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1 Camila Carminate - MEDCEL 
Abdome Agudo em Pediatria 
Volvo de Colón 
Torção de segmento do cólon sobre o eixo mesentérico causando 
obstrução intestinal. Pode evoluir com sofrimento. 
Locais: 
Ceco 
Sigmoide 
TRATAMENTO CLÍNICO 
Manobra de Bruusgaard 
Redução com retossigmoidoscopia rígida ou flexível 
Evita a cirurgia de emergência 
Avalia isquemia da mucosa 
Sonda retal ultrapassando nível de torção (48-72 horas) 
Sucesso em 70 a 90% dos casos 
Recidiva de 40 a 90% 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Eletivo após a redução 
Urgente se houver sinais de isquemia 
SINAL DO GRÃO DE CAFÉ 
 
Intussuscepção Intestinal 
3 cilindros de parede intestinal estão envolvidos: a interna, a do 
meio são do invaginado e a externa do receptor 
Uma das causas mais frequentes de obstrução intestinal em 
crianças: 2ª causa mais comum de dor abdominal após 
constipação 
Diagnostico: pediatra, radiologista e cirurgião pediátrico 
EPIDEMIOLOGIA 
1-4:2000 crianças 
2:1 ou 3:2 (meninos) 
75% <2anos principal causa idiopática 
90% <3anos 
Intraútero: pode levar a atrésia intestinal 
Incidência sazonal – infecções virais (respiratória, 
gastrointestinais) 
 
 
 
 
 
 
Diagnostico radiológico 
Mortalidade por não diagnostico <1% 
PATOFISIOLOGIA 
O intestino invaginado leva ao seu mesentério para dentro do 
receptor, causando sua angulação e compressão entre as 
camadas dos intestinos 
Edema → Compressão venosa → Congestão → Estase → 
Extravasamento de muco e sangue → Fezes em geleia de 
morango/framboesa 
Isquemia → Necrose (72h) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Camila Carminate - MEDCEL 
CLASSIFICAÇÃO 
4 tipos: 
- Geral: permanente (fixo 80%) x intermitente (redução 
espontânea 20%) 
- Especifico: idiopático (95%) x patológico (4%) x pós operatório 
(1%) 
- Anatômico: ileocolico (85%) x ileoileocólico (10%) x 
apendicocólico/cecocólico/colocólico (2,5%) x jejunoileal/ileoileal 
(2,5%) 
- Outros: recorrentes (5%) e neonatais (0,3%) 
Idiopático: placas de Peyer com cabeça de invaginação – 
adenovírus e rotavírus 
Patológico: divertículo de meckel, pólipos intestinais, duplicação 
intestinal. Menos comum: pâncreas ectópico, tumores (adenoma, 
hemangioma, linfoma, sarcoma, leucemia), trauma abdominal 
Lembrar: purpura de henoch-schonlein, fibrose cística, doença 
celíaca, pólipose familiar, peutz-jeghers (espessamento 
multifocal da parede intestinal/alteração da motilidade) 
QUADRO CLÍNICO 
Sintomas: dor abdominal e vomito 
Sinais: massa abdominal e evacuação com sangue e muco (geleia 
de morango/framboesa) 
Maioria diagnosticado com 24h dos sintomas 
4 sinais e sintomas juntos apenas em 30% e em doença tardia 
Dor abdominal súbita, de forte intensidade, em cólica, encolhe as 
pernas, intermitente (períodos de calmaria – pálido, quieto, suado 
e retorna ao normal). 
Massa abdominal: formato de salsicha em quadrante superior 
direito (65%), FID vazia – sinal de Dance 
DIAGNÓSTICO 
RX do abdome: raros casos podemos fazer diagnostico de 
certeza 
US de abdome: massa abdominal 3-5cm, sinal do alvo ou da 
rosquinha corte transversal ou sinal do pseudo-rim corte 
longitudinal 
Enema: antes do US, era muito usado e, além de diagnostico é 
terapêutico; 
Tc ou RNM: raros casos 
TRATAMENTO 
Estabilidade clinica 
Tratamento não operatório: hidrostático/pneumático, por 
escopia/US. Contraindicação: desidratação, choque, peritonite, 
sinais de perfuração, menores de 2 anos (idiopáticos) 
Tratamento cirúrgico: falha no tratamento não cirúrgico, cabeça 
de invaginação patológica. Laparoscopia ou laparotomia

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