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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
ESPECIAL
Lei n. 9.455/1997 - Crimes de Tortura
Livro Eletrônico
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Lei n. 9.455/1997 - Crimes de Tortura
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Douglas Vargas
Sumário
Lei n. 9.455/1997 – Crimes de Tortura ................................................................................................................3
Lei de Tortura n. 9.455/1997 .....................................................................................................................................3
Introdução ............................................................................................................................................................................3
Conceito .................................................................................................................................................................................3
Tortura Qualificada .........................................................................................................................................................8
Forma Majorada ................................................................................................................................................................8
Fiança, Graça e Anistia .................................................................................................................................................9
Regime Inicial .....................................................................................................................................................................9
Extraterritorialidade ................................................................................................................................................... 10
Resumo ................................................................................................................................................................................12
Questões de Concurso ................................................................................................................................................14
Gabarito ...............................................................................................................................................................................18
Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................19
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Lei n. 9.455/1997 - Crimes de Tortura
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Douglas Vargas
LEI N. 9.455/1997 – CRIMES DE TORTURA
Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)
Na aula de hoje, estudaremos um dos diplomas de legislação extravagante mais cobrados: 
A lei n. 9.455/1997!
Estatisticamente, a legislação penal extravagante costuma apresentar uma incidência me-
nor do que a parte especial do Código Penal, mas em nosso curso iremos focar em todos os 
assuntos, buscando sempre exaurir nosso edital.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios ao final, de modo a praticar tanto 
quanto possível os assuntos abordados.
Espero que tenham um estudo proveitoso.
Lembrando que estou sempre às ordens dos senhores no fórum de dúvidas. Contem comi-
go caso precisem de alguma orientação!
Bons estudos!
Lei de TorTura n. 9.455/1997
inTrodução
A lei n. 9.455/1997 trata de definir as condutas tipificadas como tortura em nosso ordena-
mento jurídico.
Tal lei surgiu para atender à determinação de nosso constituinte, que incluiu em nossa car-
ta magna o delito de tortura.
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Isso é o que chamamos de mandado criminalizante – a Constituição define, em seu texto, 
um determinado delito, o que faz com que o legislador edite uma lei para criminalizar tal con-
duta prevista na Carta Magna.
Dito isso, é hora de definir o que efetivamente é o crime de tortura, nos termos da lei:
ConCeiTo
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico 
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
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b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave 
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida 
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de 
medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, 
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
No inciso I do art. 1º da lei de tortura, temos três tipos de tortura, classificados pela doutri-
na da seguinte forma:
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Além disso, temos ainda as previsões contidas no inciso II, e nos parágrafos 1º e 2º:
Tais classificações e detalhes são muito importantes, pois o examinador costuma fa-
zer variações para induzir o aluno em erro na hora da prova. Por isso, observe as seguintes 
orientações:
• Em regra, a tortura será praticada mediante violência ou grave ameaça, com a imposi-
ção de sofrimento físico ou mental, salvo no caso do inciso II, que exige que tal sofri-
mento seja INTENSO.
Muito cuidado com questões sobre tortura, sempre observe se a descrição realizada pelo 
examinador se adequa EXATAMENTE ao texto de lei.
Muitas vezes o candidato costuma deduzir se uma determinada situação hipotética pode 
configurar tortura. O problema com essa “estratégia” é que por mais absurda que pareça a situ-
ação e por mais grave que seja a conduta, se não houver adequação ao tipo penal, não irá se 
configurar o delito de tortura!
Por isso, não se deixe levar pela gravidade em abstrato das circunstâncias, pois o exami-
nador irá utilizar justamente essa tática para te induzir em erro, fazendo você tipificar uma 
situação GRAVE como se fosse tortura – quando na verdade não é o caso.
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Quer um exemplo notório dessa premissa?
O caso do adolescente que teve a testa tatuada, a força, por um indivíduo, após ter ten-
tado furtar um veículo, tomou grande notoriedade nas redes sociais e meios de comunica-
ção em geral.
Ao tratar do tema, praticamente todos os meios de comunicação falaram na prática de tor-
tura, haja vista a gravidade em abstrato da conduta de tatuar, à força, o corpo de um indivíduo.
Entretanto, definir a conduta praticada nesse caso como tortura não é juridicamente correto, 
por mais absurdo que isso nos pareça do ponto de vista ético ou moral.
Vamos analisar passo a passo, para melhor definir se houve tortura, ou não, no caso concreto:
1) Houve constrangimento, mediante violência ou grave ameaça? Segundo as versões pu-
blicadas em meios de comunicação, houve, haja vista que a vítima foi forçada a se submeter à 
inserção de uma tatuagem em sua testa.
2) Houve sofrimento físico ou mental? A própria prática de tatuagem é reconhecidamente 
dolorosa, até pelos que se submetem voluntariamente à prática. Então até aqui, tudo bem.
3) Houve a finalidade de obter informação, de provocar ação criminosa? Não é o caso – 
dessa forma, não se configura a tortura-prova e nem a tortura-crime.
4) A conduta foi praticada em razão de discriminação racial ou religiosa? Não. O que foi 
publicado é que a conduta do agente foi praticada em razão da tentativa de furto executada 
pela vítima, momentos antes. Dessa forma, não há que se falar em tortura-discriminação.
5) A conduta foi praticada por indivíduo que tinha a vítima sob sua guarda, poder ou au-
toridade, com finalidade de aplicar castigo ou medida preventiva? Não, visto que o autor não 
tinha a vítima sob sua guarda, poder ou autoridade.
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6) A conduta foi praticada contra pessoa presa ou sujeita a medida de segurança? Tam-
bém não é o caso.
Note, portanto, que embora a vítima tenha sido submetida a sofrimento físico ou mental, 
mediante violência ou grave ameaça, tal fato por si só não configura tortura, de acordo com a 
tipificação elaborada por nosso legislador.
E se a conduta não se amolda perfeitamente ao tipo penal, sabemos que não se admite 
analogia in malam partem no Direito Penal, de modo que não se pode aplicar o crime de tortura 
a esse caso específico, unicamente com base no argumento de que a gravidade em abstrato 
da conduta justificaria tal medida.
É por isso que o Ministério Público, conforme dita a matéria em questão, decidiu pela exclu-
são da tortura ao oferecer a denúncia, que se resumiu aos delitos de constrangimento ilegal, 
lesão corporal e ameaça.
Outro exemplo recorrente em provas, e que é muito interessante, toma como base o pará-
grafo 1º da lei em estudo:
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de 
medida legal.
Note que o legislador admite a sujeição de uma pessoa presa a sofrimento físico ou men-
tal, sem que se configure o delito de tortura, desde que o ato praticado esteja previsto em lei 
ou seja resultante de medida legal.
Um exemplo seria o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). O preso, em situação admitida 
por nossa legislação, pode ser submetido a um regime de cumprimento de pena muito mais 
gravoso, no qual será mantido isolado dos demais presos, com reduzidas horas de banho de 
sol e de visita.
A imposição de tal regime com certeza gera sofrimento físico ou mental ao preso, o que em 
tese, configuraria o delito de tortura. Entretanto, não é à toa que o legislador inseriu tal exceção 
no parágrafo 1º!
Finalizando este assunto, o macete é sempre pensar da seguinte forma, para identificar um 
delito de tortura:
Se você se lembrar de analisar as situações hipotéticas em sua prova sob esse prisma, 
dificilmente irá errar uma questão sobre tortura!
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TorTura QuaLifiCada
A tortura, em qualquer de suas modalidades, poderá ser tipificada como tortura qualifica-
da, se resultar em lesão corporal grave ou gravíssima, ou na morte da vítima, nos termos do 
parágrafo 3º:
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez 
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Sendo assim, temos as seguintes possibilidades de pena para os delitos de tortura:
forma majorada
Os delitos de tortura podem ainda ter sua pena aumentada de 1/6 a 1/3, nos seguintes casos:
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior 
de 60 (sessenta) anos;
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
As causas de aumento de pena também podem ser aplicadas à tortura qualificada e à tortura 
omissão, se for o caso.
Por agente público a doutrina entende que o legislador não fez restrição alguma, de modo 
que se aplica o conceito do art. 327 do CP:
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Art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º – Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade pa-
raestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a 
execução de atividade típica da Administração Pública.
Por criança entende-se o menor de 12 anos.
Por adolescente, para fins de aplicação da lei penal, entende-se o indivíduo com 12 anos ou 
mais, que no entanto ainda não completou 18 anos.
Quanto à majorante aplicável para a tortura praticada contra gestante, entende-se que o 
autor deve ter ciência da gravidez.
Perda do cargo
A lei de tortura prevê a seguinte consequência específica para o agente público:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu 
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Tanto o STF quanto o STJ se posicionam no sentido de que tal efeito da condenação é auto-
mático. Dessa forma, não necessita de motivação específica – sendo obrigatório apenas que 
o efeito conste expressamente na sentença.
fiança, Graça e anisTia
A lei n. 9.455/1997 ainda prevê as seguintes restrições à prática da tortura:
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
Tal previsão decorre da própria previsão constitucional sobre o crime de tortura. Nesse 
sentido, cabe apenas observar o entendimento do STF que, apesar da omissão do legislador, o 
crime de tortura também não é suscetível de INDULTO, hajavista que tal instituto é a modali-
dade coletiva da GRAÇA.
Dessa forma, se não cabe a concessão de graça (perdão presidencial dirigido a um 
único indivíduo), também não se pode falar em indulto, que nada mais é do que uma gra-
ça coletiva.
reGime iniCiaL
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da 
pena em regime fechado.
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Muito embora o parágrafo 7º da lei n. 9.455/1997 defina que o condenado pelo delito de 
tortura (salvo na modalidade de tortura omissão) deva iniciar o cumprimento de sua pena sem-
pre em regime fechado, a jurisprudência não reconhece a validade de tal dispositivo.
Tanto STJ quanto STF já se posicionaram que não é obrigatório que o condenado por crime de 
tortura inicie o cumprimento da pena em regime fechado.
exTraTerriToriaLidade
A própria lei de tortura, em razão da gravidade dos delitos nela previstos, apresenta duas 
hipóteses em que a lei brasileira irá alcançar condutas praticadas fora do território nacional:
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território 
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Observações Finais sobre o Delito de Tortura
Finalmente, é importante observar as seguintes características, aplicáveis a todas as mo-
dalidades de tortura:
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Lembre-se que a progressão de regime no delito de tortura só se dá com o cumprimento de 
2/5 da pena (se o réu é primário) e de 3/5 da pena (se o réu é reincidente).
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RESUMO
Lei de Tortura – n. 9.455/1997
• No inciso I do art. 1º da lei de tortura, temos três tipos de tortura:
• Além disso, temos ainda as previsões:
• Sempre observe se a descrição realizada pelo examinador se adequa EXATAMENTE ao 
texto de lei.
Tortura Qualificada
• Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de qua-
tro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
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Penas Cominadas
Forma Majorada
• Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
−	 I – se o crime é cometido por agente público;
−	 II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, ado-
lescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
−	 III – se o crime é cometido mediante sequestro.
Perda do cargo
• A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição 
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
• Tanto o STF quanto o STJ se posicionam no sentido de que tal efeito da condenação é 
automático.
Vedações
• § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
• Tanto STJ quanto STF já se posicionaram que não é obrigatório que o condenado por 
crime de tortura inicie o cumprimento da pena em regime fechado.
• Lembre-se que a progressão de regime no delito de tortura só se dá com o cumprimento 
de 2/5 da pena (se o réu é primário) e de 3/5 da pena (se o réu é reincidente).
Extraterritorialidade
• O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em terri-
tório nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob juris-
dição brasileira.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ÁREA 3) Com base na Lei 
Antitortura e na Lei contra Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um servidor público federal, no exercício de atividade carcerária, co-
locou em perigo a saúde física de preso em virtude de excesso na imposição da disciplina, 
com a mera intenção de aplicar medida educativa, sem lhe causar sofrimento.
Nessa situação, o referido agente responderá pelo crime de tortura.
002. (FUNIVERSA/2015/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) No que diz 
respeito à legislação penal extravagante, segundo entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
Pratica crime de tortura o agente que expõe a perigo a saúde de pessoa sob sua autoridade, 
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, sujeitando-a a trabalho excessivo ou 
abusando de meios de correção ou disciplina.
003. (FUNIVERSA/2015/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) No que diz 
respeito à legislação penal extravagante, segundo entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
A condenação por crime de tortura acarretará a perda do cargo, da função ou do emprego pú-
blico e a interdição, para seu exercício, pelo triplo do prazo da pena aplicada.
004. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Em relação aos crimes contra a fé 
pública, aos crimes contra a administração pública, aos crimes de tortura e aos crimes contra 
o meio ambiente, julgue o item a seguir.
Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego 
de grave ameaça, constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofri-
mento mental.
005. (CESPE/2013/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) O agente público que submeter pessoa pre-
sa a sofrimento físico ou mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou 
resultante de medida legal, praticará o crime de tortura.
006. (CESPE/2013/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em relação aos crimes de tortura (Lei n. 
9.455/1997), aos crimes contra as relações de consumo (Lei n. 8.078/1990) e aos juizados 
especiais criminais (Lei n. 9.099/1995), julgue os itens que se seguem.
Considere a seguinte situação hipotética.
O agente carcerário X dirigiu-se ao escrivão de polícia Y para informar que, naquele instante, 
o agente carcerário Z estava cometendo crime de tortura contra um dos presos e que Z disse 
que só pararia com a tortura depois de obter a informação desejada.
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Nessa situação hipotética, se nada fizer, o escrivão Y responderá culposamente pelo crime 
de tortura.
007. (CESPE/2013/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO) Joaquim, agente penitenciário fede-
ral, foi condenado, definitivamente, a uma pena de três anos de reclusão, por crime disposto 
na Lei n. 9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de exercer a referida 
função pelo prazo de seis anos.
008. (CESPE/2013/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO) Um agente penitenciário federal de-
terminou que José, preso sob sua custódia, permanecesse de pé por dez horas ininterruptas, 
sem que pudesse beber água ou alimentar-se, como forma de castigo, já que José havia come-
tido, comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situação, esse agente cometeu crime de 
tortura, ainda que não tenha utilizado de violência ou grave ameaça contra José.
009. (CESPE/2013/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Para que um cidadão seja pro-
cessado e julgado por crime de tortura, é prescindível que esse crime deixe vestígios de or-
dem física.
010. (CESPE/2013/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) O delegado não pode ser considerado 
coautor ou partícipe da conduta do policial, pois o crime de tortura somente pode ser praticado 
de forma comissiva.
011. (CESPE/2013/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Determinado policial militar efetuou a 
prisão em flagrante de Luciano e o conduziu à delegacia de polícia. Lá, com o objetivo de fa-
zer Luciano confessar a prática dos atos que ensejaram sua prisão, o policial responsável por 
seu interrogatório cobriu sua cabeça com um saco plástico e amarrou-o no seu pescoço, asfi-
xiando-o. Como Luciano não confessou, o policial deixou-o trancado na sala de interrogatório 
durante várias horas, pendurado de cabeça para baixo, no escuro, período em que lhe dizia que, 
se ele não confessasse, seria morto. O delegado de polícia, ciente do que ocorria na sala de 
interrogatório, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do 
policial lhe provocara intenso sofrimento físico e mental.
Considerando a situação hipotética acima e o disposto na Lei Federal n. 9.455/1997, julgue o 
item subsequente.
Para a comprovação da materialidade da conduta do policial, é imprescindível a realização de 
exame de corpo de delito que confirme as agressões sofridas por Luciano.
012. (CESPE/2012/TJ-AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Suponha que João, 
penalmente capaz, movido por sadismo, submeta Sebastião, com emprego de violência, a con-
tínuo e intenso sofrimento físico, provocando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa 
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Lei n. 9.455/1997 - Crimes de Tortura
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situação, João deverá responder pelo crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a pena 
em regime inicial fechado.
013. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) O policial condena-
do por induzir, por meio de tortura praticada nas dependências do distrito policial, um acusado 
de tráfico de drogas a confessar a prática do crime perderá automaticamente o seu cargo, sen-
do desnecessário, nessa situação, que o juiz sentenciante motive a perda do cargo.
014. (CESPE/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) No crime de tortura em que a pessoa presa ou 
sujeita a medida de segurança é submetida a sofrimento físico ou mental, por intermédio da 
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal, não é exigido, para seu 
aperfeiçoamento, especial fim de agir por parte do agente, bastando, portanto, para a configu-
ração do crime, o dolo de praticar a conduta descrita no tipo objetivo.
015. (CESPE/2010/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE) É conside-
rado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso 
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter 
preventivo.
016. (IBADE/PM AC/AGENTE SOCIOEDUCATIVO/2021) Sobre o crime de tortura, previsto na 
Lei n. 9.455/1997, é correto afirmar que:
a) Aceita fiança.
b) Pode ser anistiado.
c) Não pode ser praticado por agente público.
d) A pena é aumentada se cometido contra criança ou adolescente.
e) A pena é diminuída se cometido mediante sequestro.
017. (CRS/PMMG/PM MG/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2021) Em relação à Lei n. 
9.455/1997 que define os crimes de Tortura, marque a alternativa INCORRETA:
a) Constitui crime de tortura o ato de constranger alguém com emprego de violência ou gra-
ve ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou 
religiosa.
b) O crime de tortura é imprescritível, inafiançável e suscetível de graça e anistia.
c) No crime de tortura, aumenta-se a pena de um sexto até um terço se o crime é cometido 
mediante sequestro.
d) A condenação no crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público 
e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
018. (IBGP/SEJUSP MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/ÁREA: AUXILIAR 
EDUCACIONAL/2021) Um auxiliar educacional condenado por emprego de violência contra 
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um interno menor de idade sob sua guarda, com base na Lei da Tortura, condenado a pena 
máxima, ficará recluso por:
a) 6 anos, acrescidos de mais 1/6.
b) 8 anos, acrescidos de mais 1/3.
c) 10 anos, acrescidos de mais 1/6.
d) 12 anos, acrescidos de mais 1/3.
019. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/ESPANHOL/2021) Prati-
cam o crime de tortura policiais rodoviários federais que, dentro de um posto policial, subme-
tem o autor de crime a sofrimento físico, independentemente de sua intensidade.
020. (FGV/PM CE/SOLDADO/2021) Com relação ao crime militar de tortura, assinale a afir-
mativa incorreta.
a) O sargento que presencia a tortura de outro militar por um cabo, e nada fizer para impedi-lo, 
praticará o crime militar de tortura, incorrendo no mesmo tipo penal e pena que o cabo, em 
coautoria.
b) O bem jurídico tutelado no crime de tortura é a dignidade da pessoa humana, visto que este 
tipo penal visa proteger tanto a integridade física quanto psíquica do ser humano.
c) A ação penal no crime militar de tortura será sempre pública incondicionada.
d) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
e) Se da prática do crime militar de tortura resultar lesão corporal grave, a pena aplicada será a 
de reclusão de quatro a dez anos.
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GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. C
5. E
6. E
7. C
8. C
9. C
10. E
11. E
12. E
13. C
14. C
15. C
16. d
17. b
18.b
19. E
20. a
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ÁREA 3) Com base na Lei 
Antitortura e na Lei contra Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um servidor público federal, no exercício de atividade carcerária, co-
locou em perigo a saúde física de preso em virtude de excesso na imposição da disciplina, 
com a mera intenção de aplicar medida educativa, sem lhe causar sofrimento.
Nessa situação, o referido agente responderá pelo crime de tortura.
Embora a atuação do agente público seja questionável em diversos aspectos, sua conduta não 
se amolda perfeitamente a nenhuma das previsões da lei n. 9.455/1997, de modo que não se 
configura o delito de tortura.
Lembre-se que a conduta do agente tem que se enquadrar com PERFEIÇÃO ao tipo. Do contrá-
rio, não há que se falar em tortura!
Errado.
002. (FUNIVERSA/2015/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) No que diz 
respeito à legislação penal extravagante, segundo entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
Pratica crime de tortura o agente que expõe a perigo a saúde de pessoa sob sua autoridade, 
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, sujeitando-a a trabalho excessivo ou 
abusando de meios de correção ou disciplina.
Mais uma vez, a conduta apresentada pelo examinador não integra o rol taxativo da lei da 
tortura, nem se amolda com perfeição à nenhuma das condutas previstas no art. 1º da lei n. 
9.455/1997.
Errado.
003. (FUNIVERSA/2015/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) No que diz 
respeito à legislação penal extravagante, segundo entendimento do STJ e do STF, julgue o item.
A condenação por crime de tortura acarretará a perda do cargo, da função ou do emprego pú-
blico e a interdição, para seu exercício, pelo triplo do prazo da pena aplicada.
Negativo.
Não é pelo triplo do prazo, e sim pelo DOBRO, nos moldes do art. 1 § 5º da lei em estudo:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu 
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Errado.
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004. (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Em relação aos crimes contra a fé 
pública, aos crimes contra a administração pública, aos crimes de tortura e aos crimes contra 
o meio ambiente, julgue o item a seguir.
Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego 
de grave ameaça, constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofri-
mento mental.
Agora sim! Veja como a conduta se amolda PERFEITAMENTE ao art. 1º, inciso I alínea c, da lei 
n. 9.455/1977:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico 
ou mental:
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Certo.
005. (CESPE/2013/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) O agente público que submeter pessoa pre-
sa a sofrimento físico ou mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou 
resultante de medida legal, praticará o crime de tortura.
Se o ato estiver previsto em lei ou for resultante de medida legal, não haverá a prática de tortura.
Lembre-se, por exemplo, do RDD (regime disciplinar diferenciado), que submete ao preso à me-
dida de isolamento que pode implicar em sofrimento mental (psicológico). Como há previsão 
legal para tal conduta, não há que se falar em crime de tortura!
Errado.
006. (CESPE/2013/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em relação aos crimes de tortura (Lei n. 
9.455/1997), aos crimes contra as relações de consumo (Lei n. 8.078/1990) e aos juizados 
especiais criminais (Lei n. 9.099/1995), julgue os itens que se seguem.
Considere a seguinte situação hipotética.
O agente carcerário X dirigiu-se ao escrivão de polícia Y para informar que, naquele instante, 
o agente carcerário Z estava cometendo crime de tortura contra um dos presos e que Z disse 
que só pararia com a tortura depois de obter a informação desejada.
Nessa situação hipotética, se nada fizer, o escrivão Y responderá culposamente pelo crime 
de tortura.
Não há previsão da forma CULPOSA do delito de tortura. A tortura sempre é praticada na 
forma DOLOSA.
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Não confunda OMISSÃO com CULPA. Se o agente se omitir, deverá fazê-lo de forma proposi-
tal (dolosa).
Errado.
007. (CESPE/2013/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO) Joaquim, agente penitenciário fede-
ral, foi condenado, definitivamente, a uma pena de três anos de reclusão, por crime disposto 
na Lei n. 9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de exercer a referida 
função pelo prazo de seis anos.
Exatamente isso! Se ele foi condenado a 3 anos de reclusão ficará impossibilitado de exercer a 
referida função pública pelo dobro do prazo da pena aplicada, logo seis anos. Fundamentação 
se encontra no art. 1 § 5º da lei em estudo:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu 
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Certo.
008. (CESPE/2013/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO) Um agente penitenciário federal de-
terminou que José, preso sob sua custódia, permanecesse de pé por dez horas ininterruptas, 
sem que pudesse beber água ou alimentar-se, como forma de castigo, já que José havia come-
tido, comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situação, esse agente cometeu crime de 
tortura, ainda que não tenha utilizado de violência ou grave ameaça contra José.
Isso mesmo! O agente penitenciário incorreu no art. 1 inciso II § 1º da lei da tortura:
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de 
medida legal.
Note que, nesse caso, o legislador não exigiu a prática de violência ou grave ameaça como 
elementares do delito, motivo pelo qual o item está correto.
Certo.
009. (CESPE/2013/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Para que um cidadão seja pro-
cessado e julgado por crime de tortura, é prescindível que esse crime deixe vestígios de or-
dem física.
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Lembre-se que prescindível é aquilo que não é necessário!
Dessa forma, realmente não há necessidade de que o crime de tortura deixe vestígios de or-
dem física, já que o sofrimento mental também é suficiente para a caracterizaçãodo delito.
Certo.
010. (CESPE/2013/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) O delegado não pode ser considerado 
coautor ou partícipe da conduta do policial, pois o crime de tortura somente pode ser praticado 
de forma comissiva.
Negativo. Está lá no art. 1 inciso II § 2º da lei da tortura:
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, 
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Em outras palavras: A tortura também admite a prática na forma OMISSIVA (deixar de fazer), 
não se restringindo à forma COMISSIVA (um fazer).
Errado.
011. (CESPE/2013/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) Determinado policial militar efetuou a 
prisão em flagrante de Luciano e o conduziu à delegacia de polícia. Lá, com o objetivo de fa-
zer Luciano confessar a prática dos atos que ensejaram sua prisão, o policial responsável por 
seu interrogatório cobriu sua cabeça com um saco plástico e amarrou-o no seu pescoço, asfi-
xiando-o. Como Luciano não confessou, o policial deixou-o trancado na sala de interrogatório 
durante várias horas, pendurado de cabeça para baixo, no escuro, período em que lhe dizia que, 
se ele não confessasse, seria morto. O delegado de polícia, ciente do que ocorria na sala de 
interrogatório, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do 
policial lhe provocara intenso sofrimento físico e mental.
Considerando a situação hipotética acima e o disposto na Lei Federal n. 9.455/1997, julgue o 
item subsequente.
Para a comprovação da materialidade da conduta do policial, é imprescindível a realização de 
exame de corpo de delito que confirme as agressões sofridas por Luciano.
Não há obrigatoriedade de exame de corpo de delito, pois conforme já afirmamos anteriormen-
te, nem sempre a tortura deixará vestígios físicos na vítima.
Errado.
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012. (CESPE/2012/TJ-AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Suponha que João, 
penalmente capaz, movido por sadismo, submeta Sebastião, com emprego de violência, a con-
tínuo e intenso sofrimento físico, provocando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa 
situação, João deverá responder pelo crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a pena 
em regime inicial fechado.
Essa conduta não se enquadra nas hipóteses da lei n. 9.455/1997.
Como temos afirmado reiteradamente, muito cuidado com questões sobre tortura, sempre ob-
serve se a descrição realizada pelo examinador se adequa EXATAMENTE ao texto de lei.
Não é o caso dessa assertiva!
Errado.
013. (CESPE/2012/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) O policial condena-
do por induzir, por meio de tortura praticada nas dependências do distrito policial, um acusado 
de tráfico de drogas a confessar a prática do crime perderá automaticamente o seu cargo, sen-
do desnecessário, nessa situação, que o juiz sentenciante motive a perda do cargo.
É exatamente esse o entendimento jurisprudencial vigente: é dispensável a explicitação na 
sentença dos motivos ensejadores da perda do cargo pelo agente do delito. Basta que tal 
efeito seja DECLARADO.
Lembre-se que a perda do cargo será automática.
Certo.
014. (CESPE/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) No crime de tortura em que a pessoa presa ou 
sujeita a medida de segurança é submetida a sofrimento físico ou mental, por intermédio da 
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal, não é exigido, para seu 
aperfeiçoamento, especial fim de agir por parte do agente, bastando, portanto, para a configu-
ração do crime, o dolo de praticar a conduta descrita no tipo objetivo.
De fato, em que pese a regra geral no crime de tortura ser a exigência de uma finalidade espe-
cífica (como é o caso da tortura-prova e da tortura-crime, por exemplo), a hipótese prevista no 
§1º não possui a mesma característica, por não exigir uma finalidade específica para a realiza-
ção da conduta. Gabarito, portanto, correto.
Certo.
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015. (CESPE/2010/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE) É conside-
rado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso 
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter 
preventivo.
Exatamente! Basta ler o art. 1 inciso II da lei n. 9.455/1997:
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave 
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida 
de caráter preventivo.
Certo.
016. (IBADE/PM AC/AGENTE SOCIOEDUCATIVO/2021) Sobre o crime de tortura, previsto na 
Lei n. 9.455/1997, é correto afirmar que:
a) Aceita fiança.
b) Pode ser anistiado.
c) Não pode ser praticado por agente público.
d) A pena é aumentada se cometido contra criança ou adolescente.
e) A pena é diminuída se cometido mediante sequestro.
a) Errada. O delito é inafiançável.
b) Errada. O delito não admite anistia.
c) Errada. O delito pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive agentes públicos.
d) Certa. Art. 1º, §4º, II, prevê a causa de aumento de pena de um sexto até um terço no caso de 
crime praticado contra diversos sujeitos passivos, incluindo-se crianças e adolescentes no rol.
e) Errada. A pena é aumentada (inciso III).
Letra d.
017. (CRS/PMMG/PM MG/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2021) Em relação à Lei n. 
9.455/1997 que define os crimes de Tortura, marque a alternativa INCORRETA:
a) Constitui crime de tortura o ato de constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.
b) O crime de tortura é imprescritível, inafiançável e suscetível de graça e anistia.
c) No crime de tortura, aumenta-se a pena de um sexto até um terço se o crime é cometido 
mediante sequestro.
d) A condenação no crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público 
e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
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a) Certa. Hipótese do art. 1º, I, c, da lei em estudo.
b) Errada. O delito é prescritível.
c) Certa. Inciso III do §4º da lei.
d) Certa. É a previsão do §5º.
Letra b.
018. (IBGP/SEJUSP MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/ÁREA: AUXILIAR 
EDUCACIONAL/2021) Um auxiliar educacional condenado por emprego de violência contra 
um interno menor de idade sob sua guarda, com base na Lei da Tortura, condenado a pena 
máxima, ficará recluso por:
a) 6 anos, acrescidos de mais 1/6.
b) 8 anos, acrescidos de mais 1/3.
c) 10 anos, acrescidos de mais 1/6.
d) 12 anos, acrescidos de mais 1/3.
Como sempre, acho questionáveis as assertivas que cobram a mera memorização das pe-
nas – mas é algo que tem ocorrido com relativa frequênciaem provas de legislação especial.
Conforme estudamos, a conduta se enquadra no inciso II do art. 1º da lei, e a causa de au-
mento de pena seria de um sexto até um terço (considerando-se o máximo possível, 1/3):
Art. 1º Constitui crime de tortura:
[...]
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave 
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida 
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
Gabarito, portanto, letra B.
Letra b.
019. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/ESPANHOL/2021) Pra-
ticam o crime de tortura policiais rodoviários federais que, dentro de um posto policial, sub-
metem o autor de crime a sofrimento físico, independentemente de sua intensidade.
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A referida modalidade requer sofrimento intenso. Ademais, o fato de o autor estar dentro do 
posto policial não garante que o mesmo se encontra sob a autoridade ou guarda dos Poli-
ciais Rodoviários Federais. Assim, faltam algumas das elementares do art. 1º, II, a saber:
Art. 1º Constitui crime de tortura: II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com 
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de apli-
car castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Errado.
020. (FGV/PM CE/SOLDADO/2021) Com relação ao crime militar de tortura, assinale a afir-
mativa incorreta.
a) O sargento que presencia a tortura de outro militar por um cabo, e nada fizer para impedi-lo, 
praticará o crime militar de tortura, incorrendo no mesmo tipo penal e pena que o cabo, em 
coautoria.
b) O bem jurídico tutelado no crime de tortura é a dignidade da pessoa humana, visto que este 
tipo penal visa proteger tanto a integridade física quanto psíquica do ser humano.
c) A ação penal no crime militar de tortura será sempre pública incondicionada.
d) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
e) Se da prática do crime militar de tortura resultar lesão corporal grave, a pena aplicada será a 
de reclusão de quatro a dez anos.
Todos os itens se coadunam com os aspectos legais, exceto a assertiva “A”, haja vista que nes-
se caso, o sargento responderá em tortura omissiva, e não no mesmo tipo penal que o cabo, o 
qual praticou tortura comissiva.
Letra a.
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Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	Lei n. 9.455/1997 – Crimes de Tortura
	Lei de Tortura n. 9.455/1997
	Introdução
	Conceito
	Tortura Qualificada
	Forma Majorada
	Fiança, Graça e Anistia
	Regime Inicial
	Extraterritorialidade
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 27:

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