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PATOLOGIAS QUE AFETAM AS JUNÇÕES NEUROMUSCULARES: MIASTENIA GRAVIS E BOTULISMO
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Aline Lima Araújo
Ciências Biológicas-Licenciatura 
“Paciente 1: apresenta fraqueza e paralisia em alguns músculos, tratado com drogas imunossupressoras e inibidores de acetilcolinesterase. Paciente 2: possui os mesmos sintomas, tratado com antitoxina.”. Uma vez que os pacientes apresentam sinais semelhantes – indicadores de patologias nas junções neuromusculares – e tendo em vista a variedade de doenças neuromotoras, fica evidente a complexidade da classificação dessas patologias. Nessa perspectiva, há a necessidade de analisar, não somente os sintomas, mas os tratamentos utilizados em cada paciente.
O uso de inibidores de acetilcolinesterase favorece o acúmulo da acetilcolina nas sinapses do Sistema Nervoso Central e Periférico, provocando estimulação de receptores dessa substância. Levando isso em consideração, é possível identificar, no paciente 1, um caso de Miastenia gravis. O sistema imunológico dos indivíduos afetados fórmula anticorpos que acometem receptores do lado muscular da junção que são estimulados por acetilcolina. Como consequências, a comunicação entre as células nervosas e músculos é interrompida, podendo causar pálpebra caída ou fraca, músculos oculares fracos (que causam visão dupla) e fraqueza intensa dos músculos após contração. As drogas imunossupressoras são usadas, nesse contexto, para suprimir a reação autoimune e postergar o avanço da doença.
No caso do paciente 2, considerando o uso de uma antitoxina, o Botulismo surge como classificação mais adequada. O Botulismo é uma doença não transmissível causada pela atividade da toxina sintetizada pela bactéria Clostridium botulinum. A toxina em questão se combina aos receptores da membrana do axônio dos neurônios motores, inviabilizando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular. A falta de acetilcolina acarreta na paralisia flácida dos nervos cranianos e da musculatura esquelética, na dificuldade visual, nas mudanças da fala e na disfagia. 
Conclui-se, portanto, que a diversidade das patologias que afetam as junções neuromusculares exige uma análise complexa dos fatores envolvidos, a fim de realizar correta classificação. Além disso, o tratamento utilizado – nesses casos – foram uma peça fundamental para a detecção dos casos de Miastenia gravis e Botulismo, respectivamente. 
REFERÊNCIAS: 
ANDRADE, C. MANGILLI, L. Botulismo e disfagia. SciELO, 2007. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-56872007000200010>. Acesso em: 24. Mai. 2023.
BAIMA, J. ESTEPHAN, E. ZAMBON, A. Miastenia gravis na prática clínica. SciELO, 2022. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2022-S105>. Acesso em: 24. Mai. 2023.
MIASTENIA GRAVIS: DOENÇA RARA COM TRATAMENTO NO SUS. Lithealth, 2022. Disponível em: <https://lithealth.com.br/miastenia-gravis-tratamento/#:~:text=Apesar%20de%20n%C3%A3o%20ter%20cura,plasmaf%C3%A9rese%20(troca%20de%20plasma)>. Acesso em: 24. Mai. 2023.
REED, U. Doenças neuromusculares. SciELO, 2002. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0021-75572002000700012>. Acesso em: 24. Mai. 2023.

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