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Fisioterapia Pediátrica Sumário Pediatria -Introdução Sistema Nervoso..............................................................................3 Reflexos Primitivos e Medulares..........................................................................................11 Reações Posturais e DNPM.....................................................................................................20 Semiologia Pediátrica................................................................................................................29 Prematuridade...............................................................................................................................36 Paralisia Cerebral - PC..............................................................................................................42 Síndrome Genética.....................................................................................................................48 Neuromuscular..............................................................................................................................57 DTNs..................................................................................................................................................63 Pediatria -Introdução Sistema Nervoso 03 O que faz ou para que serve o Sistema Nervoso? Controle da homeostase. Geração de comportamentos adaptativos. 1. 2. também de dia; é onde jaz a causa da insônia e do sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres esquecidos e excentricidades". Controle da Homeostase Equilíbrio dinâmico para manutenção da constância do meio interno dentro de faixas normais. Exemplo: Controle da Pressão Arterial. Controle da Temperatura Corporal. 1. 2. Geração de Comportamentos Toda gama de comportamentos que promovem a adaptação do organismo ao ambiente promovendo seu equilíbrio. Hipócrates (460-377 AC) "Deveria ser sabido que ele é a fonte do nosso prazer, alegria, riso e diversão, assim como nosso pesar, dor, ansiedade e lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro. É especificamente o órgão que nos habilita a pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer. É o cérebro também que é a sede da loucura e do delírio, dos medos e sustos que nos tomam, muitas vezes à noite, mas ás Platão (427 - 347 AC) Dualismo – Mente e Corpo. Racional: Que busca o conhecimento e deve reger a vida humana. Irascível: Que se ocupa da defesa e da guerra. Passional: Que busca a satisfação dos desejos, instintos e impulsos da paixão. Vinci X Vesalius (1472-1519) (1472-1519) - (1472-1519). Anatomista que descreveram e desenharam alguns módulos anatômicos. 04 Descreveu a bainha de mielina, foi quem primeiro propôs que todo o corpo seria formado de células. (células eram contínuas). Descartes (1596-1650) Reflexo medular – estimulação sensorial (modelo hidráulico e dilatação). Foi descrito sobre o estímulo, a via que encaminha ao sistema nervoso central, não sabia que era uma via dupla. Bioeletricidade - 1790 Luigi Galvani – Tecido eletricamente excitável. Alessandro Volta e a descoberta da pilha voltaica (XVIII). Giovanni Aldini – Mary Shelley. Testado em cadáver. Theodor Schwann (1810-1882) Santiago Ramón y Cajal (1852-1934) Doutrina neuronal. Charles Scott Sherrington (1857-1952) Sinapses – (Beijo) GALL, Franz Joseph (1758-1828) Frenologia: Associava traços de caráter com saliências ou reentrâncias de pontos determinados no cérebro. BROCA, Paul Pierre (1824-1880) Área motor da fala - BROCA. Associava as formas ou protuberância do encéfalo á características da personalidade. 05 acidente sofreu alterações a sua personalidade, aumento da desinibição frontal (o álcool realiza isso). Embriologia e Divisão Embrionária Aluno de Buillaund (defensor de Gall). Mostrou a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. Utilizou avaliações clínicas e posterior autopsia. Em 1874 descreveu a relação causal entre a lesão no primeiro giro temporal esquerdo e a afasia sensorial. Wernicke Carl (1848-1905) Em 1848 descreveu o caso de Phineas Gage. Harlow John M. Após sofrer um acidente causada por uma haste que ultrapassou o crânio e o ocular, ele sobreviveu, mas após o Origem do Sistema Nervoso Folhetos embrionários (folheto germinativo) tecido embrionário responsável pela origem dos órgãos e tecidos dos animais adultos. Ectoderme. Mesoderme. Endoderme. 1. 2. 3. 2° semana – diferenciação e espessamento do ectoderma. Pós fecundação ocorre a diferenciação (diferente dos outros 2 tecidos) da ectoderma. 3° a 4° semana: Ocorre a formação do tubo neural (formação do sistema nervoso central). 06 São três tecidos onde um se diferencie que é a ectoderma, dando origem a placa neural seguida da goteira neural, chegando a formação do tubo neural dando origem ao sistema nervoso central. Patologias podem estar associada a má formação ou fechamento. A oferta de ferro pelo pediatra pode contribuir para que patologias não ocorra, como é no início (pós fecundação) muitos não sabem da gravidez e pode ser tarde para tomar. É indicado que para as mulheres que desejam engravidar tomem ferro para contribuir com o fechamento neural. Vesículas encefálicas Primordiais. Tubo Neural Neuroporo Rostral ou Cefálico: Gera o Encéfalo e consequentemente o sistema nervoso central. Neuroporo Caudal: Gera a Medula e consequentemente o sistema nervoso periférico. A parte cranial, dá origem ao encéfalo, primitivo, ou arquencéfalo. 07 Aluno de Buillaund (defensor de Gall). Mostrou a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. Utilizou avaliações clínicas e posterior autopsia. Divisão Anatômica Divisões Anatômicas – Lobos, Giros e Cíngulos. Sulcos Aluno de Buillaund (defensor de Gall). Mostrou a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. Utilizou avaliações clínicas e posterior autopsia. Dois Maiores Sulcos: Central ou Rolando: Separa Lobo Frontal de Lobo Parietal. Lateral ou Sylviano: Separa Lobo Temporal dos Lobos Frontal e Parietal. 1. 2. 08 Estrutura profunda do encéfalo visualizada na porção inferior do cérebro formado por: 1.Talamo 2.Hipotalamo 3° Ventrículo 3.Subtalamo 4.Epitalamo Giros Corpo Caloso Rostro. Joelho. Tronco. Esplênio. Diencéfalo Mesencéfalo Conceito: parte superior do tronco encefálico, localizado entre a ponte e o cérebro. Limites Inferior: Sulco Pontino Superior . Limites Superior: Plano que une os corpos mamilares à comissura posterior. Divisão: Aqueduto cerebral. Tecto do mesencéfalo: parte dorsal. Pedúnculos cerebrais: parte ventral. Pedúnculos cerebelar. Emergem: 1. 2. 3. 4. -III Nervo (oculomotor). -IV Nervo (Troclear). 09 Ponte Ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide. Fibras que convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar (Médio). Artéria Basilar (sulco basilar). Sulco Pontino superior. 4° Ventriculo. Sulco Bulbo-pontino. Bulbo Generalidades: Tem a forma de um tronco de cone. Extremidade menor continua inferiormente com a medula espinhal. Limite superior se dá no sulco bulbo- pontino. Área anterior/Lateral/posterior. Posterior – Parte final do IV Ventrículo. Plexo Coróide. Medula Espinhal 10 Corno Anterior – Neurônio Motor. Corno Posterior – Neurônio Sensitivo. Canal Central. Radícula e Raiz Anterior – Axônios motores. Radícula e Raiz Posterior – Axônios sensitivos. Formam Nervo Espinhal. Desenvolvimento Motor Durante o primeiro ano de vida, funções reflexas aparecem e desaparecem, de acordo com a evolução do Sistema Nervoso Central (SNC), progredindo para movimentos mais complexos e voluntários. Existem dois tipos de reflexos que são: Primitivos. Medulares. 1. 2. As fases do desenvolvimento motor presente na ampulheta, descrita por Gallahue: Reflexos Primitivos e Medulares 11 Mielinização A maturação ou mielinização está relacionado a movimento involuntário que passa a ser voluntario. Leva até 3 anos para ocorrer a maturação.Parte do movimento mais simples para o mais complexo. Todos os reflexos se originam após a maturação da mielinização. Ampulheta - Gallahue ME - Mielinizada Reflexos Primitivos. Movimentos em bloco. Movimentos Associados. Reflexos podem ser definidos como sendo um ato ou fenômeno, motor ou secretor, desencadeado pelo Sistema Nervoso Central, fora da intervenção da vontade em resposta a estimulação de terminações nervosas sensitivas. Os reflexos primitivos são padrões motores altamente estereotipados (A resposta será sempre a mesma/único), desencadeados por estímulos sensoriais específicos. Será criado uma memória (imagem cerebral), quando se aprende a realizar um movimento e logo depois de alguns dias o movimento pode alterar para um completo e voluntario. Reflexo = Uma resposta estereotipado á um estimulo. �Reflexo de Preensão Palmar: Ao colocarmos o dedo na palma da mão da criança, ela aperta. (sexto mês voluntário). O estimulo é o toque e a resposta é fechar os dedos. 12 Estágio de codificação da informação. São atividades de movimentos involuntários e é observável durante o período fetal até, aproximadamente, o quarto mês de vida. Estágio de decodificação da informação tem o seu inicio em torno do quarto mês. Os centros inferiores do cérebro gradualmente cedem o controle sobre os movimentos e são repostos por movimentos voluntários. Reflexos Reflexo de Moro ou Abraço: Até ao 2º ou 3º mês e consiste numa resposta de abrir os braços, esticar os dedos e pernas em resposta a um som intenso ou qualquer estímulo repentino e forte. Capacidade de alerta e permite observar a tonicidade muscular e a simetria da resposta. Avaliação: Coloca a criança no antebraço e o terapeuta abaixa o braço para visualizar se há uma resposta em decorrência do estimulo, se o reflexo acontece. Após abrir os braços e os dedos das mãos, pode ter uma expressão de susto seguida de choro. Reflexo de Preensão Plantar: Ao estimularmos com o dedo a parte do pé da criança logo abaixo dos dedos, ela faz preensão como se quisesse “pegar” com o pé. Reflexo de Sucção: Vira a cabeça para o lado quando sua face for estimulada e suga qualquer objeto que for colocado em sua boca (Nervos V, VII, XII). O problema associado a esse reflexo está ligado ao sistema nervoso central ou o nervo. Presente desde a gestação, pode colocar o dedo na boca e não é voluntário. A maioria dos reflexos estão presentes durante a gestação, são avaliados e observados. 13 Reflexo de Marcha: Elevar a criança e aguardar movimentos imitando o andar. A resposta do reflexo de marcha levará o andar da criança; atraso no reflexo pode levar consequentemente o atraso na marcha. Não pode existir ao engatinhar (7º meses) e nem ao ficar em pé, pela queda. Reflexo de Babinski: O estímulo no bordo interno do pé, de trás para a frente, e a resposta é uma flexão ou extensão do dedo grande do pé ou de todos os dedos. É um reflexo que persiste pela vida fora, ainda que a área sensível do pé seja progressivamente reduzida. O único reflexo que pode estar presente até os dois anos de idade. Se for muito presente pode significar lesão no sistema nervoso central. Reflexo de Busca: 0 a 02 meses - Não deve ter após os dois anos, porque a criança precisa estar com a cervical fortalecida. Reflexo importante para a sobrevivência, quando a criança vira a cabeça para o lado, ao estar de barriga pra baixo. Estímulo: Leve toque nas comissuras labiais ou centro dos lábios superior ou inferior. Resposta: Língua, lábios e cabeça movem-se em direção ao estímulo. Reflexo Tônico Cervical Assimétrico: (RTCA) Criança em decúbito dorsal com a cabeça na linha média, braços e pernas estendidas. Estímulo: Rotação da cabeça (90º). Resposta: Extensão das extremidades faciais e flexão das extremidades occipitais. 14 Ao girar a cabeça da criança um braço da criança irá para a mesma direção da cabeça estendendo, o outro braço dobra. Movimento de "espreguiçar" mais primitivo. Estimulo na cervical. Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS): Resposta flexora (RTCS em flexão) e uma extensora (RTCS em extensão). Estas respostas são também denominadas de "gato bebendo leite" e "gato olhando pra lua" respectivamente. Pode existir até 6 meses, após isso se torna uma patologia (lesão no SNC). Extensão de cabeça, flexiona os braços e flexiona as pernas. Cabeça baixa, flexiona os braços e extensão de perna. Reflexo de Landau: É desencadeado quando o bebê é suspenso na posição prona. Observa-se elevação da cabeça acima do tronco. Em seguida o tronco é retificado e as pernas estendidas. Se a criança não responde, pode ter dificuldade em sentar. Reflexo de Galant: Desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Ao passar o dedo na coluna, a criança tende a inclinar a cabeça e tronco para o lado em que foi estimulada. Gerará os movimentos laterais. Reflexo de Colocação (Placing): Elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. É o único reflexo primitivo com integração cortical. Não importa o mês, o importante é não permanecer o reflexo, no processo de desenvolvimento. 15 Se espera que a partir do 4º ao 6º mês o reflexo passe a diminuir e a desaparecer por completo. O reflexo da origem ao movimento voluntário, caso não suma, não é capaz de exercer o movimento. A criança que possui a ausência completa do reflexo, pode apresentar alterações de desenvolvimento. Existe um período para que o reflexo permaneça e surja em crianças. O reflexo pode ser uma intervenção/tratamento para algum tipo de atraso. Todo aprendizado/desenvolvimento depende de um estimulo (neuropsicomotor = Biológico + motor). Reflexos: respostas motoras simples involuntárias provocadas por estímulos específicos. Reflexos Sensoriais Tradução e transformação. Resposta a um estímulo. Participação medular. Variações sinápticas. Acomodativos. 1. 2. 3. 4. Reflexos Medulares Energia inicial (luz, som, pressão, calor...). Elétrica. Geram um potencial receptor (Na+). Classificação - Localização Exteroceptivos. Proprioceptivos. Intereceptivos. Classificação – Tipo de Receptor Neurônio especializado – terminações nervosas livres. Célula epitelial – botão gustativo, olfatório, fototransdutor... Receptores: Mecanorreceptores. Termorreceptores. Nociceptores. Receptores Eletromagnéticos. Quimiorreceptores. 1. 2. 3. 4. 5. 16 Potencial de Ação Receptor Limiar mínimo para gerar um PA através de um receptor. Estímulo. Receptor Sensorial Abertura canais de Na+. Potencial de ação. Quanto mais forte o potencial receptor maior será a frequência do potencial de ação. Quanto maior a frequência de potencial de ação maior a intensidade de compreensão no Córtex. 1. 2. Potencial Receptor e Potencial de Voltagem Reflexos Existem 3 tipos principais de reflexos medulares, que são: Reflexo de Estiramento Muscular (Miotático). Reflexo Tendinoso de Golgi. Reflexo Flexor ou de Retirada. 1. 2. 3. Reflexo Estiramento - Fuso Neuromuscular O fuso neuromuscular, também chamado de receptor de estiramento são capazes de detectar as variações de comprimento e velocidade do músculo. Intrafusal. Extrafusal. 1. 2. Reflexo de Estiramento Muscular (Miotático) Estiramento passivo das FE e FI (fusos musculares). As fibras aferentes Ia levam as informações para o sistema da coluna dorsal que responde com contração através de motoneurônios alfa nas fibras extrafusais. 17 Extensão da perna. A ação da gravidade estira constantemente os fusos; mesmo o músculo estando em repouso. Este estiramento causa uma contração reflexa chamada de Tônus Muscular de repouso. Reflexo Miotático: Estimulação do fuso muscular causando contração reflexa do músculo. Funções: Garantir o tônus muscular e proteção contra estiramento passivo. Excepcionalmente monossinaptico. Quanto mais forte o potencial receptor maior será a frequência do potencial de ação. Quanto maior a frequência de potencial de ação maior a intensidade de compreensão no Córtex. 1. 2. Inibição Recíproca Coativação Alfa-Gama Coativação alfa-gama permite a manutençãoda sensibilidade do fuso muscular. Ativa Alfa. Ativa Gama –mantém grau de excitabilidade do fuso permitindo relaxamento e contração. Reflexo Fásico x Tônico Fásico: Rápido. Velocidade e comprimento do FNM. Fibras IA. Apenas quando ocorre o estímulo. 1. 2. 3. 4. Tônico: Lento e constante. Fibras tipo IA e II. Tônus muscular e Postura. 1. 2. 3. Fibras musculares submetidas a tensão - Fibras Ib dos órgãos tendinosos de Golgi são ativadas – Interneurônios inibitórios fazem sinapses com motoneurônios alfa que inervam os agonistas e agonistas auxiliares = relaxamento das fibras musculares. Função: Proteção contra contração excessiva. Controle sobre o nível de excitação dos motoneurônios. Arco reflexo dissinaptico. Reflexo Miotático Inverso 18 Reflexo Flexor ou Reflexo de Retirada Estimulo: Estimulo cutâneo nociceptivo. Resposta: Flexão do membro afetado. As fibras aferentes nociceptivas (dor rápida), através de interneurônio excitatório, estimulam os neurônios motores flexores causando a contração dos músculos flexores do membro afetado do mesmo lado. Reflexo polissinaptico. Procedimentos Algumas manobras facilitam o exame: O estado do músculo, deve-se mantê-lo não muito estirado nem muito frouxo, deve-se procurar um estado intermediário, distendendo-o, passivamente. A pesquisa de reflexos homólogos deve ser feita com o mesmo procedimento, de preferência em sequência e com os músculos em igual grau de contração. Só assim terá valor uma assimetria. Se um reflexo não é obtido, solicita-se do paciente para contrair, voluntariamente, outros segmentos do corpo. Reflexos Tendinosos Profundos Reflexo biciptal (C5-C6). Reflexo triciptal (C7-C8). Reflexo patelar (L3-L4). Reflexo aquileu (S1-S2). 1. 2. 3. 4. 19 Reflexo Cutâneo Plantar ou Babinski Normal até os 2 anos. Lesão Piramidal - MNS. Reflexos 0 → ausente apesar de facilitação. 1 → diminuído. 2 → normal. 3 → hiperativo. 4 → hiperativo com clônus. Reações Posturais e DNPM Desenvolvimento Os processos de aprendizagem dependem de experiências prévias que vão ocorrendo com o desenvolvimento da criança. O mecanismo de controle postural é a base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados. Manutenção de uma postura. Ajuste postural antes e durante um movimento. Ajustes posturais feitos em resposta a um distúrbio externo. 1. 2. 3. Controle Postural 20 Primitivo Novas Aquisições Motoras. Desenvolvimento Postural Deitado - Sentar – Ortostatismo- Marcha. Postura Bípede: Mãos Livres. Permite maior campo de visão. Aumento da sobrecarga na coluna vertebral e membros inferiores. 1. 2. 3. Reações Posturais Sequência de movimentos e posturas automáticas (involuntárias), adequadas para a realização de um ato motor em resposta a estímulos do meio ambiente e dependente da integridade do sistema nervoso central e periférico. Tipos Reações de equilíbrio. Reações de endireitamento. Reações de proteção. Não são reflexos verdadeiros, mas são baseados em múltiplos fatores, geralmente agindo integrados com a maturação e integridade cortical Manter a cabeça no espaço em relação a tronco e membro: Informações Visuais. Informações Vestibulares. Informações Proprioceptivas. 1. 2. 3. III Oculomotor, IV Troclear, VI Abducente Movimentação ocular. III Oculomotor: Esfíncter pupila, musculatura extrínseca. Função: Elevador pálpebra, reto superior e inferior, reto medial e lateral, oblíquo superior e inferior. 21 Reações de Endireitamento II - Nervo Óptico Retina até tálamo e occipital. VIII - Vestibulococlear: Fenômenos da audição e a porção vestibular com o equilíbrio. Dependendo da fase e do problema, pode gerar alteração no equilíbrio. Pensando em implante, pode haver uma dificuldade em manter o equilíbrio da cabeça. Propriocepção Percepção de posição do corpo no espaço. Criado e desenvolvido ao decorrer da vivencia. 22 Estímulo: A criança deve estar na posição supino, o examinador segura na cabeça da criança e realiza suavemente uma rotação passiva da cabeça para um dos lados. Resposta: Como resposta, observa-se uma rotação de todo o corpo do bebê acompanhando a cabeça, o bebê vira todo o corpo concomitantemente com a cabeça para o mesmo lado (movimento em bloco). Reação Cervical de Retificação Não é um reflexo. Ao virar a cabeça da criança para o lado, o corpo virará junto; uma reação ao movimento inicial. Surge quando o reflexo de moro, desaparece. Reação de Retificação do Pescoço sobre o Corpo Estímulo: Geralmente é avaliado na posição de decúbito dorsal, onde o avaliador segura a cabeça da criança com as duas mãos e realiza um movimento de rotação. Resposta: A criança responderá com uma dissociação do corpo, onde realizará a rotação de todo o corpo em uma sequência de movimentos. Ocorre uma dissociação do corpo. Estímulo: A criança em decúbito dorsal, realiza-se a rotação do tronco da criança com auxílio da mão do examinador na cintura pélvica ou na cintura escapular. A extensão feita pela criança é uma forma de proteção. Reação Óptica de Retificação Olhos se movem, a cabeça e o corpo também giram em direção ao objeto, ao qual a atenção foi direcionada. 23 “Habilidade de manter a posição do corpo (do centro de massa) dentro dos limites de estabilidade através da inter- relação das varias forças que atuam sobre o corpo, incluindo a força da gravidade, dos músculos e inércia.” Tronco inclinado e mão apoiada. Reações de Equilíbrio Equilíbrio é um componente necessário para o controle postural. Equilíbrio estático como a capacidade de manter o próprio equilíbrio enquanto o centro de gravidade permanece estacionário. Equilíbrio dinâmico como a capacidade de manter o próprio equilíbrio conforme o centro da gravidade se desloca. Tipos Adaptação do corpo à superfície de apoio a uma alteração do centro de gravidade. 4 meses – Reações à superfícies inclinadas. 6 meses – Reações à posição sentada. 9 meses – Reações à posição ortostática. 1. 2. 3. Reação de Equilíbrio Ultrapassar o centro de gravidade na base de suporte. Anterior – Seis meses. Lateral – Oito meses. Posterior – Onze meses. 1. 2. 3. Reação de Proteção Mãos apoiadas e pernas em extensão. Crescimento significa aumento físico do corpo, medido em centímetros ou gramas; ele traduz o aumento em tamanho e número de células. O desenvolvimento é a capacidade do ser de realizar funções cada vez mais complexas; ele corresponde a termos como maturação e diferenciação celular. Crescimento X Desenvolvimento Processo de passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais aperfeiçoado. Desenvolvimento Influências 24 Fatores Ambientais Afetivos e Socio-Culturais. Influenciam positiva ou negativamente, todo o processo evolutivo da criança. Tono/Reflexo Profundos: Hipertonia flexona dos 4 membros, hipotonia axial e hiper-reflexia profunda. Reflexos Primitivos: Todos estão presentes no recém nascido a termo. Funções Cerebrais Superiores: Pode seguir objeto com os olhos, modulação sensitivo-sensorial, iniciando a corticalização. Recém Nascido Hipertonia Flexora dos 4 Membros Primeira Infância - Cervical Recém Nascido. 1 mês e meio. 2 meses. 3 meses. Permanece a flexão fisiológica de joelhos e cotovelo. Mão semiaberta. A cabeça encontra-se lateralizada. Ao final desse mês o bebê eleva o queixo na posição de pronação. Não possui o controle da cervical. Reflexo de moro. Reflexo de marcha. Desenvolvimento - Tronco com procura da fonte emissora e sua vogais (gorjeio). 1 Mês 25 Tono/Reflexo Profundos: Iniciando hipotonia fisiológica. Reflexos Primitivos: Presentes na sucção, reflexo de moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo-plantas extensor. Desaparecem: Marcha reflexa, apoio plantar, reptação, tônico - cervical assimétrico. Equilíbrio Estático: Firma o pescoço. Equilíbrio Dinâmico: Movimenta a cabeça. Coordenação Apendicular: Junta as duas mãosna linha média. Funções Cerebrais Superiores (audição/linguagem/gnosias): Fixa o olhar, sorri socialmente, atende ao som 3 Meses Recém Nascido. 1 mês e meio. 4 meses. Tono/ Reflexos Profundos: Hipotonia fisiológica importante e reflexos profundos semelhantes ao adulto. Reflexos Primitivos: Presentes - preensão plantar, cutâneo plantar extensor; Desapareceram: Sucção, preensão palmar, moro, mão-boca. Equilíbrio estático: Senta com apoio, iniciando sem apoio. Equilíbrio Dinâmico: Muda de decúbito. Coordenação Apendicular: Retira pano do rosto, preensão voluntária. Funções Cerebrais Superiores (Audição/ linguagem/gnosias): Atende pelo nome, demonstra estranheza diante de desconhecimento, localiza o som lateralmente, usa vogais associadas a consoantes (lalação). 6 – 9 Meses 6 Meses 26 6 meses. 8 - 9 meses. Rolar/Girar: Rola sobre si próprio, tenta movimentar-se pelos seus próprios meios. Avança (rastejando ou arrastando-se) com o corpo para frente para alcançar um brinquedo. Aspectos Motores Utiliza os membros para se movimentar, girando para frente e para trás. Transfere objetos de uma mão para outra. Desenvolvimento - Ortostatismo 9 e 10 meses. 27 Assusta-se com pessoas estranhas. Tono/ Reflexos Profundos: Hipotonia fisiológica em declínio. Reflexos Primitivos: Presentes na preensão plantar e cutâneo plantar extensor em desparecimento. Equilíbrio Estático: Senta sem apoio e fica na posição de engatinhar. Equilíbrio Dinâmico: Engatinha e pode andar com apoio. Coordenação Apendicular: Pega objetos em cada mão e troca, preensão manual de pinça superior em escada. Funções Cerebrais Superiores (Audição/ linguagem/gnosia): Localiza o som de forma indireta para cima e para baixo - palavras de sílabas repetidas com significado (primeiras palavras) palavras-frase. 9 Meses 11 meses. 1 ano. 1 ano e 1 mês. 28 Tono/ Reflexos Profundos: Semelhantes ao do adulto. Reflexos Primitivos: Presentes preensão plantar e cutâneo-plantar extensor em desaparecimento. Equilíbrio Estático: Em pé com apoio. Equilíbrio Dinâmico: Iniciando a marcha sem apoio. Coordenação Apendicular: Pinça superior individualizada. Funções Cerebrais Superiores (Audição/linguagem/gnosias): Localiza a fonte sonora direto para baixo e indireto para cima, usa palavras corretamente e produz jargão. 12 Meses Desenvolvimento - NPM Cervical – 3 meses. Girar/rolar – 6 meses. Tronco (sentar) – 6, 7 e 8 meses. Engatinhar – 9 e 10 meses. Ortostatismo e marcha – 12 meses. Aspectos motores (Tônus, FM, reflexos...). Aspectos sensitivos. Nervos cranianos (Menor Pediatria). “Considerando seu estado atual e considerando a data do início da doença, você está piorando, melhorando ou continua igual?” Semiologia Pediátrica Semiologia Neurológica Ciência que estuda os sinais e sintomas neurológicos presentes no indivíduo. 29 Topografia Lesional Estudos dos sinais e sintomas (aspectos que saem do normal). Dados Pessoais Diagnóstico Médico (Diz o que é). Diagnóstico Etiológico (A causa/motivo pelo diagnóstico). Diagnóstico Fisioterapêutico (Danos causados pela patologia/sindrômico). Diagnóstico Topográfico (Onde a lesão está localizada). Avaliação Neurológica A avaliação neurológica compreende 4 etapas: Função Cognitiva Superior ou executiva (memória, linguagem, atenção, percepção...). Anamnese Aspectos Importantes: -Apresentação do paciente (através da mãe/pai - maioria das vezes o relato parte dos pais). -Perguntas que trazem informações necessárias. -Época, modo de início e evolução cronológica -Função Cognitiva Superior ou executiva (memória, linguagem, atenção, percepção...). História do Parto Tempo de Gestação: 37 a 42 semanas. Tipo de Parto: Cesárea ou normal. Aspectos do parto ou gestacional podem estar associados a patologias. Pré-natal e Histórico Materno: Antecedentes maternos (uso de drogas, tabagismo, álcool) podem justificar -Termo: Dentro do tempo gestacional. -Pré-termo: Antes das 42 semanas. -Pós-termo: Depois das 42 semanas. -Todo parto é normal, mas o parto "natural" é o vaginal. -A cesárea pode ser marcada ou feita por uma emergência, entender o motivo é importante pois pode ter levado a uma patologia. Histórico Gestacional: Antecedentes Obstétricos, gestação atual (medicamentos e intercorrências). Nos casos em que ocorreu um histórico de aborto, a gestação que deu continuidade, o feto pode sofrer alguma alteração. Histórico Neonatal: Ocorrências no parto e sala de parto, Apgar, necessidade de reanimação, amamentação. Peso e Comprimento: RN deitado sobre a régua e a medida é feita do calcanhar à protuberância occipital. patologias. -Pré-natal: Da fecundação até o nascimento. -Peri-natal: Nascimento (42 horas - 72 horas), durante o parto e horas depois. -Pós-natal: Relação mãe e filho, após o nascimento de 3 meses adiante. -Ter feito o pré-natal ou não, pode auxiliar no diagnóstico. Algumas patologias são identificadas nos três primeiros trimestres. 30 Primeiro, quinto e décimo minuto. Apgar Escala de Nascimento. Não é uma escala de diagnóstico. Utilizado nos primeiros minutos de nascimento: 0 a 10 pontos. Apgar Positivo: 8, 9 e 10. Apgar Mediano: 7, 6 e 5. Apgar Crítico: 4, 3, 2 e 1. Pode alterar com manobras do medico ou equipe de enfermagem uma vez que seja crítico (pode evoluir para positivo/mediano ou não). O apgar positivo pode evoluir para crítico. 1. 2. 3. Peso e Idade Gestacional PIG/AIG/GIG (Pequeno/Adequado/Grande). Peso Normal: 2.500g Macrossômico: Grande para a idade gestacional. Idade Gestacional x Idade Corrigida Traduz o ajuste da idade cronológica em função do grau de prematuridade. Subtrair da idade cronológica as semanas que faltaram para a idade gestacional atingir 40 semanas. Idade corrigida é importante para traçar um plano de tratamento ideal de acordo com a criança. Primeiros 2 anos de vida. Formula: IC = ICr – (40-IG) Exame Físico Aspecto da pele. Coloração: Palidez. Icterícia (eliminação de bilirrubina). Cianose (má oxigenação do sangue). 1. 2. 3. De semanas para meses. O cefalo-hematoma é uma hemorragia limitada à superfície de um osso craniano (fora do crânio - SNP), muitas vezes só notada algumas horas após o nascimento e que não passa as linhas de sutura. Pode ocorrer quando o bebê fica um grande período gestacional sem se mover (ligado a posição gestacional). O Perímetro Cefálico 31 Exame do Crânio: RN masculinos com variação entre 32,14 e 37,08 cm. RN femininos com variação entre 31,58 e 36,52 cm. -Medidas: PC (perímetro cefálico), DBA (Distância Biauricular) e DAP (Distância Anteroposterior). -O perímetro torácico ultrapassa o perímetro craniano por volta do quarto- quinto mês de vida. -Inspeção, palpação, ausculta. Crânio �Pode ocorrer micro, macro, normocefálico. Fontanelas: Fechamentos e abaulamentos estão presentes na meningite, hipertensão intracraniana, hemorragia intracraniana, hidrocefalia, edema cerebral. Céfalo-hematoma Exame Físico Esqueleto Axial e Apendicular Deformidades. Assimetrias. 1. 2. Aspectos Motores Tônus. Reflexos e Reações. DNPM. Aspectos Musculo-esqueléticos (não pensando em ortopedia, pensando em movimentos grosseiros e amplos que a criança exerce). 32 Tônus Muscular “Resistência que um examinador percebe ao movimentar passivamente um membro de um individuo” (Cohen, 2001). Anormalidades do tônus muscular: Hipertonia (Aumento anormal do tônus muscular). Hipotonia (Diminuição do tônus muscular). Distonia (Movimento exagerado). 1. 2. 3. Desenvolvimento (DNPM) Processo de passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais aperfeiçoado. Desenvolvimento - NPM Cervical e Linhas Média – 3 meses. Tronco e Girar/rolar – 6 meses. Engatinhar e Ortostatismo – 9 meses. Marcha – 12 meses. Aspectos Músculos-Esqueléticos Força Muscular. ADM/Encurtamentos. Trofismos. Padrões motores e transferências. Teste Específicos Sinal de Ortolani. Diagnosticar luxação congênita do quadril. Execução: Lactente em Decúbito Dorsal. Flexionaro quadril segurando as pernas com os polegares na face medial dos joelhos e os outros dedos externamente às coxas e nádegas. Realizar tração delicada + abdução + pressão sobre os trocanteres. Interpretação: Estalido audível ou palpável = teste positivo. Sinais de Irritação Meníngea e Radicular Sinal de Brudzinski: Flexão passiva do pescoço pelo examinador com leve flexão das coxas e joelhos pelo paciente. 33 Cognitivo ou Função Executiva Capacidade de compreender, pensar e decidir como agir no mundo que nos cerca. É a construção do conhecimento e de formas de resolver problemas que se Maturação Neural. Interação com o Meio. Após a parte motora avaliar os 3 aspectos para que o tratamento seja possível para a criança. Linguagem. Atenção/Concentração. Memória. dá através de um conjunto de processos mentais que envolvem a percepção, atenção, memória, raciocínio e imaginação. 1. 2. 3. Linguagem Meio sistemático de comunicar idéias. É a partir da entrada no mundo da linguagem (mundo simbólico) que a criança nasce, também, como sujeito em um meio social (JERUSALINSKY, 2002). Sistema auditivo, do desenvolvimento cognitivo e de funcionalidade dos órgãos fonoarticulatórios de modo a permitir a produção da fala (LIMA et al., 2011). Tipos de Linguagem Verbal: Aquela que utiliza palavras.... Seja escrita ou falada. Não Verbal: Aquela que utiliza qualquer código....que não seja palavra. Mista: Utiliza o código e a palavra. Afasias É uma dificuldade em usar e compreender a linguagem falada e escrita. Isso impede que os centros corticais superiores fiquem sobrecarregados com mais informações do que eles possam lidar Steinman e Steinman (1998). Atenção: Conjunto de mecanismos que agem no direcionamento ou no controle da seleção de informações, as quais terão prioridade de processamento pelo sistema nervoso. (Palmer, 1999). processados. (Desimone & Duncan, 1995) BROCA, Paul Pierre (1824-1880) Aluno de Buillaund (defensor de Gall). Mostrou a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. Utilizou avaliações clínicas e posterior autopsia. Afasia motora: A pessoa entende o que é perguntado, mas fala de uma maneira fanha e incompreensível. 34 WERNICKE, Carl (1848-1905) Em 1874 descreveu a relação causal entre a lesão no primeiro giro temporal esquerdo e a afasia sensorial. Afasia Sensorial: Fala bem, mas não entende o que é perguntado ou falado. Disartria A Disartria acontece a lesão afeta os músculos da face, tornando difícil articular palavras. É importante respeitar o desenvolvimento, falar errado com 7/11 meses é considerado normal, mas com 6 anos se torna preocupante. Atenção A atenção age na seleção de determinados estímulos, possibilitando que estes possam ser melhor Concentração Concentração é manter a atenção sobre um assunto determinado sem se distrair com outros pensamentos. É, aliás, uma faculdade extremamente preciosa, para o exercício de todas as nossas atividades mentais. Atento não Concentrado. Concentrado não Atento. 1° Ano Atenção Conjunta. Inicialmente o bebê olha objetos e pessoas, acompanha o deslocamento do outro ou presta atenção quando alguém aponta para algum objeto ou pessoa (atenção diádica). Nono mês, o bebê se torna capaz de coordenar a atenção entre um parceiro social e um objeto de interesse mútuo (atenção triádica). Memória de Trabalho: serve como depósito temporário para pequenas quantidades de informações. A informação no MCP se não for importante, sai logo do depósito, se perde temporariamente ou para sempre. Um sistema ativo que recebe, armazena, organiza, modifica e recupera a informação no ser humano. Aprendizagem Memória A maior parte daquilo que sabemos não nasceu conosco mas foi aprendido por meio da experiência e da atividade e isto é mantido em nós a partir da memória. Somos o que somos, em grande parte, pela nossa capacidade de aprender e lembrar o que aprendemos. O que é a Memória? 35 A Estrutura da Memória 3 tipos grandes sistemas de processamento de memória. Memória é um evento divisível em três fases: Aquisição. Consolidação. Evocação das informações. 1. 2. 3. Memória Sensorial Sensorial: Aquela que capta a informação que nos chega pelos sentidos. Visual: Também chamada de icônica, torna uniformes as imagens à nossa frente, preenchendo lacunas. Auditiva: Permite a recordação imediata e precisa do som. 1. 2. Memória Curto Prazo É a memória que organiza e mantém disponível a informação durante períodos mais longos. MLP = Relativamente permanente ou de longo duração. Memória Longo Prazo Para transformar memórias de curto prazo em memórias de longo prazo, nossos cérebros precisam codificar, ou definir, as informações. Existem três classificações para a prematuridade (recém nascido pré- termo). RNPT Limítrofe: 35-36 semanas (7% dos nascidos vivos). RNPT Moderado: 31-34 semanas - a maioria menor de 2000g (10% evoluem para óbito). RNPT Extremo: Menos de 30 semanas (geralmente pesam menos de 1500g). 1. 2. 3. -Recém Nascido Termo: Nasceu dentro do limite. Tamanho: + ou - 19 cm. Pode ocorrer uma hemorragia intracraniana cerebral em decorrência da maturação do sistema nervoso central. É possível gerar lesões encefálicas e evoluir para um paciente portador de paralisia cerebral ou outra patologia. Prematuridade Prematuridade Prematuridade não é uma patologia, é uma situação clinica que pode evoluir para uma comorbidade. Principal causa de mortalidade perinatal (85%). Alta incidência de sequelas neurológicas. Necessidade de assistência imediata ao RN em internação (terapia intensiva). São nascidos todos os RN vivos com peso igual ou menor que 2.500 g. Nascidos entre a 20 semana gestacional completa e a 37 semana gestacional incompleta. 24 Semanas 36 Classificação 22 Semanas Evento de Maturação: Mielinizações iniciais do Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. Pesa aproximadamente 400 gramas. Evento de Maturação: Pulmões em estágio de formação de bronquíolos. Pesa aproximadamente 600g. Tamanho: 21cm. Suporte respiratório pela maturação do sistema respiratório. Aparelho Respiratório: Imaturidade e instabilidade da caixa torácica pulmonar imaturo, com desenvolvimento incompleto dos alvéolos e capilares, e deficiência na produção de surfactante; centro respiratório imaturo. Aparelho Cardiovascular: Persistência do canal arterial. Existe um trabalho cardíaco maior pelas válvulas cardíaca serem imaturas. Termorregulação Corporal: Grande superfície corpórea, baixa quantidade de gordura; baixa atividade muscular; mecanismo de sudorese pouco desenvolvido. Incapacidade de produzir calor por arrepio. Homeostase da temperatura - hipotálamo imaturo leva a falta de termorregulação corporal. A incubadora que permite que a temperatura ideal ocorra. Sistema Nervoso (central, periférico, autônomo): Imaturo, amentações com atividade reflexa primitiva e sinais neurológicos diminuídos ou ausentes. Sistema Renal: Capacidade de conservação de água diminuída; regulação ácido-básica ineficaz; controle de minerais diminuído excreção de drogas diminuída. Sistema Imunológico: Imaturidade imunológica - pode evoluir para uma patologia (exemplo: pneumonia). Aparelho Digestório: Reflexos de sucção, deglutição, tosse e vômito ausentes ou imaturos; calasia (frouxidão) da cárdia; musculatura da parede das alças intestinais pouco desenvolvido; deficiente produção de enzimas e absorção de nutrientes. Evento de Maturação: Aparecimento do estado de alerta e Mielinização de conexões encefálicas e de vias. Pesa + ou - 1150g. Tamanho: 26cm. Ocorre a abertura ocular, momento de vigília e sono (pode ficar mais acordado e sonolento). Terminando a fase de recém-nascido ao extremo. Pode iniciar uma participação maior na respiração. 28 Semanas Características Físicas eFisiológicas (RNPT) 37 Evento de Maturação: Aparelho espontâneo de um estado de alerta. Peso: + ou - 1800g. Tamanho: 33cm. Sistema olfativo está desenvolvido e apresenta melhor sucção. Tegumentar: Alteração no aspecto da pele, coloração/rosácea.Sem suporte ventilatório. Se alimenta com o leite, através da mama da mãe ou através de uma mamadeira/copinho. 32 Semanas Entende-se a estimulação precoce (EP) como uma abordagem de caráter sistemático e sequencial, que utiliza técnicas e recursos terapêuticos capazes de estimular todos os domínios que interferem na maturação da criança, de forma a favorecer o desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial, linguístico e social, evitando ou amenizando eventuais prejuízos. (LIMA; FONSECA, 2004; RIBEIRO et al., 2007; HALLAL; MARQUES; BRACHIALLI, 2008). É desenvolvido com estimulação, a partir de um estimulo sequencial para que chegue a um desenvolvimento futuro amplo Alimentação Lenta: Necessita descanso entre as mamadas. Sistema Genital - Genitália Pouco Desenvolvido: Meninos - testículos podem ainda não ter descido; meninas - lábios maiores pouco desenvolvidos e clitóris proeminente. Estimulação Precoce 38 Crescimento X Desenvolvimento Crescimento significa aumento físico do corpo, medido em centímetros ou gramas; ele traduz o aumento em tamanho e número de células. O desenvolvimento é a capacidade do ser de realizar funções cada vez mais complexas; ele corresponde a termos como maturação e diferenciação celular. Desenvolvimento Desenvolvimento -> Processo de passagem gradual de um estágio inferior a um estágio mais aperfeiçoado. Influências Fatores Ambientais. Afetivos e Socio-Culturais. Influenciam positivamente ou negativamente, todo o processo evolutivo da criança. Estimulação da Função Motora. Metas de um programa de intervenção precoce: Maximizar o potencial de cada criança. Potencializar a contribuição dos pais ou responsáveis. Promover um ambiente favorável. Promover um modelo de atuação multiprofissional e interdisciplinar. 1. 2. 3. 4. A estimulação visual deve ocorrer desde os primeiros dias de vida, nas atividades de vida diária e nos contatos afetivos. Para realizar a estimulação é necessário criar experiências agradáveis através do brincar, para chamar a atenção da criança. Observar a postura, uma vez que pode ocorrer desvios compensatórios inadequados a outros processos sensoriais, resultando em respostas desordenadas. Problema: Bebês prematuros não possuem tônus muscular suficiente para manter uma postura corporal simétrica. Solução: Ajudar no desenvolvimento do tônus com um posicionamento apropriado. Estimulação Precoce - Posicionamento 39 Estimulação da Linha Média Trazer a mão e o pé na linha média, com o auxilio dos pais para estimular ou brinquedos. A criança conhece o corpo na fase oral, ao colocar as mãos e os pés na boca. Estimulação Cervical Controle cervical - sinergismo entre a musculatura flexora e extensora do pescoço e do tronco superior. Ao flexionar os braços em linha média, acaba influenciando a extensão da cervical. Brinquedos podem auxiliar ao exercer a função. Estimulação Rolar/Girar Girar uma perna ou a cabeça, pode influenciar a criança ao girar/rodar. Pontos chave. Brinquedo pode auxiliar. 40 O domínio da postura sentada exige um bom sinergismo de musculatura de tronco e membros inferiores, além do completo desenvolvimento do controle cervical e das reações de retificação e proteção. Banho no ofurô ou banho corpo a corpo pode auxiliar na estimulação precoce. Ao utilizar a bola ou a perna, para estimulação precoce, pode inclinar a criança para frente e para os lados, pensando em desvios laterais, extensores, coluna e etc. Para sentar pode utilizar a calça de posicionamento, coloca-se na criança e possibilita segurança. Estimulação Sentar Colocar um objeto na frente da criança para que busque, ocorrendo a estimulação. Pode usar um lençol para que ajude no controle do tronco. Estimulação Arrastar/Engatinhar Para ficar em pé, a criança precisa sentar/flexionar. Pensar no que falta para que a criança consiga atingir o objetivo de ficar em pé. Ao conseguir ficar em pé, passa a treinar marcha. Chega ao fim a estimulação precoce quando a criança consegue ficar em pé e andar. Estimulação Ajoelhada/Semi/Ortostatismo Proporcionar a sensação de onde se localizam partes do seu próprio corpo, no espaço, com maior diversidade de experiências sensitivas/sensoriais e promoção de praxias do sistema sensório motor oral e do próprio toque. Propriocepção 41 A perda auditiva, independente do tipo pode levar a prejuízo na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Detecção – Discriminação – Reconhecimento - Compreensão. Histórico William Little – 1843 a 1853. “Doença de Little” - parto prematuro ou complicado, e que a falta de oxigênio durante o parto prejudicava o desenvolvimento do Sistema Nervoso. Descreveu os primeiros casos de uma desordem médica intrigante que atingia crianças nos primeiros anos de vida, causando espasticidade nos membros inferiores e, em menor grau, em membros superiores. Rosenbaum et al (2007): “Paralisia Cerebral é um grupo de desordem permanente do desenvolvimento da postura e movimento, causando limitação em atividades, que são atribuídas a um distúrbio não progressivo que ocorre no desenvolvimento encefálico fetal ou na infância.” Definição incorreta para definir PC; seria paralisia cerebral, mas com outras áreas afetadas. Não é paralisia cerebral porque o sistema nervoso se adapta as possibilidades. Desordem Motora: Planejamento/Controle Motor. Sensibilidade. FM/ADM. Tônus. Coordenação. 1. 2. 3. 4. 5. 42 Paralisia Cerebral - PC •1897, o termo Paralisia Cerebral foi empregado pela primeira vez. “Anormalidades do processo do nascimento eram fatores etiológicos ou consequências de causas pré-natais.” Encefalopatia Crônica Não Progressiva. Encefalopatia Crônica Infantil. 1. 2. Definição PC = Lesão que ocorre na área cerebral que afeta o desenvolvimento da postura e movimento. Não é uma lesão progressiva, o que pode progredir é a lesão o que foi afetado. Cognitivo alterado. Tônus: Todos as criancas com o diagnostico de PC, vão apresentar alteração de tônus muscular, dividido em tipos. Prolapso do Cordão: Cordão não está posicionado da maneira correta - voltas excessivas. Pode levar ao enforcamento - falta sanguínea e O2. Icterícia Grave: Níveis de bilirrubina que atravessa a parede hematoencefalica e geram a lesão. Traumatismo Crânio Encefálico: Pode ser causado por uma queda. AVC: Pode gerar um PC no período gestacional/desenvolvimento. Encefalopatia hipóxico-isquemico: Quase afogamento, bronco aspira e teve parada respiratória - muito tempo sem oxigênio no cérebro. 43 Epidemiologia Países desenvolvidos - 1,5 a 5,9/1.000 nascidos vivos. Países em desenvolvimento – 7/1.000 nascidos vivos. Influência da Saúde Pública Cidades pequenas e a qualidade de saúde levará ao aumento de patologias (tirando as patologias inatas - síndromes). Adquiridas pro fatores causais. É extremamente relevante a influencia da saúde pública. Fatores de Risco Fatores de risco que levam ao diagnostico de paralisia cerebral. Pode ocorrer nas seguintes fases: Pré- natais (antes do nascimento - durante a gestação), perinatais (iniciou o parto - 72 horas após o parto) e pós-natais (de 2 - 3 anos). Insulto Hipóxio/Isquêmico (Asfixia) Hipoxemia (diminuição da concentração de oxigênio). Isquemia (diminuição do fluxo sanguíneo). Via comum de lesão do encéfalo em algumas condições maternas ou intercorrências peri ou pós natais. Causa mais comum do diagnostico da paralisia cerebral. Tempo X Lesão. 1. 2. TORCHS – Pré-natal Segunda causa mais comum da PC. Infecções congênitas - TORCHS que pode levar a uma PC TORCHS: Toxoplasmose, outras (como SIDA, hepatite B); rubéola, citomegalovirose, herpes e sífilis. Existem vacinas que impedem. Agentes virais principalmente podem atravessar a parede hematoencefalica e levar a diagnostico de PC. Pode ocorrer nos três períodos. 44 Prematuridade (idade gestacional < 38 semanas) e o baixo peso ao nascimento (peso < 10% para idade gestacional - < 1000 g). RN – Alto Risco Maior probabilidade de desenvolverem hemorragia intracraniana decorrente da vulnerabilidadeda matriz germinativa subependimária ou do plexo coroide e hemorragia peri-intraventricular. Topografia e Tônus Segmento afetado. Espástica: Tetraplégica ou quadriplégica Diplégica Hemiplégica Discinética Atáxica Hipotônica Misto 1. 2. 3. Forma mais grave (quatro membros afetados e lesão encefálica bilateral, extensa, simétrica ou não). Há hipotonia axial (Tronco). Sinais de lesão piramidal, estão presentes. Não possui controle de tronco e nem cervical - lesão encefálica grande (maior dependência). Essas crianças cursam com alterações ortopédicas como: Luxação do quadril (75%). Retrações não redutíveis (73%). Escoliose (72%). Dependentes nas avd´s, por ter os quatro membros afetados que impossibilita movimentos funcionais. A deficiência intelectual, em intensidades variadas, é frequente. A postura: 1. 2. 3. -Nos MMSS, em padrão flexor. -Nos MMII, em padrão extensor. Tetraparético ou Quadriparético Diparético MMII são mais acometidas que os MMSS. Nos primeiros meses chama atenção na movimentaçãodiminuída das pernas durante o banho ou nas trocas. 45 Há atraso no rolar, no sentar e no engatinhar. Apoio plantar é deficiente e não realiza a troca dos passos. Conseguem manipular bem os objetos, apresentando dificuldade na coordenação mais fina. Há casos severos, onde a marcha independente não é possível devido a falta de equilíbrio, causada pela hipertonia dos MMII e contraturas. Hemiparetico Assimetria de tônus muscular e da movimentação espontânea, em MMSS. O uso de uma das mãos, enquanto a outra tende a permanecer fechada, numa idade muito precoce é sugestivo. Rola na cama e se levanta sempre do mesmo lado. Independente. Sinais piramidais e fraqueza muscular em um dos lados. Cognição e distúrbios de aprendizagem alcançam 60% dos pacientes. Epilepsia, alterações nos campos visuais como a hemianópsia homônima é frequente. Espástica Aumento do tônus muscular decorrente de alteração encefálica, é a principal característica deste tipo de PC. Espástica -Topografia As PC espásticas podem ser subdivididas em hemiplégicas (ou hemiparéticas), diplégicas (ou diparéticas) e tetraplégicas (ou tetraparéticas). 1. 2. 3. Discinéticas Sinônimos: Coreoatetóide, Distônico. Movimentos involuntários, que se sobrepõem aos atos motores voluntários, e posturas anormais secundárias à incoordenação motora e alteração na regulação do tônus 46 Forma coreoatetósica (Hipercinética): Os movimentos coréicos são espontâneos, abruptos, breves, rápidos, não rítmicos, espasmódicos e não duradouros. A atetose é um movimento irregular, mais lento, prolongado e amplo do que a coréia, com alguma ritmicidade, natureza sinuosa. Forma Distônica: Nos primeiros 6 meses de vida, o bebê, geralmente é hipotônico, e o quadro clínico só estará bem estabelecido por volta do segundo ano de vida. muscular, decorrente da ativação simultânea das musculaturas agonista e antagonista. 1. 2. Característica clínica predominante é a ataxia, decorrente de alterações cerebelares. Diagnóstico História clínica + manifestações + exames de neuroimagem. O exame de imagem, não é o suficiente para diagnosticar. Atáxicas Incoordenação Hipotônica A característica marcante é a persistência da hipotonia ao longo do tempo, o que promove um atraso importante no desenvolvimento motor, dificultando a manutenção da postura e, raramente, a criança consegue deambular. Nomenclatura: Topografia + Tônus. Pode variar sempre, mas nunca será a topografia com um reflexo misto. Exemplo: Tetraplagia + espástica. Diplegica + discinética. Hemiplegica + ataxica. 1. 2. 3. Normalmente o paciente PC hemiplégico é mais espático ou hipotônico. Branco = Sangue (hemorragia - hiperdensidade). 47 Leucomalácia periventricular - PC diplégicas (MMII>MMSS). Lesão parassagital - PC quadriparética espástica. Lesão nos núcleos da base - PC distônica. Necrose neuronal seletiva - PC mistas. Encefalomalácia multicística – PC hemiplégicas. 1. 2. 3. 4. 5. Alterações cognitivas. Epilepsia. Anormalidades oftalmológicas. Deficiência auditiva. Distúrbios alimentares e do crescimento. Disfunções urogenitais e intestinais. Distúrbios do sono. Possui foco, mas não executa (falta de coordenação). Comorbidades Lesões mais Sugestivas Encefalopatia hipóxico isquêmica e a prematuridade como fatores de risco. Tronco anteriorizado. Flexão de Quadril e joelho com adução. Flexão Plantar. Movimentos lentos e rígidos. Marcha em tesoura. Marcha - Diplégica Definição Modificações na estrutura ou número de Cromossomos. 23 pares. Autossômicos e sexuais (X e Y). Síndrome Genética: Não é uma patologia são comorbidade, é uma herança genética - síndrome genética. Autossômicas: 22 pares - os primeiros envolvidos. Sexuais: Envolve o último por apenas (X e Y). Aberração Cromossômicas: Nomenclatura utilizada para se referir a síndromes genéticas. 48 Síndrome Genética Cariótipo: Conjunto de cromossomos em uma célula. Estrutura Centrômero: União entre as cromátides. Cromátides: Um dos dois filamentos de DNA. Cromossomos Homólogos: Cromossomos iguais entre eles que juntos formam um par. Genes Alelos: Ocupam o mesmo lócus em cromossomos homólogos. Modificações Estruturais Resultam da quebra de cromossomos e sua posterior perda ou troca de lugar. Deficiência ou Deleção. Inversão e Translocação. Duplicação. 1. 2. 3. Deficiência ou Delação Um pedaço de cromossomo é perdido neste tipo de anomalia , que implica a perda de muitos genes (envolve erros na Meiose). Síndrome de cri-du-chat (síndrome do miado do gato), falta um fragmento do braço curto do 5 par. Retardo mental, microcefalia, aspecto arredondado da face, presença de dobras epicânticas nos olhos e de choro semelhante a um miado de gato. O individuo possui a perda de um segmento do cromossomo. 49 Inversão e Translocação Um pedaço de cromossomo se quebra, sofre rotação de 180º e solda-se novamente em posição invertida. Alteração na meiose. Trata-se da troca de pedaços entre cromossomos não-homólogos. O braço do cromossomo é invertido ou existe uma mudança de posição. Translocação: Ocorre em cromossomos diferentes onde é alteração a posição. Inversão: Ocorre em apenas um cromossomos. Duplicação Formação de um segmento adicional em um dos cromossomos. De modo geral, as consequências de uma duplicação são bem toleradas pois não há falta de material genético. Coréia de Huntington: Duplicação cromossômica. Atrofia Cerebral - gera problemas motores. Leva a diminuição de estruturas cerebral. Os núcleos da base são característicos pelos movimentos motores, que são afetados levando a movimentos que não são coordenados. Modificação Numérica: Alteração do numero de cromossomos - o aumento ou a diminuição. 50 Euploidia: Altera completamente os conjuntos cromossômicos. Não é compatível com a vida. Incompatível á vida pela alteração ser diversas nas estruturas e órgãos. Modificação Numérica Normal: 46, XY | 46, XX (sem alterações). Aneuploidia: Alterações no número de cromossomos encontrados em cada célula (geralmente é aumento ou diminuição de 1 cromossomo de cada par). Ocorre da não disjunção, um determinado par de cromossomos homólogos não se separa durante a divisão, originando uma célula com um cromossomo a mais e outra célula com cromossomo a menos. Esse processo pode ocorrer durante a meiose para a formação dos gametas ou durante a mitose do zigoto. Compatível a vida - exemplos: Síndrome de down, aneuploidia por uma trissomia - herança autossômica. Tipos Comuns Síndrome de Klinefelter (47, XXY - numérica/sexual). Síndrome de Turner (45, X0). Síndrome de Down (47 XX ou 47 XY + 21). Síndrome de Edwards (47 XX ou 47 XY + 18). Síndrome de Down Estatueta dos Olmecas, tribo que habitou a região do golfo do México entre 1500 AC e 300 DC; provando que sempre existiu. Historia: John Langdon Down (1966 - Descrito pela primeira vez). Mongolismo - idiotas, diminuição da capacidade intelectual. 51 "A grande família Mongólica apresenta numerosos representantes e pretendo neste artigochamar atenção para o grande numero de idiotas congênitos que são Mongóis típicos...São sempre idiotas congênitos e nunca resultam de acidentes após a vida uterina." (DOWN, 1866). Trissomia do 21 Síndrome de Down, Trissomia do 21, por não disjunção meiótica. Síndrome de Down, Translocação Robertsoniana. Síndrome de Down, Mosaicismo, trissomia do 21, por não disjunção mitótica. Síndrome de Down, não específica. Variações - não quer dizer que é um "melhor". 1. 2. 3. 4. Padrões de Herança Genéticos - Variações Em 1876, Fraser e Michell publicaram as primeiras ilustrações medicas sobre a SD e descreveram 62 casos bem como o resultado da autópsia de um caso, foram os primeiros a relatar a maior ocorrência da SD em filhos de mulheres mais velhas. Jerome Lejeune (França) e Patrícia A. Jacobs e colaboradores (Escócia - 1959) descrevera, de forma independente, a presença de um cromossomo extra em pacientes com SD. Cariótipos: 47, XY, +21; ou 47, XX, +21. Para ambos os sexos. Erro na meiose - na primeira fase da divisão celular. Translocação Robertsoniana Braço longo do Cromossomo 21 liga-se com outro cromossomo podendo haver assim variabilidade na região extra. Cariótipo Síndrome de Down do sexo masculino com trissomia por translocação robertsoniana. 46, XY t (14, 21) (14q; 21q). 52 90% é no cromossomo 21, mas existe esses três tipos. A síndrome de down não especifica pode envolver o cromossomo 21, mas com outro associado. O indivíduo pode ser um mosaico de células com arranjo genético normal e células com trissomia 21. Esta é a causa apontada em 1 - 2% dos casos. Célula com par de 46 e 47 cromossomos, 2 constituem cariótipos. Mosaico de células boas e alteradas. Apresenta alguns sinais na face (alteracoes puras), mas não possuem alterações mais especificas da síndrome de down. Não é mais "leve", porque o diagnóstico propriamente dito pode apresentar uma síndrome de down mais acometido ou não. Mosaicismo Frequência 1 a 2 indivíduos em cada 1000 nascimentos (aumentando com a idade da mãe: 1/350 (35 anos). A idade materna é relevante, mas a idade paterna - por mais que seja pouco falado, possui grande relevância para o diagnostico da SD. Prevalência e Fatores de Risco Idade paterna maior 45 anos e materna 35. Filho prévio com cromossopatia. Primeira gestação (primeira vez da divisão celulares, pode ocorrer erros na mitose ou meiose celular). Pais portadores de cromossomopatias (se possui histórico as chances são maiores). Antecedentes familiares de cromosomopatias (se possui histórico as chances são maiores). Não existem associações ou ambientes que comprovem que resultem no diagnostico de SD, não existem comprovações. Outros 53 Fatores de riscos. Baseia-se no reconhecimento de características físicas -> Transluscência nucal 75% das trissomias. Concentrações séricas maternas da fração livre do bhCG e da PAPP-A (proteína plasmática A associada à gestação), obtidas entre 11–13+6 semanas, permite a detecção de anomalias cromossômicas em 85% a 90% dos casos. Diagnóstico Transluscência Nucal: É possível identificar alterações físicas, mas é sugestível. A confirmação parte do exame do cariótipo apenas. Cabeça proeminente frontal, nariz... Transluscência Nucal Medida tirada no ultrassom morfológico do primeiro trimestre da gestação – acúmulo líquido superior a 3 mm. Amniocentese: Consiste na retirada de uma amostra do líquido amniótico e pode ser realizado entre a 13ª e a 16ª semana de gestação. Amostra do vilo corial: Pode ser feita na 9ª semana de gestação e consiste na retirada de uma pequena quantidade de placenta. Sua maior vantagem é de poder ser realizado mais cedo que a amniocentese, porém, tem um risco de aborto 2x maior. Manifestações Clínicas 54 Manifestações Clínicas Os pacientes com Síndrome de Down morrem pela comorbidade. Aparelho de Visão: Usam óculos pelos problemas de visão serem frequentes. Sistema Cardiovascular: Pode evoluir para um infarto (cardiopatias - intervenção cirúrgicas ou não). Sistema Locomotor: Hipotonia (por isso a luxação de estruturas - como o quadril). -A hipotonia resulta no atraso do desenvolvimento motor. -A fisioterapia precisa favorecer o marco motor, além de auxiliar nas questões cardiovasculares. -Uma maturação do Sistema Nervoso. Características Físicas Fenda Palpebral oblíqua para cima. Ponte nasal Baixa. Língua grande, protusa e sulcada. Perfil achatado. Mandíbula protusa (projetada para frente). Separação entre o 1° e o 2° artelho. Orelhas dismórficas Prega palmar única; Mãos curtas e largas. Palato estreito e Ogival. Microdontia. 55 O paciente com síndrome de down evolui sem fisioterapia, a longo prazo é muito necessário que haja o acompanhamento. Alterações Neurológicas SD: Hipotonia, hiporreflexia miotática e diminuição dos reflexos primitivos. Atrasos nos marcos do desenvolvimento motor são perceptíveis já durante os primeiros meses de vida. Não pode comparar o desenvolvimento da síndrome de down com uma criança típica, porque é uma criança que terá atrasos eventualmente, é necessário entender o que a criança faz (exemplo: se não anda precisa saber se senta, caso não faca é necessário avaliar e atender aquilo que a criança nao faz) SD costuma andar com 24 meses. É importante colocar mais de 3 meses para pacientes SD em relação ao desenvolvimento. Instabilidade Atlanto-axial ADM amplificada na cervical, comumente na Síndrome de Down. Correlação com a hipotonia que é característico da síndrome. Síndrome de Turner Monossomia do cromossomo X. Mulheres ♀ = 45,X ao invés de 46,XX (comumente ocorre no sexo feminino). Sintomas: Baixa estatura. Amenorréia (ausência de menstruação). Infantilismo genital. Pescoço alado. Anomaila dos dedos. 1. 2. 3. 4. 5. Pescoço alado. Pêlos pubianos reduzidos ou ausentes. Baixa estatura. 56 Trissomia do cromossomo 18. Mulher ♀= 47,XX+18. Homem ♂= 47,XY+18. Ocorrência 1/6.000 nascimentos Sintomas: Más formações. Retardo mental. Orelhas mal formadas. Pés tortos. Defeitos cardíacos. (90% dos que nascem, morrem até os primeiros 6 meses de vida). 1. 2. 3. 4. 5. 6. Síndrome de Edwards Síndrome de Patau Trissomia do cromossomo 13. Mulher ♀ = 47,XX+13. Homem ♂= 47,XY+13. Sintomas: Surdez. Lábio leporino. Palato fendido. Polidactilia. Anomalias cardíacas (morte ocorre em poucas horas ou dias). 1. 2. 3. 4. 5. Síndrome de Klinefelter Trissomia do cromossomo X. Homens ♂ = 47, XXY (comumente frequente no sexo masculino). Sintomas: Testículos pequenos e atrofiados. Caracteres sexuais masculinos pouco desenvolvidos. Retardamento mental. Corpo eunucóide. Desenvolvimento de seios (ginecomastia) baixo auto-estima. Timbre Feminino. Membros alongados. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 57 História “Comunicação entre neurônios e outras células” -> Espaço Interneuronal. Neuromuscular 58 Definição Unidade Motora: A unidade motora (UM) é constituída por um conjunto de fibras musculares inervadas por um motoneurônio. Junção Neuromuscular: É a região da superfície de uma fibra muscular com um ramo nervoso. A lesão está em sistema neuromuscular (Neurônio + Músculo). Unidade Motora: Podem inervar algumas ou diversos músculos. Contração Muscular: Existem algumas patologias que vão ter alterações nessas áreas. Fisiopatologia + fraqueza + junção neuromuscular. Neurofisiologia - Sinapses Contração Muscular Etapas: Potencial de ação chega na JNM. Despolarização do Sarcolema. Transmissão pelos Túbulos T. Liberação de cálcio no Ret. Sarcoplasmatico. Ligação do calcio com a troponina. Movimentação da miosina e actina. Encurtamento muscular. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Sem forca no quadríceps, compensa ao levantar. Sinal de Gowers Grupo de doenças geneticamente determinadas que causam fraqueza progressiva com degeneração e atrofia dos músculos. 59 Sempre com características genéticas (hereditário ou sexuais). Sempre gera fraqueza. Patologia progressiva, sempre associado a genética e com lesão na junção neuromuscular. Distrofias Musculares Diferentes Tipos: Tipo de musculatura.Forma da Herança. Idade e Evolução. 1. 2. 3. DM de caráter recessivo ligado ao X. Mais comum. Sexo masculino acometido. Mães discretamente acometidas (o X presentes na mãe, que é acometido) 1:3.500 meninos. Início dos sinais clínicos: 2 a 5 anos. Sobrevivência até 20 anos. Distrofia de Duchenne Guillaume Duchenne: 1858: Menino de 9 anos que perdeu a capacidade de andar devido a uma doença muscular. 1868: DNM progressiva destrutiva – meninos – herança genética – deterioração intelectual Edward Meryon: Observou a destruição das fibras mm. William Gowers (1879): “Sinal de Gowers”. 1. História Ligadas ao cromossomo X. DMD – Duchene. DMB – Becker. DED – Emery-Dreifuss. Gene mutado localiza-se no cromossomo X. A mulher (possui dois cromossomos X - XX) é portadora, mas não desenvolve por ter outro cromossomo X que não é acometido. Por ter um cromossomo acometido e o outro não, a mulher não desenvolve a distrofia de duchenne, porem ao engravidar terá grandes chances de ter um filho com a distrofia de duchenne, por compartilhar com o menino o cromossomo X acometido. Se engravidar de uma menina, a mesma poderá ser portadora de um cromossomo acometido. 1. 2. 3. Genética A proteína distrofina estabiliza o sarcolema nas musculaturas esquelética/cardíaca/lisa e no sistema nervoso central, de forma que sua ausência/diminuição altera a estrutura do sarcolema, que permite o influxo de Ca2+, ativação de proteases intracelulares e necrose da fibra muscular. Alterações ou perda de distrofina força o excesso de cálcio na membrana celular, resultando em excesso de água na mitocôndria, portanto, o musculo do esqueleto afetado sofre distrofia, disfunção mitrocondrial, e necrose. 60 Distrofina: Confere Estabilidade à membrana muscular. Protege a membrana do estresse das contrações repetidas. A distrofina muscular ocorre pela lesão neuromuscular. A distrofina é responsável por estabilizar a contração muscular, caso haja uma deficiência ou ausência da distrofina, gerará a distrofia de duchenne, pois ao fazer a contração gera uma lesão neuromuscular, sendo assim, a criança passa a cair com frequência, possui dificuldade para correr e não consegue levantar facilmente, portanto a patologia é progressiva. Cálcio em excesso é toxico, o que leva a lesão celular e lesão da fibra muscular. O cromossomo X é responsável pela producao de distrofina, por isso a ausência em meninos, ao compartilhar o cromossomo acometido da mãe a criança (sexo masculino) nasce com a ausência de distrofina, sendo assim, a lesão na junção neuromuscular que resulta na fraqueza muscular. 1. 2. 3. Fisiopatologia DistrofinaA mãe que transmite um cromossomo X bom ou ruim, por carregar dois assim. Exame de cariótipo consegue dizer se o cromossomo é acometido. Diagnóstico Histórico Familiar (o que torna as chances maiores do diagnóstico). Exame Físico: Marcha em Flexão Plantar. Pseudo Hipertrofia de Gastrocnêmios. Execução de atividades motoras. Fraqueza Muscular. 1. 2. 3. 4. Cardiomiopatia (50%). Segunda década ou pouco mais –> Óbito –> insuficiência cardíaca ou respiratória. Deficiência Mental: 1/3 dos meninos com DMD. Miocardiopatia: Mais da metade. 61 Exames Laboratoriais: Elevação de nível sérico de Creatinoquinease (CK). Análise de DNA: Pesquisa de deleção do gene distrofina. Biopsia Muscular: Realizada no músculo do quadríceps, Gastrocnêmio ou Deltóide. 1. 2. 3. Diagnóstico Exame Complementar: Eletromiografia (EMG): Informa sobre a estrutura e funcionalidade da unidade motora. Eletrocardiograma e Ecocardiograma. 1. 2. Início: Cintura pélvica. 2-4 anos: Quedas freqüentes – dificuldades para correr – dificuldades para subir escadas. Pseudohipertrofia de panturrilha. Sinal de Gowers. Marcha digitígrada com báscula da pelve. Quadro Clínico Distrofia de Duchenne possui uma fraqueza de proximal para distal. A criança evolui para um insuficiência cardíaca e respiratória, terá que fazer suporte ventilatório. 6-7 anos: Acometimento da cintura escapular. 9-12 anos: Perda da marcha: Cifoescoliose. Hiperlordose lombar. Proeminência abdominal. Projeção do tronco para trás. Flexão dos joelhos e dos quadris. Aumento da base de sustentação. Flexão Plantar. Escoliose. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Postura Marcha Diminuição da velocidade da marcha. Fraqueza: Proximal antes da distal –> Extensores antes dos flexores. Contratura dos flexores de quadril + fraqueza de abdominais = hiperlordose –> Instabilidade pélvica –> Projeção do tronco para trás. Aumento da base –> Déficit de equilíbrio Encurtamento do TS + Aplanamento do pé + Incapacidade de dorsi-flexão = Calcâneo equino-varo. Marcha anserina. Sobrevivem até a idade adulta deambulando e com moderada incapacidade física. Descrita pela primeira vez por: Peter Emil Becker (Médico - alemão, 1950). 62 MMSS. Fraqueza de: Serrátil anterior, Latíssimo do dorso, Bíceps braquial, Braquiorradial. Impossibilidade de abdução. Escápulas aladas. Intensa fibrose muscular. Contraturas. Deformidades e Osteoporose. Fraturas patológicas. 1. 2. 3. Outras Alterações Corticosteróides: Prednisolona, prednisona Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA). Em condições mais graves, uso de aparelhos auxiliadores como Bipap e o Cough Assist. Medicamentos Becker (1955): Distrofia similar na apresentação clínica à DMD, porém mais discreta na gravidade - XR. Altos índices de CPK. DM de Becker CK: Produto final da contração muscular (atleta possui níveis de CK elevado quando aponta lesão - sendo assim, não joga). Início mais tardio - 5 e 25 anos. Considerada mais leve. Incidência: 1/30.000 nascimentos masculinos. Perda da Marcha: 20 anos. Deficiência Mental: 1/10 dos meninos. DMB Cadeira de rodas é quando o paciente não aguenta mais e acaba se arrastando. Órtese: Contra indicação para marcha, apenas quando o paciente estiver na cadeira de rodas. Se colocar durante a marcha, levará ao desequilíbrio e queda. Se a criança não possuir ortotatismo irá para a cadeira de rodas rapidamente. Autossômica recessiva. Geralmente têm inteligência normal. 50% por mutação em um gene localizado no cromossomo 6. DM - Congênita 63 Deficiência de Merosina. A maioria dos pacientes nunca chega a andar. Diagnóstico: Biópsia muscular. Fortalecimento na DMD Devemos fortalecer? E como fortalecer? 40% a 50% de 1RM. Músculos com força avaliada entre 4 e 5 graus. Fortalecimento com brincadeiras lúdicas (cabo de guerra, brincar com bonecos ou brinquedos pesados). Solicitar contrações isométricas durante os movimentos, e fazer uso da gravidade e do peso do segmento como resistência para o grupo muscular trabalhado. -O fortalecimento deve ser feito; deve ser testado os grupos musculares para saber qual vence a resistência da gravidade (exercícios resistidos), escala de força. -Se o paciente não vence resistência, grau 1 e 2 (vestígio de contração), deve ser feito exercício isométrico. -Acima da resistência (grau 5), gera lesão, o paciente fica ofegante e no dia seguinte não consegue andar (um indicativo de que passou do limite - foi acima da resistencia suportada). Exercício mais leve e o auxilio de medicamentos, encaminham para uma vida mais longa - 22 anos. Embriologia e Divisão Embrionária Origem do Sistema Nervoso. Folhetos embrionários (folheto germinativo) tecido embrionário responsável pela origem dos órgãos e tecidos dos animais adultos: Ectoderme. Mesoderme. Endoderme. 1. 2. 3. DTNs 64 Folheto Embrionário Placa Neural 2° Semana: Diferenciação e espessamento do ectoderma. 3° a 4° semana. Espectro/malformação: Mesmo nome que é dado para uma falha no fechamento do tubo neural. Tubo Neural: Se diferencia em SNC, que consiste em encéfalo e Medula espinal Crista Neural: Dá origem às células formadoras da maior parte do SNP e SNA, constituídos pelos gânglios cranianos, espinhais e autônomos. Tubo Neural Neuroporo Rostral ou cefálico: Alteração no Encéfalo. Neuroporo Caudal: Alteração na Medula. 65 Defeitos durante o fechamento do Tubo Neural (este fechamentoocorre entra 3ª e 4ª semana de vida pós- concepcional) produzirão uma série de malformações, dependendo do momento, extensão e altura da falha. Fechamento Tubo Neural É uma malformação embrionária do sistema nervoso central, decorrente de uma falha no fechamento do tubo neural, ocorre nas quatro primeiras semanas de gestação. Resultara em uma abertura vertebral, músculo- fascial, cutânea e dural com protrusão e exposição da medula espinhal. Definição Cranial Resultando em malformações como: Anencefalia e Encefalocele. Caudal: Grupo de malformações conhecidas como espinha bífida, sendo subdividas em: Fechada: Meningocele, lipomas lombossacros e mielocistocele. Aberta: Mielomeningocele. 1. 2. Os defeitos no fechamento do tubo neural podem ocorrer: Anencefalia: Sem encéfalo/crânio - quer dizer que existe a ausência de uma estrutura ou total das estruturas que compõem o encéfalo. Anencefalia, encefalocele, meningoceles e mielomeningoceles são os exemplos mais importantes de Defeitos do fechamento do Tubo Neural (DTN). Tipos 66 DTN ou EFTN (erro no fechamento do tubo neural). 1- 2/1000 nascimentos. Incompatível com a vida. Ultrassom: Diagnóstico 100% se é ou não anencefalia. Estudo feito em 41 países em 5 continentes: 90% dos países desenvolvidos e 20% daqueles em desenvolvimento permitiam interrupção de gestação em casos de anencefalia em 1994. Anencefalias o resultado desse processo, sem qualquerpossibilidade de sobrevida, por não possuir a parte vital do cérebro. 75% morrem no útero. 25% vida vegetativa (24 horas até primeiras semanas). Expectativa de Vida US à partir da 8° semana. Especificidade –> 100%. A morte encefálica é consequência de processo irreversível e de causa conhecida, sendo o anencéfalo o Diagnósticos EECG - Anencefalia: Sem atividade encefálica, algo não vivo; não pensa, não sente dor, não fala/ouve, não enxerga. EECG EECG – Padrão Normal: Adultos, crianças, jovens... Encenfalocele A encefalocele é a herniação de tecido encefálico através de falhas ósseas. É habitualmente recoberta de pele íntegra e sua severidade é determinada pelo volume de tecido nervoso extracraniano. 67 Saída da estrutura do encéfalo, que não deveria acontecer. Principalmente saída de estruturas ao redor, como meninges. Saída de estruturas do forame magno (que finaliza de SNC e inicio do SNP). Má Formações Medulares Quando o tecido nervoso fica acoplado em uma superfície interna da bolsa. Quando o tecido nervoso e o tubo neural ficam expostos. Membranas que revestem e protegem o SNC: Dura-máter. Aracnoide. Pia-máter. 1. 2. 3. Meninges Etiologia Causa desconhecida. Trabalhos sugerem etiologia multifatorial. Fatores: Genéticos (mutações ou alterações cromossômicas). Ambientais (gestação). Nutricionais (ácido fólico - auxilio no fechamento do tubo neural e leva a alteração congênita; durante a gestação, estudos apontam que não adianta, é necessário ingerir antes da gestação ou nas fases iniciais da gestação {o que é difícil descobrir}; países desenvolvidos enriquecem os alimentos com ferro, o que auxilia). Medicamentosos (principalmente os anticonvulsivantes, que dificultam a absorção do AF). Diabetes e obesidade. 1. 2. 3. 4. 5. Epidemiologia Um para mil nascimentos de crianças vivas. Predomínio na raça branca. As maiores prevalências ocorriam no México (1,525) e Venezuela (1,196). 68 Dermatomo: Pele - sensibilidade (aspecto sensorial). Miotomo: Grupo muscular inervado/controlado por uma estrutura. Período pré-natal ou nascimento (saúde pública). Pré-natal, o diagnóstico por meio de ultrassonografia (US). US de rotina instigará a primeira suspeita. US morfológica trará mais detalhes no diagnóstico (repetir a cada trimestre). Diagnóstico Difícil visualizar de cara, o desenvolvimento motor que ira apontar. Qto nível motor e sensitivo: Torácico (T12/L1). Lombar alto (L2/L3). Lombar baixo (L4/L5). Sacral (S1/S2). 1. 2. 3. 4. Classificação O Brasil foi referido por este estudo como sendo o quarto país com maior incidência de espinha bífida entre os 41 países estudados, com taxa de 1,139 a cada mil nascidos vivos. Menores prevalências em França/Paris (0,077), Inglaterra/País de Gales (0,095) e entre negros e asiáticos. Sacral apresenta mais função do que na torácica. Torácico: Nenhuma sensibilidade e musculatura ativa nos quadris e abaixo deles. Principal objetivo é a preservação das deformidades que poderão surgir. Pacientes com esse tipo de lesão podem sustentar-se em pé com o auxílio de órtese de reciprocação (tutor longo) e são dependentes de cadeira de rodas. Prognóstico de Deambulação: Ruim (não deambulador - marcha apenas terapêutica com o auxilio de um profissional). 1. 2. 3. 4. Classificação Quanto ao Nível da Lesão Órtese: HKAFO -> única a ser utilizada apenas com o auxilio do profissional. Órtese longa que da segurança para os três segmentos (quadril, joelho e tornozelo), totalmente dependente - sem prognóstico de deambulação. Lombar Alto: Presença de alguma sensibilidade abaixo dos quadris e de alguma força nos flexores e adutores de quadril e extensores de joelhos. Para esse tipo de lesão são indicadas órtese de reciprocação (tutor longo) ou órtese inguino-pédica com cinto pélvico. Prognóstico de Deambulação: De regular para bom. 1. 2. 3. Órtese: KAFO/HKAFO -> Órtese para marcha domiciliar, apenas em casa. O que difere será a força do paciente com órtese em casa. 69 o foco não é na musculatura que possui forca total, o foco é na musculatura que esta fraca (sem ser tronco porque a criança ganhará ao passar dos anos). Lombar Baixo: Presença da musculatura flexora, extensora, adutora e abdutora de quadril. Musculatura extensora e flexora de joelhos e talvez dorsiflexão dos pés. Necessita de órtese inguino-pédica ou órtese abaixo dos joelhos (suro- podálica). Prognóstico de Deambulação: Muito bom. 1. 2. 3. 4. Órtese: Kafo (quadril bom) / Afo (apenas tornozelo e pé) -> possibilidades maiores. O paciente pode utilizar andador/ muleta se for necessário. Marcha Comunitária: Anda na casa e fora (depende do paciente). Sacral: Toda musculatura de quadril e joelhos preservada. Presença de força flexora plantar, déficit nos intrínsecos dos pés. Uso apenas de órtese para tornozelo e pé (AFO). Melhor prognóstico de deambulação. 1. 2. 3. 4. Órtese: Afo (apenas tornozelo e pé) -> Quadril e joelho desse paciente é positivo. Prognóstico positivo. Dependendo do paciente precisa ou não de andador/muleta. Torácico: Trabalha o que a criança tem, quadril - controle de tronco principalmente (joelho e pé possui lesão e não tem prognostico positivo, então não deve ser o foco). Sacral: Avalia musculatura (abdômen e glúteo principalmente) - escala 3 e 4, O tratamento inicia-se no nascimento: Um médico neurocirurgião faz a retirada do líquido cefalorraquidiano e o fechamento da lesão na coluna através de cirurgia logo após o nascimento. A partir de 2011, alguns casos tem sido feita a correção intrauterina. Depois, o atendimento passa a ser multidisciplinar: Cirurgiões, pediatras, ortopedistas, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas entre outros, que atuarão conforme cada caso. Tratamento Imediato Luxações de quadril. Alterações vasomotoras graves. Osteoporose e com ela, fraturas. Deformidades ósseas. Problemas no desenvolvimento mental ou motor. Possíveis Patologias Secundárias A fisioterapia deve começar após a cirurgia, assim que a equipe médica der permissão para fazer os exercícios. A fisioterapia é importante para: -Estimular o desenvolvimento motor normal no tempo certo. -Estimular musculatura preservada. -Prevenir ou tratar encurtamentos musculares. -Prevenir deformidades. Fisioterapia 70 -Incentivar a independência e autonomia nas atividades diárias da criança, proporcionando mais qualidade de vida. -Promover o equilíbrio e a coordenação motora. Condição que se caracteriza pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais (cavidades intercomunicantes
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