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Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR Todas as doenças cardiovasculares terminam em insuficiência cardíaca/morte Fatores de risco não-modificáveis → sexo, idade, história pessoal, história familiar Fatores de risco modificáveis → hipertensão, dislipidemia, fumo, diabetes, sedentarismo, obesidade FATORES DE RISCO NÃO-MODIFICÁVEIS Sexo • Homens • Mulheres menopausadas o Os hormônios menstruais são cardioprotetores o Reposição hormonal aumenta a mortalidade, pois aumenta a chance de tumores do ovário/mama, além dos hormônios sintéticos aumentarem a formação de fibrinogênio (precursor dos trombos) Idade • Homens acima de 45 anos • Mulheres acima de 55 anos História pessoal • Doença coronariana (IAM, angina estável angina instável) • Doença vascular periférica (carótidas, aorta, membros) • AVE História familiar • Doença cardiovascular precoce em parentes de 1º grau (pai, mãe, filhos e irmãos) o Precoce significa < 55 anos em homens e < 65 anos em mulheres Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS Hipertensão arterial • Considerada fator de risco mesmo quando a pressão está controlada por anti-hipertensivos • Quando se trata HAS, há metas: o População em geral → < 140/90 mmHg o Paciente de alto risco para DCV e diabetes → < 130/80 mmHg o Hipertenso em estágio III → < 140/90 mmHg • Quando se fala de HAS, a primeira medida é bloquear o SRA (iECA e BRA). Os diuréticos têm função de potencializar os fármacos que agem no SRA. • Diuréticos e beta-bloqueadores têm efeito metabólico → aumentam o risco de DAC Dislipidemia • Diminuir a dislipidemia é o fator que mais reduz a mortalidade cardiovascular • Metas o Pacientes de muito alto risco (evento prévio, como revascularização, IAM etc.) ▪ LDL < 50 ▪ HDL > 45 ▪ TG < 150 o Pacientes de alto risco (paciente com DAC ou risco de evento cardiovascular > 20% nos próximos 10 anos, IVP ou aterosclerose carotídea) ▪ LDL < 70 ▪ HDL > 40 ▪ TG < 150 o Pacientes de alto risco isolado (diabetes) ▪ LDL < 70 ▪ HDL > 45 ▪ TG < 150 o Pacientes de médio risco (risco de DAC entre 10 e 20% nos próximos 10 anos) ▪ LDL < 100 ▪ HDL > 40 ▪ TG < 150 o Pacientes de baixo risco (risco de DAC < 10% nos próximos 10 anos) ▪ LDL < 130 ▪ HDL > 40 ▪ TG < 150 Fumo • Na maioria dos tecidos, a nicotina e o alcatrão agem por depósito (por isso considera-se a carga tabágica). No endotélio, entretanto, a lesão propicia o acúmulo de LDL → surgimento de placas ateroscleróticas • Fumar ocasionalmente já pode causar problemas • Após 1 ano sem fumar, o risco do tabagismo não existe mais (volta-se ao risco da população em geral) Diabetes • Todos os diabéticos vão direto para o alto risco. Tanto o diabético quanto o intolerante são fator de risco. Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ • Complicações microvasculares (nefropatia, neuropatia, retinopatia etc.) estão relacionadas com a hiperglicemia. Complicações macrovasculares (IAM, AVC, doença isquêmica periférica, gangrena, amputação etc.) relacionam-se à variação pressórica e hipoglicemia. o Implementar tratamento muito intensivo pode gerar um quadro hipoglicêmico, que é agravante do risco cardiovascular o Sulfonilureia, insulina e substitutivos da insulina levam a hipoglicemia e aumento de peso o Análogos de GLP-1 e inibidor de SGLT-2 provocam tratamento convencional, sem causar hipoglicemia e aumento de peso (inibidor de SGLT-2 ainda reduzem o peso e o risco cardiovascular). • Normal o Glicemia jejum < 100 o Glicemia pós-prandial < 140 o Hemoglobina glicada < 6% • Intolerante o Glicemia jejum entre 101 e 126 o Glicemia pós-prandial entre 141 e 160 o Hemoglobina glicada entre 6,1 e 7% • Diabético o Glicemia jejum > 126 o Glicemia pós-prandial > 160 o Hemoglobina glicada > 7% Sedentarismo • Devem ser feitos exercícios físicos regulares 3x na semana, por 45-60 min o Caminhada, ciclismo, corrida, natação • Acredita-se que a realização de exercícios físicos reduza a atividade simpática. • Além de diminuir a mortalidade cardiovascular, a prática regular contribui para o controle da glicemia, dislipidemia e obesidade Obesidade • Peso ideal → IMC < 25 • Sobrepeso → IMC entre 25 a 30 o É preciso medir a circunferência abdominal (na metade da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior), para identificar se há gordura visceral o Homens → até 102 cm o Mulheres → até 88 cm • Obesidade → IMC > 30 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR 1 ou 2 fatores → baixo risco 3 fatores → médio risco 4 ou mais fatores → alto risco Diabetes → alto risco Evento prévio → muito alto risco Risco de evento nos próximos 10 anos • Baixo risco → < 10% • Médio risco → 10-20% • Alto risco → > 20%
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