Buscar

Analise ergonomica do trabalho, PPR, PCA, PGR e demais programas regulamentados, legislacoes especificas e acordos coletivos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise ergonômica do trabalho, PPR, PCA, PGR
e demais programas regulamentados, legislações
específicas e acordos coletivos
Os programas elaborados na área de saúde e segurança do trabalho (SST) têm como
principal objetivo a proteção da saúde e da integridade física de todos os trabalhadores, a
partir de medidas de antecipação e reconhecimento dos riscos para implementação das
medidas de controle necessárias, do acompanhamento e do monitoramento contínuos para
avaliar a efetividade das medidas adotadas e, por fim, do processo de melhoria contínua.
Desse modo, pode se fazer a gestão de todos os fatores de risco no ambiente de
trabalho, podendo ser fatores de risco de acidentes, físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos.
Os programas adotados dentro das empresas são essenciais para todo o processo de
gestão e também para estabelecer um sistema de gestão que tangencia todas as normas
regulamentadoras, conseguindo assim reduzir de forma eficaz os acidentes e as doenças
ocupacionais e gerenciar todas as situações em que há exposição.
Os programas complementar-se-ão e jamais atuarão de forma independente. É nesse
preceito que deve ser baseado o sistema de gestão da saúde e segurança no trabalho.
Alguns programas em determinados setores são elaborados para fatores de risco
mais específicos, como é o caso do Programa de Controle Auditivo (PCA), que contém foco
específico na gestão da exposição ocupacional ao ruído. Esse programa é elaborado
especificamente para atividades em que os trabalhadores estão expostos a substâncias
ototóxicas, ou seja, agentes químicos de riscos que, junto ao ruído, podem prejudicar a
audição do trabalhador.
O Programa de Proteção Respiratória (PPR) contém basicamente o mesmo princípio
que o PCA, só que seu foco é na proteção respiratória, utilizada principalmente quando os
trabalhadores são expostos aos agentes químicos cancerígenos, os quais podem resultar
06/01/2024, 18:19
Página 1 de 21
em doenças graves respiratórias.
O Programa de Gestão de Riscos Ocupacionais (PGR) substitui o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), com o diferencial de que o PGR trata de todos os
fatores de risco específicos em que o trabalhador estará exposto, físicos, químicos,
biológicos, de acidente e até ergonômicos. O fato de o PGR existir, porém, não invalidará a
necessidade de elaboração dos outros programas para se estabelecer um processo de
gestão mais qualificado dos fatores de risco.
A análise ergonômica do trabalho
acaba sendo confundida por muitos
profissionais como uma ferramenta de
gestão, ou até mesmo um programa, o que
não é verdade.
Todo programa envolve os conceitos de antecipação, reconhecimentos e planos,
estabelecimento de medidas de controle e monitoramento, por fim avaliação e melhoria
contínua. Esse não é o caso da análise ergonômica do trabalho, que é uma ferramenta
mais precisa para identificação dos riscos ergonômicos no ambiente de trabalho. Por isso, a
análise ergonômica do trabalho caracteriza-se por ser uma ferramenta de análise de risco,
e não um programa de gestão.
Neste conhecimento, você aprenderá sobre a análise ergonômica do trabalho, os
programas e a técnica de análise de risco ocupacional, assim como a legislação adotada e
os acordos coletivos do trabalho dentro das normas regulamentadoras (NRs), trazendo os
principais conceitos em que o técnico de segurança terá um papel fundamental na
aplicação, na implementação e no monitoramento dentro do ambiente de trabalho.
Análise ergonômica do trabalho
06/01/2024, 18:19
Página 2 de 21
A NR-17 foi considerada um novo marco no conceito de ergonomia dentro do
ambiente de trabalho, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. No início da
apresentação da nova norma nas comissões tripartites, houve uma resistência por parte
dos representantes dos empregadores, porém os técnicos do Ministério Público do
Trabalho fizeram uma atividade de pesquisa extremamente minunciosa de tudo que existia
no mundo na área de ergonomia, o que acabou convencendo os empregadores da
importância da norma.
A principal característica que envolve
a NR-17 está na adaptação das condições
e da organização do trabalho às
características psicofisiológicas dos
trabalhadores. A partir daí, não é mais o
homem que se adapta ao trabalho, e sim o
trabalho que se adapta ao homem.
Um exemplo claro são as máquinas e os equipamentos. Os trabalhadores com baixa
estatura não poderiam trabalhar em máquinas que exigiam uma altura maior dos
trabalhadores, mas hoje as máquinas devem atender tanto aos trabalhadores mais baixos
quanto aos trabalhadores mais altos, ou seja, é a máquina que deve se adequar.
Sendo uma norma que estabelece poucos parâmetros, os outros critérios ficam à
subjetividade do conforto, por isso a participação dos trabalhadores em qualquer análise de
risco com foco na ergonomia é extremamente essencial.
E, antes do aprofundamento nos conceitos que envolvem a análise ergonômica do
trabalho, é de fundamental importância estabelecer o conceito de características
psicofisiológicas dos trabalhadores. Veja algumas das características psicofisiológicas
parametrizadas dos trabalhadores que são conhecidas:
06/01/2024, 18:19
Página 3 de 21
Preferência por escolher livremente a postura, de acordo com a exigência das
atividades
Utilização de toda a musculatura corporal
Preferência por impor a própria cadência de trabalho e não ter um ritmo ditado
por uma máquina ou esteira
Não consideração dos limites de sua musculatura, quando aumentar a
cadência
Sentimento de bem-estar quando solicitado para resolver problemas
relacionados às suas tarefas
Capacidade sensitiva motora que varia para cada trabalhador
Redução progressiva da capacidade sensitiva motora, mas compensada pela
experiência
Organização coletiva para gerenciar a carga de trabalho, um papel mais
importante que a competitividade
A ergonomia foca também nas condições de trabalho e na organização do trabalho:
1. Levantamento, transporte e descarga de materiaisLevantamento, transporte e descarga de materiais,
movimentos específicos não naturais do corpo, posições de
trabalho fixas tanto na posição sentado quanto em pé, movimentos
do tronco
2. MobiliárioMobiliário com quinas vivas, sem ajustes para altura e
características antropométricas dos trabalhadores
3. EquipamentosEquipamentos não adaptados às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, necessidade de execução de movimentos
repetitivos
4. Condições ambientais do trabalhoCondições ambientais do trabalho, como conforto térmico,
conforto acústico e iluminação
1. Normas de produçãoNormas de produção, que são as regras da empresa escritas, ou
não, que o trabalhador deve seguir para realizar suas tarefas
06/01/2024, 18:19
Página 4 de 21
2. Modo operatórioModo operatório, que se refere às atividades que devem ser
executadas durantes suas tarefas
3. Exigência de tempoExigência de tempo, que diz respeito às metas de produção ou
quanto deve ser produzido durante determinado tempo
4. Determinação do conteúdo de tempoDeterminação do conteúdo de tempo para realização de uma
atividade
5. O ritmo de trabalhoO ritmo de trabalho pode ser livre, ou seja, cada trabalhador
define o momento que irá executar sua tarefa e como irá fazer para
atingir as metas, ou controlado por uma esteira que define o tempo
específico e quando ele irá executar suas tarefas. A cadência docadência do
trabalhotrabalho é a velocidade com que os movimentos se repetem em
uma unidade de tempo.
6. Conteúdo das tarefasConteúdo das tarefas, que está relacionado ao modo como o
operador percebe suas tarefas, sentindo-se socialmente
importante, desafiado ou considerando a tarefa monótona
Todos esses aspectos devem ser considerados para a realização de uma análise de
risco simples, com foco nos riscos ergonômicos, e também na situação que envolve a
análise ergonômica do trabalho, que é uma análise que parte de uma demanda. Uma
demanda caracteriza-se por ser situações de afastamentodo trabalho devido a doenças
consequentes de fatores de risco ergonômicos, ou seja, busca-se uma análise de riscos
simples; caso os problemas de afastamento em função dos fatores de risco relacionados à
ergonomia persistam, será necessária a análise ergonômica do trabalho. Como se percebe,
a análise ergonômica do trabalho não é um programa de gestão, e sim uma abordagem
metodológica proposta pela ergonomia que realiza uma avaliação detalhada das tarefas e
do modo operatório, das condições de trabalho, da organização do trabalho, do trabalho
real executado pelo trabalhador e do trabalho prescrito no procedimento.
06/01/2024, 18:19
Página 5 de 21
Elaborar uma análise ergonômica do trabalho envolve um tempo relativamente
elevado de investigação; muitas vezes, levam-se dias colhendo todos os dados necessários
relacionados às condições de trabalho e também organização do trabalho, fazendo uma
atividade de pesquisa que envolve a participação de todos os trabalhadores.
As etapas da análise ergonômica do trabalho são:
Análise da demanda de contexto
Análise global da empresa
Análise da população dos trabalhadores
Situação do trabalho a ser estudada
Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais
Estabelecimento de um pré-diagnóstico
Determinação de diagnóstico global
Validação de diagnóstico pelos funcionários e projeto de melhoria
Cronograma de implementação do projeto de melhoria
Acompanhamento das modificações e avaliar
Como se pode ver, a análise ergonômica do trabalho é uma técnica de análise de
risco extremamente mais aprofundada e que requer uma demanda, não podendo ser, em
hipótese alguma, banalizada e usada inadequadamente. Ela é mais uma ferramenta dentro
do processo de gestão com o intuito de identificar riscos e propor melhorias adequadas
para redução desses riscos dentro de uma atividade, ou seja, não é um programa de
gestão ergonômica.
Quando se realiza a gestão dos riscos ergonômicos dentro de uma empresa, deve-se
considerar todas as ferramentas utilizadas para se identificar esses fatores de risco e, a
partir daí, estabelecer as melhorias necessárias para a redução deles, um cronograma de
06/01/2024, 18:19
Página 6 de 21
implementação e desenvolvimentos dessas melhorias, avaliação dos resultados e
aperfeiçoamento contínuo. Para isso, existe uma ferramenta interessante no processo de
gestão, a qual é a base de qualquer programa de gerenciamento de riscos: o PDCA.
Desse modo, pode ser elaborado dentro da empresa o Programa de Gestão de
Riscos Ergonômicos, com a utilização de diversas ferramentas de identificação de fatores
de risco, incluindo a análise ergonômica do trabalho, o princípio do PDCA e a melhoria
contínua do processo.
06/01/2024, 18:19
Página 7 de 21
Figura 2 – PDCA para gestão dos riscos ocupacionais
Fonte: Saliba, 2002.
Programa de Proteção Respiratória – PPR
O principal objetivo deste programa é
estabelecer práticas aceitáveis para
usuários de respiradores, informando e
orientando sobre o modo apropriado de
selecionar, usar e cuidar dos respiradores.
As orientações abrangem o uso de equipamento de proteção respiratória, cuja
finalidade é proteger contra a inalação de contaminantes nocivos do ar e contra a
deficiência de oxigênio em ambientes confinados.
O primeiro foco deste programa é identificar os riscos relacionados aos agentes
químicos que possam trazer transtornos pelas vias áreas na respiração dos trabalhadores.
A premissa básica da implementação desse programa é que a utilização de qualquer
tipo de proteção individual deve ser a última alternativa a ser analisada, devendo ser
sempre priorizadas as seguintes ações:
Diminuição da exposição
Adoção de medidas de proteção coletiva
Substituição das substâncias tóxicas
A opção pelo uso de respiradores somente deve ocorrer depois de avaliar se a
proteção coletiva é inviável, se ela não é suficiente para atingir os níveis aceitáveis, se está
em manutenção, sem retorno em tempo hábil para a realização do serviço, ou se ainda está
06/01/2024, 18:19
Página 8 de 21
sendo implantada.
Veja algumas definições básicas:
Inventário de riscos
Para todos os setores, haverá um inventário de risco, seguindo o modelo da tabela a
seguir, no qual será avaliado o risco e estabelecidas as medidas de proteção necessárias
para atividade.
Clique no botão a seguir para fazer o download da tabela.
(pdf/modelo_tabela_inventario.pdf)
A partir das avaliações e estabelecendo as medidas de proteção respiratória nos
setores, o programa será monitorado e avaliado junto ao PCMSO para verificar se a
medidas de controle foram efetivas na redução dos riscos da saúde do trabalhador. Com a
avaliação, o projeto de melhoria contínua deve ser proposto, efetivando-se assim o PDCA
deste programa.
Os procedimentos listados a seguir devem vir anexados ao PPR:
06/01/2024, 18:19
Página 9 de 21
Procedimento para avaliação médica de trabalhadores candidatos à utilização
de equipamentos individuais de proteção respiratória
Procedimento de controle da qualidade do ar respirável
Procedimento para verificação de vedação da máscara nos locais de trabalho
Procedimento para ensaio quantitativo de vedação
Procedimento para uso de respiradores em atmosferas IPVS
Procedimentos operacionais para uso de respiradores em situações de
emergência e de salvamento
Procedimento para seleção e uso de respiradores rotineiros
Procedimento para realização de ensaios de vedação qualitativa com filtros
químicos contra vapores orgânicos
Procedimento para realização de ensaios de vedação qualitativos com fumos
irritantes com um filtro mecânico
Todos os trabalhadores devem ser treinados e o registro do treinamento deve ficar
disponível para consulta.
Assim como todos os programas, o
PPR também envolve várias etapas, como
identificação e reconhecimentos fatores de
risco, estabelecer a partir de um
planejamento as melhores medidas de
controle, acompanhar e monitorar as
atividades e, por fim, avaliar e propor as
melhorias necessárias.
Programa de Conservação Auditiva – PCA
06/01/2024, 18:19
Página 10 de 21
O propósito em implementar efetivo PCA é prevenir ou estabilizar perdas auditivas
induzidas pelo ruído.
Não existe regulamentação que garanta adequada proteção contra o ruído à
população industrial. Mesmo que essa regulamentação existisse, só o incentivo para
cumpri-la não seria suficiente para se ter um PCA eficiente.
Na realidade, efetivos PCAs só são obtidos quando todos os níveis de uma
corporação se unem para proteger a audição do funcionário.
O principal objetivo do PCA é
estabelecer medidas de controle que
sejam suficientes para evitar a perda
auditiva dos trabalhadores no ambiente de
trabalho.
Os benefícios de um bom PCA resultam em evitar que o funcionário adquira perda
auditiva induzida pelo ruído. Está claramente estabelecido que exposição habitual a níveis
de ruído acima de 85 dB(A) causarão significativa perda auditiva em mais de 50% da
população exposta. Existem dados de que este nível de ruído, para algumas pessoas, já
possa ser lesivo a 75 dB(A).
A par desses óbvios e bem documentados efeitos lesivos, o ruído relaciona-se a
muitos outros efeitos fisiológicos e de comportamento, embora esta evidência não seja
facilmente conclusiva.
Esses efeitos extra-auditivos são muito difíceis de qualificar, já que não são
específicos e muitas outras causas danosas e/ou estressantes podem coexistir. Estudos
realizados para detectar o benefício extra-auricular do PCA indicam que menos acidentes
de trabalho e menos problemas médicos ocorrem, assim como menor ausência do trabalho
e mais produtividade.
06/01/2024, 18:19
Página 11 de 21
Cinco fases de um PCA
1. Educação
Informar a todos sobre os efeitos danosos do ruído
Informar claramente o que o PCA deseja realizar
Descrever como a perda auditiva ocorre e como a proteção deve
ocorrer
Definir os benefícios para o funcionário e para a empresa
Definir os métodos de educação: de acordo com o tamanho da
empresae de seus processos de produção, veja algumas opções:
Encontro um a um (durante o exame periódico)
Formação de pequenos grupos
Encontros regulares de segurança
Cartazes, filmes, palestras
Educadores (pessoas que os empregados reconheçam ser
sinceramente interessados e familiarizados com o
ambiente de trabalho)
2. Levantamento das áreas de ruído
3. Medidas administrativas e/ou de engenharia
a) Administrativas:
Não comprar equipamentos que aumentem o ruído ou
procurar os que podem reduzi-lo
Não submeter funcionários a doses diárias de ruído
superior ao tolerável permitido, aproveitando-os em outros
setores menos ruidosos
b) Engenharia:
Efetuar a proteção coletiva contra o ruído, atuando na fonte
e no meio
06/01/2024, 18:19
Página 12 de 21
4. Proteção auditiva individual
A compra dos EPIs deve receber o aval do setor de segurança e
medicina do trabalho, para que protetores realmente eficientes sejam
adquiridos
5. Testes audiométricos
Devem ser fornecidos aos operários e a evolução dos níveis
auditivos funciona como fator motivador
O PCA obedece ao seguinte processo:
O coordenador se reporta à diretoria para informar resultados dos
testes audiométricos, sugerir condutas e receber aprovação
O coordenador amplia o leque de sua atividade, informando às
chefias dos vários setores sobre os testes, bem como estabelecendo
as condutas do PCA e treinando-os para implantar o programa
As chefias, pela sua atuação junto aos operários, implantam o PCA, a
partir dos conhecimentos difundidos pelo coordenador
O coordenador também atua diretamente junto aos operários,
promovendo palestras, exibição de filmes, trabalhando na confecção
de cartazes
Toda essa atividade tem fluxo nos dois sentidos, o que estabelece adequado canal de
comunicação, pelo qual as dúvidas são manifestadas e as respostas adequadas podem ser
informadas.
Os ambientes de trabalho nos quais o PCA é adotado são especificamente aqueles
que já contêm uma alta incidência de afastamentos induzidos pela perda auditiva, assim
como ambientes em que os níveis de ruído são superiores ao nível de ação de 80 dB(A)
(que corresponde a uma dose de 50% para uma exposição padrão de oito horas), e
também nos casos de exposição a substâncias ototóxicas. Lembre-se de que o PCA deve
estar sempre alinhado com o PCMSO da empresa.
06/01/2024, 18:19
Página 13 de 21
Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR
A partir da Portaria SEPRT n.º 6.730/2020, as empresas deverão fazer a gestão dos
riscos ocupacionais que devem constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos. A
vigência deste programa é a partir de 2022.
Desse modo, será substituído o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA), cuja implementação a antiga NR-9 determinava como necessária, e entrará um
programa mais robusto, que incluirá não somente os riscos físicos, químicos e biológicos,
mas também os fatores de risco de acidentes e ergonômicos.
Até então, quando se falava de gestão de riscos, dentro da legislação ou das normas
regulamentadoras, o que se determinava de forma geral era a gestão dos fatores de risco
físicos, químicos e biológicos, com poucas exceções de algumas normas setoriais, como a
atividade de mineração, que sempre determinou a necessidade de gestão dos fatores de
risco. O que se tinha de prática geral nas demais atividades econômicas era o Programa de
Prevenção dos Riscos Ambientais, que tratava unicamente dos riscos (conforme texto
anterior da NR-9) físicos, químicos e biológicos. Agora, com o PGR, as empresas deverão
comprovar a efetiva gestão de todos os fatores de risco dentro de seus estabelecimentos.
O mesmo PGR deverá ser integrado com os demais programas, planos e outros
documentos previstos nas NRs, como o PCMSO, PCA e PPR. O PGR também poderá ser
atendido pelos sistemas de gestão, desde que esses sistemas cumpram tudo aquilo que é
exigido normativamente para o PGR.
Os profissionais que atuarão no SESMT devem:
06/01/2024, 18:19
Página 14 de 21
Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho
Identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde
Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco
Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção
de medidas de prevenção
Implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco
estabelecida, considerando a opinião de todos os trabalhadores e
estabelecendo as medidas de controle com a ordem de prioridade: eliminar os
fatores de risco, minimizar os fatores de riscos ou controlar com
equipamentos de proteção coletiva, adotar medidas administrativas e, por fim,
adotar os equipamentos de proteção individual
Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais
Todos os trabalhadores deverão receber treinamentos em relação aos fatores de risco
a que serão expostos nos locais de trabalho e serão comunicados sobre os riscos
consolidados no inventário de riscos e sobre as medidas de prevenção do plano de ação do
PGR.
Os profissionais da área de saúde e segurança no trabalho devem fazer o
levantamento dos fatores de risco e perigos nos locais de trabalho:
Antes do início do funcionamento do estabelecimento ou em novas
instalações
Nas atividades existentes
Nas mudanças e na introdução de novos processos ou atividades de trabalho
O levantamento de fatores de risco e perigos deve considerar:
06/01/2024, 18:19
Página 15 de 21
A descrição de perigos, riscos e possíveis agravos à saúde
A identificação das fontes geradoras dos riscos ou das circunstâncias de
perigo
A indicação de quais trabalhadores são expostos
As técnicas de avaliação e identificação de riscos adotadas dentro da empresa fica a
critério desta.
Para se indicar o nível de risco, a empresa deve considerar a magnitude da
consequência, a probabilidade de ocorrência e o número de trabalhadores expostos. A
matriz de riscos determinada na NR-3 atende a todos esses requisitos, sendo que será a
técnica utilizada pelos auditores fiscais do trabalho, por isso é recomendada essa técnica,
mesmo que a empresa possa utilizar outras, se assim preferir. Sabe-se, porém, que a
matriz de riscos não é tão eficiente para a identificação de riscos ergonômicos como a
análise ergonômica do trabalho.
A avaliação de riscos deve constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois
anos, ou quando da ocorrência das seguintes situações:
Após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos
residuais
Após inovações e modificações nas tecnologias, nos ambientes, nos
processos, nas condições, nos procedimentos e na organização do trabalho
que impliquem em novos riscos ou modifiquem os riscos existentes
Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas
de prevenção
Na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho
Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis
Desse modo, além do prazo de dois anos, há diversas circunstâncias que obrigam a
organização a reavaliar constantemente os riscos presentes dentro de sua atividade para
atender aos requisitos do PGR.
06/01/2024, 18:19
Página 16 de 21
As medidas de controle devem ser estabelecidas sempre depois da etapa de
avaliação, na qual deve ser seguida a seguinte hierarquia das medidas de controle:
Figura 3 – Hierarquia das medidas de controle
Fonte: Ministério da Economia (BRASIL, 2020).
As medidas de naturezas administrativa e individual devem ser adotadas somente
quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção de medidas de
proteção coletiva, ou quando essas medidas não forem suficientes ou encontrarem-se em
fase de estudo, planejamento ou implantação, ou, ainda, em caráter complementar ou
emergencial.
Por fim, há o plano de ação em que a organização deve indicar as medidas de
prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, seguindo um cronograma
específico.
06/01/2024, 18:19
Página 17 de 21
O PGR deve estar alinhado ao
PCMSO para acompanhamento da saúde
dos trabalhadores expostos aos fatoresde
risco. O PGR é composto pelo inventário
de riscos e também pelo plano de ação.
No inventário de riscos, deve-se contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
Caracterização dos processos e ambientes de trabalho
Caracterização das atividades
Descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos
trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, indicação do
nível de risco, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses
riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas
No PGR, é determinada a análise de investigação dos acidentes, portanto, em caso
de qualquer acidente que ocorra dentro do ambiente, devem estar indicadas no PGR as
causas e as medidas de controle adotadas no plano de ação para se evitar a reincidência
do acidente.
A organização deve estabelecer, implementar e manter os procedimentos de
respostas aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
Como se pode verificar, o PGR é um
programa que envolve a etapa de
levantamento e avaliação dos riscos, assim
como determina a necessidade de ações
específicas para se estabelecerem
06/01/2024, 18:19
Página 18 de 21
medidas de controle para a redução
desses riscos e também avaliação dos
resultados e necessárias melhorias. Isso
semelhante com o que é abordado na
técnica do PDCA.
Outros programas
O acompanhamento da saúde dos trabalhadores expostos aos fatores de risco dentro
do ambiente de trabalho é essencial para que se exista a avaliação das medidas de
controle que são adotadas dentro do PGR. O Programa de Controle Médico da Saúde do
Trabalhador é essencial para conseguir realizar todo esse processo e para uma eficaz
gestão da saúde dos funcionários.
Desse modo, o programa considera as questões incidentes sobre o indivíduo e a
coletividade dos trabalhadores.
Um exemplo claro é quando um
trabalhador exposto a determinado agente
desenvolve um diagnóstico precoce de
agravo à saúde de caráter subclínico, ou
seja, se o trabalhador não chega a ficar
doente, mas pode ficar, o PCMSO tem a
capacidade de agir de forma precoce e
preventiva. Esse trabalhador com exames
alterados deve ser retirado do local e todos
os trabalhadores expostos aos mesmos
riscos deverão ser também avaliados.
Caso constatado que de fato a doença foi
produzida no setor de trabalho, deve-se
06/01/2024, 18:19
Página 19 de 21
reavaliar no PGR os riscos ocupacionais
daquele local e estabelecer as melhorias
necessárias nas medidas de controle. Por
isso o PCMSO é de grande ajuda para
todos os outros programas, como o PGR,
PCA e PPR.
Outras empresas já elaboraram o Programa de Gestão Ergonômica (PGE), embora
não exista previsão legal desse programa. Mesmo que estabelecido que os fatores de risco
ergonômicos podem ser tratados no PGR, as empresas podem manter o Programa de
Gestão Ergonômica baseados nas análises de riscos para identificação de todos os fatores
de risco ergonômicos presentes em suas atividades, assim como, quando necessário
devido a alguma demanda, a execução da análise ergonômica do trabalho. Isso
estabelecendo sempre as medidas de controle necessárias e o processo de melhoria
contínua.
Legislação específica
A legislação específica que trata dos conceitos estabelecidos nos programas de
gestão está na NR-1, que determina as disposições gerais de todas as normas
regulamentadoras e a gestão dos riscos ocupacionais, relacionados aos fatores de risco de
acidentes, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
A NR-9 terá um foco nos procedimentos de avaliação dos agentes físicos, químicos e
biológicos, assim como a NR-15, que estabelece os limites de tolerância dos agentes de
riscos. A NR-17 é uma norma que estabelece alguns parâmetros de conforto em matéria de
ergonomia, assim como outras normas específicas que contêm seu próprio programa de
gestão, como a NR-18 (Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da
construção) e a NR-22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração).
Acordo coletivo do trabalho
06/01/2024, 18:19
Página 20 de 21
Os acordos coletivos do trabalho, no que se referem às normas regulamentadoras,
nunca devem ser menos rigorosos do que as NRs. Um exemplo seria a NR-35, que
determina que toda a atividade superior a dois metros deve ser considerada atividade em
altura, e que é necessária uma análise preliminar de riscos antes da atividade. A partir de
um acordo coletivo de trabalho entre sindicato e empresa, será possível estabelecer uma
altura inferior a dois metros para ser considerada uma atividade em altura e proceder com a
análise preliminar de risco, mas, em hipótese alguma, o acordo coletivo poderá propor uma
altura menos rigorosa, ou seja, superior à que é estabelecida na norma, que é de dois
metros. Isso valerá para todos os itens presentes nas NRs.
Encerramento
Neste conhecimento você observou os principais conceitos relacionados aos fatores
de risco ergonômicos, assim como alguns parâmetros atribuídos dentro da NR-17 e o
principal deles: o conforto.
Foram abordadas a realização da análise ergonômica do trabalho, as principais
etapas dessa análise de risco com o foco total na ergonomia, o conforto e a participação de
todos os trabalhadores na sua elaboração.
Foi mencionada a importância dos programas de gestão, como o PPR, cujo objetivo é
estabelecer práticas aceitáveis para usuários de respiradores, informando e orientando
sobre o modo apropriado de selecionar, usar e cuidar dos respiradores. Outro programa
mencionado foi o PCA, que tem como objetivo prevenir perdas auditivas induzidas pelo
ruído. Já o PGR inclui todos os fatores de risco: acidentes, químicos, físicos, biológicos e
ergonômicos, assim como os documentos de análise de acidentes e os procedimentos de
emergência quando necessários. Também falou-se sobre o PCMSO e o seu papel no
monitoramento da saúde do trabalhador e apoios aos demais programas.
Por fim, estabeleceram-se quais são as principais normas regulamentadoras que
tratam dos programas e da análise ergonômica do trabalho, assim como a única hipótese
específica para se estabelecer um acordo coletivo do trabalho no que tange às normas
regulamentadoras.
06/01/2024, 18:19
Página 21 de 21

Continue navegando