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Prova e Meios de Prova no Processo Penal

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27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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MÓDULO 3
3.1. A Constituição Federal e os meios de prova.
Prova e meios de prova
Prova são elementos de convicção fornecidos ao juiz e às partes, com a finalidade de
se reconstruir os fatos investigados.
Obs.: podem ser produzidas pelo próprio juiz, pelas partes, por terceiros (peritos),
mas devem se submeter ao contraditório.
Objeto da prova: é o fato que se deve provar para a resolução do litígio (um fato
criminoso ou um álibi, uma causa excludente, p. ex.);
ax. Acusação: fatos constitutivos do direito de punir (autoria, materialidade e
ausência de causa que exclua o crime ou a culpa)
ax. Defesa: fatos que desconstituam o direito de punir do estado (causas
excludentes, álibis etc).
 Obs.: os fatos devem interessar ao deslinde da causa
Fatos que independem de prova:
ax. Fatos intuitivos ou axiomáticos (evidentes): exame interno em cadáver
seccionado, art. 162, par. único do CPP (não precisa de exame interno);
ax. Fatos notórios: dia de natal, há índios no Brasil, água molha, fogo queima, quem
é o pres. da república etc;
ax. -presunções legais: inimputabilidade do menor de 18 anos, imputabilidade em
caso de embriaguez voluntária, presunção de violência da vítima menor de 14
anos nos crimes sexuais;
ax. Fatos inúteis: não influenciam no julgamento (ex.: a cor da roupa do réu, a
religião do réu)
Classificações:
ax. Quanto ao objeto: direta (test. visual) ou indireta (indícios);
ax. Quanto ao sujeito: pessoal (test.) ou real (coisas e objetos)
ax. Quanto a forma: oral, documental e material.
Obs.: mesmo fatos admitidos pelas partes, os fatos principais do processo devem ser
provados (confissão não é mais prova plena). É diferente do processo civil.
 
Meios de prova são os mecanismos pelos quais as partes levam aos autos, ao
conhecimento do juiz, as provas com as quais pretendem fundamentar seus
argumentos.
São as ações (ou meios) usados para se pesquisar a verdade (depoimentos, perícias,
reconhecimentos, confissões etc. vide rol exemplificativo constante nos art. 158/250
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do CPP. Podem haver outros meios de prova (exame DNA, filmagens, fotos, delação
etc.).
 Segundo Pontes de Miranda "são as fontes probantes, os meios pelos
quais o juiz recebe os elementos ou motivos de provas"[1].
 São admitidos como meios de provas todos aqueles que não são
proibidos por lei, que não ofendam a moral, a ética e os princípios gerais de direito,
ou que não atentem contra a dignidade ou a liberdade da pessoa humana e os bons
costumes.
 Ressalte-se que o parágrafo único, do artigo 155, do CPP,
dispõe que serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil somente com
relação ao estado das pessoas. Assim, para se provar que uma pessoa é casada, por
exemplo, não será válida a prova testemunhal, valendo somente a apresentação da
certidão de casamento.
 Denílson Feitoza[2] lembra distinção de Germano Marques da
Silva feita com relação ao meio de prova e meio de obtenção de prova, na qual o
segundo seria a maneira pela qual se obtém o primeiro, citando como exemplo, a
realização de uma busca e apreensão, que é o mecanismo para se obter documentos.
Obs.: Prova do direito: o juiz conhece o direito. Não há necessidade de fazer prova
– exceto direito municipal, estadual e estrangeiro (vide 376 do NCPC).
 
 Conceito de Prova Ilícita
 A Constituição da República determina que a prova será proibida quando contrariar as
normas legais ou os princípios processuais ou materiais. Desta forma, não serão
admitidas as provas que forem obtidas com a violação da intimidade, vida privada e
honra, como disciplina o art. 5º, X, da Constituição de 1988; com a violação do
domicílio (exceto nos casos previstos no art. 5º, XI, CF); com a violação de
correspondência e telefonemas não autorizados (art. 5º, XII, CF); e outros meios
ilícitos, como a confissão mediante tortura, a violação do sigilo profissional etc.
 Prova ilícita são as obtidas com a violação de normas materiais e as ilegítimas são as
introduzidas no processo contra as determinações de normas processuais.
 O direito à prova não é absoluto, há limites impostos. Estes limites resultam do
princípio da convivência das liberdades, para não atingir de forma danosa a ordem
pública e a liberdade alheia.
 O processo penal busca a verdade real, e não apenas impor uma sanção ao acusado.
A verdade deve ser mostrada de maneira legal e moral, de forma inatacável.
 A prova será considerada ilícita se o meio de prova for ilícito, se esta for produzida de
maneira imoral, ou ainda se sua obtenção for ilícita.
 
 As provas de caráter ilegítimo (que ferem normas processuais como, p.ex., a juntada
de documento fora do prazo) serão atingidas através da nulidade, porém quando se
tratar de prova ilícita (que ferem normas de direito material, como, p.ex., a juntada
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn1
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn2
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de correspondência violada), sempre obtida de maneira ilegal, estas serão
desentranhadas dos autos.
 
3.2. Teoria dos frutos da árvore envenenada.
 A teoria dos frutos da árvore envenenada (fruits of the poisonous tree) aborda a questão
das provas ilícitas por derivação, que são aquelas que foram colhidas através de
informação ilicitamente obtida, em uma sequência, havendo uma relação de causa e
efeito entre elas.
A aplicação da teoria dos frutos da árvore envenenada vem prevista no artigo art. 157
do Código de Processo Penal, com a seguinte redação:
 
“Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. 
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova."
 
 A título de ilustração, segue abaixo decisão da 2ª Turma do STF que aborda todo o
tema de forma abrangente e didática:
E M E N T A: PROVA PENAL - BANIMENTO CONSTITUCIONAL DAS PROVAS ILÍCITAS
(CF, ART. 5º, LVI) - ILICITUDE (ORIGINÁRIA E POR DERIVAÇÃO) - INADMISSIBILDADE -
BUSCA E APREENSÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS REALIZADA, SEM MANDADO
JUDICIAL, EM QUARTO DE HOTEL AINDA OCUPADO - IMPOSSIBLIDADE -
QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DESSE ESPAÇO PRIVADO (QUARTO DE HOTEL, DESDE QUE
OCUPADO) COMO "CASA", PARA EFEITO DA TUTELA CONSTITUCIONAL DA
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR - GARANTIA QUE TRADUZ LIMITAÇÃO
CONSTITUCIONAL AO PODER DO ESTADO EM TEMA DE PERSECUÇÃO PENAL, MESMO
EM SUA FASE PRÉ-PROCESSUAL - CONCEITO DE "CASA" PARA EFEITO DA PROTEÇÃO
CONSTITUCIONAL (CF, ART. 5º, XI E CP, ART. 150, § 4º, II) - AMPLITUDE DESSA NOÇÃO
CONCEITUAL, QUE TAMBÉM COMPREENDE OS APOSENTOS DE HABITAÇÃO COLETIVA
(COMO, POR EXEMPLO, OS QUARTOS DE HOTEL, PENSÃO, MOTEL E HOSPEDARIA,
DESDE QUE OCUPADOS): NECESSIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE MANDADO JUDICIAL
(CF, ART. 5º, XI). IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO, PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, DE
PROVA OBTIDA COM TRANSGRESSÃO À GARANTIA DA INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
- PROVA ILÍCITA - INIDONEIDADE JURÍDICA - RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO. BUSCA
E APREENSÃO EM APOSENTOS OCUPADOS DE HABITAÇÃO COLETIVA (COMO
QUARTOS DE HOTEL) - SUBSUNÇÃO DESSE ESPAÇO PRIVADO, DESDE QUEOCUPADO,
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AO CONCEITO DE "CASA" - CONSEQÜENTE NECESSIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE
MANDADO JUDICIAL, RESSALVADAS AS EXCEÇÕES PREVISTAS NO PRÓPRIO TEXTO
CONSTITUCIONAL. - Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da
Cons�tuição da República, o conceito norma�vo de "casa" revela-se abrangente e,
por estender-se a qualquer aposento de habitação cole�va, desde que ocupado (CP,
art. 150, § 4º, II), compreende, observada essa específica limitação espacial, os
quartos de hotel. Doutrina. Precedentes. - Sem que ocorra qualquer das situações
excepcionais taxa�vamente previstas no texto cons�tucional (art. 5º, XI), nenhum
agente público poderá, contra a vontade de quem de direito ("invito domino"),
ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em aposento ocupado de habitação
cole�va, sob pena de a prova resultante dessa diligência de busca e apreensão
reputar-se inadmissível, porque impregnada de ilicitude originária. Doutrina.
Precedentes (STF). ILICITUDE DA PROVA - INADMISSIBILIDADE DE SUA PRODUÇÃO
EM JUÍZO (OU PERANTE QUALQUER INSTÂNCIA DE PODER) - INIDONEIDADE
JURÍDICA DA PROVA RESULTANTE DA TRANSGRESSÃO ESTATAL AO REGIME
CONSTITUCIONAL DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS. - A ação persecutória do
Estado, qualquer que seja a instância de poder perante a qual se instaure, para
reves�r-se de legi�midade, não pode apoiar-se em elementos probatórios
ilicitamente ob�dos, sob pena de ofensa à garan�a cons�tucional do "due process of
law", que tem, no dogma da inadmissibilidade das provas ilícitas, uma de suas mais
expressivas projeções concre�zadoras no plano do nosso sistema de direito posi�vo.
- A Cons�tuição da República, em norma reves�da de conteúdo vedatório (CF, art.
5º, LVI), desautoriza, por incompa�vel com os postulados que regem uma sociedade
fundada em bases democrá�cas (CF, art. 1º), qualquer prova cuja obtenção, pelo
Poder Público, derive de transgressão a cláusulas de ordem cons�tucional, repelindo,
por isso mesmo, quaisquer elementos probatórios que resultem de violação do
direito material (ou, até mesmo, do direito processual), não prevalecendo, em
conseqüência, no ordenamento norma�vo brasileiro, em matéria de a�vidade
probatória, a fórmula autoritária do "male captum, bene retentum". Doutrina.
Precedentes. A QUESTÃO DA DOUTRINA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA
("FRUITS OF THE POISONOUS TREE"): A QUESTÃO DA ILICITUDE POR DERIVAÇÃO. -
Ninguém pode ser inves�gado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude por
derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo válido,
em momento subseqüente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento causal
nem derivar de prova comprome�da pela mácula da ilicitude originária. - A exclusão
da prova originariamente ilícita - ou daquela afetada pelo vício da ilicitude por
derivação - representa um dos meios mais expressivos des�nados a conferir
efe�vidade à garan�a do "due process of law" e a tornar mais intensa, pelo
banimento da prova ilicitamente ob�da, a tutela cons�tucional que preserva os
direitos e prerroga�vas que assistem a qualquer acusado em sede processual penal.
Doutrina. Precedentes. - A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos "frutos da
árvore envenenada") repudia, por cons�tucionalmente inadmissíveis, os meios
probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento ulterior,
acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude originária, que a
eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão causal. Hipótese em
que os novos dados probatórios somente foram conhecidos, pelo Poder Público, em
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razão de anterior transgressão pra�cada, originariamente, pelos agentes da
persecução penal, que desrespeitaram a garan�a cons�tucional da inviolabilidade
domiciliar. - Revelam-se inadmissíveis, desse modo, em decorrência da ilicitude por
derivação, os elementos probatórios a que os órgãos da persecução penal somente
�veram acesso em razão da prova originariamente ilícita, ob�da como resultado da
transgressão, por agentes estatais, de direitos e garan�as cons�tucionais e legais,
cuja eficácia condicionante, no plano do ordenamento posi�vo brasileiro, traduz
significa�va limitação de ordem jurídica ao poder do Estado em face dos cidadãos. -
Se, no entanto, o órgão da persecução penal demonstrar que obteve, legi�mamente,
novos elementos de informação a par�r de uma fonte autônoma de prova - que não
guarde qualquer relação de dependência nem decorra da prova originariamente
ilícita, com esta não mantendo vinculação causal -, tais dados probatórios revelar-se-
ão plenamente admissíveis, porque não contaminados pela mácula da ilicitude
originária. - A QUESTÃO DA FONTE AUTÔNOMA DE PROVA ("AN INDEPENDENT
SOURCE") E A SUA DESVINCULAÇÃO CAUSAL DA PROVA ILICITAMENTE OBTIDA -
DOUTRINA - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - JURISPRUDÊNCIA
COMPARADA (A EXPERIÊNCIA DA SUPREMA CORTE AMERICANA): CASOS
"SILVERTHORNE LUMBER CO. V. UNITED STATES (1920); SEGURA V. UNITED STATES
(1984); NIX V. WILLIAMS (1984); MURRAY V. UNITED STATES (1988)", v.g..
(RHC 90376, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 03/04/2007, DJe-018
DIVULG 17-05-2007 PUBLIC 18-05-2007 DJ 18-05-2007 PP-00113 EMENT VOL-02276-02 PP-00321 RTJ
VOL-00202-02 PP-00764 RT v. 96, n. 864, 2007, p. 510-525 RCJ v. 21, n. 136, 2007, p. 145-147)
 
Como podemos observar da leitura do dispositivo em questão (CPP, art. 157 e seus
parágrafos), excepcionam-se as provas que poderiam ser colhidas de forma lícita, ou
daquelas que têm uma linha tênue de conexão com a informação colhida ilicitamente
(fonte independente e ausência de nexo de causalidade entre a prova ilícita e a
supostamente derivada), tornando válida tal produção de prova que era tida por
derivada da ilícita.
 
3.3. Teoria da razoabilidade ou proporcionalidade.
 
Apesar da teoria dominante não admitir as provas ilícitas, alguns a aceitam em função
da proporcionalidade e equilíbrio nos casos graves, atenuando esta rigidez da teoria
dominante.
A teoria da proporcionalidade surgiu na Alemanha, e ganhou espaço significativo na
Suprema Corte Americana.
Porém, mesmo aqueles que acolhem esta teoria concordam que esta só deve ser
aceita quando, se inadmitida a prova ilícita, pudesse causar resultado desproporcional
ao pretendido.
Quando a prova colhida for pro reo, teremos a aplicação da teoria da
proporcionalidade na defesa, havendo um confronto entre a proibição pela ilicitude da
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prova e o direito à ampla defesa, e sendo assim o princípio constitucional do direito
de defesa sobrepõe-se. Além do que se a prova tiver sido colhida pelo próprio
acusado exclui-se a antijuridicidade em favor da legítima defesa.
 
3.4. O ônus da prova.
 
Segundo definição de Gustavo Badaró, conforme citado por Guilherme de Souza
Nucci[4], o ônus da prova é uma "posição jurídica na qual o ordenamento jurídico
estabelece determinada conduta para que o sujeito possa obter um resultado
favorável. Em outros termos, para que o sujeito onerado obtenha um resultado
favorável, deverá praticar o ato previsto no ordenamento jurídico, sendo que a não
realização da conduta implica a exclusão de tal benefício, sem, contudo, configurar
um ato ilícito."
O ônus da prova (dever de provar) cabe àquele que alega, conforme disposto no
artigo 156 do código de processo penal, in verbis:
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício:
I - ordenar, mesmo antesde iniciada a ação penal, a produção antecipada de
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida;
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
 
Isto implica, na prática, que o ônus da prova incumbe à acusação, tendo em vista que
descreve a conduta que pretende provar em juízo. Todavia, deve-se ressaltar que, no
caso de a defesa alegar alguma excludente de ilicitude ou de antijuridicidade, no que
se refere a esta alegação o ônus da prova lhe incumbe.
Acusação: deve comprovar os fatos imputados na inicial, dolo (ou culpa) e
ausência de causas impeditivas do ius puniendi;
Defesa: deve provar fatos que impeçam o direito de punir (ou que diminuam a
pena).
Atuação supletiva do juiz: vide art. 156, incisos I e II do CPP- (ver exposição de
motivos do CPP, no tocante a prova);
Obs.: Momento processual próprio: A prova deve ser produzida em momento certo
sob pena de preclusão. Ex. na fase da denúncia; defesa preliminar; fase de diligências
antes da sentença (antigo 499 do CPP) etc.
 
Sujeito passivo e o ônus da prova
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn4
27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/22
 
Cumpre ressaltar que o acusado não é obrigado a produzir prova contra si mesmo,
assim, qualquer prova que foi demandada pelo juiz, e que implique prejuízo para sua
defesa, pode ser negada, como por exemplo, a realização de exame grafotécnico.
Outro ponto que deve ser destacado, é que na dúvida o acusado é presumido
inocente. Isto implica que, alegando a defesa alguma excludente, embora não reste
devidamente comprovada, existindo dúvidas com relação à sua ocorrência, a
interpretação deve ser feita em favor do réu, ou seja, acolhendo-a.
Por outro lado, o fato de o ônus da prova sobre determinado acontecimento alegado
pelo acusado lhe incumbir, não implica que acusação está desonerada de provar a
autoria e a materialidade do delito. Pelo contrário, este deve vir sempre comprovado,
pois a mera dúvida implica na absolvição. Ao acusado somente caberá a prova do fato
que alegou.
 
 3.5. Sistemas de apreciação.
Os sistemas de apreciação da prova são basicamente três:
A) sistema da íntima convicção;
B) sistema da prova legal; e
C) sistema da persuasão racional.
 
Sistema da íntima convicção também conhecido como certeza moral do juiz,
implica em que o julgador julga conforme sua consciência e, assim, não está obrigado
a julgar de acordo com as provas produzidas nos autos e, tampouco, está obrigado a
exteriorizar os motivos pelos quais tomou sua decisão.
Encontramos, atualmente, este sistema, no julgamento realizado pelo tribunal do júri,
onde os jurados não fundamentam as suas decisões e, por vezes, decidem contra a
prova produzidas nos autos.
Já no sistema da prova legal ou tarifada, também conhecido por sistema da
certeza moral do legislador ou o sistema da verdade legal, a prova possui um
valor pré-determinado em lei, sendo que cada prova possui um valor. Historicamente,
esse sistema surgiu como reação ao sistema da livre convicção, pois naquele sistema
o processo tornou-se sinônimo de arbítrio.
Na época em que se adotou esse sistema, se considerava nula com força probatória
de um único testemunho e a confissão tinha valor absoluto.
Guilherme de Souza Nucci[5] aponta como resquício desse sistema o artigo 158 do
Código de Processo Penal, o qual exige a realização de exame de corpo de delito
quando a infração deixar vestígios, não podendo ser suprido pela confissão.
Já por sistema da persuasão racional, também conhecido por sistema do livre
convencimento motivado ou livre convicção condicionada, o juiz apesar de
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn5
27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/22
estar limitado às provas dos autos é livre para estabelecer o valor de cada uma,
devendo, contudo, motivar lógica e racionalmente sua decisão, exteriorizando os
motivos que o convenceram.
É o sistema adotado preponderantemente pelo processo penal brasileiro, previsto no
artigo 155 do código de processo penal, e, inclusive, no artigo 93, inciso IX, da
Constituição da República Federativa do Brasil.
 
Ressalte-se que, conforme dispõe Guilherme de Souza Nucci[6], que apesar da
liberdade do juiz para apreciação das provas, isto não significa que "possa fazer a sua
opinião pessoal ou vivência acerca de algo integrar o conjunto probatório, tornando-
se, pois, prova."
CPP, art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares,
não repetíveis e antecipadas. 
CF/88, art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
(...)
 IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Características do sistema da persuasão racional ou livre convicção
motivada:
Todas as provas são relativas;
Admitem-se todos os meios de prova;
O juiz é adstrito as provas dos autos (“o que não está nos autos não está no
mundo”);
O juiz está preso a sua consciência, buscando a verdade material e
fundamentando com as provas dos autos
Persuasão racional: lógica, raciocínio, experiência na apreciação das provas
 
3.6. Princípios gerais da prova
 
Conceito - Por princípio, sinteticamente, podemos definir como a norma que por sua
generalidade e abrangência, informa todo o ordenamento jurídico, conferindo unidade
ao sistema, norteando a aplicação e a interpretação de outras normas jurídicas.
 
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn6
27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/22
Princípio da busca da verdade real - Trata-se de princípio informador de todo o
processo penal, não se restringindo somente às provas.
Em decorrência deste princípio o juiz não pode se contentar com a mera verdade
formal, que é aquela verdade levada aos autos pelas partes (como ocorre no processo
civil), ainda que não corresponda à realidade. O magistrado deve buscar sempre a
obtenção da realidade, através da reconstrução histórica dos fatos noticiados, não
podendo tomar por verdadeiros sequer os fatos incontroversos. É dizer, "trata-se da
averiguação judicial da verdade histórica como meta do procedimento penal, com
base no qual se deve fundar a decisão final"[7].
Todavia, este princípio não é absoluto, encontrando limitação com relação à produção
de provas ilícitas no processo penal, princípio que veremos abaixo detalhadamente.
Princípio da liberdade probatória: não é absoluto, por ex. art. 155 do CPP (estado
civil de pessoas observar a lei civil- ex.: o casamento, menoridade, filiação, prova-se
com a respectiva certidão). Obs.: se a infração deixar vestígio, é obrigatório o exame
de corpo de delito –art. 158 do CPP.
Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos - Este
princípio vem consagrado no artigo 5º, inciso LVI, da constituição federal. Tal princípio
está expresso no artigo 157 do CPP, já acima transcrito.
Decorre deste princípio que as provas obtidas por meios ilícitos, são provas que não
podem ser utilizadas emum processo penal. Parte da doutrina costuma destacar com
exceção a este princípio, a possibilidade de utilizar-se de prova ilícita desde que seja
para absolver o réu.
A doutrina também costuma diferenciar prova ilícita de prova ilegítima. Prova ilícita é
aquela que foi obtida a partir de uma violação de normas de direito material, como
por exemplo através de interceptação telefônica sem ordem judicial. Já prova
ilegítima é aquela que foi obtida com violação de norma processual, como no caso de
perícia que não foi realizada por perito oficial, que possua um diploma de curso
superior.
 
Princípio nemo tenetur se detegere - tal princípio encontra guarida no inciso LXIII,
do artigo 5º da CF: o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado (...)”.
De acordo com este princípio, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo,
já que ninguém é obrigado a se auto acusar. Decorre da norma que determina que o
ônus da prova incumbe a quem alega, o que obriga, portanto, a acusação de
comprovar suas imputações.
Este princípio permite, por exemplo, que o acusado permaneça em silêncio durante
toda a instrução processual, bem como se recuse a participar da produção de
qualquer tipo de prova, tais como reprodução assistida ou fornecimento de material
para realização de exame de sangue.
 
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftn7
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princípio do contraditório - Para toda prova produzida por uma das partes deve
existir o conhecimento da parte contrária, admitindo-se e possibilitando-se sua
contrariedade (possibilidade de “dizer contra”).
Trata-se de decorrência natural do princípio do contraditório, que informa todo o
sistema processual penal, e vem previsto no art. 5º, inciso LV, da CF.
Sucede, todavia, que em alguns momentos tal princípio não estará em vigor em sua
plenitude, sendo sua oportunidade de contrariação diferida (feita em momento
posterior), como no caso da produção de provas cautelares, a exemplo do que ocorre
com as interceptações telefônicas, onde a defesa somente poderá se manifestar sobre
tal prova após a juntada aos autos do processo e não durante sua produção.
 
Princípio da aquisição ou da comunhão de provas - Também denominado como
princípio da aquisição da prova e princípio da comunidade da prova.
Deste princípio decorre que toda prova produzida afeta a ambas as partes, podendo
ser utilizada tanto pela defesa quanto pela acusação, pois integra o processo, não
pertencendo simplesmente à parte que a produziu. Ressalte-se que o destinatário
final da prova é sempre o juiz. Sendo assim, uma testemunha mesmo arrolada pela
defesa poderá trazer informações úteis à acusação e vice-versa, já que no sistema
processual busca a verdade real.
 
Princípio da oralidade - Por este princípio significa que os atos processuais, em
geral, devem ser realizados oralmente, tais como as vítimas de testemunhas do
ofendido e o interrogatório do acusado.
Como decorrência deste princípio, podemos destacar o princípio da concentração dos
atos.
Note-se que apesar dos atos serem praticados oralmente, estes devem ser reduzidos
a termo.
 
Princípio da concentração - deste princípio decorre que toda a produção probatória
deve se concentrar em uma única audiência.
Este princípio vem consagrado no artigo 400 do C.P.P.
 
Princípio da publicidade - Decorre deste princípio que as provas produzidas, assim
como todos os atos processuais, são públicos, excetuadas as hipóteses em que o
interesse social e a defesa da intimidade assim o exigirem (segredo de justiça).
Tal princípio encontra previsão no artigo 5º, LX, da CF.
 
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Princípio da auto-responsabilidade das partes - Por este princípio cada parte
assume a consequência de sua inatividade processual, ou de seus erros quanto às
provas que foram produzidas ou que deveriam produzir. (ex.: deixar de arrolar uma
testemunha, deixar de perguntar, deixar de requerer uma perícia).
Obs.: procedimento probatório:???????
 Proposição ou indicação da prova
Admissão pelo juiz;
Produção da prova pela parte ou terceiro; e
Valoração da prova pelo juiz e sentença.
 
 
 [1] Comentários ao Código de Processo Civil, 1947, vol. II, p. 155, apud MARQUES,
José Frederico, op.cit., pág. 333.
[2] Direito Processual Penal – Teoria, Crítica e Práxis. 5ª ed., Niterói: Impetus, 2008,
pág. 605.
[3] Luiz Flávio Gomes, Raúl Cervini. Interceptação telefônica: lei 9.296, de 24.07.96,
São Paulo: RT, 1997, pág. 144.
[4] Manual de Processo Penal e Execução Penal. 3ª ed., São Paulo: RT,2007, página
363.
[5] Manual de Processo Penal e Execução Penal. 3ª ed., São Paulo: RT, 2007, página
365.
[6] Manual de Processo Penal e Execução Penal. 3ª ed., São Paulo: RT, 2007, página
365.
 
[7] Denilson Feitoza. Direito Processual Penal. 5ª ed., Niterói: Impetus, 2008,
pág.623
Exercício 1:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
Meios de prova são os mecanismos pelos quais as partes levam aos autos, ao
conhecimento do juiz, as provas com as quais pretendem fundamentar seus
argumentos;
B)
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https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftnref3
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftnref4
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftnref5
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftnref6
https://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx#_ftnref7
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Meios de prova são as fontes probantes, os meios pelos quais o juiz recebe os
elementos ou motivos de provas;
C)
São admitidos como meios de provas todos aqueles que não são proibidos por lei;
D)
São admitidos como meios de prova os que não ofendam a moral, a ética e os
princípios gerais de direito, ou que não atentem contra a dignidade ou a liberdade
da pessoa humana e os bons costumes;
E)
Um dos meios que se pode provar o Estado de pessoa em sede de processo penal
é a prova testemunhal.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Assinale a alternativa correta:
A)
Não existe distinção entre meio de prova e meio de obtenção de prova;
B)
A Constituição da República determina que a prova será proibida quando
contrariar as normas legais ou os princípios processuais ou materiais;
C)
Não serão admitidas as provas que forem obtidas com a violação do domicílio,
sem exceção;
D)
O direito à prova é absoluto;
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E)
N.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
Assinale a alternativa correta:
A)
O processo penal busca a verdade formal, e não apenas impor uma sanção ao
acusado;
B)
A prova será ilícita se o meio de prova for ilícito;
C)
As provas de caráter ilegítimo serão atingidas através da anulabilidade, porém
quando se tratar de prova ilícita, obtida de maneira ilegal, estas serão mantidas
nos autos;
E)
N.d.a.
D)
A teoria dos frutos da arvore envenenada aborda a questão das provas ilícitas por
derivação, que são aquelas que foram colhidas através de informação ilicitamente
obtida;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 4:
Assinale a alternativa incorreta:
E)
O juiz pode ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes.
D)
O ônus da prova cabe àquele que alega;
C)
Consoante as regras do ônus da prova, a não realização da conduta implica a
exclusão de tal benefício, configurando um ato ilícito;
B)
Conforme o instituto do ônus da prova para que o sujeito onerado obtenha um
resultado favorável, deverá praticar o ato previsto no ordenamento jurídico;
A)
Ônus da prova é uma posição jurídica na qual o ordenamento jurídico estabelece
determinada conduta para que o sujeito possa obter um resultado favorável;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 5:
Assinale a alternativa incorreta:
E)
O fato de o ônus da prova sobre determinado acontecimento alegado pelo
acusado lhe incumbir, implica que acusação está desonerada de provar a autoria e
a materialidade do delito. Pelo contrário, este não deve vir sempre comprovado,
pois a mera dúvida implica na absolvição.
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D)
Alegando a defesa alguma excludente, embora não reste devidamente
comprovada, existindo dúvidas com relação à sua ocorrência, a interpretação
deve ser feita em favor do réu, ou seja, acolhendo-a;
C)
Na dúvida o acusado é presumido inocente;
B)
Qualquer prova que foi demandada pelo juiz, e que implique prejuízo para sua
defesa, pode ser negada;
A)
O acusado não é obrigado produzir prova contra si mesmo;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 6:
Assinale a alternativa incorreta:
E)
O magistrado deve buscar sempre a obtenção da realidade, através da
reconstrução histórica dos fatos noticiados, não podendo tomar por verdadeiros
sequer os fatos incontroversos.
D)
Pelo princípio da verdade real, o juiz não pode se contentar com a mera verdade
formal, que é aquela verdade levada os autos pelas partes, ainda que não
corresponda à realidade;
C)
O princípio da verdade real se restringe somente às provas;
B)
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O princípio confere unidade ao sistema, norteando a aplicação e a interpretação
de outras normas jurídicas;
A)
Princípio é a norma que por sua generalidade e abrangência, informa todo o
ordenamento jurídico; 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 7:
Assinale a alternativa correta:
E)
N.d.a.
D)
Prova ilegítima é aquela que foi obtida a partir de uma violação de normas de
direito material, como por exemplo através de degravação clandestina;
C)
Prova ilícita é aquela que foi obtida com violação de norma processual, como no
caso de perícia que não foi realizada por perito oficial, que possua um diploma de
curso superior; 
B)
O princípio da impossibilidade de utilização de provas obtidas de forma ilícita está
expresso no Constituição Federal, mas não no Código de Processo Penal;
A)
Parte da doutrina costuma destacar como exceção ao princípio da impossibilidade
de utilização de provas obtidas de forma ilícita, a possibilidade de utilizar-se de
prova ilícita desde que seja para absolver o réu; 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 8:
Assinale a alternativa correta:
E)
N.d.a.
D)
Para toda prova produzida por uma das partes deve existir o conhecimento da
parte contrária, admitindo-se e possibilitando-se sua contrariedade, salvo nos
casos de segredo de justiça onde a parte contrária não poderá se manifestar
sobre a prova produzida;
C)
Pelo princípio nemo tenetur se detegere permite-se por exemplo, que o acusado
permaneça em silêncio durante toda a instrução processual, bem como se recuse
a participar da produção de qualquer tipo de prova, tais como reprodução
assistida ou fornecimento de material para realização de exame de sangue;
B)
Ninguém é obrigado a se auto-acusar, salvo nos casos de latrocínio;
A)
O princípio nemo tenetur se detegere, encontra previsão no Código de Processo
Penal, mas não na Constituição Federal;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 9:
Assinale a alternativa incorreta:
D)
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Pelo princípio da concentração decorre que toda a produção probatória deve se
concentrar em uma única audiência;
E)
Pelo princípio da publicidade, que não comporta exceção, todas as provas
produzidas, assim como todos os atos processuais, são públicos.
C)
O princípio da oralidade significa que os atos processuais, em geral, devem ser
realizados oralmente, tais como as vítimas de testemunhas do ofendido o
interrogatório do acusado;
B)
O destinatário final da prova é sempre o juiz;
A)
Pelo princípio da aquisição ou da comunhão de provas decorre que toda prova
produzida afeta a ambas as partes, podendo ser utilizada tanto pela defesa
quanto pela acusação, pois integra o processo, não pertencendo simplesmente à
parte que a produziu;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 10:
Assinale a alternativa correta:
E)
N.d.a.
D)
O ônus da prova cabe ao juiz quanto á provas urgentes;
C)
No caso da defesa alegar alguma excludente de ilicitude ou de antijuridicidade, no
que se refere a esta alegação o ônus da prova lhe incumbe;
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B)
Na prática, o ônus da prova incumbe à defesa;
A)
O juiz não pode determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença,
a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 11:
Assinale a alternativa correta:
E)
N.d.a.
D)
O sistema da prova tarifada ou prova legal é o sistema adotado
preponderantemente pelo processo penal brasileiro, previsto no código de
processo penal, e, inclusive, na Constituição da República Federativa do Brasil.
C)
No sistema da prova legal, também conhecido por sistema da certeza moral do
legislador ou o sistema da verdade legal, o juiz deve levar em consideração tudo
que está nos autos para formar a sua convicção, sendo obrigatória a
fundamentação;
B)
Sistema da livre convicção também conhecido como certeza moral do juiz ou
íntima convicção implica em que o julgador está obrigado a julgar de acordo com
as provas produzidas nos autos;
A)
Os sistemas de apreciação da prova são basicamente três: sistema da íntima convicção, sistema da prova
legal e sistema da persuasão racional;
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 12:
Assinale a alternativa incorreta:
E)
A teoria dos frutos da árvore envenenada aborda a questão das provas ilícitas por derivação,
que são aquelas que foram colhidas através de informaçãoilicitamente obtida, em uma
sequência, havendo uma relação de causa e efeito entre elas.
D)
Quando a prova colhida for pro reo, teremos a aplicação da teoria da
proporcionalidade na defesa, havendo um confronto entre a proibição pela
ilicitude da prova e o direito à ampla defesa, e sendo assim o princípio
constitucional do direito de defesa sobrepõe-se;
C)
Apesar da teoria dominante não admitir as provas ilícitas, alguns a aceitam em
função da proporcionalidade e equilíbrio nos casos graves, atenuando esta rigidez
da teoria dominante;
B)
Conforme o CPP, são inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras;
A)
Conforme o CPP, são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais;
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 13:
Assinale a alterna�va incorreta:
A)
Mesmo fatos admi�dos pelas partes, os fatos principais do processo devem ser provados (confissão não é mais
prova plena).
B)
São as fontes probantes, os meios pelos quais o juiz recebe os elementos ou mo�vos de provas.
C)
Mesmo sendo prova do direito há necessidade de se fazer sua prova nos autos.
D)
Ninguém pode ser inves�gado, denunciado ou condenado com base, unicamente, em provas ilícitas, quer se
trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude por derivação.
E)
A prova da alegação incumbirá a quem a fizer.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 14:
São fatos que independem de prova:
A)
Fatos inúteis
B)
As presunções legais
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C)
Fatos intui�vos ou axiomá�cos (evidentes)
D)
Fatos notórios
E)
Todas as alterna�vas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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