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1 Camila Carminate - MEDCEL Doenças Na Hipófise Incidentaloma hipofisário Adenoma não funcionante Hiperprolactinemia Acromegalia NEM 1 Hipofisite ADENO-HIPÓFISE CRH – ACTH TRH – TSH Dopamina – Prolactina GnRH – LH; FSH GH – GHRH; Somatostatina Ocitocina AVP (ou ADH) Não são produzidos, apenas secretados HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GLÂNDULA CRH ACTH Cortisol, SDHEA TRH TSH T4 e T3 GHRH GH IGF-1 (principalmente fígado) GnRH LH/FSH Ovário ou testículo Dopamina (tônus -) Prolactina Glândula mamaria AVALIAÇÃO TOPOGRÁFICA DA HIPÓFISE Ressonância magnética da hipófise – padrão-ouro Incidentaloma Hipofisário DEFINIÇÃO Lesão encontrada por acaso em exame de imagem realizado por outro motivo Queixas não relacionadas com lesão hipofisária EPIDEMIOLOGIA 90% dos incidentalomas hipofisários são adenomas 10% das necropsias tem incidentaloma hipofisário Maioria microadenoma ETIOLOGIA Adenoma hipofisário 50-90% Cisto de bolsa de Rahtke 8-16% Craniofaringeoma 5% Meningeoma de tubérculo selar 6% Metástatse 1-3% Hipofisite: Rara Mais comum e final da gestação ou puerpério Aneurisma de carótida interna, hamartoma, doença infiltrativa ou inflamatória AVALIAÇÃO Hipersecreção hormonal Hipopituitarismo ALTERAÇÕES VISUAIS Compressão do quiasma óptico Testar campo visual Neuro-oftalmológico Campimetria Hemianopsia bitemporal 2 Camila Carminate - MEDCEL RASTREAMENTO HORMONAL Prolactina Sempre dosar IGF-1 Sempre dosar Cortisol Triagem de síndrome de cushing: apenas na vigência de sintomas Hipocortisolismo: dosagem de cortisol basal FSH e LH Não causam suspeita clínica de hiperprodução Dosagem de FSH, LH e testosterona TSH Rastreamento na suspeita de hipopituitarismo IMAGEM - RM de sela túrcica Adenoma Não Funcionante RASTREIO HORMONAL Mesmo rastreio hormonal do incidentaloma hipofisário A grande maioria expressa os receptores gonadotróficos, mas não produtores 25-30% dos adenomas hipofisários Déficit geralmente segue a seguinte ordem: LH/FSH> GH > TSH > ACTH > PRL IMPORTANTE Compressão de haste diminui todos os hormônios hipofisários pela falta dos fatores liberadores à exceção da prolactina, que passa a ser produzida em maior quantidade. TRATAMENTO CIRÚRGICO Técnica de escolha: Cirurgia transesfenoidal Indicações: Comprometimento visual, neurológico ou compressão de quiasma Apoplexia com comprometimento visual Hipersecreção hormonal nos incidentalomas (exceto no prolactinoma) Considerar cirurgia: Progressão tumoral Hipopituitarismo (este não é a principal indicação pois a recuperação não é certa e a cirurgia pode até agravar o quadro) Lesão próxima ao quiasma em paciente que quer engravidar (risco de crescimento tumoral) Cefaleia refratária TRATAMENTO Sintomas neurológicos/expansão, risco de apoplexia: cirurgia transesfenoidal Assintomático(a): seguimento com RM Déficit hormonal: cirurgia (?), repor hormônio da glândula deficitária SÍNDROME DE SHEEHAN Necrose da hipófise após parto complicado Quadro clínico: Hipotireoidismo Insuficiência adrenal CESSA O LEITE Tratamento: Reposição de hormônio › levotiroxina › glicocorticoide Cirurgia Hiperprolactinemia ETIOLOGIA Fisiológico: Gestação Lactação 3 Camila Carminate - MEDCEL Estresse Exercício Estímulo mamário Sono Fármacos: Estrógeno (estimula gene PRL) Antagonista dopamina (risperidona, olanzapina, Haldol®, metildopa, opioide) Fenitoína Inibidor seletivo do receptor de serotonina Tricíclicos Alprazolam Verapamil Domperidona, Plasil®, cimetidina, ranitidina Patológico: Prolactinoma DRC Insuficiência hepática Addison Lesão de haste Tumor cossecretor GH e PRL Lesão de parede torácica Macroprolactinemia Maioria das pessoas tem 85% da prolactina circulante na forma monomérica Algumas pessoas tem aglomerados de prolactina (não funcionantes, mas mensuráveis) Prolactina de 200 ng/mL → PEG → 20 ng/mL Condição não patológica EFEITO GANCHO Incomum nos ensaios atuais Acontece com prolactina > 5.000 ng/mL, resultado vem como 20-200 ng/mL Solução: diluição HIPERPROLACTINEMIA > 200 ng/ml → macroprolactinoma (250 pela Endo Society) 100-200 ng/ml → micro ou desconexão de haste < 100 ng/ml → pseudoprolactinoma ou outras causas QUADRO CLÍNICO Hipogonadismo hipogonadotrófico: Irregularidade menstrual Infertilidade Redução de libido Oligospermia Osteoporose Galactorreia Acne/hirsutismo Ganho de peso Sintomas compressivos Cossecreção: 30% com GH e 10% com cortisol PROLACTINOMA Tumor mais comum da hipófise (40%) 60% microadenoma Mulheres de 20-50 anos Homens, a maioria é macro TRATAMENTO Avaliar após 1 mês de terapia Queda da prolactina em 2-3 semanas e diminuição do adenoma em meses Agonistas dopaminérgicos: cabergolina / bromocripitina Único tumor hipofisário em que a primeira linha de tratamento é medicamentoso Acromegalia GIGANTISMO: Excesso da produção de GH e IGF-1 na criança ou adolescente ACROMEGALIA: Excesso da produção de GH e IGF-1 no adulto 4 Camila Carminate - MEDCEL ETIOLOGIA 98%: Adenoma hipofisário secretor de GH (somatotropinoma) 80-90%: macroadenomas 2%: Secreção hipotalâmica de GHRH Secreção ectópica de GH ou GHRH Genética: 90% esporádicos 10% síndromes genéticas Síndromes associadas: NEM-1, McCuneAlbright, complexo de Carney, somatotropinoma familiar isolado QUADRO CLÍNICO Macrognatia Aumento das mãos e pés Aumento do nariz e osso frontal Lombalgia Sudorese (sinal de atividade da doença) DM Artropatia Insuficiência cardíaca Apneia do sono HAS Hipertrofia do ventrículo esquerdo Neoplasias DIAGNÓSTICO Dosagem de GH e IGF-1 – ambos elevados confirma Se IGF-1 elevado e GH normal: teste oral de tolerância à glicose RM de hipófise AVALIAÇÃO DE COMPLICAÇÃO Campo visual Avaliação hormonal de outros eixos Cálcio (excluir NEM-1) Polissonografia ECG Ecocardiograma USG abdome (visceromegalia) USG tireoide se nódulo palpável DMO Colono (inicial e de 5/5 anos se pólipo ou IGF-1 alto e de 10/10 anos se ausência de pólipo e IGF-1 normal), mamografia, colpocitologia oncótica, PSA TRATAMENTO Cirúrgico: ressecção transesfenoidal padrão-ouro Tratamento medicamentoso Análogos de somatostatina: Agonistas dopaminérgicos Pegvisomanto (antagonista do receptor do GH) RT estereotáxica: refratários NEM 1 "3 Ps" Paratireoide – hiperparatireoidismo primário (~100%) Pâncreas (30-70%): não funcionante, gastrinoma, insulinoma Pituitária - adenoma de hipófise (~20%) Hipofisite DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA Infiltração linfocítica (linfócitos B e T) da glândula hipofisária Prevalência: 0,24-0,88% Incidência anual: 0,4% das cirurgias hipofisárias 2,4/10 mm, em casos cirúrgicos e não cirúrgicos CLASSIFICAÇÃO Localização anatômica Adeno-hipofisite (F > M, gestação e puerpério) Infundibuloneuro-hipofisite (F= M) 5 Camila Carminate - MEDCEL Pan-hipofisite (F < M) Aspecto histopatológico Linfocítica Granulomatosa Xantomatosa Necrosante Associada a IgG4 Mistas (linfogranulomatosas, xantogranulomatosas) Causa Primária: › inflamação isolada da hipófise Causa Secundária › doenças selares (germinoma, cisto de bolsa de Rathke, craniofaringioma, adenoma hipofisário) › doenças sistêmicas (granulomatose de Wegener, tuberculose, sarcoidose, sífilis) › fármacos imunomoduladores (ipilimumabe, nivolumabe e pembrolizumabe) QUADRO CLÍNICO Hipogonadismo 60-80%* *depende do estudo Hipocortisolismo 71% DI 72% Hipo/hiperprolactinemiaé frequente ASSOCIAÇÃO COM DEMAIS DOENÇAS AUTOIMUNE Tireoidite de Hashimoto Vitiligo Síndrome poliglandular tipo 2 Doença de Graves Lúpus eritematoso sistêmico TRATAMENTO Farmacoterapia: Azatioprina Metotrexato Ciclosporina A Micofenolato Glicorticoide: Prednisona (≥10mg/dia) Cirurgia Compressão de quiasma e confirmação diagnóstica Recidiva ou resistência ao corticoide Radioterapia estereotáxica Gamma Kniffe® ou fracionada Resistência a cirurgia ou medicamentoso Redução do volume: 84% Recuperação do eixo: 45%
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