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ESPORTES COLETIVOS II 
FUTSAL E FUTEBOL
PROF. ME. RAFAEL OCTAVIANO DE SOUZA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Aliana de Araújo Camolez
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1. HISTÓRIA DO FUTEBOL ...........................................................................................................................................9
2. HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL ......................................................................................................................9
3. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL ............................................................................................................ 12
3.1 O GOLEIRO .............................................................................................................................................................. 13
3.1.1 FUNDAMENTOS SEM BOLA ................................................................................................................................ 14
3.1.2 FUNDAMENTOS COM BOLA .............................................................................................................................. 15
3.1.3 FUNDAMENTOS INDIVIDUAIS NO FUTEBOL ................................................................................................... 16
3.1.4 FUNDAMENTOS COLETIVOS NO FUTEBOL ...................................................................................................... 18
4. ASPECTOS TÁTICOS DO FUTEBOL ........................................................................................................................ 18
4.1 FORMAS BÁSICAS DA TÁTICA ............................................................................................................................. 19
ASPECTOS RELACIONADOS AO HISTÓRICO, 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS, TÁTICOS E 
METODOLÓGICOS NO FUTEBOL
PROF. ME. RAFAEL OCTAVIANO DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS II
FUTSAL E FUTEBOL
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4.1.1 PRINCÍPIOS TÁTICOS .............................................................................................................................................19
4.1.2 PRINCÍPIOS DEFENSIVOS .................................................................................................................................. 20
4.1.3 PRINCÍPIOS OFENSIVOS .....................................................................................................................................21
5. ASPECTOS RELACIONADOS À INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO FUTEBOL.................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................................................23
SUMÁRIO DA UNIDADE ................................................................................................................................................24
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
O futebol é, antes de tudo, uma disputa entre duas equipes formadas por seres humanos. 
Sob esse prisma, trata-se do estudo do homem a partir das perspectivas tanto da Sociologia, 
que pesquisa a interação existente entre as pessoas e o meio em que estão inseridas, como da 
Antropologia, focada no ser humano e sua produção cultural. A interação dessas duas ciências 
humanas auxilia na busca por explicações e padrões para o comportamento e a maneira de 
pensar do homem. O cenário de massificação e abrangência do futebol segue as tendências da 
globalização, baseadas em três modelos bem definidos. Até a Primeira Guerra Mundial, o esporte 
viveu um período de consolidação e internacionalização; passou por uma mudança de caráter 
por meio da profissionalização; e, por fim, transformou-se em negócio a partir da exploração das 
marcas.
Em função da globalização, a preparação desportiva foi um dos campos da ciência que 
mais evoluiu nas últimas décadas. Desde os primeiros jogos olímpicos e ainda no período da 
Arte (a.C.), estudiosos vêm realizando os mais diversos experimentos na área da preparação 
desportiva, mais conhecida como área do treinamento desportivo. O treinamento desportivo 
é considerado um processo que utiliza o exercício físico como meio para se tentar alcançar um 
nível mais ou menos elevado (WEINECK, 1999) a partir do uso racional de meios, métodos, 
formas e condições (MATVEEV, 1983), seguindo-se um planejamento definido por objetivos 
parciais.
O processo de treinamento tem vários objetivos e depende muito dos níveis de 
desenvolvimento (WEINECK, 1999): o treinamento de alto desempenho para atletas; o 
treinamento de adaptações para aptidão; o treinamento de reabilitação para a recuperação; o 
treinamento técnico para melhorar os fundamentos; o treinamento tático para melhorar as ações 
táticas ofensivas e defensivas, sejam coletivas sejam individuais; e o treinamento de crianças e 
adolescentes, respeitando-se o processo de crescimento e maturação biológica.
Com relação aos jovens atletas, diversas pesquisas já comprovaram que os treinamentos 
não devem seguir o mesmo modelo empregado para adultos. Existem diferenças peculiares que 
devem ser respeitadas, como os indicadores biológicos responsáveis pela determinação do estágio 
maturacional, os conceitos de crescimento físico, composição corporal, além dos indicadores do 
comportamento e do desempenho motor do jovem atleta.
Diante dessas dificuldades, a Unidade 1 tem por objetivo contribuir para o entendimento 
e melhoria na capacidade dos acadêmicos de Educação Física para trabalharem com o futebol, 
apresentando contextos sobre a sua história, sua história no Brasil, seus fundamentos técnicos e 
táticos, seus princípios metodológicos e a influência da mídia no esporte.
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Quanto aos indicadores biológicos nos atletas de futebol, podem-se citar: 
a) O crescimento físico, que se caracteriza como um processo dinâmico que 
ocorre durante toda a vida, desde a concepção até à morte,definido como o 
aumento no número e no tamanho das células que compõem os diversos tecidos 
do organismo (MALINA, 2003).
b) A maturação, caracterizada por um processo evolutivo do indivíduo, devendo 
ser entendida como o conjunto de mudanças biológicas ocorridas de forma 
sequencial e ordenada, levando-o a atingir o estado adulto (MARTIN et al., 2001).
c) A composição corporal caracterizada como uma variável cineantropométrica, 
devendo fazer parte de uma avaliação funcional (RIBEIRO; LUZARDO; DE ROSE, 
1980).
Com relação aos indicadores do comportamento motor em jogadores de futebol, 
podemos destacar: 
a) O comportamento humano, que, em um sentido geral, pode ser definido como 
toda ação observável em um sistema aberto, em que todo organismo humano 
é limitado e dirigido pela maturação (biológica) de suas estruturas anatômicas 
e de sua organização neurológica, assim como os efeitos acumulativos da 
aprendizagem pela experiência (PEREIRA, 2004).
b) O desenvolvimento motor, que se refere às mudanças que o ser humano 
sofre ao longo da sua existência (RUIZ-PEREZ, 1987) e, mais especificamente, 
pode-se definir como o conjunto de fenômenos que, de forma inter-relacionada, 
permite ao indivíduo uma sequência de modificações evolutivas que vão desde 
a concepção até à morte, as quais refletem as diferentes etapas ou fases do ser 
humano (GUEDES; GUEDES, 1997).
c) A especialização precoce, caracterizada pelo treinamento de vários anos em 
um esporte específico, permitindo a aquisição de habilidades motoras relacionadas 
ao sucesso que os garotos podem alcançar (WIERSMA, 2000).
Acerca dos indicadores do desempenho motor, podem-se destacar aspectos 
relacionados à(ao): 
a) Treinamento desportivo.
b) Carga de treinamento.
c) Coordenação.
d) Força. 
e) Resistência. 
f) Velocidade.
g) Flexibilidade.
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Para informações sobre a história do futebol no Brasil, indica-se a 
obra:
GUTERMAN, M. O futebol explica o Brasil: uma história 
da maior expressão popular do país. São Paulo: Contexto, 
2009. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.
br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol#/legacy/1517.
Para informações sobre os métodos de treinamento, indicamos:
FONSECA, G. Jogos de Futsal: da aprendizagem 
ao treinamento. 2. ed. Caixas do Sul: Educs, 2011. 
Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.
br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/
legacy/2970.
Para informações sobre a posição de goleiros, a indicação é:
SÍMON, L. A. Os 11 maiores goleiros do futebol brasileiro. São Paulo: 
Contexto, 2010. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.
br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=6&section=0#/
legacy/1713.
Para auxiliar na compreensão sobre os métodos de treinamento 
do futebol, assistir ao vídeo Método Analítico Sintético e Global 
Funcional no Futebol, de Moacir Pereira Junior, disponível no link 
https://www.youtube.com/watch?v=5sMfhcyGXys.
E para orientações sobre os fundamentos técnicos do futebol, 
acessar o vídeo Fundamentos técnicos do futebol, disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=SoTSdJoMl-s.
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol#/legacy/1517
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol#/legacy/1517
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/legacy/2970
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/legacy/2970
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No processo de ensino e aprendizagem do futebol, utilizam-se usualmente três 
métodos: o método parcial, chamado também de método analítico, o método 
global e o método global-recreativo (ou misto). 
No método parcial ou analítico, o ensino da modalidade baseia-se no 
desenvolvimento das habilidades do jogo por meio de exercícios técnicos para, a 
partir de uma aprendizagem por parte do aluno, introduzir sua prática. O método 
global preconiza o ensino do jogo desde cedo pela aplicação de séries de jogos, 
partindo-se de pequenos jogos e jogos simplificados até se chegar ao grande jogo. 
Por sua vez, o método misto ou global-recreativo defende a utilização da série de 
jogos (como no método global), mas associada à prática paralela de exercícios 
técnicos para reforço ou aprimoramento do gesto técnico do esporte (FONSECA, 
2011). Nesse sentido, qual o melhor método para se aplicar no desenvolvimento 
da prática de futebol com jovens iniciantes?
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1. HISTÓRIA DO FUTEBOL
A origem do futebol possui diferentes versões. Há indícios que apontam o surgimento de 
um esporte com características semelhantes ao praticado nos países asiáticos, há aproximadamente 
3.000 a.C. Na China, existem registros de que esse protótipo de futebol era praticado como um 
treino militar. Em contrapartida, no Japão, existia o Kemari.
Na Grécia Antiga, os gregos criaram um esporte também semelhante ao futebol, chamado 
Epyskiros. Os soldados, na cidade de Esparta, jogavam com uma bola feita com bexiga de boi, 
recheada com areia ou terra. Os registros afirmam que o domínio dos romanos sobre os gregos fez 
com que aqueles adotassem o esporte grego, entretanto, de cunho bem mais violento, chamado 
de Harpastum (FURTADO; OLIVEIRA, 2020).
Relatos indicam a presença de outro jogo, composto por 27 jogadores com funções 
distintas: corredores, atacantes, sacadores e defensores. O Soule, como era chamado, era disputado 
na França durante a Idade Média. O esporte tinha regras bem violentas visto que era uma variação 
do Harpastum dos romanos. O novo modelo de um “suposto futebol” tinha como regras válidas 
socos, pontapés, rasteiras e diversos golpes violentos. Era uma disputa que agradava a aristocracia: 
a realeza francesa gostava, e o Rei Henrique II apoiava a prática (FURTADO; OLIVEIRA, 2020).
Ainda na Idade Média, surgiu na cidade de Florença, Itália, outro jogo, chamado Gioco 
Del Calcio ou Calcio Fiorentino. Estabelecido na cidade italiana, o esporte tinha aspectos do 
Soule, violento como este, e contava com a participação de 27 jogadores. Era praticado em praças, 
em cujas extremidades havia dois postes paralelos. O objetivo era levar a bola até esses postes 
(FURTADO; OLIVEIRA, 2020).
O primeiro relato de equipes italianas se enfrentando foi em 1529, quando a Itália era 
dominada por duas facções políticas de aristocráticos, os quais competiram em um violento jogo 
de bola durante horas. Uniformizados, uma equipe de verde e a outra de roupas brancas, a bola 
podia ser jogada com os pés ou com as mãos. Giovanni di Bardi, em meados de 1580, estabeleceu 
regras para o referido esporte. Agora, o jogo não teria limite para jogadores e seria necessária 
a participação de cerca de dez árbitros para controlar a partida, ou seja, a parte da violência 
exacerbada foi retirada quando ele passou a ser praticado nas praças. Para os italianos, o futebol 
recebeu o nome de Cálcio (FURTADO; OLIVEIRA, 2020).
2. HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL
O futebol tupiniquim deu sorte assim que nasceu. Embora tenha sido introduzido no 
Brasil no fim do século XIX com um inconfundível sotaque britânico, o tipo de jogo adotado 
possuía em seu DNA características que logo o distinguiriam do futebol então praticado na 
Europa. Charles Miller, um dos principais introdutores do futebol no Brasil, era adepto do 
dribbling, ou do drible, maneira insinuante de superar os zagueirospara se chegar ao gol. Miller 
poderia gostar do passing, isto é, da troca de passes, que, desde aquela época, fazia do futebol 
europeu essencialmente técnico e eficiente – e monótono. Se nosso pioneiro tivesse em seu 
próprio código genético o traço brasileiro, talvez tivéssemos sido somente súditos do jogo em que 
apenas a vitória interessava e, provavelmente, não faríamos história como o País que encantou o 
mundo com seus malabarismos e sua arte imprevisível (GUTERMAN, 2009).
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Charles William Miller nasceu em São Paulo, em 24 de novembro de 1874, filho do 
engenheiro escocês John Miller e da brasileira Carlota Alexandrina Fox Miller. Carlota, por sua 
vez, era filha dos ingleses Henry Fox e Harriett Mathilda Rudge Fox. Ou seja, a família Miller tinha 
acentuado sotaque britânico, resultado de um conjunto de fatores que transformaram São Paulo 
em centro de atração do capital inglês no período derradeiro do século XIX. O pai de Miller viera 
ao Brasil para trabalhar na São Paulo Railway ou San Paulo (Brazilian) Railway Company Limited, 
como consta dos documentos da empresa na Inglaterra, em meio ao boom das construções de 
ferrovias no Brasil (GUTERMAN, 2009).
Figura 1 – Charles Miller (sentado com a bola) e seus companheiros do São Paulo Athletic em 1904: o mais impor-
tante pioneiro do futebol brasileiro. Fonte: Guterman (2009).
O futebol chegou ao Brasil com status de esporte de elite. Na Inglaterra, já era jogado 
por operários de fábricas, mas adentrou as terras brasileiras por meio de estudantes de classe 
alta, que voltavam do Reino Unido com bolas e chuteiras na bagagem, como foram os casos de 
Charles Miller e Oscar Cox, os pioneiros da modalidade. No entanto, não demorou muito para 
que o football conquistasse os operários e trabalhadores também no Brasil (OBSERVATÓRIO DA 
DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO FUTEBOL, 2020).
O exemplo mais simbólico é o do Bangu Atlético Clube, time fundado por ingleses, mas 
formado, em grande parte, pelos operários da Fábrica de Tecidos Bangu, no subúrbio do Rio de 
Janeiro. O clube foi o primeiro no Estado a escalar um atleta negro, Francisco Carregal, em 1905. 
O feito fez com que, em 1907, a Liga Metropolitana de Football (equivalente à atual Federação 
de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ)) publicasse uma nota proibindo o registro de 
“pessoas de cor” como atletas amadores de futebol. O clube, então, optou por abandonar a Liga 
e não disputar o Campeonato Carioca (OBSERVATÓRIO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO 
FUTEBOL, 2020).
Com a massificação, o futebol passou a ter também importância política. Exemplo disso 
foi a briga, em 1934, entre a Federação Brasileira de Futebol (FBF), a favor da profissionalização, 
e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pró-amadorismo. O Brasil, mais uma vez, não 
enviou sua melhor equipe. A seleção brasileira fez a sua pior campanha em Copas, terminando 
em 14° lugar, com apenas um jogo e uma derrota para a Espanha, por 3 a 1. A Copa de 1934 foi 
marcada, dentro de campo, por reflexos do poder político-ideológico no auge do fascismo (G1, 
2020).
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Com a globalização, o futebol passou a ser objeto de hegemonia planetária. O Brasil passou 
a perseguir o título como uma obsessão, um projeto de afirmação nacional. Esse fenômeno ficou 
claro com a organização e participação na Copa de 1950 no País, quando fomos derrotados de 
virada pelo Uruguai na final. Porém, a evidência maior ocorreu em 1970, na Copa do México, 
quando a ditadura militar transformou cada vitória brasileira em sintonia das nossas imensas 
possibilidades.
Figura 2 – Jairzinho passa como quer pela defesa da Tchecoslováquia na estreia da seleção na Copa de 1970: vitória 
com efeitos políticos. Fonte: Guterman (2009).
 
Na década de 1980, paralelo a crises econômicas e desorganização administrativa, o 
futebol brasileiro passou a exportar seus craques na chamada década perdida. Amantes brasileiros 
do futebol passaram a acompanhar os campeonatos europeus pela TV aberta. A globalização 
entrou em campo, os times da Europa se transformaram em seleções, e a seleção brasileira, em 
“seleção estrangeira”.
Figura 3 – Na foto oficial, os jogadores da seleção brasileira, que disputou a Copa de 1990 escondendo o patrocínio 
da Pepsi: o futebol vira um grande negócio. Fonte: Guterman (2009).
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A conquista das Copas de 1994 e 2002 mostrou que o Brasil ainda tinha algo de diferente 
entre as principais seleções: a sua imprevisibilidade, personificada por jogadores como Romário, 
Rivaldo e Ronaldo, além, é claro, da afirmação nacional, aliada à confirmação da democracia no 
País, bem como o resgate de séculos de dívida social.
Figura 4 – Cafu ergue a taça após a conquista do penta no Japão, em 2002: homenagem ao Jardim Irene lembra a 
origem miserável dos heróis nacionais. Fonte: Guterman (2009).
3. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL
A técnica é um dos componentes da ação motora que representa o maior domínio 
de movimentos, considerada por Torrelles e Frattarola (2000) como a manifestação de um 
determinado nível de habilidade dentro de uma ação. Essa ação pode ser individual ou coletiva 
e está relacionada aos aspectos táticos, psicológicos e físicos (FALKOWSKI; MARTINEZ, 1979). 
Então, pode-se ressaltar que, quando a técnica está bem desenvolvida, o maior rendimento reflete-
se no desempenho individual e coletivo e, algumas vezes, nos resultados. No entanto, o sucesso 
não depende exclusivamente de uma correta execução técnica (COVELO, 2005): habilidade e 
astúcia possuem também papel importante durante o jogo.
Nesse contexto, a técnica desportiva pode ser definida como o conjunto de movimentos 
que permitem adaptar o comportamento motor do desportista às características dos aparelhos, 
dos materiais, do ambiente e, sobretudo, dos adversários, com o objetivo de procurar a melhor 
utilização em uma determinada situação de competição, tendo em conta as regras do jogo, as 
habilidades, capacidades motoras e as características antropométricas e psicológicas do esportista 
e/ou da equipe (COVELO, 2005).
A técnica requer uma série de destrezas e habilidades para o domínio da bola (MORENO, 
2003), especialmente em condições de pressão, em que os jogadores podem fazer uso da técnica 
em benefício próprio ou do conjunto. Partindo-se dessa ótica, pode ser classificada em individual, 
bem como, segundo as ações motoras, em “com” ou “sem bola”.
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Em contrapartida, Scaglia (1996) sistematiza os fundamentos em função dos conteúdos. 
São fundamentos básicos: o passe, o domínio, a condução, o drible, o chute, o cabeceio e o 
desarme; são fundamentos derivados: os lançamentos, os cruzamentos, a cobrança de falta, o 
pênalti, a tabelinha, o arremesso lateral e o escanteio; e fundamentos específicos são os que estão 
relacionados às funções próprias do jogador pela posição de jogo (ARRUDA, 2010).
Figura 5 – Classificação dos fundamentos técnicos do futebol. Fonte: Arruda (2010).
3.1 O Goleiro
O goleiro é um jogador que pode usar as mãos e os pés para resolver situações defensivas 
e ofensivas em diferentes momentos do jogo. Essa capacidade de resolução dependerá das 
condições externas, caracterizadas por um alto nível de incerteza temporal e situacional (quando 
e o que vai acontecer) e pelas condições internas associadas à competência do sujeito (ARRUDA, 
2010).
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Por essa razão, o goleiro é um elemento da equipe com múltiplas funções, dependendode 
funções com ou sem bola (ARRUDA, 2010).
Figura 6 – Goleiro Castilho defendendo as cores do Fluminense. Fonte: Símon (2010).
3.1.1 Fundamentos sem bola
É quando o goleiro atua durante o jogo em função de intenções defensivas e ofensivas, 
utilizando suas próprias ações motoras, que lhe permitem relacionar-se com as constantes do 
jogo, por exemplo, com um companheiro, adversário, espaço ou com a bola. A técnica sem bola 
inclui a posição básica, a colocação e os deslocamentos.
- Posição básica: refere-se à posição que o goleiro adota quando o adversário tem a 
posse de bola, uma situação ofensiva para o atacante e defensiva para o goleiro. Cada goleiro 
tem seu próprio estilo e desenvolve uma sequência inicial com deslocamentos, posição básica, 
deslocamentos etc., seguindo a trajetória da bola.
- Colocação do goleiro: é quando o goleiro está posicionado no terreno de jogo em 
relação à bola e ao gol, mantendo sempre uma bissetriz, sem descuidar da posição básica e da 
trajetória da bola.
- Deslocamentos: no transcorrer do jogo, cada goleiro tem seu próprio estilo, realizando 
deslocamentos laterais, adiante, atrás, pequenos saltos, dentre outras ações motoras. Geralmente, 
essas ações são rápidas e de pequena dimensão.
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Figura 7 – Tipos de deslocamentos que os goleiros executam. Fonte: Arruda (2010).
3.1.2 Fundamentos com bola
O goleiro interage com o jogo, criando um novo sistema dinâmico de relações, e atua em 
função do desenvolvimento de suas habilidades, tentando solucionar de uma ou de outra forma, 
fazendo uso de fundamentos técnicos, como a pegada da bola, a defesa, a saída de gol, a situação 
de um a um e a reposição de jogo.
- Pegada da bola: é a ação técnica que o goleiro executa para segurar a bola com as mãos, 
às vezes, com a ajuda do peito segundo as circunstâncias do jogo. As formas da pegada da 
bola podem ser: alta, meia altura e pegada na altura do peito.
- Defesa: consiste em segurar, desviar, bloquear a bola ou, ainda, evitar a saída da bola do 
terreno de jogo (a bola não sai do terreno). Essa ação se classifica em defesa central (baixa, 
média e alta) e lateral (esquerda e direita, alta e baixa).
- Saída de gol: é uma ação motora em que o goleiro abandona a meta para pegar, antecipar 
ou interceptar a bola. As saídas podem ser de dois tipos: baixa e alta. Cada uma delas 
pode ser frontal e diagonal.
- Enfrentamento: ocorre quando o atacante se encontra com a bola perto do gol, com 
possibilidade de chutar ou realizar um drible. Portanto, a velocidade de reação do goleiro 
deve ser imediata, com o propósito de impedir que o gol seja marcado.
- Reposição de jogo: este fundamento é importante uma vez que o goleiro tem a bola em 
seu poder e decide realizar um lançamento antes dos seis segundos, com o pé ou a mão. 
Também pode ser executado como o tiro de meta ou como consequência de infrações.
O rendimento esportivo está determinado pela relação ótima entre os componentes, 
como a condição física, tática e técnica para a melhoria dos fundamentos para o jogador de linha 
(ARRUDA, 2010).
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3.1.3 Fundamentos individuais no futebol
Esses fundamentos são utilizados pelos jogadores de uma equipe em benefício próprio a 
fim de executarem uma ação motora sem a ajuda de um companheiro, ou seja, de forma individual 
até onde as regras lhes permitam.
a. Condução de bola
É a ação de levar a bola pelo chão com os pés sem perder seu controle. Esse fundamento 
pode se realizar com todas as superfícies de contato, permitindo avançar e proteger a bola em um 
determinado espaço de jogo. Permite também preparar o drible, realizar uma mudança de ritmo, 
retardar o jogo, dentre outras ações, dependendo das circunstâncias do jogo.
- Quanto à superfície de contato:
 - Interior do pé.
 - Exterior do pé.
 - Empine do pé.
 - Ponta do pé.
 - Planta do pé.
- Quanto à trajetória:
 - Condução em linha reta.
 - Condução em zigue-zague.
 - Condução lateral.
 - Condução com mudança de direção.
 - Condução com frenagens.
b. Drible
É uma ação motora em que o jogador que está com a posse da bola tem a clara intenção 
de superar o adversário.
- Drible simples:
 - Com apenas um toque.
- Complexos:
 - Finta.
 - Vários toques.
c. Chute
O chute é a última ação motora que o jogador realiza em direção ao gol. Para conseguir o 
objetivo, é necessário que o jogador disponha de uma situação clara que permita o lançamento à 
meta com suficiente potência, precisão e rapidez.
- Superfície de contato:
 - Peito do pé (interior e exterior).
 - Ponta do pé.
 - Joelho e cabeça.
- Altura da bola:
 - Baixa, média e alta.
- Direção da bola:
 - Linha reta, cruzada ou diagonal, e com efeito.
 
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d. Controle de bola
É a habilidade de dominar a bola com qualquer superfície corporal e realizar jogadas 
utilizando um mínimo de esforço e velocidade máxima. Serve para avançar com garantia, 
segurança, buscando espaços livres e mantendo a posse da bola, deixando-a em condições ótimas 
para ser jogada.
Figura 8 – Raí controlando a bola e o adversário russo, na Copa de 1994. Fonte: Barreto (2010).
- Segundo a execução:
 - Controle com orientação e sem orientação.
- Segundo a altura da bola:
 - Baixa, média e alta.
- Segundo as superfícies de contato:
 - Pé, planta, interior e exterior, ponta e peito do pé.
 - Coxa, perna, abdômen, peito e cabeça.
 
e. Cabeceio
O cabeceio é a capacidade de impulsionar a bola utilizando a cabeça, e seu domínio é 
decisivo em situações defensivas e ofensivas, permitindo, em ações defensivas, a interceptação 
por desvio, buscando afastar o perigo ou antecipar a jogada. Uma situação ofensiva pode se 
transformar em passe, como amortecimento ou chute. Para a realização do cabeceio antes de se 
ter contato com a bola, são necessárias adequadas percepção, decisão e capacidade de execução.
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- Superfície de contato:
 - Frontal, parietal, occipital.
- Direção:
 - Para frente, para lateral e para trás.
- Posição:
 - Parado, salto vertical, corridas com e sem salto.
3.1.4 Fundamentos coletivos no futebol
São os fundamentos que necessitam de dois ou mais jogadores para se desenvolver uma 
ação motora e são utilizados pelos jogadores para obter benefício em conjunto ou em equipe 
(ARRUDA, 2010).
a. Passe
É uma ação técnico-tática que relaciona ou comunica dois ou mais componentes da 
mesma equipe mediante o envio da bola, realizado em distintas direções e trajetórias, assim como 
a utilização sistemática de diversas superfícies de contato.
- Distância:
 - Curtos, médios e longos.
- Altura:
 - Rasteira, média e alta.
- Direção:
 - Para frente, para trás, horizontal e diagonal.
- Quantidades:
 - Um toque, dois toques, mais de dois toques.
- Superfície de contato:
 - Interior e exterior do pé, peito, bico e sola do pé.
b. Arremesso lateral
É uma ação motora que permite o uso das mãos desde a linha lateral para colocar a bola 
em jogo. Alguns autores consideram que o arremesso lateral deve ser trabalhado como parte da 
estratégia. A técnica e as regras permitem que o arremesso possa ser executado parado ou por 
meio de uma corrida e não pode ser passado às mãos do goleiro.
4. ASPECTOS TÁTICOS DO FUTEBOL
A tática refere-se à totalidade das ações individuais e coletivas que realizam os jogadores de 
uma equipe por meio de movimentos, deslocamentos e posições em que as capacidades técnicas, 
físicas e psicológicas possuem papel importante no transcorrer do jogo, podendo influenciar 
no desempenho tático de uma equipe. Em contrapartida, é considerada a arte de pôras coisas 
em ordem e de desenvolver as tarefas no momento exato e obter uma posição ótima. A tática 
dos jogos apresenta algumas características que podem ser resumidas como a luta pela vitória, 
lograr o objetivo parcial, as rápidas decisões dos desportistas em função das ações dos oponentes 
(ARRUDA, 2010).
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Com base nesses argumentos, a tática pode se definir como a capacidade de direção e 
utilização racional dos jogadores dentro do campo para o desenvolvimento e a organização de 
situações ofensivas e defensivas, as quais devem ser praticadas com antecipação e adaptáveis a 
diversas situações do jogo, buscando o resultado ótimo segundo os objetivos traçados.
4.1 Formas Básicas da Tática
O futebol é considerado uma das tarefas de máxima complexidade perceptiva (CASTILLO 
et al., 2000) que, ao longo dos anos, tem passado por nítidas mudanças na movimentação dos 
jogadores no campo, mudanças que são, sem dúvida, o resultado de cuidadosos esquemas 
elaborados ante os desafios, mais do que improvisações. Porém, é necessário reforçar e enriquecer 
constantemente esses esquemas nos jogadores (MORENO, 2001) com o objetivo de promover 
adaptações permanentes durante o jogo.
A tática engloba, então, duas formas: uma, que é estratégica ou organizada; e outra, que é 
considerada improvisada (sem nenhum tipo de planejamento).
a. Estratégica
Essa forma básica refere-se ao uso das capacidades mentais em função de um conjunto de 
antecedentes e do conhecimento sobre os próprios princípios do jogo. É a partir desses requisitos 
que se faz uso do planejamento para a direção tática. Essa forma possibilita ao técnico o domínio 
total do comando da equipe por meio da organização e do planejamento das tarefas, por mínimas 
que sejam (GARCIA VALDES, 1982).
b. Improvisada
São ações que se desenvolvem durante o jogo, e o técnico, pela observação, faz uma leitura 
tentando promover correções sem nenhum tipo de organização para alcançar rapidamente o 
resultado. Essa forma não decorre de esquemas e, basicamente, a improvisação depende do talento 
do jogador, da leitura do jogo realizada pelo técnico e da capacidade de decisão no momento 
exato (ARRUDA, 2010).
4.1.1 Princípios táticos
Os princípios táticos, tanto os ofensivos como os defensivos, permitem ao jogador 
conhecer os conceitos básicos do jogo a partir de uma sequência de movimentos, divididos por 
Friselli e Mantovani (1999) em três momentos: movimentos, evoluções e ações conjuntas. Dentro 
dessa sequência, apresentam-se todos os princípios da tática, que devem ser de amplo domínio 
por parte dos jogadores.
a. Movimentos (movimentação)
São realizações de movimentos sem bola dentro do campo e oposição de uma equipe, 
tentando automatizar os movimentos.
b. Evoluções
É o desenvolvimento dos movimentos ensaiados, usando duas equipes e a bola, com 
evolução passiva.
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c. Ações individuais
É a realização das evoluções com bola e uma equipe adversária, tendo como objetivo a 
aproximação à realidade.
4.1.2 Princípios defensivos
Permitem trabalhar em equipe, tendo como objetivo o retardo do jogo, o equilíbrio, a 
concentração e a recuperação da bola (LA84 FOUNDATION, 2008).
Figura 9 – Princípios de evolução defensiva da tática do futebol. Fonte: Arruda (2010).
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4.1.3 Princípios ofensivos
Esses princípios permitem o trabalho em equipe para manter o controle da bola, assim 
como a mobilidade, a penetração e a improvisação durante a posse da bola. Seu objetivo final é 
levar a bola ao gol da equipe adversária.
Figura 10 – Princípios de evolução ofensiva da tática do futebol. Fonte: Arruda (2010).
5. ASPECTOS RELACIONADOS À INFLUÊNCIA DA MÍDIA 
NO FUTEBOL
Aproximadamente 13.000.000 de pessoas são praticantes de futebol no Brasil. Cerca 
de 82% da população brasileira acompanham o futebol por meio da mídia, e 64 % das pessoas 
acima de 16 anos torcem por algum time. 209 países são associados à Federação Internacional de 
Futebol (FIFA), número que é superior aos 205 do Comitê Olímpico Internacional (COI) e aos 
193 da Organização das Nações Unidas (ONU) (BRASIL, 2015). O futebol tem o significativo 
poder de dar suporte a mudanças sociais no País.
Quase 1.000 partidas foram transmitidas por duas das principais divisões do Campeonato 
Nacional (TVs abertas, segmentadas, pay-per-view). Somando-se os campeonatos internacionais, 
as copas continentais e nacionais, os torneios regionais e as eliminatórias, o número de horas 
dedicadas ao futebol na televisão ultrapassa 10.000 ao ano (TELLES, 2013).
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Em 1987, com a criação do Clube dos 13, a Rede Globo vence a licitação após desembolsar 
3.4 milhões de dólares pela exclusividade das transmissões. Em 1996, foram restringidas as 
transmissões de jogos para as praças onde eram realizadas. O então presidente do Clube dos 13, 
Senhor Fabio Koff, realiza a revisão dos contratos de renovação automática. Em 1997, a Rede Globo 
volta a vencer o processo licitatório mesmo com valores inferiores aos do SBT, sob o argumento 
da disponibilização de TV por assinatura e venda para o pay-per-view. Em 2003, o Campeonato 
Brasileiro volta a ser organizado pela CBF, e a Rede Globo vence novamente seus concorrentes. O 
campeonato passa a ser disputado por pontos corridos. Em 2011, A Rede TV apresenta melhor 
proposta, e a Rede Globo passa a negociar diretamente com os clubes (SANTOS, 2013). Em 2019, 
o Canal Esporte Interativo no Brasil passa a negociar com alguns clubes para a TV paga; a Globo 
fica com outros e com a TV aberta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a aprendizagem do futebol for feita em uma escola regular, de Ensino Fundamental ou 
Médio, não faz sentido falar em classificação dos alunos por níveis de desenvolvimento. Na escola, 
o futebol deve ser matéria de ensino como outra qualquer. Os alunos devem aprender futebol 
como aprendem Matemática, Ciências, Português etc. Há um programa de Educação Física a 
ser cumprido, que deve incluir os esportes de modo geral. No entanto, com a proliferação das 
escolinhas de futebol, há um número muito grande de meninos e meninas que as frequentam e 
precisam de orientação segura e oportunidades para desenvolver suas habilidades. Essa orientação 
deve ser coerente, respeitando-se o desenvolvimento biológico, psicológico e social dos alunos.
Ensinando na escola regular ou na escola específica, o futebol deve contribuir para que 
o aprendiz possa usufruir dele na sua vida de cidadão. Não importa o que a criança venha a ser 
quando adulta; ela tem de adquirir recursos para viver com dignidade. Isso supõe oportunidades 
para desenvolver a inteligência prática, a inteligência conceitual, as relações com os outros, os 
sentimentos e a motricidade.
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U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................26
1. HISTÓRIA DO FUTSAL .............................................................................................................................................30
2. METODOLOGIA ........................................................................................................................................................30
3. CARACTERÍSTICAS DOS JOGOS ESPORTIVOS ....................................................................................................32
4. COMPONENTESDOS JOGOS ESPORTIVOS .........................................................................................................32
4.1 COMPONENTES DA TÉCNICA INDIVIDUAL ........................................................................................................33
4.2 COMPONENTES TÁTICOS ....................................................................................................................................33
4.3 COMPONENTES FÍSICOS .....................................................................................................................................35
5. PLANEJAMENTO DAS AULAS E DOS TREINOS ....................................................................................................35
5.1 JOGOS RECREATIVOS ............................................................................................................................................36
ASPECTOS RELACIONADOS AO HISTÓRICO, 
À METODOLOGIA E AOS FUNDAMENTOS 
TÉCNICOS, TÁTICOS E FÍSICOS NO FUTSAL
PROF. ME. RAFAEL OCTAVIANO DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS II
FUTSAL E FUTEBOL
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5.1.1 JOGOS PREPARATÓRIOS .....................................................................................................................................37
5.1.2 JOGOS DE TREINAMENTO ..................................................................................................................................39
6. ASPECTOS DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTSAL ................................................................................................41
6.1 DIVISÃO DAS FASES DO TREINAMENTO FÍSICO ................................................................................................42
6.1.1 PERÍODO PREPARATÓRIO ...................................................................................................................................42
6.1.2 PERÍODO PRÉ-COMPETITIVO ............................................................................................................................43
6.1.3 PERÍODO COMPETITIVO .....................................................................................................................................43
6.2 PLANEJAMENTO APLICADO ÀS FASES DO TREINAMENTO .............................................................................44
6.3 TREINAMENTO DE ACORDO COM SUA PREDOMINÂNCIA ..............................................................................45
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................................48
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INTRODUÇÃO
A presença do futebol é marcante na vida da população brasileira, sendo algo a mais 
do que um esporte: demonstra um traço da cultura nacional pela paixão de um País dominado 
pelo movimento da bola. No caso do futsal, não existe muita diferença, pois o esporte cresce a 
cada dia, principalmente por atender a necessidades momentâneas que o futebol de campo não 
é capaz de resolver. Podem-se citar como exemplos dessa diferença a agilidade e emoção do jogo 
que surge a cada novo momento. Mesmo que uma equipe tenha mais de um gol de vantagem 
sobre o adversário, o jogo, nos seus segundos finais, ainda não está definido, o que o difere do 
futebol de campo.
Outro fator que demonstra diferenças entre os esportes são as alternativas táticas 
e técnicas apresentadas a cada momento em uma partida, possibilitadas logicamente pela 
velocidade e dinâmica do jogo, além, é claro, da regra que permite ao técnico experimentar as 
estratégias mais variadas durante uma partida. O pequeno espaço do campo de jogo do futsal, 
em comparação ao do futebol, obriga o praticante a ter um bom domínio da técnica, havendo 
necessidade de mudanças à medida que o nível de exigência e competitividade vai aumentando. 
Nesse último contexto, o jogo individual se torna plasticamente bonito pela presença de dribles e 
de outras ações em pequenos espaços da quadra. No que diz respeito ao jogo coletivo, ele mostra 
claramente a “amarração” das partes pelos movimentos organizados, demonstrados nas jogadas 
ensaiadas (FONSECA, 2011).
Além disso, não se pode esquecer que, em comparação ao futebol, o futsal necessita, como 
já salientado, de um espaço relativamente pequeno para a sua prática e, consequentemente, de 
um menor número de pessoas para que seja desenvolvido, fato que nos grandes centros urbanos 
impulsiona sua multiplicação (FONSECA, 2011).
Diante dessas dificuldades, a Unidade 2 tem por objetivo contribuir para o entendimento 
e melhoria na capacidade dos acadêmicos de Educação Física para trabalharem com a 
modalidade, apresentando contextos sobre a história do futsal, sua metodologia, as características 
e componentes dos jogos desportivos, o planejamento de aulas e treinos e a preparação física.
De acordo com Andrade Jr. (2007), a iniciação ao futsal está dividida em:
1 – Escolinhas particulares, clubes e associações, que visam ao lucro, e, para 
obterem lucro, precisam ter um grande número de alunos, perdendo, assim, 
a qualidade das aulas. Também existe a cobrança dos pais, que, muitas vezes, 
comparam seus filhos aos outros, questionando os ensinamentos do professor, 
como se existisse uma fórmula para o rápido desenvolvimento de uma criança.
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2 – Nas escolas e colégios: acreditamos, sem dúvida, que são o melhor lugar para 
o aprendizado, pois não existe cobrança por resultados nem por lucro. Atende-se 
aos alunos, ofertando-lhes atividades esportivas em horários diferenciados e bem 
estruturados, não existindo pressão por parte dos pais. A criança se desenvolve 
livremente e escolhe o esporte que mais lhe agrada. Pratica-o com alegria e 
espontaneidade; participa de competições colegiais em que o nível técnico dos 
alunos é bem parecido e, consequentemente, estando em um ambiente mais 
tranquilo, seu rendimento será melhor.
3 – Competições oficias dos clubes e associações. A cobrança começa desde 
cedo, quer pelos próprios técnicos, quer por alguns países quer por dirigentes, que 
comparam esporte de criança com esporte profissional e acham que crianças 
vitoriosas com 6 ou 7 anos de idade terão garantia para um futuro brilhante e uma 
carreira promissora como atleta profissional.
Devemos lembrar que quem trabalha com crianças, na iniciação que envolva ou 
não a competição, tem dois caminhos a seguir:
1° - Especializar as crianças para que obtenham resultados, passando por cima 
dos princípios de educador, esquecendo a parte metodológica e pedagógica que 
envolve o esporte. É o que mais encontramos em competições oficiais. O fato deixa 
transparecer a ideia de que elas querem ou precisam se promover conquistando 
títulos.
2° - Realizar um trabalho pautado no ensinamento do esporte, pedagogicamente 
correto, aplicando metodologias adequadas às faixas etárias, respeitando as 
crianças como crianças, sem a preocupação com resultados e, consequentemente, 
com um desenvolvimento apropriado, com a garantia de um esporte sadio.
Em pesquisa realizada pelos professores Wilton Santana, Danilo Ribeiro e Heloisa 
Reis sobre a iniciação da prática sistemática de futsal e a idade de iniciação 
em competições federadas de jogadores de futsal com passagem pela seleção 
brasileira, observa-se que a relação entre os jogadores que foram federados 
muito cedo e que, consequentemente, participaram de campeonatos estaduais 
e municipais não lhes garante sucesso no futuro, como nos aponta o Quadro 1. 
Considerou-se que a convocação para a seleção brasileira é o objetivo de todo 
jogador profissional de futsal. Dos atletas com passagem pela seleção brasileira 
de futsal, o número de atletas é 27 e o número de equipes, 9.
Quadro 1 – Dados sobre jogadores federadosmuito cedo. Fonte: Santana e Ribeiro (2003) apud 
Andrade Jr. (2007).
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Pensando sobre o ensino do futsal, vamos nos deparar com alguns fatores que nos 
fizeram buscar alternativas para melhorar nossos ensinamentos. Observamos que, 
nos dias atuais, as crianças são inseridas muito cedo no futsal. Passam por treinos 
sistemáticos, aprendendo técnicas, táticas, participando de competições já com 
6 ou 7 anos. Será que grandes jogadores de futsal ou futebol passaram por uma 
escolinha, por treinos sistemáticos, aprendendo técnicas, táticas, participando de 
competições com 6 ou 7 anos? Ou será que esses grandes jogadores brincaram 
com seus colegas nas ruas, praças, praias, no fundo de um quintal? Deixamos 
esse questionamento para reflexão.
Será que nos treinos sistemáticos a criança brinca? Será que existem alegria e 
descontração em nossos treinos? Será que as crianças participam opinando, 
interagindo, ajudando a construir o treino? Será que são respeitadas as etapas 
do desenvolvimento? Será que são trabalhadas as valências necessárias para o 
desenvolvimento das crianças? Hoje, encontramos, em grande parte das aulas, 
a realização de uma série de exercícios e tarefas de fundamentos. Isso não é 
errado e não esgota um aprendizado para o jogo. Acreditamos que a diversidade 
do jogo deva ser inserida nas aulas, que dependem de organização. Mas podemos 
ir adiante: em relação a esse fato, observamos, por meio de visitas e observação 
de algumas aulas de futsal, que o professor dá o sinal para o início da atividade, 
demonstrando como fazê-la, ficando o treino uma reprodução de fundamentos 
isolados.
Por exemplo, reflita sobre o passe, um fundamento essencial para o futsal: em 
qual momento do jogo um jogador, seja criança seja profissional, passa a bola 
sem a oposição do adversário? Ocorre que o treino de passe obedece a esse 
raciocínio. A criança pensa e passa no momento necessário, da forma como ela 
achar melhor, pois no jogo será assim também. Ela cria e aprende a lidar com as 
dificuldades apresentadas.
O ideal é buscar uma pedagogia voltada para a formação da criança. E, para 
tanto, sugerimos alguns autores, como João Batista Freire, Wilton Santana, Julio 
Garganta e Pablo Greco.
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Para mais informações sobre os métodos, conceitos e categorias e, assim, obter 
subsídios e propostas para o desenvolvimento do ensino de futsal, ler: 
FONSECA, G. Jogos de Futsal: da aprendizagem ao treinamento. 2. ed. 
Caixas do Sul: Educs, 2011. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.
br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/legacy/2970
Para mais informações sobre aspectos pedagógicos, acessar o site do professor 
Dr. Wilton Santana: https://pedagogiadofutsal.com.br/.
Para auxiliar na compreensão sobre a pedagogia do futsal, acessar os vídeos 
Pedagogia do Futsal – Entrevista Wilton Carlos de Santana e Pedagogia do Futsal – 
Esporte Espetacular, disponíveis, respectivamente, em 
https://www.youtube.com/watch?v=wdIWAIHSk9g e 
https://www.youtube.com/watch?v=DzbpbNln8Rs.
Para mais informações sobre aspectos pedagógicos, assistir aos vídeos 
disponíveis em https://www.youtube.com/user/pedagogiadofutsal/videos.
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/legacy/2970
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2768%2Ffutebol&page=4&section=0#/legacy/2970
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1. HISTÓRIA DO FUTSAL
É polêmica a origem do futebol de salão, pois brasileiros e uruguaios são os prováveis 
fundadores do esporte. A história brasileira diz que ele foi criado em 1930, na Associação Cristã 
de Moços em São Paulo, e, depois, difundiu-se por todo o País, tendo sido o Brasil a organizá-lo. 
Por isso, é considerado o pai do futebol de salão (ANDRADE JR., 1999).
Em 1930, Roger Graian publica normas e regulamentações sobre o futebol de salão na 
revista de Educação Física n° 06. Em 1948, é criada a Comissão de Futebol de Salão da ACM de 
São Paulo. Em 1955, foi criada a Federação Paulista de Futebol de Salão (FPFS). Em 1956, são 
criadas as regras dentro do Estado de São Paulo. Em 1958, o extinto CND oficializa o futebol 
de salão, uniformizando as regras, filiando as primeiras federações estaduais e promovendo 
competições (ANDRADE JR., 1999).
Em São Paulo, em 1959, a seleção carioca sagra-se campeã do primeiro campeonato 
nacional de seleções estaduais, do qual participaram 10 Estados. Em 1964, em Assunção, o Paraguai 
torna-se o primeiro campeão sul-americano de Futebol de Salão (o Brasil não participou). Em 
1969, é criada a Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão. Em 1971, é criada a Federação 
Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA). Em 1979, é criada a Confederação Brasileira de 
Futebol de Salão (CBFS). Atualmente, a CBFS está filiada à FIFA, a qual promoveu mudanças nas 
regras, criando o futsal, que perdura até hoje (ANDRADE JR., 1999).
2. METODOLOGIA
O ato de ensinar uma habilidade esportiva pressupõe uma organização mínima que 
proporcione a obtenção de objetivos traçados inicialmente. Essa atitude é considerada como o 
método de ensino aplicado pelo professor para a aprendizagem da atividade por parte do aluno. 
Xavier (1986) salienta que o método é a forma de organização e utilização dos meios selecionados 
com o fim de realizar os objetivos de um sistema ou a concepção de ensino. Definir o método 
mais adequado para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem é uma tarefa 
muito importante para o professor (FONSECA, 2011).
Fonseca (1997) lembra que todos os métodos de ensino apresentam aspectos vantajosos 
e desvantajosos; por isso, nenhum deles deve ser desprezado imediatamente. O professor, ao 
escolher e definir seu método de trabalho, deve ter consciência da capacidade do seu aluno, bem 
como ter clareza dos objetivos a serem atingidos, sem esquecer o contexto.
No processo de ensino e aprendizagem do futsal, utilizam-se mais usualmente três 
métodos: o método parcial, chamado também de método analítico; o método global; e o método 
global-recreativo, ou método misto (FONSECA, 2011).
No método parcial ou analítico, o ensino da modalidade baseia-se no desenvolvimento 
das habilidades do jogo por meio de exercícios técnicos para, a partir da aprendizagem por parte 
do aluno, introduzir sua prática. O método global preconiza o ensino do jogo desde cedo pela 
aplicação de séries de jogos, partindo-se de pequenos jogos e jogos simplificados até se chegar 
ao grande jogo. Já o método misto, ou global-recreativo, defende a utilização da série de jogos 
(como no método global) associada à prática paralela de exercícios técnicos para reforço ou 
aprimoramento do gesto técnico do esporte (FONSECA, 2011).
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Tradicionalmente, o ensino do futsal tem se baseado na aplicação do método parcial, que 
é muito utilizado nas escolinhas esportivas. Nesses locais, as aulas compõem-se essencialmente de 
exercícios de aquecimento, com ou sem a bola, seguidos de exercícios técnicos dos mais diversos 
tipos e, ao final, a utilização do grande jogo, cinco contra cinco, com as regras oficiais para ajustes 
técnicos. Nas escolas formais, com o futsal cada vez mais fazendo parte do currículo escolar, esse 
método também é utilizado quando não é trocado pelo método de confrontação, que é pura e 
simplesmente a realização do grande jogo (FONSECA, 2011).
Acredita-se que a utilização do jogo nas suas mais diversas formas deve fazer parte da 
metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem do futsal. Se o uso dos exercícios apresenta 
como grande vantagem o desenvolvimentodas habilidades técnicas, a utilização do jogo, se 
não proporciona desenvolvimento tão rápido e eficaz da técnica motora, permite que o aluno 
desenvolva sua capacidade cognitiva associada à sua condição motora. De acordo com Garganta 
(1995), a utilização de exercícios ensina o que fazer (técnica), e não como fazer (tática). Essa 
é a grande vantagem do jogo como meio para a aprendizagem do futsal, pois ele permite o 
desenvolvimento do raciocínio tático do aluno, associado ao desenvolvimento técnico.
A utilização de jogos no processo de aprendizagem permite que técnica e tática estejam 
sempre juntas. Como o futsal é um esporte coletivo, dependendo de uma relação direta entre 
as partes componentes, como a técnica e a tática principalmente, acredita-se que é ilógico 
proporcionar o desenvolvimento isolado dessas partes durante o processo de aprendizagem 
e treinamento. Por isso, afirma-se que a tática é fundamental para a obtenção de sucesso no 
desenvolvimento do jogo. Garganta (1995) salienta que o uso de jogos de forma gradual 
proporciona a correta aplicação e interpretação dos princípios do jogo, viabilizando o uso da 
técnica e da criatividade.
O desenvolvimento de diversas formas de praticar o futsal por meio de jogos adaptados 
possibilita ao aluno a experimentação de posturas táticas diferentes. O que, para alguns autores, é 
uma desvantagem, para nós, é algo positivo, pois a construção da compreensão tática do jogo deve 
ser vivenciada com o maior número possível de estímulos, sendo apresentados logicamente de 
forma gradual. O conhecimento que um aluno constrói na realização de um jogo será aproveitado 
na participação em outro e na sua realização, desenvolvendo, assim, sua ação dentro de cada jogo 
(FONSECA, 2011).
O futsal é considerado um jogo situacional, pois o contexto em que ele é praticado 
modifica-se a cada momento. Esse ponto não obrigatoriamente determina a ação do jogador na 
partida, pois ele pode não tomar qualquer tipo de atitude em situações de demarcação, auxílio na 
marcação, contra-ataque ou outras. Por outro lado, pode, de forma consciente, obter uma melhor 
ação frente ao adversário de acordo com as novas e variadas situações que o jogo vai criando 
(FONSECA, 2011).
A ação individual do aluno na realização da técnica do jogo, como a realização de passe, 
chute, condução da bola e outras, também é estimulada na medida em que ele se preocupa com 
a melhor forma de execução do gesto técnico para obter êxito durante o jogo. Fica impossível 
dissociar a técnica da tática. Portanto, acredita-se que os métodos a serem utilizados para o ensino 
e aprendizagem do futsal não podem desconsiderar a utilização do jogo por meio de suas formas 
jogadas e de jogos adaptados como parte de suas estratégias (FONSECA, 2011).
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3. CARACTERÍSTICAS DOS JOGOS ESPORTIVOS
Características 
físico-corporais
Resistência, ritmo, velocidade, agilidade, força, potência, 
flexibilidade e outras.
Características 
sócio-afetivas
Convivência em grupo, desenvolvendo nos participantes laços 
afetivos, pela necessidade de trabalho em conjunto para a 
concretização de objetivos comuns. Estimulam aspectos relevantes, 
como amizade, criatividade, solidariedade, espontaneidade, 
motivação e capacidade de organização em grupo.
Características 
motoras
Percepção, noção de espaço e tempo, antecipação motora, ritmo, 
coordenação, entre outras.
Características éticas Respeito ao adversário, aos companheiros, às regras, às 
determinações do árbitro, procurando obter sucesso pela superação 
individual e em conjunto.
Quadro 2 – Características dos jogos esportivos. Fonte: Fonseca (2011).
4. COMPONENTES DOS JOGOS ESPORTIVOS
No futsal, como nos demais esportes coletivos, os aspectos técnicos, táticos e físicos, que 
compõem sua essência, manifestam-se de forma integrada. Em qualquer tipo de jogo, essas partes 
não aparecem separadas. Em determinados momentos do jogo, o que ocorre eventualmente é 
que um desses aspectos pode sobressair-se mais do que os outros. Por exemplo: em determinadas 
situações, existe uma necessidade maior do uso da técnica, como na cobrança de um pênalti. 
Em outras situações, aparece mais a estrutura tática, como na organização de uma jogada de 
bola parada. Quando ocorre a necessidade do uso da marcação, o componente físico fica mais 
evidente (FONSECA, 2011).
Dessa forma, pode-se dividir o jogo em três grandes componentes, quais sejam:
• Componente técnico: por componentes técnicos, compreendem-se os gestos próprios 
do jogo, como conduzir a bola, passar e receber, chutar, cabecear, dentre outros.
• Componente tático: são as estratégias próprias do jogo, seja nas ações ofensivas seja nas 
ações defensivas. Aspectos como posicionamento dos jogadores na quadra e funções de 
cada um no jogo fazem parte desse ponto.
• Componente físico: os componentes físicos nada mais são do que as qualidades físicas 
envolvidas na realização de cada jogo, como velocidade, resistência, força, potência, 
equilíbrio e todas as demais que colaborarão para o aprimoramento da condição física.
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4.1 Componentes da Técnica Individual
O jogo de futsal, dentro de sua prática globalizada, ocorre mediante a realização dos 
seguintes componentes técnicos:
Condução de bola É a maneira pela qual o jogador conduz a bola pela quadra de jogo. 
Na condução, o jogador deve manter sempre a bola o mais próximo 
possível do pé de ação, com toques curtos e contínuos, facilitando 
possíveis paradas ou mudança de direção.
Passe É a movimentação coordenada da bola entre os jogadores da mesma 
equipe. Ele é a forma de transformação da ação individual em ação 
coletiva dos jogadores em quadra, devendo ser preciso e realizado no 
momento oportuno com o companheiro desmarcado.
Recepção É a ação utilizada para reduzir a velocidade da bola quando ela vem 
ao encontro do jogador, facilitando, dessa forma, seu total controle. A 
recepção objetiva facilita a ação seguinte do jogador, permitindo que 
ele dê prosseguimento à sua jogada ofensiva.
Chute É a ação de impulsionar a bola, estando ela parada ou em movimento, 
procurando direcioná-la ao gol adversário. O chute é um componente 
técnico muito importante e complexo, pois, de sua eficácia, irá resultar 
o objetivo fundamental do jogo, que é a obtenção do gol.
Drible É o movimento do corpo e/ou da bola, utilizado para superar a 
marcação do adversário. O drible é uma ação individual e consiste 
em uma reunião de vários fatores físicos e motores, como o domínio 
do centro de gravidade para manter o equilíbrio do corpo, além do 
balanço do corpo, da velocidade corporal do todo ou das partes e do 
controle de bola quando em posse da mesma.
Cabeceio Ação realizada para dar sequência ao deslocamento da bola enquanto 
estiver no ar. Para realizar um bom cabeceio, o jogador necessita de 
noção de tempo de antecipação e impulsão, que deverá ser com os dois 
pés para manter o equilíbrio do corpo no ar.
Marcação/desarme Ação de evitar que o adversário direto receba a bola ou, quando 
de posse dela, tomá-la, evitando sua ação ofensiva. A atenção é 
fundamental para a realização de uma marcação eficaz.
Quadro 3 – Componentes da técnica individual. Fonte: Fonseca (2011).
4.2 Componentes Táticos
Os esportes coletivos, salvo algumas pequenas particularidades, apresentam as mesmas 
estruturas gerais no que diz respeito ao seu funcionamento. Dentro dessa estrutura, duas 
situações-chave ocorrem para que o objetivo do jogo seja alcançado e cada participante tenha a 
possibilidade de colaborar para o intento. As situações são atacar e defender. “Quando a minha 
equipe está com a posse da bola, eu ataco; quando estiver sem, eu defendo”. Essas duas ações, de 
acordo com Bayer (1994), podem ser mais esclarecidas conforme o esquemaa seguir:
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Figura 1 – Componentes táticos. Fonte: Fonseca (2011).
Quanto aos aspectos defensivos, é muito importante que o jogador observe e procure 
desenvolver as seguintes ações durante o jogo: linha da bola, perseguição, cobertura e troca de 
marcação.
ASPECTOS DEFENSIVOS
Linha da bola
É uma linha imaginária traçada perpendicularmente à quadra, 
passando sobre a bola, atrás da qual todos os jogadores de defesa 
devem ficar. A linha da bola favorece o posicionamento defensivo 
da equipe, principalmente, possibilitando ao atleta, durante a 
função de marcação, observar a bola e o jogador a ser marcado 
por ele, usando a visão periférica.
Troca de marcação
Tem como objetivo evitar o desgaste desnecessário de energia 
e possibilitar uma melhor ocupação do espaço, facilitando a 
marcação ao adversário. Esse tipo de ação acontece quando a 
marcação é individual e ocorre troca de posição clara e previsível 
entre atacantes. Nesse momento, os jogadores de defesa não 
acompanham seu marcador.
Quadro 4 - Aspectos defensivos. Fonte: Fonseca (2011).
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Quanto aos componentes táticos de ataque do futsal, alguns aspectos importantes 
presentes no jogo são: a exploração do ponto futuro, a linha do passe e a desmarcação.
ASPECTOS OFENSIVOS
Ponto futuro
Local de encontros num espaço vazio entre o jogador e a bola 
oriunda de um passe, objetivando criar melhores condições de 
arremate a gol.
Apoio ao passe
É buscar espaço na quadra de jogo para receber a bola do 
companheiro, não deixando sem opção de passar a bola. Quando 
a equipe está com posse de bola, apenas um jogador a detém, 
e três jogadores estão sem ela. Cabe a esses três jogadores 
proporcionar condições adequadas para que o passe do 
companheiro seja realizado adequadamente.
Desmarcação
Quando o jogador está na função ofensiva, deve distanciar-
se do marcador, objetivando sair do seu campo visual para 
melhorar a possibilidade de receber um passe do companheiro. 
O atacante deve procurar movimentar-se sempre ultrapassando 
o defensor, sem, entretanto, ficar encoberto por seu corpo. Dessa 
forma, ele estará obrigando o marcador a procurá-lo em quadra, 
dificultando a ação defensiva do adversário.
Quadro 5 - Aspectos defensivos. Fonte: Fonseca (2011).
4.3 Componentes Físicos
Como toda atividade física, o futsal necessita de determinadas qualidades físicas para 
possibilitar melhor desempenho. As qualidades físicas mais necessárias para o desenvolvimento 
do jogo e que também são mais desenvolvidas por meio de sua prática são: força dinâmica, força 
explosiva, resistência muscular localizada, resistência aeróbica e anaeróbica, velocidade de reação 
e de deslocamento de membros, agilidade, flexibilidade.
5. PLANEJAMENTO DAS AULAS E DOS TREINOS
Obter um nível de eficiência adequado na prática do futsal exige do executante alto grau 
de combinação de muitos elementos sociais e motores, que estão presentes em cada situação 
particular de um jogo e que mudam a cada instante. Por isso, o professor ou técnico, ao planejar 
seu treino ou sua aula, deve escolher o tipo de jogo mais adequado aos seus objetivos, que devem 
ser claros e bem definidos. Somente assim, o processo de ensino e aprendizagem terá uma forma 
cuidadosa e reflexiva, proporcionando situações válidas, consistentes e duradouras para os 
envolvidos.
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5.1 Jogos Recreativos
São jogos simples, de baixa organização, que apresentam poucas regras e uma dinâmica 
de movimentos diferente do jogo de futsal propriamente dito. Os jogos recreativos podem 
ser considerados como brincadeiras com a bola e têm semelhança com o jogo final apenas na 
participação dos componentes técnicos do esporte por meio da utilização da bola, como condução, 
passe, recepção, chute, dentre outros.
Seguem alguns exemplos de jogos recreativos.
Jogo I Mini Pegador
w Uma bola de futsal para cada grupo de quatro componentes.
Organização 
inicial
Dividir a turma em pequenos grupos de quatro alunos, sendo uma bola para cada 
grupo.
Desenvolvimento
Um aluno do grupo deverá fugir, e os outros três serão os pegadores. Para pegar, 
eles devem conduzir e passar a bola entre si, até que um deles, com posse de bola, 
pegue o colega que está fugindo, encostando a mão em seu corpo.
Quadro 6 - Jogo do mini pegador. Fonte: Fonseca (2011).
Figura 2 – Jogo do mini pegador. Fonte: Fonseca (2011).
Jogo II Pegador com Bola
Material Uma bola de futsal para cada participante, e um ou mais jalecos.
Organização inicial Todos os alunos com bola, inclusive o pegador.
Desenvolvimento
Um aluno será o pegador, que deverá estar identificado por um jaleco (poderá 
vesti-lo ou carregar na mão) e tentará pegar algum colega encostando-lhe a mão, 
sem deixar a bola escapar do seu controle. Os alunos que fogem não podem sair 
com a bola da área de jogo, pois passarão a ser pegadores.
Quadro 7 - Jogo do pegador com bola. Fonte: Fonseca (2011).
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Figura 3 – Jogo do pegador com bola. Fonte: Fonseca (2011).
Outras atividades de jogos recreativos são: pegador; pegador com ajuda; proteger sua 
bola e eliminar a do outro; cada bola no seu cone; quebra canela; três dentro e os demais fora; 
tiro ao alvo; tiro ao alvo com goleiro; noite e dia; deslocar a bola; caçador; caçador de duas áreas; 
beisebol sem bastão; futebol golfe; bola batida; bobinho; bobinho duplo; bobinho no espaço 
vazio; bobinho com curinga; bobinho com curinga e espaço vazio; derrubada de cones; balança 
mas não cai; futebol em círculo; cinco passes; futebol com três pernas; caranguejobol; e jogos de 
estafetas.
5.1.1 Jogos preparatórios
São jogos que, na sua estrutura de organização e desenvolvimento, têm maior semelhança 
com o futsal. Nesses jogos, existe maior número de regras e as situações táticas são mais variadas, 
como os movimentos e deslocamentos de bola e dos jogadores. Esses aspectos são muito 
semelhantes ao jogo de futsal propriamente dito. Os jogos preparatórios criam situações para os 
praticantes e suas equipes, que irão acontecer no jogo final.
Seguem alguns exemplos de jogos preparatórios.
Jogo I Cabeçobol
Material Uma bola de futsal ou de futebol e seis ou sete coletes.
Organização inicial Dividir a turma em duas equipes, de seis a sete jogadores cada, sem goleiro.
Desenvolvimento
As equipes jogam entre si, tentando fazer gol na goleira adversária. O gol, para ser 
válido, somente pode ser feito de cabeça e realizado de dentro da área.
Quadro 8 - Jogo do cabeçobol. Fonte: Fonseca (2011).
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Figura 4 – Jogo do cabeçobol. Fonte: Fonseca (2011).
Jogo II Números
Material Uma bola de futsal e coletes de acordo com a quantidade de participantes.
Organização inicial Dividir a turma em dois grupos, com um goleiro em cada grupo. Os grupos deverão se colocar atrás da linha de fundo da quadra de jogo. Cada componente 
terá um número igual ao componente da outra equipe, inclusive os goleiros.
Desenvolvimento
O professor coloca a bola no centro da quadra e chama um número. Os 
correspondentes ao número chamado correm em direção à bola e jogam entre si, 
tentando fazer o gol. O jogo transcorre até a bola sair ou um dos alunos fazer o 
gol.
Quadro 9 - Jogo dos números. Fonte: Fonseca (2011).
Figura 5 – Jogo dos números. Fonte: Fonseca (2011).
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Outras atividades de jogos preparatórios são: touch down; goleiraambulante; goleira 
sozinha; goleira virada; futsal por zonas; ataque à fortaleza; futsal com mãos e pés; touch down 
com goleiro; seis goleiras; futsal em diagonal; futsal com três bolas.
5.1.2 Jogos de treinamento
São aqueles jogos em que a dificuldade, principalmente de organização tática e desempenho 
técnico, é maior do que o jogo em si. Os jogos de treinamento procuram corrigir e aprimorar 
atitudes técnicas e táticas, que serão utilizadas durante o jogo de futsal, criando situações que 
frequentemente aparecem durante a execução do jogo final.
Jogo I Futsal com três goleiros
Material Uma bola e quatro coletes.
Organização inicial A formação inicial normal de futsal, com um goleiro em cada meta e um terceiro 
goleiro, que atuará apenas dentro do círculo central.
Desenvolvimento
O jogo ocorre dentro das regras oficiais do futsal, porém, a bola tem que passar 
pelo goleiro do meio para ir ao ataque. O goleiro deve propiciar ataques rápidos, 
tanto com as mãos como com os pés. A bola que for roubada no ataque poderá 
ser jogada normalmente, sem necessidade de passar pelo goleiro do meio. A bola 
não pode ser interceptada por nenhum atleta dentro do círculo central onde atua 
o goleiro.
Quadro 10 - Jogo de futsal com três goleiros. Fonte: Fonseca (2011).
Figura 6 – Jogo de futsal com três goleiros. Fonte: Fonseca (2011).
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Jogo II Pé contrário
Material Uma bola e cinco coletes.
Organização inicial Duas equipes de cinco componentes cada, sendo um o goleiro. O jogo será real-
izado com as regras oficiais de futsal.
Desenvolvimento
Para a realização do jogo, os jogadores destros só podem tocar na bola com o 
pé e a perna esquerdos; os canhotos, somente com a perna e o pé direitos. Cada 
vez que um atleta infringir intencionalmente essa regra, será cobrado um tiro 
livre direto no local da infração e, se for dentro da área, será cobrado um tiro 
livre direto na linha da área. Cada vez que uma equipe atingir o número de três 
infrações coletivas dessa regra, será cobrada uma penalidade máxima. Os jog-
adores poderão interceptar os chutes a gol com qualquer perna ou pé.
Objetivo Desenvolver habilidades do membro não preferencial.
Quadro 11 – Jogo do pé contrário. Fonte: Fonseca (2011).
Figura 7 – Jogo do pé contrário. Fonte: Fonseca (2011).
Jogo III Curinga
Material Uma bola, quatro coletes e um colete de cor diferente.
Organização inicial Formar duas equipes de quatro jogadores, sendo um goleiro e três jogadores de quadra. Além das duas equipes, um jogador usará o colete de cor diferente e será 
o curinga.
Desenvolvimento
O jogo se desenrola dentro das regras oficias do futsal, mas o curinga será sem-
pre jogador da equipe que estiver de posse de bola e somente jogará no ataque, 
criando, assim, sempre uma vantagem para o ataque em uma situação de quatro 
contra três.
Objetivo
Desenvolver o sistema defensivo em situações de desvantagem numérica e enfa-
tizar a marcação.
Quadro 12 – Jogo do curinga. Fonte: Fonseca (2011).
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Figura 8 – Jogo do curinga. Fonte: Fonseca (2011).
Outras atividades de jogos de treinamento são: na defesa livre e no ataque dois toques; 
futsal acelerado; pivô não chuta; futsal por pontos; dois contra um por zona; bola aérea; futsal 
contra cones; goleira triangular; três campos; bobinho móvel; roubar a bola; quatro goleiras; 
quadra reduzida.
6. ASPECTOS DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTSAL
Indiscutivelmente, a preparação física específica de toda modalidade é uma das principais 
preocupações de uma comissão técnica. A evolução da preparação física pode ser visivelmente 
notada nas equipes de grande porte do País, nas quais o grande investimento realizado acaba 
se refletindo em resultados, pois uma grande equipe necessita de um trabalho específico de 
preparação física para alcançar seus objetivos (ANDRADE, 2010).
No futsal, também podemos observar a diferença que o conhecimento e a aplicabilidade 
dos trabalhos físicos específicos proporcionam a uma equipe; basta ver os resultados de quem 
aposta em profissionais cujo conhecimento sobre os aspectos e as valências físicas do futsal é, sem 
dúvida, muito grande.
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6.1 Divisão das Fases do Treinamento Físico
Figura 9 – Período preparatório. Fonte: Andrade (2010).
6.1.1 Período preparatório
Elevar os níveis de possibilidades gerais do organismo, preparando-o para desenvolver 
atos motores específicos do futsal, criar condições favoráveis para a busca e a aquisição da forma 
física/desportiva ideal, devidamente estruturada neste planejamento.
a) Objetivos do período básico:
• Adaptar o organismo às atividades.
• Trabalhar qualidades físicas fundamentais.
• Ênfase no volume da sessão de treinamento.
• Condicionamento físico generalizado.
b) Objetivos do período específico:
• Transição das qualidades físicas para as necessidades específicas do atleta.
• Redução do volume de treinamento, dando ênfase na intensidade.
• Aprimoramento significativo na condição física geral/específica.
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Figura 10 – Período pré-competitivo. Fonte: Andrade (2010).
6.1.2 Período pré-competitivo
Os exercícios adquirem equilíbrio entre o volume e a intensidade com o aumento dos 
realizados na preparação básica.
a) Objetivos do período pré-competitivo:
• Ênfase nos trabalhos físicos/táticos e psicológicos.
6.1.3 Período competitivo
Diminuição do volume de treinamento, preservando a integridade física dos atletas com 
a finalidade de que eles possam mobilizar a máxima performance para as disputas (competição).
a) Objetivos do período competitivo:
• Aperfeiçoar as qualidades técnicas e físicas, mantendo a forma desportiva avançada.
• Controlar e corrigir os estímulos de treinamento; avaliações dos pontos específicos 
com a finalidade de que não se permita a evolução dos pontos negativos.
• Potencializar os pontos fortes, aumentando as opções técnico-táticas, possibilitando 
melhores resultados.
Intensidade
% da Intensidade Máxima
Preparação
Básica
Prep. Pré-
Competitiva
Prep.
Competitiva
Prep. 
Regenerativa
Muito Forte 80% 90% 100% ___
Forte 70% 80% 90% ___
Média 65% 75% 85% ___
Fraca 60% 70% 80% 50%
Tabela 1 - Escala de intensidade. Fonte: Andrade (2010).
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Volume
% da Intensidade Máxima
Preparação
Básica
Prep. Pré
Competitiva
Prep.
Competitiva
Prep. 
Regenerativa
Alto 100% 90% 70% ___
Médio 90% 80% 60% ___
Baixo 80% 70% 50% 50%
Tabela 2 - Volume de treinamento. Fonte: Andrade (2010).
6.2 Planejamento Aplicado às Fases do Treinamento
Conteúdos / Objetivos:
• Treinamento da potência aeróbica por meio de treinamento intervalado (exemplo: tiros 
de 1.000 a 1.500 m, num total de 5 a 7 km de volume por pressão).
• Utilização de exercícios aeróbicos de duração contínua (exemplo: corridas com durações 
entre 20 a 30 minutos, o que equivale a, aproximadamente, 3 a 5 km).
• Início do treinamento de força máxima e da massa muscular por meio dos tiros de até 60 
m, realizados com e sem bola.
• Aumento da força máxima e da massa muscular por meio de musculação, visando à 
prevenção de lesões.
• Condicionamento global, especialmente as capacidades em que se encontram as maiores 
deficiências.
• Treinamento técnico dos fundamentos em que o atleta apresenta deficiências.
Conteúdos / Objetivos:
• Aperfeiçoamento da resistência aeróbica.
• Aprimoramento da potência aeróbica.
• Início do aprimoramento da força rápida por meio de tiros de até 60m, realizados com e 
sem bola.
• Iníciodo treinamento de força de potência em musculação, priorizando a musculatura 
dos membros inferiores.
• Utilização de exercícios pliométricos.
• Aumento do volume dos treinos técnicos e início do treinamento tático e psicológico, 
visando ao aprimoramento do espírito da equipe.
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Conteúdo / Objetivos:
• Treinamento para manutenção e aprimoramento da resistência e potência aeróbica.
• Busca do máximo desempenho da força máxima e força de potência por meio de 
movimentos técnico-específicos.
• Treinamento da resistência anaeróbica lática (tolerância ao lactato), atingindo o máximo 
de intensidade e buscando o treinamento das capacidades de reação frente à fadiga 
provocada por essa intensidade.
• Ênfase e aumento no volume de treinamento técnico e tático.
• Atenção ao estresse psicológico referente aos desgastes de competição.
6.3 Treinamento de Acordo com sua Predominância
Resistência Aeróbica:
• Treinamento aeróbico de intensidade baixa ou moderada com duração de 20, 30, 40 e 50 
min.
• Treinamento aeróbico de intensidade moderada de 3, 4 e 5 km (80% da capacidade ou 
controle do tempo).
• Treinamento de potência aeróbia:
 ◦ 6 tiros de 1.000 m (intervalo de 3 a 4 min).
 ◦ 3 tiros de 1.500 m (intervalo de 3 a 4 min).
Resistência Anaeróbica:
• Treino anaeróbico moderado, tiros de 100 m (10 x 100 m, intervalo de 2 a 3 min).
• Treino anaeróbico forte, tiros de 50 e 60 m (15 x 50 ou 60 m, intervalo de 1 min).
• Treino anaeróbico forte, tiros de 25 m (15 x 25 m, intervalo de 30 s a 1 min).
• Treino anaeróbico forte, tiros de 30 a 40 s (6 a 8 tiros x 30 a 40 s, intervalo de 2 a 3 min).
Resistência de Velocidade:
• Treinamento de resistência de velocidade (10 tiros de 300 m, intervalo de 1 a 3 min).
• Treinamento de resistência de velocidade (10 tiros de 400 m, intervalo de 1 a 3 min).
• Treinamento de resistência de velocidade (5 a 7 tiros de 500 m, intervalo de 1 a 3 min).
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Resistência de Força Rápida:
• Treino de tiros de 10 séries de 2 x 60 m (intervalo de 20 s entre cada série), intervalo ativo 
2 min.
• Treino de tiros de 10 séries de 2 x 50 m (intervalo de 20 s entre cada série), intervalo ativo 
2 min.
• Intervalado de velocidade 3 séries de 10 tiros de 50 a 60 m, trote (recuperação ativa 100m).
Treinamento de Agilidade:
• Deslocamento frente, costas, laterais, giros, toque no chão, senta, levanta, treino com ou 
sem bola.
• Deslocamento em diagonais, utilização de cones, barreiras etc., com ou sem bola.
• Utilização dos testes “T-Drill”, “Agility Shuttle Run Test” e “Illinois Agily Test” para 
realização de atividades de agilidade, com e sem bola.
Treinamento de Velocidade:
• Tiros de 5 a 20 m (intervalo de 1 a 3 min) recuperação passiva.
• Tiros de 2 a 10 s (intervalo de 1 a 3 min) recuperação passiva.
• Repetições de 1 a 6 e número de séries de 3 a 5 em execução máxima.
Treinamento de Resistência Muscular:
• RML Abdômen.
• RML Membros superiores e inferiores (musculação).
Treinamento de Força Rápida ou Explosiva:
• Multissaltos (vertical) 3 x 15 saltos.
 ◦ 2 pés juntos.
 ◦ 2 pés com agachamento.
 ◦ Salto tesoura.
 ◦ Salto com flexão do joelho/tórax.
 ◦ Salto com flexão posterior calcanhar/glúteo.
 ◦ Salto com deslocamento lateral (pés juntos).
 ◦ Salto com deslocamento frontal/costas (pés juntos).
• Multissaltos (horizontal) 3 séries.
 ◦ 15 saltos D - E em diagonal.
 ◦ 15 saltos D – D frontal.
 ◦ 15 saltos E – E frontal.
 ◦ 15 saltos rã DE frontal.
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• Circuito de saltos com estações variadas 3 séries de execução de 40 s e repouso passivo 
de 20 s.
• Treinamento de força explosiva (musculação para membros inferiores) RML para 
membros superiores (vice-versa goleiros).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O futsal, como esporte de massa, difundido e praticado em clubes, escolas, empresas 
e universidades, tem despertado interesse dos profissionais que atuam na área da iniciação e 
aperfeiçoamento. Esta Unidade 2 teve como objetivo principal discutir e apresentar uma proposta 
relacionada aos aspectos históricos, aos processos metodológicos, fundamentos técnicos, táticos 
e físicos do futsal.
O conteúdo fundamentou-se, além de no histórico da modalidade, nas características 
físicas, socioafetivas, motoras e éticas. Também abordou os componentes técnicos, táticos e físicos 
do esporte, bem como o planejamento das aulas e dos treinos por meio de jogos recreativos, jogos 
preparatórios e jogos de treinamento. Por fim, foram abordados aspectos da preparação física 
relacionados à prática da modalidade, como a divisão e planejamento das fases de preparação e 
treinamento de acordo com as capacidades físicas e sistemas energéticos.
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U N I D A D E
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................52
1. PRINCIPAIS REGRAS DO FUTEBOL .......................................................................................................................56
1.1 REGRA 1 – O CAMPO DE JOGO ..............................................................................................................................56
1.1.1 DIMENSÕES ..........................................................................................................................................................56
1.1.2 METAS ..................................................................................................................................................................56
1.2 REGRA 02 – A BOLA ..............................................................................................................................................56
1.3 REGRA 03 – OS JOGADORES ................................................................................................................................56
1.3.1 NÚMERO DE JOGADORES ..................................................................................................................................56
1.3.2 NÚMERO DE SUBSTITUIÇÕES ..........................................................................................................................57
1.3.3 TROCA DE GOLEIRO ..........................................................................................................................................57
PRINCIPAIS REGRAS DE FUTEBOL E FUTSAL
PROF. ME. RAFAEL OCTAVIANO DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS II
FUTSAL E FUTEBOL
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1.4 REGRA 04 – O EQUIPAMENTO DOS JOGADORES ............................................................................................... 57
1.5 REGRA 05 – O ÁRBITRO ........................................................................................................................................ 57
1.6 REGRA 06 – OS OUTROS OFICIAIS DE ARBITRAGEM ........................................................................................ 57
1.7 REGRA 07 – A DURAÇÃO DO JOGO ........................................................................................................................58
1.7.1 PARTES DO JOGO ..................................................................................................................................................58
1.7.2 INTERVALO ...........................................................................................................................................................58
1.8 REGRA 08 – O INÍCIO E O REINÍCIO DO JOGO ....................................................................................................581.9 REGRA 09 – A BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO ................................................................................................58
1.9.1 BOLA FORA DE JOGO............................................................................................................................................58
1.9.2 BOLA EM JOGO ....................................................................................................................................................58
1.10 REGRA 10 – DETERMINAÇÃO DE UM RESULTADO DE JOGO ............................................................................59
1.10.1 GOL MARCADO ....................................................................................................................................................59
1.10.2 EQUIPE VENCEDORA .........................................................................................................................................59
1.11 REGRA 11 – IMPEDIMENTO ..................................................................................................................................59
1.11.1 POSIÇÃO DE IMPEDIMENTO ..............................................................................................................................59
1.11.2 NÃO É INFRAÇÃO ................................................................................................................................................60
1.12 REGRA 12 – FALTAS E INCORREÇÕES .................................................................................................................60
1.12.1 TIRO LIVRE DIRETO ............................................................................................................................................60
1.12.2 TIRO LIVRE INDIRETO .......................................................................................................................................60
1.13 REGRA 13 – TIROS LIVRES ...................................................................................................................................60
1.14 REGRA 14 – TIRO PENAL (PENALIDADE) ............................................................................................................ 61
1.15 REGRA 15 – O ARREMESSO LATERAL ................................................................................................................. 61
1.16 REGRA 16 – O TIRO DE META ............................................................................................................................... 61
1.17 REGRA 17 – O TIRO DE CANTO .............................................................................................................................62
2. PRINCIPAIS REGRAS DE FUTSAL (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL) ..............................................62
2.1 REGRA 01 – A QUADRA DE JOGO ...........................................................................................................................62
2.2 REGRA 02 – A BOLA ...............................................................................................................................................64
2.3 REGRA 03 – NÚMERO DE JOGADORES ...............................................................................................................64
2.4 REGRA 04 – EQUIPAMENTO DOS JOGADORES ..................................................................................................64
2.5 REGRA 05 – OS ÁRBITROS ...................................................................................................................................65
2.6 REGRA 06 - 3° ÁRBITRO ANOTADOR E CRONOMETRISTA ..............................................................................65
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2.7 REGRA 07 – DURAÇÃO DA PARTIDA ...................................................................................................................65
2.8 REGRA 08 – BOLA DE SAÍDA ................................................................................................................................66
2.9 REGRA 09 – BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO ...................................................................................................66
2.10 REGRA 10 – CONTAGEM DE GOLS ......................................................................................................................66
2.11 REGRA 11 – IMPEDIMENTO ..................................................................................................................................66
2.12 REGRA 12 – FALTAS E INCORREÇÕES ................................................................................................................66
2.13 REGRA 13 – TIROS LIVRES ...................................................................................................................................67
2.13.1 TIRO LIVRE DIRETO ............................................................................................................................................67
2.13.2 TIRO LIVRE INDIRETO .......................................................................................................................................67
2.14 REGRA 14 – TIRO PENAL ......................................................................................................................................67
2.15 REGRA 15 – TIRO LATERAL ..................................................................................................................................67
2.16 REGRA 16 – ARREMESSO DE META ...................................................................................................................68
2.17 REGRA 17 – TIRO DE CANTO ................................................................................................................................68
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................................69
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INTRODUÇÃO
A International Football Association Board (doravante, IFAB) é o órgão de decisão 
universal das regras do jogo de futebol. Seus objetivos são o de salvaguardar, compilar e alterar 
as regras que se aplicam ao futebol mundial organizado pela FIFA, garantindo uniformidade e 
consistência em todo o mundo. A IFAB foi criada por iniciativa da Federação Inglesa (FA), em 
reunião ocorrida em 2 de junho de 1886 com as federações de futebol da Escócia, País de Gales e 
Irlanda do Norte, tendo cada federação 2 representantes (CBF, 2016).
O novo órgão foi criado para elaborar um conjunto uniforme de regras, justamente no 
momento em que cada país aplicava regras próprias e diferentes. Uma vez constituída como 
guardiã, a IFAB teve – e continua a ter – o papel de preservar, controlar, estudar e aperfeiçoar 
as regras do futebol. O jogo do futebol disseminou-se rapidamente e, em 1904, sete nações 
reuniram-se em Paris para criar a Fedération Internationale de Football Associations (FIFA), que 
aderiu à IFAB em 1913 (CBF, 2016).
A IFAB foi responsável por muitas alterações nas regras, inclusive de algumas já existentes 
quando da sua criação. O impedimento, por exemplo, que é, provavelmente, a regra que mais 
alterações sofreu, caracterizava-se quando um jogador se encontrava à frente da linha da bola. A 
área de meta foi criada em 1869. Depois, surgiram os tiros de canto. O primeiro tiro penal desde o 
ponto penal foi marcado em 1891 – até 1902, era cobrado a partir de qualquer ponto ao longo da 
linha de 11 metros da meta. A decisão de 1912 de proibir os goleiros de tocar a bola com as mãos 
fora da área penal conduziu a um significativo aumento do número de gols e, a partir de 1920, os 
jogadores deixaram de ser punidos por impedimento quando recebessem a bola de arremessos 
laterais (CBF, 2016).
Como visto, a IFAB foi alterando de forma continuada as regras do jogoe, por consequência, 
a mentalidade dos que praticavam e dos que assistiam ao esporte. A alteração proibiu os goleiros 
de tocar deliberadamente a bola com as mãos depois que um companheiro lhe passasse a bola 
deliberadamente com os pés (isso ocorreu após o Campeonato do Mundo da FIFA de 1990, na 
Itália). Além disso, também a regra de 1998, a partir da qual se passou a exibir cartão vermelho 
por entradas (tackles) graves por três, é um bom exemplo dessas mudanças (CBF, 2016).
Em outubro de 2010, a IFAB voltou a considerar a introdução da linha de gol e decidiu 
avançar com um conjunto vasto de testes ao longo de um período de dois anos. Em julho de 2012, 
a IFAB tomou as decisões históricas de aprovar a tecnologia da linha de gol (TLG) e a utilização 
de Árbitros Assistentes Adicionais. A Assembleia Geral Anual, de março de 2016, foi lendária ao 
aprovar uma fase de testes com Árbitro de Vídeo e a mais ampla revisão das regras do jogo na 
história da IFAB (CBF, 2016).
Diante disso, o objetivo da Unidade 3 será o de analisar as principais regras do futebol e 
futsal, discutir alguns aspectos e apresentar as mais recentes alterações.
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As principais regras universais do futebol foram criadas em 1863 e, no ano de 
1886, foi fundado o IFAB pelas quatro associações britânicas de futebol (Inglaterra, 
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) como a entidade mundial com a 
responsabilidade de desenvolver e preservar as regras do jogo. A FIFA, criada em 
1904, uniu-se ao IFAB em 1913 (CBF, 2016).
Para que uma regra seja alterada, o IFAB deve estar convencido de que a mudança 
trará benefícios ao futebol. Isso significa que as possíveis mudanças ou propostas, 
muitas vezes, serão testadas, como o experimento do árbitro assistente de vídeo 
(AV) e a quarta substituição na prorrogação. Para toda proposta de mudança 
(como visto nas significantes revisão e modernização das regras do jogo em 
2016/17 e 2017/2018), o foco deve ser: justiça, legitimidade, integridade, respeito, 
segurança, diversão dos participantes e como a tecnologia pode beneficiar o jogo. 
As regras devem também encorajar a participação de todos, independentemente 
da condição ou capacidade.
Embora acidentes possam acontecer, as regras devem garantir que o jogo seja o 
mais seguro possível. Isso requer que os jogadores respeitem seus adversários 
e que os árbitros criem um ambiente seguro, lidando de maneira enérgica com 
aqueles que jogam de maneira agressiva ou perigosa. As regras consagram 
a intolerância ao jogo perigoso nos seus termos disciplinares: “jogar de forma 
temerária” (advertência = cartão amarelo / CA), “assumir risco contra a integridade 
física do adversário” ou “usar de força excessiva” (expulsão = cartão vermelho / 
CV) (CBF, 2016).
O futebol deve ser agradável e prazeroso aos jogadores, árbitros e treinadores, 
bem como aos espectadores, fãs, administradores etc. As regras devem garantir 
isso para que as pessoas, independentemente de idade, raça, religião, cultura, 
etnia, gênero, orientação sexual, condição especial ou qualquer outra diferença, 
queiram participar e se envolver com o futebol (CBF, 2016).
As regras do jogo são relativamente simples se comparadas às de outros esportes, 
mas, como não é possível prever todas as situações, pode ser que muitas delas, 
por serem subjetivas, gerem debate e discussão (CBF, 2016).
Para alguns, essa discussão faz parte do futebol, mas o espírito do jogo requer 
que as decisões dos árbitros sejam sempre respeitadas, independentemente de 
as decisões estarem certas ou erradas. Por ser impossível que todas as situações 
sejam previstas nas regras do jogo, a IFAB espera que o árbitro tome a decisão de 
acordo com o espírito do jogo, e isso, muitas vezes, leva a que seja feita a seguinte 
questão: o que o futebol quer ou espera? A IFAB continuará se dedicando à família 
do futebol para que as mudanças nas regras tragam benefícios ao futebol em 
todos os níveis e em todos os cantos do mundo para que a integridade do jogo, as 
regras e os árbitros sejam respeitados, valorizados e protegidos?
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O futebol é o esporte mais popular do planeta. Ele é jogado em todos os países, 
nos mais diferentes níveis. As regras do jogo são as mesmas praticadas mundo 
afora, desde a final da Copa do Mundo FIFA até uma partida de crianças em um 
pequeno vilarejo. 
O fato de as mesmas regras serem aplicadas nas partidas de todas as 
confederações, países, cidades e vilas ao redor do mundo é um forte fator para 
que a unidade das regras seja preservada. É também uma oportunidade que deve 
ser aproveitada para o bem do futebol em todos os lugares (CBF, 2016).
O futebol deve ser praticado com base em regras que propiciem o jogo limpo (Fair 
Play), pois um pilar crucial da beleza do “jogo bonito” é a sua legitimidade – essa 
é uma característica vital do “espírito” do jogo. Os melhores jogos são aqueles 
em que o árbitro é raramente requisitado, bem como aquele em que os jogadores 
o disputam sempre com respeito aos demais jogadores, aos árbitros e às regras 
(CBF, 2016).
A integridade das regras e dos árbitros que as aplicam deve sempre ser protegida 
e respeitada. Todos aqueles que possuem alguma autoridade, especialmente 
treinadores e capitães das equipes, devem ter clara sua responsabilidade de, 
durante a partida, respeitar os árbitros e suas decisões.
Para obter mais informações sobre o futsal e suas regras, assista ao vídeo Regras 
ilustradas do futSal, disponível em https://www.dicaseducacaofisica.info/regras-
do-futsal/. Também há o vídeo que pode ser acessado em https://www.youtube.
com/watch?v=JechRKW8ALk.
Para as regras de futebol, assista ao vídeo As principais regras do futebol, disponível 
em https://www.youtube.com/watch?v=m83qhVIQHdA.
https://www.dicaseducacaofisica.info/regras-do-futsal/
https://www.dicaseducacaofisica.info/regras-do-futsal/
https://www.dicaseducacaofisica.info/regras-do-futsal/
https://www.dicaseducacaofisica.info/regras-do-futsal/
https://www.youtube.com/watch?v=m83qhVIQHdA
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Para obter informações sobre as regras do futebol, acesse o link 
https://conteudo.cbf.com.br/cdn/201612/20161220181822_0.pdf. 
Para futsal, o link é http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/regras/livro_nacional_
de_regras_2018.pdf.
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1. PRINCIPAIS REGRAS DO FUTEBOL
1.1 Regra 1 – O Campo de Jogo
1.1.1 Dimensões
Dimensões
O comprimento das linhas laterais deve ser superior ao das linhas de meta
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta)
Mínimo 90 m Mínimo 45 m
Máximo 120 m Máximo 90 m
Dimensões para jogos internacionais
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta)
Mínimo 100 m Mínimo 64 m
Máximo 110 m Máximo
Tabela 1 – Dimensões do campo de futebol. Fonte: O autor.
1.1.2 Metas
A distância entre os dois postes é de 7,32 m, e a distância da borda inferior da barra 
transversal ao chão é de 2,44 m (CBF, 2016).
1.2 Regra 02 – A Bola
• Deverá ser esférica.
• Ser feita de material adequado.
• Ter circunferência de 70 cm, no máximo, e de 68 cm, no mínimo.
• Pesar, no máximo, 450 g e, no mínimo, 410 g no começo do jogo.
• Ter a pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosferas (600 – 1100 g/cm2) ao nível do mar.
1.3 Regra 03 – Os Jogadores
1.3.1 Número de jogadores
As partidas são disputadas por duas equipes compostas por, no máximo, 11 jogadores 
cada, dos quais um jogará como goleiro. Nenhum jogo começará nem continuará se uma ou 
ambas as equipes tiverem menos de sete jogadores (CBF, 2016).
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1.3.2 Número de substituições
Em uma partida, só podem ser feitas, no máximo, três substituições.
1.3.3 Troca de goleiro 
Qualquer jogador pode trocar de posição com o goleiro desde que o árbitro seja 
previamente informado e durante a paralisação de jogo.
1.4 Regra 04 – O Equipamento dos Jogadores
Os jogadores não podem usar equipamento ou qualquer artigo que seja perigoso, sendo 
obrigatórios os seguintes:
• Camiseta com mangas.
• Calções.
• Meias.
• Caneleiras.
• Calçado.
O goleiro pode usar calças compridas.
1.5 Regra 05 – O Árbitro
O jogo é disputado sob o controle de um árbitro, que tem total autoridade para cumprir 
as regras do jogo. Se o árbitro ficar incapacitado momentaneamente, o jogo deve continuar sob a 
direção dos demais oficiais de arbitragem até que a bola fique fora de jogo.
Os equipamentos obrigatórios são: apito, relógio, cartões vermelhos e amarelos e bloco 
de notas.
1.6 Regra 06 – Os Outros Oficiais de Arbitragem
Podem ser nomeados para o jogo outros oficiais de arbitragem (dois árbitros assistentes, 
quatro árbitros, dois árbitros assistentes adicionais e árbitro assistente reserva). Esses oficiais 
ajudarão o árbitro a controlar o jogo de acordo com as regras, sendo a decisão final sempre tomada 
pelo árbitro. Os oficiais da equipe de arbitragem atuam sob a direção do árbitro (CBF, 2016).
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1.7 Regra 07 – A Duração do Jogo
1.7.1 Partes do jogo
O jogo terá duração de dois períodos iguais de 45 minutos cada, que só poderão ser 
reduzidos se houver acordo entre o árbitro e as duas equipes antes do início do jogo e desde que 
haja previsão no regulamento da competição.
1.7.2 Intervalo
Os jogadores têm direito a um intervalo entre os dois períodos, que não deve exceder a 15 
minutos. O regulamento da competição deve definir claramente a duração desse intervalo, que só 
pode ser modificado com permissão do árbitro.
1.8 Regra 08 – O Início e o Reinício do Jogo
O jogo deve começar com um tiro inicial (saída) no início de cada um dos períodos, 
inclusive das prorrogações e depois que um gol for marcado. Os tiros livres (diretos e indiretos), 
penalidades, arremessos laterais, tiros de meta e tiros de canto são também formas de reiniciar o 
jogo. A bola ao chão é uma forma de reinício do jogo quando o árbitro o paralisa sem que haja 
previsão de reinício de uma das formas anteriores (CBF, 2016).
A equipe que vencer o sorteio, efetuado por meio de uma moeda, escolhe a direção para 
onde quer jogar no primeiro período; a outra dá o tiro inicial (saída). A equipe que ganhou o 
sorteio efetua o tiro de saída para iniciar o segundo período, quando as equipes trocam de campo. 
Após a marcação de um gol, a equipe que o sofrer dará o tiro de saída.
1.9 Regra 09 – A Bola em Jogo e Fora de Jogo
1.9.1 Bola fora de jogo
A bola estará fora de jogo quando:
• transpuser completamente uma linha de meta ou a linha lateral, quer pelo chão quer 
pelo alto.
• o jogo for interrompido pelo árbitro.
1.9.2 Bola em jogo
A bola estará em jogo em todas as outras situações, inclusive quando tocar em um oficial 
da equipe de arbitragem, nos postes e nos travessões da meta ou nos mastros de tiro de canto e 
desde que permaneça no campo de jogo.
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1.10 Regra 10 – Determinação de um Resultado de Jogo
1.10.1 Gol marcado
Um gol será marcado quando a bola transpuser completamente a linha de meta entre os 
postes e por baixo do travessão desde que nenhuma infração às leis do jogo tenha sido previamente 
cometida pela equipe a favor da qual o gol seja marcado.
Quando o árbitro assinalar um gol antes de a bola transpor completamente a linha de 
meta, o jogo deve reiniciar por meio de uma bola ao chão.
1.10.2 Equipe vencedora
A equipe que marcar maior número de gols durante a partida será a vencedora. Quando 
as duas equipes marcarem o mesmo número de gols ou não marcarem nenhum, o jogo terminará 
empatado.
Se o regulamento da competição exigir que uma equipe seja declarada vencedora após 
um jogo ou após partidas de ida e volta que terminem empatadas, só são permitidos os seguintes 
critérios de desempate:
• Regra de gols marcados fora de casa.
• Prorrogação.
• Tiros livres desde a marca penal.
1.11 Regra 11 – Impedimento
1.11.1 Posição de impedimento
Estar em posição de impedimento não constitui infração. Um jogador estará em posição 
de impedimento quando:
• Qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver na metade do campo adversário 
(excluindo a linha de meio de campo).
• Qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver mais próxima da linha de meta 
adversária do que a bola e o penúltimo adversário.
As mãos e os braços dos jogadores (inclusive dos goleiros) não são considerados.
Um jogador não se encontrará em posição de impedimento quando estiver em linha com:
• O penúltimo adversário.
• Os dois últimos adversários.
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1.11.2 Não é infração
 Um jogador em posição de impedimento no momento em que a bola for jogada ou 
tocada por um companheiro de equipe só deve ser punido se participar ativamente do jogo:
• Interferindo no jogo ao jogar ou tocar na bola, passada ou tocada por um companheiro.
• Interferindo em um adversário.
1.12 Regra 12 – Faltas e Incorreções
Os tiros livres indiretos, diretos e o pênalti só podem ser marcados por faltas e infrações 
cometidas quando a bola estiver em jogo.
1.12.1 Tiro livre direto
Será concedido um tiro livre direto a favor da equipe adversária do jogador que praticar 
ações consideradas pelo árbitro como imprudentes, temerárias ou com uso de força excessiva.
Tocar a bola com as mãos implica o ato deliberado de um jogador tocar a bola com as 
mãos ou com os braços, devendo ser considerados: o movimento da mão em direção à bola 
e a distância entre o jogador e a bola. A posição da mão não pressupõe necessariamente uma 
infração; tocar a bola com um objeto que estiver sendo segurado ou jogado com a mão (caneleira, 
por exemplo) é infração.
Fora da sua própria área penal, o goleiro está sujeito às mesmas restrições que os demais 
jogadores para tocar a bola com as mãos. No interior da sua própria área penal, o goleiro não 
pode ser punido com tiro livre direto por tocar a bola com a mão.
1.12.2 Tiro livre indireto
Um tiro livre indireto será concedido à equipe adversária de um jogador que:
• Jogar de maneira perigosa.
• Impedir o movimento de um adversário sem qualquer contato.
• Com as mãos ou com os pés, impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola quando 
se estiver em processo de colocação da bola em disputa.
• Cometer qualquer outra infração não mencionada anteriormente nas regras, pela qual 
o jogo seja interrompido para advertir ou expulsar um jogador.
1.13 Regra 13 – Tiros Livres
Os tiros livres são diretos e indiretos, sendo concedidos a favor da equipe adversária do 
jogador que cometer a falta ou infração. O tiro livre indireto será indicado pelo árbitro ao levantar 
o braço acima da cabeça. Ele deverá manter o braço nessa posição até que o tiro seja executado 
e até que a bola toque em outro jogador ou saia do jogo. Um tiro livre indireto deve ser repetido 
se o árbitro não fizer o sinal correspondente e se a bola estiver para entrar diretamente na meta 
adversária.
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1.14 Regra 14 – Tiro Penal (Penalidade)
Um tiro penal (pênalti) será marcado se um jogador cometer uma infração punível com 
tiro livre direto dentro de sua própria área ou mesmo fora do campo de jogo em razão de uma 
saída de campo como parte do jogo (como indicado nas regras 12 e 13).Um gol pode ser marcado 
diretamente de um pênalti.
A bola deve estar imóvel na marca penal. O executante deve ser devidamente identificado. 
O goleiro deve permanecer sobre a linha de meta, de frente para o executante e entre os postes da 
meta até a bola ser tocada. Todos os jogadores, fora o executante e o goleiro, devem encontrar-se 
a, pelo menos, 9,15 m da marca penal, atrás da marca penal, dentro do campo de jogo e fora da 
área penal (CBF, 2016).
Resultado do tiro penal
Gol Não gol
Invasão por jogador atacante Repete o pênalti Tiro livre indireto
Invasão por jogador defensor Gol Repete o pênalti
Infração do goleiro Gol Repete o pênalti e cartão amarelo 
para o goleiro
Bola tocada para trás Tiro livre indireto Tiro livre indireto
Finta ilegal Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante
Executante não identificado Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante 
não identificado
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante não 
identificado
Quadro 1 – Resultado do tiro penal. Fonte: O autor.
1.15 Regra 15 – O Arremesso Lateral
Um arremesso lateral será concedido a favor da equipe adversária do jogador que tocar 
por último na bola antes de sair totalmente do campo pela linha lateral, pelo chão ou pelo alto.
Não pode ser marcado gol diretamente de um arremesso lateral:
• Se a bola entrar na meta adversária – será marcado tiro de meta.
• Se a bola entrar na meta do executante – será marcado tiro de canto.
1.16 Regra 16 – O Tiro de Meta
Um tiro de meta será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha de meta, 
pelo chão ou pelo alto, depois de ser tocada por último por um jogador da equipe atacante, sem 
que um gol haja sido marcado.
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de meta, mas somente contra a equipe 
adversária; se a bola tiver saído da área penal e entrado diretamente na meta do executante, será 
marcado tiro de canto a favor da equipe adversária.
A bola deve estar imóvel e deve ser tocada de qualquer ponto da área de meta por um 
jogador da equipe defensora. A bola estará em jogo assim que sair diretamente da área penal. Os 
jogadores da equipe adversária devem encontrar-se fora da área penal até que a bola entre em 
jogo.
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1.17 Regra 17 – O Tiro de Canto
Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha de meta, 
pelo chão ou pelo alto, e for tocada por último por um jogador da equipe defensora, sem que um 
gol haja sido marcado. Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de canto.
A bola deve ser colocada na área de canto mais próxima do local por onde saiu pela linha 
de meta. Deve estar imóvel e precisa ser tocada por um jogador da equipe atacante. Entrará em 
jogo assim que for tocada e se mover claramente. Não necessita sair da área de canto. O poste da 
bandeira de canto não pode ser removido. Os jogadores da equipe adversária devem colocar-se 
pelo menos a 9,15 m da área de canto até que a bola entre em jogo.
2. PRINCIPAIS REGRAS DE FUTSAL (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL)
2.1 Regra 01 – A Quadra de Jogo
Os jogos deverão ser disputados em superfícies lisas, livres de asperezas e não abrasivas. 
O piso será feito de madeira ou material sintético rigorosamente nivelado, sem declives ou 
depressões. Devem ser evitados pisos de cimento.
• Para os certames nacionais nas categorias adulta e Sub-20 masculina, a quadra de jogo 
terá medidas de, no mínimo, 38 m de comprimento por 18 m de largura.
• Para os certames nacionais nas categorias adulta, Sub-20, Sub-17, Sub-15 e Sub-13 
femininas, bem como nas categorias Sub-17, Sub-15 e Sub-13 masculinas, a quadra de 
jogo terá medidas de, no mínimo, 36 m de comprimento por 18 m de largura.
• Para os certames nacionais na categoria Sub-11, masculina e feminina, a quadra de jogo 
terá medidas de, no mínimo, 34 m de comprimento por 16 m de largura.
• Para as competições estaduais, as dimensões das quadras poderão ser regulamentadas 
pelas federações locais.
• Para as partidas internacionais, a quadra de jogo deverá ter um comprimento mínimo 
de 38 m e máximo de 42 m e ter a largura mínima de 20 m e a máxima de 25 m.
Observação: todas as quadras, independentemente da dimensão, devem possuir área de 
escape de, no mínimo, 1,5 metro.
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Figura 1 – A quadra de futsal. Fonte: O autor.
Figura 2 – A trave de futsal. Fonte: O autor.
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2.2 Regra 02 – A Bola
A bola será esférica. O invólucro será de couro macio ou de outro material aprovado.
Categoria
Circunferência Peso
Mínima Máxima Mínimo Máximo
Adulta, Sub-20, Sub-17 e Sub-15 
masculinas e femininas 62 cm 64 cm 400 g 440 g
Sub-13 masculina e feminina 55 cm 59 cm 350 g 380 g
Sub-11 e Sub-9 50 cm 55 cm 300 g 330 g
Inferior ao Sub-9 masculina e feminina 40 cm 43 cm 250 g 280 g
Tabela 2 – Características da bola no futsal. Fonte: O autor.
Figura 3 – A bola do futsal. Fonte: Laola1.TV (2020).
2.3 Regra 03 – Número de Jogadores
A partida será disputada entre duas equipes compostas, cada uma, por, no máximo, 5 
jogadores, dos quais um será o goleiro.
É vedado o início de uma partida se uma das equipes tiver menos de 3 jogadores. 
Tampouco a partida terá continuação ou prosseguimento se uma das equipes ou ambas ficarem 
reduzidas a menos de 3 jogadores na quadra de jogo.
O número máximo de jogadores reservas para substituições depende do regulamento 
de cada competição, sendo 9 o máximo permitido. As substituições são ilimitadas desde que 
respeitadas as disposições legais.
2.4 Regra 04 – Equipamento dos Jogadores
Os jogadores não podem utilizar nenhum equipamento ou objeto que seja perigoso a si 
mesmo ou aos demais jogadores, inclusive qualquer tipo de joias.
Os equipamentos básicos são: camisas de manga curta ou longa (numeradas de 1 a 99), 
calção curto, meiões, tênis, caneleiras.
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2.5 Regra 05 – Os Árbitros
As partidas serão controladas por dois árbitros, árbitro principal e árbitro auxiliar, que 
terão plenos poderes para fazer cumprir as regras de jogo de futsal.
Têm como função aplicar as regras de jogo do futsal e decidir sobre qualquer divergência 
oriunda de sua prática, sendo suas decisões, em matéria de fato, finais e irrecorríveis desde que se 
relacionem com o resultado da partida.
Serão auxiliados por um árbitro/anotador e um cronometrista.
2.6 Regra 06 - 3° Árbitro Anotador e Cronometrista 
O terceiro árbitro/anotador e o cronometrista exercerão suas funções em uma mesa do 
lado de fora da quadra de jogo, próxima à linha divisória do meio da quadra, junto à zona de 
substituição.
O terceiro árbitro/anotador tem como atribuições principais auxiliar o árbitro principal, 
o segundo árbitro e o cronometrista. Preencherá a súmula com todos os jogadores e membros 
da comissão técnica das equipes que vão participar do jogo, bem como todas as outras anotações 
necessárias.
O cronometrista controlará o tempo de jogo, bem como anotará no placar eletrônico os 
gols, as faltas acumulativas e os períodos, dentre outras funções.
Em partidas internacionais, é obrigatória a presença de um terceiro árbitro e um 
cronometrista, bem como o uso de placar eletrônico.
2.7 Regra 07 – Duração da Partida
O tempo de duração de uma partida será cronometrado, dividido em dois períodos 
iguais, tanto no masculino como no feminino. Considerando a menor resistência do organismo 
em formação e não se podendo exigir de jogadores de reduzida idade um excessivo esforço físico, 
os tempos de duração das partidas serão os seguintes:Categoria
Tempo Períodos
Adulta, Sub-20, Sub-17 40 minutos Dois tempos de 20 minutos
Sub-15, Sub-13 e Sub 11 30 minutos Dois tempos de 15 minutos
Sub-9 e Sub-7 26 minutos Dois tempos de 13 minutos
Para outras categorias e faixas etárias Definidos pela própria 
entidade federativa.
Tabela 3 – Tempos de duração das partidas de futsal. Fonte: O autor.
O intervalo de jogo entre o primeiro e o segundo períodos poderá ser de até 15 minutos. 
O tempo suplementar poderá ser entre 3 a 5 minutos.
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2.8 Regra 08 – Bola de Saída
No início da partida, a escolha de lado ou saída de bola será decidida por meio de sorteio 
procedido pelo árbitro principal. A equipe vencedora do sorteio escolherá a meia quadra onde 
iniciará jogando, e a equipe perdedora terá o direito à bola de saída do jogo. Quando o jogo tiver 
tempo suplementar, deverá ser feito o mesmo procedimento.
2.9 Regra 09 – Bola em Jogo e Fora de Jogo
A bola estará fora de jogo quando: (i) atravessar completamente, quer pelo solo quer pelo 
alto, as linhas laterais ou de meta; (ii) a partida for interrompida; (iii) a bola bater no teto ou em 
equipamentos de outros desportos. A bola estará em jogo em todas as outras ocasiões.
2.10 Regra 10 – Contagem de Gols
 
Será válido o gol quando a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta entre os postes 
de meta e sob o travessão, admitindo-se que não tenha sido cometida qualquer infração por 
jogador atacante. 
Não será valido o gol originado de qualquer arremesso de meta ou arremesso do goleiro 
com as mãos salvo se a bola, em sua trajetória, tocar ou for tocada por qualquer jogador, inclusive 
o goleiro adversário. Se a bola penetrar diretamente, o gol não será válido; será executado 
arremesso de meta.
2.11 Regra 11 – Impedimento
Não existe impedimento no futsal.
2.12 Regra 12 – Faltas e Incorreções
Para que haja uma falta, devem-se reunir as seguintes condições:
• Ser cometida por um jogador de quadra ou reserva que não tenha cumprido corretamente 
o procedimento de substituições.
• Deverá ocorrer na superfície de jogo.
• Ocorrer quando a bola está em jogo.
As faltas e incorreções serão penalizadas com:
a) Tiro Livre Direto – ações imprudentes, temerárias ou com uso de força excessiva.
b) Tiro Livre Indireto – ações menos graves.
c) Tiro Livre Penal – será concedido sempre que um jogador cometer uma falta para 
tiro livre direto dentro da sua própria área penal, independentemente de onde se 
encontrava a bola, estando ela em jogo.
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As sanções disciplinares são:
a) Cartão Amarelo – advertência.
b) Cartão Vermelho – exclusão do jogo. A equipe fica com um jogador a menos durante 
2 minutos ou até sofrer um gol.
2.13 Regra 13 – Tiros Livres
2.13.1 Tiro livre direto
Por meio do tiro livre direto, pode-se consignar diretamente um gol contra a equipe que 
cometeu a infração.
A cobrança de um tiro penal deve ser feita da marca penal, cobrada obrigatoriamente 
para frente, com a bola entrando em jogo tão logo seja movimentada.
Um tiro livre direto sem barreira deve ser cobrado para frente, com intenção de chutar em 
direção à meta, não podendo a bola, em sua trajetória, ser tocada por outro jogador da sua equipe 
(anotada após a sexta falta).
2.13.2 Tiro livre indireto
A bola deve ser tocada por um segundo jogador, sendo companheiro ou adversário.
2.14 Regra 14 – Tiro Penal
• A bola deverá ser colocada no ponto penal.
• O executor deverá ser devidamente identificado.
• O goleiro deverá estar sobre a linha de meta, de frente para o executor e entre os postes 
de meta. Até que a bola esteja em jogo, poderá movimentar-se lateralmente.
• Os jogadores, exceto o executor, devem estar na superfície de jogo, fora da área penal, 
atrás do ponto penal e a uma distância mínima de 5 metros da bola.
2.15 Regra 15 – Tiro Lateral
O tiro lateral será cobrado sempre que a bola atravessar inteiramente as linhas laterais, 
quer pelo solo quer pelo alto, ou tocar o teto. O retorno da bola à quadra de jogo dar-se-á com a 
movimentação da mesma pelo uso dos pés, sendo a bola colocada no local de onde saiu, podendo 
ser jogada em qualquer direção, o que é executado por um jogador adversário da equipe que 
tocou a bola por último.
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2.16 Regra 16 – Arremesso de Meta
Será arremesso de meta sempre que a bola atravessar inteiramente a linha de meta pelo 
alto ou pelo solo, excluída a parte compreendida entre os postes e sob o travessão de meta, após 
ter sido tocada ou jogada pela última vez por jogador da equipe atacante.
A execução do arremesso de meta será realizada exclusivamente pelo goleiro, com o uso 
das mãos, de qualquer ponto da área penal. A bola somente estará em jogo quando ultrapassar 
inteiramente a linha demarcatória da área penal.
2.17 Regra 17 – Tiro de Canto
O tiro de canto se dará sempre que a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta, 
excluída a parte compreendida entre os postes e sob o travessão de meta, quer pelo solo quer 
pelo alto, após ter sido jogada ou tocada pela última vez por um jogador defensor. O tiro de canto 
deverá ser executado sempre do canto mais próximo de onde saiu a bola pela linha de meta.
Para a cobrança do tiro de canto, a bola deve ser colocada dentro do quadrante. Será 
executado por um jogador da equipe adversária, com o uso dos pés. O executor do tiro de canto 
pode ter o pé de apoio em cima da linha lateral, de meta, do lado de fora ou dentro da quadra.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A CBF, por meio de sua Comissão e Escola de Arbitragem, informou aos clubes sobre as 
mudanças introduzidas nas regras do futebol pela IFAB, que foram colocadas em prática a partir 
de 18 de julho de 2018. Seguem as principais:
• Para algumas competições, será utilizado o Árbitro Assistente de Vídeo (AAV ou VAR).
• Posicionamento dos goleiros nas penalidades, agora podendo mover um pé da linha antes 
da cobrança, porém, permanecendo com o outro sobre.
• Lances de mão na bola: o IFAB decidiu dar uma definição mais precisa e detalhada do que 
constitui uma falta com a mão, em especial, no que diz respeito às sanções em que uma 
mão involuntária/acidental seja sancionada.
• Cartões para os treinadores com consequentes sanções.
• Os jogadores que forem substituídos serão obrigados a deixar o campo na linha mais 
próxima, seja lateral seja de fundo.
• No tiro de meta, não é obrigatório que a bola deixa a grande área e, caso a bola bata no 
árbitro, o jogo deverá ser paralisado para dar bola ao chão.
Quanto ao futsal, não houve alterações significativas nos últimos anos.
É de extrema importância que se esclareça que, por se tratar de conteúdo mutante ao 
longo das temporadas, sugerimos que você esteja sempre se atualizando por meio dos sites da 
CBF e da CBFS.
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U N I D A D E
04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 72
1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO FUTEBOL ..............................................................................................................75
1.1 DISTÂNCIA PERCORRIDA POR JOGO ...................................................................................................................75
1.2 CAPACIDADE AERÓBIA – VO2MÁX (ML/KG/MIN) .................................................................................................76
1.3 CAPACIDADE ANAERÓBIA ....................................................................................................................................762. CAPACIDADES FÍSICAS APLICADAS AO TREINAMENTO DO FUTEBOL ............................................................ 77
2.1 RESISTÊNCIA APLICADA AO FUTEBOL ...............................................................................................................78
2.2 FORÇA APLICADA NO FUTEBOL ..........................................................................................................................78
2.3 VELOCIDADE APLICADA AO FUTEBOL ................................................................................................................80
2.4 COORDENAÇÃO APLICADA AO FUTEBOL ........................................................................................................... 81
2.5 MOBILIDADE/FLEXIBILIDADE APLICADA AO FUTEBOL ................................................................................... 81
ASPECTOS FISIOLÓGICOS, DE TREINAMENTO E 
NUTRICIONAIS APLICADOS AO FUTEBOL
PROF. ME. RAFAEL OCTAVIANO DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ESPORTES COLETIVOS II
FUTSAL E FUTEBOL
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3. ASPECTOS NUTRICIONAIS PARA O JOGADOR DE FUTEBOL ............................................................................. 82
3.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE O USO DE CARBOIDRATO NO .................................................................... 82
FUTEBOL ...................................................................................................................................................................... 82
3.2 CONSUMO IDEAL DE CHO PARA ATLETAS DE FUTEBOL ................................................................................. 82
3.3 CONSUMO DE CHO ANTES DAS PARTIDAS ....................................................................................................... 83
4. CONSUMO DE CHO DURANTE A PARTIDA ........................................................................................................... 84
5. CARBOIDRATOS SÓLIDOS OU LÍQUIDOS? ........................................................................................................... 84
6. SOLUÇÕES DE CHO X ÁGUA .................................................................................................................................. 84
7. CONSUMO DE CHO APÓS A PARTIDA ................................................................................................................... 85
8. GLICOGÊNIO, CONTRAÇÃO MUSCULAR E LESÕES ............................................................................................ 86
8.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE O USO DE PROTEÍNA NO FUTEBOL ........................................................... 86
8.2 PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE O CONSUMO DE LIPÍDIOS NO FUTEBOL ................................................. 87
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................88
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INTRODUÇÃO
O futebol é um dos esportes mais populares do mundo. Seu crescimento espantoso ao 
longo dos anos em países como o Japão e, principalmente, Estados Unidos, demonstra o seu 
grande poder de sedução. O mundo das ciências do esporte também tem demonstrado crescente 
interesse pelo futebol. Pode-se afirmar, com segurança, que o futebol é um dos esportes coletivos 
mais explorados em termos científicos. Devido a isso, diversas publicações (artigos, livros, filmes 
etc.) têm surgido a fim de discutir e esclarecer as questões relacionadas ao futebol (AOKI, 2002).
Aliar teoria à prática ainda é um velho problema; por essa razão, a proposta da Unidade 
4 é apresentar de forma eficiente os aspectos relacionados à fisiologia, treinamento e nutrição 
aplicados ao futebol. Quanto aos aspectos fisiológicos, vale ressaltar que mais importante do que 
a distância total percorrida por jogo são as formas como essa corrida é executada. Também serão 
abordadas as capacidades aeróbia e anaeróbia nos treinamentos e jogos de futebol.
Sobre as capacidades físicas aplicadas aos treinamentos e jogos, destacamos a resistência, 
força, velocidade, coordenação e flexibilidade em jogadores de futebol. Por fim, abordaremos os 
aspectos nutricionais inerentes ao atleta de futebol, como ingestão de proteínas e lipídios, bem 
como o carboidrato antes, durante e após as partidas e treinos de futebol.
Diante do exposto, o objetivo da Unidade 4 é analisar os aspectos fisiológicos, de 
treinamento e nutricionais aplicados ao futebol.
Suplementação no futebol
O consumo de suplementos nutricionais (desde vitaminas e minerais, passando 
por aminoácidos e ervas medicinais, com o objetivo da promoção da saúde e/ou 
melhoria no desempenho atlético) vem crescendo espantosamente.
No futebol, diversos estudos relacionam o consumo de CHO ao aumento da 
performance. A recomendação de ingestão diária do CHO não é um objetivo fácil 
de ser atendido por meio apenas de alimentos; por essa razão, os suplementos 
nutricionais à base de CHO são uma alternativa eficiente para suprir essa enorme 
demanda. Os repositores hídricos têm por objetivos a hidratação e o fornecimento 
de CHO (energia) antes, durante e depois dos jogos. Alguns desses produtos já 
são vendidos prontos para consumo. Outros são vendidos em pó; para estes, 
devem-se seguir as recomendações de preparo.
Bebidas como refrigerantes e sucos de frutas não são alternativas adequadas, 
nem para hidratação tampouco para fornecimento de CHO antes e durante o jogo. 
Isso se justifica em função da grande quantidade de frutose no suco e da alta 
concentração (10% a 15%) no caso de sucos e refrigerantes.
Ao contrário dos CHOs, as necessidades proteicas em jogadores de futebol 
podem ser atendidas por meio de uma dieta adequada. Algumas vantagens 
da suplementação proteica são: baixo percentual de gordura e colesterol no 
suplemento e maior condição de ingestão, muitas vezes por falta de tempo para 
uma alimentação adequada.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A creatina auxilia jogadores de futebol pelo fato de ela otimizar a ressíntese 
imediata de ATP e, também, por funcionar como substância tamponadora dos íons 
H+ produzidos pelo metabolismo anaeróbio. Essas propriedades conferem aos 
atletas maior capacidade de realizar sprints múltiplos. Substâncias tamponadoras, 
como citrato de sódio e, principalmente, o bicarbonato de sódio, estão associadas 
à melhora do desempenho. Já o uso de aminoácidos e da carnitina ainda carece 
de maiores estudos envolvendo atletas de futebol.
O futebol é caracterizado pela grande presença de saltos, disputas de bola, sprints, 
frenagens, acelerações (STOLEN; CHAMARI; CASTAGNA, 2005) e mudanças de 
direção, que ocorrem a cada 2 ou 4 segundos em um total de 1.200 a 1.400 vezes 
durante uma partida (SPORIS et al., 2010). Essa modalidade esportiva apresenta 
atividades que demandam muita força e, em especial, muitas ações excêntricas 
(MOUGIOS, 2007). Esse tipo de ação muscular implica uma alta magnitude de 
microtraumas musculares (FRIDEN; LIEBER, 1998), em especial, em atividades 
intermitentes (THOMPSON et al., 2001; THOMPSON; NICHOLAS; WILLIAMS, 1999).
Dessa forma, além das diferentes formas de representar o esforço dos jogadores 
em um jogo de futebol, indicadores fisiológicos do estresse físico têm sido 
investigados; dentre eles, podemos citar o GPS, os acelerômetros, a termografia, 
monitores cardíacos (frequencímetros), concentrações plasmáticas de creatina 
quinase (CK) e lactato, avaliações antropométricas e motoras, além de escalas 
de percepções subjetivas. Baseando-se nessa premissa, é possível afirmar que o 
treinador de futebol ainda possui o poder de decisão na escalação de atletas de 
futebol em um calendário de aproximadamente 80 jogos por ano?
Para mais informações sobre indicadores fisiológicos de estresse físico,ler a obra:
COELHO, D. B. et al. Cinética da creatina quinase em jogadores de futebol 
profissional em uma temporada competitiva. Revista Brasileira Cineantropometria 
do Desempenho Humano, v. 13, n. 3, 2011.
Sobre aspectos nutricionais no futebol, indicamos a obra:
GUERRA, I.; SOARES, E. de A.; BURINI, R. C. Aspectos nutricionais do futebol de 
competição. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 7, n. 6, 2001.
Sobre demandas fisiológicas, ler:
SILVA, J. F. da; DITTRICH, N.; GUGLIELMO, L. G. A. Avaliação aeróbia no futebol. 
Revista Brasileira Cineantropometria do Desempenho Humano, v. 13, n. 5, 2011.
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Sobre testes de capacidades físicas, ler:
COELHO, D. B. et al. Correlação entre o desempenho de jogadores de futebol no 
teste de sprint de 30 m e no teste de salto vertical. Motriz, Rio Claro, v. 17, n. 1, 
2011. 
Sobre suplementação hidroeletrolítica, ler:
SILVA, M. R. et al. Efeito de suplemento hidroeletrolítico na hidratação de jogadores 
juniores de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 17, n. 5, 2011.
Por fim, sobre escalas de percepção subjetiva, ler:
NAKAMURA, F. Y.; MOREIRA, A.; AOKI, M. S. Monitoramento da carga de treinamento: 
a percepção subjetiva do esforço da sessão é um método confiável? Revista da 
Educação Física/UEM, Maringá, v. 21, n. 1, 2010.
Para auxiliar na compreensão sobre os aspectos fisiológicos do futebol, assista 
ao vídeo Palestra – Fisiologia no futebol, com Eduardo Pimenta, Fisiologista do 
Cruzeiro, disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=LlhhsAqctRQ. Ademais, assista também ao 
vídeo O que faz o fisiologista do time? Alex Souto Maior, ex-Flamengo, disponível 
em https://www.youtube.com/watch?v=99jNYCbKBTM.
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1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO FUTEBOL
Alguns dos principais componentes de um jogo de futebol são: os tipos de corrida, saltos, 
gramados, chuteiras, temperatura, mas, principalmente, as disputas territoriais, o que torna o 
esporte um dos maiores em termos de demandas fisiológicas.
Para Silva et al. (2011), jogadores de futebol percorrem entre 9 e 13 km em média (alguns 
chegam a, aproximadamente, 15 km) por partida, podendo perder até 3 litros ou mais por meio da 
sudorese. O consumo de glicogênio pode variar entre 20% a 90% por jogo (GUERRA; SOARES; 
BURINI, 2001).
São executados, aproximadamente, 50 piques de até 50 metros em alta velocidade. São 
também realizadas de 1.200 a 1.400 ações musculares de 2 a 4 segundos, e a energia necessária 
para o jogo fica em torno de 1.400 calorias, das quais 88% são aeróbias e 12%, anaeróbias, de alta 
intensidade.
1.1 Distância Percorrida por Jogo
A distância percorrida pelo jogador serve como parâmetro para a determinação de sua 
demanda energética e elaboração do programa de treinamento. Ao se analisar a maioria dos 
estudos, pode-se afirmar que a distância média fica em torno de 10 km por partida. Vale notar 
que, apesar das mudanças táticas e físicas observadas, nos últimos anos, essa distância pouco 
variou (AOKI, 2002).
Como esperado, ao se analisarem as diferentes posições, verifica-se que jogadores de 
meio-campo, devido à sua função de elo entre defesa e ataque, percorrem as maiores distâncias 
se comparados a atacantes ou defensores. Não somente quanto, mas também como a distância foi 
coberta é importante para a determinação do gasto energético dos jogadores. Alguns estudos que 
analisaram tal variável observaram que, em média, 60% do tempo total do jogo eram representados 
por caminhadas e posição estática (AOKI, 2002); em torno de 30% a 35% eram representados por 
trotes; e o restante do tempo total era dividido em piques máximos (0,5% a 2%) e piques (8%). 
Yamanaka et al. (1988) curiosamente observaram que, em jogadores europeus e sul-americanos, 
apenas 7,6% do tempo total são dispendidos entre piques e piques máximos; já em jogadores 
japoneses, esse percentual atingiu 9,6% a 10,5% do tempo total. A partir desses resultados, 
Yamanaka et al. (1988) chegaram à conclusão de que o melhor nível técnico de jogadores sul-
americanos e europeus faz com que a bola é que se movimente ao invés dos jogadores.
Existe, ainda, uma terceira análise a ser feita, que representa a distribuição percentual da 
maneira (andar, trotar, correr) como foi percorrida a distância em relação ao total. O estudo foi 
realizado por Felipe Nunes Rabelo, com as categorias menores do Clube Atlético Paranaense, nas 
categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Com relação à distância total percorrida e à distância em alta 
intensidade, os resultados foram os seguintes:
Distância Total Percorrida
Categoria Tempo de Jogo Distância Total Distância/Tempo
Sub-15 2 tempos de 35’ min 7.532 metros 107,6 m/min
Sub-17 2 tempos de 40’ min 8.616 metros 107,7 m/min
Sub-20 2 tempos de 45’ min 9.702 metros 107,8 m/min
Tabela 1 – Distância total percorrida. Fonte: Rabelo (2016).
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Distância em Alta Intensidade (>20 km/h)
Categoria Tempo de Jogo Distância Total % do Total
Sub-15 2 tempos de 35’ min 388 metros 5,1% do total
Sub-17 2 tempos de 40’ min 493 metros 5,7% do total
Sub-20 2 tempos de 45’ min 548 metros 5,6% do total
Tabela 2 – Distância em alta intensidade (>20 km/h). Fonte: Rabelo (2016).
Outra variável a ser considerada são os esforços repetidos, caracterizados por três ações 
repetidas no período de 21 segundos, como: aceleração e desaceleração, mudança de direção, 
sprints. Na categoria sub-15 (4,2%), na sub-17 (5,6%) e na sub-20 (6,3%), do total, foram 
percorridos por meio de esforços repetidos, mensurados pelo Catapult.
1.2 Capacidade Aeróbia – VO2máx (ml/kg/min)
Ao se analisarem os diversos estudos disponíveis na literatura, verifica-se que o padrão 
de VO2máx (consumo máximo de oxigênio) em jogadores de futebol é, aproximadamente, 55-65 
ml/kg/min (APOR, 1988; FAINA et al., 1988). A produção de energia proveniente do sistema 
aeróbio parece suprir, aproximadamente, 80% a 90% da demanda energética durante uma partida 
de futebol. Portanto, é extremamente recomendado tornar o sistema oxidativo-aeróbio mais 
eficiente por meio do aperfeiçoamento do treinamento (AOKI, 2002).
1.3 Capacidade Anaeróbia
Ao contrário da capacidade aeróbia, que tem como método de avaliação o universalmente 
reconhecido teste de consumo máximo de oxigênio (VO2máx), a capacidade anaeróbia é uma 
variável bem mais difícil de ser avaliada. Aproximadamente 10% da distância total coberta durante 
uma partida de futebol, ou seja, cerca de 1.000 m são percorridos em velocidades máximas. 
Essa distância é dividida em vários sprints (70 a 100) de 10 a 15 m, com duração média de 2 
a 3 segundos (BANGSBO et al., 1991). Além desses piques, outros movimentos, como saltos e 
chutes, são repetidamente realizados pelos jogadores. As características desses movimentos (alta 
intensidade e curtíssima duração) realizados durante o jogo sugerem importante contribuição do 
sistema energético creatina fosfato (AOKI, 2002).
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2. CAPACIDADES FÍSICAS APLICADAS AO 
TREINAMENTO DO FUTEBOL
Capacidade física é o potencial anátomo-fisiológico que o atleta possui. Cabe ao 
preparador físico utilizar métodos de treinamento e controle para que o treinador possa usufruir 
do atleta em sua plenitude física. Todos os esportes possuem uma ou duas capacidades físicas que 
devem ser trabalhadas de forma prioritária. Isso não quer dizer que as outras capacidades devam 
ser desprezadas. Ao contrário, muitas vezes a atenção dispensada a elas pelo preparador físico é 
fator determinante para a supremacia física perante a outra equipe (AOKI, 2002).
A evoluçãonatural do futebol, com relação ao aumento do número de partidas, 
campeonatos, patrocinadores e espectadores, promoveu mudanças quanto aos métodos de 
treinamento. De 1950 (Copa do Mundo do Brasil) a 1970 (Copa do Mundo do México), o futebol 
foi mais cadenciado uma vez que os jogadores conduziam a bola por distâncias maiores. A 
marcação era feita à distância, e os lançamentos longos corriam constantemente. A resistência 
aeróbia e a coordenação eram as capacidades físicas mais desenvolvidas durante os treinamentos 
(AOKI, 2002).
Devido às alterações táticas implantadas por treinadores europeus a partir de 1974 (Copa 
do Mundo da Alemanha), a velocidade passou a ocupar local de destaque nos treinamentos e, 
nos anos 1980, chegou ao primeiro plano. De 1990 até os dias atuais, a velocidade e a resistência 
anaeróbia são as capacidades físicas determinantes para o êxito das equipes, seguidas pela força. 
A coordenação, que está ligada diretamente aos aspectos técnicos, passou, em alguns momentos, 
a ser a capacidade menos explorada nos treinos (AOKI, 2002).
Isso explica, em parte, por que se torna cada vez mais difícil encontrar jogadores 
extremamente habilidosos: hoje, os jogadores que apresentam características atléticas mais 
evidenciadas superam os que apresentam melhor capacidade técnica, pois aqueles não permitem 
que a bola chegue. Obviamente, o ideal seria a união da coordenação (técnica) com as outras 
capacidades físicas necessárias à prática do futebol.
Para Aoki (2002), os tipos de capacidades físicas são:
• Resistência.
• Força.
• Velocidade.
• Coordenação.
• Mobilidade (ou flexibilidade, segundo alguns autores).
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2.1 Resistência Aplicada ao Futebol
Resistência é a capacidade que o organismo possui de suportar a realização de um esforço 
durante determinado espaço de tempo. Quanto mais tempo o organismo suportar o esforço, 
maior será o nível de resistência.
Os tipos de treino de resistência no futebol são:
- Treino contínuo: visa a aprimorar o sistema cardiorrespiratório e ocorre de forma 
ininterrupta. A resistência aeróbia é a mais beneficiada nesse tipo de treinamento. É o treinamento 
mais duradouro, sendo o mais utilizado no período pré-competitivo (pré-temporada) e no 
retorno de férias, contra traumas, lesões ou cirurgias.
- Treinamento intervalado: aproxima-se mais da situação real de uma partida de futebol, 
pois permite recuperação total ou parcial durante a execução dos exercícios, como ocorre no jogo 
durante as paralisações: faltas, formação de barreira, saída de bola do campo de jogo, atendimento 
a jogadores, apresentação de cartões etc. Esse treinamento é amplamente utilizado no período 
competitivo.
No treinamento intervalado, assim como no contínuo, também existem variações para 
os exercícios e, aqui, pode-se utilizar o número de repetições ou séries, velocidade de execução, 
porcentagem da carga máxima, dentre outros indicadores para controlar a intensidade e o volume.
- Treinamento de repetições: assemelha-se ao treinamento intervalado; porém, aqui, a 
forma de controle está totalmente embasada no número de séries e repetições. Fisiologicamente, 
visa à(o):
• Aumento e manutenção da massa muscular.
• Economia na atividade metabólica.
• Aproveitamento mais econômico das fontes energéticas.
- Treinamento de jogo: também conhecido como treino combinado, simulado ou 
adaptado. Muitos preparadores físicos afirmam que as exigências no treinamento de jogo 
proporcionam uma resistência específica para o futebol, além de aliar de forma plena as 
características técnicas e táticas.
- Método de controle da resistência: o controle do treinamento das capacidades físicas e o 
acompanhamento da evolução ou involução delas ocorrem por meio da aplicação e interpretação 
de testes, quais sejam: Teste de Cooper (corrida de 12 minutos); o Shuttlerun 20 m (SHT20); o 
Yo-Yo endurance (YYE); corridas de 1.000 m, 3.000 m, 5.000 m; teste de 8 e 15 minutos; dentre 
outros.
2.2 Força Aplicada no Futebol
É a capacidade que o organismo possui de suportar ou deslocar determinada carga a 
partir do potencial das contrações musculares. Quanto maior for a carga suportada ou deslocada, 
maior será a força.
O organismo possui um sistema de autodefesa que não permite a utilização de 100% da 
força. E isso ocorre para que se evitem lesões musculares, articulares, tendinosas e ligamentares.
No futebol, o treinamento de força rápida é o mais frequente. Em segundo lugar, tem-se o 
treinamento de força explosiva. A força máxima é a menos trabalhada com os jogadores.
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Em aspectos específicos do futebol, constantemente, ocorrem os seguintes movimentos:
• Aceleração = força dinâmica positiva = força concêntrica.
• Parada brusca ou mudança de direção = força dinâmica negativa = força excêntrica.
O treinamento da força é necessário para que o jogador possa desenvolver plenamente 
alguns fundamentos do futebol:
• Melhoria da impulsão vertical.
• Melhoria da potência de chute.
• Melhoria das condições para disputar bolas e realizar marcações (corpo a corpo).
• Melhoria da capacidade explosiva (arranques, dribles etc.).
• Aumento da proteção nas articulações.
O treinamento da força no futebol visa, prioritariamente, aos membros inferiores; porém, 
devem-se observar os limites biomecânicos para não provocar o aumento excessivo da massa 
muscular, que, inevitavelmente, conduzirá a lesões articulares. A seguir, seguem métodos e 
sugestões de treinamento da força no futebol.
- Treinamento de choque (pliometria): é um método de treinamento baseado em 
trabalho muscular muito peculiar, que consiste, inicialmente, em uma contração excêntrica, 
seguida por uma breve contração isométrica, sendo finalizada por uma contração concêntrica, 
melhorando a potência muscular.
- Treinamento sintético: consiste na realização do movimento completo, o mais 
semelhante do exigido durante a competição.
- Treinamento analítico: preconiza o fracionamento do movimento, sendo os elementos 
trabalhados separadamente. Posteriormente, os elementos são trabalhados dois a dois, até se 
atingir o movimento completo.
- Treinamento com pesos: o treinamento de resistência muscular localizada é um recurso 
interessante para o fortalecimento da musculatura, evitando o surgimento de lesões. O exercício 
resistido promove uma série de adaptações nos tecidos muscular, conjuntivo (cartilagem, tendões, 
epimísio, perimísio, endomísio) e ósseo, que são de extrema importância para a prevenção de 
lesões.
A seguir, seguem métodos de controle da força.
Os métodos para controlar o desempenho da força utilizam-se de testes de campo e 
laboratoriais:
a) Testes de campo:
• Força de chute – distância alcançada pela bola.
• Força de arremesso – distância alcançada pela bola (goleiros e laterais).
• Força de impulsão vertical (avalia a capacidade de saltos verticais).
• Força de impulsão horizontal (avalia a capacidade de explosão dos membros 
inferiores).
• Força explosiva – tempo de deslocamento na distância de 20 metros, partindo-se da 
posição em pé.
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b) Testes laboratoriais:
• Dinamometria – avalia a força de determinado segmento corporal.
• Plataforma de força – avalia a força dos membros inferiores de forma conjunta ou 
isolada.
• Eletromiografia – avalia o nível de emprego muscular em determinado movimento 
ou ação.
2.3 Velocidade Aplicada ao Futebol
Velocidade é a capacidade que o organismo ou parte dele possui de realizar um movimento 
ou uma sequência de movimentos no menor tempo possível.
No futebol, assim como em mais de 90% dos esportes, a velocidade é o fator preponderante 
para o êxito em uma jogada. Mas, ao contrário de umvelocista, que deve se preocupar somente 
em atingir a linha de chegada, o jogador de futebol precisa manusear um objeto, que é a bola.
A seguir, seguem métodos e sugestões de treinamento da velocidade.
- Treinamento intervalado: conhecido também como Interval Training (IT), é o mais 
indicado para o desenvolvimento da velocidade, pois ele permite a recuperação parcial ou total 
das fontes energéticas do organismo, e esse é o fator decisivo no treino da velocidade. Porém, 
tal estratégia também pode ser utilizada com outros propósitos, além do desenvolvimento da 
velocidade.
- Interval Training (IT): o treinamento intervalado, como o próprio nome sugere, é 
composto, basicamente, de duas fases: período de trabalho intenso e período de recuperação 
(ativa ou passiva). O IT pode ser aplicado ao futebol para otimizar ou, até mesmo, manter todos 
os sistemas de produção de energia recrutados durante a partida.
Quanto aos métodos de controle da velocidade, as tabelas de velocidade ideal podem ser 
utilizadas, mas com cautela, pois o treinamento deve visar à melhoria da capacidade em questão 
no próprio atleta, o qual deve ter a si mesmo como parâmetro, e não se comparar com outros 
atletas.
Existem testes para a verificação do nível de velocidade e sua resistência durante o 
treinamento. Todos os testes devem ser realizados com a condução da bola (perna habilidosa) e 
sem ela, analisando-se o fator tempo. Recomenda-se que esses testes sejam realizados no próprio 
campo e que os jogadores calcem chuteiras para se aproximarem da realidade. Podem-se citar:
• Corrida de 20 m, com impulso anterior de 10 m: o cronômetro deve ser acionado 
após o atleta ter corrido os primeiros 10 metros para registrarem-se os 20 metros 
restantes. Registro em segundos e décimos.
• Corrida de 20 m, velocidade de aceleração (com e sem bola).
• Corrida de 20 metros entre cones (sinuosas).
• Corrida de 10 metros após o sinal – velocidade de reação.
• Velocidade de reação simples.
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2.4 Coordenação Aplicada ao Futebol
Coordenação é a capacidade que o organismo apresenta de realizar movimentos 
necessários à execução de determinada tarefa motora.
A coordenação é a capacidade física que controla as outras capacidades:
• Torna o corpo mais econômico, deixando-o mais resistente.
• Aproveita melhor a massa muscular, melhorando o nível de força.
• Controla a eficiência dos movimentos, melhorando a velocidade.
• Regula a amplitude e mobilidade articulares.
A coordenação está intimamente relacionada ao aspecto técnico. O jogador de futebol 
que se destaca na atualidade possui, além do preparo físico bem desenvolvido, a coordenação 
evidenciada, e isso se demonstra na qualidade técnica possuída. 
Alguns métodos e sugestões de treinamento da coordenação são:
• Precisão óculo-pedal – cruzamentos e finalizações.
• Precisão temporal – cruzamentos e interceptações.
• Precisão espacial – lançamentos e passes.
2.5 Mobilidade/Flexibilidade Aplicada ao Futebol
Mobilidade é a capacidade de o organismo realizar um movimento com amplitude 
articular necessária à ação motora exigida.
No futebol, a mobilidade é uma capacidade importante e essencial às articulações do 
tornozelo, joelho e coxofemoral, que são as mais solicitadas na prática do esporte e onde incide o 
maior número de lesões e traumas.
A mobilidade diferencia-se de acordo com o nível de exigência da ação motora a ser 
realizada: ativa, passiva, estática.
Quanto aos métodos e sugestões de treinamento da mobilidade, particularmente, a 
proposta de treinamento é contra o excesso de exercícios articulares no futebol. Devem-se realizar 
exercícios de alongamento estático, porém, com o objetivo de manutenção da mobilidade.
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3. ASPECTOS NUTRICIONAIS PARA O JOGADOR DE 
FUTEBOL
3.1 Pesquisas Científicas sobre o Uso de Carboidrato no 
Futebol
O glicogênio muscular e o glicogênio hepático são as principais fontes de energia para 
o exercício físico intermitente. O esforço realizado em uma partida de futebol, por exemplo, 
pode depletar 84% a 90% dos estoques musculares de glicogênio. Leatt e Jacobs (1989) também 
verificaram que a suplementação de CHO, antes da partida, foi capaz de reduzir em 39% a 
gligogenólise (quebra do glicogênio) em jogadores de futebol. 
Balsom et al. (1999) verificaram que atletas submetidos à dieta rica em CHO (65% - 
CHO) apresentavam maior concentração de glicogênio muscular antes do jogo (395.6 +/- 78.3 
mmol x kg -1) se comparados a jogadores submetidos à dieta pobre em CHO (30% - CHO) (287.1 
+/- 85.4 mmol x k -1). A análise dos deslocamentos realizados durante o jogo demonstrou que os 
jogadores submetidos à dieta rica em CHO demonstraram maior capacidade (33%) de realizar 
trabalhos mais intensos. Ao final do jogo, a glicose plasmática apresentou ligeiro decréscimo nos 
jogadores submetidos à dieta pobre em CHO. Os resultados obtidos nesse estudo indicam que a 
ingestão de CHO pode auxiliar na preparação para o treinamento ou competição de esportes que 
exijam deslocamentos múltiplos.
3.2 Consumo Ideal de CHO para Atletas de Futebol
É possível encontrar na literatura estudos preconizando diversas recomendações de 
ingestão ideal de CHO. A maioria sugere que o consumo de aproximadamente 60% a 70% das 
calorias totais seja proveniente dos CHO para manutenção/reposição dos estoques de glicogênio 
em atletas de futebol ou de outras atividades intermitentes. Como vimos anteriormente, o futebol 
é caracterizado como uma atividade intermitente, ou seja, grandes variações de intensidade do 
esforço. Dessa forma, o jogador mobiliza diversos substratos energéticos, principalmente, os de 
CHO. Durante os sprints realizados pelos jogadores, o principal substrato energético é o CHO 
pelo fato de somente ele poder ser rapidamente metabolizado de forma anaeróbia para a geração 
de energia. Além disso, o catabolismo de CHO também é imprescindível para a utilização/
oxidação de lipídios (AOKI, 2002).
Devido à extrema importância dos CHOs como substratos energéticos para atividades 
intermitentes, ao final de uma sessão de treinamento ou jogo, observa-se uma drástica redução 
dos estoques de glicogênio. Uma das maneiras de se maximizarem a reposição e a manutenção 
dos estoques de glicogênio é o consumo elevado de CHO na dieta, podendo-se afirmar, com 
segurança, que a ingestão adequada de CHO é o ponto-chave, em termos nutricionais, para os 
jogadores de futebol alcançarem melhor desempenho (AOKI, 2002).
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3.3 Consumo de CHO antes das Partidas
No dia do evento/partida, recomenda-se a realização de uma refeição rica em CHO 
(200-300 g) de 3 a 4 horas antes do jogo. No caso de o intervalo entre essa refeição e o jogo ser 
maior que 4 horas, aconselha-se um consumo de CHO (30-50 g) no período de 30 a 60 min que 
antecede a partida.
Outra estratégia de ingestão de CHO antes do exercício intermitente preconiza que o 
consumo seja relativo ao peso do atleta (BURKE; BERNING, 1996):
• 4 g de CHO por kg de peso até 4 horas antes do exercício e/ou
• 1 g de CHO por kg de peso 60 min antes do jogo.
Peso Tempo CHO
70 kg 4 horas 4g x 70kg = 280g
80 kg 1 hora 1g x 70kg = 70g
Tabela 3 – Consumo de CHO relativo ao peso do atleta. Fonte: Burke e Berning (1996).
O tempo máximo exato para o consumo de CHO antes do exercício ainda carece de 
mais estudos; alguns pesquisadores sugerem o período compreendido entre 30 a 60 minutos 
antes do exercício. A grande preocupação em relação ao consumo de CHO resume-se à secreção 
de insulina, desencadeada pelo aumento da concentração de glicose plasmática. Sabe-se que o 
exercício físico é um potente estímulo de captação de glicose pelo músculo e quea insulina, 
por sua vez, é o hormônio responsável por aumentar o transporte de glicose para os tecidos. O 
somatório desses dois mecanismos potencializa a captação de glicose pelo músculo, reduzindo 
sua disponibilidade plasmática, ocasionando uma resposta conhecida como hipoglicemia reativa 
(AOKI, 2002).
A refeição ideal imediatamente (30 a 60 minutos) antes do jogo deve fornecer glicose 
para a manutenção da glicemia, entretanto, promove o mínimo na secreção de insulina. O tipo 
de carboidrato a ser consumido e o tempo ideal de consumo são importantes a fim de se evitar a 
hipoglicemia reativa. O índice glicêmico (doravante, IG) do CHO indica qual é o seu potencial de 
promover a secreção de insulina; portanto, os CHO com menores IGs são os mais apropriados para 
a ingestão antes (30 a 60 minutos) do exercício. Essa elevação da glicose plasmática, relacionada 
ao consumo de CHO, tem duração limitada.
Outros Frutas Legumes
Leite Desnatado Maçã Feijão
Iogurte Pêssegos Ervilha
Frutose Peras Lentilha
Tabela 4 – Distribuição de alimentos que contêm CHO. Fonte: Burke e Berning (1996).
O consumo de carboidratos antes do jogo se divide, basicamente, em dois momentos:
Tempo Quantidade de CHO
3 a 4 horas 200 a 300 g Refeição completa
Até 30 a 60 min 30 a 50 g Lanche (fruta, solução de CHO)
Tabela 5 – Consumo de carboidratos antes do jogo. Fonte: Burke e Berning (1996).
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4. CONSUMO DE CHO DURANTE A PARTIDA
A realização de um exercício com duração de 90 minutos ou mais, com intensidade entre 
65% a 85% do VO2máx., como é o caso do futebol, é limitada pela desidratação ou depleção dos 
estoques de CHO (DAVIS, 1997). Portanto, mais uma vez, a suplementação realizada a partir de 
uma solução de CHO é a estratégia mais indicada pelo fato de, simultaneamente, fornecer energia 
e hidratar.
A manutenção da glicemia por meio do consumo de CHO durante o exercício intermitente 
(futebol), além de fornecer substrato para o músculo no período ativo, permite que, nos momentos 
em que a demanda energética é menor (períodos passivos), a glicose captada pelo músculo seja 
desviada para a ressíntese de glicogênio.
O consumo de CHO durante o exercício também tem de enfrentar o problema da 
elevação da insulina plasmática, ocasionando hipoglicemia reativa e inibição da lipólise (quebra 
de gorduras). Com o intuito de evitar esses efeitos indesejáveis e, ao mesmo tempo, atingir os 
objetivos de hidratação e fornecimento de energia, alguns cuidados devem ser tomados, tais 
como o tipo de CHO, a concentração, a temperatura e a osmolaridade da solução (AOKI, 2002).
5. CARBOIDRATOS SÓLIDOS OU LÍQUIDOS?
Durante uma partida de futebol, dependendo das condições ambientais (umidade relativa 
do ar e temperatura), os jogadores podem atingir elevadas taxas de sudorese (0.6 – 2.42 litro. h-1) 
(BROAD et al., 1996). Como é sabido, a perda de 2% de peso corporal relacionada à desidratação 
é suficiente para afetar o desempenho dos atletas (SALTIN; COSTILL, 1988). A fim de evitar a 
desidratação e, consequentemente, a queda do desempenho, recomenda-se a ingestão de líquidos 
antes, durante e depois do exercício físico. O American College Sports Medicine recomenda a 
ingestão de 500 ml de líquido antes do exercício e de 150 a 300 ml a cada 15 minutos durante 
o exercício. Também é sabido que o surgimento da sede não é um mecanismo confiável para se 
determinar a necessidade de ingestão de líquidos, ou seja, quando surge a sensação de sede, já 
pode ser tarde demais.
6. SOLUÇÕES DE CHO X ÁGUA
Uma das vantagens de se utilizar a solução de CHO (6g – 100 ml) em relação à água, 
por exemplo, é que a solução de CHO também pode fornecer eletrólitos. A ingestão de solutos, 
como sódio e potássio associados ao CHO, repõe a perda desses minerais decorrente da maior 
sudorese. A manutenção das concentrações plasmáticas desses minerais promove a inibição 
da diurese e a não supressão do mecanismo da sede, resultando em uma hidratação adequada. 
Existe consenso sobre a importância da ingestão de sódio em soluções com CHO. Entretanto, 
não existe padrão de recomendação. Preconiza-se que a concentração de sódio seja semelhante à 
do suor. Diversos estudos demonstram que soluções de CHO em concentrações entre 6% a 10% 
apresentam a mesma taxa de absorção que a água e igualmente efetivas para atenuar a hipertemia 
e o aumento da frequência cardíaca (COYLE, 1993). Além disso, as soluções de CHO são mais 
palatáveis que a água, favorecendo um maior consumo.
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Durante jogos realizados sob temperaturas elevadas, o consumo pode (e deve) superar os 
350 ml recomendados. Por meio da variação de peso entre o início e o fim do jogo, pode-se inferir, 
aproximadamente, a perda-necessidade de líquido. Utilizando-se dessa estratégia, é possível 
fornecer energia e minimizar os efeitos da desidratação. É importante ressaltar a existência da 
relação inversamente proporcional entre a concentração e capacidade de hidratação. Quanto 
mais concentrada for a solução, menor sua capacidade de hidratação e vice-versa.
7. CONSUMO DE CHO APÓS A PARTIDA
A rotina de treinamento entre os jogos e o consumo reduzido de CHO por parte dos atletas 
impedem a recuperação/ressíntese adequada dos estoques de glicogênio. Muitos pesquisadores 
estudam a melhor maneira de promover a rápida reposição desse substrato no período pós-
exercício. Imediatamente após o jogo, é extremamente importante aumentar a glicose circulante 
a fim de repor os estoques de glicogênio, pois o nível de glicogênio inicial dos jogadores está 
relacionado diretamente à sua performance.
Indubitavelmente, a nutrição/suplementação esportiva é ferramenta eficiente para 
minimizar os efeitos da exaustiva maratona de jogos à qual os atletas são submetidos. A taxa 
de ressíntese de glicogênio muscular em condições normais fica em torno de 5 mmoles/kg de 
músculo/hora, correspondendo a uma taxa de 5% (COYLE, 1993). Portanto, são necessárias, 
aproximadamente, 20 horas para a reposição dos estoques endógenos. Caso a dieta não seja capaz 
de fornecer a quantidade necessária de CHO, esse período será mais longo. 
Porém, para aqueles que estão treinando ou jogando em dias consecutivos, uma 
recuperação mais rápida é de extrema importância para garantir o desempenho. O tempo de 
administração dos carboidratos em relação ao término do exercício também é de grande 
importância na suplementação desse nutriente. Até 2 horas após o final dos exercícios, as enzimas 
responsáveis pela síntese de glicogênio estão com sua atividade aumentada em aproximadamente 
50%, fazendo desse período o ideal para o consumo de CHO.
O tipo de carboidrato utilizado no período pós-exercício exerce grande influência no 
grau de síntese de glicogênio muscular/hepático.
Alimentos % em relação à ingestão de 50 g de glicose
Cenoura 92 %
Mel 87 %
Corn Flakes 80 %
Pão 72 %
Arroz 72 %
Batata 70 %
Uva Passa 64 %
Banana 62 %
Tabela 6 – % de CHO em relação à ingestão de 50 g de glicose. Fonte: Burke e Berning (1996).
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O uso de diferentes tipos de CHO no pós-exercício também foi avaliado quanto à 
possibilidade de se obter maior síntese de glicogênio no momento da recuperação. Concluiu-se 
que o consumo de CHO simples e/ou com alto índice glicêmico apresenta maior potencial para 
aumentar a ressíntese de glicogênio muscular imediatamente após o exercício. Essa diferença 
entre os tipos de CHO deixa de ser observada depois de 6 horas do término do exercício.
8. GLICOGÊNIO, CONTRAÇÃO MUSCULAR E LESÕES
Atividades físicas como o futebol (que exigem da musculatura um trabalho excêntrico 
intenso, compostas de mudanças de direção, paradas bruscas e piques máximos de velocidade)induzem a lesões e dores musculares. A disponibilidade de CHO também é responsável pela 
regulação do catabolismo proteico. A redução dos estoques endógenos de CHO ativa as enzimas 
de oxidação de aminoácidos, aumentando seu catabolismo. O consumo de CHO, bem como de 
proteínas/suplementos à base de aminoácidos, também pode atenuar esse quadro de catabolismo 
proteico e, dessa forma, auxiliar na prevenção de lesões musculares tão comuns no futebol.
8.1 Pesquisas Científicas sobre o Uso de Proteína no Futebol
Ao contrário do que se observa para os carboidratos, a quantidade de proteínas na dieta de 
jogadores de futebol normalmente não constitui um problema. Isso é extremamente significativo 
diante do fato de esses atletas necessitarem de mais proteínas se comparados a indivíduos 
sedentários. O consumo de proteínas, no entanto, deve ser realizado de forma adequada para se 
evitarem problemas em potencial (como a ingestão desnecessária de gordura, dependendo da 
fonte proteica). O entendimento de qual é o papel das proteínas para atletas de futebol também é 
fundamental para a nutrição adequada.
As proteínas são macronutrientes fundamentais, pois são o principal constituinte de nossa 
estrutura corporal (massa muscular). O comprometimento no fornecimento de proteínas pode 
interferir no desempenho do jogador pelo fato de prejudicar, principalmente, sua composição 
corporal.
Diante da sugestão de uma necessidade aumentada de proteínas em função do exercício, 
é importante saber como se traduz tal necessidade em termos quantitativos. A dieta típica 
americana fornece, aproximadamente, 100 g de proteína por dia (BURKE; BERNING, 1996). 
Essa quantidade supera facilmente a necessidade diária (0,8 g x kg-1) de um sedentário pesando 
80 kg.
A partir da recomendação diária de calorias para jogadores de futebol (aproximadamente, 
3.500 kcal), considerando também a recomendação de consumir de 10% a 15% do total energético 
na forma de proteína, pode-se determinar a quantidade necessária de proteínas diariamente. 
Nessas condições (10% a 15% - 3500 Kcal – atleta 80 kg), seria necessário de 350-525 Kcal na 
forma de proteínas. Sabendo que cada grama de proteína fornece 4 Kcal, esse indivíduo (80 kg) 
consumiria 87,5 a 131,5 g de proteínas por dia ou 1,10 a 1,64 g x kg-1. Ou seja, quase 2 vezes a 
recomendação para sedentários.
Devido às características do futebol (duração e intensidade), Lemon (1994) sugere que, 
durante uma partida, as proteínas podem contribuir para a geração de energia considerando-se 
algumas características do futebol, tais como:
• Duração: 90 minutos.
• Intensidade: de moderada a alta.
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Atividade intermitente – grande participação do metabolismo aeróbio (90%) para 
geração de energia e não menos importante participação do metabolismo anaeróbio (10%), 
responsável pela drástica redução dos estoques de glicogênio muscular.
Esse é o tipo de atividade que, provavelmente, requer a utilização/oxidação de aminoácidos 
para geração de energia. Apesar de não haver informações específicas sobre futebol, sugere-se que 
a ingestão de proteínas seja maior (175 % a 210 %) que a recomendada (RDA) para sedentários 
(LEMON, 1994). Jogadores de futebol: 1,4 – 1,7 g. kg-1.
A maior oxidação de aminoácidos reduz sua disponibilidade no nosso corpo; logo, se a 
ingestão de aminoácidos não for adequada, o processo de síntese proteica (reparação e construção 
teciduais) estará comprometido. A longo prazo, a quantidade inadequada de proteínas pode 
causar redução da massa muscular e comprometer a capacidade de gerar trabalho-força. O 
contrário também é verdadeiro: ou seja, a ingestão adequada de proteínas auxilia na conservação 
da massa magra e, quando associada ao treinamento de força, pode promover hipertrofia e, 
consequentemente, ganho de força.
8.2 Pesquisas Científicas sobre o Consumo de Lipídios no 
Futebol
 Em indivíduos sedentários, o aumento na quantidade de gordura presente na dieta 
pode ocasionar aumento no armazenamento desse nutriente no organismo. Ao contrário 
dos sedentários, atletas necessitam de grandes quantidades de energia; logo, as gorduras são 
preferencialmente utilizadas para a geração de energia, em detrimento da via de armazenamento. 
Apesar das poucas evidências científicas, alguns atletas têm empregado a suplementação lipídica 
com diferentes tipos de ácidos graxos a fim de compensar seu déficit energético ou, até mesmo, 
de promover aumento de performance (AOKI; SEELAENDER, 1999).
Esse não é o caso de jogadores de futebol. Muitos estudos têm demonstrado que a dieta 
desses atletas é rica em lipídeos, além do recomendado (RICO-SANZ et al., 1998). Portanto, é 
necessário ajustar a ingestão de gordura em função dos outros macronutrientes, principalmente 
a ingestão dos CHOs. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O futebol possui uma exigência física muito elevada, apresenta demandas de muita força, 
em especial, em ações excêntricas, causando micro-traumas musculares por meio de atividades 
intermitentes. Por essa razão, faz-se necessária a utilização de indicadores fisiológicos do estresse 
físico para investigações.
A “distância total percorrida” serve como parâmetro; porém, é hoje acompanhada por 
outros indicadores, como “distância percorrida em alta intensidade” (>20 km/h), “esforços 
repetidos” (caracterizados como 3 movimentos de sprints e/ou acelerações e/ou desacelerações 
em um intervalo de 21 segundos), “Player Load Inertial” (carga causada por mudança de direção 
nos três planos de movimento: sagital, frontal e transversal) e “IMA – Inertial Movement Analysis” 
(soma das acelerações, desacelerações e mudanças de direção nas três intensidades: baixa, média 
e alta).
As principais capacidades físicas aplicadas ao treinamento de futebol são: resistência, 
força, velocidade, coordenação e mobilidade/flexibilidade. Quanto aos aspectos nutricionais 
para o jogador de futebol, além dos lipídeos e proteínas, destaca-se a utilização dos carboidratos, 
que, transformados em glicogênio muscular e hepático, são a principal fonte de energia para o 
exercício físico intermitente.
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