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Trabalho LPI - diabetes

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FACULDADE PITAGORAS CODÓ
Curso de Medicina
ANTONIO JOSÉ CARVALHO DUAILIBE NETO
ISADORA DA SILVA BRINGEL
LINA GRAZIELLA DIAS DA SILVA
ANA VITÓRIA DIAS
TRABALHO LPI - DIABETES
Codó-MA
2023
Meu pé queima como fogo!
Seu José, branco, 74 anos, tabagista, vem à consulta agendada pela sua esposa devido a dores intensas nos pés. Ela conta que o esposo é diabético há aproximadamente 15 anos, que nunca se cuidou e que mesmo com toda sua cobrança ele continua bebendo muito nos finais de semana e não segue dieta alguma, teve inclusive que parar de dirigir porque a visão está ruim. Hoje aceitou vir ao médico porque vem sofrendo muito com dores dos pés até os joelhos que pioram muito a noite ao se deitar, associado a formigamento. Para tentar aliviar o desconforto costuma colocar os pés na bacia com gelo à noite, porém sem sucesso. Procurou o ortopedista sendo diagnosticado Deformidade de Charcot, feito as devidas orientações, encaminhado ao clínico e prescrito sapato especial, o qual ainda não comprou. Está em uso irregular de Anlodipino®, Propranolol® e Metformina®.
Ao exame físico:
BEG, corado e hidratado;
PA: 150/90 mmgHg deitado e 130/80 mmHg em pé;
Aparelho cardiovascular e respiratório sem alterações;
Membros inferiores com edema 2+/4+, cacifo positivo, diminuição dos pulsos pediosos e da sensibilidade vibratória e dolorosa bilateralmente, associado a retificação do arco plantar e deformidades ósseas.
Traz exames solicitados pelo ortopedista:
• Glicemia de jejum: 212 mg/dl Glicemia pós-prandial: 308 mg/dl
• Hemoglobina glicada: 8,4%
• Colesterol total: 239 mg/dl / Triglicerídeos: 187 mg/dl / HDL 35 mg/dl LDL:
166 mg/dl
• TSH: 4,3 mU/l (VR: 0,5-4,5);
• Vitamina B12: 314 pg/ml (VR: 300-900 pg/ml)
• EAS: glicose 2+ / proteínas 1+
• Creatinina: 1,4 mg/dl.
Questionário LPI – 4
1. Quais são os critérios diagnósticos da Síndrome Metabólica?
R= A síndrome metabólica é um conjunto de condições médicas que ocorrem em conjunto e aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Os critérios diagnósticos da síndrome metabólica variam um pouco entre diferentes organizações médicas e sociedades científicas, mas uma das definições mais amplamente utilizadas é a do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III). Seguem os critérios diagnósticos da síndrome metabólica de acordo com o NCEP ATP III:
1. Obesidade abdominal: medido pela circunferência da cintura.
 - Homens: circunferência da cintura ≥ 102 cm (40 polegadas).
 - Mulheres: circunferência da cintura ≥ 88 cm (35 polegadas).
2. Triglicerídeos elevados: ≥ 150 mg/dl (ou em tratamento para hipertrigliceridemia).
3. HDL-C baixo:
 - Homens: HDL-C < 40 mg/dl (ou em tratamento para baixar o HDL-C).
 - Mulheres: HDL-C < 50 mg/dl (ou em tratamento para baixar o HDL-C).
4. Pressão arterial elevada: ≥ 130/85 mmHg (ou em tratamento para hipertensão arterial).
5. Glicemia de jejum elevada: ≥ 100 mg/dl (ou em tratamento para diabetes).
Para ser diagnosticado com síndrome metabólica pelo NCEP ATP III, é necessário atender a três ou mais desses critérios. É importante destacar que outros critérios diagnósticos, como a presença de resistência à insulina, também são utilizados por outras organizações médicas, mas os critérios mencionados acima são os mais amplamente adotados.
Além disse existe também os critérios diagnósticos da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e da American Heart Association (AHA). 
Critérios diagnósticos da IDF:(No Brasil se utiliza esses critérios pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO))
Para ser diagnosticado com Síndrome Metabólica pela IDF, é necessário ter três dos cinco critérios a seguir:
Obesidade abdominal: Circunferência da cintura maior que 94 cm em homens e maior que 80 cm em mulheres (para população europeia). No entanto, os valores podem variar em diferentes etnias e populações.
Dislipidemia: Níveis elevados de triglicerídeos (≥150 mg/dL) ou uso de medicamentos para reduzir os triglicerídeos; e níveis baixos de HDL-colesterol (<40 mg/dL em homens e <50 mg/dL em mulheres) ou uso de medicamentos para aumentar o HDL-colesterol.
Pressão arterial elevada: Pressão arterial sistólica ≥130 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥85 mmHg, ou uso de medicamentos anti-hipertensivos.
Glicose elevada em jejum: Glicemia de jejum ≥100 mg/dL ou diagnóstico prévio de diabetes tipo 2.
Resistência à insulina ou diagnóstico prévio de diabetes tipo 2.
Critérios diagnósticos da AHA:
A AHA utiliza critérios ligeiramente diferentes para o diagnóstico da Síndrome Metabólica. São necessários três dos seguintes critérios:
Obesidade abdominal: Circunferência da cintura maior que 102 cm em homens e maior que 88 cm em mulheres.
Triglicerídeos elevados: Níveis ≥150 mg/dL ou uso de medicamentos para reduzir os triglicerídeos.
HDL-colesterol baixo: Níveis <40 mg/dL em homens e <50 mg/dL em mulheres ou uso de medicamentos para aumentar o HDL-colesterol.
Pressão arterial elevada: Pressão arterial sistólica ≥130 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥85 mmHg, ou uso de medicamentos anti-hipertensivos.
Glicose elevada em jejum: Glicemia de jejum ≥100 mg/dL ou diagnóstico prévio de diabetes tipo 2.
2. Quais são os principais fatores de risco para a Síndrome Metabólica?
R= A Síndrome Metabólica é uma condição complexa que resulta da interação de vários fatores de risco. Os principais fatores de risco associados à Síndrome Metabólica incluem:
1. Obesidade abdominal: O acúmulo de gordura na região abdominal, especialmente na área da cintura, é um importante fator de risco para a Síndrome Metabólica. A obesidade abdominal está relacionada a distúrbios metabólicos, como resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão.
2. Resistência à insulina: A resistência à insulina ocorre quando as células do corpo não respondem adequadamente à ação da insulina, levando a níveis elevados de glicose no sangue. Esse desequilíbrio metabólico está associado à Síndrome Metabólica e aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
3. Sedentarismo e falta de atividade física: A falta de atividade física regular está associada ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica. O sedentarismo contribui para o aumento da gordura abdominal, resistência à insulina e dislipidemia.
4. Dieta inadequada: Uma dieta rica em gorduras saturadas, gorduras trans, açúcares adicionados e carboidratos refinados está associada ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica. O consumo excessivo de alimentos processados e pobres em nutrientes também contribui para o desequilíbrio metabólico.
5. Genética e histórico familiar: A predisposição genética desempenha um papel importante na suscetibilidade à Síndrome Metabólica. Ter familiares de primeiro grau com Síndrome Metabólica ou diabetes tipo 2 aumenta o risco de desenvolver a condição.
6. Envelhecimento: O risco de desenvolver Síndrome Metabólica aumenta com o avançar da idade. Isso pode ser atribuído a mudanças metabólicas naturais que ocorrem ao longo do tempo, como diminuição da taxa metabólica e redução da massa muscular.
7. Outros fatores: Além dos fatores mencionados, outros fatores de risco para a Síndrome Metabólica incluem histórico de diabetes gestacional, tabagismo, estresse crônico e distúrbios do sono, como apneia do sono.
É importante ressaltar que a presença de um ou mais fatores de risco não é suficiente para o diagnóstico da Síndrome Metabólica. É necessário que haja a presença de um conjunto de critérios clínicos específicos, conforme mencionado anteriormente.
3. Como a orientação nutricional pode ajudar no controle da Síndrome Metabólica?
R= A orientação nutricional desempenha um papel fundamental no controle da Síndrome Metabólica, uma vez que a alimentação adequada é um dos pilares do tratamento. 
1. Controle do peso corporal: A orientação nutricional busca promover a perda de peso ou a manutenção de um peso saudável. A redução do peso corporal, especialmente da gorduraabdominal, está associada a melhorias significativas nos componentes da Síndrome Metabólica, como pressão arterial, níveis de glicose e lipídios.
2. Equilíbrio dos macronutrientes: A orientação nutricional busca equilibrar a ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras. Isso inclui priorizar carboidratos complexos (como grãos integrais e legumes) em vez de carboidratos refinados, optar por fontes magras de proteína (como peixe, frango, legumes e laticínios com baixo teor de gordura) e limitar o consumo de gorduras saturadas e gorduras trans.
3. Controle da glicemia: Uma dieta equilibrada e adequada pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. Recomenda-se evitar alimentos com alto índice glicêmico, como açúcares refinados, doces, refrigerantes e alimentos processados. Em vez disso, é indicado priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, grãos integrais e leguminosas.
4. Controle lipídico: A orientação nutricional visa melhorar os perfis lipídicos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e aumentando os níveis de HDL-colesterol. Isso pode ser alcançado através da redução da ingestão de gorduras saturadas e gorduras trans, e do aumento do consumo de gorduras saudáveis, como ácidos graxos ômega-3 encontrados em peixes, nozes e sementes.
5. Controle da pressão arterial: Uma alimentação adequada pode auxiliar no controle da pressão arterial elevada. Recomenda-se reduzir a ingestão de sódio (sal) e aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio, como frutas, legumes e verduras.
6. Educação alimentar: A orientação nutricional também inclui a educação alimentar, fornecendo informações sobre escolhas saudáveis, leitura de rótulos de alimentos, planejamento de refeições e estratégias para aderir a uma dieta equilibrada e adequada.
É importante ressaltar que a orientação nutricional deve ser personalizada, levando em consideração as necessidades individuais, preferências alimentares e outras condições de saúde do paciente. Um nutricionista especializado em Síndrome Metabólica será capaz de fornecer um plano alimentar adequado e acompanhamento contínuo para ajudar no controle da condição.
4. Quais são os objetivos da orientação nutricional no paciente diabético?
R= A orientação nutricional no paciente diabético tem como objetivos principais:
1. Controle da glicemia: O principal objetivo é ajudar a regular os níveis de glicose no sangue, evitando picos de glicemia e mantendo-a dentro da faixa alvo. Isso é feito através da seleção adequada de alimentos, controle da quantidade de carboidratos consumidos em cada refeição e distribuição equilibrada das refeições ao longo do dia.
2. Manutenção do peso corporal saudável: A orientação nutricional busca auxiliar o paciente diabético a alcançar e manter um peso corporal adequado. Isso envolve a promoção de uma alimentação equilibrada, com controle das porções e escolhas alimentares saudáveis, visando o equilíbrio energético e a prevenção do ganho excessivo de peso.
3. Controle dos lipídios sanguíneos: A dieta adequada pode ajudar a controlar os níveis de lipídios no sangue, como triglicerídeos e colesterol. A orientação nutricional enfoca a redução da ingestão de gorduras saturadas e gorduras trans, e incentiva o consumo de gorduras saudáveis, como ácidos graxos ômega-3 encontrados em peixes, nozes e sementes.
4. Prevenção e controle das complicações do diabetes: A alimentação adequada desempenha um papel importante na prevenção e controle das complicações crônicas associadas ao diabetes, como doenças cardiovasculares, neuropatia, nefropatia e retinopatia diabética. A orientação nutricional visa fornecer os nutrientes necessários para manter a saúde geral e minimizar o risco dessas complicações.
5. Educação alimentar: Além dos aspectos nutricionais, a orientação nutricional no paciente diabético busca fornecer educação alimentar, auxiliando o paciente a entender a importância de uma alimentação saudável, o impacto dos alimentos na glicemia, a leitura de rótulos de alimentos e a adoção de hábitos alimentares saudáveis a longo prazo.
6. Individualização do plano alimentar: Cada paciente é único, com diferentes necessidades, preferências e estilo de vida. A orientação nutricional no paciente diabético visa personalizar o plano alimentar de acordo com esses aspectos individuais, garantindo que seja adequado e viável para o paciente.
5. Como o diabetes pode levar a complicações crônicas?
R= O diabetes pode levar a complicações crônicas devido ao impacto prolongado dos níveis elevados de glicose no sangue sobre os vasos sanguíneos e os tecidos do corpo. A hiperglicemia crônica e a falta de controle adequado do diabetes podem causar danos progressivos aos órgãos e sistemas do organismo. As complicações crônicas do diabetes podem afetar vários sistemas do corpo, incluindo: 
1.Sistema cardiovascular: A hiperglicemia crônica danifica as paredes dos vasos sanguíneos, causando aterosclerose e estreitamento dos vasos, o que pode levar a problemas de circulação, formação de coágulos e danos ao coração e aos tecidos circundantes.
2. Sistema nervoso: O diabetes pode causar neuropatia diabética, que é uma lesão dos nervos periféricos. Os sintomas podem incluir formigamento, dormência, dor e fraqueza nos membros, especialmente nos pés e nas mãos. A neuropatia diabética também pode afetar os órgãos internos, causando problemas digestivos, disfunção erétil e outros sintomas.
3. Olhos: A retinopatia diabética é uma complicação ocular comum do diabetes. Ela ocorre quando os vasos sanguíneos da retina são danificados pela hiperglicemia crônica, levando a alterações na visão e, em casos graves, à perda da visão. O diabetes também aumenta o risco de outras condições oculares, como catarata e glaucoma.
4. Rins: A nefropatia diabética é uma complicação que afeta os rins. A hiperglicemia crônica danifica os pequenos vasos sanguíneos dos rins, prejudicando sua capacidade de filtrar o sangue adequadamente. Com o tempo, isso pode levar a danos nos rins, insuficiência renal e necessidade de diálise ou transplante renal.
5. Sistema digestivo: O diabetes pode afetar o sistema digestivo, causando problemas como gastroparesia (esvaziamento gástrico retardado), neuropatia autonômica gastrointestinal e doença hepática gordurosa não alcoólica. Essas condições podem levar a sintomas como náuseas, vômitos, sensação de plenitude após as refeições, distúrbios intestinais e problemas de absorção de nutrientes.
6. Pés e pele: O diabetes aumenta o risco de problemas nos pés, incluindo neuropatia periférica, má circulação e infecções. Feridas nos pés podem demorar a cicatrizar e evoluir para úlceras diabéticas, que podem se tornar graves e levar a complicações, como infecções graves e amputações.
6. Quais são as complicações mais comuns do diabetes?
R= As complicações mais comuns do diabetes incluem:
1. Retinopatia diabética: É uma complicação ocular que afeta os vasos sanguíneos da retina. Pode levar a danos nos vasos sanguíneos, vazamento de fluidos e formação de novos vasos anormais. A retinopatia diabética pode causar perda gradual da visão e, em casos graves, cegueira.
2. Neuropatia diabética: É uma condição que afeta os nervos periféricos, principalmente nas extremidades, como pés e mãos. Os sintomas podem incluir formigamento, dormência, dor, fraqueza muscular e problemas de coordenação. A neuropatia diabética também pode afetar os órgãos internos, causando disfunção autonômica.
3. Nefropatia diabética: É uma complicação renal que resulta em danos aos rins devido à lesão dos pequenos vasos sanguíneos. Pode progredir para insuficiência renal e requerer diálise ou transplante renal. A nefropatia diabética é uma das principais causas de doença renal crônica.
4. Doença cardiovascular: O diabetes aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral. Os níveis elevados de glicose no sangue podem danificar os vasos sanguíneos e aumentar a formação de placas de gordura nas artérias.
5. Pédiabético: É uma complicação que envolve problemas nos pés, como neuropatia periférica, má circulação e feridas que não cicatrizam adequadamente. As úlceras nos pés podem se infectar e levar a complicações graves, incluindo amputações.
6. Doença arterial periférica: É caracterizada pelo estreitamento ou bloqueio das artérias que fornecem sangue para as pernas e os braços. Pode causar dor nas pernas durante a caminhada (claudicação), feridas que não cicatrizam e aumento do risco de infecções.
7. Acidente vascular cerebral (AVC): O diabetes aumenta o risco de acidente vascular cerebral, que ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido, resultando em danos cerebrais. O controle inadequado do diabetes pode contribuir para a formação de coágulos sanguíneos e aterosclerose, aumentando o risco de AVC.
8. Doença arterial coronariana: Envolve o estreitamento das artérias coronárias que fornecem sangue ao coração. Pode levar a angina (dor no peito) e aumentar o risco de ataque cardíaco.
É importante ressaltar que essas são apenas algumas das complicações mais comuns associadas ao diabetes. O controle adequado do diabetes, incluindo a manutenção dos níveis de glicose no sangue dentro da faixa alvo, é essencial para reduzir o risco e retardar o desenvolvimento dessas complicações.
7. O que é o pé diabético e por que é importante avaliá-lo?
R= O pé diabético é uma complicação grave que ocorre em pessoas com diabetes e envolve uma combinação de neuropatia periférica (lesão nos nervos periféricos) e doença vascular periférica (problemas de circulação sanguínea nas extremidades, especialmente nos pés). Essa condição aumenta o risco de desenvolver úlceras nos pés, infecções e outras complicações que podem levar à amputação.Existem várias razões pelas quais a avaliação do pé diabético é importante:
1. Prevenção de úlceras: A neuropatia diabética pode causar perda de sensibilidade nos pés, tornando mais difícil detectar pequenos ferimentos ou irritações. A falta de sensibilidade combinada com a má circulação sanguínea aumenta o risco de desenvolver úlceras nos pés. Uma avaliação cuidadosa e regular do pé diabético pode ajudar a identificar áreas de pressão, calosidades ou outros problemas antes que se tornem úlceras.
2. Identificação precoce de problemas: A avaliação do pé diabético permite detectar problemas nos pés, como deformidades, alterações na cor ou temperatura da pele, ressecamento, rachaduras, feridas ou infecções. Ao identificar esses problemas precocemente, medidas preventivas ou tratamentos adequados podem ser iniciados para evitar complicações mais graves.
3. Gerenciamento de fatores de risco: A avaliação do pé diabético também inclui a identificação e o gerenciamento de fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de complicações. Isso pode envolver o controle da glicemia, a manutenção de uma boa higiene e hidratação dos pés, o uso de calçados adequados e o cuidado com a pele e unhas dos pés.
4. Prevenção de amputações: As úlceras nos pés que não são tratadas adequadamente podem levar a infecções graves que podem se espalhar para os ossos e tecidos circundantes. Em casos graves, a amputação do pé ou parte do membro pode ser necessária para salvar a vida do paciente. A avaliação regular do pé diabético e o tratamento precoce de problemas podem ajudar a prevenir a progressão das lesões e reduzir o risco de amputações.
8. Quais são os sinais e sintomas do pé diabético?
R= Os sinais e sintomas do pé diabético podem variar dependendo da gravidade da condição e das complicações presentes. Alguns dos sinais e sintomas comuns do pé diabético incluem:
1. Feridas ou úlceras: Podem aparecer como áreas abertas na pele, geralmente nos pés, que não cicatrizam ou demoram a cicatrizar. Essas úlceras podem ser superficiais ou profundas, e podem estar associadas a infecções.
2. Dor ou sensação de queimação: Pode ocorrer dor nos pés, geralmente nas áreas afetadas por úlceras ou feridas. Também pode haver sensação de queimação nos pés, causada por danos nos nervos (neuropatia diabética).
3. Dormência ou formigamento: A neuropatia diabética pode causar perda de sensibilidade nos pés, resultando em dormência ou formigamento. Isso pode dificultar a detecção de lesões ou feridas nos pés.
4. Mudanças na cor da pele: A pele dos pés pode apresentar alterações de cor, como vermelhidão, palidez ou cianose (coloração azulada). Essas alterações podem indicar problemas de circulação sanguínea nos pés.
5. Inchaço: O pé diabético também pode ser acompanhado de inchaço nos pés e tornozelos. Isso ocorre devido à má circulação sanguínea e ao acúmulo de fluidos nos tecidos.
6. Calosidades ou áreas de pressão: O aumento da pressão em áreas específicas dos pés, devido a deformidades ou uso de calçados inadequados, pode levar ao desenvolvimento de calosidades ou áreas de pressão. Essas áreas podem se tornar vulneráveis a feridas e ulcerações.
7. Alterações nas unhas: As unhas dos pés podem apresentar alterações, como espessamento, deformidades, manchas ou infecções fúngicas. Essas alterações podem indicar problemas de circulação ou infecções associadas ao pé diabético.
9. Como é feita a avaliação prática do pé diabético?
R= Essa avaliação envolve diferentes aspectos para identificar precocemente problemas nos pés e fornecer o tratamento adequado. Os principais elementos da avaliação prática do pé diabético incluem:
1. Anamnese: O profissional de saúde irá realizar uma entrevista detalhada com o paciente para coletar informações sobre o histórico médico, duração do diabetes, controle glicêmico, presença de complicações prévias nos pés, sintomas relatados (como dor, formigamento, queimação), histórico de úlceras ou feridas nos pés, uso de calçados adequados, entre outros aspectos relevantes.
2. Exame físico: Será realizado um exame físico minucioso dos pés, incluindo a inspeção visual da pele, unhas, deformidades ósseas, presença de calosidades, áreas de pressão, alterações na cor da pele, temperatura, presença de edema (inchaço) e alterações na sensibilidade tátil e vibratória. Também será avaliada a circulação sanguínea nos pés, verificando a presença e a qualidade dos pulsos arteriais.
3. Testes de sensibilidade: Podem ser realizados testes específicos para avaliar a sensibilidade tátil e vibratória dos pés. Isso pode incluir o uso de monofilamentos (fios de nylon) para testar a sensação tátil e diapasões (instrumentos que produzem vibração) para testar a sensação vibratória. Esses testes são importantes para detectar a presença de neuropatia periférica, que é comum em pacientes com diabetes.
4. Avaliação da circulação sanguínea: Além da avaliação dos pulsos arteriais, podem ser realizados outros testes para avaliar a circulação sanguínea nos pés, como a medida da pressão arterial nos membros inferiores (índice tornozelo-braquial) e a realização de testes de Doppler (utilizando ultrassom) para avaliar o fluxo sanguíneo.
5. Avaliação da marcha e do uso de calçados: O profissional também pode observar a marcha do paciente, identificando possíveis alterações na forma como ele anda, como desequilíbrios ou pressão excessiva em certas áreas dos pés. Além disso, será avaliado o uso de calçados adequados, verificando o ajuste correto, a proteção dos pés e a presença de calosidades ou feridas causadas por calçados inadequados.
6. Exames complementares: Dependendo da avaliação inicial e dos achados clínicos, podem ser solicitados exames complementares, como exames de imagem (radiografias, ressonância magnética) para avaliar a estrutura óssea, ou exames de circulação sanguínea mais detalhados, como a angiografia.
Com base nos resultados da avaliação prática do pé diabético, o profissional de saúde poderá determinar o grau de risco do paciente e desenvolver um plano de cuidados personalizado. Isso pode incluir orientações sobre o cuidado adequado dos pés, recomendações de calçados, tratamento de feridas ou úlceras existentes, controle glicêmico rigoroso, manejo da pressão arterial e encaminhamento para outrosespecialistas, se necessário. A avaliação regular do pé diabético é fundamental para prevenir complicações e preservar a saúde dos pés em pacientes com diabetes.
10. O que é Deformidade de Charcot e como ela se relaciona com o pé diabético?
R= A Deformidade de Charcot, também conhecida como Artropatia de Charcot, é uma complicação do pé diabético que ocorre devido a danos nos ossos, articulações e tecidos moles dos pés. É uma condição caracterizada por deformidades ósseas, colapso das articulações e instabilidade articular.
A relação entre a Deformidade de Charcot e o pé diabético está associada à presença de neuropatia diabética. A neuropatia diabética é uma complicação comum do diabetes, na qual os nervos periféricos são danificados devido ao alto nível de glicose no sangue. A neuropatia diabética pode afetar os nervos sensoriais, motores e autonômicos, incluindo aqueles que controlam a sensibilidade nos pés.
Na presença da neuropatia diabética, os pacientes podem perder a sensibilidade nos pés, o que significa que não conseguem sentir dor ou desconforto adequados quando ocorrem lesões ou traumas nos pés. Isso pode levar a uma sobrecarga excessiva nas articulações e ossos dos pés durante a marcha ou atividades diárias normais, resultando em microtraumas repetidos e lesões ocultas.
Com o tempo, essas lesões ocultas não tratadas podem levar à destruição progressiva das articulações e ossos dos pés, levando à deformidade de Charcot. A combinação de neuropatia diabética, perda de sensibilidade e atividades normais do dia a dia resulta em um ciclo vicioso de lesão, inflamação e destruição progressiva.
Os sinais e sintomas da Deformidade de Charcot incluem inchaço, calor, vermelhidão, dor, deformidades visíveis e perda de estabilidade articular nos pés. A condição pode progredir rapidamente, levando a complicações graves, como úlceras, infecções e até mesmo fraturas.
O tratamento da Deformidade de Charcot envolve uma abordagem multidisciplinar, com o envolvimento de profissionais de saúde, como médicos, podologistas, enfermeiros especializados em feridas e fisioterapeutas. O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação, estabilizar as articulações afetadas, prevenir úlceras e complicações adicionais, além de proporcionar suporte adequado aos pés por meio do uso de calçados especiais, órteses ou dispositivos de imobilização.
É importante que as pessoas com diabetes e neuropatia diabética recebam educação e orientações adequadas sobre o pé diabético e a prevenção da Deformidade de Charcot. Isso inclui o monitoramento regular dos pés, a detecção precoce de lesões ou alterações nos pés, a manutenção de uma boa higiene dos pés, o uso de calçados adequados e a adesão a um plano de cuidados abrangente para prevenir complicações relacionadas ao pé diabético.
11. Quais são os efeitos do tabagismo na saúde de um paciente diabético?
R= O tabagismo tem efeitos negativos significativos na saúde de pacientes diabéticos. A combinação do diabetes com o tabagismo aumenta consideravelmente o risco de desenvolver complicações crônicas e agudas relacionadas à doença. A seguir estão alguns dos principais efeitos do tabagismo na saúde de pacientes diabéticos:
1. Controle glicêmico comprometido: O tabagismo pode interferir no controle adequado do nível de glicose no sangue. Fumar aumenta a resistência à insulina e pode levar a níveis mais elevados de açúcar no sangue, dificultando o controle glicêmico. Isso pode agravar os sintomas e complicações do diabetes.
2. Aumento do risco de complicações cardiovasculares: O tabagismo e o diabetes são fatores de risco independentes para doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral. A combinação desses dois fatores aumenta ainda mais o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, levando a complicações graves e potencialmente fatais.
3. Complicações microvasculares agravadas: O tabagismo também aumenta o risco de complicações microvasculares do diabetes, como retinopatia diabética (afetando a visão), nefropatia diabética (afetando os rins) e neuropatia diabética (afetando os nervos). O tabaco afeta negativamente a circulação sanguínea, aumentando o estresse oxidativo e a inflamação, o que pode agravar essas complicações microvasculares.
4. Retardo na cicatrização de feridas e úlceras: Fumar compromete a cicatrização de feridas e úlceras, o que é especialmente preocupante para pacientes diabéticos com risco aumentado de úlceras nos pés. A cicatrização lenta pode levar a infecções, amputações e dificuldades no tratamento de feridas, o que pode ter impacto significativo na qualidade de vida do paciente.
5. Maior risco de infecções: Fumar compromete o sistema imunológico e aumenta o risco de infecções, incluindo infecções respiratórias, infecções do trato urinário e infecções da pele. Pacientes diabéticos já são mais suscetíveis a infecções, e o tabagismo aumenta ainda mais esse risco.
6. Aumento do risco de doenças respiratórias: Fumar está associado a um maior risco de desenvolver doenças respiratórias, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonia e bronquite crônica. Essas condições respiratórias podem agravar os sintomas respiratórios em pacientes diabéticos.
12. Por que a visão pode ser afetada em pacientes diabéticos?
R= A visão pode ser afetada em pacientes diabéticos devido a uma complicação chamada retinopatia diabética. A retinopatia diabética é uma doença ocular causada por danos aos vasos sanguíneos na retina, que é a camada sensível à luz localizada na parte de trás do olho. 
O diabetes crônico e descontrolado pode levar a níveis elevados de glicose no sangue, o que, por sua vez, pode causar danos aos pequenos vasos sanguíneos que nutrem a retina. Esses danos aos vasos sanguíneos podem levar a alterações na retina, como:
1. Retinopatia não proliferativa: Nesta fase inicial, os vasos sanguíneos da retina apresentam vazamento de fluido ou pequenos inchaços. Isso pode levar à formação de microaneurismas e pequenos sangramentos, resultando em visão embaçada e visão de pontos escuros.
2. Retinopatia proliferativa: À medida que a retinopatia progride, os vasos sanguíneos danificados podem se fechar, resultando em falta de oxigênio na retina. Isso estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais, um processo chamado de neovascularização. Esses novos vasos sanguíneos são frágeis e propensos a sangrar, causando problemas graves de visão, como hemorragias vítreas, descolamento da retina e glaucoma neovascular.
3. Edema macular diabético: A retinopatia diabética também pode levar ao acúmulo de fluido na área central da retina, conhecida como mácula. Isso é chamado de edema macular diabético e pode levar à visão distorcida ou embaçada, prejudicando a visão central.
Além da retinopatia diabética, os pacientes diabéticos também estão em maior risco de desenvolver outras doenças oculares, como catarata (opacificação do cristalino) e glaucoma (aumento da pressão intraocular). Essas condições podem contribuir para a perda de visão em pacientes diabéticos.
É importante que os pacientes diabéticos façam exames oftalmológicos regulares para monitorar a saúde ocular e detectar precocemente quaisquer alterações. O controle adequado da glicemia, pressão arterial e outros fatores de risco, juntamente com um estilo de vida saudável, pode ajudar a reduzir o risco e a progressão da retinopatia diabética e outras complicações oculares.
13. Como a hipertensão arterial pode afetar a saúde de um paciente diabético?
R= A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, pode ter um impacto significativo na saúde de um paciente diabético. A combinação de diabetes e hipertensão arterial é comum e é chamada de "diabetes hipertensivo". A presença dessas duas condições aumenta o risco de complicações graves e pode levar a consequências prejudiciais à saúde. A seguir estão alguns dos efeitos da hipertensão arterial na saúde de um paciente diabético:
1. Risco aumentado de doenças cardiovasculares: Tantoo diabetes quanto a hipertensão arterial são fatores de risco independentes para doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral. No entanto, quando essas condições coexistem, o risco é ainda maior. A hipertensão arterial aumenta a carga sobre o sistema cardiovascular, danifica os vasos sanguíneos e contribui para o desenvolvimento e a progressão das doenças cardiovasculares.
2. Lesões nos órgãos-alvo: A hipertensão arterial crônica pode levar a danos nos órgãos-alvo, como o coração, os rins, o cérebro e os vasos sanguíneos. Em pacientes diabéticos, que já estão predispostos a complicações nos órgãos devido à doença, a presença de hipertensão arterial pode acelerar o processo de lesão e comprometer ainda mais a função desses órgãos.
3. Nefropatia diabética: A hipertensão arterial é um fator de risco importante para o desenvolvimento e a progressão da nefropatia diabética, uma complicação do diabetes que afeta os rins. A pressão arterial elevada danifica os vasos sanguíneos dos rins, resultando em diminuição da função renal e aumento do risco de insuficiência renal.
4. Retinopatia diabética: A hipertensão arterial não controlada pode agravar a retinopatia diabética, uma complicação ocular do diabetes que afeta a retina. A pressão arterial elevada aumenta o estresse nos vasos sanguíneos da retina, contribuindo para o vazamento de fluidos, a formação de novos vasos sanguíneos anormais e o dano na retina, levando a problemas de visão e até cegueira.
5. Risco aumentado de complicações renais: A combinação de diabetes e hipertensão arterial aumenta significativamente o risco de desenvolver doença renal crônica. Essa condição pode levar a uma deterioração progressiva da função renal, exigindo tratamentos como diálise ou transplante renal.
6. Dificuldade no controle glicêmico: A hipertensão arterial mal controlada pode interferir no controle adequado dos níveis de glicose no sangue. A pressão arterial elevada pode aumentar a resistência à insulina, dificultando o controle glicêmico em pacientes diabéticos.
É essencial que os pacientes diabéticos com hipertensão arterial recebam tratamento adequado para controlar a pressão arterial. Isso envolve uma combinação de estilo de vida saudável (como alimentação balanceada, atividade física regular e controle do peso), medicamentos anti-hipertensivos prescritos pelo médico e monitoramento regular da pressão arterial. O controle efetivo da pressão arterial é crucial para reduzir o risco de complicações cardiovasculares e renais em pacientes diabéticos.
14. Como os níveis elevados de colesterol podem afetar a saúde de um paciente diabético?
R= Níveis elevados de colesterol, especialmente do colesterol LDL (colesterol ruim), podem ter um impacto significativo na saúde de um paciente diabético. O diabetes em si já é um fator de risco para doenças cardiovasculares, e quando combinado com níveis elevados de colesterol, o risco é ainda maior. Aqui estão alguns dos efeitos negativos que os níveis elevados de colesterol podem ter na saúde de um paciente diabético:
1. Aterosclerose: Níveis elevados de colesterol LDL estão associados ao acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, um processo conhecido como aterosclerose. Em pacientes diabéticos, a aterosclerose progride mais rapidamente e é mais grave, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, angina, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
2. Doença arterial periférica: A aterosclerose causada pelo colesterol elevado também pode afetar os vasos sanguíneos que irrigam as pernas e os pés. Isso pode levar à doença arterial periférica, caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo para as extremidades, causando dor, claudicação intermitente (dor ao caminhar) e até mesmo úlceras ou gangrena nos pés.
3. Retinopatia diabética: Níveis elevados de colesterol podem agravar a retinopatia diabética, uma complicação ocular do diabetes que afeta a retina. O colesterol LDL elevado pode danificar os pequenos vasos sanguíneos da retina, contribuindo para o vazamento de fluidos, o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais e o dano na retina, resultando em problemas de visão e possivelmente cegueira.
4. Nefropatia diabética: O colesterol elevado também está associado ao aumento do risco de desenvolvimento e progressão da nefropatia diabética, uma complicação renal do diabetes. O colesterol LDL alto pode causar danos aos vasos sanguíneos dos rins, contribuindo para a diminuição da função renal e aumentando o risco de insuficiência renal.
5. Maior risco de eventos cardiovasculares: A combinação de diabetes e níveis elevados de colesterol aumenta significativamente o risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Pacientes diabéticos com colesterol elevado têm um risco ainda maior em comparação com aqueles sem diabetes.
15. Como o uso irregular dos medicamentos pode influenciar no controle do diabetes e no tratamento das complicações crônicas?
 R= O uso irregular dos medicamentos no tratamento do diabetes pode ter um impacto negativo significativo no controle da doença e no tratamento das complicações crônicas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o uso irregular dos medicamentos pode influenciar o diabetes e suas complicações:
1. Controle glicêmico inadequado: O uso irregular dos medicamentos antidiabéticos, como a metformina ou a insulina, pode levar a flutuações nos níveis de glicose no sangue. Isso dificulta o controle glicêmico e pode resultar em níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia) ou níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia). Um controle glicêmico inadequado pode agravar os sintomas do diabetes, aumentar o risco de complicações a longo prazo e afetar negativamente a qualidade de vida do paciente.
2. Progressão das complicações crônicas: O diabetes é uma doença crônica que pode levar a várias complicações, como doença cardiovascular, neuropatia, retinopatia, nefropatia e pé diabético. O uso irregular dos medicamentos pode contribuir para o agravamento dessas complicações, pois o controle glicêmico deficiente aumenta o estresse nos tecidos e órgãos do corpo, resultando em danos progressivos.
3. Maior risco de eventos agudos: A falta de aderência ao tratamento medicamentoso pode aumentar o risco de eventos agudos, como cetoacidose diabética (em pacientes com diabetes tipo 1) ou estado hiperosmolar hiperglicêmico (em pacientes com diabetes tipo 2). Essas são complicações graves que requerem atenção médica imediata e podem ser desencadeadas pela falta de uso regular dos medicamentos prescritos.
4. Deterioração do estado de saúde geral: O diabetes é uma doença crônica que requer cuidados contínuos e tratamento adequado. A falta de aderência aos medicamentos pode levar a um estado geral de saúde deteriorado, com sintomas mais graves, maior fadiga, maior risco de infecções e menor capacidade de enfrentar a doença.
É fundamental que os pacientes diabéticos sigam o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico de forma regular e consistente. A aderência adequada aos medicamentos é essencial para alcançar um bom controle glicêmico, prevenir complicações a longo prazo e manter uma boa qualidade de vida. Se houver dificuldades em aderir ao tratamento, é importante discutir com o médico para encontrar soluções alternativas ou receber suporte adequado.

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