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Equivalência de capitais Apresentação Nesta Unidade de Aprendizagem, abordaremos a equivalência de capitais, por meio de seus conceitos, suas regras e aplicações. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os conceitos de equivalência de capitais.• Calcular o valor atual de um fluxo de caixa, a uma determinada taxa e numa determinada data focal. • Aplicar a equivalência de capitais na administração de fluxos de caixa, ajustando as diferenças entre eles, de modo a torná-los equivalentes entre si. • Desafio O laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais estuda um medicamento para curar o vício do tabagismo. O Ministério da Saúde é interessado em reduzir os seus custos com o tratamento de câncer de pulmão no país, pois a quantidade de fumantes aumenta a cada ano, assim como os problemas gerados por isso. Então, o governo federal subsidiará os testes da pesquisa com a aquisição de um equipamento, isto é, com o custo inicial e sua manutenção durante os cinco anos de sua vida útil no estudo. Considere que, ao final do quinto ano, esse equipamento que custou inicialmente R$20.000,00, já não terá valor. O laboratório e o governo fizeram as seguintes estimativas dos custos anuais de manutenção: Ano 1: R$1.500,00; Ano 2: R$800,00; Ano 3: R$600,00; Ano 4: R$550,00; Ano 5: R$455,00. Aplicando uma taxa de juros de 8% ao ano, determine quanto o governo federal precisa repassar ao centro de pesquisa hoje para cobrir o custo total do seu estudo sobre tabagismo. Infográfico O infográfico a seguir apresenta o conceito e o objetivo da equivalência de capitais e os seus elementos no diagrama de tempo. Conteúdo do livro Dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são ditos equivalentes, a uma determinada taxa de juros, se seus valores presentes (valores atuais), numa determinada data focal, forem iguais. Aprofunde seus conhecimentos sobre a Equivalência de capitais no trecho extraído da obra Matemática Financeira: fundamentos e aplicações, de Wili Dal Zot e Manuela Longoni de Castro. Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 D136m Dal Zot, Wili. Matemática financeira : fundamentos e aplicações [recurso eletrônico] / Wili Dal Zot, Manuela Longoni de Castro. – Porto Alegre : Bookman, 2015. Editado como livro impresso em 2015. ISBN 978-85-8260-333-8 1. Matemática financeira. I. Castro, Manuela Longoni de. II. Título. CDU 51 Os autores Wili Dal Zot É professor de Matemática Financeira do Departamento de Matemática Pura e Aplicada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 1984. É bacharel em Ciências Econômicas pela UFRGS, espe- cialista em Finanças pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mes- tre em Administração pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE) pela mesma instituição. Atualmente, é professor convidado da FGV das disciplinas de Matemática Financeira e Finanças Corporativas em cursos de Pós-Graduação. Tem experiência em cargos de Gerência Financeira e de Controla- doria em empresas de setores da Indústria de Comércio e Serviços. Manuela Longoni de Castro É bacharel em Matemática pela UFRGS, mestre em Matemática Aplicada pela mesma universidade e Ph.D. em Matemática pela University of New Mexico (Estados Unidos). É professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul desde 2006, ministrando a disciplina de Matemática Financeira desde 2007. Tem experiência na área de Matemática Aplicada, atuando nas áreas de Equações Diferenciais Parciais, Aná- lise Numérica e Ecologia Matemática. CAPÍTULO 8 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS 8.1 Conceito de equivalência de capitais CONCEITO 8.1 Dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são ditos equivalentes a uma determinada taxa de juros se seus valores presentes (valores atuais), em uma determi- nada data focal, forem iguais. Se os fluxos de caixa, a uma determinada taxa de juros, tiverem o mesmo valor presente (valor atual), então seus valores futuros, em qualquer n, a essa mesma taxa, serão iguais. Fluxos equivalentes a uma determinada taxa de juros necessariamente deixam de ser equiva- lentes em outras taxas. O conceito de equivalência de capitais constitui um elemento-chave nas aplicações da Matemática Financeira. Esse conceito pode ser considerado aplicável apenas do ponto de vista dos juros compostos, conforme Puccini (2009) ou apresentar-se também quanto à possi- bilidade de se calcular por meio de juros simples (VIEIRA SOBRINHO, 2000; ASSAF NETO, 2009). Neste livro, abordaremos a equivalência de capitais pela ótica dos juros compostos. Quando se usa a equivalência de capitais? O conceito de equivalência de capitais é uti- lizado pelas instituições financeiras, empresas e pessoas, especialmente na administração dos fluxos de caixa, isto é, na compatibilização das entradas e saídas do dinheiro ao longo do tempo. O ideal para qualquer agente econômico é que os pagamentos e recebimentos coinci- dam em valor e vencimentos de modo a não faltar nem ter excessos de caixa. Quando ocor- re uma falta de sintonia nos prazos e valores entre pagamentos e recebimentos os agentes tendem a realizar ações no sentido de minimizar esse desajuste. As situações mais frequen- tes são: • Renegociação de prazos ou condições de pagamento de uma dívida: um devedor pode solicitar o adiamento do vencimento de uma dívida, se tiver dificuldade em pagar na- quela data ou, ao contrário, pagar antecipadamente reduzindo juros caso tiver excesso de caixa no referido vencimento. 78 Matemática Financeira • Negociação ou troca de fluxos de caixa: para um banco, tanto os excessos de caixa como as faltas são dificuldades a serem evitadas; no primeiro caso, a existência de caixa signi- fica dinheiro a ser remunerado a aplicadores sem receita correspondente, e no segundo caso, o banco deve recorrer a empréstimos para honrar os compromissos. 8.2 Valor atual ou valor presente de um fluxo de caixa Considere um fluxo de caixa com termos R0, R1, R2, . . . , Rn−1, Rn vencendo nas datas focais, respectivamente, n0, n1, n2, . . . , nn−1, nn. Uma representação gráfica podria ser dada por: R0 R1 R2 Rn−1 Rn . . . O valor atual na data focal zero, VA0, é dado pela soma do valor atual de cada um de seus termos, como visto nas Equações (7.1) e (7.2): ou 12 EXEMPLO 8.1 A partir do fluxo de caixa a seguir, deseja-se calcular1 o valor atual na data focal 0 (VA0), a uma taxa de juros2 de 10% ao ano: Ano Valor corrente 0 −1.000,00 1 400,00 2 800,00 3 900,00 Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0) pela substituição dos dados de cada um dos termos na fórmula: 1 Como veremos, existe mais de uma maneira de calcular o valor atual de um fluxo de caixa, a determinadas taxa e data focal. 2 Quando não houver referência ao regime de juros nesse tipo de problema, deve-se considerar o uso de juros com- postos. Capítulo 8 Equivalência de capitais 79 Usando a calculadora. Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 −1.000,00 −1.000,00 ⇒−1.000,00 1 400,00 400,00 (1 + 0,10 ) 400, 00 ENTER 1.1 ÷ ⇒ 363,63636 2 800,00 800,00 (1 + 0,10 )2 800,00 ENTER 1.1 ENTER 2 yx ÷ ⇒ 661,15702 3 900,00 900,00 (1 + 0,10 )3 900,00 ENTER 1.1 ENTER 3 yx ÷ ⇒ 676,18332 VA0 = ∑⇒ 700,9767. . . Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0) pelo uso do recurso financeiro da calculado- ra em cada um dos termos na fórmula: Antes do uso dos recursos abaixo, acionar as seguintes teclas: e . Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 −1.000,00 −1.000,00 ⇒−1.000,0000 . . . 1 400,00 400,00 (1 + 0,10 ) 400 CHS FV 1 n PV ⇒ 363,63636 . . . 2 800,00 800,00 (1 + 0,10 )2 800 CHS FV 2 n PV ⇒ 661,1570 . . . 3 900,00 900,00 (1 + 0,10 )3 900 CHS FV 3 n PV ⇒ 676,18332 . . . VA0 = ∑⇒ 700,9767. . . Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0) usando o recurso pré-programado para fluxos de caixa (cash-flow). HP 12c clear reg( f CLX ) 1000 CHS C f0 ( g PV ) 400 C fj ( g PMT ) 800 C fj 900 C fj 10 i NPV ( f PV )⇒ 700,9767092. . . 80 Matemática Financeira EXEMPLO 8.2 A partir do fluxo de caixa a seguir, deseja-se calcular o valor atual na data focal 2 (VA2), a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano: Ano Valor corrente 0 −1.000,00 1 400,00 2 800,00 3 900,00 REGRA DE OURO 8.1 Sempre que possível, deve-se reduzir os valores de um fluxo de caixa para o valor atual em uma data focal. A partir do valor atual nessa data focal se chega ao valor atual em outras datas focais. No exemplo anterior, já aplicamos a regra mencionada com o cálculo de VA0 = 700, 9767092 . . ., logo VA2 = VA0(1 + i)2 = 700,9767092 . . . × (1 + 0,10)2 ⇒ 848,18181818 . . . Usando a calculadora. 700,9767092 . . . × (1 + 0,10)2 RPN ALG FIN 700,9767092. . . ENTER 700,9767092. . . × clearfin ( f X≷Y ) 1.1 ENTER ( 1.1 700,9767092. . . PV 2 yx yx 10 i × 2 = 2 n ⇒ 848,18181818. . . ⇒ 848,18181818. . . FV⇒−848,18181818. . . 8.3 Verificação de equivalência Objetivo do exemplo: demonstrar quando dois fluxos de caixa são equivalentes entre si. EXEMPLO 8.3 Verificar se os fluxos de caixa a seguir são equivalentes, a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano: Ano Fluxo A Fluxo B 0 200,00 1 110,00 2 121,00 363,00 3 532,40 133,10 Capítulo 8 Equivalência de capitais 81 Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0 A) pela substituição dos dados de cada um dos termos na fórmula: Usando a calculadora. Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 0 0 ⇒ 0,00 . . . 1 110,00 110,00 (1 + 0,10) 110,00 ENTER 1.1 ÷ ⇒ 100,00 . . . 2 121,00 121,00 (1 + 0,10)2 121,00 ENTER 1.1 ENTER 2 yx ÷ ⇒ 100,00 . . . 3 532,40 532,40 (1 + 0,10)3 532,40 ENTER 1.1 ENTER 3 yx ÷ ⇒ 400,00 . . . VAA0 = ∑⇒ 600,00 . . . Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0 B) pela substituição dos dados de cada um dos termos na fórmula: Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 200,00 200,00 ⇒ 200,00 . . . 1 0 0 0,00 . . . 2 363,00 363,00 (1 + 0,10)2 363,00 ENTER 1.1 ENTER 2 yx ÷ ⇒ 300,00 . . . 3 133,10 133,10 (1 + 0,10)3 133,10 ENTER 1.1 ENTER 3 yx ÷ ⇒ 100,00 . . . VAB0 = ∑⇒ 600,00 . . . Fluxo A Fluxo B clear reg clear reg 0 C f0 200 C f0 110 C fj 0 C fj 121 C fj 363 C fj 532.4 C fj 133.1 C fj 10 i 10 i NPV ⇒ 600,00000 NPV ⇒ 600,00000 Por apresentarem os mesmos valores atuais em 0 (VA0 A = VA0 B = 600,00000), dizemos que os fluxos A e B, à taxa de juros de 10% ao ano, são equivalentes entre si.3 3 Nem sempre os valores são exatamente iguais. Algumas vezes apresentam uma pequena diferença que, pela sua insignificância, considera-se nula. Para efeitos didáticos, consideraremos diferenças inferiores a R$ 1,00 como nulas ou iguais a zero. 82 Matemática Financeira Objetivo do exemplo: demonstrar que dois fluxos de caixa, equivalentes a uma determi- nada taxa, não o são a outra taxa. EXEMPLO 8.4 Verificar se os fluxos de caixa a seguir são equivalentes, a uma taxa de juros compostos de 20% ao ano: Ano Fluxo A Fluxo B 0 200,00 1 110,00 2 121,00 363,00 3 532,40 133,10 Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0 A) pela substituição dos dados de cada um dos termos na fórmula: Usando a calculadora. Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 0,00 ⇒ 0,000000000 . . . 1 110,00 110,00 (1 + 0,20) 110,00 ENTER 1.2 ÷ ⇒ 91,666666666 . . . 2 121,00 121,00 (1 + 0,20)2 121, 00 ENTER 1.2 ENTER 2 yx ÷ ⇒ 84,027777777 . . . 3 532,40 532,40 (1 + 0,20)3 532,40 ENTER 1.2 ENTER 3 yx ÷ ⇒ 308,101851852 . . . VAA0 = ∑⇒ 483,796296297 . . . Cálculo do valor atual na data focal 0 (VA0 B) pela substituição dos dados de cada um dos termos na fórmula: Capítulo 8 Equivalência de capitais 83 Usando a calculadora. Valores Valores Ano correntes Fórmulas atuais 0 200,00 200,00 ⇒ 200,000000000 . . . 1 0 0 ⇒ 0,000000000 . . . 2 363,00 363,00 (1 + 0,20)2 363,00 ENTER 1.2 ENTER 2 yx ÷ ⇒ 252,083333333 . . . 3 133,10 133,10 (1 + 0,20)3 133,10 ENTER 1.2 ENTER 3 yx ÷ ⇒ 77,025462963 . . . VAB0 = ∑⇒ 529,108796296 . . . Usando a calculadora. Fluxo A Fluxo B clear reg clear reg 0 C f0 200 C f0 110 C fj 0 C fj 121 C fj 363 C fj 532.4 C fj 133.1 C fj 20 i 20 i NPV ⇒ 483,796296296 NPV ⇒ 529,108796296 Por apresentarem valores atuais diferentes em 0 ( ), dizemos que os fluxos A e B, à taxa de juros de 20% ao ano, não são equivalentes entre si. 8.4 Tornando dois fluxos equivalentes entre si Frequentemente os agentes econômicos se encontram em situações de desajuste de fluxos de caixa, ora concentrando pagamentos no curto prazo e recebimentos no longo prazo, ora o contrário. O ideal é que os prazos médios de recebimentos coincidam com os dos pagamen- tos, mas isso é muito raro acontecer. Uma das formas usuais de atenuar os desajustes de caixa é a negociação de fluxos de caixa, que ajuda a modificar a data de concentração (prazo médio) dos recebimentos ou pa- gamentos (conforme o caso). Como isso é feito? Os fluxos de caixa, quando negociados, devem ser equivalentes entre si. A primeira etapa da negociação é a definição do preço do dinheiro, ou seja, a taxa de ju- ros. Uma vez definida a taxa de juros, calcula-se o valor atual de cada um dos fluxos de caixa. Quando dois fluxos de caixa não são equivalentes a uma determinada taxa de juros, obtém-se a equivalência somando a diferença dos valores atuais dos fluxos ao valor corrente na data focal zero do fluxo de menor valor atual. 84 Matemática Financeira A diferença DIF também pode ser somada em outras datas desde que considerada a capitalização dos juros, ou seja, caso a data focal escolhida seja 2, o valor a ser somado será DIF2 = DIF(1 + i)2. Objetivo do exercício: ajustar diferenças entre fluxos de caixa de modo a torná-los equi- valentes entre si. Exercício 1: Verificar se os fluxos de caixa dos Bancos ITAI e HSBX a seguir são equivalentes, a uma taxa de juros compostos de 20% ao ano. Se não houver equivalência, indicar qual é o fluxo que o banco com valor atual inferior deve apresentar, alterando a parcela na data focal zero. Ano Banco ITAI Banco HSBX 0 200,00 1 110,00 2 121,00 363,00 3 532,40 133,10 Como já conhecemos os resultados dos fluxos de caixa do Banco ITAI e do Banco HSBX (são idênticos e calculados à mesma taxa que os Fluxos A e B do exemplo anterior) temos que logo, a diferença entre os fluxos, a ser acrescentada na data focal zero do Banco ITAI, é dada por: A troca entre os bancos deverá ser feita por Ano Banco ITAI novo fluxo Banco HSBX 0 0 + 45,31 = 45,31 200,00 1 110,00 2 121,00 363,00 3 532,40 133,10 Caso desejarmos tornar os fluxos equivalentes alterando, porém, o valor da data focal do ano 2, do Banco ITAI, devemos acrescentar àquele valor DIF2 = DIF0(1 + i)2 = 45, 3125 . . . (1 + 0,20)2 = 65,25 . . . A troca entre os bancos deverá ser feita por Ano Banco ITAI novo fluxo Banco HSBX 0 200,00 1 110,00 2 121,00 + 65,25 = 186,25 363,00 3 532,40 133,10 Tanto o exemplo anterior como este mostram situações de equivalência de capitais cujo valor atual, nos fluxos dos Bancos ITAI e HSBX, são iguais a 529,11. Capítulo 8 Equivalência de capitais 85 Desafio: faça você mesmo a prova de verificação Exercício 2: Considerando os fluxos de caixa dos Bancos NORTE e SUL, encontrar o valor de X para que os referidos fluxos sejam equivalentes a uma taxa de juros compostos de 25% ao ano. (Resposta: R$ 12.200,00.) Ano Banco NORTE Banco SUL 0 1 12.000,00 16.000,00 2 14.000,00 X 3 16.000,00 12.000,00 8.5 Cálculo do fluxo equivalente Objetivo dos exemplos: dado um fluxo conhecido, encontrar um outro equivalente com de- terminadas características. Pode-se dividir as soluções de acordo com diferentes combina- ções de fluxos: • Fluxos 1 × 1: tanto o fluxo que se tem como o que se deseja obter são fluxos de apenas um vencimento. • Fluxos n × 1: o fluxo conhecido tem mais de um vencimento, mas o que se deseja obter tem apenas um vencimento. • Fluxos n × n: ambos os fluxos têm mais de um vencimento. 8.5.1 Fluxos 1 � 1 EXEMPLO8.5 Um empresário deseja substituir uma dívida de R$ 3.500,00, que vence daqui a 6 meses, por outra com vencimento em 18 meses. Sabendo-se que o banco credor da dívida trabalha com uma taxa de juros de 3% ao mês, qual será o valor da dívida no novo vencimento proposto? Dados: S1 = 3.500,00 im = 3% (0, 03) a.m. S2 =? Solução: Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Aprenda mais sobre equivalência de capitais, com exemplos práticos, no vídeo a seguir. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Exercícios 1) Uma indústria de doces planeja uma nova linha e define o seu fluxo de caixa por 3 anos conforme a seguir: ANO Valor Corrente (R$) 0 -500,00 1 350,00 2 600,00 3 800,00 O gerente financeiro deseja saber o valor futuro deste fluxo ao seu término, a uma taxa de juros compostos de 15% ao ano. O valor desejado é: A) R$784,05 B) R$1.284,08 C) R$1.192,44 D) R$2.713,31 E) R$2.722,72 2) Uma empresa, em função de falta de dinheiro em caixa, substituiu uma série de 48 pagamentos postecipados mensais iguais a R$ 300,00 por um pagamento único vencendo daqui a 2 anos. Sabendo que a taxa de juros compostos utilizada foi de 35% ao ano, marque a alternativa que apresenta o valor do novo pagamento único. A) R$1.562,14 B) R$857,14 C) R$8.279,86 D) R$15.090,04 E) R$6.421,30 3) O responsável pelas compras de uma loja de acessórios de carros recebeu 5 propostas de fornecedores para o mesmo produto. Considere os fluxos a seguir: Pode-se dizer que são equivalentes entre si, a uma taxa de juros de 10% ao ano, desprezando diferenças menores do que R$1,00: A) Os fluxos A e C são equivalentes entre si, com VP de R$2.500,00, e os fluxos B, D e E são equivalentes entre si, com VP de R$3.500,00. B) Os fluxos A, B e C são equivalentes entre si com VP de R$2.500,00 e os fluxos D e E são equivalentes entre si com VP de R$5.500,00. C) Não há fluxos equivalentes. D) Todos os fluxos (A, B, C, D e E) são equivalentes entre si com VP de R$3.500,00. E) Os fluxos A e B são equivalentes entre si com VP de R$2.500,00 e os fluxos C, D e E são equivalentes entre si com VP de R$3.500,00. O Banco OESTE deseja competir com as opções de financiamento do seu maior concorrente, o banco LESTE. Observe a seguir os fluxos dos dois bancos: ANO BANCO LESTE BANCO OESTE 0 2.000,00 1.000,00 1 3.600,00 2.400,00 2 2.160,00 3 4.300,00 5.184,00 4) Considerando-se uma taxa de juros de 15% ao ano, qual o valor de X no fluxo do Banco OESTE, para que o mesmo se torne equivalente ao fluxo do Banco LESTE? A) R$3.095,52 B) R$1.904,10 C) R$4.093,80 D) R$6.495,52 E) R$9.591,04 5) Considere os fluxos de caixa dos Bancos NORTE e SUL: ANO BANCO NORTE BANCO SUL 0 1 12.000,00 16.000,00 2 14.000,00 X 16.000,00 12.000,00 Com base nestes fluxos, qual deve ser o valor de X para que os referidos fluxos sejam equivalentes a uma taxa de juros compostos de 25% ao ano? A) R$7.808,00 B) R$12.200,00 C) R$9.760,00 D) R$18.944,00 E) R$26.752,00 Na prática Luísa está planejando o seu tão sonhado casamento, que será daqui a um ano, mas o orçamento é pequeno. Ela já fez a degustação em 5 buffets para a festa e gostou de 3. Agora deverá definir qual será contratado, tendo como padrão de escolha o fornecedor com o menor custo. A seguir, estão as condições de pagamentos oferecidas pelos 3 melhores buffets definidos pela noiva. Deve-se considerar que a taxa de juros praticada no mercado é 1,5% a.m. Buffet Festão 12 prestações mensais de R$550,00 com entrada. Buffet Top R$7.000,00, sendo 30% de entrada e o restante em 10 parcelas mensais iguais. Buffet Comida Certa R$3.500 de entrada e R$4.000 daqui a 12 meses. Confira a seguir o cálculo do valor presente das três opções de buffet: Conclui-se que o buffet a ser contratado, considerando-se o menor custo hoje, é o Buffet Festão, pois o valor presente do seu fluxo de pagamento é o menor. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Matemática financeira - Equivalência de capitais Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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