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GRADUAÇÃO EM LETRAS (PORTUGUÊS) DISCIPLINA: Linguística I GRADUANDO: Renan Santos Soares FICHAMENTO Autor(es): SAUSSURE, Ferdinand de. Título: Objeto da Linguística/ Linguística da Língua e Linguística da Fala Tipo: livro( ) Capítulo ( X ) Outros textos ( ): Título da obra: Curso de Linguística Geral/ Páginas:39-52. Autor(es): SOARES, Renan Santos. Editora: Cultrix DE SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Editora Cultrix, 2008. Pgs 39-52. Data: 04/08/2022 Página Citações/resumo Palavras - Chave 39 (Objeto da Linguística) No início do texto, Ferdinand de Saussure define que a linguística, diferentemente de outras ciências, não pode ser observada a partir de dados previamente dados. Em linguística, pode-se pronunciar uma palavra (por exemplo “forte”), e se realizar diversas observações mentais de objetos linguísticos distintos (Uma pessoa com músculos definidos, alguém que tenha ultrapassado problemas da vida, o som emitido e pelo correspondente em outra língua, como “Strong”, em inglês). Dessa forma, o ponto de vista estabelece o objeto. Objeto científico, pontos de vista, delimitação de objeto, delimitação da linguística. 39 e 40 Depois dessa explanação, Saussure frisa que dificulta-se ainda mais definir o objeto concreto da linguística, pois o fenômeno da linguagem sempre é composto de duas faces que se complementam, tais quais; Dupla articulação da linguagem, objeto científico. 1) A produção de som que advém das imagens acústicas pressupõe o funcionamento dos órgãos vocais, assim como o movimento desses órgãos precisa das abstrações acústicas. 2) De nada importa a produção de som (unidade acústica-vocal) sem a ideia que lhe é gravada, uma unidade fisiológica e mental. 3) A linguagem tem um lado individual e um lado social; ambos não podem ser conhecidos separadamente. 4) A linguagem sempre implica num sistema já estabelecido pelo seu passado e num sistema em constante evolução. 40 “Ou nos aplicamos a um lado apenas de cada problema e nos arriscamos a não perceber as dualidades assinaladas, ou, se estudarmos a linguagem sob vários aspectos ao mesmo tempo, o objeto da Linguística nos aparecerá como um aglomerado confuso de coisas heteróclitas, sem liame entre si” (p.40) Saussure postula, portanto, que optar por uma face de análise pode anular as suas dualidades e observar a linguagem em vários prismas pode torná-la um objeto confuso que suscitará a aproximação de outras ciências que por um erro podem tomar e apropriar-se da linguagem como um objeto próprio. Objeto, dualidades da linguagem, aproximação de ciências. 41, 42 Após a explanação da dificuldade em se responder à busca do objeto concreto da Linguística, Saussure conclui que se faz necessário encontrar na língua (único fenômeno suscetível de definição), respostas. O autor inicia, dessa maneira, a diferenciar língua e a linguagem. A língua é, segundo Saussure, “parte determinada, essencial dela (da linguagem), indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”. (p.41) Assim Saussure define a língua, como “instrumento criado e fornecido pela coletividade” (pg.42), que, diferentemente da linguagem, em seus domínios complexos e heteróclitos, pode ser Língua, linguagem, convencionalismo, produto social. organizada e classificada, pois é convencional, enquanto a linguagem não se deixa ser classificada por nenhuma categoria dos fatos humanos por não se saber inferir a sua unidade, sendo ao mesmo tempo física, fisiológica, psíquica e multiforme. A linguagem é uma faculdade natural, enquanto a língua se adquire pelo convívio social. 43, 45 “Suponhamos que um dado conceito suscite no cérebro uma imagem acústica correspondente: é um fenômeno inteiramente psíquico, seguido, por sua vez, de um processo fisiológico: o cérebro transmite aos órgãos da fonação um impulso correlativo da imagem; depois, as ondas sonoras se propagam da boca de A até o ouvido de B”. (p.43) Dessa maneira, concebe Saussure o circuito da fala, frisando que para que se encontre a esfera da linguagem que corresponde à língua, deve-se encarar o processo da fala, que deve exigir, ao menos, dois sujeitos. A fala, sempre individual, é denominada “parole” pelo mestre genebrino. Fala, parole, circuito da fala, inclassificável, individual. 46 Posteriormente, o erudita menciona que a língua, por ser a faculdade social da linguagem, é exterior ao sujeito, portanto, incapaz de ser criada ou alterada por uma pessoa. A língua, por ser suscetível de classificação, tem um caráter homogêneo, constituindo-se dum sistema de signos que exprimem ideias, opondo-se à linguagem, que por si é heterogênea. O professor também descreve que os signos, por mais que sejam fenômenos psíquicos, não são abstrações, pois as associações de imagens são processadas pela coletividade que constitui a língua, tendo-a processa em seus cérebros. Como exemplo, cita a escrita, que por intermédio da ortografia, fixa e convenciona determinada imagem acústica. Conjunto de signos, homogeneidade, convenção, signos, imagens acústicas. da 47, 48 Mais adiante, Saussure enfatiza o caráter institucional da língua (como propunha Whitney), relacionando-o com o ideal do signo. Tornar-se-ia importante, dessa maneira, a emergência de uma ciência que estudasse a forma na qual os signos se relacionam com vida social, ciência essa que seria parte da Psicologia Social. Saussure nomeia essa ciência de “Semiologia” (do grego semeion, “signo”), postulando que a Linguística seria uma parte dessa ciência mais geral e que a tarefa do linguista seria definir a importância da língua diante de fatos semiológicos. Signos, semiologia, língua, sistema de signos. 52 No limiar do capítulo, Saussure retorna às distinções de língua e fala; segundo o professor suíço, nada de coletivo existe na fala, pois as suas manifestações são momentâneas e individuais. Estabelece, assim, uma hierarquia entre os dois conceitos; a língua é essencial e a fala, acessória. A linguística poderá se ocupar com as duas disciplinas e também falar duma Linguística da Fala (mais tarde denominada Linguística da Enunciação), mas frisando de que o objeto de análise da Linguística é, substancialmente, a língua. linguística da fala, fala, linguística da enunciação, objeto da linguística, língua. 47, 48 Mais adiante, Saussure enfatiza o caráter institucional da língua (como propunha Whitney), relacionando-o com o ideal do signo. Tornar-se-ia importante, dessa maneira, a emergência de uma ciência que estudasse a forma na qual os signos se relacionam com vida social, ciência essa que seria parte da Psicologia Social. Saussure nomeia essa ciência de “Semiologia” (do grego semeion, “signo”), postulando que a Linguística seria uma parte dessa ciência mais geral e que a tarefa do linguista seria definir a importância da língua diante de fatos semiológicos. Signos, semiologia, língua, sistema de signos. 52 No limiar do capítulo, Saussure retorna às distinções de língua e fala; segundo o professor suíço, nada de coletivo existe na fala, pois as suas manifestações são momentâneas e individuais. Estabelece, assim, uma hierarquia entre os dois conceitos; a língua é essencial e a fala, acessória. A linguística poderá se ocupar com as duas disciplinas e também falar duma Linguística da Fala (mais tarde denominada Linguística da Enunciação), mas frisando de que o objeto de análise da Linguística é, substancialmente, a língua. linguística da fala, fala, linguística da enunciação, objeto da linguística, língua.
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