
conhecimentos, já adianto para você que, na próxima Unidade, veremos mais detalhes 
sobre sua atuação na saúde pública. 
Bons estudos e nos vemos em breve!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGHIROLLI, Daikelly I. Introdução À Profissão: Farmácia. Porto Alegre: Sagah, 2017.
BRASIL. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções técnicas para sua organização. 
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. - 2ª ed., Brasília: Ministério da Saúde, 
2006. 100 p
BRASIL. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas 
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Brasília, 
2007. 
BRASIL. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas 
Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensaçãoe da comercialização 
de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Brasília, 2009.
DESTRUTI, Ana B.C.B; SANTOS, Gustavo A; MONTEIRO, Rejane B. Curso Didático de Farmácia. Vol. 1, 1ª 
ed., São Paulo: Yendis, 2016. 
FERRACINI, Fábio T; FILHO, Wladimir M. B. Prática Farmacêutica no Ambiente Hospitalar: do planejamento 
à realização. São Paulo: Atheneu, 2006.
GONÇALVES, Carolina P. Assistência Farmacêutica. Porto Alegre: Sagah, 2018.
JULIANI, Roberta G. M. Organização e Funcionamento de Farmácia Hospitalar. 1ª ed. São Paulo: Érica, 
2014.
NETO, Júlio F. M. Farmácia Hospitalar e Suas Interfaces Com a Saúde. São Paulo: Rx Editora, 2005. 315p.
SANTOS, Paulo C.J.L. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica: Contexto Atual, Exames Laboratoriais e 
Acompanhamento Farmacoterapêutico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018. p. 03-13.
STORPITIS, Sílvia. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008. 528p.
	Para início de conversa
	ATUAÇÃO NA FARMÁCIA HOSPITALAR E FARMÁCIA MAGISTRAL 
	FARMÁCIA HOSPITALAR 
	Estrutura física e organizacional 
	Padronização de Medicamentos 
	Otimização da Terapia Medicamentosa 
	Dispensação na Farmácia Hospitalar 
	FARMÁCIA MAGISTRAL 
	Documentação 
	Estrutura física 
	Atribuições do farmacêutico 
	Dispensação

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