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Ave Acidente Vascular Encefálico É AVC ou AVE? A terminologia correta é Acidente Vascular Encefálico (AVE), porque essa lesão pode acometer todas as áreas constituintes do encéfalo: Telencéfalo, Diencéfalo (tálamo e hipotálamo), Mesencéfalo, Ponte, Bulbo (M+P+B = tronco encefálico), Cerebelo e Medula. Contudo, para a população, a lesão ficou amplamente conhecida como AVC (Acidente Vascular Cerebral), e isso fez com que o Ministério da Saúde acatasse o termo para que a maior parte da população compreenda sobre a condição. O Acidente Vascular Encefálico é uma condição que vai comprometer o funcionamento dos vasos que irrigam as estruturas neurais do encéfalo. • Uma área comumente acometida é a área motora. No giro pré-central, temos o neurônio motor superior, que é a área motora primária. Contudo, no lobo frontal, também temos áreas motoras secundárias que são: Córtex pré-motor e a área motora suplementar, que são regiões importantes para a coordenação motora, planejamento e iniciação de um movimento. Na área mais anterior do lobo frontal temos áreas importantes que estão relacionadas com processos comportamentais, isto é, regiões que fazem parte da circuitaria do sistema límbico, que podem estar comprometidas depois de uma obstrução ou rompimento de vaso sanguíneo. Ainda no lobo frontal, temos uma área importante, que é a área da motricidade da linguagem (área de Broca’s) → o indivíduo que tem uma lesão na área de Broca’s vai ter uma dificuldade de articular a linguagem falada, então ele vai compreender o que você fala, e no momento que ele vai responder, por mais que ele tenha formulado a resposta, não consegue dizer, então ás vezes ele vai repetir sons (como ‘’bibibi’’, quando se quer dizer ‘’bom dia’’). Isso é chamado de afasia motora. O giro pós central aloja os neurônios sensoriais, então vai ser a área primária da sensibilidade (somestesia) – dor, temperatura, tato, propriocepção, pressão e sensibilidade vibratória. Além disso, a área primária da gustação está no giro pós central também. É importante que o paciente que tem lesão de neurônio motor inferior seja investigado para ver se existem outros comprometimentos além do comprometimento motor. No córtex parietal, temos as áreas secundárias da sensibilidade, então, áreas de associação ligadas à percepção espacial, que podem comprometer a capacidade do indivíduo de perceber o ambiente, perceber o corpo, de imaginar o movimento do corpo em relação ao espaço (não é capaz de realizar a prática mental). No lobo occipital temos a área primária da visão e áreas secundárias de percepção visual, que são áreas de associação. Na junção entre o lobo parietal e o lobo temporal, temos uma segunda área de linguagem, chamada de área de Wernike’s, que é a área da compreensão da linguagem falada, então o indivíduo que tem uma lesão nessa área, pode ter uma afasia sensitiva/compreensão. É o indivíduo que pode até articular bem as palavras, mas são todas sem sentido, porque ele não compreende a linguagem falada, e não se expressa adequadamente também (do ponto de vista da coerência). No lobo temporal, temos estruturas importantes para a consolidação da memória e estruturas importantes para funções emocionais e comportamentais, além disso, temos a área primária da audição no giro temporal superior. O tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) possui estruturas muito importantes. Na base do córtex temos os núcleos da base, importantes para automatismo de movimento, manutenção postural, coordenação motora e temos também outros tratos, como o corticoespinhal, tectoespinhal (responsável pelos movimentos de cabeça e dos olhos), vestibuloespinhal (manutenção do equilíbrio), reticuloespinhal (manutenção do tônus postural e da musculatura axial) e o trato rubroespinhal (principalmente mobilidade apendicular). Contudo, também temos outras estruturas não relacionadas com a motricidade que são importantes também, como na formação reticular, onde temos neurônios que fazem parte da circuitaria do sistema límbico. Temos também áreas vitais importantes na formação reticular do tronco encefálico, como o sistema reticular ascendente. Além disso, temos o cerebelo, que é uma estrutura muito importante para manutenção do equilíbrio e postura e coordenação motora. O sistema de irrigação do encéfalo se dá por duas vias, ou seja, temos dois sistemas: um anterior e um posterior. O sistema anterior é representado pelas carótidas, e o posterior pelas artérias vertebrais. O sistema anterior dá origem a 3 artérias cerebrais: artéria cerebral anterior, média (que é a mais calibrosa – continuação da carótida interna) e a posterior. Comunicando essas artérias, existem as artérias comunicantes e esse conjunto forma um polígono de Willis. O sistema posterior é originado pelas vertebrais, que dão origem à artéria basilar. A artéria basilar vai dar origem às artérias cerebelares: uma superior e duas inferiores (inferior anterior e inferior posterior). A artéria cerebral anterior irriga o bordo medial do hemisfério cerebral – irriga lobo frontal e parietal. Os ramos da artéria cerebral anterior dão a volta e chegam na parte superior do bordo dorsolateral. Então a parte mais superior da ACM é irrigada pela ACA. A artéria cerebral média é geralmente a mais acometida. Ela pega quase todo o bordo dorsolateral do hemisfério cerebral – pega o lobo frontal, lobo parietal, lobo temporal e uma mínima parte do occipital. Se acomete a ACM, a chance de ter um paciente hemiparético com síndrome do neurônio motor superior é grande (acomete giro pré central). A artéria cerebral anterior vai irrigar o lobo occipital e a parte inferior do hemisfério cerebral, como os bordos do sulco calcarino, região da área primária da visão. Um AVC dos mais comuns é o AVC lacunar. A artéria cerebral média vai formando alguns raminhos, e quando se tem a obstrução nesses raminhos, pode ocorrer um AVC lacunar, que acomete o trato corticoespinhal lateral, ou seja, lesão de neurônio motor superior. Definição: Acidente Vascular Encefálico (AVE) é conceituado como uma síndrome clínica decorrente de uma redução do suprimento sanguíneo para estruturas encefálicas, caracterizado por rápido desenvolvimento de sinais focais ou globais de perturbações das funções encefálicas. Ou seja: eu tenho vasos que irrigam o encéfalo, e o AVE é o comprometimento de um ou mais vasos (podendo ser obstruídos, romper, alteração na permeabilidade gerando extravasamento de sangue) e a consequência é a redução do suprimento sanguíneo para uma área neural, então os sintomas são de desenvolvimento rápido, que pode ser focal ou global (a depender do vaso acometido – se é de pequeno ou grande calibre). Epidemiologia: • Segunda maior causa de morte no mundo; • Deficiências, incapacidades residuais (terceiro lugar) – muita gente que sofre AVE não vai à óbito, mas fica incapaz em uma idade economicamente ativa; • Fatores de risco: - Controláveis/Evitáveis; - Não controláveis: idade acima de 55; sexo masculino; afro-americano; hispânico ou asiático; histórico familiar de AVE ou AIT (Ataque Isquêmico Transitório – obstrução do suprimento sanguíneo para uma determinada área encefálica que é transitória, a sequela ou apresentação clínica não duram mais que 24h – não deixam sequela permanente). Fatores de Risco: Controláveis: • Hipertensão Arterial; • Fibrilação Atrial; • Colesterol Alto; • Diabetes; • Aterosclerose; • Problemas circulatórios; • Tabagismo; • Alcoolismo; • Inatividade física – prevenção AVE e prevenção de recorrência de AVE; • Obesidade. • Stroke Riskometer Pro – app avalia risco AVE Aspectos neuropatológicos e fisiopatológicos: •Infarto trombótico – formação de um trombo que vai obstruindo a luz do vaso e diminuindo a irrigação do tecido neural que aquele vaso irriga: AVE; AIT. • Infarto embólico – embolo que se desloca e migra para uma região mais distante e obstrui a luz de um vaso menor: normalmente a artéria mais acometida é a artéria cerebral média; • Hemorragia: ruptura de aneurisma; má- formação arteriovenosa. A consequência disso é a falta de oxigênio e de glicose para aquele tecido neural que é inervado por aquele determinado vaso. Área de penumbra (cinza na primeira imagem): área que está em sofrimento, mas que ainda não existe morte celular. Há uma diminuição do metabolismo dessa área, portanto, clinicamente o indivíduo está sem função nessa área, mas ainda não tem morte celular. Em qualquer lugar que se tenha uma lesão do sistema nervoso central, esse evento vai acontecer. Pode-se ter ou uma obstrução (por um trombo, ou embolo, por exemplo, que se deslocou), tendo um fenômeno isquêmico, ou um extravasamento de sangue (seja por ruptura do aneurisma, alteração na permeabilidade), tendo um fenômeno hemorrágico. Esse fenômeno vai gerar um processo inflamatório, ou seja, uma resposta das células do sistema imune para conter esse problema que está acontecendo no SNC. Quando se tem uma hemorragia, a barreira hematoencefálica é rompida → pode ter uma migração das células do sistema imune (que normalmente não estão no SNC) e causar um processo inflamatório que pode levar à uma destruição importante do tecido neural. Quando não tem um rompimento da barreira hematoencefálica, em um AVE isquêmico, por exemplo, as células que vão promover esse processo de resolução da lesão (com a falta de oxigênio e de glicose) são as células da micróglia. Então temos um edema no tecido lesado (edema intersticial), só que além disso, esses neurônios estão sofrendo (devido à falta de nutrientes), assim, vai ocorrer uma liberação de íons positivos. Esses íons positivos irão entrar nas células neurais (sódio e cálcio), e se entrou carga positiva, despolariza a membrana. Junto com a entrada dos íons positivos, é carregado água para dentro das células também. Logo, temos um edema intracelular, além do edema intersticial. No exemplo da imagem, a célula está recebendo carga positiva, e esse neurônio libera glutamato, um neurotransmissor excitatório. Então o glutamato é liberado na fenda sináptica e vai hiperexcitar o neurônio vizinho (vizinho à área lesada) – um neurotransmissor excitatório libera muita carga positiva, e além dele, entra água também, que vai ser transmitida também, para o próximo neurônio → expansão da lesão por um processo de excitotoxicidade. Quando tem uma lesão do SNC inicial, o objetivo do tratamento médico imediato é frear esse processo de excitotoxicidade → diminuindo processo inflamatório e diminuindo atividade excitatória desses neurônios → porque se não a área de penumbra que está sofrendo, logo estará lesada RACIOCÍNIO: AVC – que pode ser isquêmico ou hemorrágico + liberação de glutamato que vai fazer com que haja a entrada de carga positiva (influxo de cálcio) e água dentro da célula. Existe um processo que é fisiológico → está faltando irrigação em uma área, mas temos o polígono de Willis, que é uma estrutura que vai permitir que chegue sangue por outras vias naquela região, então existem processos na tentativa de reperfusão nesse tecido que está sofrendo, com a ausência da irrigação. E esse processo de reperfusão também gera lesão neural, porque há um aumento de radicais livres que aumentam o estresse oxidativo, que por meio de sinalização celular induz a morte programada desses neurônios que é a apoptose → morte celular. Além disso, por causa da despolarização da membrana, vai levar também a uma alteração na permeabilidade da membrana das mitocôndrias (respiração celular), e, junto com a formação de radical livre, teremos o dano do DNA mitocondrial, que leva também à morte do neurônio. • Por isso a importância de levar rapidamente o indivíduo que está tendo sinais claros de AVE para atendimento médico imediato – cada minuto irá determinar uma terapêutica diferente. Geralmente um paciente que teve AVC isquêmico vai fazer o uso de medicamento anticoagulante, para diminuir a viscosidade do sangue. No AVC hemorrágico, se o paciente fizer uso de anticoagulante, vai ter a intensificação do processo hemorrágico → importante saber o tipo de AVC do paciente. AVE isquêmico Aspectos Clínicos: Déficit neurológico focal relacionado ao tamanho e localização da lesão e o montante de fluxo sanguíneo colateral (montante de recuperação da irrigação da área). • Déficits sensoriomotores, cognitivos, comportamentais etc (ACM e ACA); • Comportamento motor adaptativo. Já que a ACM é frequentemente a mais acometida, a chance de o paciente ter uma lesão de neurônio motor superior é muito grande, então a chance de ter um paciente hemiplégico ou hemiparético é muito grande, mas pode ser que além do comprometimento do NMS, ele tenha um comprometimento sensitivo. Obs: déficit sensitivo não é causado por lesão de NMS, e sim por lesão de neurônio sensitivo. Fenômenos positivos: hiperreflexia (espasticidade); Fenômenos negativos: fraqueza muscular; perda de destreza; Fenômenos adaptativos. Alternações de tecido conectivos e muscular (propriedades mecânicas e funcionais alteradas); Padrões motores alterados; Descondicionamento físico. Hemiplegia: Hemiplegia, paralisia de um lado do corpo, é o sinal clássico de doença neurovascular do cérebro. É uma das muitas manifestações de doença neurovascular e ocorre com o AVE envolvendo o hemisfério cerebral ou o tronco encefálico. → na prática clínica, hemiparesia é chamada de hemiplegia. PLEGIA é paralisia, PARESIA é fraqueza. • A hemiplegia é a lesão de NMS, suas vias e suas conexões. • Muito raro um indivíduo ser hemiplégico. Distúrbios de sensibilidade após AVE: • Pode acontecer por lesão na área sensorial primária (giro pós central) ou por lesão de algumas vias do trajeto do tálamo para o giro pós central (cápsula interna) – déficit sensorial contralateral à lesão. Podem ter distúrbios de sensibilidade também → ao realizar uma atividade bimanual, por exemplo, é preciso de um acoplamento espaço- temporal entre os dois membros (sincronia), isso significa que precisamos ter uma comunicação entre hemisférios (fibras do corpo caloso). Se eu tenho uma alteração motora de um dos lados, a informação de que o movimento está inadequado de um lado, pode causar uma interferência do outro lado, bagunçando o acoplamento. Perda de sincronicidade → comprometimento da performance do outro lado. • Perda total ou parcial de sensibilidade; • Diferentes mensagens sensoriais nos dois lados do corpo: diferentes formas de feedback sensorial → distúrbios de movimento no lado ‘’não afetado’’ do corpo. AVE - Tratamento médico e Considerações farmacológicas: Um paciente que está sofrendo um AVC isquêmico, está com aumento na viscosidade do sangue, o que leva à um entupimento do vaso. Esse paciente vai precisar de um tratamento farmacológico para diminuir a viscosidade do sangue. Esse período crítico para utilização do tratamento trombolítico é de aproximadamente 4,5h do evento. A partir de 4,5h até 8h não é mais ideal esse tratamento → pode prejudicar ou aumentar a extensão da lesão. E, se levar mais de 8h, talvez o tratamento precise ser cirúrgico → retirada mecânica do trombo. Tratamento de problemas associados: • Hipertonicidade; • Envolvimento respiratório; • Trauma; • Tromboflebite; • Distrofia simpático-reflexa; • Dor. Avaliação Fisioterápica: • Avaliar o que impede o paciente de realizaro movimento eficiente; • Tornar possíveis revisões frequentes, de modo que o tratamento possa ser alterado se necessário; • Habilitar outro terapeuta a continuar o tratamento de forma eficaz; • Registrar a condição do paciente acuradamente. 1. Observação imediata; 2. História subjetiva: • Voz: - Clareza, volume, respiração. • Expressão facial: - Apropriada, modificação, contato visual. • Compreensão da patologia, problema principal; • Expectativas de tratamento (paciente – terapeuta) Registro da Avaliação: Déficits de estrutura e função: • Postura; • Sensibilidade; • Dor (percepção); • Força muscular; • ADM passiva; • Reflexos tendinosos e cutâneos; • Tônus muscular; • Coordenação motora (destreza); • Aspectos emocionais e cognitivos. Padrões posturais típicos: Se ele descarrega o peso mais pra um lado que para o outro, se ele tem algum padrão flexor ou de contraturas, se tem desvio da cabeça, se tem desvio de tronco etc. • Membro superior: geralmente vai ser padrão flexor de cotovelo e contratura nos dedos. • Membro inferior: se ele não consegue ficar em ortostatismo sem a bengala, o ideal é fazer a avaliação postural sentado (se fica sem apoio) → dependendo da posição que ele colocar a bengala, modifica a postura e a descarga de peso. Nesse paciente, o peso está sendo descarregado no membro não parético (direito). Tem padrão flexor de MMSS (relaxado e a gravidade não foi suficiente para estender o cotovelo do paciente). Diminuição de trofismo muscular no ombro esquerdo. Tronco à direita está mais alongado, indicando uma flexão lateral à esquerda com a pelve um pouco mais elevada à esquerda. • Teste de contratura é com movimentação passiva. Avaliação postural: • Cabeça (supino, prono, sentado, em pé); • Tronco; • Quadril: se rodado interno de um lado ou externo de outro ou ambos; • Membros superiores; • Membros inferiores; • Sentado; • Ortostatismo. Sensibilidade: Para avaliar a sensibilidade, o paciente precisa ter um nível cognitivo adequado porque após ser dado o estímulo sensorial, e o paciente precisa responder o que sentiu, como sentiu, qual foi a intensidade etc. Além disso, ele precisa estar concentrado, em um ambiente sem muito ruído etc. • Equipamento: máscara, algodão, monofilamento, tubos de ensaio, água quente/fria, talco. • Equipamento: máscara, moedas, caneta, lápis, pente, esponja, flanela, tesoura, copo. • Nottingham Sensory Assessment (NSA). Nocicepção x Dor: • Outros aspectos, ganhos secundários, enfrentamento etc. • Geralmente pacientes que sofreram lesão no tálamo, existe a chance de sentir uma dor pouco localizada, difusa, que não melhora com nenhum estímulo etc. Força: • HHD – dinamômetro manual; • TEM – esfigmomanômetro modificado; • TMM – teste muscular manual; • Escala de Avaliação da força muscular: 0 – Não se percebe nenhuma contração; 1 – Traço de contração, sem produção de movimento; 2 – Contração fraca, produzindo movimento com a eliminação da gravidade; 3 – Realiza movimento contra a gravidade, porém sem resistência adicional; 4 – Realiza movimentos contra a resistência externa moderada e gravidade; 5 – É capaz de superior maior quantidade de resistência que o nível anterior. Destreza: • BBT – usa força antigravitacional de flexores de ombro, já que precisa ‘’ultrapassar’’ uma barreira para colocar as peças do outro lado; • NHPT – resta um: pode fazer o teste com MS apoiado, ou seja, precisa ter força apenas para deslocar os pinos, ou seja, menor demanda de força; • GPT – similar ao resta um, mas os pacientes precisam fazer associação com a forma do pino para encaixar no lugar certo e girar para fixar. • Index-nariz - se o paciente tiver força antigravitacional de ombro, mas pode fazer uma adaptação – paciente apoiado na mesa (elimina gravidade para ext e flex de dedos e reduz demanda de força) solicitar para tocar alternadamente a ponta dos dedos na maior velocidade e medir. • LEMOCOT – Membro inferior. • Calcanhar-canela – não tem um parâmetro/grau de normalidade. Tônus muscular: resistência que o músculo oferece quando é alongado. Movimentação passiva: • Normotonia; • Hipertonia; • Hipotonia. Espasticidade: 0 = absent; + = hyporeflexia; ++ = normal; +++ = slight hyperreflexia; ++++ = marked hyperreflexia. Escala de Tardieu: Amplitude de movimento articular passiva: Escala de Contratura: • 0 – Nenhuma perda na ADM; • 1 – Perda de até 1/3 na ADM; • 2 – Perda de 1/3 a 2/3 na ADM; • 3 – Perda de mais de 2/3 na ADM. Teste muscular: • Espasticidade – não interfere!!!!; • Padrão de sinergia. • Déficits perceptivos-cognitivos (negligência visuo-espacial): paciente enxerga todo o ambiente em que está inserido e percebe apenas uma parte do ambiente – MiniMental; • Déficits de linguagem: afasia motora ou afasia de sensibilidade; • Déficits afetivos (depressão)- GDS; • Disfagia: dificuldade de deglutição; • Incontinência. Negligência Unilateral: Limitação da atividade: observar atividades diárias significativas e funcionalidade do paciente • Supino para sentado; • Sentado para de pé – fragmentar a tarefa, por exemplo; • Equilíbrio; • Marcha; • Alcance e manipulação; • Etc. • MAS – Motor Assessment Scale: escala que avalia várias atividades como equilíbrio, postura, mudança de decúbito, marcha função de MMSS – pode avaliar os itens separadamente; Restrição de Participação: • Qualidade de vida; • SSQOL – Brasil – específico para AVE; • LIFE – H – Brasil. Tratamento: Objetivos de tratamento: • Fase aguda: - Função respiratória: mudança de posição, técnicas de higiene brônquica; - Integridade musculoesquelética (exercícios de ADM, posicionamento, exercícios ativos e relacionados à tarefa. • Fase de recuperação: - Antecipar e prevenir contraturas; - Desencadear atividade muscular; - Treinar o controle motor utilizando objetivos concretos; - Aumentar a força muscular; - Modificar a ação ou o ambiente para alcançar um desfecho determinado – simplificação (evitar reações associadas, movimentos adaptativos e ineficazes); - Mobilizar articulações rígidas; - Treinar condicionamento cardiovascular. Programa de autogerenciamento: • Educação sobre AVE; • Estabelecimento de objetivos – SMART; • Identificação de barreiras – sugerir estratégias; • Estratégias de automonitoramento; • Feedback. Equipamentos: • Equipamentos para o leito; • Suportes para as posições sentado ou de pé; • Equipamentos para encorajar movimentos e prevenir deformidades. • Tutor: quando a inversão do tornozelo for um risco durante a marcha; quando o uso do tutor melhorar o desempenho e velocidade da marcha; Diretrizes clínicas: • Fortalecimento: • Treino Sensorial; • Treino de ADM; • Contraturas: • Treino de destreza/atividade; • Treino de condicionamento cardiorrespiratório. Problemas de ombro: O ombro subluxado ou o não alinhamento de ombro: Fatores causais na AVE: • Cintura escapular cai com a perda do tônus ou da atividade nos elevadores da escápula, particularmente com a sua ação combinada com o serrátil anterior para elevar a fossa glenóide com rotação escapular para frente. A fossa, por isso, inclina-se para baixo; • Vista por trás, a escápula reside mais perto das vértebras (adução do ângulo inferior); • Abdução passiva do ombro; • Fraqueza de supra-espinhoso, infra- espinhoso e deltóide posterior: subluxação; • Postura inadequada: flexão lateral de tronco. Tratamento: Objetivos: • Restaurar o mecanismo normal de travamento do ombro por meio da correção da posição da escápula e, assim, da fossaglenóide; • Estimular a atividade/fortalecer os músculos de estabilização do ombro; • Manter a amplitude completa indolor de movimentação passiva sem traumatizar a articulação e as estruturas que as rodeiam. • Foco nos adutores e rotadores internos – tendo em vista os posicionamentos de proteção que os pacientes tendem a adotar. • Lençol para auxiliar nas transferências; • Apoiar o braço: evitar que o peso da glenoumeral se desloque para baixo. O membro pode ser apoiado em uma superfície em flexão, rotação externa e abdução. • Exercício em diferentes comprimentos musculares + quando a ativação muscular estiver presente, exercícios para o controle do ombro. O ombro doloroso: Fatores causadores: • Perda do ritmo escapulo umeral; • Rotação externa inadequada do úmero; • Ausência do movimento de deslizamento da cabeça do úmero para baixo na fossa glenóide. Atividades que frequentemente causam traumatismo doloroso. Prevenção e tratamento: • Superando sinais iniciais de dor; • Manuseio do ombro gravemente doloroso; • Posicionamento no leito; • Atividades gerais/específicas; • Aumentando a ADM; • Atividades autoassistidas; • Possibilidades adicionais de tratamento. Síndrome Ombro – Mão Síndrome Complexa de dor regional, distrofia simpático-reflexa. • Sintomas originando-se na mão: - Fase inicial/ fases tardias/ fase final ou residual. • Fatores causais: - Flexão Palmar prolongada do punho sob pressão; - Estiramento excessivo das articulações da mão pode produzir reação inflamatória; - Escape de líquido de infusão para tecidos da mão; - Pequenos acidentes na mão. Prevenção e Tratamento: • Posicionamento; • Prevenção da flexão palmar do punho; • Enrolamento centrípeto compressivo; • Gelo; • Movimentos ativos/passivos; • Cortisona oral. Sinais típicos: AVE esquerda x direita: • Cabeça desviada e com flexão lateral para o lado sadio (sentado, deitado); • Diminuição de todas as modalidades perceptuais no lado plégico (táteis, visuais e auditivos); • Carência de expressão facial (unilateral quando ativada); • Voz monótona, mau controle da respiração, baixo volume. • Alongamento do lado hemiplégico em supino – retração de ombro, tórax e pelve, rotação externa de quadril (úlceras de pressão); • Mão sadia segurando a borda da maca; • Movimentação normal do membro sadio; • Movimentos opostos do membro sadio durante as transferências. Tratamento específico: • Reabilitação dos movimentos de cabeça; • Estimulação da atividade nos flexores laterais do tronco hipotônicos; • Reconquistando a linha mediana em pé; • Subindo escadas. Motivação: • Estabeleça objetivos relevantes e alcançáveis; • Identifique e encaminhe desafios emocionais; • Compartilhe informações/orientações; • Encoraje uma rotina; • Presença/Adesão Síndrome de Pusher: Sinais típicos: • AVE esquerda X direita: - A síndrome é mais frequentes em indivíduos com hemiplegia à esquerda; - Cabeça desviada e com flexão lateral para o lado sadio (sentado, deitado); - Diminuição de todas as modalidades perceptuais no lado plégico (táteis, visuais e auditivos); - Carência de expressão facial (unilateral quando ativada); - Voz monótona, mal controle da respiração, baixo volume; - Alongamento do lado hemiplégico em supino, Retração de ombro, tórax e pelve, rotação externa de quadril – descarregando todo o peso do corpo no lado hemiplégico (úlceras de pressão); - Mão sadia segura a borda da maca; - Movimentação normal do membro sadio; - Peso sobre o lado plégico quando sentado/resistência em transferi-lo para o lado sadio; - Movimentos opostos do membro sadio durante as transferências; Área relacionada com a percepção da verticalidade: além do tálamo posterior, outras partes do SNC eram acometidas no comportamento Pusher: ínsula e giro pós central. Avaliação: • Como qualquer paciente hemiplégico; • Quando perceber que existem características da síndrome de Pusher: complementar com um instrumento que confirma o comportamento e avaliar a evolução do comportamento: - SCP (Scale for Contraversive Pushing). Essa escala avalia as 3 características da síndrome: postura, resistência do indivíduo a se posicionar quando algum fator externo tenta posiciona-lo e uso de MMSS e MMII durante uma atividade. Tratamento Específico: • Percepção da postura ereta; • Exploração visual do ambiente e a relação do corpo ao ambiente (pistas visuais); • Aprendizado de movimentos necessários para o alcance de uma posição corporal vertical; • Manutenção da posição corporal vertical enquanto realiza outras atividades. ➔ Atividades de alcance – experiência de passar pela linha mediana várias vezes. ➔ Posicionamento adequado; ➔ Objetivo da fisioterapia: encurtar o período de pusher (após seis meses de lesão há uma ausência de comportamento) FRAGMENTAÇÃO DA TAREFA: PASSAR DE SENTADO PARA DE PÉ: 1º: Posicionamento adequado: a paciente deve se posicionar, com segurança, na beira da cadeira com o apoio das mãos, se necessário; 2º: Posteriorização da perna: iniciar o treino com a posteriorização da perna atrás da linha dos joelhos, com auxílio de um skate/papel toalha abaixo dos pés, a fim de diminuir a fricção. Ao longo do treinamento, pode progredir para o uso de uma folha de papel ou sem nenhum facilitador. 3º: Início da impulsão: após isso, treinar inclinação do tronco com flexão de quadril para iniciar o impulso. Essa tarefa também pode ter o uso de apoio como uma mesa à frente para evitar queda, dar segurança ao paciente e estimular o movimento correto. 4º: Elevação: treinar a extensão de quadril e joelhos partindo da impulsão começando de uma altura maior e ao longo do treinamento diminuindo a altura da cadeira. PASSAR DE PÉ PARA SENTADO: 1º: Posicionamento adequado: a paciente deve se posicionar, com segurança, de pé, com as costas viradas para a cadeira, pés alinhados ao quadril e próximos, mas não encostados, na cadeira. 2º: Descida: Treinar flexão de quadril e joelho com inclinação do tronco começando com uma cadeira mais alta e utilizando o apoio da mão se necessário. Ao longo do treino, a altura da cadeira pode ser diminuída. 3º: Alinhamento corporal: treinar inclinação do tronco para trás com extensão de quadril.
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