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SEMANA APOL ATIVIDADE PRÁTICA 1ª semana APOL 1 7ª, 8ª e 9ª Verificar Calendário Acadêmico e/ou Avisos Estudar todos os materiais indicados acima Bons Estudos Atenciosamente Coordenação e Tutoria O QUE ESTUDAR AULA 1 - Assistir a video aula 1 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) AULA 2 - Assistir a video aula 2 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) AULA 3 - Assistir a video aula 3 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) AULA 4 - Assistir a video aula 4 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) CRONOGRAMA SEMANAL Disciplina: Introdução à Agricultura Segunda Chamada, Substitutiva, Exames e Recuperação de Conceito Pago(RCP) - Consulte o Atendimento Online Me. Adrian Jedyn AVALIAÇÕES REGULARES * Provas Objetivas, Provas Discursivas AVALIAÇÕES DE RECUPERAÇÃO 2ª semana Softwares necessários para realização das provas Esta disciplina não precisa de Software para realização das provas 6ª semana 3ª semana 4ª semana 5ª semana Verificar Avaliações/Trabalhos e Calendário Acadêmico Conforme Calendário Acadêmico Conforme Calendário Acadêmico APOL 2 (*) Para ampliar seu conhecimento, assista as Aulas Práticas disponíveis no seu AVA. AULA 5 - Assistir a video aula 5 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) AULA 6 - Assistir a video aula 6 - Ler o texto da rota de aprendizagem. Assistir à Aula Prática sobre o tema teórico (*) CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER Credenciado pela Portaria no 688 de 25/05/2012 PLANOS DE ENSINO - MODALIDADE À DISTÂNCIA - CURITIBA 2022 CONTEÚDOS CURRICULARES Os conteúdos curriculares relativos aos cursos da Escola Superior Politécnica, na sua plenitude, promovem o desenvolvimento do perfil do egresso, considerando atualização, adequação das cargas horárias e adequação da bibliografia. Dentre os conteúdos oferece a Unidade Curricular Introdução à Agricultura. Escola Superior Politécnica – Modalidade EaD Disciplina: INTRODUÇÃO À AGRICULTURA Carga Horária: 60 EMENTA Introdução sobre os processos históricos da agricultura brasileira. Evolução das práticas e técnicas agrícolas. Conhecimento científico e tecnológico da agricultura. Fatores agroecológicos e socioeconômicos e suas inter-relações na agricultura. Educação Ambiental. Noções preliminares sobre o desenvolvimento agrícola. Os diferentes tipos de agricultura. Formação e atuação profissional. Realidade rural brasileira. Direitos Humanos. HABILIDADES Consciência crítica da profissão escolhida; Capacidade de adaptação frente às mudanças ocorridas no setor; Acesso às inovações tecnológicas; Habilidades interpessoais, de gestão e de organização. COMPETÊNCIAS Entender que a sua formação acadêmica está ligada com o seu papel na sociedade; Conhecer a trajetória histórica da agricultura e seu desenvolvimento; Compreender as problemáticas sociais e ambientais no meio rural; Conhecimento das diferentes fases da produção. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: ✓ Aulas expositivas com interação via Canal de Tutoria; ✓ Desenvolvimento de atividades de reflexão e debates entre alunos-alunos e alunos-professores, via Ambiente Virtual de Aprendizagem; ✓ Esclarecimento de dúvidas e realização de discussões via chat e tutoria com o professor da disciplina; ✓ Indicação de estudo em Rota de Aprendizagem; ✓ Indicação de referências (bibliográficas e audiovisuais) para ampliação do conhecimento; ✓ Elaboração de Atividade Prática (AP) orientada e tutoreada. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada com base nos objetivos propostos, levando-se em conta: ✓ A leitura dos textos indicados e a interação com os colegas de EAD; ✓ Realização de atividade pedagógica on-line (APOL); ✓ Uma atividade prática (AP), realizada via Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA); ✓ Uma prova objetiva, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), realizada no polo de apoio presencial; ✓ Uma prova discursiva, realizada no polo de apoio presencial. BIBLIOGRAFIAS: Bibliografia Básica: STEIN, R. T.; COSCOLIN, R.B.D. S. Agricultura climaticamente inteligente e sustentabilidade.: Grupo A, 2020. 9786581492083. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492083/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) TAVARES, M.F.D. F.; SILVEIRA, F.D. M.; HAVERROTH, E. J.; RODRIGUES, W. G. Introdução à agronomia e ao agronegócio.: Grupo A, 2019. 9788595028074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028074/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) SPINELLI, Silvia Moro Conque. Agroecologia e sustentabilidade/Silvia Moro Conque Spinelli. Curitiba: Contentus, 2020 (BV) Bibliografia Complementar: CHADDAD, F. Economia e Organização da Agricultura Brasileira.: Grupo GEN, 2017. 9788595152496. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595152496/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) COLS, A.R. &. Educação Ambiental.: Grupo A, 2012. 9788563899873. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788563899873/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) SILVA, E.; SILVA, R.M. D.; ASAI, G. A.; STEIN, R. T. Assistência técnica e extensão rural.: Grupo A, 2020. 9786581492168. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492168/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) MALINSK, A. Cadeias produtivas do agronegócio I.: Grupo A, 2018. 9788595024694. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595024694/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) STEIN, R. T.; MALINSK, A.; SILVA-REIS, C.M. D.; AL., E. Cadeias produtivas do agronegócio II.: Grupo A, 2020. 9786581492748. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492748/. Acesso em: 26 set. 2021. (BVMB) CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Carga horária Conteúdos (Habilidades e Conhecimentos) Encaminhamento Metodológico Instrumentos de apoio 9 História da Agricultura Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 9 Pesquisa e desenvolvimento na área rural Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 9 Práticas agroecológicas Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 9 Produtividade e sustentabilidade no meio rural Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 9 Formação e atuação profissional Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 9 Cadeias produtivas Aula Expositiva e Dialógica. Quadro, Projetor multimídia. 2 Avaliação Pedagógica on Line – APOL’s Avaliação Individual AVA - UNIVIRTUS 1 Atividade Prática Avaliação Individual AVA - UNIVIRTUS 1 Avaliação Objetiva Avaliação Individual AVA - UNIVIRTUS 2 Avaliação Discursiva Avaliação Individual AVA - UNIVIRTUS AVALIAÇÃO PROCEDIMENTOS CRITÉRIOS ✓ Realização de atividade pedagógica on-line (APOL); Serão realizadas duas APOLs durante a oferta da disciplina, conforme calendário acadêmico pré-estabelecido e rota de aprendizagem. Cada APOL será composta de dez questões objetivas. ✓ Uma Atividade Prática (AP) Será realizada uma AP durante a oferta da disciplina, conforme calendário acadêmico pré- estabelecido e rota de aprendizagem. A AP será do tipo prova atividade prática. ✓ Uma prova objetiva, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), realizada no polo de apoio presencial; Será realizada uma prova objetiva, conforme calendário acadêmico pré-estabelecido. Esta prova será composta de dez questões, mais duas questões opcionais. ✓ Uma prova discursiva, realizada no polo de apoio presencial. Será realizada uma prova discursiva, conforme calendário acadêmico pré-estabelecido. Esta prova será composta de cinco questões, em que o aluno escolhe três para responder. 1 Profª Maria de Fatima Medeiros Introduçãoà Agricultura Aula 1 Conversa Inicial Introdução sobre a história da agricultura, desde o início (Período Neolítico) Vários assuntos abordados que propiciarão um conhecimento abrangente de toda a evolução da agricultura Ciências agrárias História da agricultura brasileira Evolução das práticas e técnicas agrícolas Revolução Verde Desenvolvimento do agronegócio Desenvolvimento agrícola brasileiro Processo histórico da agricultura Sistema Solar (Terra) surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos As primeiras formas de vida (3,5 bilhões de anos) com seres muito primitivos (algas, bactérias e microrganismos) surgiram na água Milhões de anos se passaram e a evolução nos trouxe centenas de milhares de formas de vida 1 2 3 4 5 6 2 Há cerca de 70 milhões (primeiros primatas) Hominoides (primatas), mas com uma pequena evolução, às vezes andavam eretos, sobre as patas traseiras Há cerca de 3 milhões de anos surgem os primeiros hominídeos (aparecimento dos gêneros Australopithecus e Homo) (...) Evolução do Homem (...) Os Australopithecus passaram a andar de forma ereta e usar as mãos para coletar alimentos A evolução do gênero Homo foi mais consistente e deu origem a várias outras espécies de hominídeos Evolução do Homem Homo habilis (2,2 milhões a 780 mil anos): tinham habilidade para fabricar alguns instrumentos, facilitando a vida do bando Homo erectus (1,8 milhões de anos a 200 mil anos): suas habilidades permitiram a confecção de instrumentos de pedra e a utilização das peles de animais. Mas o seu grande feito foi o descobrimento do fogo (...) Evolução do Homem (...) Homo neanderthalensis (400 mil a 30 mil anos): possuíam habilidades mais avançadas, permitindo a criação de ferramentas, armas e abrigos para acomodar o bando. Outra característica evolutiva do neanderthalensis foi a necessidade de enterrar os seus mortos Evolução do Homem Homo sapiens (há cerca de 300 mil anos): conhecido como o homem moderno, migrou para todas as regiões da Terra, fabricando vários instrumentos de diversos materiais Subespécie Homo sapiens sapiens (significa homem que sabe o que sabe): surgiu aproximadamente há 200 mil anos. Essa subdivisão ocorre dentro da espécie. É conhecido como o homem contemporâneo, o único que conseguiu sobreviver a toda essa evolução Evolução do Homem Há cerca de 10 mil anos desenvolveu a agricultura e a domesticação de animais Primeira grande revolução da história do homem: a Revolução Agrícola ou Revolução Neolítica Com a habilidade de cultivar o seu alimento e criar os animais, foi possível desenvolver a convivência em sociedade, criando hábitos e tradições (cultura) Revolução Agrícola 7 8 9 10 11 12 3 Período Neolítico (Idade da Pedra Polida), a sociedade formada começou a semear diversas plantas que faziam parte de sua alimentação, além de domesticar e multiplicar os animais para utilizar os seus produtos (como por exemplo o leite) Revolução Agrícola A Revolução Agrícola foi marcada pela evolução de instrumentos, pinturas, esculturas, além do desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais Formas de agricultura e pecuária praticadas se desenvolviam perto das moradias do grupo ou perto dos rios, pois as terras ficavam fertilizadas com as vazantes (enchentes) Revolução Agrícola Sistemas de criação por pastoreio Sistemas de cultivo de derrubada-queimada Sistemas agrários pós-florestais Sistemas agrários hidráulicos Expansão da agricultura neolítica Sistemas agrícolas implantados em diversas regiões. Exemplo: sistema de cultivo de cereais pluviais com alqueive (é uma terra lavrada que é deixada em repouso, ou seja, sem semear por certo tempo. Desta maneira ela aumenta sua produtividade) Revoluções agrícolas Os agricultores trabalhavam “com pastagem e criação associadas, nas quais se utilizavam ferramentas manuais, como a pá e a enxada, e um instrumento de cultivo de tração leve, o arado escarificador” (Mazoyer 2010, p. 46) Revoluções agrícolas Sistema com alqueive e tração pesada por animais (arado charrua e carreta) foram a marca da revolução agrícola desse período, gerando um aumento significativo de produção de alimentos para atender à demanda da população Consequência: desmatamento de grande parte das florestas europeias Idade Média 13 14 15 16 17 18 4 Os europeus puderam ter acesso a novas plantas que vinham de outras regiões (batata, milho, cacau, entre outras), enriquecendo sua alimentação Espalharam-se pelo mundo com suas colônias de povoamento (regiões temperadas) e nas regiões tropicais com suas colônias de exploração (plantações agroexportadoras) Era das Grandes Navegações O Brasil nasceu com vocação agrícola. Será? Antes de ser um país, era uma região ocupada por diversas nações (nações indígenas) Viviam espalhados por esse imenso território, tinham suas culturas, suas línguas, suas crenças e praticavam o seu modo de vida Processos históricos Essas nações tinham maneiras diferentes de viver (nômades, seminômades). Praticavam a agricultura Coivara (agricultura ecológica). Derrubavam a mata para abrir uma clareira, roçavam no período da seca, deixavam secar a vegetação para depois queimar. Dessa queima obtinham as cinzas, muito rica em nutrientes (mandioca, inhame, batata doce, milho, frutas, pimentas, entre outros) Na região amazônica a técnica (terra preta dos índios), deixa o solo descansar durante certo período para repor a sua matéria orgânica Técnica do pousio (descanso do solo por um tempo determinado para recuperar sua fertilidade) 1500 (esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral). Houve troca de informação entre os indígenas e os portugueses Na carta escrita por Pero Vaz de Caminha relata-se o que eles viram (a primeira impressão dessa nova terra, recém-achada) Exploração do pau-brasil: a retirada dessa madeira era feita pelos indígenas. Depois, a madeira era embarcada nos navios rumo à Europa, onde era transformada em um corante avermelhado (a brasilina), usado nas indústrias têxteis 19 20 21 22 23 24 5 Registrada desde o seu descobrimento, em 1500 Portugueses implantaram a colonização de exploração e utilizavam a mão de obra escrava Capitanias Hereditárias e o Governo-Geral Monoculturas que tinham mercado garantido na Europa (pau-brasil, cana-de-açúcar, algodão, tabaco, cacau, café, borracha) Plantação de alimentos de subsistência e criação de animais para atender às necessidades da população que aqui vivia O Brasil nasceu com vocação agrícola? Chegada da família real portuguesa (1808): mais produção de alimentos Em 1822 ocorre a independência do Brasil, e décadas depois (1889), a passagem para a república Independente das mudanças políticas, a vocação agroexportadora permaneceu cada vez mais forte Brasil foi se modernizando, implantando indústrias, comércio e desenvolvendo tecnologias na área do agronegócio Aprimorou o cultivo de soja, café, cana-de- açúcar, produção de carne (bovina, suína e de aves) Esses ciclos econômicos são marcados por impactos negativos ao meio ambiente, nas estruturas sociais e no crescimento desigual das regiões brasileiras Evolução das práticas e técnicas agrícolas Evolução do homem (desenvolvimento da agricultura e da domesticação dos animais) - transformação no modo de vida do ser humano Período Neolítico (10 mil anos) Primeira revolução da história humana (Revolução Agrícola) Práticas e técnicas agrícolas Agricultura e a domesticação dos animais: desenvolvimento da capacidade produtiva, melhora e diversificação da dieta alimentar, crescimento demográfico, surgimento das tribos e, depois, das primeiras cidades Esses acontecimentos não ocorreram todos juntos, mas gradativamente, porque os homens ainda não dominavam as técnicas produtivas Revolução agrícola 25 26 27 28 29 30 6 Formação das tribos (convivência dos grupos sociais) As terras eram coletivas e cada indivíduo era proprietáriodo seu modo de produção (agricultor, pastor) Tudo que era produzido era para o consumo do grupo (não produzir excedentes) Não existia distinção social (...) Revolução Agrícola (...) Pedro e Cáceres (1988, p. 7) “a única divisão do trabalho que existia era a divisão sexual, isto é, as mulheres dedicavam-se a certas tarefas e os homens a outras” Período chamado de comunidade gentílica, devido a não ter classes sociais e muito menos a formação do Estado Revolução Agrícola Revolução do Regadio (modo de produção era desenvolvido em canais de irrigação). Em regiões com presença de rios (Mesopotâmia - rios Tigre e Eufrates, e no Egito - rio Nilo) Não existia o proprietário privado. Qualquer indivíduo usufruía da terra se fosse membro da comunidade (...) Primeiras cidades (Idade Antiga) (...) O Estado, por ser centralizador, acabava concentrando os poderes militar, religioso, político e econômico. Os membros do Estado pertenciam a uma casta social, ou seja, a camada dominante (Faraó) Primeiras cidades (Idade Antiga) Revolução dos Metais (fundição dos metais, como cobre, estanho, bronze e ferro), fez com que a produtividade aumentasse, criando a produção de excedentes Há cerca de 5 mil anos surgiu o arado, uma ferramenta agrícola de grande ajuda para lavrar a terra. O arado era atrelado à tração animal, abrindo o sulco na terra para colocar as sementes Estados escravistas (Grécia e Roma) utilizavam os prisioneiros de guerra e os endividados para trabalhar nos latifúndios cultivando produtos agrícolas A sociedade rural de Roma era dominada pelos ricos proprietários de grandes latifúndios e que utilizavam mão de obra escrava Ser grande proprietário de terra era a distinção entre pertencer à aristocracia e ser uma pessoa comum 31 32 33 34 35 36 7 Com o crescimento de todos os ramos da produção, o trabalho artesanal separou-se do trabalho agrícola Produção de excedentes fez nascer a troca e, com isso, o surgimento dos comerciantes Comércio gerou a necessidade de novos mercados, surge o período expansionista Os gregos e os romanos foram em busca de novas terras para ampliar seus domínios econômicos, políticos, militares e culturais Mudanças no modo de produção Alta Idade Média (séculos V ao XI) – feudalismo Baixa Idade Média (séculos XI a XV) - fim do feudalismo e início do capitalismo Grandes propriedades (feudos) e as relações servis (senhor feudal e o servo) Rotação de cultura (divide-se o lote de terra agricultável em três partes) Idade Média Rotação de cultura: a terra é trabalhada com culturas diferentes, além de que sempre terá uma parte em repouso a cada ano. Isso ajuda muito na fertilidade do solo, ao reter nutrientes das culturas plantadas em cada lote Campo Primeiro ano Segundo ano Terceiro ano I Plantação de cevada Campo em repouso Plantação de trigo II Plantação de trigo Plantação de cevada Campo em repouso III Campo em repouso Plantação de trigo Plantação de cevada Arroteamento das terras (drenagens de pântanos e derrubada de florestas) Moinho de vento e de água Charrua de rodas (parecido com um arado, porém abre mais profundamente o sulco da terra) Armação rígida na atrelagem dos cavalos para o uso na tração animal Idade Média O renascimento comercial foi consolidado com as Cruzadas (movimento de caráter religioso, mas também de caráter político e econômico) Os cruzadistas, ao expulsarem os árabes do mar Mediterrâneo, dão início à ascensão das cidades italianas no comércio mediterrâneo Com o comércio crescendo na Europa, as cidades ressurgem (renascimento urbano) Renascimento comercial e urbano Mundo medieval entra em declínio (século XIV), com as mudanças econômicas (comércio e as Grandes Navegações), políticas (centralização do poder nas mãos dos reis), religiosas (Reforma Protestante e Contrarreforma), culturais (valorização do homem) e sociais (mercadores) 37 38 39 40 41 42 8 Permitiu aos europeus a expansão marítima, comercial e colonial Lado positivo: troca cultural e de produtos agropecuários Lado negativo: colonizadores impuseram seu modo de vida, sua cultura e sua religião aos povos dominados Grandes Navegações Implantaram o sistema colonial (colonização de exploração e a colonização de povoamento) Colônias de exploração (América e África) estruturadas para uma agricultura voltada à exportação, para atender à demanda econômica das suas metrópoles Os acontecimentos históricos (independências das colônias, revoluções, grandes guerras) geraram mudanças no setor agrícola (desenvolvimento de técnicas, equipamentos, pesquisas e insumos) Mesoamérica (maia, inca e asteca) Terraceamento (formar terraços ao longo das encostas das montanhas) Nas áreas pantanosas e nas planícies alagadas usavam os campos elevados para cultivar alimentos (...) Agricultura pelo mundo (...) Os astecas introduziram a chinampas (lotes flutuantes de terra colocados no topo de camadas da vegetação aquática) Na parte Oeste do território inca (área desértica), a agricultura se desenvolveu pela irrigação dos rios originários da Cordilheira dos Andes Agricultura pelo mundo Nos países árabes a agricultura se desenvolveu pelo uso da irrigação, terraplanagem dos terrenos e com pequenas propriedades que eram cultivadas pelos seus donos Grandes propriedades que usavam escravos, servos ou homens livres (os rendeiros) para trabalharem nessas terras A agricultura da China se desenvolveu na parte leste na Grande Planície cortada por dois rios que nascem nas montanhas, o rio Huang-Ho (rio Amarelo) e o rio Yang-Tsé- Kiang (rio Azul) Com as chuvas, o rio enche e alaga boa parte da planície. Esse é o momento de irrigar as terras e cultivar o arroz A poeira amarelada trazida pelo vento ajuda fertilizar as terras agrícolas 43 44 45 46 47 48 9 Índia: Imenso território, com diversidades nas suas condições naturais (planícies e planaltos) e dois rios importantes para a economia regional, o rio Indo e o rio Ganges (considerado um rio sagrado para os hindus) Agricultura indiana, durante muito tempo foi a base da economia. Era cultivada por irrigação através de grandes canais (arroz, trigo, algodão, cevada e tâmaras) (...) (...) Criação de animais (bovinos, carneiros e porcos) faziam parte do desenvolvimento econômico do país Revoluções agrícolas Revolução agrícola: técnicas e tecnologias para obter alimentos através de alteração de suas formas de produção, na dinâmica do processo ou até mesmo modificando sua forma genética Primeira Revolução Agrícola (ocorrida há cerca de 10 mil anos) - transição do nomadismo para o sedentarismo Segunda Revolução Agrícola: ocorrida na Europa, entre os séculos XVIII e o XIX, com o uso de técnicas para aumentar sua produção, produtividade e seu rendimento Rotação de cultura Variados tipos de sementes Implantação de novos cultivares (batata e o milho) Emprego de cavalos (plantio até a colheita) Investimentos em pesquisas nas áreas de solo e de nutrientes (fertilizantes) Concentração de terras (latifúndios) Aumento da atividade pecuária (alimentos, subprodutos e tração animal) Atraiu inúmeros trabalhadores do meio rural, que estavam perdendo suas terras com a formação dos grandes latifúndios Introdução da mecanização agrícola substituindo a tração animal (tratores e implementos - arados, semeadeiras, pulverizadores e colheitadeiras) – aumento da produção agrícola Revolução Industrial 49 50 51 52 53 54 10 Terceira Revolução Agrícola pós-guerra A Revolução Verde impactou o desenvolvimento da produção das commodities, além de avanços de pesquisas (fertilizantes e de agroquímicos) Modernização: investimentos de governos, principalmente de países desenvolvidos, instituições de pesquisas nas universidades e do setor privado Revolução Verde Desenvolver pesquisas agropecuárias, visando o aumento de produtividade, inserção de novas técnicas e tecnologias para a realidade brasileiraGrande avanço e mudanças de paradigmas produtivos EMBRAPA Quarta Revolução Agrícola: uso de modernas tecnologias Garantir a segurança alimentar, mas conectada com a conservação ambiental Qualidade do alimento e de como ele é produzido (produtividade) Agricultura 4.0 Revolução Ambiental: modelo de produção pautado na sustentabilidade Buscar políticas públicas para atender às necessidades de tecnologias que transformem o setor agropecuário (...) Quinta Revolução Agrícola (...) Novas tecnologias e as políticas públicas: gerar mais produtividade, mas com consciência nos problemas sociais - erradicação da fome e da pobreza, melhoria da saúde através de uma alimentação de qualidade e o cuidado com o meio ambiente Quinta Revolução Agrícola Desenvolvimento do agronegócio 55 56 57 58 59 60 11 Conceito de agronegócio (1957) - professores da Universidade de Harvard, Goldberg e Davis introduziram o termo Agribusiness por entender que a nova agricultura estava passando por transformações Abrange todas as fases de transformação dos produtos agrícolas até a chegada ao consumidor final Brasil, segundo Araújo (2007, p. 16) “essa nova visão de ‘agricultura’ levou algum tempo para chegar. Só a partir da década de 1980 começa haver a difusão do termo, ainda em inglês” Movimentos regionais surgiram em São Paulo, na USP, com o Programa de Estudos de Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa), e no Rio Grande do Sul, com a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) (...) (...) Na década de 90, o termo agronegócio passou a ser usado pelos jornais, nos livros e no surgimento de cursos superiores que o abordavam O termo faz parte da economia brasileira Cadeia produtiva: Antes da porteira (antes da produção de alimentos, fornecendo insumos, máquinas e implementos e tecnologias) Dentro da porteira (produção do alimento, seja de origem vegetal e/ou animal) (...) Produção de alimento (...) Depois da porteira (ocorre depois que a produção do alimento acontece na propriedade, passando por processamento na agroindústria, logística, transporte e comercialização dos produtos até chegar ao consumidor final) Produção de alimento Vários segmentos da economia agropecuária - (grande, média ou pequena propriedade, familiar, quilombola), tipo de atividade e segmento tecnológico, mas inserido em uma cadeia produtiva (tecnologias, comercialização dos produtos ou serviços) Mercado agropecuário e turístico rural com uma visão ampla de que este mercado está disponível para todos. É o empreendedorismo rural (...) Agronegócio 61 62 63 64 65 66 12 (...) Mercado bem competitivo - fazer planejamento, buscar conhecimento de mercado (plano de negócio) e estar sempre “antenado” aos avanços das pesquisas e das tecnologias para aplicá-las no seu negócio (visão de cadeia produtiva) Agronegócio Saldo do desenvolvimento agrícola brasileiro A história da formação do Brasil passa pelo pré-Cabral, quando os indígenas tinham o seu modo de produção agrícola Pós-Cabral: um Brasil voltado para a produção de monoculturas exportadoras para o enriquecimento da metrópole (Portugal) Desenvolvimento agrícola Independência (1822) formando um Brasil imperial, mas a economia continuava sendo exportação monocultora de café Agricultura de subsistência: depender de importação de produtos agrícolas que não eram produzidos aqui – trigo República (1889), base econômica era agroexportadora de café. Não havia um pensamento por parte do governo e dos grandes latifundiários de diversificação de culturas Em 1929, com a queda da Bolsa de New York, tudo mudou (países que compravam café do Brasil simplesmente pararam de comprar) Mudanças no modo de produção agrícola: diversificar os cultivos para não ficar dependentes economicamente de outros países, seja na venda dos nossos produtos agrícolas como na dependência das importações Décadas de 50 e 60: a agricultura brasileira estava atrasada (baixo rendimento de produção por hectare - não havia difusão de tecnologias e de informação) Extensas áreas de matas naturais eram desmatadas para serem usadas em lavouras e para pastagens, causando um desequilíbrio ecológico, erosão e assoreamento de rios Ineficiência no meio rural e, com a industrialização nas cidades, ocorre o êxodo rural (parte da população rural migra para as cidades em busca de uma melhor qualidade de vida) 67 68 69 70 71 72 13 Para o Brasil crescer no setor agropecuário era preciso investir em pesquisas para atender as nossas demandas Em 07 de dezembro de 1972, o governo brasileiro sancionou a Lei nº 5.851, que criou a Embrapa, com o objetivo de iniciar as pesquisas que atendessem às realidades agrícolas e introduzissem as tecnologias voltadas para a realidade do país Objetivo: funcionar como ligação das pesquisas e sua implantação no campo Governo instituiu políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor agropecuário (investimentos em pesquisas e tecnologias, crédito rural e o trabalho de extensionismo rural) Explosão de produtividade na agricultura e na pecuária, o Brasil figura entre os países mais importantes no setor do agronegócio Brasil: um player de sucesso Extensas áreas agricultáveis Relevo (médias e pequenas altitudes) Água em quantidade Luminosidade e calor Pesquisas desenvolvidas (centros de pesquisas e universidades) (...) (...) Políticas públicas Profissionais das agrárias (agrônomos, veterinários, zootecnistas, tecnólogos e técnicos agrícolas) que atuam para dar suporte aos agricultores 73 74 75 76 1 Profª Maria de Fatima Medeiros Introdução à Agricultura Aula 2 Conversa Inicial Evolução da agricultura nas áreas científicas e tecnológicas Pesquisas e desenvolvimento do setor agropecuário Linha de conhecimento científico e tecnológico para o desenvolvimento Ciências agrárias A pesquisa e o desenvolvimento da área rural têm evoluído para atender à demanda do setor Melhoramento genético Propagação vegetativa Métodos de ganhos genéticos para uma melhor produção e produtividade Agricultura 4.0 Conhecimento científico e tecnológico da agricultura Primeira revolução agrícola ocorreu no Período Neolítico (desenvolvimento da agricultura e domesticação dos animais) Entre a primeira e segunda revolução, várias técnicas e tecnologias: revolução do regadio (uso de canais de irrigação), o arado, uso da tração animal, rotação de culturas (...) Revoluções agrícolas 1 2 3 4 5 6 2 (...) Segunda revolução (séculos XVIII e XIX): evoluções na área de sementes, de novos cultivares, investimentos em pesquisas para a área de solo e de fertilizantes Terceira revolução ou Revolução Verde (inovações tecnológicas: genética, mecanização e uso dos fertilizantes químicos e agroquímicos) (...) (...) Governos e instituições de pesquisas investiram em agricultura moderna (objetivo de erradicar a fome) Uso de áreas agrícolas com práticas monocultoras, excesso de fertilizantes e agroquímicos... O meio ambiente estava sofrendo as consequências (erosão, perda de fertilidade, desmatamento, contaminação do solo e da água, perda da biodiversidade, entre outras) (...) (...) Quarta revolução ou Agricultura 4.0: garantir uma segurança alimentar através de tecnologias conectadas com a conservação ambiental Tecnologias incorporadas ao modo de produção (aumentar a produtividade, porém com redução de custos, com alimento de qualidade e a preocupação com a sustentabilidade) (...) (...) Quinta revolução: preocupada com as questões ambientais, busca políticas públicas voltadas a tecnologias que gerem produtividade, porém com consciência social e ambiental Tomadas de decisões alinhadas com uma produção mais limpa, preocupada com o meio ambiente, para assim obter alimentos mais saudáveis Voltada para um ambiente que proporcione múltiplas informações, mas inclua os conhecimentos práticos dos agricultores Desenvolvimento de um cultivo vaialém dos tratos culturais normais (plantio, manejo da cultura e a colheita); conta com tecnologia em produção de sementes (produtividade) (...) Inovação tecnológica (...) Setor pecuário: inovações no manejo de criação, no manejo genético e nos tratos veterinários, para obter maior ganho de produção Cadeia produtiva eficiente: gestão voltada para um planejamento adequado (melhorias na logística para o escoamento da produção) Investir em tecnologia 7 8 9 10 11 12 3 Utilizar em benefício da produção, para atingir a produtividade e a rentabilidade Ter mais segurança na produção, gerando resultados satisfatórios e com retorno financeiro (...) Tecnologias (...) Brasil é um país que desponta no setor agropecuário (produção de commodities, agricultura familiar, agricultura orgânica e sistema agrossilvipastoril) Instituições públicas e privadas (Embrapa – pesquisas para atender à realidade do país) (...) (...) Diferentes tendências de tecnologias – uso de sensores às máquinas e implementos (equipamentos autônomos), a internet das coisas (IoT), softwares para melhoria da produção, inteligência artificial, robótica, drones e outras (...) Evitando os desperdícios de insumos e, ainda, controlando o consumo da água e do meio ambiente, usando-os de maneira sustentável Mão de obra mais capacitada para entender e operar todos os processos Agricultura e o desenvolvimento rural Origem da palavra agricultura: o termo é derivado do latim: ager (campo) e cultura (cultivo de plantas) No dicionário Michaelis significa: “arte de cultivar a terra e plantas” e “conjunto de práticas que visam preparar o solo para a produção de vegetais e a criação de animais úteis e necessários ao homem” (...) 13 14 15 16 17 18 4 Agricultura: desde o seu surgimento, há 10 mil anos, existiu o desenvolvimento do meio rural através da aplicação de técnicas e de estilos de cultivos, do uso de tecnologias e inovações Desenvolvimento rural: marcado por práticas agrícolas que foram se modificando ao longo da história da agricultura Início com mudanças mais lentas, mas com a evolução das pesquisas e das tecnologias. O desenvolvimento rural foi se aprimorando e se diversificando Estilo de agricultura: Processos de desenvolvimento rural podem alterar boa parte das realidades das propriedades agrícolas, independentemente da sua localização Exploração das terras agrícolas deve ser compatível com a conservação da natureza (necessárias inovações e tecnologias que levem em consideração atitudes e regras ambientais) (...) (...) Melhor produtividade, com qualidade dos produtos agrícolas e mais rendimento para o produtor rural, sem prejudicar o meio ambiente Pós-guerra, o mundo se tornou bipolar: de um lado, o bloco capitalista, e do outro, o bloco socialista, dando início ao período conhecido como Guerra Fria Tecnologias utilizadas no período da guerra foram direcionadas para o uso na agricultura (...) Desenvolvimento rural brasileiro (...) Revolução Verde: transformou as atividades agrícola e pecuária dependentes de tecnologias e inovações dos grandes centros de pesquisas de países que dominavam as áreas de insumos e maquinários Navarro (2001, p. 84) afirma: “A noção de desenvolvimento rural, naqueles anos, certamente foi moldado pelo ‘espírito da época’, com o ímpeto modernizante (e seus significados e trajetórias) orientando também as ações realizadas em nome do desenvolvimento rural” 19 20 21 22 23 24 5 Qual era a direção da economia brasileira? Na Era Vargas (1930-1945), o país atravessou uma forte recessão devido aos acontecimentos nos Estados Unidos (quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929) O café, produto de exportação, perdeu mercado e ocasionou falências de vários produtores rurais (...) (...) Eram necessárias mudanças: diversificar a produção, para não continuar a ser dependente de um único produto, e implantar indústrias pesadas (Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia do Vale do Rio Doce) No Governo de Dutra (1946-1950), o Brasil se alinhou ao bloco capitalista. Criou o Plano Salte (investir em áreas essenciais: saúde, alimentação, transporte e energia) (...) (...) No governo de Getúlio Vargas (1951-1954), ocorreu o desenvolvimento econômico devido à exploração de recursos (petróleo e energia). Em 1953, surge a Petrobras com o slogan: “O petróleo é nosso” A industrialização continuou a ser implantada e diversificada com os novos governos, desde Juscelino Kubitschek até os dias de hoje (...) Agricultura brasileira no pós-guerra: Continuava a ser um país com forte tendência agrícola Quando a Revolução Verde chegou, muitas técnicas e tecnologias foram introduzidas (como o uso de variedades de sementes, fertilizantes químicos, agroquímicos, maquinários e implementos) (...) (...) Muitas terras foram desbravadas nas regiões do Centro-Oeste e Norte para o cultivo de grãos e a criação de bovinos de corte Desenvolvimento rural brasileiro: avanço orientado por programas governamentais e pela criação de instituições de pesquisas, como a Embrapa e a entrada de empresas transnacionais nas áreas de insumos, maquinários e implementos Valorização mais abrangente do meio rural, com esforços sociopolíticos, culturais e ambientais Setor que se preocupa com a qualidade de vida, alimentos de qualidade e sustentabilidade 25 26 27 28 29 30 6 Novo desafio (MMA – Ministério do Meio Ambiente): Consenso entre a produção e a proteção ao meio ambiente (políticas agrícolas e ambientais que caminhem para um desenvolvimento rural sustentável) Assegurem o crescimento econômico, mas reduzam as desigualdades sociais (fome e pobreza) e lutem pela conservação do meio ambiente (...) (...) Desenvolvimento rural sustentável envolve incentivar as comunidades agrícolas a utilizarem de maneira adequada os recursos naturais (solo, água...) com base na sustentabilidade Melhoramento genético Processo de selecionar ou de modificar o material genético de plantas ou de animais, com o objetivo de conseguir as características genéticas ideais desses seres vivos Desenvolver as qualidades ou até adicionar características Exemplo: transgenia (organismo geneticamente modificado) Engenharia genética e biotecnologia têm ampliado seus estudos utilizando tecnologias avançadas DNA: Molécula responsável pela hereditariedade do ser vivo Avanço do estudo do genoma (sequência completa de DNA) feito pela engenharia genética para interferir nos genes de sementes e de espécies de animais (...) (...) Preservação das características consideradas importantes para os objetivos especificados, tais como: aumentar a produtividade, promover alto teor nutricional, criar cultivares adaptadas e resistentes a doenças e pragas 31 32 33 34 35 36 7 Ovelha Dolly: Em 1996, na Escócia, os pesquisadores conseguiram fazer a primeira clonagem de um mamífero (ovelha) a partir de uma célula somática adulta Desenvolvimento de tecnologia de clones, estudos das células-troncos e da medicina regenerativa Biólogo, botânico e monge agostiniano Descoberta das leis da genética por Mendel, no século XIX, mudou o rumo da biologia Experiências de hibridação (cruzar espécies diferentes) ao plantar ervilhas-de-cheiro (...) Legado de Mendel Leis de hereditariedade: Lei de Segregação ou Monoibridismo: existe característica dominante e recessiva nos híbridos Lei de Segregação Independente ou Diibridismo: a herança da cor é independente da herança da superfície da semente Organismos geneticamente modificados Engenharia genética e biotecnologia avançaram nos estudos e nas pesquisas sobre o DNA (ácido desoxirribonucleico) de plantas e de animais (...) Transgênicos (...) Melhorar ou até mesmo criar características que dificilmente seriam naturalmente produzidas Resistência a pragas e doenças, e produzir cultivares mais ricos em vitaminas, para obter um alimento de melhor qualidade(...) Termo é associado a alimentos a partir da agricultura, como a produção de grãos (soja, milho...) Modificação genética: manipulação do DNA (conjunto de tecnologias aplicadas no DNA recombinante para mudar a composição genética), por fusão celular (fundir células para criar um híbrido, ou seja, cruzamento entre dois genitores com diferença genética) 37 38 39 40 41 42 8 Manipulação genética é nociva à saúde humana? Uma discussão sem fim. Por um lado, a existência de defensores do uso da transgenia e, do outro lado, os que se preocupam com a questão da saúde da população ao consumir direta e indiretamente produtos produzidos com matérias-primas transgênicas Legislação brasileira: Decreto n. 4.680/2003 sobre a rotulagem dos produtos transgênicos Rótulos dos produtos (verificar a procedência, a validade e os ingredientes presentes nos produtos) Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, órgão que analisa e avalia as plantas transgênicas quanto à biossegurança por meio da Lei n. 11.105/2005 Legislação prevê que para trabalhar com biotecnologia no Brasil é necessário o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB), emitido pela CTNBio Embrapa: desenvolve pesquisas na área de manipulação genética de plantas para torná- las mais tolerantes ou resistentes a doenças, consequentemente reduzindo o uso de agroquímicos e contribuindo com uma agricultura mais produtiva Procedimentos para garantir produtos de qualidade Consumidores brasileiros se preocupam com a segurança quanto a produtos geneticamente modificados Necessário unir a biotecnologia e a biossegurança para uma segurança alimentar Propagação vegetativa 43 44 45 46 47 48 9 Envolve a morfologia, a fisiologia e a botânica Técnica antiga Multiplicação assexuada que usa partes de plantas, como células, tecidos, órgãos ou propágulos (estruturas formadas por células meristemáticas que soltam de uma planta adulta originando uma nova planta) Originar plantas quase idênticas à planta-mãe Sexuada: gametas masculino e feminino se unem para a fecundação originando um zigoto Assexuada: a propagação é feita com partes da planta-mãe para originar uma planta quase idêntica e com características genéticas importantes para o desenvolvimento vegetativo Reprodução das plantas Espontânea: através das estruturas da planta, como sementes, tubérculos ou bulbos e rizomas Induzida: técnicas que utilizam meios artificiais para acelerar o crescimento, formar e padronizar plantas para comercialização Propagação vegetativa assexuada Escolher a planta-mãe que atenda às necessidades e características desejadas para a multiplicação dos clones Formas de propagação assexuada Divisão de touceiras: Cortar o rizoma subterrâneo da planta-mãe para não romper as gemas de brotação e nem o sistema radicular Cada pedaço (conhecido como filho) gera nova planta (...) Principais técnicas Estaquia: Fragmento de uma planta que vai se regenerar ao ser colocado em substrato Partes das plantas: ramos, folhas, pedaços de folhas 49 50 51 52 53 54 10 Enxertia: Duas partes do tecido vegetal entram em contato e acabam se unindo para originar uma nova planta Enxerto ou garfo e o porta-enxerto ou cavalo Enxertia por borbulhia ou por gema: Colocar uma gema sobre o porta-enxerto que esteja enraizado, isto é, juntar a casca da planta denominada enxerto que contém a gema em outra planta que denominamos de porta-enxerto Enxertia por encostia ou por aproximação: União lateral de duas plantas inteiras com o seus sistemas radiculares independentes, visto que o enxerto e o porta-enxerto permanecem unidos até ficar completamente formada essa junção (entre 30 a 60 dias) Enxertia por garfagem: Retirar um pedaço de um ramo da planta- mãe, denominado de garfo ou enxerto Garfos são cortados em forma de bisel ou cunha, com duas ou mais gemas, que serão colocados no porta-enxerto ou cavalo Para evitar contaminação por patógeno, coloca-se fita ou parafina para ajudar no processo de cicatrização Alporquia: Ramo escolhido precisa estar ligado à planta-mãe, ou seja, deve estar na parte aérea e ter de 2 a 3 cm de diâmetro O ramo não pode ter brotação para que possa fazer o anelamento, em torno de 3 a 5 cm de largura (...) (...) No anelamento, retirar o floema (casca) e cobrir com substrato umedecido. Envolver este local com plástico transparente para evitar a perda de água Retirar o ramo, pois já é uma nova muda e com raiz 55 56 57 58 59 60 11 Mergulhia: Pegar um ramo flexível e de fácil manejo da planta-mãe, sem separá-lo, para mergulhar em solo até atingir o enraizamento Pela ausência de luz, o enraizamento ocorre devido ao acúmulo de auxinas (hormônios endógenos) Colocar em local isento de patógenos Para a planta crescer ereta, colocar um tutor no ramo flexível Cultura in vitro: Selecionar as características desejáveis da cultura e evitar as indesejáveis Obter o material livre de contaminantes, e que seja compatível com as condições de se trabalhar in vitro para que o melhoramento genético (DNA) consiga ser multiplicado Em ambientes que controlam a luz, a temperatura, a umidade e a contaminação Multiplicar espécies vegetais clonando genótipos de plantas com potencial econômico, por exemplo, ou para proteger espécies vegetais que estejam caminho da extinção, ou ainda para produzir quantidade de plantas com pouco material vegetal original e/ou plantas para aumentar o estoque natural de espécies vegetais silvestres (...) Micropropagação (...) Avaliar e estudar os efeitos causados por vários agentes patogênicos, como bactérias, fungos e vírus que atacam as espécies vegetais Agricultura 4.0 Derivado do conceito Indústria 4.0, que surgiu na Conferência de Hannover, na Alemanha em 2011 Integração de diversas tecnologias e inovações da área industrial, como a Internet das Coisas, sensores remotos, Big Data, entre outras 61 62 63 64 65 66 12 Aproveitamento para serem aplicadas no meio agrícola, aprimorando o monitoramento das práticas agropecuárias e ajudando nas tomadas de decisões Agricultura de precisão, automação de máquinas e implementos agrícolas, robótica aplicada nas fazendas digitais (ajudando na localização de precisão e informação para gerir todo o andamento da fazenda e cultivar de forma sustentável os alimentos) (...) (...) Fazendas inteligentes (o agricultor integra suas atividades rurais com informações digitais, sendo possível assim tomar decisões de forma mais assertiva) Tecnologia veio para aumentar a produtividade, mas é preciso contar com uma maior eficiência no uso dos insumos, buscar melhoria na qualidade e na segurança dos trabalhadores, reduzir os custos de mão de obra e ajudar a diminuir os impactos ambientais (...) (...) Uniformidade no campo, pois há diminuição no uso de insumos (fertilizantes e agroquímicos) e na redução do uso de água Aumentar a produtividade Auxiliar a coleta de dados e transformá-los em informação, como o tipo e a qualidade do solo, a necessidade de adubação, o clima predominante da área, o nível do uso de água em irrigação, a presença de vetores (pragas e doenças), entre outros São revolucionárias Exemplos: impressão 3D de alimentos, cultivo de carne, modificação genética, agricultura com o uso de água do mar e cultivo de alimentos em regiões áridas, isso sendo possível com o uso de recursos limpos (sol, vento, água do mar) (...) Inovações na agricultura Sistemas para o aproveitamento de recursos de energia solar e eólica Técnicas para dessalinização de água salobra, para que essa água possa ser utilizada na agricultura hidropônica (cultivo de plantas em água com solução nutritiva) Implantação de agricultura em áreas desérticas com adaptação por meio de melhoramento genético, para regular o crescimento e hormônios em sementes e plantas (...) (...) Cultivo feitoem oceanos – as fazendas marinhas (cultivo e criação de espécies aquáticas) Esse modelo de produção passa a ser uma alternativa sustentável para evitar a pesca predatória que danifica o meio ambiente aquático (...) 67 68 69 70 71 72 13 (...) Fazendas verticais, utilizando as técnicas de hidroponia (cultivo em água com solução nutritiva) e aeroponia (cultivo com as plantas suspensas no ar e as raízes sem contato com solo ou substrato) Ambiente de pouco solo, com o uso de pouca água e menos insumos (fertilizantes, agroquímicos), mas com alta produtividade (...) Embalagens produzidas com durabilidade parecida com o plástico, mas biodegradáveis (fácil decomposição, sem deixar resíduos tóxicos na natureza): as embalagens sustentáveis (...) Agricultura de precisão: Monitoramento e controle do local para que ocorra uma precisão nas operações no cultivo ou no deslocamento do rebanho Objetivo: fornecer exatamente o que a cultura necessita para produzir e atingir a produtividade, e o rebanho ganhar peso, a ambiência de produção e o seu bem-estar (...) (...) Drone (veículo aéreo não tripulado) é uma tecnologia de fácil acesso para os produtores rurais. Essa ferramenta apresenta sensores e resolução de imagem que ajudam o agricultor a acompanhar em tempo real o desenvolvimento da lavoura ou do rebanho (...) (...) Proteína animal – buscar alternativas por meio de estudos para produzir em laboratório carne de células de animais ou com a utilização de algas (proteína) para substituir a carne (...) (...) Insumos sustentáveis (adubação orgânica, compostagem, adubação verde) são os chamados eco-friendly (amigáveis à natureza) – produtos com baixo teor de aditivos sintéticos (...) 73 74 75 76 77 78 14 (...) Aplicativos (Apps): permitem que o alimento produzido não seja desperdiçado, havendo uma conexão entre as pessoas para que a produção excedente possa ser compartilhada (...) Abelhas-robôs: abelhas têm um papel fundamental na polinização das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos. O número de abelhas está caindo, devido a uma série de problemas causados pelo homem, como o aquecimento global, o uso de agroquímicos e o desmatamento Nova revolução agrícola, tendo a tecnologia e as inovações como meios para aumentar a produtividade, diminuir o uso de insumos e obter os dados em tempo real, viabilizando tomar decisões mais assertivas e racionalizar o uso dos recursos naturais, em busca da sustentabilidade do setor (...) Agricultura 4.0 (...) Envolvimento nas questões ambientais ao se posicionar em busca de soluções para o uso inadequado do solo, aquecimento global, uso excessivo de insumos, poluição e desperdício de água e de alimentos 79 80 81 82 1 Prof. Maria de Fatima Medeiros Introdução à Agricultura Aula 3 Conversa Inicial Questões agroecológicas Papel fundamental das cooperativas e associações ligadas ao setor agrícola Busca de uma convivência mais harmônica entre o homem e a sustentabilidade Agroecologia Agroecologia: produção ecologicamente sustentável Inter-relação entre os fatores agroecológicos e socioeconômicos Importância das cadeias produtivas na fixação do homem no campo Sustentabilidade (uso e conservação do solo e da água) Cooperativismo e associativismo Agroecologia Agricultura menos agressiva ao meio ambiente, na qual se aplicam técnicas e práticas ecologicamente sustentáveis Surgiu em 1928 em uma publicação feita pelo agrônomo russo Basil Bensin, mas o termo ganhou força a partir das décadas de 1970 e 1980 quando foi alçada a ciência Agroecologia 1 2 3 4 5 6 2 Incorporou entre seus atributos uma série de ciências (ecologia, agronomia, antropologia, sociologia, geografia, zootecnia, biologia, botânica etc.) junto com os conhecimentos tradicionais dos agricultores Maneira de contrapor aos modelos agrícolas convencionais, pois se configura como uma agricultura sustentável que caminha para o equilíbrio ecológico e a produção de alimentos saudáveis (segurança alimentar) Conhecimento científico com caráter multidisciplinar, pois permite um aprofundamento de estudos, análises e avaliação dos agroecossistemas Surgimento da agroecologia: por meio da interação entre produtores rurais com pesquisadores e professores em busca de estratégias mais sustentáveis para produções agrícolas Agroecologia “incorpora o funcionamento ecológico necessário para uma agricultura sustentável, mas ao mesmo tempo introjeta princípios de equidade na produção, de maneira que suas práticas permitam um acesso igualitário aos meios de vida” (Leff, 2002, p. 39) Minimizar o uso de agroquímicos nas culturas (ação de mudar as técnicas convencionais por técnicas e práticas voltadas à sustentabilidade na produção) Não pode ser confundido com um modelo agrícola; é sim uma maneira de retomar as concepções agronômicas que ocorriam antes da Revolução Verde Está presente na agricultura familiar, na agricultura orgânica, nos assentamentos, nas áreas quilombolas e nas áreas indígenas Seu objetivo é superar todos os danos causados ao meio ambiente com práticas agrícolas convencionais Relacionadas com conceitos ligados à sustentabilidade e à justiça social Termo sustentabilidade: engloba vários aspectos que cumprem um direcionamento para atender às questões sociais, econômicas, políticas, culturais, éticas e ambientais A pesquisa na área de agroecologia tem por objetivo aprimorar o equilíbrio do agroecossistema Práticas agroecológicas 7 8 9 10 11 12 3 Visa unir a teoria com as práticas utilizadas nos agroecossistemas a fim de preservar a biodiversidade, utilizar os insumos locais e em longo prazo intensificar a produtividade São experimentadas por agricultores, na maioria pertencentes à agricultura familiar que gera sua autossuficiência para o desenvolvimento da sua propriedade rural (integrar vários sistemas produtivos) Manejo ecológico é prioridade nesse tipo de agricultura. Para isso é necessário, por exemplo, conservar o solo, diversificar os cultivos, usar sementes nativas, preservar a água e utilizar defensivos orgânicos e biofertilizantes Visão sistêmica: entender a relação entre todos os elementos da natureza e de como eles se comportam na produção agrícola sustentável Exemplo: em um local onde será plantada uma cultura, é necessário observar o solo, o clima, as plantas espontâneas (presentes no local), os insetos, a água, enfim observar todos os elementos para entender como estão interagindo e sua interligação Uma relação de simbiose (reciprocidade entre organismos que dependem um do outro para sobreviver) O ambiente agroecológico é marcado pela cooperação entre as comunidades rurais de pequenos agricultores (agricultura familiar, quilombolas, assentamentos etc.), assim ocorre uma associação na produção e na comercialização dos produtos São os movimentos sociais que envolvem todos os trabalhadores Políticas públicas: crédito rural, assistência técnica e extensionismo, assentamentos de reforma agrária Fatores agroecológicos e socioeconômicos e suas inter-relações na agricultura Produções agrícolas são voltadas para a segurança alimentar e para o desenvolvimento socioeconômico Impactos ambientais devem ser controlados para evitar perda nutricional do solo, erosão, poluição das águas, uso excessivo de insumos químicos, entre outros Atividades agrícolas devem seguir uma tendência voltada à sustentabilidade 13 14 15 16 17 18 4 Alternativa aos agricultores que desejam uma produção de alimentos mais saudáveis e que atendam às necessidades dos consumidores que optaram por produtos livres de agroquímicos Ciência que estuda maneiras de desenvolver uma agricultura voltada para práticas agrícolas amigas do meio ambiente Agroecologia Diversos fatores (ambiental, social, econômico e cultural) são aplicados para que a ação humana junto com a relação socioeconômica leve a um desenvolvimentode base sustentável Uma inter-relação entre a agricultura e o processo das relações ecológicas aplicadas no setor rural e também no setor urbano O termo agroecologia já foi usado como uma maneira de demarcar um zoneamento agroecológico, região onde há um conhecimento técnico-científico de sua capacidade e vulnerabilidade ambiental, e tendo como meta o uso agrícola, além de levar em conta as características socioeconômicas e culturais Passou a ser aplicado, a partir de 1980, com conceitos ligados à ecologia e também como agroecossistemas sustentáveis Direitos humanos ao meio ambiente Práticas agroecológicas: cultivo de alimentos livres de agroquímicos, agricultura familiar, sem exploração de mão de obra, cuidado com meio ambiente, entre outras Agroecologia tem um papel predominante nas questões dos direitos humanos, porque prioriza segurança alimentar e nutricional, sustentabilidade, direito à terra (reforma agrária), moradia, trabalho Direitos humanos Em 10 de dezembro de 1948, em Paris, França, surgiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) É um documento que estabelece a proteção aos direitos humanos (direito à vida, à liberdade, à educação, à moradia e ao trabalho) para todas as pessoas Direitos humanos aplicados às práticas agroecológicas geram respeito às pessoas envolvidas e ao meio ambiente Para desenvolver o meio agrícola sustentável, é preciso haver políticas públicas que atendam à demanda do setor que trabalha com técnicas e pesquisas agroecológicas, garantindo a segurança alimentar e nutricional O equilíbrio do uso dos recursos naturais com base na viabilidade socioeconômica deve levar em conta a complexa inter-relação entre o ser humano e o meio ambiente, seja na área rural e/ou urbana 19 20 21 22 23 24 5 Termo usado quando o ser humano modifica o ecossistema original, para produzir recursos (alimentos e bens) e assim poder sobreviver Essa interferência faz com que o homem (agricultor) passe a ter o controle dessa área, implantando atividades para seu benefício Sistema de produção no qual o agricultor explora a área com atividades agropecuárias ou agrossilvipastoris Agroecossistemas Agroecossistema moderno Utiliza o ambiente de maneira exploratória, ou seja, adapta o agroecossistema para exploração econômica Usa insumos químicos, técnicas e tecnologias, sementes modificadas, maquinários pesados; a maioria prioriza a monocultura de commodity, procura adaptar as condições locais para atender a atividade agrícola e/ou pecuária Essa interferência impacta o meio ambiente, reduzindo a biodiversidade dentro e fora da propriedade Agroecossistema tradicional Tem como característica a não dependência de insumos comerciais (químicos), preferindo utilizar recursos encontrados na região, assim se adapta às condições locais A capacidade produtiva é menor que o do agroecossistema moderno, mas prioriza o atendimento à demanda da comunidade O ecossistema original quase não sofre alteração, é pouco impactado, tanto dentro como fora da propriedade Fixação do homem no campo A realidade rural brasileira passou por uma série de mudanças ao longo da história Período colonial: Brasil voltado para o meio rural, tendo como principal vertente econômica a venda de produtos agrícolas para o mercado externo Período imperial: a partir da metade do século XIX, implanta-se uma industrialização para fabricar produtos a fim de competir com os produtos importados Movimento industrial: consequência da política alfandegária (Tarifa Alves Branco - aumentar os impostos de produtos industriais vindos de fora), proibição do tráfico negreiro e vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas cidades 25 26 27 28 29 30 6 O governo não conseguia alavancar a economia, que mantinha o cultivo de café como a base econômica Somente no final do período imperial é que a indústria teve um crescimento, com fábricas voltadas à produção de alimentos e de tecidos Período inicial da república: a economia continuava sendo rural, centrada no café, o principal produto de exportação São Paulo, nessa época, era o maior produtor de café. O estado concentrava a riqueza e passou a investir na industrialização A indústria brasileira ganha mais relevância com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), devido à dificuldade de importação Fatos históricos que ajudaram na industrialização: Grande Depressão de 1929, Era Vargas, Segunda Guerra Mundial, governo de Juscelino Kubitschek, Era Militar, entre outros A industrialização foi crescendo e atraindo mais pessoas para trabalhar nas cidades, ocorrendo o êxodo rural As cidades não estavam preparadas para receber essas pessoas (sem planejamento urbano) gerando pobreza, desemprego e/ou subemprego, favelização, violência etc., além de falta de alimentos devido à migração rural Surgimento dos boias-frias: trabalhadores rurais que moram na periferia das cidades em más condições de vida e que são contratados por dia para trabalhar nas propriedades rurais O fato de as cidades não contarem com planejamento urbano acarretou em diversos problemas sociais e econômicos e fez com que muitos migrantes fizessem o caminho inverso (voltar para o meio rural) Tem provocado conflitos ligados à terra, como invasões, reforma agrária, assentamentos, entre outros Nesse movimento contrário (volta ao campo), procura-se ocupar esses espaços com dignidade, eficiência e sustentabilidade 31 32 33 34 35 36 7 O meio rural e seus integrantes passam a ser vistos como um empreendedorismo, independentemente do tamanho da propriedade rural O setor passa a ser lucrativo e sustentável Agricultura familiar Responsável pela produção da maioria dos alimentos e pela maior empregabilidade do setor agrícola Políticas públicas: oferecer assistência técnica e aporte financeiro Pronaf: financia projetos Lei da Agricultura Familiar (n. 11.326/2006) Tipos de agricultura Assentamentos de Reforma Agrária Áreas que buscam uma melhoria social e econômica para as pessoas que fazem parte do movimento Quilombos Comunidades descendentes dos antigos escravos Área é reconhecida pela Constituição brasileira para desenvolver a sustentabilidade local Agricultura orgânica É uma tendência de mercado visando a um consumidor interessado em consumir produtos sem insumos químicos Visa à conservação do meio ambiente e à produção de alimentos com segurança alimentar e nutricional Agricultura moderna Utiliza o que há de mais moderno na área para obter alta produtividade e rentabilidade Conta com tecnologias e pesquisas científicas desenvolvidas para o setor agrícola Agricultura intensiva Pode ser confundida com agricultura moderna, pois também tem objetivo de produzir grandes quantidades de alimentos e com rentabilidade Muitas áreas de agricultura intensiva são voltadas à produção de commodities 37 38 39 40 41 42 8 Agricultura extensiva Nesse tipo de agricultura, devido ao baixo investimento em tecnologia e inovação, resulta uma menor produtividade, pois os agricultores utilizam técnicas tradicionais e mão de obra desqualificada Agricultura patronal ou agricultura empresarial Visa a uma produção para atender ao mercado interno e externo Pode ser considerada como uma reorganização fundiária conduzida pelo Poder Público por meio do Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/1964), criado durante o governo de João Goulart É uma maneira de distribuir terras para trabalhadores rurais que não possuem terras para o seu sustento Reforma Agrária Além de propiciar acesso à terra e melhores condições de vida aos trabalhadores rurais pobres, também auxilia no desenvolvimento do país com o fortalecimento econômico dos assentamentos, gerando riqueza para o meio rural e para o meio urbano O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) busca uma estruturação fundiária para atender à demanda dos inúmeros trabalhadores rurais sem terra Surgiu em 1984 noParaná dentro do Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra Movimento organizado, que tem como lema central “terra para quem nela trabalha” MST Ao formar o acampamento, as famílias começam a cultivar alimentos, implantando uma cooperativa de agricultores familiares Propicia certa pressão aos governantes para que haja a desapropriação dessa propriedade rural Com a desapropriação é concedido aos trabalhadores rurais o direito sobre a terra; essa propriedade passa então a ser chamada de assentamento Uso e conservação do solo e da água 43 44 45 46 47 48 9 Elementos fundamentais para o desenvolvimento da produção agrícola: o solo e a água Usados de maneira sustentável para evitar a degradação do solo e a poluição das águas Atividades de conservação para evitar o processo de degradação do meio ambiente Sistemas de produção capazes de promover a produção agrícola, mas com sustentabilidade socioeconômica e ambiental que atenda às necessidades das gerações presentes e das futuras Utilização do uso de curva de nível, terraceamento, canais de escoamento, plantio em nível, entre outras práticas mecânicas Questão da água: a conservação visa evitar que as atividades agropecuárias contaminem os mananciais a ponto de a qualidade da água ser comprometida Uso e o manejo do solo nas áreas da bacia hidrográfica: é preciso um planejamento conservacionista, evitando o desmatamento das matas ciliares Recursos naturais (solo e água) precisam ser estruturados e manejados com práticas conservacionistas Garantir a produção de alimentos saudáveis e ao mesmo tempo buscar a preservação ambiental Pensar de forma global devido às alterações climáticas que ocorrem em função das diversas ações promovidas pelo homem ou até mesmo de forma natural Encontrar alternativas sustentáveis para que a demanda de recursos naturais não se esgote Setor agropecuário: planejar todas as atividades de acordo com a tendência da região, para evitar a degradação do solo e a contaminação das águas Regiões brasileiras sofrem com áreas erosivas: antes eram áreas agrícolas produtivas que foram degradadas, com perda de solo agricultável, sementes, insumos que são levados para os corpos hídricos (nascentes, lagos, rios, córregos etc.) causando assoreamento e contaminação das águas Sustentabilidade do solo e da água Manejo do solo e da água em áreas agrícolas: devem ser levados em consideração todos os pontos vulneráveis e suas aptidões para evitar a degradação Fazer o uso, a conservação e a recuperação de forma adequada nesses ambientes agrícolas Sustentabilidade do solo e da água leva a um desenvolvimento de sistemas sustentáveis, como as práticas agroecológicas 49 50 51 52 53 54 10 Prática agroecológica: facilita que o solo seja constantemente fertilizado devido à incorporação de matéria orgânica, garantindo as atividades biológicas no solo e o crescimento de plantas saudáveis Legislação ambiental, referente aos recursos hídricos: estabelece regras sobre o descarte de efluentes, seja industrial ou agrícola, determinando um maior controle para evitar a degradação Necessário um controle ambiental visto que é um recurso finito Sistema de plantio direto (SPD) Mínimo revolvimento do solo: cobrir com palhada o solo e realizar a rotação de culturas; para isso, alia-se o manejo integrado de pragas, doenças e plantas invasoras Ao manejar o solo, consegue-se manter as características físicas, químicas e biológicas, garantindo a sua sustentabilidade e aumentando a sua produtividade Sistemas de manejo de solo Benefícios: solo mais fértil, diminuição do processo erosivo e compactação do solo, aumento da conservação do solo e da água, ajuda na infiltração da água, utilizado em qualquer tamanho de propriedade, solo rico em matéria orgânica, entre outros Sistema agroflorestal (SAFs) Solo coberto de vegetação, plantas de diferentes tamanhos e finalidades e biodiversidade Há uma interação entre solo, vegetação e animais que vivem nessa área Manutenção do ambiente ecológico, na qual existe a inter-relação entre plantas anuais e perenes, árvores frutíferas, criação de animais de diferentes portes e os agricultores que vivem na propriedade Acaba conciliando a recuperação e a preservação ambiental com a produção de alimentos, trazendo vantagens econômicas e sustentáveis Usar as boas práticas agrícolas: conservação do solo e da água, emprego correto dos insumos, manuseio adequado na colheita, pós-colheita e armazenamento, bem-estar animal, cuidado com a higiene do local, com a saúde e a higiene dos trabalhadores, entre outras Diminuir da degradação ambiental 55 56 57 58 59 60 11 Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) Sistema agrossilvipastoril A integração serve para diversificar, dentro de um ecossistema, as atividades agrícola- pecuária-florestais, como uma maneira estratégica de produção sustentável Prática conservacionista (manejo do solo e da água) na qual se alinha a preservação ambiental com a produção de alimentos voltados à segurança alimentar e nutricional Fazer um planejamento: só assim o sistema trará rentabilidade para o agricultor, pois, ao fazer essa integração, aumenta a sua produtividade devido à exploração de mais de um produto Cooperativismo e associativismo A vocação para o setor agrário é histórica no Brasil A projeção dessa vocação agrária nos mostra um futuro promissor marcado cada vez mais pela força do setor agrícola Cooperativismo e associativismo: forte ligação dessas organizações com o meio agrário brasileiro Expressão “gente que coopera cresce” Cooperação foi um dos principais fatores para o desenvolvimento econômico e social do meio rural e do meio urbano que se relaciona com o setor O termo vem do latim associare e significa “unir colaboradores para proporcionar um crescimento mútuo entre os associados” Organização de associados com a finalidade de obter benefícios mútuos por meio de ações coletivas e para defender os interesses comuns Associativismo 61 62 63 64 65 66 12 Legislação não prevê a quantidade de pessoas para a criação de uma associação, o importante é que o patrimônio da associação seja formado pela contribuição dos associados, por doações, fundos e reservas Os associados podem opinar nas resoluções da associação É uma alternativa para a viabilização das atividades econômicas, possibilitando aos associados uma participação no mercado com melhores condições de concorrência O associativismo não tem como objetivo principal a atividade econômica, mas os interesses dos associados na solução dos problemas que o grupo enfrenta O associativismo mostra na sua essência uma cooperação ligada aos interesses coletivos, na maneira de realizar os objetivos comuns e de aprendizagem, nas atitudes adequadas, na construção de uma sociedade sustentável, onde nenhum associado precisa renunciar à sua individualidade e autonomia Formado por um grupo de pessoas que se unem para alcançar objetivos comuns, por meio de uma administração onde todos os cooperados contribuem igualmente, tendo os mesmos direitos e deveres e assumem os ônus e bônus do negócio Cooperativismo Características Mobilização dos cooperados em torno da organização da cooperativa Modelo de governo na qual se estabelecem os dirigentes por meio de uma eleição Realização de assembleias para aprovação de resoluções importantes para o andamento da cooperativa Cooperativa é um grupo sem fins lucrativos, mas que possibilita o desenvolvimento das atividades produtivas, como armazenar, comercializar e dar assistência técnica aos seus cooperados Constituída por no mínimo de 20 pessoas, seu patrimônio possui capital social formado por quotas-partes ou doações, empréstimos e processos de capitalização 67 68 69 70 71 72 13 Após a assembleia geral, as sobras podem ser divididas, mas seguindo a parcela de negócios de cada cooperado Caso a cooperativa sejaextinta, é necessária uma assembleia geral ou um processo judicial Não se resume apenas a um modelo de negócios; é uma filosofia de vida para uma transformação mais justa e de oportunidades para todos os cooperados Proposta de cooperação de pessoas que se juntam para produzir mais do que eram capazes de produzir sozinhas Segue uma lógica de que quando todos constroem, todos ganham. É a força do cooperativismo Cardoso (2014, p. 11) destaca que o objetivo é garantir inserção dos “produtos e serviços de seus cooperados no mercado, em condições mais vantajosas do que eles teriam isoladamente. Desse modo, a cooperativa pode ser entendida como uma ‘empresa’ que presta serviços aos seus cooperados” 73 74 75 1 Profª Maria de Fatima Medeiros Introdução à agricultura Aula 4 Conversa Inicial Noções preliminares das práticas agropecuárias, que buscam uma interação capaz de mostrar que o meio rural está conectado com o meio ambiente Informações técnicas para trabalhar o meio agrário visando à produtividade, ao bem- estar e à sustentabilidade Setor agrário Noções preliminares do setor agrário com o viés sustentável Importância da sustentabilidade na agricultura, apontando assuntos que mostram a diversificação do setor Agricultura brasileira: as regiões e as principais culturas produzidas Boas práticas agrícolas Noções preliminares do setor agrário brasileiro Afirmar que o setor é o grande causador do desmatamento e que é responsável pelo uso indiscriminado de agroquímicos Termo agronegócio: atribuído somente às grandes propriedades rurais, o que não é verdade; é tudo que envolve o andamento econômico do setor agrário. (...) Desconhecimento do setor 1 2 3 4 5 6 2 (...) Atualmente a maior parte do setor é vista como tecnológica, responsável e sustentável O setor agropecuário tem um papel social, econômico e ambiental que desponta na economia brasileira Produzir alimentos com práticas agrícolas que utilizam técnicas e tecnologias para que os produtores rurais obtenham a produtividade e, consequentemente, renda Utilizar tecnologias: drones, softwares, aplicativos, nanotecnologia, melhoramento genético, entre outras Colaborativa: cooperativas e associações Circular: reúso de rejeitos Agricultura tecnológica Incrementar o setor Modificar a maneira de se pensar o meio rural, principalmente para os agricultores familiares Um “olhar” extensionista para a fixação no campo, através das boas práticas agrícolas Produzir alimentos, e gerar emprego e rentabilidade Luta pela sustentabilidade, através de práticas agrícolas sustentáveis (exemplo: controle biológico) Desenvolvimento rural sustentável Os recursos naturais são finitos Entender que o desenvolvimento é capaz de atender às necessidades da nossa geração sem comprometer as necessidades das gerações futuras O desenvolvimento rural sustentável tem como ponto de partida uma nova maneira de interpretar as questões socioeconômicas e ambientais Relembrar: Revolução Verde (surgiu na década de 1960, com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola) Nesse período, houve a desigualdade social e econômica, além de acentuar os problemas ambientais Agricultura sustentável 7 8 9 10 11 12 3 As questões ambientais passaram a ser monitoradas pelos pesquisadores e usar tecnologias e inovações sem destruir o meio ambiente, com o mínimo de impacto ambiental e uso mínimo de insumos químicos Exemplos: rotação de culturas, integração agrossilvipastoril, novas fontes energéticas Agriculturas sociais Agricultura colaborativa: maneira de os produtores rurais estarem abertos a participar de um mundo onde a colaboração entre as partes seja benéfica para todos. Exemplo: cooperativismo Agricultura circular: outra forma de ser colaborativa, pois o resíduo de uma prática agropecuária pode servir de insumo para outra atividade. Exemplo: cama de frango (...) (...) Agricultura familiar: o trabalho é familiar e adota práticas agrícolas mais sustentáveis, geralmente aplicando uma agricultura orgânica Comunidades quilombolas: são aplicadas práticas de uma agricultura familiar dentro dessas comunidades, onde se segue o modo de cultivar conforme as características ancestrais dos membros daquele quilombo (...) (...) Agricultura orgânica: produz alimentos sem a utilização de agroquímicos. Ajuda na restauração da biodiversidade, evitando os impactos ambientais e viabiliza ao agricultor familiar o seu sustento Agricultura com atividade secundária: amplia o modo de exploração da propriedade através da implantação de atividades que complementem o sustento. Exemplo: criação de abelhas Fazenda vertical urbana Diminuição de gastos, principalmente com o transporte, pois os produtos podem ser comercializados na própria cidade Os produtos são mais frescos e orgânicos O acesso é mais fácil para o consumidor que vai consumir um alimento mais saudável Gerar empregos para os moradores das cidades (...) (...) Produção higienizada e livre de ataques de pragas e doenças (ambiente controlado) Sistema limpo e que se adapta às condições climáticas adversas, pois é realizado em ambiente fechado, evitando o uso excessivo de recursos naturais Tecnologias de ponta, economizando espaço 13 14 15 16 17 18 4 Horta urbana e periurbana Produção de alimentos sem a aplicação de insumos químicos (fertilizantes e agroquímicos) – produtos orgânicos Produção de frutos e hortaliças em espaços privados ou públicos encontrados nos centros urbanos e nas periferias (...) (...) Inclui o modo de produção e coleta, além de alimentos processados, tanto de origem animal como vegetal, para consumo e comercialização Incentivo do governo para voltar a produzir alimentos nas hortas urbanas e promover o desenvolvimento sustentável da população e do ambiente urbano (...) (...) O cultivo em áreas urbanas ociosas forma uma cadeia de produção e de acesso de alimentos saudáveis, ajuda na geração de renda das pessoas que cultivam e comercializam esses produtos, preserva o meio ambiente, além de tornar a paisagem urbana mais agradável Agricultura e as regiões brasileiras O Brasil é considerado um dos grandes produtores agrícolas (exportação de commodities) O setor agrícola se modernizou, tanto que a produção por hectare aumentou, e isso ajudou na preservação dos recursos naturais Apesar dessa modernização, alguns problemas ainda existem e precisam ser resolvidos (exemplos: concentração de terras, solos degradados, uso inadequado de insumos químicos, manejo incorreto da água, entre outros) Modernização agrícola Avanços tecnológicos e inovadores desenvolvidos através de pesquisas realizadas por empresas públicas e/ou privadas e instituições de ensino A implantação no meio rural só tem sucesso com a atuação dos produtores rurais que acreditam que essas tecnologias e as inovações trarão resultados positivos e aumento da produtividade (...) 19 20 21 22 23 24 5 (...) Essa veia empreendedora e até mesmo corajosa por parte da maioria dos produtores rurais fez crescer o setor agrícola brasileiro, investindo em uma série de benefícios para aprimorar a sua produção Migrações Ocorridas na década de 1980, quando os produtores rurais das regiões Sul e Sudeste se aventuram na busca de oportunidades e de novas terras para aplicar os conhecimentos tecnológicos adquiridos Exemplo: transformação da região Centro- Oeste em um celeiro de produção de grãos e de pecuária (bovino de corte) Tipo de produção agrícola presente em todas as regiões brasileiras, formada por pequenas propriedades familiares que produzem para atender à sua comunidade Desenvolver tecnologias que se apliquem à sua realidade, com tecnologias que busquem o mercado diversificado e segmentado das regiões Cada região tem sua tradição e sua cultura alimentar, então é preciso investir em pesquisas para resolver esses questionamentos Agricultura familiar Embrapa:direciona as pesquisas para a agricultura sustentável, para que as propriedades familiares, quilombolas e assentamentos possam se tornar viáveis social e economicamente Acesso a financiamentos por programas governamentais, além de profissionalizar a sua produção por meio de selos de qualidade (exemplo: orgânico) que fazem a diferenciação dos seus produtos Regiões agrícolas brasileiras O meio rural brasileiro tem passado por transformações desde a década de 1970 Apontam para as questões sociais, econômicas e culturais, além da ampliação de apoio por parte do governo, das instituições de ensino e de empresas de pesquisas públicas e/ou privadas Aumento de produção para atender o mercado interno e externo (...) (...) O Brasil é um país continental (8.516.000 km2), dividido em 5 regiões geográficas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), com características agrícolas específicas Região Centro-Oeste: essencialmente agropecuária (produção de grãos e criação de bovino de corte) Formada por solos de elevada acidez (cerrado), que permite o cultivo de várias culturas (...) 25 26 27 28 29 30 6 (...) Utiliza mecanização nos tratos culturais, de novas cultivares e práticas agrícolas para aumentar a produção Região Nordeste: a agricultura familiar é mais presente, principalmente nas áreas semiáridas Na Zona da Mata, por ser uma área mais úmida, o cultivo é baseado em produção agrícola para exportação (...) (...) Áreas mais pobres (agricultura de subsistência) Dois cultivares que apresentam um poder econômico: cana-de-açúcar e soja Região Norte: grande fronteira agrícola, o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que compreende o bioma do cerrado Topografia plana e terras com preço mais acessível (...) (...) Sistemas intensivos voltados para uma produção monocultora Aplicação de tecnologias que atendam às condições físicas da região Região Sul: aptidão agrícola com uso de tecnologia e inovação para atender ao mercado externo e interno O cultivo mais significativo é a soja, mas também de milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz e trigo (...) (...) Pecuária: plantel diversificado (bovino de corte e leite, suínos, avicultura e ovinocultura) Maior número de produtores rurais associados ao cooperativismo Região Sudeste: maior poder econômico Utiliza tecnologia de precisão, maquinários e implementos e as pesquisas desenvolvidas (...) (...) Inúmeras agroindústrias (agronegócio) Geração de empregos Solo de qualidade Vários produtos cultivados (cana-de- açúcar, café, milho, fruticultura). Na pecuária, criação de bovinos, suínos e equinos Principais culturas na agricultura brasileira 31 32 33 34 35 36 7 A potencialidade agrícola se deve a fatores físicos (clima, solo, topografia, água), permitindo que o setor obtenha um aumento de produção Apoio da ciência, através das pesquisas e das tecnologias desenvolvidas Aplicar práticas agrícolas (insumos, maquinários, cultivares, correção do solo, manejo da água) condizentes para o bom desempenho e com sustentabilidade Cenário promissor atendendo ao mercado interno e exportação A eficiência da produção agrícola ganhou notoriedade com a expansão das fronteiras agrícolas Políticas governamentais Existência de sistemas tradicionais (extensivo) com baixa produtividade O setor agropecuário se adaptou às características tropicais do Brasil Implantação de tecnologias, pesquisas, boas práticas agrícolas e políticas públicas Consciência ecológica (pensar nas gerações futuras) Conquista de novos mercados internacionais Panorama agropecuário Soja Originária do continente asiático Utilizada na alimentação humana e de animais (ração) Grão rico em proteína, sais minerais e vitaminas Área plantada: 38.502 milhões de hectares Estados que despontam na produção: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás Principais produtos Cana-de-açúcar Originária da ilha da Nova Guiné (Oceano Pacífico) Brasil: produção de açúcar e de etanol IBGE (2020): quantidade produzida de 757.116.855 toneladas Maior produtor: estado de São Paulo Café Origem no continente africano Gera renda e muitos empregos (na lavoura, na agroindústria e no comércio) Embrapa (2021): a produção de café ocupa uma área de 1,82 milhão de hectares Estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná 37 38 39 40 41 42 8 Milho Provável origem no México, depois se espalhando pela América Central e América do Sul Presente na alimentação humana e dos animais (ração) e no combustível (etanol) Os três países que mais produzem (cerca de 60%) são os Estados Unidos, a China e o Brasil Principais estados produtores: Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul Algodão Encontrado em diferentes regiões Existem em torno de 40 espécies Cultura rentável e versátil, pois se utilizam as fibras e as sementes para diversos fins (indústria têxtil, ração animal, óleo) A Embrapa (década de 1990) desenvolveu cultivares voltados para o cerrado Estados produtores: Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul Arroz Origem em duas regiões (Sudeste Asiático e África Ocidental) Juntos, o milho, o trigo e o arroz são os produtos mais cultivados no mundo Maiores produtores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins Feijão A origem é incerta; estudos apontam que surgiu na Mesoamérica e outros que surgiu no Peru Leguminosa com um grande potencial nutricional Estados produtores: Paraná, Minas Gerais e Bahia (detêm quase 50% da produção) Mandioca Nativa da América do Sul Conhecida como aipim, macaxeira e maniva Duas espécies: a mandioca doce e a mandioca brava (a diferença está na quantidade de ácido cianídrico) Planta rica em amido e que gera inúmeros derivados (amido de mandioca, polvilho azedo) O Brasil é um grande produtor, e o cultivo ocorre em todas as regiões brasileiras Trigo Próximo dos rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia) Egípcios (por volta de 4 mil a.C.): descoberta do processo de fermentação do trigo (fabricação de pães) Espalhou-se por várias partes do mundo e se tornou um produto essencial na alimentação Rio Grande do Sul e Paraná começaram a cultivar o trigo (clima mais frio) e com o desenvolvimento de pesquisas de sementes, para gerar maior produtividade 43 44 45 46 47 48 9 Laranja Parte dos citrus surgiu em regiões do continente asiático Citrus se espalhou pelo mundo, com isso sofreu mutações, dando origem a novas variedades (cultivo por sementes) Está presente em todas as regiões brasileiras, mas o estado de São Paulo é o principal produtor e exportador do suco de laranja Cacau Nativa da área de floresta tropical úmida da América Central e do Sul O cultivo do cacaueiro se dá em alguns estados da região Norte e da região Nordeste O principal alimento obtido é o chocolate, feito a partir da amêndoa torrada do cacau Tabaco Origem na região da Cordilheira dos Andes Para os povos nativos, o tabaco tinha diversas funções (religiosa, medicinal, lazer). Mascavam, bebiam, comiam e fumavam No Brasil, a Região Sul é que concentra a maior produção (Rio Grande do Sul) Bovino Origem na Mesopotâmia (Crescente Fértil) Produção de carne e de leite O Brasil é um dos países com o maior número de cabeças O rebanho tem em torno de 218,2 milhões de cabeças, e o maior criador é o estado do Mato Grosso (gado de corte) A produção de leite (2020) chegou a 35,4 bilhões de litros, e o estado de Minas Gerais é o maior produtor, seguido pelo Paraná Suíno A domesticação do porco surgiu na região em que atualmente se localizam a Grécia e a Turquia Segundo a Embrapa (2021), a suinocultura no Brasil alcançou o 3º lugar em produção, com 41 milhões de cabeças (4,4%). A China lidera a produção, com 41,1%, seguida pelos Estados Unidos (8,4%) Avicultura de corte e postura Domesticação no Neolítico A Embrapa (2021) aponta que “o Brasil possui o quarto maiorbando de galináceos do mundo, com 5,6% do total em 2020, ou 1,5 bilhão de cabeças” Países que lideram esse ranking: China (19,2%), Indonésia (14,7%) e Estados Unidos (7,5%) (...) 49 50 51 52 53 54 10 (...) Grandes criadores nacionais se concentram nas regiões Sul e Sudeste, tendo o Paraná liderando o ranking com 26,7%, seguido por São Paulo (13,6%), Rio Grande do Sul (11,1%), Santa Catarina (9,2%) e Minas Gerais (8,1%) As aves poedeiras estão espalhadas por todas as regiões brasileiras, mas o estado de São Paulo lidera o ranking de maior produtor, com 25,6% da produção de ovos, depois vêm o Paraná (9,4%) e Minas Gerais (8,5%) Boas práticas agrícolas A questão ambiental tem sido muito discutida (qualidade da água, desmatamento, uso indiscriminado de insumos químicos, aumento de áreas erodidas, poluição do ar) No setor agrícola, a preocupação é maior, pois o seu papel principal é o fornecimento de alimentos e outros bens necessários para o bem-estar da população Maneira de aplicar as tecnologias, as práticas, as normas e as recomendações técnicas que são adotadas antes, durante e depois da porteira O objetivo é garantir a segurança alimentar, com alimentos de qualidade nutricional Garantir o uso sustentável dos recursos naturais, sem afetar a biodiversidade e a qualidade de vida da população Irrigação: para que haja um excelente rendimento na produção agrícola, a água utilizada para a irrigação deve ser limpa, de qualidade e livre de contaminantes. Para a qualidade da água, devem-se levar em consideração os aspectos químicos (salinidade, sodicidade e toxicidade), cuja presença na água causa danos às plantas e ao solo Exemplos Plantio direto: utilizado para o manejo do solo. Manter durante todo o ano a cobertura do solo, revolvê-lo só na linha de plantio e fazer a rotação de cultura. Ocorre aumento de matéria orgânica. Os benefícios são Controle da erosão Redução de uso de máquinas e implementos Diminuição do uso de irrigação A aplicação de fertilizantes tem melhor resultado e evita o desperdício Controle biológico de pragas e doenças Aumento da produtividade 55 56 57 58 59 60 11 Manejo integrado de pragas e doenças: para o controle desses agentes, não é necessária a eliminação, mas sim a redução dessa população (insetos, ácaros, bactérias, fungos, nematoides, entre outros), através de inimigos naturais que se encontram na lavoura, ocorrendo o equilíbrio natural Biocontrole: utiliza os inimigos naturais no controle das pragas e de insetos causadores de doenças. É um método natural, inofensivo ao meio ambiente e à saúde das pessoas Cultivo protegido: o controle maior das condições climáticas, do uso da água e de insumos diminui os custos de produção. As plantas são padronizadas, melhorando a sua qualidade nutricional e agregando valor Colheita: feita nos horários mais frescos. Os produtos sejam colocados em caixas ou passam por equipamentos limpos e desinfetados, ou seja, livre de toda sujidade. Faz-se a triagem dos produtos que não atendam às suas especificidades. O transporte é feito o mais rápido possível para o local onde será armazenado e/ou processado, devendo ser arejado e limpo Pós-colheita: precisam ser lavados, secados e passar por uma classificação e descarte das que não seguem o padrão predeterminado. Acondicionam-se os produtos em caixas ou embalagens próprias, com o objetivo de que o produto dure mais e chegue ao consumidor com toda a segurança alimentar e nutricional Certificação dos produtos: rastreamento (informa ao consumidor a origem do produto). Garantia oferecida ao consumidor de que do cultivo à colheita o produto recebeu todas as recomendações necessárias ao seu desenvolvimento. Estratégia do produtor rural para que seu produto seja diferenciado e gere melhor retorno financeiro Para conseguir a certificação, o produtor rural deve aplicar técnicas para proteger os recursos naturais (solo, água), garantir o bem-estar animal (ambiência, cuidados veterinários e nutrição adequadas para o animal) e oferecer bem-estar socioeconômico aos trabalhadores da propriedade O produtor precisa conhecer as Normas Técnicas Específicas (NTE) para o produto que busca a certificação. Nessas normas são estabelecidas as práticas adotadas durante todo o processo produtivo (do cultivo à colheita e/ou da criação ao produto final), no uso correto dos recursos naturais (solo, água), na análise dos resíduos deixados pelo cultivo, na rastreabilidade do produto, além de ter um profissional responsável por todo o processo Selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade 61 62 63 64 65 66 12 O selo é fornecido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), mas vale lembrar que para consegui-lo o produtor e seu produto passam por auditoria e/ou avaliação de conformidade realizada por certificadoras reconhecidas pela instituição 67 1 58 1 Profª Maria de Fatima Medeiros Introdução à Agricultura Aula 5 58 2 Conversa Inicial 58 3 Visão ampla do campo profissional da área das ciências agrárias Com um viés extensionista, ou seja, um olhar social para o meio agropecuário Formação e atuação profissional 58 4 Mercado profissional Setor do agronegócio Funções da profissão que ajudam no desenvolvimento do setor agrário Meio acadêmico: aptidão para ingressar como multiplicador de conhecimento ou para desenvolver pesquisas para alavancar o setor Empreendedorismo 58 5 Formação e atuação profissional 58 6 Durante toda a formação acadêmica, existe uma relação de aprendizado (teoria) e a prática. É uma troca de conhecimento para formar um profissional de qualidade A formação não é estanque, tem que sempre aprimorar os conhecimentos Parâmetro do entendimento que a área de trabalho conta com capacidades e competências voltadas para o campo de atuação, além de ter uma percepção crítica da profissão 1 2 3 4 5 6 2 58 7 Todo o conhecimento adquirido deve estar ligado às questões social, econômica, ambiental, cultural e política Perfil profissional ligado às ações que promovam o desenvolvimento do setor Atuação profissional é a inter-relação com outras profissões (exemplo, com a medicina veterinária, a zootecnia, engenharia ambiental) 58 8 Vai além da formação técnica/acadêmica Ter uma formação humanista, pois deve atender às demandas dos processos sociais, econômicos e ambientais Formação constrói conhecimento por técnicas, tecnologias e inovações para aplicar no desenvolvimento rural, mas sem esquecer o foco principal que é o bem-estar do ser humano Posicionamento que o enquadra nas relações das ciências sociais e humanas, é aquele olhar extensionista Formação profissional 58 9 Fornecer conhecimentos sobre várias práticas agrícolas voltadas para a realidade das propriedades rurais Práticas agrícolas estão organizadas conforme as demandas sociais 58 10 Praticar a agropecuária deve seguir as características que diferenciam as questões socioeconômicas, culturais e ambientais das propriedades rurais e dos agricultores Baseada em conhecimentos técnicos, tecnológicos e científicos Sistema complexo e que apresenta muitas inter-relações de conhecimentos para chegar a um consenso, à produtividade 58 11 Consciência de que vão estar inseridos num espaço onde é necessário ser crítico ao mesmo tempo criativo e ativo em suas resoluções Tomar decisões que visem buscar e transformar o meio rural em áreas onde a sustentabilidade é o caminho Ser crítico na questão de ser questionador, sempre em busca de aprimoramento dos seus conhecimentos Atuação profissional 58 12 Ter consciência de que possui a capacidade de adentrar no meio rural usando os conhecimentos adquiridos e que pode ser um multiplicador desses conhecimentos Uma visão ampla da realidade que está inserido e determinar qual o caminho a seguir, o mercado de trabalho 7 8 9 10 11 12 3 58 13 Voltado para oaspecto social e humano da profissão Auxiliar os produtores rurais em todas as práticas agropecuárias (gestão, cultivo e/ou criação, beneficiamento e comercialização), mas também em outras atividades que demandam auxílio ao produtor (capacitação, acesso ao crédito rural e garantir a assistência técnica) Agente transformador Extensão rural 58 14 Requisitado pelo produtor rural para resolver os problemas que ocorrem na sua propriedade, ou seja, é aquele que, com seus conhecimentos, auxilia o produtor Assistência técnica 58 15 Missão do profissional extensionista é promover o desenvolvimento das cadeias produtivas do setor rural. Junto a ele, o profissional que presta assistência técnica é essencial para que o desenvolvimento no meio rural promova processos com o uso correto do meio ambiente, socialmente justos e que atendam às necessidades econômicas do produtor rural 58 16 Mercado profissional 58 17 O Brasil é um país com vocação agrícola Faz parte da realidade da economia brasileira, pois o PIB brasileiro tem como o grande gerador da riqueza o setor do agronegócio Setor que, nas últimas décadas, está ganhando destaque e está aquecendo o mercado de trabalho 58 18 O setor que tem investido em tecnologia e inovações faz com que muito profissionais estejam alocados em diversos ramos do setor rural Nem todo profissional atua no campo, mas pode estar trabalhando em diferentes setores, seja no meio urbano, no acadêmico, nas pesquisas, em órgãos públicos e do terceiro setor, em representação comercial (vendas), entre outros 13 14 15 16 17 18 4 58 19 O mercado de trabalho, durante muito tempo, foi considerado profissão tipicamente masculina Mas isso tem mudado: as mulheres têm conquistado o seu espaço em diversas áreas, e não poderia ser diferente nesse setor Ainda sofrem com a discriminação Mulheres nas ciências agrárias 58 20 A profissional tem capacidade, formação e competência para atuar em qualquer área do meio rural, basta ela se impor e vencer as barreiras do preconceito Muitas mulheres ingressam nas ciências agrárias pela sua paixão pelos trabalhos realizados no meio rural, ou por histórico familiar, ou até inspiradas em mulheres formadas e reconhecidas no meio 58 21 Estão ocupando cargos de liderança em diversas frentes de trabalho É preciso encontrar o equilíbrio entre a vida profissional e a familiar. Não é uma tarefa fácil e, para a mulher, ainda é um pouco mais complicada, pois ela necessita conciliar a responsabilidade do trabalho com a vida familiar 58 22 Você sabia que o símbolo da agronomia é a deusa Ceres? Faz parte da mitologia romana e é a representante do poder da agricultura e da fertilidade Ela equivale à deusa Deméter da mitologia grega Segundo a mitologia, ela foi responsável por ensinar a agricultura à humanidade 58 23 d e lc a rm a t/ S h u tt e rs to ck 58 24 Funções profissionais no meio rural e urbano 19 20 21 22 23 24 5 58 25 O profissional das ciências agrárias está inserido no meio rural e no meio urbano É possível porque vivemos em um país que é um grande produtor e exportador de alimentos e matérias-primas Importante no desenvolvimento de todas as cadeias produtivas, que se encontram antes, dentro e depois da porteira Funções exercidas nas cidades, mas que fazem parte dessa engrenagem do desenvolvimento econômico do setor agrário 58 26 Tecnologias e inovações estão sendo criadas para que o setor seja competitivo, mas adotando práticas agrícolas sustentáveis, com o objetivo de preservar o meio ambiente e, consequentemente, promover o bem-estar da humanidade Com essa pujança econômica, o setor está repleto de oportunidades e gerando empregos, tanto no campo como nas cidades. Esse profissional pode ampliar seu leque de atuação 58 27 Extensão rural é uma das principais atuações de quem busca trabalhar nas ciências agrárias, pois é uma maneira de interagir com o proprietário rural Atuar como um multiplicador de informação, produzindo mudanças nas atitudes e nos conhecimentos, bem como aplicando práticas agrícolas condizentes com a realidade do local Funções no meio rural 58 28 Assistência técnica: ir às propriedades para que, com seus conhecimentos, possa auxiliar os produtores rurais. Esse trabalho visa ajudá-los a resolver os problemas ocorridos na plantação e/ou criação Profissionais que trabalham em propriedades atuando no planejamento e gestão de todas as operações agropecuárias Trabalhar em cooperativas, seja na área de gestão, seja prestando assistência técnica para os cooperados 58 29 Revenda de produtos agropecuários: profissional que se encaixa no antes da porteira, oferecendo aos proprietários os insumos necessários para o desenvolvimento da produção agropecuária Turismo rural: relação do meio rural com o meio ambiente (valorizar os recursos encontrados no local, aplicar as diversas funções que a propriedade proporciona para que desenvolva novas atividades e serviços) 58 30 Inúmeros trabalhos realizados pelo profissional que resolveu desenvolver a sua profissão na cidade Trabalhar com compra e venda de commodities agrícolas Tecnologia (exemplo: desenvolvimento de softwares para gestão ou para a agricultura de precisão) Funções no meio urbano 25 26 27 28 29 30 6 58 31 Área de pesquisa Universidades públicas e/ou privadas também são locais onde os profissionais das ciências agrárias podem atuar, seja na área de pesquisa, seja no meio acadêmico Áreas paisagísticas de áreas públicas ou particulares No meio público (atuar nas Secretarias Municipais) Agroindústrias 58 32 As ciências agrárias são uma área promissora e que tem estimulado a visão empreendedora de muitos profissionais para fazer parte do agronegócio, oferecendo soluções para as necessidades do campo 58 33 O meio acadêmico 58 34 Como é um setor diversificado, o futuro profissional precisa obter uma infinidade de conhecimentos. Esse conhecimento é aprendido por meio das diversas disciplinas ministradas por professores especializados nos assuntos O conhecimento adquirido tem um caráter inter e/ou multidisciplinar Apontar os problemas e os desafios do setor para que cheguem a uma solução por meio das articulações dos conhecimentos adquiridos durante as aulas 58 35 Sistema de educação superior tem o desafio de impulsionar estratégias para promoção da construção dos conhecimentos por meio das metodologias existentes Essa integração entre o que é ensinado pelos docentes e o que os discentes aprendem é um grande desafio, pois o objetivo do meio acadêmico é a formação de profissionais que estejam engajados em todas as questões sociais, econômicas, culturais e ambientais 58 36 Período colonial: nunca houve interesse em se instalar o ensino superior que fosse direcionado para o setor agrícola, apesar da sua vocação agrícola Para a sociedade da época, uma escola superior agrícola não teria serventia, afinal não estavam preocupados com o manejo e a conservação do solo e da água devido à grande quantidade de terras férteis História do ensino superior agrícola no Brasil 31 32 33 34 35 36 7 58 37 Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, há uma tentativa de se criar uma escola superior de agricultura No Segundo Reinado, em 1859, surge a proposta para fundar a Escola Superior Agrícola da Bahia para formar profissionais ligados ao meio rural, como agrônomos e veterinários, mas não foi adiante Somente em 1877 é que surge o curso de Agronomia da Imperial Escola Agrícola da Bahia 58 38 Apesar de o Brasil, desde o início, ser um país com vocação agrícola, a formação profissional para área das ciências agrárias demorou a engrenar Atualmente temos muitas universidades públicas e/ou privadas que oferecem graduações nas diversas áreas que abrangem o setor agropecuário 58 39 Toda essa transformação pela qual o meio rural tem passado se deveà modernização oferecida às práticas agrícolas e também à visão de um relacionamento sustentável com o uso dos recursos naturais 58 40 É preciso ter competências que o levem a ser um multiplicador de conhecimento É necessário ter em mente que, para ministrar as aulas, é necessário o aprimoramento e a transmissão dos seus conhecimentos e das habilidades no uso de tecnologias, o trabalho com a interdisciplinaridade, a aplicação das metodologias mais eficazes para o entendimento do conteúdo e a contribuição com o pensamento crítico do discente Ser professor 58 41 O profissional professor precisa ampliar sua graduação, tendo um caminho a seguir na especialização: a pós-graduação, o mestrado e o doutorado. São etapas de aprimoramento que o professor segue durante toda sua vida acadêmica 58 42 Outra linha que alguns professores seguem no meio acadêmico é a pesquisa Essa atividade tem uma função importante entre o que é ensinado pelo docente e o que é aprendido pelo discente, ou seja, consiste em colocar na prática todos os ensinamentos 37 38 39 40 41 42 8 58 43 A prática da pesquisa produz conhecimento, desenvolve tecnologia e inovações para serem aplicadas no meio rural e no meio urbano 58 44 Empreender 58 45 Vamos iniciar com uma reflexão: o que você espera de sua carreira profissional? Reflita sobre como planejar uma carreira profissional e, para isso, pense em traçar caminhos que relacionem seu sonho profissional, as condições de mercado e até mesmo suas competências pessoais e profissionais 58 46 Entrar no mercado de trabalho “formal” pode ser o objetivo profissional de muitas pessoas, objetivo mais do que justificável, afinal o sonho da “carteira assinada” é associado ao sonho do diploma universitário 58 47 Convido você, mais uma vez, a refletir e analisar a seguinte questão: Qual o diferencial competitivo que você tem para conseguir se destacar em um mercado de trabalho tão concorrido? 58 48 Não existem milagres, muito menos receitas prontas para o sucesso; existe, sim, muito estudo, atitudes e, principalmente, planejamento Planejamento minucioso e técnico, com objetivos claros 43 44 45 46 47 48 9 58 49 Essas perguntas nos levam a uma estratégia de planejamento, com um olhar muito atento a detalhes e que se traduzem em uma expressão: atitude empreendedora! Empreender é muito mais do que criar um negócio, por exemplo, é empreender na sua própria carreira 58 50 É a capacidade que uma pessoa possui de formular uma ideia sobre um determinado produto ou serviço em um mercado, seja essa ideia nova ou não O empreendedor precisa ter a capacidade de transformar uma ideia em atitudes concretas que a realizem, que a façam funcionar e consequentemente o levem adiante Ser empreendedor 58 51 Você já pensou em empreender? Você já pensou em ser um empreendedor? 58 52 Empreendedorismo é algo em que muita gente nunca pensou, seja porque acha não ter aptidão para a atividade empreendedora, seja porque acha muito arriscado, além de outros motivos, como a falta de recursos para investir Empreender pode ser, sim, uma ótima opção, desde que a atividade seja baseada em muito planejamento e profissionalismo 58 53 Conceito de si Energia Liderança Compreensão do setor Relações Espaço de si Perfil empreendedor 58 54 Busca de oportunidades e iniciativa Persistência Comprometimento Exigência de qualidade e eficiência Correr riscos calculados Cartilha do Sebrae 49 50 51 52 53 54 10 58 55 Estabelecimento de metas Busca de informações Planejamento e monitoramento sistemáticos Persuasão e rede de contatos Independência e autoconfiança Cartilha do Sebrae 58 56 São as habilidades que você tem ou que adquire para poder estudar, trabalhar, praticar esportes, enfim, como diz a definição, para desempenhar atividades Competências 58 57 As competências são divididas em quatro categorias: Competências interpessoais Competências intelectuais Competências técnicas Competências intrapessoais 58 58 O mercado de trabalho busca cada vez mais por profissionais com competências específicas para as funções, e essa é uma análise que você deve fazer tanto na posição de um profissional que trabalhará para uma empresa como na posição de empreendedor, um líder de equipes 58 59 55 56 57 58 59 1 Profª Maria de Fatima Medeiros Introdução à Agricultura Aula 6 Conversa Inicial Realidade rural brasileira Panorama do agronegócio Cadeias produtivas Insumos agrícolas Defensivos agrícolas Cinturões verdes Realidade rural brasileira Realidade atual do meio rural vem com olhar mais moderno e como alternativa para alguns problemas (desemprego, por exemplo) Panorama rural atual (modelo tradicional, turismo rural, agroindústria etc.) (...) (...) Predominância de debates (comunidade acadêmica e científica, integrantes dos movimentos sociais, governantes e suas políticas públicas, e entre os produtores rurais) para que o setor cresça e se desenvolva, mas com sustentabilidade 1 2 3 4 5 6 2 Meio rural está passando por transformação, visto que boa parte dos produtores rurais tem acesso à tecnologia e às inovações presentes no desenvolvimento rural, com uma visão sustentável Existem diferentes ambientes rurais. Devido ao país ser de dimensões continentais, há diversidade sociocultural, econômica e ambiental (...) Brasil rural (...) Esses diversos “Brasis” rurais apresentam diferentes formas de propriedades rurais e várias maneiras de se produzir/criar os alimentos ou matérias-primas Espaços rurais estão agrupados e organizados dentro dos limites municipais (...) (...) Espaços rurais: locais de menor densidade demográfica, mas espalhados por áreas territoriais extensas Rural não é mais um espaço somente de produção agropecuária, é muito mais que isso: é uma atividade econômica que visa aos interesses sociais e ambientais do meio rural (...) (...) Uso de tecnologias, de atividades voltadas para a agroindústria e para o setor terciário (comércio e serviços) e a questão imobiliária, por meio da valorização ou mesmo da especulação das áreas rurais “Nova economia rural” Atender às necessidades do agronegócio Panorama do agronegócio brasileiro Criado em 1957 pelos professores Davis e Goldberg (Universidade de Harvard) Nova realidade do setor agropecuário Todos os elos dos segmentos do setor visavam ao processo produtivo e comercial (...) Agribusiness 7 8 9 10 11 12 3 (...) No Brasil, o termo começou a ser mencionado na década de 1980, em São Paulo e no Rio Grande do Sul Mais ênfase na segunda metade da década de 1990, com os cursos de extensão na área do agronegócio Representar a modernidade no meio agropecuário, com a finalidade de aumentar a produtividade do setor (...) (...) Agronegócio abrange todas as atividades produtivas reunidas no meio rural Atividades são divididas em antes, dentro e depois da porteira Setor evoluiu para uma visão empresarial de produção (...) (...) Atende ao mercado de alimentos e à agroindústria (objetivo de aumentar a produtividade e rentabilidade) Transformações ocorridas (técnicas de produção, tecnologias de ponta, biotecnologias, pesquisas agropecuárias, maquinários e equipamentos, infraestruturas, logísticas, profissionais capacitados), processos para aumentar e qualificar a produção (...) (...) Setor complexo e abrangente, necessita ser gerenciado com profissionalismo (visão empresarial e empreendedora) para determinar as metas de produção e obter lucro Investir em conhecimentos, tecnologias, pesquisas etc. (aumentar o desempenho) Competitivo e eficiente (...) (...) Problemas de ordem tributária, de políticas públicas, de logística e transporte para o deslocamento da produção, entre outros (encarecem o produto final e quem sofre é o consumidor) Garantir que os produtos agropecuários sigam as normas sanitárias nacionais e/ou internacionais,para que obtenham as certificações necessárias à comercialização Conceitos Commodity: o termo é usado para sinalizar que o produto atende a características que seguem padrões pré-determinados, podendo ser armazenado e transportado para vários lugares. Produto não tem diferenciação de quem produziu ou de sua origem (...) 13 14 15 16 17 18 4 (...) Cadeia produtiva: está ligada à sequência de processos pelos quais a matéria-prima passa até chegar ao consumidor final Cadeia de suprimento: refere-se a uma parte de uma cadeia produtiva ou até de várias cadeias produtivas. Envolve todas as atividades estratégicas (planejamento, movimentação e armazenamento) dos produtos (...) (...) Sistema agroindustrial: estruturação vertical na produção, engloba o produto que é produzido nas propriedades rurais até chegar à mesa do consumidor. Inter-relação das várias operações (produção, armazenamento, processamento, distribuição) que envolvem as cadeias produtivas do agronegócio, além de considerar todos os envolvidos (antes, dentro e depois da porteira) (...) (...) Agroindústria: engloba todos os entes que atuam na transformação das matérias-primas Player: termo que mostra quais são os principais concorrentes na produção de commodity no mercado internacional Cadeias produtivas no agronegócio Atribuída a todos os processos que ocorrem em todas as fases do desenvolvimento da produção agrícola ou pecuária Envolve as etapas de antes, dentro e depois da porteira, pois elas têm operações que se inter-relacionam com a finalidade principal (comercialização) (...) (...) Envolve negócios e cooperação entre todos os elos do segmento, desde identificar as necessidades e/ou as perspectivas de um segmento até detectar as fragilidades que ocorrem em outro Funciona de forma organizada e interligada. Precisa que todas as etapas estejam sincronizadas para garantir que o produto chegue à mesa do consumidor com qualidade (...) 19 20 21 22 23 24 5 (...) Cadeia produtiva permite que todo o processo de produção aconteça de forma síncrona, gerando com isso a diminuição nos custos operacionais e o aumento da competitividade do setor Cinco etapas Insumos: empresas que fornecem uma infinidade de produtos que ajudam na produção. Está no antes da porteira e, sem ela, a próxima etapa não acontece (produção) (...) Etapas da cadeia produtiva (...) Produção: ocorre dentro da porteira. Os produtores rurais, ao adquirirem os insumos, podem dar andamento ao processo de produção (...) (...) Etapas depois da porteira Processamento: é por onde entram as agroindústrias Distribuição: é a passagem do que acontece com a matéria-prima, que se inicia na etapa de processamento até chegar à mesa do consumidor. É importante que os produtos fiquem pouco tempo nessa etapa da cadeia produtiva Consumidor final Termo em inglês que significa “aglomerar” Sistema de cluster pode ser entendido como a aglomeração ou a união de vários atores que participam de um mesmo setor em determinada região (...) Cluster (...) Sistema que se torna vantajoso para as pequenas e médias empresas que participam da mesma cadeia produtiva, pois as dificuldades enfrentadas por eles, principalmente no ponto de vista econômico, podem ser minimizadas ou até mesmo sanadas a partir dessa união 25 26 27 28 29 30 6 Termo mais utilizado no Brasil Tem os mesmos objetivos do cluster Aglomerados produtivos nos quais os atores de um mesmo segmento comercial podem minimizar os custos de produção por meio da cooperação entre todos os envolvidos Arranjo Produtivo Local (APL) Insumos agrícolas Necessários à produção de produtos agropecuários ou aos serviços desenvolvidos para o setor (defensivos, fertilizantes, máquinas e implementos etc.) O objetivo é prevenir, controlar e eliminar organismos considerados pragas (insetos, fungos, plantas invasoras etc.) que competem com o desenvolvimento da cultura principal (...) Defensivos agrícolas (...) Defensivos agrícolas químicos sempre tiveram uma relação conturbada com o seu uso, devido ao alto grau de toxicidade (substância química tem capacidade de provocar efeitos nocivos a um organismo vivo), além da possibilidade de as pragas adquirirem resistência à sua letalidade Você sabia? Agrotóxico Termo foi denominado pelo professor da Esalq/USP, Adilson D. Paschoal, em 1977 O termo tem origem grega: ágros (campo) e toxicon (veneno) 31 32 33 34 35 36 7 El ab o ra d o c o m b as e em C ro p Li fe B ra si l/ A rt e U T Composição dos defensivos agrícolas está relacionada ao seu princípio ativo (são responsáveis pela ação que esses princípios terão sobre a praga que está acometendo a lavoura) Biodefensivos são produzidos a partir de um ativo biológico (origem natural) Lidar com os agentes (doenças ou pragas) que estejam prejudicando a principal cultura, sem destruir o meio ambiente Produzir uma agricultura orgânica para atender à demanda de um mercado em alta Defensivos agrícolas de origem biológica Fonte: Mais Soja, 2020. Mesmo sendo um produto biológico (biodefensivo), a comercialização segue as mesmas regras de um produto químico (agroquímico): há obrigatoriedade do receituário agronômico Esta determinação consta na Lei n. 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto n. 4.074/2002 Destinação correta das embalagens: Para evitar qualquer risco de contaminação do meio ambiente e para a saúde das pessoas Regulamentar o processo de descarte (Lei Federal n. 9.974 de 06/06/2000 e Decreto Lei n. 3.550 de 27/07/2000) Manual elaborado pela Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) 37 38 39 40 41 42 8 Tríplice lavagem é um método de lavagem das embalagens de defensivos químicos que prevê sua higienização, eliminando os restos de resíduos de produtos tóxicos que ainda podem estar presentes nas paredes delas Fonte: Larr, 2014 Biofertlizante: Adubo orgânico líquido que fornece nutrientes essenciais para as plantas, melhora a qualidade do solo e auxilia no controle de doenças Complementar a adubação de fertilizantes sólidos Aplicar de duas maneiras: pulverizar as folhas ou administrar junto à água de irrigação (...) (...) Obtido pela fermentação anaeróbica (sem presença de ar) de restos das culturas ou de dejetos de animais (Embrapa, 2021) Corretivo do pH do solo Aumento de microrganismos (favorece a saúde e vida do solo) Importante: é proibido aplicar biofertilizante originado de dejeto de animais, no Brasil, em hortaliças que são consumidas cruas Adubação verde: Utiliza espécies de plantas (leguminosas, gramíneas, crucíferas e cereais) das famílias que ajudam o solo a melhorar as suas condições físicas, químicas e biológicas (solo mais fértil) Reciclagem de nutrientes do solo Relação dessas plantas com as bactérias (rizóbio) que aparecem em suas raízes Raízes dessas plantas são profundas e acabam associadas, como um arado biológico (a decomposição de suas raízes cria espaços que propiciam o surgimento de microrganismos que ajudam a descompactar o solo) Nitrogênio (função auxiliar no crescimento das plantas) Diminuição da perda de água no solo (recuperando as áreas degradadas) 43 44 45 46 47 48 9 Associar a adubação verde com o sistema de plantio direto possibilita a formação de palhada, ajudando na proteção do solo e dificultando o aparecimento de plantas invasoras no local do plantio Cinturões verdes Área com vegetação próximo a áreas urbanas (zonas periféricas) Nessas áreas, é costume implantar os cinturões verdes (áreas verdes que podem ser destinadas à produção de hortaliças, fruticultura, parques, reservas ambientais, chácaras etc.) (...) (...) Barreira para interceptar o ar poluído vindo de áreas urbanas (plantas podem remover os poluentes atmosféricos, ajudando a melhorar a qualidade do ar) Melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes (...) Exemplosde cinturões verdes Amenização climática: ajuda na qualidade do ar, além de manter o microclima e evitar a elevação das temperaturas Produção de alimentos Área de lazer (espaço humanizado) (...) (...) Área de preservação ambiental Sequestro do CO2 Área de educação ambiental Turismo sustentável 49 50 51 52 53 54 10 Ponto de equilíbrio: assegurar a conservação da biodiversidade com a produção de alimentos, principalmente que atendam ao bem-estar da população que vive no entorno Alimentos orgânicos (...) Cinturões Verdes Agroecológicos (CVA) (...) Produtores, além de obter a produtividade dos seus produtos, também são responsáveis por ajudar a preservar o meio ambiente (solo e água) Valorização social, econômica e ambiental Necessidade de os centros urbanos oferecerem alimentos mais saudáveis, livres de insumos agrícolas químicos Introdução à agricultura: Vasto conhecimento de assuntos ligados e interligados à formação e atuação do profissional de Ciências Agrárias Utilize e amplie os conhecimentos adquiridos ao longo dessas aulas 55 56 57 58 Cronograma semanal AI_Introducao a agricultura Plano de Ensino_Aula 1_Introdução à Agronomia Slides_Aula 1_Introdução à Agronomia Slides_Aula 2_Pesquisa e Desenvolvimento na área rural Slides_Aula 3_Práticas Agroecológicas Slides_Aula 4_PRODUTIVIDADE E SUSTENTABILIDADE NO MEIO RURAL Slides_Aula 5_ATUAÇÃO PROFISSIONAL NA AGRICULTURA Slides_Aula 6_A REALIDADE RURAL BRASILEIRA